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DO DIREITO CONSTITUCIONAL
Natureza e Conceito do Direito Constitucional – Objeto – O Direito
Constitucional e as Disciplinas Correlatas – Hermenêutica Constitucional
Conceitos:
José Afonso da Silva – “... o ramo do Direito Público que expõe, interpreta e
sistematiza os princípios e normas fundamentais do Estado.”
DO PODER CONSTITUINTE
Origens das Teorias do Poder Constituinte. Conceito. Titularidade e Exercício.
Espécies. Reforma Constitucional.
II – Conceito
1
Adota-se no presente trabalho a visão majoritária da doutrina, inclusive por concordar com ela, que o
Estado possui três elementos: Nação, Território e Governo, enquanto que a soberania é, como a força o é
da pessoa forte, atributo ou qualidade.
2
MÜLLER, Friedrich. Quem é o Povo? A Questão Fundamental da Democracia, tradução de Peter
Naumann, revisão de Paulo Bonavides, 2 ed., São Paulo: Ed. Max Limonad.
3
“Quem é o terceiro Estado?” (tradução livre).
4
“Os fatores reais de poder que regem cada sociedade são essa força ativa e eficaz que informa todas as
leis e instituições políticas da sociedade em questão, fazendo com que não possam ser, em substância,
mais do que tal e como são.” (LASSALLE, Ferdianand. O Que é uma Constituição?, tradução:
Hiltomar Martins de Oliveira, Belo Horizonte: Cultura Jurídica – Ed. Líder, 2001, p. 42). Mais adiante o
autor relaciona como sendo esses fatores reais de poder a Monarquia, a Aristocracia, a Grande Burguesia,
os Banqueiros e, por fim, a Pequena Burguesia e a Classe Trabalhadora.
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mas, ao revés constituído por tantas classes quantas possui aquela, com todas
as suas nuanças econômicas, sociais e culturais.
Portanto, visto que o povo não é integrado por uma massa humana
homogênea, mas, ao revés, por uma miríade de características peculiares e
que se espraiam por todos os espectros da natureza e costumes humanos,
fazendo-os iguais e diferentes ao mesmo tempo, resulta que o exercício da
soberania caracteriza-se, antes de tudo, como a administração da
complexidade que marca um povo.
- Democracias – O povo.
- Teocracia – Deus.
- Aristocracias – Aristocratas, nobres ou castas mais elevadas.
- Autocracias – Indica o próprio Estado como ponto de origem do poder
constituinte.
- No antigo regime soviético – os operários.
- No Direito constitucional moderno atribui-se a titularidade do poder
constituinte ao individuo ou grupo social no qual se polariza num dado
momento a idéia de Direito. Sendo assim, o titular do poder constituinte é o
povo, uma vez que ele é o instrumento direto dessa idéia de Direito.
IV – Espécies
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V – Reforma Constitucional
Durante o período colonial não se pode dizer que possuímos uma constituição,
tal como esse termo é atualmente compreendido, mas sem dúvida tivemos
regras jurídicas que se destinavam a, de alguma forma, ordenar as relações
entre os particulares e sua obediência ao rei, sendo chamadas de Ordenações,
o que por si só já dá bem a noção de não se tratar de ato emanado da vontade
popular.
Poderes:
- Executivo – exercido pelo Imperador;
- Moderador – também atribuído ao imperador, com a atribuição
de velar pelo equilíbrio e harmonia entre os demais poderes
(atribuições: nomear senadores; convocação da Assembléia
Geral extraordinariamente nos intervalos entre as sessões;
sanção de decretos e resoluções da Ass. Ger., para que
tenham força de Lei; aprovação e suspensão de resoluções
dos Conselhos Provinciais; prorrogação ou adiamento da Ass.
Ger., ou dissolução da Câmara dos Deputados, convocando
outra que a substitua; nomeação e demissão de ministros de
Estado; suspensão de magistrados; perdão e moderação de
penas; concessão de anistia;
- Legislativo – exercido pela Assembléia Geral, com a sanção
do Imperador;
- Judicial – Jurados e Juizes, os primeiros pronunciam sobre o
fato e os segundos aplicam a lei, tanto nas matérias criminais
quanto cíveis. (juizes eram considerados perpétuos, mas não
possuíam a inamovibilidade).
Pode, a CF/88, ser dividida em duas partes, uma orgânica e estável, composta
por 246 artigos (atualmente 256); e outra constituída pelas Disposições
Constitucionais Transitórias, originalmente com 73 artigos, hoje com 94.
PROMULGADA
RÍGIDA
X – As Emendas Constitucionais
EMENDAS DE REVISÃO
A Constituição de 1988, previu no art. 3º, do ADCT, que passados cinco anos
da promulgação da Constituição deveria se realizar uma revisão do seu texto.
DA CONSTITUIÇÃO
Conceito e Concepções de Constituição – Objeto e Conteúdo das
Constituições – Classificação das Constituições – Supremacia do Ordenamento
Constitucional.
Concepções de Constituição:
a) materiais
1. Quanto ao Conteúdo
b) formais
a) escritas
2. Quanto à Forma
b) não escritas
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a) dogmáticas
3. Quanto ao Modo de Elaboração
b) históricas
a) populares
(democráticas)
4. Quanto à Origem
b) outorgadas
Quanto à Dogmática:
a) Ortodoxas – aquelas constituições que primam pela adoção de apenas
uma ideologia – são exemplos de constituições dessa ordem aquelas
dos países comunistas.
b) Ecléticas ou Heterodoxas – são chamadas ecléticas ou heterodoxas as
constituições que procuram conciliar duas ou mais ideologias.
Quanto ao Sistema:
a) Principiológicas – denominam-se principiológicas as constituições que
estabelecem fundamentalmente os princípios que irão reger a ordem
jurídica do Estado que estão criando. Embora possam conter regras o
que tem preponderância nestes ordenamentos constitucionais são os
princípios que eles estabelecem buscando nortear o Direito daquele
Estado.
b) Preceituais – tais constituições não têm a pretensão de estabelecerem
princípios, limitando-se a fixação de simples regras. Normalmente os
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Assim, diz-se rígida a constituição que não possa sofrer alteração no seu texto
pela simples manifestação comum do poder legislativo, mas requeira para o
mister quorum especial tanto para a iniciativa da proposta, ou que esta seja de
iniciativa reservada do chefe do Poder Executivo e, ainda, quorum especial
para a sua aprovação, no caso da CF/88, 1/3 dos membros da Câmara dos
Deputados ou dos membros do Senado, de mais da metade das Assembléias
Legislativas, pela maioria relativa de seus membros, para a deflagração e, para
aprovação por 3/5 dos votos em dois turnos, em cada uma das Casas. (art. 60).
Por outro lado, em se tratando de superioridade formal, esta ocorre nos países
de constituição dogmática ou escrita, significando que o que faz a constituição
ser superior à lei ordinária é o simples fato de posicionar-se geograficamente
dentro do corpo da codificação política das regras fundamentais do Estado – a
Constituição.
I – Conceito de Norma –
II – Espécies de Normas
5
Cf. SIDOU, J. M. Othon (organizador). Dicionário Jurídico. Academia Brasileira de Letras
Jurídicas, 7 ed., Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2001, p. 579.
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III – Interpretação
Espécies de Interpretação:
6
Cf. Anna Cândida da Cunha Ferraz, apud: Natália de Miranda Freire, Técnica do Processo Legislativo,
Belo Horizonte: Del Rey, 2002, p. 115.
7
Cf. FRIED, Reis. Ciência do Direito, Norma, Interpretação e Hermenêutica Jurídica, 5 ed., rev.,
atualizada e ampliada, Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2002, p. 157.
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8
Cf. FRIED, Reis. Ciência do Direito, Norma, Interpretação e Hermenêutica Jurídica, 5 ed., rev.,
atualizada e ampliada, Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2002, p. 161.
9
Idem, p. 162.
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• Quanto ao Resultado:
IV - Integração
V – Aplicação
HERMENÊUTICA INTERPRETAÇÃO
I – Conceito de Preâmbulo
CONTEÚDO DO PREÂMBULO
Título I
Dos Princípios Fundamentais
Para Pablo Lucas Verdú, o Estado de Direito para ser reconhecido como
tal deverá estar amparado nos seguintes alicerces:
a) primazia da lei, que regula toda a atividade do Estado;
b) sistema hierárquico de normas, que realiza a segurança jurídica que
se concretiza numa categoria distinta de normas com diferentes
graus de validade;
c) legalidade da Administração, com um sistema de recursos em favor
dos interessados;
d) separação de Poderes como garantia da liberdade e freio de
possíveis abusos;
e) reconhecimento de direitos e liberdades fundamentais, incorporados
à ordem constitucional;
f) sistema de controle da constitucionalidade das leis, como garantia
contra eventuais abusos do Poder Legislativo.
10
A Nova Jurisdição Constitucional Brasileira, Rio de Janeiro: Renovar, 2001, pp. 48/49.
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• independência nacional;
• prevalência dos direitos humanos;
• autodeterminação dos povos;
• não-intervenção;
• igualdade entre os Estados;
• defesa da paz;
• solução pacífica dos conflitos;
• repúdio ao terrorismo e ao racismo;
• cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
• concessão de asilo político;
• busca de integração econômica, política, social e cultural dos
povos da América Latina, visando à formação de uma
comunidade latino-americana de nações.
I – Precedentes Históricos
Na Constituição de 1988:
IV – Conceitos
I – Habeas Corpus
- Espécies:
• Liberatório – destinado a socorrer o indivíduo cujo
direito de ir e vir encontra-se restringido por ato ilegal e abusivo de autoridade.
• Preventivo – tem por objetivo a prevenção do direito
de ir e vir contra ato iminente que o restringirá e que possua caráter de
ilegalidade ou abusividade.
testemunhais, que deverão ser arroladas pelo impetrante (ver TJSP, RJTSP
74/299), com a ressalva que tal medida é de cunho excepcional.
II – Habeas Data
11
Cf. MEIRELLES, Hely Lopes. Mandado de Segurança, Ação Popular, Ação Civil Pública,
Mandado de Injunção, “Habeas-Data”, 12 ed, ampliada e atualizada pela Constituição da República de
1988, São Paulo: RT, 1989, pg. 143.
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12
Cf. MEIRELLES, Hely Lopes. Mandado de Segurança, Ação Popular, Ação Civil Pública,
Mandado de Injunção, “Habeas-Data”, 12 ed, ampliada e atualizada pela Constituição da Répública de
1988, São Paulo: RT, 1989, pg. 7.
13
MEIRELLES, Hely Lopes. Mandado de Segurança, Ação Popular, Ação Civil Pública, Mandado
de Injunção, “Habeas-Data”, 12 ed, ampliada e atualizada pela Constituição da Répública de 1988, São
Paulo: RT, 1989, p. 12.
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V – Ação Popular
- Requisitos da ação:
• Cidadania brasileira do proponente da ação;
• Ilegalidade ou ilegitimidade do ato a ser invalidado;
• Lesividade ao patrimônio público.
- Finalidade da ação:
• Preventiva – como meio de impedir a lesão ao patrimônio;
• Repressiva – forma de interromper a lesão causada ao
interesse público.
14
MEIRELLES, Hely Lopes. Mandado de Segurança, Ação Popular, Ação Civil Pública, Mandado
de Injunção, “Habeas Data”, 12 ed., ampliada e atualizada pela Constituição da República de 1988, São
Paulo: RT, 1989, p. 98.
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