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O tráfico negreiro é como

chamamos a prática de
tráfico de escravos da
África para o continente europeu
e americano, incluindo o Brasil. O
na migração forçada de africanos
com o intuito de escravizá-los
durante a colonização da
América. Essa atividade, em nosso
país, iniciou-se em meados do
tráfico de escravos consistiu, século XVI e encerrou-se somente
basicamente em 1850, com a Lei Eusébio de
Queirós.

Causas do tráfico negreiro


O tráfico negreiro no Brasil está diretamente relacionado com o
desenvolvimento da produção açucareira aqui durante o período da
colonização. O tráfico de africanos para o Brasil associa-se, em partes, com
o escassamente da população de escravos indígenas no Brasil, sobretudo a
partir da década de 1550.

Vale destacar que a mortalidade de indígenas era excessivamente alta,


principalmente por conta das doenças trazidas pelos portugueses e para
as quais os indígenas não tinham defesa biológica. O historiador Boris
Fausto, por exemplo, cita que, somente entre 1562 e 1563, cerca de 60
mil indígenas morreram em decorrência da varíola.|1|

Outra questão importante são os conflitos que existiam entre colonos e


jesuítas por conta da escravização dos indígenas. Os colonos instalados na
América portuguesa desejavam escravizar livremente os indígenas,
enquanto os jesuítas lutavam contra isso instalando os indígenas em suas
missões e catequizando-os.

Mas o fator mais relevante, e que nos ajuda a entender a substituição da


mão de obra escrava dos índios pela dos africanos, está no funcionamento
do sistema econômico da época baseado no mercantilismo. Em outras
palavras, o tráfico negreiro era uma atividade extremamente lucrativa
para a metrópole, isto é, para Portugal. A venda de escravos indígenas,
por sua vez, movimentava a economia exclusiva da colônia, e, assim, a fim
atender a essa demanda da metrópole para a abertura de um comércio
altamente lucrativo, é que a escravidão africana foi inserida no Brasil.

Importante mencionar que os portugueses já utilizavam a mão de obra


escrava dos trabalhadores africanos. Nas ilhas atlânticas, os portugueses
haviam instalado o sistema de produção de açúcar com a utilização de
trabalhadores africanos. Assim, esse modelo acabou sendo exportado em
larga escala para o Brasil, e isso inclui a utilização dos africanos como
trabalhadores escravizados.

Concluindo essa parte, o entendimento atual entre os historiadores é de


que questões pontuais existentes na colônia, como a escassez de mão de
obra de indígena, motivaram os colonos a adotar outra mão de obra, e os
grandes comerciantes portugueses, percebendo essa demanda,
instauraram o tráfico negreiro, uma vez que esse negócio era muito
lucrativo.
A venda dos escravos vindos da África era feita em praça pública, através
de leilões, mas o comércio de negros não se restringia à venda do produto
do tráfico. Transações comerciais com escravos eram comuns.

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