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São chamados índios os habitantes brasileiros que foram descobertos por

portugueses que chegaram à região para colonizá-la no século XVI. Segundo os


tupi-guaranis, os índios se originaram dos anciães que os fizeram com o objetivo
de guardarem a terra.

Em 1500, os índios eram selvagens que viviam da agricultura, caça e pesca. Não
possuíam classes sociais e nem prioridades. Destacavam-se somente duas
pessoas: o cacique que tinha a função de organizar, orientar e chefiar os demais
e o pajé que através do conhecimento obtido realizava rituais e transmitia
mensagens dos deuses desempenhando o papel de sacerdote dos demais.

Eram aproximadamente cinco milhões de índios na época em que foram


encontrados pelos colonizadores, mas esse número caiu para 200.000 por causa
da violência que sofreram devido à falta de conhecimento, doenças adquiridas
por causa das violações sofridas por parte dos brancos e por causa da
escravização.

Utilizavam a pintura corporal como forma de dignidade humana, com desenhos


geométricos e complexos para mostrar equilíbrio interior, usavam o vermelho do
urucum, o negro esverdeado do jenipapo e o branco da tabatinga.

Com o passar do tempo, o território indígena foi sendo ocupado por brancos e
muitos de seus costumes e valores foram substituídos pela cultura portuguesa,
que mandavam padres para catequizar os índios.
Hoje, tentam de todas as formas manter seu espaço separado da civilização,
seus costumes herdados pelos antepassados e a forma de vida que
complementam sua cultura.
CHEGADA DOS PORTUGUESES AO BRASIL

A colonização do Brasil foi o processo de chegada, invasão, ocupação


e exploração do território brasileiro que foi realizado por Portugal entre
os séculos XVI e XIX. Os portugueses chegaram ao Brasil em 1500,
implantando as primeiras iniciativas mais consistentes de ocupação e
colonização a partir da década de 1530.
Esse processo teve três grandes ciclos econômicos: pau-
brasil, açúcar e ouro. O trabalho realizado era majoritariamente por
trabalhadores escravos indígenas ou africanos. A escravização de
indígenas foi proibida em meados do século XVIII, e a de africanos, só
no fim do século XIX. Houve muita resistência à escravização durante a
colonização.
Os portugueses chegaram ao Brasil em 22 de abril de 1500, durante a
expedição de Pedro Álvares Cabral. Essa expedição tinha um objetivo
duplo: verificar as possibilidades de Portugal no oeste (na América) e
comprar especiarias na Índia. Essa expedição era parte do que
entendemos como grandes navegações, uma série de expedições para
exploração do oceano Atlântico.
Aqui no Brasil, os portugueses chegaram à região de Porto Seguro, na
Bahia, permanecendo até o dia 2 de maio, quando então partiram para a
Índia. Nesse acontecimento, o grande destaque vai para a carta de Pero
Vaz de Caminha, escrivão que relatou detalhes da viagem e do Brasil
para o rei português.
TRÁFICO NEGREIRO – CHEGADA DOS AFRICANOS AO BRASIL

Os primeiros africanos começaram a chegar ao Brasil na década de 1550 e foram trazidos por
meio do tráfico negreiro, negócio que fez fortunas ao longo de três séculos. Os portugueses
tinham feitorias instaladas na costa africana, desde o século XV, e, desde então, mantinham
relações comerciais com reinos africanos, dos quais incluía a compra de escravos.
A medida que a colonização do Brasil se desenvolveu, a necessidade por trabalhadores era
tão grande que fez que esse comércio prosperasse em larga escala. O sucesso
do tráfico negreiro está relacionado, dessa forma, com a necessidade da colônia por
trabalhadores e esse negócio foi altamente lucrativo para os traficantes, assim como para a
Coroa.
Ao longo dos 300 anos de existência do tráfico negreiro, cerca de 4,8 milhões de
africanos foram trazidos para o Brasil, o que significa que nosso país foi o que mais recebeu
africanos para serem escravizados ao longo de três séculos em todo o continente americano.
O trabalho dos escravos africanos, a princípio, foi utilizado para atender as demandas da
produção de açúcar nos engenhos. A vida de um escravo era dura e era marcada pela
violência dos senhores e das autoridades coloniais. A jornada diária de trabalho poderia se
estender por até 20 horas por dia e o trabalho no engenho era mais pesado e perigoso que
trabalhar nas plantações.
A violência praticada sistematicamente contra os escravos tinha o objetivo de incutir-lhes
o temor de seus senhores e impedir que fugas e revoltas acontecessem. No caso das
escravas, a violência ganhava outra dimensão, pois além de tudo que sofriam em relação ao
trabalho, ainda eram vítimas de estupros frequentes praticados por seus senhores e feitores.
Entre as punições praticadas contra os escravos, podem ser destacados os açoitamentos.
Muitos dos escravos punidos com o açoite eram castigados com 300 ou mais chibatadas – o
suficiente para levar um ser humano à morte.
Os escravos africanos, porém, não aceitavam a escravização e a violência direcionadas a eles
de maneira passiva. A história da escravização africana no Brasil é marcada pela resistência e
luta dos africanos que fugiam, formavam quilombos, revoltavam-se, matavam seus feitores e
senhores etc. Dois grandes episódios de resistência escrava foram a formação do Quilombo
dos Palmares e a Revolta dos Malês.
AS ETNIAS NO BRASIL

Dificilmente existe uma nação com tão complexa e variada composição étnica de
sua população. No caso do Brasil, a formação populacional advém de
basicamente cinco distintas fontes migratórias, são elas:
Brancos: a grande maioria da população branca tem origem europeia (ou são
descendentes desses). No período colonial vieram para o Brasil: espanhóis,
holandeses, franceses, além de italianos e eslavos. A região sul abriga grande
parte dos brancos da população brasileira, pois esses imigrantes ocuparam tal
área.
Negros: essa etnia foi forçada a migrar para o Brasil, uma vez que vieram como
escravos para atuar primeiramente na produção do açúcar e mais tarde na cultura
do café. O Brasil é um dos países que mais utilizou a mão de obra escrava no
mundo. Hoje, os negros se concentram principalmente em áreas nas quais a
exploração foi mais intensa, como é o caso das regiões nordeste e sudeste.
Indígenas: grupo étnico que habitava o território brasileiro antes da chegada dos
portugueses. Nesse período, os índios somavam cinco milhões de pessoas. Os
índios foram quase disseminados, restaram somente 350 mil índios, atualmente
existem 170 mil na região Norte e no Centro-Oeste 100 mil.
Pardos: etnia formada a partir da junção de três origens: brancos, negros e
indígenas, formando três grupos de miscigenação.
Mulatos: correspondem à união entre brancos e negros, esse grupo representa
24% da população e ocorre com maior predominância no Nordeste e Sudeste.
Caboclos: representa a descendência entre brancos e indígenas. No país
respondem por 16% da população nacional. Esse grupo se encontra nas áreas
mais longínquas do país.
Cafuzos: esse grupo é oriundo da união entre negros e índios, essa etnia é
restrita e corresponde a 3% da população. É encontrado com maior frequência na
Amazônia, Centro-Oeste e Nordeste.

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