Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Em 1500, os índios eram selvagens que viviam da agricultura, caça e pesca. Não
possuíam classes sociais e nem prioridades. Destacavam-se somente duas
pessoas: o cacique que tinha a função de organizar, orientar e chefiar os demais
e o pajé que através do conhecimento obtido realizava rituais e transmitia
mensagens dos deuses desempenhando o papel de sacerdote dos demais.
Com o passar do tempo, o território indígena foi sendo ocupado por brancos e
muitos de seus costumes e valores foram substituídos pela cultura portuguesa,
que mandavam padres para catequizar os índios.
Hoje, tentam de todas as formas manter seu espaço separado da civilização,
seus costumes herdados pelos antepassados e a forma de vida que
complementam sua cultura.
CHEGADA DOS PORTUGUESES AO BRASIL
Os primeiros africanos começaram a chegar ao Brasil na década de 1550 e foram trazidos por
meio do tráfico negreiro, negócio que fez fortunas ao longo de três séculos. Os portugueses
tinham feitorias instaladas na costa africana, desde o século XV, e, desde então, mantinham
relações comerciais com reinos africanos, dos quais incluía a compra de escravos.
A medida que a colonização do Brasil se desenvolveu, a necessidade por trabalhadores era
tão grande que fez que esse comércio prosperasse em larga escala. O sucesso
do tráfico negreiro está relacionado, dessa forma, com a necessidade da colônia por
trabalhadores e esse negócio foi altamente lucrativo para os traficantes, assim como para a
Coroa.
Ao longo dos 300 anos de existência do tráfico negreiro, cerca de 4,8 milhões de
africanos foram trazidos para o Brasil, o que significa que nosso país foi o que mais recebeu
africanos para serem escravizados ao longo de três séculos em todo o continente americano.
O trabalho dos escravos africanos, a princípio, foi utilizado para atender as demandas da
produção de açúcar nos engenhos. A vida de um escravo era dura e era marcada pela
violência dos senhores e das autoridades coloniais. A jornada diária de trabalho poderia se
estender por até 20 horas por dia e o trabalho no engenho era mais pesado e perigoso que
trabalhar nas plantações.
A violência praticada sistematicamente contra os escravos tinha o objetivo de incutir-lhes
o temor de seus senhores e impedir que fugas e revoltas acontecessem. No caso das
escravas, a violência ganhava outra dimensão, pois além de tudo que sofriam em relação ao
trabalho, ainda eram vítimas de estupros frequentes praticados por seus senhores e feitores.
Entre as punições praticadas contra os escravos, podem ser destacados os açoitamentos.
Muitos dos escravos punidos com o açoite eram castigados com 300 ou mais chibatadas – o
suficiente para levar um ser humano à morte.
Os escravos africanos, porém, não aceitavam a escravização e a violência direcionadas a eles
de maneira passiva. A história da escravização africana no Brasil é marcada pela resistência e
luta dos africanos que fugiam, formavam quilombos, revoltavam-se, matavam seus feitores e
senhores etc. Dois grandes episódios de resistência escrava foram a formação do Quilombo
dos Palmares e a Revolta dos Malês.
AS ETNIAS NO BRASIL
Dificilmente existe uma nação com tão complexa e variada composição étnica de
sua população. No caso do Brasil, a formação populacional advém de
basicamente cinco distintas fontes migratórias, são elas:
Brancos: a grande maioria da população branca tem origem europeia (ou são
descendentes desses). No período colonial vieram para o Brasil: espanhóis,
holandeses, franceses, além de italianos e eslavos. A região sul abriga grande
parte dos brancos da população brasileira, pois esses imigrantes ocuparam tal
área.
Negros: essa etnia foi forçada a migrar para o Brasil, uma vez que vieram como
escravos para atuar primeiramente na produção do açúcar e mais tarde na cultura
do café. O Brasil é um dos países que mais utilizou a mão de obra escrava no
mundo. Hoje, os negros se concentram principalmente em áreas nas quais a
exploração foi mais intensa, como é o caso das regiões nordeste e sudeste.
Indígenas: grupo étnico que habitava o território brasileiro antes da chegada dos
portugueses. Nesse período, os índios somavam cinco milhões de pessoas. Os
índios foram quase disseminados, restaram somente 350 mil índios, atualmente
existem 170 mil na região Norte e no Centro-Oeste 100 mil.
Pardos: etnia formada a partir da junção de três origens: brancos, negros e
indígenas, formando três grupos de miscigenação.
Mulatos: correspondem à união entre brancos e negros, esse grupo representa
24% da população e ocorre com maior predominância no Nordeste e Sudeste.
Caboclos: representa a descendência entre brancos e indígenas. No país
respondem por 16% da população nacional. Esse grupo se encontra nas áreas
mais longínquas do país.
Cafuzos: esse grupo é oriundo da união entre negros e índios, essa etnia é
restrita e corresponde a 3% da população. É encontrado com maior frequência na
Amazônia, Centro-Oeste e Nordeste.