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A escravidão africana no Brasil se iniciou na década de 1550, mas os primeiros registros

remetiam à década seguinte. Os africanos escravizados se consolidaram como mão de


obra alternativa aos índios escravizados. Vários fatores, como a diminuição da oferta de
escravizados indígenas, contribuíram para o crescimento da escravização de africanos no
Brasil. Os primeiros africanos escravizados chegaram ao Brasil na década de 1560.

A participação dos africanos no Brasil colonial ocorreu a partir do momento em que a


experiência colonial portuguesa estabeleceu a necessidade de um grande número de
trabalhadores para ocuparem, em princípio, as grandes fazendas produtoras de
cana-de-açúcar. Os portugueses buscaram nos negros a mão de obra escrava para ocupar
tais postos de trabalho. Foi daí que se estabeleceu o tráfico negreiro, uma prática que
atravessou séculos e forçou diversos negros a saírem de seus locais de origem para terem
seus corpos escravizados.

Os africanos foram trazidos para o Brasil em grande escala, principalmente da África


Ocidental e dos povos bantos. A escravidão africana foi justificada pelo discurso religioso
cristão da época, que definiu a experiência escravocrata como um tipo de “castigo” que iria
aproximar os negros do cristianismo .

A força de trabalho dos negros foi sistematicamente empregada pela lógica do abuso e da
violência. As longas jornadas de trabalho estabeleciam uma condição de vida extrema,
capaz de encurtar radicalmente os anos vividos pelos escravos. Ao mesmo tempo, a força
das armas e da violência transformavam os castigos físicos em um elemento eficaz na
dominação . Durante a exploração colonial, a mão de obra negra foi amplamente utilizada
em outras atividades como na mineração e nas demais atividades agrícolas que ganharam
espaço na economia entre os séculos XVI e XIX .

Tais abusos foram resistidos pelos próprios escravos. As rebeliões eram realizadas a partir
das articulações dos escravos e, em diversos relatos, aparecem como uma preocupação
constante dos senhores de escravos. Paralelamente, as fugas e a formação de quilombos
também se tornaram práticas que rompiam ativamente com o universo de práticas que
definia o sistema colonial.

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