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Desde o término da Guerra Fria, políticos vêm buscando criar meios de segurança
na Europa, como também em outras regiões do mundo, que são baseadas em
instituições internacionais. Fazendo isso, eles rejeitam as políticas de balanço de poder
como conceito de organização para o período pós-Guerra Fria. Durante a campanha
presidencial de 1992, por exemplo, presidente Clinton declarou que, “em um mundo
onde a liberdade, e não a tirania, se encaminha, o cálculo cínico da política do poder
puro simplesmente não é certo. É inadequado para a nova era”.
Essa abordagem das políticas internacionais acredita que instituições são chaves
importantes para a promoção da paz mundial. Particularmente, os políticos ocidentais
afirmam que as instituições que “serviram o Ocidente” antes do colapso da União
Soviética, devem ser reestruturadas para também serem incorporadas na Europa
Oriental. O Secretário de Estado norte-americano, Warren Christopher, diz que, “Não
há razão para que nossas instituições ou nossas aspirações devessem para nas antigas
fronteiras da Guerra Fria”. As instituições que ele tinha em mente eram a Comunidade
Europeia, atual União Europeia (UE), Organização do Tratado do Atlântico Norte,
Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) e União da Europa
Ocidental (UEO). Nenhuma é esperado que nenhuma instituição tenha um papel
dominante na Europa, entretanto; ao invés disso, o objetivo é criar “uma estrutura
complementar, reforçando manualmente” instituições. “Nós podemos promover uma
segurança mais durável na Europa através de estruturas interligadas, cada uma com
funções complementares e vigor”.
Nenhuma outra região possui tantas instituições como a Europa Ocidental, e é por
isso que políticos veem a necessidade de criar instituições fora da Europa,
principalmente na Ásia, onde não há tantas.
Institucionalistas acadêmicos, não supreendentemente, consideram instituições
sendo grandes forças para a estabilidade. Robert Keohane, por exemplo, diz que,
“evitando conflitos militares na Europa após a Guerra Fria depende muito de como a
próxima década será caracterizada por uma contínua padronização de cooperação
institucionalizada”.
Esse artigo questiona a afirmação que as instituições afastam os Estados da guerra
e promove a paz. Eu começo julgando a mais importante teoria das relações
internacionais que tem como o seu principal conceito: o institucionalismo liberal,
segurança coletiva, e a teoria crítica. Contudo, começo com um breve resumo do
realismo, por conta da teoria “institucionalista”, que é uma resposta para o realismo, e
cada desafio dirigido para a lógica estrutural do realismo. Os realistas asseveram que
instituições são basicamente um reflexo da distribuição de poder no mundo. Eles são
baseados nos próprios interesses do Estado, e eles não têm efeito independente no
comportamento do Estado. Institucionalistas desafiam diretamente esse ponto de vista,
argumentando que instituições podem alterar as preferências do Estado e
consequentemente mudar o comportamento do Estado. Instituições podem desencorajar
Estados de buscarem seus próprios interesses. Instituições são variáveis independentes,
e elas são capazes de afastar os Estados da guerra.
Meu objetivo é avaliar essas três teorias (o institucionalismo liberal, segurança
coletiva, e a teoria crítica) para determinar se a afirmação de que as instituições
resultam em uma paz é convincente. Essa tarefa envolve responder quatro questões: 1)
O que são Instituições? Como elas trabalham para ocasionar a paz? Especificamente,
qual a causa lógica que suportam cada teoria? 3) São essas diferentes lógicas que
explicam como as instituições funcionam? 4) Essas evidências suportam essas teorias?
Minha conclusão final é que as instituições possuem uma influência mínima no
comportamento do Estado, e, portanto, não pode ser uma promessa para a estabilização
do mundo pós-Guerra Fria. Essas três teorias no qual o institucionalismo é baseado são
falhas.
Realismo
Institucionalismo Liberal
Lógica Causal
(Parágrafo com uma evidência empírica que o auto demonstra, se for preciso
tradução, traduzir, página 21).
Segurança Coletiva
Lógica Causal
Outras Formas
Dado os limites da segurança coletiva, alguns de seus defensores argumentam que
duas formas menos ambiciosas da teoria podem ser realizadas: peacekeeping e concerts.
Porém, eles são retratados como versões acessíveis da segurança coletiva, alguns
especialistas acham que peacekeeping e concerts ainda pode ser forças poderosas para a
estabilidade internacional.
Peacekeeping, como demonstra William Durch, “desenvolvido como uma forma
alternativa para a segurança coletiva, o que a Nação Unida foi criada para fazer, mas
não conseguiu”. No entanto, peacekeeping não é uma versão diluída da segurança
coletiva. E sim, uma alternativa estratégica menos ambiciosa de promover estabilidade.
Peacekeeping implica em uma intervenção que envolvem terceiros em guerras civis de
menos porte ou disputa entre Estados não tão fortes, com o propósito de prevenir uma
eclosão de guerra ou parar uma que já tenha iniciado. Essa intervenção pode apenas ser
alcançada com o consenso dos disputantes, e esses Estados não podem usar força para
influenciar o comportamento dos grupos que estão disputando. Operações peacekeeping
devem ser “expressamente não agressivas e imparciais”. Portanto, peacekeeping é
principalmente útil no implemento de cessar fogo em guerras envolvendo pequenos
Estados.
Peacekeeping não possui uma função em disputas entre grandes Estados. Além
disso, proíbe o uso da coerção, o qual é essencial para o sistema de segurança coletiva.
Sua missão está muito longe dos ambiciosos objetivos da segurança coletiva.
Peacekeeping feita pela Nações Unidas ou por uma organização regional como a
Organização de Unidade Africana pode melhorar as perspectivas para a paz mundial de
forma sútil.
Concerts são as vezes descritos como uma “forma atenuada de segurança
coletiva”, ou uma “versão híbrida razoável de segurança coletiva”. A afirmação de que
os concerts são versões menos ambiciosos da segurança coletiva, é falsa. Concerts
refletem essencialmente no balanço de poder, e, portanto, amplamente consistente com
o realismo, enquanto a segurança coletiva, como explicado acima, é uma teoria
fundamentalmente antirrealista. Concerts e sistemas de segurança coletiva, portanto,
refletem diferentes e lógicas incompatíveis. Como mostra Quincy Wright, “A
suposições fundamentais dos dois sistemas são diferentes. Um governante não pode ao
mesmo tempo se comportar de acordo com os pensamentos de balanço de poder de
Maquiavel e os pensamentos de Wilson sobre as organizações internacionais”.
Um concert é um arranjo no qual grandes Estados que não têm intenção de
desafiar uns aos outros militarmente, concordam em um conjunto de regras que
coordenarão suas ações com os outros, como também com Estados que não são fortes
dentro do sistema, geralmente estabelecidos nas esferas de influência. Um concert é um
condomínio de grandes forças que reflete nas bases do balanço de poder entre seus
próprios membros. O balanço coordenado que se encontra dentro de um concert não
viola o interesse individual. De fato, quando alguns desses Estados batalham, os
interesses próprios decidem a política de cada lado e o concert pode entrar em colapso.
Concerts são mais prováveis de acontecer quando uma grande guerra surge na
qual uma hegemonia em potencial foi derrotada, e o poder é distribuído de forma
rigorosa entre os vitoriosos. Quatro fatores descrevem esse fenômeno. Primeiro, os
grandes Estados não ganhariam tanto em atacar os outros, por conta do balanço de
poder entre eles. Segundo, as forças vitoriosas são propensas em ter um interesse em
manter o status quo, principalmente porque eles estão em controle e as potenciais
hegemonias foram contidas. Terceiro, guerras são bastante custosas, então os grandes
Estados não querem empreender um conflito, logo, são a favor de evitar uma outra
guerra. Quarto, os vitoriosos trabalharam juntos para ganhar a guerra, então, a noção de
ações coletivas é “atrativa” para eles, algo que eles continuam a fazer nos primeiros
anos após uma guerra.
Concerts geralmente duram apenas alguns anos. O balanço de poder muda.
Derrotados emergem das cinzas. Os vitoriosos entram em conflito contra eles mesmos,
especialmente quando lidam com “Estados menores”. Estados se tornam menos
sensíveis com o custo de guerra com o passar dos anos.
Teoria Crítica
Teóricos críticos vão atender a questão de como alcançar a paz e eles afirmam de
forma audaciosa sobre a probabilidade de mudar o comportamento dos Estados.
Especificamente, eles focam em transformar o sistema internacional em uma “sociedade
mundial”, onde os Estados são guiados por “normas de confiança e colaboração”. O
objetivo dele é relegar a competição por segurança e guerra, suprimindo-as da história, e
criando um verdadeiro “sistema pacífico”.
Teóricos críticos levam essas ideias muito a sério. De fato, eles acreditam que o
discurso ou como visualizamos o mundo e discutimos sobre o mundo, em grande parte
pode moldar na prática. Em outras palavras, as ideias é a força que conduz a história.
Além disso, eles reconhecem que o realismo vem sido por muito tempo a teoria
dominante de políticas internacionais, ademais, de acordo com a descrição deles de
realidade, teve uma influência substancial no comportamento do Estado. Mas os
teóricos críticos pretendem mudar essa situação, desafiando o realismo e enfraquecê-lo.
Teoria crítica é bem adequada em desafiar o realismo porque a teoria crítica é, por
si só, se preocupa em criticar ideias “hegemônicas” como o realismo, não planejando
alternativas. O ponto principal é “buscar as contradições dentro da ordem existente, já
que é dessas contradições que as mudanças virão”. Existem um bom motivo para ser
chamado de teoria“crítica”. Muito significativamente, entretanto, a teoria crítica per se
tem pouco o que dizer sobre o condicionamento futuro das políticas internacionais. De
fato, a teoria crítica enfatiza que, “É impossível de prever o futuro”. Robert Cox explica
esse ponto: “Consciência crítica de uma possível mudança deve ser distinguida do
planejamento utópico, o planejamento de um esboço de uma sociedade futura é o
objetivo final de mudar. O pensamento crítico foca no processo de mudança do que o
seu resultado; concentra-se na possibilidade de lançar um movimento social do que no
que esse movimento pode alcançar”.
Entretanto, os estudiosos das relações internacionais que usam a teoria crítica para
desafiar e subverter o realismo certamente esperam criar um sistema internacional
harmonioso e pacífico. Mas a sua lógica pouco aborda sobre a conveniência e a
viabilidade de alcançar esse fim.
Lógica Causal
Instituições são a essência da teoria crítica, como seu objetivo é alterar as normas
constituinte e regulamentadoras do sistema internacional para que os Estados parem de
pensar e agir de acordo com o realismo. Especificamente, os teóricos críticos esperam
criar “comunidades pluralísticas de segurança”, onde Estados se comportam de acordo
com as mesmas normas ou instituições que sustentam a segurança coletiva. Estados irão
renunciar o uso de força militar, e ao invés disso, haveria “uma expectativa geral de
mudança pacífica”. Além disso, os Estados iriam “se identificariam de uma forma
positiva a um ponto que a segurança de cada um é percebida como uma
responsabilidade de todos”. Os Estados não iriam pensar neles mesmo ou nos seus
interesses, mas ao invés disso, iriam definir seus interesses em termos da comunidade
internacional. Nesse novo mundo, “interesses nacionais são interesses internacionais”.
Teóricos críticos tem uma agenda mais ambiciosa que os defensores da segurança
coletiva. Eles buscam criar um mundo no qual todos os Estados consideram a guerra
como uma prática inaceitável, e não são propensos a mudar seu pensamento sobre esse
assunto. Não há de haver qualquer “malfeitor” na comunidade pluralística de segurança,
como pode existe no sistema de segurança coletiva. De fato, o poder militar pode
parecer irrelevante no mundo dos teóricos críticos pós-realistas, os quais possuem
marcas do verdadeiro “sistema pacífico”.
Para os teóricos críticos, a chave para alcançar um “sistema internacional pós-
moderno” é alterando a identidade do Estado radicalmente, ou mais especificamente,
transformar como os Estados pensam sobre eles mesmo e suas relações com outros
Estados. No jargão da teoria, “expectativas e entendimentos intersubjetivos” são
bastantes importantes. Na prática isso significa que os Estados devem parar de pensar
que eles são egoístas e solitários, e ao invés disso, desenvolvem um caráter comunitário
poderoso. Esses teóricos procuram criar um sistema internacional caracterizado não pela
anarquia, mas por uma comunidade. Estados, ou mais precisamente, seus habitantes e
líderes, devem ser cuidadosos sobre conceitos como “retidão”, “direitos” e
“obrigações”. Resumindo, eles devem ter um bom senso de responsabilidade com a
comunidade internacional.
Um realista pode dizer que esse objetivo é desejável no princípio, mas não
realizável na prática, porque a estrutura do sistema internacional força os Estados se
comportarem como egoístas. Anarquia, capacidade ofensiva, e segundas intenções
combinadas levam o Estados com pouca escolha a não ser competir agressivamente com
os outros. Para os realistas, tentar infundir os Estados com normas comunitárias é uma
causa perdida.
A teoria crítica, contudo, desafia a afirmação realista de que os fatores estruturais
são os principais determinantes do comportamento do Estado. Em contraste ao realismo,
a teoria crítica assume que ideias e discursos são forças que conduzem como o mundo
se porta, entretanto, reconhece que os fatores estruturais têm alguma, embora menor,
influência. Como os individualistas pensam sobre e falam sobre o mundo, é muito
importante para determinar como os Estados agem no sistema internacional. Ideias são
importantes, de acordo com a teóricos críticos, porque o mundo é socialmente
construído por indivíduos que se comportam de acordo com seus pensamentos; esses
pensamentos, por sua vez, são compartilhados pelos membros de uma grande cultura.
Individualistas carregam a responsabilidade de moldar o mundo que eles habitam. O
mundo ao redor deles não é algo que força sobre eles mesmos. Pelo contrário, os
teóricos críticos debatem essas forças ideacionais ou “instituições que geralmente pode
mudar contextos”.
Essa discussão de como os teóricos críticos pensam em relação ao Estado e
anarquia aponta o fato que o realismo e teoria crítica possuem uma diferença
fundamental na epistemologia e ontologia, quais são o nível mais básico o qual as
teorias podem ser comparadas.
Além disso, os teóricos críticos reconhecem que o realismo tem sido a
interpretação dominante nas políticas internacionais por quase setecentos anos. Ainda
assim, a teoria crítica admite mudanças, e não tem nenhuma razão, de acordo com a
teoria, por que um discurso comunitário de paz e harmonia não podem derrubar o
discurso realista de competição de segurança e guerra. De fato, mudança é sempre
possível com a teoria crítica, porque permite ilimitado tipos de discursos e faz assim
nenhum julgamento sobre o mérito ou resistência de qualquer indivíduo. Também, a
teoria crítica não faz nenhum julgamento sobre se os seres humanos são “conectados”
em ser mau ou bom, mas ao invés disso, trata as pessoas como suscetíveis de mudanças.
A chave para entender como eles pensam ou agem é o “programa” que os indivíduos
carregam para em suas mentes, que também podem ser mudados. Na essência, os
teóricos críticos esperam recolar o uso do “programa” realista com seus novos
“programas” que enfatizam as normas comunitárias. Uma vez a troca feita, Estados irão
cooperar com os outros e o mundo político será mais pacífico.
A maioria dos teóricos críticos não veem ideias e discursos formando raiz e então
entrando nas elites da sociedade. Mas propriamente, uma teoria de cima para baixo, em
que as elites são as chaves mais importantes na transformação da língua e discurso sobre
as relações internacionais. Especialistas, especialmente os estudiosos, determinam que o
fluxo de ideias no mundo político. É especialmente útil, contudo, se vanguarda
intelectual consiste em individuais de diferentes Estados. Essa elite que transforma, qual
é as vezes referida como “comunidades epistêmicas”, são bem adequados para formular
e espalhar os ideais comunitários que os teóricos críticos esperam colocar no lugar do
realismo.
Finalmente, vale a pena notar que os teóricos críticos são propensos a serem
intolerantes de outros discursos sobre políticas internacionais, especialmente a realista.
Quatro fatores combinados descrevem essa situação. A teoria é baseada na crença que
ideias são importantes para a modelagem das políticas internacionais. Também,
reconhece o triunfo daquela teoria no “mercado” de ideias e o resultado é discursos
hegemônico. Também, apesar da teoria por si só não faz a distinção entre boas e más
ideias; os teóricos críticos certamente fazer essa distinção. Ademais, teóricos críticos
não possuem garantia histórica que os discursos irão fazer com que aceitem as ideias
sobre o mundo político que eles pregam. Além disso, faz sentido para os teóricos
críticos tentarem eliminar as ideias que eles não gostam, portanto, maximizando as
perspectivas dos seus discursos favoritos que irão triunfar. O pensamento realista, nessa
visão, não é apenas perigoso, mas também é o maior obstáculo que os teóricos críticos
enfrentam nos seus esforços para estabelecer uma nova e mais pacífico discurso
hegemônico.
Conclusão