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The False Promise of International Institutions

Desde o término da Guerra Fria, políticos vêm buscando criar meios de segurança
na Europa, como também em outras regiões do mundo, que são baseadas em
instituições internacionais. Fazendo isso, eles rejeitam as políticas de balanço de poder
como conceito de organização para o período pós-Guerra Fria. Durante a campanha
presidencial de 1992, por exemplo, presidente Clinton declarou que, “em um mundo
onde a liberdade, e não a tirania, se encaminha, o cálculo cínico da política do poder
puro simplesmente não é certo. É inadequado para a nova era”.
Essa abordagem das políticas internacionais acredita que instituições são chaves
importantes para a promoção da paz mundial. Particularmente, os políticos ocidentais
afirmam que as instituições que “serviram o Ocidente” antes do colapso da União
Soviética, devem ser reestruturadas para também serem incorporadas na Europa
Oriental. O Secretário de Estado norte-americano, Warren Christopher, diz que, “Não
há razão para que nossas instituições ou nossas aspirações devessem para nas antigas
fronteiras da Guerra Fria”. As instituições que ele tinha em mente eram a Comunidade
Europeia, atual União Europeia (UE), Organização do Tratado do Atlântico Norte,
Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) e União da Europa
Ocidental (UEO). Nenhuma é esperado que nenhuma instituição tenha um papel
dominante na Europa, entretanto; ao invés disso, o objetivo é criar “uma estrutura
complementar, reforçando manualmente” instituições. “Nós podemos promover uma
segurança mais durável na Europa através de estruturas interligadas, cada uma com
funções complementares e vigor”.
Nenhuma outra região possui tantas instituições como a Europa Ocidental, e é por
isso que políticos veem a necessidade de criar instituições fora da Europa,
principalmente na Ásia, onde não há tantas.
Institucionalistas acadêmicos, não supreendentemente, consideram instituições
sendo grandes forças para a estabilidade. Robert Keohane, por exemplo, diz que,
“evitando conflitos militares na Europa após a Guerra Fria depende muito de como a
próxima década será caracterizada por uma contínua padronização de cooperação
institucionalizada”.
Esse artigo questiona a afirmação que as instituições afastam os Estados da guerra
e promove a paz. Eu começo julgando a mais importante teoria das relações
internacionais que tem como o seu principal conceito: o institucionalismo liberal,
segurança coletiva, e a teoria crítica. Contudo, começo com um breve resumo do
realismo, por conta da teoria “institucionalista”, que é uma resposta para o realismo, e
cada desafio dirigido para a lógica estrutural do realismo. Os realistas asseveram que
instituições são basicamente um reflexo da distribuição de poder no mundo. Eles são
baseados nos próprios interesses do Estado, e eles não têm efeito independente no
comportamento do Estado. Institucionalistas desafiam diretamente esse ponto de vista,
argumentando que instituições podem alterar as preferências do Estado e
consequentemente mudar o comportamento do Estado. Instituições podem desencorajar
Estados de buscarem seus próprios interesses. Instituições são variáveis independentes,
e elas são capazes de afastar os Estados da guerra.
Meu objetivo é avaliar essas três teorias (o institucionalismo liberal, segurança
coletiva, e a teoria crítica) para determinar se a afirmação de que as instituições
resultam em uma paz é convincente. Essa tarefa envolve responder quatro questões: 1)
O que são Instituições? Como elas trabalham para ocasionar a paz? Especificamente,
qual a causa lógica que suportam cada teoria? 3) São essas diferentes lógicas que
explicam como as instituições funcionam? 4) Essas evidências suportam essas teorias?
Minha conclusão final é que as instituições possuem uma influência mínima no
comportamento do Estado, e, portanto, não pode ser uma promessa para a estabilização
do mundo pós-Guerra Fria. Essas três teorias no qual o institucionalismo é baseado são
falhas.

O que são instituições?

Eu defino instituições como um conjunto de regras que estipulam as formas na


qual Estados deveriam cooperar e competir entre eles. Eles prescrevem forma de
comportamentos aceitáveis dos Estados, e proscrevem formas de comportamentos
inaceitáveis. Essas regras são negociadas pelos Estados, e de acordo com diversos
teóricos proeminentes, eles implicam a aceitação mútua de normas “mais elevadas”, que
são “padrões de comportamento definidos em termos de direitos e obrigações”. Essas
regras são tipicamente formalizadas em acordos internacionais, e são geralmente
incluídas em organizações com seus próprias pessoas e orçamentos. Apesar das regras
serem geralmente incorporadas em uma organização internacional formal, não é a
organização em si que força os Estados a obedecerem às regras. Instituições não são
uma forma de governo mundial. Os Estados devem escolher se querem obedecer às
regras que eles mesmos criaram. Instituições, resumidamente, são “cooperação
descentralizada de Estados, sem qualquer mecanismo efetivo de comando”.

Realismo

Realismo demonstra uma imagem sombria do mundo político. O Sistema


Internacional é visto como uma arena brutal onde Estados buscam por oportunidades
para tirar vantagens de outros, e, portanto, há pouca razão para confiarem uns nos
outros. Diariamente, eles buscam por ter poder, onde cada Estado tenta sobreviver, não
apenas para ser o ator mais forte do sistema, mas também, para assegurar que nenhum
outro Estado consiga alcançar tal posição.
Todos os Estados são influenciados por essa lógica, o que significa que eles não
apenas procuram oportunidades para terem vantagem sobre um outro, mas também eles
trabalham para garantir que outros Estados não tirem vantagens dele. Estados são, em
outras palavras, ofensivamente e defensivamente orientados. Eles pensam em conquistar
eles mesmos, e balanceiam contra os agressores; isso inexoravelmente levam para um
mundo de constante competição de segurança, com a possibilidade de uma eclosão de
guerra. Paz, se for definir este conceito, seria estado de tranquilidade ou mútuos
acordos, algo que não é provável que venha ocorrer nesse mundo de insegurança.

Instituições em um mundo realista

Os realistas reconhecem que os Estados as vezes operam através de instituições.


Entretanto, eles acreditam que aquelas regras refletem nos cálculos dos próprios
interesses baseados principalmente na distribuição internacional de poder. Os Estados
mais poderosos do sistema criam e moldam instituições para que assim eles mantenham
sua parte de poder no mundo, ou até mesmo, aumentá-la. Nessa visão, instituições são
essencialmente “arenas onde poderosas relações acontecem”. Para os realistas, as causas
de guerra e paz são principalmente ocasionadas pelo balanço de poder, e as instituições
são grandes reflexos da distribuição de poder no sistema. Resumindo, o balanço de
poder é uma variável independente que explica a guerra; instituições são apenas uma
intervenção variável no processo.
OTAN representa um bom exemplo de pensamento realista sobre instituições.
OTAN é uma instituição, e tem como objetivo principal a prevenção da 3ª Guerra
Mundial e ajudar o Ocidente na Guerra Fria. Entretanto, OTAN foi basicamente uma
manifestação de distribuição de poder bipolar na Europa durante a Guerra Fria, sendo
assim a balança de poder, não a OTAN de fato, que proveu a estabilidade no continente.
OTAN foi meramente uma ferramenta usada pelos Americanos para manegar força
contra a ameaça Soviética. Agora, com o colapso da União Soviética, realistas
argumentam que a OTAN ou deve acabar ou se reconstituir nas bases da nova
distribuição de poder na Europa. OTAN não pode permanecer como foi na Guerra Fria.

Variedades das Teorias Institucionalistas

Existem três teorias institucionalistas, e cada uma oferece um argumento diferente


como as instituições previnem os Estados de guerrear e ajudam na estabilidade no
sistema internacional. O institucionalismo liberal não se direciona diretamente na
prevenção da guerra, entretanto, foca em explicar como a economia e a cooperação
entre os Estados é mais propício de ocorrer do que os realistas acham. O aumento na
cooperação nesses aspectos vai presumir em uma redução provável na guerra, contudo,
o institucionalismo liberal não explica como. O objetivo é criar regras que constranjam
os Estados, mas não desafia a afirmação fundamental do realismo que Estados são
atores que buscam apenas seus próprios interesses.
Segurança coletiva confronta diretamente o problema de prevenir a guerra. A
teoria começa com a suposição que a força irá permanecer no mundo político, e que os
Estados irão se proteger contra agressores potenciais. Entretanto, a ameaça da guerra
pode ser reduzida, de acordo com a teoria, desafiando os realistas sobre o
comportamento do Estado e colocando no seu lugar três normas antirrealistas. Primeira,
Estados devem rejeitar a ideia de usar força para mudar o status quo. Segundo, para
lidar com os Estados que violarem a primeira norma e ameaçar ou iniciar uma guerra, os
Estados responsáveis devem não agir baseados nos seus próprios interesses. E assim,
eles devem suprimir a tentação de revidar de qualquer forma que viesse maximizar seus
ganhos individuais, ao invés de se juntar automaticamente e atacar o agressor com uma
força esmagadora. Terceiro, Estados devem confiar uns nos outros para renunciar uma
agressão e ser verdadeiro com tal renúncia. Eles também devem confiar nos outros
Estados em ajuda-lo.
Teoria crítica é a mais ambiciosa, com o objetivo final de transformar a natureza
fundamental da política internacional e criar um mundo onde não apenas exista uma
cooperação dos Estados, mas a possibilidade da paz genuína. Como na segurança
coletiva, mas diferente do liberalismo institucional, a teoria crítica desafia diretamente o
pensamento realista no que tange o comportamento individualista dos Estados. A teoria
é predicada na suposição que as ideias e discursos são as forças que conduzem o
comportamento do Estado. Rejeita completamente a afirmação do realismo de que o
comportamento do Estado é em grande parte uma função da estrutura dada do mundo
externo. Para os teoristas críticos, as ideias moldam o mundo material em importante
meios, e, portanto, o meio de revolucionar as políticas internacionais é mudando
drasticamente a forma que os indivíduos pesam e falam sobre política mundial.

Institucionalismo Liberal

Liberalismo institucional não é direcionado para a questão se as instituições


resultam na paz, mas, foca em um objetivo menos ambicioso de explicar cooperação em
casos onde os interesses do Estado não são fundamentalmente opostos.
Especificamente, a teoria olha em casos onde os Estados estão tendo dificuldade de
cooperar porque eles têm “mixed” interesses; em outras palavras, cada lado tem
incentivos de cooperar e não cooperar. Cada lado pode sair beneficiado da cooperação,
entretanto, o quê institucionalistas liberais definem como “comportamento direcionado
por metas que implicam ajustes mútuos de políticas, de modo que todos os lados
acabem se saindo melhor do que sairiam”. A teoria é de pouca relevância em situações
onde os interesses do Estado são fundamentalmente conflituosos e nenhum dos lados
pensam que têm muito a ganhar da cooperação. Nessas circunstâncias, Estados buscam
em ganhar vantagens sobre os outros. Eles pensam em termos de ganhar e perder, e isso
invariavelmente leva à uma intensa competição de segurança, e as vezes guerra. Mas o
liberalismo institucional não lida diretamente com essas situações e, portanto, fala
pouco como resolver o até mesmo melhorar eles.
Assim sendo, a teoria ignora questões de segurança e se concentra na economia e
em menor grau, aos problemas no ambiente. De fato, a teoria é construída em uma
suposição que a política internacional pode ser dividida em duas áreas – segurança e
política econômica – e que institucionalismo liberal se aplica principalmente na questão
de econômica.
Institucionalistas liberais as vezes afirmam que as instituições são importantes
causas de estabilidade internacional. Além disso, pode-se argumentar que se a teoria
aponta uma forte conexão causal entre instituições e cooperação econômica, poderia ser
relativamente fácil dar um passo e ligar cooperação com paz. Alguns proponentes da
teoria mantêm que instituições contribuem para a estabilidade internacional; essa
sugestão que eles acreditam é fácil de conectar cooperação com estabilidade. Eu duvido
dessa afirmação, principalmente porque os proponentes da teoria definem cooperação
tão limitadamente com evitam questões militares.

Lógica Causal

Institucionalistas liberais afirmam acreditar nas raízes das suposições realistas


quando argumentam que cooperação é ainda assim mais fácil de se alcançar do que os
realistas acham. Robert Keohane, por exemplo, escreve in After Hegemony que ele está
“adotando o modelo realista de egoísmo racional”. Ele continua: “Eu proponho mostrar,
nas bases nas suas próprias suposições, que a característica pessimista do realismo não
segue necessariamente. Eu busco demonstrar que as suposições realistas sobre as
políticas mundiais são consistentes com uma formação de arranjos institucionalizados...
o qual promove cooperação”.
De acordo com os institucionalistas liberais, o principal obstáculo para cooperação
entre os Estados com interesses mútuos é a ameaça da traição. O famoso “dilema dos
prisioneiros”, o qual é a peça central de análise da maior parte da literatura dos
institucionalistas liberais, captura a essência do problema que Estados devem resolver
para alcançar cooperação. Cada um dos dois Estados podem trair/trapacear ou cooperar
com o outro. Cada lado quer maximizar seus próprios ganhos, mas não ligar para o
quanto que o outro ganhou; cada lado apenas se preocupa quando a escolha estratégica
do outro afeta sua expectativa de maximizar seus ganhos. A estratégia mais atraente
para cada lado é trapacear/trair e esperar que o outro Estado busque estratégias de
cooperação.
A chave para a resolução desse dilema é cada lado convencer o outro que eles
possuem um conjunto de interesses em fazer o que parece ser sacrifícios em curto prazo,
para o bem de benefícios de longo prazo. Isso significa convencer Estados a aceitar a
segunda melhor saída, que é a colaboração mútua. O principal obstáculo em alcançar
essa cooperação é o medo de ser suckrered (dizer que você vai cooperar, entretanto,
você tem a intenção de trair). Isso, resumindo, é o problema que as instituições devem
resolver.
Institucionalistas liberais não buscam lidar com trapaceiros/traíras e vítimas
mudando normas fundamentais do comportamento estatal. Como também, não sugerem
transformar a natureza anárquica do sistema internacional. Eles aceitam a suposição que
os Estados operam em um contexto anárquico e se comportam de uma maneira que
busquem seus próprios interesses. No que diz respeito a isso, a abordagem deles é
menos ambiciosa que a segurança coletiva e a teoria crítica, os quais buscam mudar
importantes normas internacionais. Institucionalistas liberais concentram em mostrar
como as regras podem trabalhar para contra-atacar o problema da traição, mesmo
quando os Estados buscam maximizar seu bem-estar. Eles argumentam que instituições
podem mudar os cálculos dos Estados que têm como objetivo maximizar seus ganhos.
Especificamente, regras podem fazer os Estados sacrifícios de curto prazo para resolver
o dilema do prisioneiro e, portanto, realizar ganhos a longo prazo. Instituições, logo,
podem produzir cooperação.
Regras podem ser empregadas idealmente para fazer quatro grandes mudanças no
“contexto contratual”. Primeiro, regras podem aumentar o número de transações entre
Estados com o tempo. Essa “iteração institucionalizada” desencoraja a traição/trapaça
em três maneiras. Aumenta o custo de traição/trapaça criando a possibilidade de ganhos
futuros através de cooperação, assim, criando “the shadow of the future” para evitar
traição/trapaça. Se um Estado for pego traindo/trapaceando se prejudicará, podendo não
fazer cooperações futuras, desde que a vítima provavelmente retalie. Também, iteração
dá para a vítima a oportunidade de devolver a traição para o traidor/trapaceiro. E, é
recompensado os Estados que desenvolvem uma reputação de fidelidade àqueles que
aderem os acordos e punem Estados que têm reputação de trair/ser trapaceiro.
Segundo, regras podem unir interações entre Estados em diferentes áreas com
problemas. Issue-linkage foca em criar uma grande interdependência entre Estados, que
então serão relutantes em trair/trapacear em uma área por temer que a vítima retalie em
uma outra área. Desencoraja a trapaça/traição da mesma forma que a iteração: aumenta
os custos de traição/trapaça e provém uma forma para a vítima retaliar contra o traidor.
Terceiro, a estrutura de regras pode aumentar a quantidade de informação
disponível para participantes em acordos de cooperação para que haja um
monitoramento próximo. Aumentando o nível de informação desencoraja a traição em
duas formas: aumenta a probabilidade que os traidores sejam pegos e mais importante,
providência às vítimas avisos prévios de traição, assim, possibilitando a eles terem
medidas de proteção antes que eles se prejudiquem.
Quarto, regras podem reduzir as transaction costs de acordos individuais. Quando
instituições fazem as atividades descritas acima, Estados podem investir menos esforços
para negociar e monitorar acordos de cooperação, e assim reduzindo as chances de
perder dinheiro contra uma possível deserção. Aumentando a eficiência da cooperação
internacional, instituições podem fazer com que seja mais rentável e, portanto, mais
atraente para os interesses dos Estados.
Institucionalismo liberal é geralmente considerado de utilidade limitada na área de
segurança, porque o medo da traição é considerado o maior obstáculo para a cooperação
quando o problema militar está em questão. Existe a constante ameaça que traição
resultará em uma devastadora derrota militar. Essa ameaça não é presente quando está
lidando com economias internacionais. Dado que “os custos da traição” são
potencialmente mais graves na esfera militar do que na econômica, Estados serão muito
relutantes para aceitar a lógica de “um passo para trás, dois para frente”. Um passo para
trás na área de segurança pode significar destruição, nesse caso não existirá, nem passo
para trás e nem para frente.

Falhas na Lógica Causal

Existe uma falha teórica importante na lógica institucionalista liberal, o mesmo se


aplica para os problemas econômicos. A teoria está correta no seu decorrer; trair pode
ser uma barreira para a cooperação. Ignora, entretanto, o outro maior obstáculo para a
cooperação: a questão dos ganhos relativos. Como Joseph Grieco mostrou,
institucionalistas liberais assumem que Estados não se preocupam com ganhos relativos,
mas sim, foca exclusivamente nos ganhos absolutos. Keohane admitiu esse problema
em 1993: “Grieco fez uma grande contribuição atentando no problema de ganhos
relativos, um tema que não vem sido enfatizado, especialmente por comentadores
liberais e neoliberais no mundo da economia”.
Essa omissão é revelada pela pressuposta ordem de preferência no dilema do
prisioneiro: cada Estado se importa sobre como a estratégia do oponente afetará seu
próprio ganho (absoluto), mas não sobre quanto um lado ganha em relação ao outro. Em
outras palavras, cada lado quer ter o melhor negócio para si, e não presta atenção em
quão bem o outro lado ganha no processo. Ainda assim, institucionalista liberais não
podem ignorar a consideração de ganhos relativos. Porque eles assumem que os Estados
atores que focam em seus interesses em um sistema anárquico, e eles reconhecem que o
poder militar é importante para os Estados. A teoria que aceita a suposição central do
realismo – e liberalismo institucional também faz isso – devem confrontar o problema
de ganhos relativos se espera desenvolver uma explicação aceitável para os Estados
cooperarem.
Uma pessoa espera um liberalista institucional oferecer um contra-argumento
dizendo que a lógica dos ganhos relativos apenas se aplica na área da segurança,
enquanto a lógica do ganho absoluto se aplica para a área econômica. Dado que eles são
principalmente preocupados com a explicação econômica e contexto de cooperação,
deixando os problemas de ganhos relativos fora da teoria não importa.
Existem dois problemas com esse argumento. Primeiro, se traição fosse a o único
obstáculo significante para cooperação, institucionalistas liberais poderiam argumentar
que a teoria deles se aplicam para a economia, mas não para a área militar. De fato, eles
fazem esse argumento. Entretanto, uma vez considerados ganhos relativos na equação,
torna-se impossível manter a linha divisória entre problemas econômicos e militares,
principalmente porque a força militar é significantemente dependente na força
econômica. O tamanho relativo da economia de um Estado tem profundas
consequências para se manter no equilíbrio internacional do poder militar. Sendo assim,
questões de ganhos relativos devem ser levados em conta por razões de segurança
quando se olha para economia como também para campo militar. A linha divisória que
institucionalistas liberais empregam para especificar quando a teoria deles se aplica, tem
pouca utilidade quando uma pessoa afirma que Estados se preocupam com ganhos
relativos.
Segundo, não existe lógica não realista que possa explicar por que Estados se
preocupam com ganhos relativos. Teoria da troca estratégica, por exemplo, providencia
uma lógica econômica direta por que Estados devem se preocupar com ganhos relativos.
Argumenta-se que Estados deveriam ajudar suas próprias empresas ganhar vantagens
comparativas sobre as firmas dos Estados rivais, porque isso é a melhor forma de
garantir prosperidade econômica nacional. Também existe uma lógica psicológica, o
qual retrata os indivíduos como se importassem sobre o quão bem eles fazem (ou os
Estados deles fazem) em um acordo de cooperação, não por motivos materiais, mas
porque é da natureza humana comparar progresso de uns com os dos outros.
Outro possível contra-argumento de um liberalista institucional é que resolver o
problema da traição representa o problema do ganho relativo irrelevante. Se Estados não
podem os outros, eles não precisam temer os outros, e, portanto, Estados não deveriam
se preocupar sobre ganhos relativos. O problema desse argumento, entretanto, é que
mesmo que o problema da traição fosse resolvido, Estados ainda iriam se preocupar
com ganhos relativos, porque diferenças de ganhos podem ser traduzidos em vantagens
militares que podem der usados para coerção ou agressão. E no sistema internacional, às
vezes, Estados têm conflitos de interesses que levam a agressão.

(Parágrafo com uma evidência empírica que o auto demonstra, se for preciso
tradução, traduzir, página 21).

Eu não estou sugerindo que considerações de ganhos relativos fazem da


cooperação algo impossível; meu ponto é simples, e ele pode representar um sério
impedimento para cooperação e deve, portanto, ser levado em consideração quando
desenvolver uma teoria de cooperação entre Estados. Agora, esse ponto é aparentemente
reconhecido pode institucionalistas liberais. Keohane, por exemplo, reconhece que ele
“fez um grande erro não dando ênfase nos problemas distributivos e as complexidades
que eles criaram para cooperação internacional”.

Pode o Institucionalismo Liberal Ser Reparado?

Institucionalistas liberais devem atender a duas questões se eles querem reparar a


teoria. Primeiro, as instituições podem facilitar a cooperação quando os Estados se
importam com os ganhos relativos, ou as instituições apenas importam quando Estados
podem ignorar as questões dos ganhos relativos e focar no ganho absoluto? Eu não
encontro nenhuma evidência que os institucionalistas liberais acreditam que instituições
facilitam cooperação quando os Estados se importam bastante sobre os ganhos relativos.
Eles aparentemente consideram que a teoria deles apenas se aplica quando os ganhos
relativos importam pouco ou quase nada. Portanto, a segunda questão: quando os
Estados não se preocupam com os ganhos relativos? A resposta para essa questão
definiria a área em qual o liberalismo institucional se aplica.
Institucionalistas liberais não abordam essa questão importante em uma maneira
sistemática, então qualquer avaliação de seus esforços para reparar a teoria deve ser
preliminar.

(Parágrafo onde Keohane responde Snidal e Powell no que tange os ganhos


relativos, página 22; Mearsheimer dará sua opinião sobre essa discussão).

Problemas com o Registro Empírico

Embora haja muita evidência de cooperação entre Estados, o que é necessário é


evidência de cooperação que não tenha ocorrido na falta de instituições por conta do
medo de traição, ou a sua presença de fato. Mas estudiosos têm providenciado pequenas
evidências de cooperação desse tipo, tampouco de cooperação falha por conta de
traição. Além disse, como discutido acima, existe considerável evidência que Estados se
preocupam muito com ganhos relativos não apenas na segurança, mas como também, na
área de economia.
Essa escassez de suporte empírico para o institucionalismo liberal é reconhecido
por defensores da teoria. O registro empírico não é totalmente branco, contudo, os
poucos casos históricos que os institucionalistas liberais têm estudado forneceu pouco
suporte teórico.

(Parágrafo dando dois exemplos, página 24)

Resumindo, institucionalismo liberal não fornece bases consistentes para o


entendimento das relações internacionais e promoção de estabilidade no pós-Guerra
Fria. Faz-se uma modesta afirmação sobre o impacto das instituições, e evita questões
de guerra e paz, focando em vez disso em explicar a cooperação econômica. Além
disso, a lógica da teoria é falha, como os defensores da teoria admitem. Tendo como
vista o problema de ganhos relativos, eles agora tentarão reparar a teoria, mas os
esforços iniciais não são promissores. Finalmente, as evidências empíricas disponíveis
não dão o suporte necessário para sustentar a teoria.

Segurança Coletiva

A teoria de segurança coletiva lida diretamente com a questão de como motivar a


paz. Reconhece que o poder militar é o fator central na vida da política internacional, e é
provável que continue sendo esse pensamento no futuro. A chave para melhorar a
estabilidade nesse mundo de Estados armados é propriamente o manuseio de poder
militar. Para os defensores da segurança coletiva, instituições são a chave para
administrar o poder com sucesso.
Embora a teoria enfatize a importância da força militar, ela é claramente
antirrealista. Seus defensores expressam uma aversão pela lógica de balanço de poder e
alianças tradicionais, como também, um desejo de criar um mundo onde aqueles
conceitos realistas não tenham nenhum efeito.
No início de século vinte, Woodrow Wilson e alguns outros desenvolveram a
teoria de segurança coletiva, o qual forma as bases para a Liga das Nações. Apesar das
falhas já conhecidas dessa instituição, a popularidade dessa teoria se mantém alta. De
fato, vem havendo um grande interesse no segurança coletiva no pós-Guerra Fria.
Claude diz, “Independentemente das falhas, os Wilsonianos foram bem-sucedidos no
estabelecimento da convicção que a segurança coletiva representa uma marca na moral
internacional vastamente superior daquele incorporado no sistema de balanço de poder”.

(Parágrafo onde Mearsheimer falará sobre Claude, um dos pensandores da teoria


de segurança coletiva, página 27)

Lógica Causal

Segurança coletiva começa com a suposição que Estados se comportam de acordo


com os ditames realistas. Seu objetivo, entretanto, é ir além do mundo self-help do
realismo onde os Estados temem uns aos outros e são motivados pela balança de poder,
mas ainda assim, a teoria assume que o poder militar irá permanecer um fato no sistema
internacional. Para os apoiadores da segurança coletiva, instituições são a chave para a
realização dessa tarefa ambiciosa. Especificamente, o objetivo é convencer os Estados
basear seus valores em três normas antirrealistas.
Primeiro, Estados devem renunciar o uso da foça militar para alterar o status quo.
Eles não devem incitar uma guerra, mas ao invés disso, devem resolver todas as
disputas de forma pacífica. Segurança coletiva permite a mudança no status quo, mas
essas mudanças devem ser por meio de negociação, e não por meio de armas. A teoria,
como Claude demonstra, “depende de um compromisso positivo para o preço da paz por
uma grande quantidade de Estados”.
A teoria, não obstante, reconhece que alguns Estados não venham aceitar essa
norma: se tivesse uma assinatura universal para a norma, não existiria necessidade para
um sistema de segurança coletiva para lidar com aqueles que causam desordem, já que
não haveria nenhuma. Contudo, a grande maioria dos Estados deve renunciar conquistas
de guerras, ou então, o sistema iria entra em colapso.
É difícil estipular quantos agressores a segurança coletiva pode lidar antes que a
mesma de desfaça. A resposta depende nas circunstâncias postas no sistema, como: o
número de grandes Estados, a distribuição de poder entre eles, geografia, mesmo que os
agressores que sejam poucos poderosos ou bastantes poderosos. O limite máximo de
uma agressão apreendida por Estados poderosos é provavelmente dois de uma vez só,
mas ainda assim, o sistema é capaz de ter dificuldades de lidar com eles. Alguns
sistemas de segurança coletiva podem até ter problemas combatendo dois Estados não
tão poderosos ao mesmo tempo, já que alguns deles são geralmente bem armados.
Lutando contra Iraque e Coreia do Norte ao mesmo tempo, por exemplo, seria uma
tarefa bastante difícil, entretanto um Estado que tem uma maior força ganharia deles.
Idealmente, um sistema de segurança confrontaria apenas um agressor de uma vez, algo
que não ocorreria tantas vezes. Claude resume bem o assunto: “Segurança coletiva
presume o lonely agressor; o violador da paz mundial pode ter um ou dois ajudantes,
entretanto, “malfeitor” se encontrará isolado em um confronto com uma força
esmagadora do posse comitatus internacional.
Segundo os Estados “responsáveis” não devem pensar em termos de interesses
individuais quando eles agem contra apenas um agressor, mas devem, ao invés disso,
equiparar seus interesses nacionais com os interesses coletivos da comunidade
internacional. Especificamente, Estados devem acreditar que seus interesses nacionais
são intrinsicamente ligados com interesses nacionais de outros Estados, então, um
ataque contra qualquer Estado é considerado um ataque contra todos os Estados.
Portanto, quando um “malfeitor” aparece no sistema, todos os Estados “responsáveis”
devem automaticamente e coletivamente confrontar o agressor com um grande ataque
militar. O objetivo é “criar obrigações automáticas de caráter coletivo”.
Estados em um mundo individualista, calculam cada movimento baseados em
como que tal movimento afetará a balança de poder. Esse senso individualista significa
que Estados são propensos em continuar nos bastidores se seus interesses vitais não são
ameaçados. Esse tipo de comportamento é inaceitável em um mundo de segurança
coletiva, onde ao invés disso, deve haver “um compromisso legalmente vinculado e
codificado por parte de todos os membros para responder à agressão sempre e onde quer
que ocorra”. Um sistema de segurança coletiva permite que Estados uma pequena
liberdade de ação. O efeito prático nesse compreensível sistema de assistências mútuas
é que lonely agressors são confrontados rapidamente com uma coalizão de uma
esmagadora força militar. Ambos os propósitos de dissuasão e guerra, esse “poder
preponderante” é de longe superior à “coalizão vencedora mínima” que um “malfeitor”
enfrenta no balanço de poder mundial. Uma vez que se torna claro que a agressão não
vale a pena, até mesmo os Estados que foram relutantes a aceitar a primeira norma (a
renúncia de agressão) serão inclinados a aceitá-la.
Terceiro, os Estados devem acreditar uns nos outros. Estados devem não apenas
agir em concordância com as primeiras duas normas, mas eles devem acreditar que
outros Estados irão executá-los também. Se Estados temem uns aos outros, como eles
são temem no mundo realista, a segurança coletiva não funcionará. Estados, Claude
enfatiza, devem “estar dispostos a confiar os seus futuros na segurança coletiva.
Confiança é a quinta essencial condição para o sucesso do sistema; Estados deve estar
preparados em confiar na sua efetividade e imparcialidade”.
Confiança é o mais importante das três normas porque suporta as duas primeiras.
Especificamente, Estados devem ser bastantes confiantes que quase todos os outros
Estados no sistema irão renunciar a agressão, e não mudará de esse pensamento forma
alguma. Estados também devem ser confiantes quando um agressor focar neles, nenhum
dos outros Estados irão fugir e falhar contra o “malfeitor”. Esse elemento, certamente, é
um dos mais importantes no sistema de segurança coletiva porque se não funcionar,
pelo menos, alguns dos outros Estados que ignoraram o balanço de poder e evitaram
alianças, irão ser vulneráveis ao ataque.
Essa discussão de que a confiança aumenta um elemento adicional sobre os
problemas que um sistema de segurança coletiva enfrenta quando se confronta contra
diversos agressores. A discussão prévia, foi principalmente abordado nas dificuldades
lógicas de se lidar com mais de um “malfeitor”. No entanto, a presença de múltiplos
agressores aumenta também a questão de se a maioria dos Estados nos sistemas são
verdadeiramente comprometidos com a paz, e, portanto, se faz sentido em confiar na
segurança coletiva. Quanto mais “malfeitores” no sistema, maior as dúvidas dos Estados
sobre os seus investimentos em uma segurança coletiva. A mesma lógica se aplica para
a questão de que a segurança coletiva pode sobreviver sem requerer que todos os
Estados participem do sistema. Alguns argumentam que um ou mais Estados podem
permanecer nos bastidores, desde que os Estados membros do sistema ainda possam
confrontar os “malfeitores” com uma grande força militar. Embora esse “membro” se
assumam como não agressores, não existe uma garantia que mais tarde eles não
empreenderão um ataque, nesse caso, suas posições de talvez membros podem ter
permitido que eles melhorassem significativamente seu poder. Esse problema de
Estados não tão membros, como o problema dos múltiplos agressores, é capaz de
comprometer a confiança dos Estados responsáveis na segurança coletiva e, portanto,
provocar falhas.

Falhas na Lógica Causal

Existem duas grandes falhas na teoria da segurança coletiva, e as duas referem-se


ao componente da confiança. Segurança coletiva é uma teoria incompleta porque não
fornece uma explicação satisfatória de como os Estados superam seus medos e
aprendem a confiar uns nos outros. Realistas sustentam que os Estados temem uns aos
outros porque eles se encontram em um mundo anárquico, possui capacidade militar
ofensiva e nunca poderão ter certeza acerca dos intensões dos outros Estados. Segurança
coletiva é em grande parte omisso sobre as duas primeiras suposições, como também
pouco fala sobre anarquia e capacidade ofensiva. No entretanto, tem algo a dizer sobre
intensões, porque as duas primeiras normas da teoria pedem para que o Estado não
agrida, mas apenas se defenda. Estado, em outras palavras, devem apenas ter boas
intenções quando contemplam o uso da força militar. (?)
No entanto, a teoria reconhece que um ou mais Estados podem rejeitar as normas
que sustentam a segurança coletiva e se comportam agressivamente. O principal
propósito de uma segurança coletiva, afinal de contas, é para lidar com Estados com
Estados que possuem intenções agressivas. De fato, segurança coletiva admite que
nenhum Estado nunca terá completa certeza sobre as intenções dos outros Estados, o
que nos traz de volta ao mundo realista, onde os Estados a não ser temer uns aos outros.
Existe uma segunda razão por que os Estados não são propensos em colocar a sua
confiança em um sistema de segurança coletiva: existe um conjunto de requerimentos –
eu conto nove – que são capazes de impedir os esforços contra um agressor com poder
preponderante. Segurança coletiva, como mostra Claude, “assume a satisfação de uma
extraordinária rede complexas de requerimentos”.
Primeiro, para a segurança coletiva funcionar, Estados devem ser capazes de
diferenciar claramente entre agressor e vítima, e então, agir contra o agressor. No
entanto, é difícil às vezes em uma crise determinar quem é o “malfeitor” e quem é a
vítima. Ainda existem debates calorosos sobre qual país europeu, se algum, tem a
responsabilidade de ter iniciado a Primeira Guerra Mundial; Disputas similares têm
seguido outras guerras.
Segundo, a teoria assume que todo tipo de agressão é errado. Mas existem casos
onde a guerra é necessária. Por exemplo, existem boas razões para se comemora a
invasão vietnamita no Camboja, quando tirou o assassino Pol Pot do poder.
Terceiro, alguns Estados possuem amizades por conta de razões ideológicas e
históricas. Deveria um Estado com “amigos próximos” ser intitulados como agressores
em um sistema de segurança coletiva? Seus “amigos” provavelmente irão ser relutantes
em participar de uma coalização contra ele. Por exemplo, é difícil de imaginar os
Estados Unidos empreendendo um ataque contra o Reino Unido e Israel, mesmo sele
fossem rotulados como agressores pela comunidade internacional.
Quarto, a inimizade histórica entre os Estados pode também complicar os esforços
da segurança coletiva. Considerando que o sistema coletivo de segurança Europeu
dependesse fortemente na Alemanha e Rússia, os dois mais poderosos Estados no
continente, para manter a ordem. No entanto, a ideia da Alemanha, a qual efetuou
assassinatos e destruição através da Europa em 1939 a 1945, e Rússia, a qual era o
centro do império Soviético, mantivesse a ordem na Europa, certamente encontrariam
uma resistência dos outros Estados europeus.
Quinto, mesmo que os Estados concordem em agir automaticamente e
coletivamente para impedir um agressor, certamente seria difícil determinar como
distribuir as responsabilidades. Estados irão ter uma grande vontade de passar o trabalho
para outros e consequentemente, sofrerem por conta do agressor. Durante a Primeira
Guerra Mundial, por exemplo, Reino Unido, França e Rússia tentaram fazer com que
seus aliados sofressem com o preço de derrotar a Alemanha no campo de batalha. Esse
tipo de ação pode prejudicar os esforços em produzir um poder militar necessário para o
funcionamento da segurança coletiva.
Sexto, é difícil garantir uma rápida resposta para uma agressão em um sistema de
segurança coletiva. Se planejar previamente é problemático porque “é impossível saber
qual a orientação será se ocorrer um conflito armado”. Também existem problemas de
coordenação associados com a composição de uma grande coalizão de Estados para a
batalha. Uma resposta rápida se torna ainda mais problemática se a os Estados
responsáveis venham a lidar com mais de um agressor. Demorou mais de seis meses
para que os EUA para juntar uma coalizão para liberar Kuwait de Saddam Hussein.
Como o grande esforço dos norte-americanos, Estados ameaçados não são capazes de
ter tanta confiança no sistema de segurança que assume ajudar eles quando for
necessário, mas que terá que esperar meses desde que eles foram atacados.
Sétimo, Estados são propensos a serem relutantes em participar uma segurança
coletiva porque o sistema efetivamente transforma todos os locais de conflitos em um
conflito internacional. Estados que veem conflitos ao redor do mundo certamente
tentarão isolar da área que se encontra com problemas e prevenir um agravamento
futuro, como o Ocidente fez na Iugoslávia. Segurança coletiva, contudo, pede uma
intensificação, mesmo que a intenção seja para propósitos pacíficos.
Oitavo, a concepção de que Estados devem automaticamente responder a uma
agressão afeta fundamentalmente na soberania do Estado, assim, sendo difícil da ideia
ser aceitável. Estados, especialmente as democracias, são inclinadas a resguardar suas
liberdades do ver se vale ou não vale a pena combater um agressor. Guerra é um
negócio mortífero, especialmente se grades Estados estão envolvidos, e poucos países
querem se comprometer antecipadamente para pagar um preço alto que seus próprios
interesses não estão envolvidos.
Nono, existem algumas contradições no que tange atitudes que levam ao aumento
de dúvidas se Estados responsáveis iriam de fato ajudar um outro Estado ameaçado. A
teoria da segurança coletiva é baseada na crença que guerra é um empreendimento
horrível, logo, os Estados deveriam renunciar as agressões. Ao mesmo tempo, a teoria
manda que Estados devem estar preparados e dispostos para usar impedir agressores.
Contudo, os Estados responsáveis acreditam que guerra é algo tão repulsivo que eles
iriam renunciá-lo; isso aumenta a dúvida sobre a vontade de ir para a guerra e impedir a
agressão. De faro, a maioria dos defensores da segurança coletiva preferem “diplomacia
criativa e sansões econômicas” do que usar forças militares para lidar com um Estado
agressor.
Resumindo, Estados tem diversas razões para duvidar se a segurança coletiva
funcionará como um aviso quando as guardas estiverem baixas e a guerra parece
provável. Deve não funcionar, as vítimas poderão estar em perigo se elas ignorarem o
balanço de poder e acreditar na segurança coletiva. Reconhecendo isso, Estados não são
capazes de colocar seus futuros na mão de outros Estados, acreditando assim, na lógica
individualista do realismo.

Problemas com os Registros Empíricos

(Mearshaimer irá mostrar exemplos que justifiquem seu posicionamento, página


33)

Outras Formas
Dado os limites da segurança coletiva, alguns de seus defensores argumentam que
duas formas menos ambiciosas da teoria podem ser realizadas: peacekeeping e concerts.
Porém, eles são retratados como versões acessíveis da segurança coletiva, alguns
especialistas acham que peacekeeping e concerts ainda pode ser forças poderosas para a
estabilidade internacional.
Peacekeeping, como demonstra William Durch, “desenvolvido como uma forma
alternativa para a segurança coletiva, o que a Nação Unida foi criada para fazer, mas
não conseguiu”. No entanto, peacekeeping não é uma versão diluída da segurança
coletiva. E sim, uma alternativa estratégica menos ambiciosa de promover estabilidade.
Peacekeeping implica em uma intervenção que envolvem terceiros em guerras civis de
menos porte ou disputa entre Estados não tão fortes, com o propósito de prevenir uma
eclosão de guerra ou parar uma que já tenha iniciado. Essa intervenção pode apenas ser
alcançada com o consenso dos disputantes, e esses Estados não podem usar força para
influenciar o comportamento dos grupos que estão disputando. Operações peacekeeping
devem ser “expressamente não agressivas e imparciais”. Portanto, peacekeeping é
principalmente útil no implemento de cessar fogo em guerras envolvendo pequenos
Estados.
Peacekeeping não possui uma função em disputas entre grandes Estados. Além
disso, proíbe o uso da coerção, o qual é essencial para o sistema de segurança coletiva.
Sua missão está muito longe dos ambiciosos objetivos da segurança coletiva.
Peacekeeping feita pela Nações Unidas ou por uma organização regional como a
Organização de Unidade Africana pode melhorar as perspectivas para a paz mundial de
forma sútil.
Concerts são as vezes descritos como uma “forma atenuada de segurança
coletiva”, ou uma “versão híbrida razoável de segurança coletiva”. A afirmação de que
os concerts são versões menos ambiciosos da segurança coletiva, é falsa. Concerts
refletem essencialmente no balanço de poder, e, portanto, amplamente consistente com
o realismo, enquanto a segurança coletiva, como explicado acima, é uma teoria
fundamentalmente antirrealista. Concerts e sistemas de segurança coletiva, portanto,
refletem diferentes e lógicas incompatíveis. Como mostra Quincy Wright, “A
suposições fundamentais dos dois sistemas são diferentes. Um governante não pode ao
mesmo tempo se comportar de acordo com os pensamentos de balanço de poder de
Maquiavel e os pensamentos de Wilson sobre as organizações internacionais”.
Um concert é um arranjo no qual grandes Estados que não têm intenção de
desafiar uns aos outros militarmente, concordam em um conjunto de regras que
coordenarão suas ações com os outros, como também com Estados que não são fortes
dentro do sistema, geralmente estabelecidos nas esferas de influência. Um concert é um
condomínio de grandes forças que reflete nas bases do balanço de poder entre seus
próprios membros. O balanço coordenado que se encontra dentro de um concert não
viola o interesse individual. De fato, quando alguns desses Estados batalham, os
interesses próprios decidem a política de cada lado e o concert pode entrar em colapso.
Concerts são mais prováveis de acontecer quando uma grande guerra surge na
qual uma hegemonia em potencial foi derrotada, e o poder é distribuído de forma
rigorosa entre os vitoriosos. Quatro fatores descrevem esse fenômeno. Primeiro, os
grandes Estados não ganhariam tanto em atacar os outros, por conta do balanço de
poder entre eles. Segundo, as forças vitoriosas são propensas em ter um interesse em
manter o status quo, principalmente porque eles estão em controle e as potenciais
hegemonias foram contidas. Terceiro, guerras são bastante custosas, então os grandes
Estados não querem empreender um conflito, logo, são a favor de evitar uma outra
guerra. Quarto, os vitoriosos trabalharam juntos para ganhar a guerra, então, a noção de
ações coletivas é “atrativa” para eles, algo que eles continuam a fazer nos primeiros
anos após uma guerra.
Concerts geralmente duram apenas alguns anos. O balanço de poder muda.
Derrotados emergem das cinzas. Os vitoriosos entram em conflito contra eles mesmos,
especialmente quando lidam com “Estados menores”. Estados se tornam menos
sensíveis com o custo de guerra com o passar dos anos.

(Exemplo do Concerto Europeu, página 36)

Em suma, a teoria de segurança coletiva é direcionada para o problema de como


afastar os Estados da guerra e promoverem a paz, reconhece-se que o poder militar tem
uma importância na política internacional. Mas a teoria possui diversas falhas. É
construída em uma fundação de normas que Estados deveriam confiar uns nos outros,
mas não explica de fato como é possível em um mundo anárquico onde os Estados têm
força militar e segundas intenções. Além disso, os registros históricos não providenciam
um suporte consistente para a teoria. O único caso de um sistema de segurança coletiva
em prática foi a Liga das Nações, que foi um grande fracasso. Embora peacekeeping e
concerts são descritos como limitados, mas versões promissoras da segurança coletiva,
eles não são tidos com um grandes utilidades para a promoção da paz. Inclusive, tanto
peacekeeping como concerts trabalham com lógicas diferentes em relação a segurança
coletiva. De fato, concerts, como alianças, basicamente refletem o balanço de poder e,
portanto, são ideias paralelas com as instituições do realismo.

Teoria Crítica

Teóricos críticos vão atender a questão de como alcançar a paz e eles afirmam de
forma audaciosa sobre a probabilidade de mudar o comportamento dos Estados.
Especificamente, eles focam em transformar o sistema internacional em uma “sociedade
mundial”, onde os Estados são guiados por “normas de confiança e colaboração”. O
objetivo dele é relegar a competição por segurança e guerra, suprimindo-as da história, e
criando um verdadeiro “sistema pacífico”.
Teóricos críticos levam essas ideias muito a sério. De fato, eles acreditam que o
discurso ou como visualizamos o mundo e discutimos sobre o mundo, em grande parte
pode moldar na prática. Em outras palavras, as ideias é a força que conduz a história.
Além disso, eles reconhecem que o realismo vem sido por muito tempo a teoria
dominante de políticas internacionais, ademais, de acordo com a descrição deles de
realidade, teve uma influência substancial no comportamento do Estado. Mas os
teóricos críticos pretendem mudar essa situação, desafiando o realismo e enfraquecê-lo.
Teoria crítica é bem adequada em desafiar o realismo porque a teoria crítica é, por
si só, se preocupa em criticar ideias “hegemônicas” como o realismo, não planejando
alternativas. O ponto principal é “buscar as contradições dentro da ordem existente, já
que é dessas contradições que as mudanças virão”. Existem um bom motivo para ser
chamado de teoria“crítica”. Muito significativamente, entretanto, a teoria crítica per se
tem pouco o que dizer sobre o condicionamento futuro das políticas internacionais. De
fato, a teoria crítica enfatiza que, “É impossível de prever o futuro”. Robert Cox explica
esse ponto: “Consciência crítica de uma possível mudança deve ser distinguida do
planejamento utópico, o planejamento de um esboço de uma sociedade futura é o
objetivo final de mudar. O pensamento crítico foca no processo de mudança do que o
seu resultado; concentra-se na possibilidade de lançar um movimento social do que no
que esse movimento pode alcançar”.
Entretanto, os estudiosos das relações internacionais que usam a teoria crítica para
desafiar e subverter o realismo certamente esperam criar um sistema internacional
harmonioso e pacífico. Mas a sua lógica pouco aborda sobre a conveniência e a
viabilidade de alcançar esse fim.

Lógica Causal

Instituições são a essência da teoria crítica, como seu objetivo é alterar as normas
constituinte e regulamentadoras do sistema internacional para que os Estados parem de
pensar e agir de acordo com o realismo. Especificamente, os teóricos críticos esperam
criar “comunidades pluralísticas de segurança”, onde Estados se comportam de acordo
com as mesmas normas ou instituições que sustentam a segurança coletiva. Estados irão
renunciar o uso de força militar, e ao invés disso, haveria “uma expectativa geral de
mudança pacífica”. Além disso, os Estados iriam “se identificariam de uma forma
positiva a um ponto que a segurança de cada um é percebida como uma
responsabilidade de todos”. Os Estados não iriam pensar neles mesmo ou nos seus
interesses, mas ao invés disso, iriam definir seus interesses em termos da comunidade
internacional. Nesse novo mundo, “interesses nacionais são interesses internacionais”.
Teóricos críticos tem uma agenda mais ambiciosa que os defensores da segurança
coletiva. Eles buscam criar um mundo no qual todos os Estados consideram a guerra
como uma prática inaceitável, e não são propensos a mudar seu pensamento sobre esse
assunto. Não há de haver qualquer “malfeitor” na comunidade pluralística de segurança,
como pode existe no sistema de segurança coletiva. De fato, o poder militar pode
parecer irrelevante no mundo dos teóricos críticos pós-realistas, os quais possuem
marcas do verdadeiro “sistema pacífico”.
Para os teóricos críticos, a chave para alcançar um “sistema internacional pós-
moderno” é alterando a identidade do Estado radicalmente, ou mais especificamente,
transformar como os Estados pensam sobre eles mesmo e suas relações com outros
Estados. No jargão da teoria, “expectativas e entendimentos intersubjetivos” são
bastantes importantes. Na prática isso significa que os Estados devem parar de pensar
que eles são egoístas e solitários, e ao invés disso, desenvolvem um caráter comunitário
poderoso. Esses teóricos procuram criar um sistema internacional caracterizado não pela
anarquia, mas por uma comunidade. Estados, ou mais precisamente, seus habitantes e
líderes, devem ser cuidadosos sobre conceitos como “retidão”, “direitos” e
“obrigações”. Resumindo, eles devem ter um bom senso de responsabilidade com a
comunidade internacional.
Um realista pode dizer que esse objetivo é desejável no princípio, mas não
realizável na prática, porque a estrutura do sistema internacional força os Estados se
comportarem como egoístas. Anarquia, capacidade ofensiva, e segundas intenções
combinadas levam o Estados com pouca escolha a não ser competir agressivamente com
os outros. Para os realistas, tentar infundir os Estados com normas comunitárias é uma
causa perdida.
A teoria crítica, contudo, desafia a afirmação realista de que os fatores estruturais
são os principais determinantes do comportamento do Estado. Em contraste ao realismo,
a teoria crítica assume que ideias e discursos são forças que conduzem como o mundo
se porta, entretanto, reconhece que os fatores estruturais têm alguma, embora menor,
influência. Como os individualistas pensam sobre e falam sobre o mundo, é muito
importante para determinar como os Estados agem no sistema internacional. Ideias são
importantes, de acordo com a teóricos críticos, porque o mundo é socialmente
construído por indivíduos que se comportam de acordo com seus pensamentos; esses
pensamentos, por sua vez, são compartilhados pelos membros de uma grande cultura.
Individualistas carregam a responsabilidade de moldar o mundo que eles habitam. O
mundo ao redor deles não é algo que força sobre eles mesmos. Pelo contrário, os
teóricos críticos debatem essas forças ideacionais ou “instituições que geralmente pode
mudar contextos”.
Essa discussão de como os teóricos críticos pensam em relação ao Estado e
anarquia aponta o fato que o realismo e teoria crítica possuem uma diferença
fundamental na epistemologia e ontologia, quais são o nível mais básico o qual as
teorias podem ser comparadas.
Além disso, os teóricos críticos reconhecem que o realismo tem sido a
interpretação dominante nas políticas internacionais por quase setecentos anos. Ainda
assim, a teoria crítica admite mudanças, e não tem nenhuma razão, de acordo com a
teoria, por que um discurso comunitário de paz e harmonia não podem derrubar o
discurso realista de competição de segurança e guerra. De fato, mudança é sempre
possível com a teoria crítica, porque permite ilimitado tipos de discursos e faz assim
nenhum julgamento sobre o mérito ou resistência de qualquer indivíduo. Também, a
teoria crítica não faz nenhum julgamento sobre se os seres humanos são “conectados”
em ser mau ou bom, mas ao invés disso, trata as pessoas como suscetíveis de mudanças.
A chave para entender como eles pensam ou agem é o “programa” que os indivíduos
carregam para em suas mentes, que também podem ser mudados. Na essência, os
teóricos críticos esperam recolar o uso do “programa” realista com seus novos
“programas” que enfatizam as normas comunitárias. Uma vez a troca feita, Estados irão
cooperar com os outros e o mundo político será mais pacífico.
A maioria dos teóricos críticos não veem ideias e discursos formando raiz e então
entrando nas elites da sociedade. Mas propriamente, uma teoria de cima para baixo, em
que as elites são as chaves mais importantes na transformação da língua e discurso sobre
as relações internacionais. Especialistas, especialmente os estudiosos, determinam que o
fluxo de ideias no mundo político. É especialmente útil, contudo, se vanguarda
intelectual consiste em individuais de diferentes Estados. Essa elite que transforma, qual
é as vezes referida como “comunidades epistêmicas”, são bem adequados para formular
e espalhar os ideais comunitários que os teóricos críticos esperam colocar no lugar do
realismo.
Finalmente, vale a pena notar que os teóricos críticos são propensos a serem
intolerantes de outros discursos sobre políticas internacionais, especialmente a realista.
Quatro fatores combinados descrevem essa situação. A teoria é baseada na crença que
ideias são importantes para a modelagem das políticas internacionais. Também,
reconhece o triunfo daquela teoria no “mercado” de ideias e o resultado é discursos
hegemônico. Também, apesar da teoria por si só não faz a distinção entre boas e más
ideias; os teóricos críticos certamente fazer essa distinção. Ademais, teóricos críticos
não possuem garantia histórica que os discursos irão fazer com que aceitem as ideias
sobre o mundo político que eles pregam. Além disso, faz sentido para os teóricos
críticos tentarem eliminar as ideias que eles não gostam, portanto, maximizando as
perspectivas dos seus discursos favoritos que irão triunfar. O pensamento realista, nessa
visão, não é apenas perigoso, mas também é o maior obstáculo que os teóricos críticos
enfrentam nos seus esforços para estabelecer uma nova e mais pacífico discurso
hegemônico.

Falhas na Causa Lógica.

O principal objetivo dos teóricos críticos é mudar o comportamento dos Estados


em fundamentais meios, para ir além do mundo de competição de segurança e guerra e
estabelecer uma comunidade pluralística de segurança. Contudo, as explicações dele de
como a mudança ocorre é no melhor, incompleta e, no pior, internamente contraditória.
A teoria crítica sustenta que o comportamento dos Estados muda quando os
discursos mudam. Mas o argumento deixa em aberto a mais óbvia e fundamental
questão: o que determina o porquê alguns discursos se tornam dominantes e outros
perdem a importância no “mercado” de ideias? Qual o mecanismo que rege a ascensão e
queda dos discursos? Essa questão geral, por sua vez, leva à três questões específicas: 1)
Por que o realismo vem sendo o discurso com preponderância no mundo político por
muito tempo? 2) Por que o realismo não acabará sendo mais importante com o tempo?
3) Por que o realismo é propenso em ser trocado por um discurso comunitário pacífico?
A teoria crítica providência alguns insights no porque os discursos ascendem e
caem. Thomas Risse-Kappen escreveu, “Pesquisa em... ‘comunidades epistêmicas’ de
conhecimento baseado em ‘entrelaços’ transnacionais falhou em condições no qual
ideias específicas são selecionadas e influenciam políticas enquanto outros caem no
esquecimento”. Não surpreendente, críticos teóricos falam pouco sobre o porque o
realismo tem sido um dominante discurso, e o porque suas fundações são agora
instáveis. Eles certamente não oferecem um bom argumento que mostre que lide com
essas questões específicas. Portanto, é difícil julgar o destino do realismo através da
lente da teoria crítica.
Entretanto, a teóricos críticos ocasionalmente apontam para fatores particulares
que talvez lidem com mudanças no discurso das relações internacionais. Nesses casos,
contudo, eles normalmente terminam argumentando que mudanças no mundo material
ocasiona mudanças nos discursos. Por exemplo, quando Ashley depreende sobre o
futuro do realismo, ele afirma que “uma questão crucial é se as condições históricas
mudaram ou não os antigos hábitos de poderes realistas.” Especificamente, ele pergunta
se “desenvolvimentos nas últimas sociedades capitalistas” como o “as crises ficais do
Estado, e a “internacionalização do capital”, junto com “a presença de um vasto arsenal
destrutivo nuclear tem privado os políticos da liberdade de agir de acordo com os
hábitos realistas?”. Similarmente, Cox argumenta que a mudança fundamental ocorre
quando existe uma “disjunção” entre “o estoque de ideias as pessoas têm sobre a
natureza do mundo e os problemas que os desafiam”. E então ele escreve. “alguns de
nós acha que a antiga construção mental dominante do neorrealismo é inadequada para
confrontar os desafios das políticas mundiais hoje”.
Seria compreensível se realistas fizessem tal argumento, desde que eles
acreditassem que existe uma realidade objetiva que determina qual o discurso será
dominante. Teóricos críticos, contudo, enfatizam que o mundo é socialmente
construído, e não formado em formas fundamentais de fatores objetivos. Anarquia, além
de tudo, é o que fazemos dela. Ainda quando os teóricos críticos tentam explicar o
porque do realismo talvez perder a posição hegemônica, eles apontam para os fatores
objetivos que por final causa mudança. Discurso, como é apresentado, acaba se
tornando não determinante, mas principalmente uma reflexão de desdobramentos no
mundo objetivo. Resumindo, parece que quando os teóricos críticos que estudam
politicas internacionais oferecem vislumbres dos seus pensamentos sobre as causas de
mudança no mundo real, eles fazem argumentos que são diretamente contraditórios com
a sua própria teoria, mas o qual aparecer ser compatível com a teoria que eles desafiam.
Existe um outro problema com a aplicação da teoria crítica para as relações
internacionais. Entretanto, teóricos críticos esperam tirar o realismo como um discurso
que enfatiza a harmonia e a paz, a teoria crítica em si enfatiza que é impossível saber o
futuro. Teoria crítica, de acordo com a própria lógica, pode ser usada para derrotar o
realismo e promover mudança, mas não poderá servir como base para prever qual
discursos será colocado no lugar do realismo, porque a teoria fala pouco sobre a
mudança de direção que ela toma. De fato, Cox argumenta que embora “expectavas
utópicas podem ser elementos que estimulam as pessoas agir... tais expectativas são
quase nunca realizadas na prática”.
Portanto, em um senso, o discurso comunitário defendido pelos teóricos críticos é
um pensamento desejável, não um resultado ligado a teoria nela mesma. De fato, a
teoria crítica não pode garantir que o novo discurso não será mais maligno que o
discurso já prevalecido. Nada na teoria garante isso, por exemplo, que o discurso
fascista é de longe mais violento que o realismo conseguirá não irá emergir como um
novo discurso hegemônico.

Problemas com o Registro Empírico

(Exemplos empíricos que suportarão o ponto de Mearsheimer, página 44)

Conclusão

Vários políticos como acadêmicos, acreditam que instituições prometem


promover a paz internacional. Essa análise otimista das instituições não é garantida, no
entanto, principalmente porque as três teorias as quais sustentam a abordagem, são
falhas. Existem sérios problemas com a lógica causal de cada teoria, e poucas
evidências empíricas de cada uma delas. O que é mais impressionante das instituições,
de fato, é como pequenos efeitos independentes parecem ter alguma influência no
comportamento do Estado.
Nos temos um grande paradoxo aqui: embora o mundo não funcione da maneira
que as teorias institucionais falam que deveria ou não funcionar, essas teorias continuam
tendo uma grande influencia tanto na academia quanto no mundo político. Dado a
limitação do impacto das instituições no comportamento do estado, alguém deveria
esperar um considerável ceticismo, mesmo que cinismo, quando instituições são
descritas como a maior força para a paz. Ao invés disso, eles continuam rotineiramente
descritas em termos promissores por estudiosos e elites governamentais.

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