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Teorias neo (teorias que tem influências das teorias clássicas, mas divergem dela)
Anos 70 e 80
Pós positivistas – anos 90 para frente
Se estuda teoria para usar como uma lente para responder perguntas
Diferentes perspectivas dependendo da teoria aplicada
Instrumentos possíveis para responder perguntas distintas
Descrever, explicar, entender e prever a realidade
Instrumentalização: ferramentas para decodificar a realidade
depende da perspectiva (mesma escola teórica, pensa parecido, mas tem uma visão de mundo diferente)
a sua realidade é uma lente
extremamente subjetiva e feita de preconcepções
mundo abstrato da teoria X mundo real da política
se tem tantas teorias pelas lentes serem diferentes
surgem quando as teorias que existiam antes não dão mais conta de explicar a realidade
O segundo debate
1970 – 1980
Realismo / Neorrealismo X Liberalismo / Neoliberalismo
Não é o terceiro debate porque são teorias autônomas de suas mães
Ou pode ser uma “atualização” do primeiro debate
Debate Neo-Neo ainda discute o que se vai estudar
Não existe um consenso
Positivismo X Pós-Positivismo
Acontece nos anos 90
Construtivismo – teoria crítica – feminismo – pós-colonialismo
Neorrealismo
Teorias reducionistas: nível individual e estatal para explicar o comportamento do Estado no S.I
Teorias sistêmicas: nível internacional
Classificação das teorias de política internacional
Reducionistas
As forças internas produzem resultados externos
Comportamento das partes
O que gerou a guerra ou a paz é um fator interno
Na época das monarquias absolutistas, os Estados entram em guerra pelo que eles são
Kissinger: divide o S.I em duas ordens
Ordem legítima: se for aceita por todas as grandes potências – tende para a estabilidade e paz
(capitalismo – EUA)
Ordem revolucionária: se uma ou mais a rejeitar, se recusa a lidar com os outros Estado de acordo
com as regras do jogo tradicionais – instabilidade e guerra (URSS rejeita a ordem americana)
Na guerra fria só se teve instabilidade pois a URSS quis
Estados revolucionários fazem sistemas revolucionários
Sistêmicas
Explica a mudança e a continuidade do S.I
Não posso falar como o sistema está organizado pelo que o Estado é
Ex: se as monarquias sempre entram em guerra, significa que elas têm essa inclinação
Se dá uma caraterística humana
O que os Estado são, determina sua ação (autoritário, ditadura etc.)
Kenneth Waltz
Cooperação
Quincy Wright
Robert Keohane
Joseph Nye
Texto
Questões
Crítica
Atores e relações
Governamentais - governo
Subestatais - prefeituras
Não-estatais – empresas, ONG’s
Interestatais – entre os Estados
Trans governamentais – parceria entre entes subestatais (prefeitura nacional com internacional), parceria
entre o governo
Transnacionais – empresas que fazem lobbys em organizações internacionais
Ausência de hierarquia entre os diferentes campos da política mundial
diminuição do papel da força militar – não perde a importância, mas existem outras fontes de poder
relevantes
Interdependência
Poder
Neoliberalismo
Configuração do S.I
o Interdependentes
o Anárquico
o Teoria sistêmica
Objetivos dos atores
o Bem estar econômico
Intenções e capacidades
o Leva em conta as intenções
Ganhos
o Ganhos absolutos: todos ganham
o Cooperação só vai existir se tiverem ganhos absolutos
Cooperação internacional
o A interdependência tende a um arranjo mais cooperativo
o Cooperação, pois “a guerra é um mau negócio”
o Dilema do prisioneiro
o Sobra de futuro – comportamento não cooperativo hoje leva a sanções no futuro
Instituições e Regimes
o Possibilidade de cooperação, mas não há garantia
o Capazes de mitigar os efeitos nocivos da anarquia – ajudar a evitar a guerra
Neorrealismo
Configuração do S.I
o Estadocêntrico
o Potências como o centro
o Teoria sistêmica
o Estrutura constrange o comportamento dos Estados
Objetivos dos atores
o Sobrevivência por meio da segurança
o Força militar e alianças
Intenções e capacidades
o O que importa é a capacidade de atacar
o Não se confia na intenção de não atacar
Ganhos
o Ganhos relativos: a potência ganha mais
o Cooperação só vai existir se tiver ganhos relativos
Cooperação internacional
o Potências não cooperam entre si
o O que importa são as potências
o Mais difícil de alcançar e manter
o Depende do poder do Estado
Instituições e Regimes
o Existem, mas são atores secundários
o Podem alterar o comportamento, mas a anarquia não deixa de existir
DEBATE NEO NEO NO PÓS GUERRA FRIA
Neoliberais
“3 mortes anunciadas”
o Da história – a guerra se tornou obsoleta fim da guerra e instalada uma nova ordem mundial de
paz e liberdade liderada pelos EUA
Ápice da evolução da sociedade
Atingir uma forma de sociedade que pudesse atingir suas idealizações
Aconteceria por meio do liberalismo econômico
Democracia liberal
Meritocracia
Igualdade de oportunidade
o Do realismo político – vitória da teoria liberal sobre o realismo no debate neo muito
enfraquecido pela relevância de elementos colocado pela teoria neoliberal
o Das correntes marxistas ligadas ao socialismo – fim da URSS representa a derrota do
socialismo/comunismo contra o capitalismo
Fim do realismo político: vitória da teoria liberal
o EUA invade o Iraque no fim dos anos 90 com a autorização da ONU para levarem a democracia para
lá – atesta o fim do real político
Fukuyama; Russet
Democracias não fazem guerra contra outras democracias
o Não entram em guerra entre si, se só existissem democracias teríamos um mundo sem guerras
o Deveriam buscar um mundo democrático
China (?): como democratizar a china para se viver em um mundo possível e próspero
o Mearsheimer diz que os EUA precisam se engajar e promover a China para virar democrática, pois
assim não haveria mais atrito e competição
Neo-institucionalismo liberal
Corrente neoliberal que mais teve continuidade, mais importante até hoje
Keohane; Trasner; Ruggil
Discute instituição
Instituições internas aumentam a probabilidade de cooperação e reduzem a de guerra
o Nos anos 90 se tem um boom de OI’s mostra sua importância no pós Guerra Fria
As regras internacionais são negociadas nas OI’S
Realismo defensivo
Waltz
o Quanto poder os Estados querem? Aquele necessário para a sua sobrevivência
Integridade territorial + ordem política interna
Buscam através de segurança e maximizadores de segurança
Param de buscar poder ao se sentirem seguros
o Vão poder se defender se forem atacados
São posicionistas, querem manter sua posição de poder
Status quo
Equilíbrio de poder
o Consequência para a cooperação
Aumento da possibilidade de cooperação
Busca pela balança de poder defensiva ter a possibilidade de se defender
Realismo ofensivo
Qual o arranjo entre os Estados que terá um sistema internacional mais estável?
o Unipolar EUA
o Bipolar China e EUA/Rússia e EUA
o Multipolar EUA; China; Alemanha; Japão/Rússia; UK; EU; França
Maersheimer poderia falar que é hegemônico dos EUA, mas estamos caminhando para o bipolar entre EUA e
China
Para os neoliberais, o que é importa é a economia
Para ele o mais estável é o Bipolar
o Os Estados preferem negociar a lutar
Bipolar rígido: as OI’s não se desenvolvem
No unipolar: sempre terão outros Estados tentando tirar a potência hegemônica, outros países querem
chegar nessa posição
No multipolar as potencias sempre estão se enfrentando, sempre em conflitos
Fim da GR maior instabilidade
Conflitos regionais
A Europa tende ao fracasso na integração regional, eu se limitaria a agenda econômica Brexit
Retirada militar norte-americana da Europa
Nova corrida armamentista corrida tecnológica
Ascensão da China
TEORIAS MARXISTAS
Capitalismo não aparece como categoria analítica nas R.I
Guerra fria não é apenas sobre interesses estratégicos, mas também socioeconômicos
Problema da origem da disciplina
o Criada como uma disciplina em universidades americanas e britânicas
o Marxismo é marginalizado
Categorias analíticas são diferentes
o Classes sociais
o Luta de classes
o Materialismo histórico
o Modo de produção
o Acumulação primitiva
o Capital
o Revolução
o Socialismo X Comunismo
o Estado
Determinação material
o Modo de produção determina a sociedade
Determinação histórica
o O passado define o presente
Luta de classes
o Polarização e choque – burguesia vs proletariado
Revolução
o Clímax do enfrentamento entre classes
o Promoção da mudança estrutural nas sociedades
O capital são as relações sociais de produção (e sua reprodução)
o Não restrita apenas para a área da fábrica
o É uma relação social, política, religiosa – outras esferas são determinadas pela esfera material da
produção
o Essa relação vai ser reproduzida pelo tempo
Posse e controle dos meios de produção econômica de uma sociedade por uma classe social
Evolução histórica dos meios de produção
Materialismo histórico
o Método de entender a realidade
o A existência humana é herdada das condições históricas
Modo de produção
o Somatória de forças e relações de produção
o Sistema de propriedade e controle
o Controle do capital pela burguesia
o Trabalho individual, urbano que visa o lucro
o Trabalhador vende sua força de trabalho, a burguesia oprime e explora o trabalhador para obter o
lucro
o Propriedade privada
Estado
o Não é um ator, é um espaço que se tem uma luta de classes
o Local onde a burguesia procura manter sua dominação – Estado é um instrumento da burguesia e
tem como objetivo continuar o processo de acumulação capitalista
o Representante da classe dominante
o A aparência do Estado como soberano, autônomo e unitário é uma ilusão quem ocupa os cargos
políticos é a burguesia fetichismo da burguesia
A burguesia quer que olhem para o Estado e que não vejam a sociedade dentro dele
o Na lente marxista não se olha a relação entre os Estados, e sim entre as sociedades
o Interesse nacional é impossível, pois cada classe quer uma coisa – não é neutro
Acumulação primitiva
o Feudalismo capitalismo
o Acontece todos os dias
o Uso da força e da violência na separação entre as pessoas e seus meios de subsistência (que não o
salário)
o A criação do proletariado é feita pela violência
o Processo que constitui as relações sociais capitalistas, que separa a maior parte da população dos
meios de produção
o A violência é fundante
Modo de produção
o Processo conflituoso estabelecido entre forças e fatores produtivos, apropriados por uma classe
social, para produzir bens e serviços
Fatores de produção
o Terra
o Capital
o Trabalho
Marxismo
Imperialismo
Lênin
O imperialismo, etapa superior do capitalismo
A dinâmica de acumulação capitalista é a fonte dos conflitos internacionais
Por que o mundo se organiza em torno de determinadas potências
o Organizado de maneira hierárquica
o Contradição entre nações capitalistas
o Subordinação da periferia ao centro
o Disputa imperial pelos espaços periféricos
o O capitalismo gera instrumentos de dominação – OI’s e corporações multinacionais
Por que as grandes potências imperialistas foram para a guerra
o Monopólios
o Fusão do capital financeiro bancário com o industrial
o Exportação de capitais
o Associações internacionais monopolistas
o Partilha territorial do mundo entre as potências
O imperialismo é o capitalismo em uma fase de desenvolvimento diferente
Guerra = resultado da competição econômica capitalista
Revolução global – por que não aconteceu
o Ao mesmo tempo que está acontecendo, tem um movimento contrarrevolucionário
o Na Inglaterra não teve pois deram direitos trabalhistas
o Movimento das burguesias nacionais que por meio do estado lançam leis trabalhistas para acalmar o
proletariado e não fazer revolução
TEORIA DA DEPENDÊNCIA E TEORIA DO SISTEMA
MUNDO
Teoria da dependência
O caso brasileiro
Ambas se preocupam com o desenvolvimento desigual que caracteriza o capitalismo global e as estruturas
de dominação decorrentes dele
As duas são teorias sistêmicas
Sistema mundo = uma única estrutura, com múltiplos centros de poder, integrada sob a lógica de
acumulação capitalista
Regido por leis de movimento
o Como o processo de acumulação capitalista se organiza no tempo e no espaço
Vai mudar conforme o processo de acumulação de capital se organiza no tempo e espaço
o como o sistema evolui na história
o Estratificado de acordo com a divisão internacional do trabalho
o estratificado de acordo com a divisão internacional do trabalho
Países do centro
o Na hora de exercer dominação podem utilizar a força
o Estado e bem-estar social
o Concentração de capital e trabalho
Países da semiperiferia
o Amortecedores de conflito – para não chegar no centro
o Fluxos migratórios
Países da periferia
o Exportação de matéria prima
o Importação de manufaturados
o Salários baixos
o Welfare inexistente
o Regimes autoritários
FUNCIONALISMO E NEOFUNCIONALISMO
Funcionalismo
David Mitrany
o Herança liberal/idealista
o Períodos de transição e reforma
o Se a ideia das OIS foi recebida de forma popular e os governos as buscam com tanta urgência e boa
vontade, por que tão pouco feito ate agora
Uma teoria de integração regional
Pensamento funcionalista da antropologia e ad sociologia
o Analogia com o desenvolvimento do corpo humano
Cada parte tem uma função, e mesmo distintas são absolutamente necessárias e até
dependentes
Visão gerencial
o Política e ideologia deveriam ceder espaço para tecnocracia e o pragmatismo
3 formas de tirar a Europa do ciclo de guerra
1. Associação gradual e sem autonomia clubes
Loose association
Facilita a ação coletiva, mas não há uma autoridade superior que permita agir
autonomamente
Ex: ONU, Liga das Nações
Se tem a possibilidade de sair dos clubes
Associações frouxas e graduais outros países podem entrar ao longo
Só funciona pela dependência dos países envolvidos
2. Federalismo
Uma das mais importantes invenções da política moderna
Adotado quando províncias ou países com identidades distintas desejam juntar-se para um
fim último
Proposta de uma federação europeia federação mundial
Ideias de Kant federação mundial
3. Funcionalismo
Por que os Estados cooperam?
Quando tem problemas que são comuns e estão além dos limites nacionais, para resolver
esse problema
Através das OI’s que são criadas para funções específicas
Ex: OIT 1919 foi criada para resolver um problema específico
A cooperação vai funcionar quando o foco está nas funções específicas cada “problema” comum entre os
Estados deveriam ser governados por uma Organização Regional, cedendo uma soberania (cada Estado) para
a organização administrar o problema, que será gerido pelas técnicas, não pelas políticas clássicas
A cooperação ia ser aos poucos
Ele achava que cada vez mais iam surgir organizações
o Porem no final só sobrou a EU, que é administrada pelos políticos, não técnicas
A última função que os Estados iriam ceder soberania era a segurança por uma Organização
Os Estados iriam cedendo cada vez mais soberania até na sua segurança, sobrando não o Estado inglês, mas
sim a nação inglesa, no limite o Estado moderno deixaria de existir
Funções governadas pelas OI’s ceder soberania
Só teria paz se os Estados reduzissem sua soberania política
Seria uma “paz em partes”, porque só tem a criação dessa organização quando se tem problemas, por
demanda
Críticos
Neofuncionalismo
Etapas
Escreve na mesma época que Waltz
Ele chegou a ver alguma integração na Europa
Vê a Comunidade Econômica Europeia (57), mercado comum
Enquanto Mitrany acreditava que eram os técnicos, Haas fala que os atores políticos vão fazer a integração
regional de fato
o Eles mudam sua lealdade, expectativas e atividades na direção de um novo centro
Acredita que as OI’s têm papel fundamental, esse novo centro são as instituições com poder
o Fundamental na formação no sentido de comunidade, sentimento comunitário
Spillover
Efeito dominó
Vai acontecer como uma reação em cadeia
1 integração ia acontecer por meio de demanda, problemas comuns, soluções comuns
Ganhos (benefícios) advindo de instituições supranacionais em um setor provocam a ação de outros setores,
visando reproduzir processos e ganhos
o Motor da integração
Intensificação da integração
Processo contínuo de institucionalização
Governos nacionais
o Ceder autonomia vs recusar mas isso pode custar todo o processo de integração regional
Falha: custos de interrupção de processo
3º DEBATE DAS R.I – POSITIVISTAS X PÓS-POSITIVISTAS
Positivistas: teoria da dependência, sistema mundo, realismo moderno, idealismo moderno, neorrealismo,
realismo estrutural, escola inglesa e neoliberalismo
o racionalistas
Pós-positivistas: teoria crítica, construtivismo, feminismo, pós-colonialismo e pós modernismo
Positivismo
o reflexivistas
o debate se dá nos anos 90 e transcorre até hoje
Orientações intelectuais
Ontologia: teoria do ser, do que é feito o mundo social? – o que se vai estudar
Metodologia: teoria dos métodos, quais ferramentas utilizar para descrever o mundo social e encontrar as
provas de nossas explicações? – discussão de quais são as ferramentas que se vai utilizar para descrever o
mundo social
Epistemologia: teoria do conhecimento, qual tipo de conhecimento do mundo social é possível adquirir? –
como que o conhecimento é produzido, em que circunstâncias e por quem
Normatividade: teoria da ação, o que fazer no/diante do mundo social do qual tal ele existe? – como agir
com tudo que foi adquirido
Positivismo
1º debate
o Ontológico
o Qual a unidade de análise?
o Qual o objeto das RI?
o Quais são as variáveis no estudo das RI?
o Teorias clássicas
o Debate neo x neo (?) – pode ser o 3º debate ou faz parte do 1º debate
o Autores que defendem que ainda estão fazendo um debate ontológico
2º debate
o Metodológico
Como estudar as RI?
Qualitativo ou quantitativo
História x modelos matemáticos
o Tradicionalistas X behavioristas
RI como ciência racional e objetiva
Regularidade causais no mundo social
Verificar empiricamente a validade das explicações dadas
Distinção entre fatos e valores
Waltz quer tentar explicar de maneira racional e objetiva o motivo de os Estados irem à guerra
Só vai a guerra por questões do indivíduo, elementos internos ou devido a configuração do S.I
Procuram explicar por que uma coisa acontece
Pós-positivismo
Escola de Frankfurt
Robert Cox
Social forces, states, and world orders: beyond international relations (1986)
Esforço de Cox: compreender como uma ordem mundial passa a existir, quais estruturas de poder e
dominação são características de determinada ordem, como elas se reproduzem e são preservadas e quais
forças dentro da ordem mundial temo potencial para mudar
Críticas ao neorrealismo
Objetivo: identificar a existência de estruturas de poder global e como elas reproduzem a desigualdade e a
exclusão, e pensar em possibilidades de superação
Hegemonia funciona em 2 níveis
o Por meio da construção do bloco histórico e da coesão social dentro de um Estado ter dentro do
Estado elementos que já configurem o que ele vai projetar
o Por meio da projeção internacional da hegemonia em nível de ordem global
Como consegue ver a formação de poder dessa estrutura global
Hegemonia é composta por 3 categorias de força (configuração particular de força):
o Capacidades materiais
são potenciais produtivos e destrutivos
Recursos que levam a gente a conseguir produzir coisas,
um armamento tem potencial destrutivo
o Ideias são compostas de 2 tipos
Os significados subjetivos associados a noções compartilhadas da natureza das relações
sociais que tendem a perpetuar hábitos e expectativas
Podem ser construções ou imagens coletivas formadas por uma instituição social
compartilhada por grupos diferentes
Constroem a natureza e a legitimidade das relações de poder em uma sociedade
o Instituições
São as que organiza, estabilizam, direcionam, canalizam, perpetuam o processo de
dominação de uma ordem particular
Representam as estruturas hegemônicas de poder
Organizam a própria dominação
Refletem as relações de poder que existem naquele momento histórico
Executivo, legislativo, judiciário
O método das estruturas históricas é aplicado a 3 níveis projeção internacional
o Tipos de Estado
Complexos de Estado/sociedade
o Forças sociais
Relações sociais de produção
Como a produção está organizada
Relações sociais de produção estão organizada em uma forma
capitalista
o Ordens mundiais
Pode definir a guerra ou a paz
Hegemonia é o que define o perfil da ordem mundial presente
Uma configuração de força particular
Hegemonia não dura para sempre, ela pode ser substituída por uma outra configuração de forças sociais
o Pode continuar ou mudar
o Ruptura
Ordem não hegemônica: diversos centros de poder conflitantes
Contra hegemonia: coalizão das nações do 3º mundo
CONSTRUTIVISMO
Não tem nenhuma setinha chegando nela. Vai influenciar outras teorias. Uma das 3 grandes teorias que realmente
provocou mudanças.
É a representação, desenho de um cachimbo, não o cachimbo em si. E cachimbo é o nome que se convencionou dar
ao objeto.
Os construtivistas levam a linguagem, discursos, textos, falas como algo muito importante.
Construtivismo
Alexander Wendt- Social Theory of International Politics; (entende a anarquia de outro jeito)
Nicholas Onuf- World of Our Making- Rules and Rule in Social Theory and International Relations;
Traz qual o lugar das ideias e dos valores nas análises de eventos sociais.
Nas RI, ela (construtivismo) se coloca como uma ponte entre os positivistas e os pós-positivistas.
Uma via média entre os racionalistas e os reflexivistas.
Contribuem para os dois debates, não porque são neutros, é justamente ter elementos para dialogar com os
dois lados, isso são eles próprios que falam.
Mas num geral, em manuais, o construtivismo é pós-positivista.
Premissas Básicas
O mundo não é dado, pré-definido para nós, o mundo vai ser socialmente construído. Construímos nossas
relações, entre Estados, ideias.
O mundo não é anterior aos atores, não está lá antes dos atores.
O mundo é construído pelos atores que o vivem, a realidade é construída pelos atores.
A realidade é construída, não tem isso de pré-conceito.
Podemos muda-lo, transforma-lo, ainda que dentro de certos limites.
A interação entre os atores (comunicação) constrói interesses e preferências, só se constrói através da
interação.
No âmbito internacional, só podemos dizer que um Estado tem certo objetivo quando ele interagir com
outro Estado, aí sim vamos poder identificar os interesses e preferências.
A interação entre os atores que constrói a realidade, e também podemos desconstruir relações e mudar a
realidade.
Tudo pode ser construído e desconstruído.
Os Estados são o centro da análise para o Wendt. O que não quer dizer que vemos como uma caixa preta, ator
unitário, tem algo dento da caixa, tem pessoas, governo, elite. Conseguimos olhar para dentro do Estado. Para o
Onuf, o Estado não é a principal unidade de análise das RI.
Hoje a teoria é uma teoria estadocêntrica, porque é o único tem o monopólio legitimo do uso força. Não é que
sempre foi assim e sempre será assim, não é uma verdade a-histórica. O Estado como unidade política com
legitimidade do uso da força é uma construção, foi construído, não existia antes, é uma construção social e ao
mesmo tempo, pode ser desconstruído.
As estruturas dos sistemas de Estados não são só materiais, mas também subjetiva. Não só construídos de recursos
físicos, capacidades materiais, mas também de valores, conceitos, ideias, pre conceitos.
A teoria do Wendt vai partir da questão, como são formados os interesses dos Estados?
Waltz dizia que o interesse dos Estados está em garantir a sua sobrevivência, pois vivemos em um sistema
internacional anárquico, existe uma determinação pre social do comportamento dos Estados e dos seus interesses.
Antes mesmo de se relacionaram já tem seus objetivos determinados, os interesses já existem. Teorias tradicionais
como um todo tem a natureza pré-social.
No construtivismo o processo de construção dos interesses vai depender da relação entre os Estados. Só vão
construir interesse conforme for a convivência, a relação. Esses interesses vão ser socialmente construídos, a
convivência entre os atores que vai modificar seus interesses.
O interesse dos Estados é determinado pelo processo social de construção de sua identidade.
Todos os atores que me rodeio agem em relação a mim com base na minha identidade. Atores agem com base nos
significados que são oferecidos a eles. A identidade não é só dos indivíduos, os atores estatais também têm um
conjunto de identidade, se reconhecem perante a outros Estados.
A identidade é a base da construção de interesses e passa a existir somente quando ambos Estados começam a se
relacionar. Processo histórico de interação.
Ex: relação entre Ale e Fra, até a segunda guerra, era de hostilidade, hoje é de cooperação. A identidade e a relação
são mutáveis.
A identidade é a base da construção de interesses e só vai começar a construir quando começar a interagir.
Wendt: anarquia
O modelo do Waltz ignora a socialização entre os Estados. Estados irão automaticamente assumir que a
outra parte é uma ameaça a sua sobrevivência.
Não podemos assumir que o outro Estado é uma ameaça de cara, precisamos emitir sinais, interpretá-los e
ai sim ver se é uma ameaça ou não.
O terrorismo, crime, são considerados ameaças pois foram construídos socialmente como ameaças.
Os Estados vão construindo essa relação, seja de ameaça ou não.
“A anarquia é o que os Estados fazem dela”
A anarquia é uma representação que se forma historicamente no processo de interação entre os Atores
Anarquia é uma construção, não é pre- determinada
Os Estados não estão sempre lutando uns contra os outros. Se os Estados tinham uma relação negativa
porque estavam em guerra antes, não será sempre uma relação negativa, a guerra não é constante.
Se a identidade for de ameaça, negativa, a relação será negativa, terá conflito; se a identidade for positiva,
de valores, a relação será positiva.
A anarquia é um copo vazio, se ele está cheio, tem alguma lógica. Agora se está vazio, eu ponho o que eu
quero, por isso os Estados a constituiu, por isso a anarquia é o que os Estados fazem dela. É algo que
podemos construir e desconstruir.
Os interesses derivam das identidades. Esses interesses definem a anarquia
As identidades dos Estados só se fazem um em relação ao outro.
Anarquia como representação das relações entre os atores.
Tipos de Anarquia
Esses tipos significam representações do eu e do outro, de um Estado com outro Estado com relação ao uso
da força. Os tipos de anarquia vão variar de acordo com as representações do eu e do outro com relação do
uso da força.
Anarquia Hobbesiano os Estados são inimigos, adversários que se ameaçam e não observam limite no uso da
violência. Querem se matar
Anarquia Kantiana os Estados são amigos, são aliados, que não usam a violência para resolver as suas
disputas e trabalham como um time contra ameaças de segurança. Entre si não usam a violência, mas se um
deles foi ameaçado, vão se unir para lutar contra quem ameaçou.
Anarquia Lockeana os Estados são rivais, são competidores que vão usar a violência para tentar atender seus
interesses, mas não se matam, tem um limite no uso da violência.
FEMINISMO
Entre em pauta quando a questão de segurança começa a ser debatida
Brasil, Rússia e Colômbia tem os maiores números de feminicídio no mundo
Denúncias
Pressupostos teóricos
Feminismos
Epistemologias feministas
Visão ocidental?
Definição de terceiro mundo não como uma esfera geográfica, mas como um estado de espírito
5 pontos:
o Dualidade “bifurcation”
Ocidente X não ocidente
Essas terminologias são colocadas como duas forças naturalmente opostas que caracterizam
imagens estereotipadas
Ocidentalismo imposição dessa visão de um ocidente oposto a tudo que não é ocidente,
uma comunidade homogênea
Critica como se tudo que está dentro do ocidente é igual monolítico, imutável, definido
por seus atributos culturais
A própria ideia do ocidente exclui outros agentes e arenas dentro do ocidente latinos
americanos, indígenas, nativos, negros etc.
o Culpa do ocidente
Imperialismo
Exploração e escravidão
Extração de riquezas e apropriações
Aniquilação cultural + imposição
Humilhação
Rejeição do ocidente
o Neocolonialismo
Continuação do imperialismo
Globalização e aumento da exploração econômica multinacionais
Dominação via alianças
Hegemonia cultural
o Emancipação
Relações de dominação e subordinação
Objetivo: independência dos atores
Independência relacionada ao fim da dependência e a ideia de autodeterminação por meio
da resistência
Tipos de emancipação
Política
o Questão de fronteiras
o Nação X nacionalismo
Econômica
o Justiça econômica
o Redistribuição de renda
o Fim da exploração
Culturais
o Recuperação moral
o Defesa da volta dos valores, tradições e identidades roubados pelo
colonialismo
Histórica
o Dar voz para outras narrativas
o Ressignificação do papel dos atores
o Historiografia dominada pelo ocidente
Luta (struggle)
o Reforma ou revolução
Descolonização é um fenômeno violento
Linguagem militar
Conflito armado x protesto e resistência pacífica
Os aspectos que aproximam do construtivismo são o debate da identidade nas R.I, onde temos o pressuposto de que a
identidade é contruída por meio de susas relações sociais ("não se nasce mulher, torna-se"), o que mostra que a mulher
somente se torna o outro do homem por meio de suas relações sociais. Temos também o fato de que as ciencias sociais
fazem a seleção daquilo que é relevante para seus domínios, e que a visão das teorias atuais exclui o genero coo uma
temática importante.
Ja bebendo na fonte da Teoria Crítica, temos que toda a teoria mainstream é interessada, não existe neutralidade,
inclusive são interessadas pelo genero e foi construída de homens para homens, para legitimar sua estrutura de opressão
O principal objetivo do feminismo é a denuncia da exclusão, onde as mulheres querem achar na sociedade que estão
inseridas o seu propósito e se emancipar das relações de dominação e subordinação - emancipação é a palavra chave da
Teoria Critica - o movimento feminista é uma abordagem diversa e ampla, onde várias vertentes se encontram debaixo
do guarda-chuva da Teoria Feminista, que também derruba essa ideia dos positivistas de que apenas uma teoria está
correta, todas as teorias convivem