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TEORIAS CONTEMPORÂNEAS

 Teorias neo (teorias que tem influências das teorias clássicas, mas divergem dela)
 Anos 70 e 80
 Pós positivistas – anos 90 para frente

Por que se estuda teoria?

 Se estuda teoria para usar como uma lente para responder perguntas
 Diferentes perspectivas dependendo da teoria aplicada
 Instrumentos possíveis para responder perguntas distintas
 Descrever, explicar, entender e prever a realidade
 Instrumentalização: ferramentas para decodificar a realidade
 depende da perspectiva (mesma escola teórica, pensa parecido, mas tem uma visão de mundo diferente)
 a sua realidade é uma lente
 extremamente subjetiva e feita de preconcepções
 mundo abstrato da teoria X mundo real da política
 se tem tantas teorias pelas lentes serem diferentes
 surgem quando as teorias que existiam antes não dão mais conta de explicar a realidade

Os níveis de análise de Kenneth Waltz

 Individual (realismo e liberalismo)


 Personalidade
 Percepções
 Escolhas
 Atividades dos tomadores individuais de decisão
 Atividades de participantes individuais
 Teorias de 1ª imagem/individual
 Explica a natureza humana pelos indivíduos
 Estatal/Estado (marxismo)
 O comportamento do Estado no Sistema internacional é explicado pelas características internas dele
 Características do Estado
 Tipo de governo
 Tipo de sistema econômico
 Grupos de interesse (classes sociais dominantes)
 Interesse nacional (desenvolvimento)
 Teorias de 2ª imagem
 Sistema internacional/Sistêmico
 Características anárquicas desse sistema
 Organizações internacionais e regionais
 Direito internacional
 Valores universais (preservar os direitos humanos)
 O que explica o comportamento do Estado é a própria configuração do sistema (anarquia)
 Teorias de 3ª imagem (neoliberalismo; neorrealismo
NEORREALISMO
O primeiro debate

 Final da 1ª G.M até o início da 2ª


 Pós 2ª G.M o realismo ganha
 Arcabouço de análise que diferenciou as R.I de outros eventos
 Consolidação da disciplina
 Entre realistas e liberais
 Debate ontológico (o que estudar)

O segundo debate

 Fim dos anos 50-70


 Guerra fria: exigiu dos tomadores de decisão um grau maior de previsibilidade
 Crise dos misseis trazia uma incerteza
 Tradicionalistas x behavioristas
 Tradicionalistas: entender a realidade a partir da história, filosofia, direito etc. = qualitativas
 Entender a realidade
 Behavioristas: métodos matemáticos, estatísticos = quantitativos
 Explicar a realidade por meios científicos
 Debate metodológico – como estudar as R.I, que método usar
 Qualitativo x quantitativos
 São os realistas e liberais – o que diferencia é a metodologia, e não a escola de pensamento
 Teorias preocupadas em usar um método que ajude a avaliar ou prever o comportamento dos
outros atores
 Não existe um vencedor, pois não tem certo e errado
 É só uma metodologia
 Se tem alguns momentos que um dos dois está mais em alta
 Surgem bases de dados feitas por instituições*

Debate Interparagmático / Terceiro Debate

 1970 – 1980
 Realismo / Neorrealismo X Liberalismo / Neoliberalismo
 Não é o terceiro debate porque são teorias autônomas de suas mães
 Ou pode ser uma “atualização” do primeiro debate
 Debate Neo-Neo ainda discute o que se vai estudar
 Não existe um consenso

Terceiro (ou quarto) debate

 Positivismo X Pós-Positivismo
 Acontece nos anos 90
 Construtivismo – teoria crítica – feminismo – pós-colonialismo

Neorrealismo

 Teorias reducionistas: nível individual e estatal para explicar o comportamento do Estado no S.I
 Teorias sistêmicas: nível internacional
 Classificação das teorias de política internacional
 Reducionistas
 As forças internas produzem resultados externos
 Comportamento das partes
 O que gerou a guerra ou a paz é um fator interno
 Na época das monarquias absolutistas, os Estados entram em guerra pelo que eles são
 Kissinger: divide o S.I em duas ordens
 Ordem legítima: se for aceita por todas as grandes potências – tende para a estabilidade e paz
(capitalismo – EUA)
 Ordem revolucionária: se uma ou mais a rejeitar, se recusa a lidar com os outros Estado de acordo
com as regras do jogo tradicionais – instabilidade e guerra (URSS rejeita a ordem americana)
 Na guerra fria só se teve instabilidade pois a URSS quis
 Estados revolucionários fazem sistemas revolucionários
 Sistêmicas
 Explica a mudança e a continuidade do S.I
 Não posso falar como o sistema está organizado pelo que o Estado é
 Ex: se as monarquias sempre entram em guerra, significa que elas têm essa inclinação
 Se dá uma caraterística humana
 O que os Estado são, determina sua ação (autoritário, ditadura etc.)

Kenneth Waltz

 Unidade de análise: Estrutura do S.I


 Realismo clássico
 Teoria reducionista
 Moldam a estrutura do sistema
 Poder pelo poder
 Neorrealismo
 Teoria sistêmica
 Restringido pela estrutura do sistema
 Sobreviver
 Semelhanças
 Anarquia – ausência de um agente que detém o monopólio do uso legitimo da força acima dos
demais agentes
 Estadocêntrica
 Dilema de Segurança
 “Agência de situações limitantes”
 Limitado pelo sistema (Jango flertando com a China sofre o golpe pelos militares)
 Conjuntos de condições que constrangem os resultados da política internacional
 Socialização dos atores: o que acontece dentro do bloco (relacionamento dos blocos na guerra fria)
 Competição entre os atores: EUA X URSS
 Determinada pela forma como as partes se arranjam = se posicionam
 Não importa quais são ou o que o Estado é, mas sim como se arranjam, o lado que ele está
 A teoria é posicionista
 Sistemas políticos internos
 Centralizados e hierarquizados
 Domínio da autoridade, administração e do direito
 Sistemas internacionais
 Descentralizados e anárquico
 Domínio do poder, da luta e do acomodamento
 Atores
 Estados  unidades básicas do S.I
 Like units = unidades indiferenciadas  são sempre iguais (território, povo, governo e soberano)
 Self-help = auto ajuda; cada um por si  não esperam que alguém vá ajudar
 A estrutura é definida pelos grandes atores (bipolar – se tem dois grandes atores na Guerra Fria)
 Instituições: agentes periféricos na política internacional que podem alterar o comportamento dos
atores, mas não alteram a natureza da anarquia internacional
 Atores não-estatais: existem, mas não são relevantes para compreender a política internacional, são
agentes funcionais do poder
 Objetivos dos Estados
 Garantir sua sobrevivência
 Segurança – força militar e alianças

 Força militar = estratégia interna para se proteger


 Alianças = estratégia interna
 Equilíbrio de poder
 Bandwagon = comportamento de grupo ou “siga o mestre”
 Formação de coalizões – bloco capitalista VS bloco socialista  OTAN VS Pacto de Varsóvia

Cooperação

 a cooperação só vai existir se um Estado ganhar mais que os outros


 quem tem que ganhar mais sempre é a potência para ter a cooperação
 cooperações que não envolvem potência não são importantes pois não mudam a estrutura do sistema
 ninguém coopera para perder
 ganhos relativos = a potência tem que ganhar mais em relação aos demais
 Mesmo que a cooperação resulte em ganhos absolutos, não serão levados em conta se a cooperação
produzir ganhos maiores para outros Estados

Como o sistema muda?

 Mudanças na distribuição das capacidades dentre as unidades do sistema


 Capacidade de desempenhar sua função  URSS não sobrevive, sistema muda
 Security seekers defensivos X Struggle for power ofensivos
 O que importa é o poder militar
NEOLIBERALISMO
Autores mais relevantes

 Quincy Wright
 Robert Keohane
 Joseph Nye

Texto

 We live in an era of interdependence


 A natureza da política internacional está mudando
 Quão profundas são as mudanças
 Mudança nas telecomunicações cria um mundo sem fronteiras, atores não estatais, organizações
internacionais
 É preciso de um novo quadro teórico para analisar essa nova realidade

Questões

 Se poder militar é chave, por que os EUA perderam no Vietnã


 Se a política é mais importante que a economia, como explicar a quantidade de poder adquirida pela OPEP
(cartel de Estados produtores de petróleo)
 Se o Estado é o único ator, como explicar o papel das empresas privadas
 Se a política externa não depende da interna, como explicar o papel crescente desempenhado pela opinião
pública
 Síndrome do Vietnã: reação antiguerra
 A teoria realista não dá conta de explicar tudo que está acontecendo
 Teoria sistêmica

Crítica

 Postulados Estadocêntricos – existem outros atores relevantes


 Primazia do poder militar dentre os componentes de poder: não é mais a única forma que se tem no S.I,
existem outras formas de manifestações do poder
 Separação impermeável interno-externo – olhar para atores que estão dentro do Estado, mas tem
interações internacionais

Atores e relações

 Governamentais - governo
 Subestatais - prefeituras
 Não-estatais – empresas, ONG’s
 Interestatais – entre os Estados
 Trans governamentais – parceria entre entes subestatais (prefeitura nacional com internacional), parceria
entre o governo
 Transnacionais – empresas que fazem lobbys em organizações internacionais
 Ausência de hierarquia entre os diferentes campos da política mundial
 diminuição do papel da força militar – não perde a importância, mas existem outras fontes de poder
relevantes

Interdependência

 dependência é o Estado de estar determinado ou significativamente afetado por forças externas


 interdependência é a dependência mútua
 situações caracterizadas por efeitos recíprocos entre atores dos mais diversos
 a invasão do Iraque pelos EUA, não afeta só os dois, todos os atores estão conectados direta ou
indiretamente
 a interdependência é a somatória das transações internacionais + custos ou constrangimentos
 se não há custos = interconexão
 a interdependência não é uma necessidade natural – foi sendo construída
 um país que importa todo o petróleo que ele consome, é um país mais dependente de um fluxo contínuo de
petróleo do que um país que é dependente de importação de peles, joias e perfumes
 a falta de petróleo traz um custo (o país pode parar pois depende dele), já as joias não causam um
grande problema
 sempre existem custos, mas também existem benefícios
 interdependência restringe as ações dos atores
 Estados fazem escolhas reciprocamente
 É capaz de amenizar os efeitos nocivos da anarquia
 Aprofundar as relações de cooperação – mas não é uma garantia
 “A guerra é um mau negócio”
 Muito mais custoso para alguns
 Interdependência é econômica
 Não é sinônimo de cooperação constante
 Garantir o bem estar econômico
 Toda a discussão sistêmica surge para legitimar o poder e a liderança dos EUA
 Retórica da segurança internacional e interdependência
 Neorrealismo X Neoliberalismo
 Os conflitos não deixam de existir por conta da interdependência, mas podem assumir novas formas, talvez
até se intensificarem

Poder

 Os recursos de poder são diversos


 Pode ser pensado como a habilidade de um ator de fazer com que os outros faça algo que eles de outra
maneira não fariam, a um custo aceitável
 Pode ser concebido em termos de controle dos resultados
 Jogos de múltiplos níveis
DEBATE NEO NEO
O debate não é sobre

 Statecraft (estrutura do Estado)


o Não discute como o Estado se comporta ou deveria ser
 Moralistas altruístas x egoístas calculistas
 Estado como ator central X atores não estatais
 Teorias de conflito X teorias de cooperação
 Não é o bem x mal

Neoliberalismo

 Configuração do S.I
o Interdependentes
o Anárquico
o Teoria sistêmica
 Objetivos dos atores
o Bem estar econômico
 Intenções e capacidades
o Leva em conta as intenções
 Ganhos
o Ganhos absolutos: todos ganham
o Cooperação só vai existir se tiverem ganhos absolutos
 Cooperação internacional
o A interdependência tende a um arranjo mais cooperativo
o Cooperação, pois “a guerra é um mau negócio”
o Dilema do prisioneiro
o Sobra de futuro – comportamento não cooperativo hoje leva a sanções no futuro
 Instituições e Regimes
o Possibilidade de cooperação, mas não há garantia
o Capazes de mitigar os efeitos nocivos da anarquia – ajudar a evitar a guerra

Neorrealismo

 Configuração do S.I
o Estadocêntrico
o Potências como o centro
o Teoria sistêmica
o Estrutura constrange o comportamento dos Estados
 Objetivos dos atores
o Sobrevivência por meio da segurança
o Força militar e alianças
 Intenções e capacidades
o O que importa é a capacidade de atacar
o Não se confia na intenção de não atacar
 Ganhos
o Ganhos relativos: a potência ganha mais
o Cooperação só vai existir se tiver ganhos relativos
 Cooperação internacional
o Potências não cooperam entre si
o O que importa são as potências
o Mais difícil de alcançar e manter
o Depende do poder do Estado
 Instituições e Regimes
o Existem, mas são atores secundários
o Podem alterar o comportamento, mas a anarquia não deixa de existir

DEBATE NEO NEO NO PÓS GUERRA FRIA
Neoliberais

 “3 mortes anunciadas”
o Da história – a guerra se tornou obsoleta  fim da guerra e instalada uma nova ordem mundial de
paz e liberdade liderada pelos EUA
 Ápice da evolução da sociedade
 Atingir uma forma de sociedade que pudesse atingir suas idealizações
 Aconteceria por meio do liberalismo econômico
 Democracia liberal
 Meritocracia
 Igualdade de oportunidade
o Do realismo político – vitória da teoria liberal sobre o realismo no debate neo  muito
enfraquecido pela relevância de elementos colocado pela teoria neoliberal
o Das correntes marxistas ligadas ao socialismo – fim da URSS representa a derrota do
socialismo/comunismo contra o capitalismo
 Fim do realismo político: vitória da teoria liberal
o EUA invade o Iraque no fim dos anos 90 com a autorização da ONU para levarem a democracia para
lá – atesta o fim do real político

O fim da história - Fukuyama

 O liberalismo econômico seria o ápice da evolução econômica da sociedade contemporânea


o Democracias + igualdade de oportunidade
o Chegaríamos no fim da história quando atingíssemos uma sociedade que pudesse satisfazer suas
aspirações
o Como: liberalismo econômico + democracia + igualdade de oportunidade
o Assim não haveria mais guerra
 Duas formas possíveis:
o Marx e a sociedade comunista  mas em 90 isso seria um absurdo
o Hegel  Estado liberal, e para Fukuyama uma democracia liberal

Neoliberais pós Guerra Fria

 Teoria da interdependência complexa (Keohane e Nye)


 Teoria da paz democrática
 Neo-institucionalismo liberal

Teoria da paz democrática

 Fukuyama; Russet
 Democracias não fazem guerra contra outras democracias
o Não entram em guerra entre si, se só existissem democracias teríamos um mundo sem guerras
o Deveriam buscar um mundo democrático
 China (?): como democratizar a china para se viver em um mundo possível e próspero
o Mearsheimer diz que os EUA precisam se engajar e promover a China para virar democrática, pois
assim não haveria mais atrito e competição

Neo-institucionalismo liberal

 Corrente neoliberal que mais teve continuidade, mais importante até hoje
 Keohane; Trasner; Ruggil
 Discute instituição
 Instituições internas aumentam a probabilidade de cooperação e reduzem a de guerra
o Nos anos 90 se tem um boom de OI’s  mostra sua importância no pós Guerra Fria
 As regras internacionais são negociadas nas OI’S

Neorrealistas pós Guerra Fria

 John Mearsheimer  vai falar da tradição realista


 Stephen Walt
 Joseph Grieco

Reorganização da tradição realista

 Morgenthau  human naturo realism


o Se baseia na natureza humana para explicar o comportamento no S.I (1ª imagem ou realismo
clássico)
 Waltz: realismo defensivo ou realismo estrutural
o O sistema e suas estruturas explicam o comportamento
 Mearsheimer: realismo ofensivo

Realismo defensivo

 Waltz
o Quanto poder os Estados querem? Aquele necessário para a sua sobrevivência
 Integridade territorial + ordem política interna
 Buscam através de segurança e maximizadores de segurança
 Param de buscar poder ao se sentirem seguros
o Vão poder se defender se forem atacados
 São posicionistas, querem manter sua posição de poder
 Status quo
 Equilíbrio de poder
o Consequência para a cooperação
 Aumento da possibilidade de cooperação
 Busca pela balança de poder defensiva  ter a possibilidade de se defender

Realismo ofensivo

 John Mearsheimer  importa o poder militar


o Quanto poder os Estados querem? Estados são maximizadores de poder, eles querem todo o poder
existente, sempre mais poder
 Se um tem mais, isso significa que outro perde
 O comportamento do Estado e explicado pela própria estrutura do S.I (sistêmica)
o Anárquica
o Preocupados com a distribuição de poder existente no sistema
 Os Estados têm medo uns dos outros por 3 fatores
o Porque o sistema é anárquico
o Os Estados têm capacidade militar ofensivas (poder militar)
o Fato de que os Estados nunca estão certos da intenção dos outros Estados (atmosfera de incerteza)
 Quanto maior o seu poder, maiores são suas chances
 A teoria está preocupada com as grandes potências  por ser potência, tem que ter capacidade militar
suficiente para encarar uma guerra séria convencional, não precisa ter a capacidade de derrotar, mas sim de
transformar o conflito em guerra
 Estados revisionistas: nunca estão satisfeitos com a distribuição de poder  sempre querem mais pela
incerteza do sistema
 Política de poder: reino de incertezas
o A incerteza é a base da guerra
o A tragédia é viver em um sistema de medo e incerteza
 A potência só vai querer manter sua posição se for a potência hegemônica
 Quase tem intenção revisionistas
o Sempre querem alterar a balança de poder ao seu favor
o Não querem manter o status quo, a não ser que seja a potência hegemônica
o Uma vez que o Estado atingir essa hegemonia, o mundo está condenado a uma competição
perpetua entre as potencias
 Segurança = hegemonia global
 Só é uma possibilidade teórica e regional
 Poder paralisante das águas
o Primazia do poder terrestre – land power – as águas são uma barreira quase intransponível, então as
águas são uma barreira para os EUA manterem a hegemonia
 Busca contínua por poder
 EUA: único hegemônico regional da história e offshore balancer (“hegemonia à distância”)
 China: emergência do futuro hegemônico regional asiático
 Consequências para cooperações
o Praticamente impossível
o Tem cooperação só em um certo prazo
o Assimétricas  as potências têm mais ganhos

Gerenciamento e estabilidade do sistema

 Qual o arranjo entre os Estados que terá um sistema internacional mais estável?
o Unipolar  EUA
o Bipolar  China e EUA/Rússia e EUA
o Multipolar  EUA; China; Alemanha; Japão/Rússia; UK; EU; França
 Maersheimer poderia falar que é hegemônico dos EUA, mas estamos caminhando para o bipolar entre EUA e
China
 Para os neoliberais, o que é importa é a economia
 Para ele o mais estável é o Bipolar
o Os Estados preferem negociar a lutar
 Bipolar rígido: as OI’s não se desenvolvem
 No unipolar: sempre terão outros Estados tentando tirar a potência hegemônica, outros países querem
chegar nessa posição
 No multipolar as potencias sempre estão se enfrentando, sempre em conflitos
 Fim da GR  maior instabilidade
 Conflitos regionais
 A Europa tende ao fracasso na integração regional, eu se limitaria a agenda econômica  Brexit
 Retirada militar norte-americana da Europa
 Nova corrida armamentista  corrida tecnológica
 Ascensão da China
TEORIAS MARXISTAS
 Capitalismo não aparece como categoria analítica nas R.I
 Guerra fria não é apenas sobre interesses estratégicos, mas também socioeconômicos
 Problema da origem da disciplina
o Criada como uma disciplina em universidades americanas e britânicas
o Marxismo é marginalizado
 Categorias analíticas são diferentes
o Classes sociais
o Luta de classes
o Materialismo histórico
o Modo de produção
o Acumulação primitiva
o Capital
o Revolução
o Socialismo X Comunismo
o Estado

Organização – pressupostos básicos

 Determinação material
o Modo de produção determina a sociedade
 Determinação histórica
o O passado define o presente
 Luta de classes
o Polarização e choque – burguesia vs proletariado
 Revolução
o Clímax do enfrentamento entre classes
o Promoção da mudança estrutural nas sociedades
 O capital são as relações sociais de produção (e sua reprodução)
o Não restrita apenas para a área da fábrica
o É uma relação social, política, religiosa – outras esferas são determinadas pela esfera material da
produção
o Essa relação vai ser reproduzida pelo tempo
 Posse e controle dos meios de produção econômica de uma sociedade por uma classe social
 Evolução histórica dos meios de produção
 Materialismo histórico
o Método de entender a realidade
o A existência humana é herdada das condições históricas
 Modo de produção
o Somatória de forças e relações de produção
o Sistema de propriedade e controle
o Controle do capital pela burguesia
o Trabalho individual, urbano que visa o lucro
o Trabalhador vende sua força de trabalho, a burguesia oprime e explora o trabalhador para obter o
lucro
o Propriedade privada
 Estado
o Não é um ator, é um espaço que se tem uma luta de classes
o Local onde a burguesia procura manter sua dominação – Estado é um instrumento da burguesia e
tem como objetivo continuar o processo de acumulação capitalista
o Representante da classe dominante
o A aparência do Estado como soberano, autônomo e unitário é uma ilusão  quem ocupa os cargos
políticos é a burguesia  fetichismo da burguesia
 A burguesia quer que olhem para o Estado e que não vejam a sociedade dentro dele
o Na lente marxista não se olha a relação entre os Estados, e sim entre as sociedades
o Interesse nacional é impossível, pois cada classe quer uma coisa – não é neutro
 Acumulação primitiva
o Feudalismo  capitalismo
o Acontece todos os dias
o Uso da força e da violência na separação entre as pessoas e seus meios de subsistência (que não o
salário)
o A criação do proletariado é feita pela violência
o Processo que constitui as relações sociais capitalistas, que separa a maior parte da população dos
meios de produção
o A violência é fundante
 Modo de produção
o Processo conflituoso estabelecido entre forças e fatores produtivos, apropriados por uma classe
social, para produzir bens e serviços
 Fatores de produção
o Terra
o Capital
o Trabalho

Marxismo

 Revolução industrial + ascensão da burguesia


o O que essa classe social representa no contexto da industrialização
 Contradições contra o proletariado e burguesia
 Luta de classes
o Burguesia  revolucionou os instrumentos de produção
 Relações de produção
 Relações sociais
o Proletariado
 Vive da venda de sua força de trabalho
 Está alienado  estruturas que limitam a nossa liberdade; desconhecimento de sua
condição real de subordinação
 Despolitização social
 Conscientização  revolução
 Socialismo x comunismo
o Proletariado fez revolução e acabou com a divisão de classes voltado para uma produção coletivo
o No socialismo o Estado continua existindo como um ator que garante uma ordem mínima nessa
nova sociedade para organizar a produção a fim de a tornar coletiva
o No comunismo o Estado deixa de existir
 1º debate
o O marxismo compartilha elementos utópicos e realistas
o Utopia Lenin c Utopia Wilson
 2º debate
o O marxismo também compartilha de elementos tradicionalistas e behavioristas
 3º debate
o A estrutura do sistema explica a ação dos atores
o O marxismo é sistêmico

Imperialismo

 Lênin
 O imperialismo, etapa superior do capitalismo
 A dinâmica de acumulação capitalista é a fonte dos conflitos internacionais
 Por que o mundo se organiza em torno de determinadas potências
o Organizado de maneira hierárquica
o Contradição entre nações capitalistas
o Subordinação da periferia ao centro
o Disputa imperial pelos espaços periféricos
o O capitalismo gera instrumentos de dominação – OI’s e corporações multinacionais
 Por que as grandes potências imperialistas foram para a guerra
o Monopólios
o Fusão do capital financeiro bancário com o industrial
o Exportação de capitais
o Associações internacionais monopolistas
o Partilha territorial do mundo entre as potências
 O imperialismo é o capitalismo em uma fase de desenvolvimento diferente
 Guerra = resultado da competição econômica capitalista
 Revolução global – por que não aconteceu
o Ao mesmo tempo que está acontecendo, tem um movimento contrarrevolucionário
o Na Inglaterra não teve pois deram direitos trabalhistas
o Movimento das burguesias nacionais que por meio do estado lançam leis trabalhistas para acalmar o
proletariado e não fazer revolução
TEORIA DA DEPENDÊNCIA E TEORIA DO SISTEMA
MUNDO
Teoria da dependência

 Os países colonizados ainda apresentam uma dependência com suas metrópoles


 A América Latina se identifica com essa onda de descolonizações para buscar uma independência econômica
e política real
 Contexto de hegemonia norte americana
 CEPAL – Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe
o Como identificar e oferecer políticas contra o subdesenvolvimento da região
 Teoria do desenvolvimento
 Desenvolvimento – “como a adoção de normas de comportamento, atitudes e valores identificados com a
racionalidade econômica moderna, caracterizada pela busca da produtividade máxima, a geração de
poupança e a criação de investimentos
 A modernidade é um estado social que todos os povos buscam e deveriam atingir – pleno desenvolvimento
da sociedade
o Busca a produtividade...
 Sociedade ideal que todos querem alcançar
 Vão tentar identificar os obstáculos para a implementação desse sistema e os instrumentos que podem ser
utilizados
 Incapacidade do modo de produção capitalista de reproduzir experiencias bem sucedidas de
desenvolvimento em suas ex-colônias
o A mera existência de uma burguesia mais desenvolvida implica na existência de países periféricos
o Reproduz uma relação de opressão aos Estados da periferia
o O próprio desenvolvimento histórico resulta nos dois lados do espectro de desenvolvimento
 Compreender o desenvolvimento e o subdesenvolvimento como o resultado histórico do desenvolvimento
do capitalismo
 Igualdade política x desigualdade econômica
 Periferia não explora periferia
 Identifica um padrão no comércio internacional
o Mecanismos de trocas desiguais
o Relação entre os países
o Cada um desses países se especializa em uma atividade especifica – desenvolvidos: manufaturados;
subdesenvolvidos – produtos agrícolas
 Divisão internacional do trabalho
o Programas de substituições de importações
o Para romper sua dependência, os países precisavam se industrializar
o A periferia depende do capital do centro
 Dependência da periferia com relação ao centro
o Comercial  deterioração dos termos de troca
o Financeira  capital de centro + repatriação dos lucros
o Tecnológica  transferência x pesquisa e desenvolvimento sem investimentos
o Social  elite da periferia
 Instrumento de dominação da burguesia internacional
o Tecnologia importada
o Poupadora de trabalho/baixos salários
o Repatriação de capitais
o Oligopólios (controle de mercado)
o Desnacionalização da economia (transfere as decisões/o poder para o centro)
 Industrialização substitutiva  periferia se apropria do excedente produzido
 Divisão internacional do trabalho
o Mecanismo de exploração que condiciona as relações entre os países e dentro de um país
o Burguesia internacional + grandes empresas multinacionais explora a burguesia nacional 
explora a classe trabalhadora

O caso brasileiro

 1960/1970  milagre econômico


o Crescimento sem desenvolvimento
o Política externa do entreguismo
o “O que é bom para os EUA é bom pro Brasil” – Ministro das Relações Exteriores Gen. Juracy
Magalhães
 Desenvolvimento associado dependente do centro
 Desequilíbrio nos termos de troca + aumento da desigualdade de renda
 Aliança capital e dos governos autoritários
o O país cresce e se industrializa, mas em um modelo de dependência (ou autonomia relativa)

Teoria do sistema mundo

 Ambas se preocupam com o desenvolvimento desigual que caracteriza o capitalismo global e as estruturas
de dominação decorrentes dele
 As duas são teorias sistêmicas
 Sistema mundo = uma única estrutura, com múltiplos centros de poder, integrada sob a lógica de
acumulação capitalista
 Regido por leis de movimento
o Como o processo de acumulação capitalista se organiza no tempo e no espaço
 Vai mudar conforme o processo de acumulação de capital se organiza no tempo e espaço
o como o sistema evolui na história
o Estratificado de acordo com a divisão internacional do trabalho
o estratificado de acordo com a divisão internacional do trabalho
 Países do centro
o Na hora de exercer dominação podem utilizar a força
o Estado e bem-estar social
o Concentração de capital e trabalho
 Países da semiperiferia
o Amortecedores de conflito – para não chegar no centro
o Fluxos migratórios
 Países da periferia
o Exportação de matéria prima
o Importação de manufaturados
o Salários baixos
o Welfare inexistente
o Regimes autoritários
FUNCIONALISMO E NEOFUNCIONALISMO
Funcionalismo

 David Mitrany
o Herança liberal/idealista
o Períodos de transição e reforma
o Se a ideia das OIS foi recebida de forma popular e os governos as buscam com tanta urgência e boa
vontade, por que tão pouco feito ate agora
 Uma teoria de integração regional
 Pensamento funcionalista da antropologia e ad sociologia
o Analogia com o desenvolvimento do corpo humano
 Cada parte tem uma função, e mesmo distintas são absolutamente necessárias e até
dependentes
 Visão gerencial
o Política e ideologia deveriam ceder espaço para tecnocracia e o pragmatismo
 3 formas de tirar a Europa do ciclo de guerra
1. Associação gradual e sem autonomia  clubes
 Loose association
 Facilita a ação coletiva, mas não há uma autoridade superior que permita agir
autonomamente
 Ex: ONU, Liga das Nações
 Se tem a possibilidade de sair dos clubes
 Associações frouxas e graduais  outros países podem entrar ao longo
 Só funciona pela dependência dos países envolvidos
2. Federalismo
 Uma das mais importantes invenções da política moderna
 Adotado quando províncias ou países com identidades distintas desejam juntar-se para um
fim último
 Proposta de uma federação europeia  federação mundial
 Ideias de Kant  federação mundial
3. Funcionalismo
 Por que os Estados cooperam?
 Quando tem problemas que são comuns e estão além dos limites nacionais, para resolver
esse problema
 Através das OI’s que são criadas para funções específicas
 Ex: OIT 1919 foi criada para resolver um problema específico

Como é sua abordagem?

 A cooperação vai funcionar quando o foco está nas funções específicas cada “problema” comum entre os
Estados deveriam ser governados por uma Organização Regional, cedendo uma soberania (cada Estado) para
a organização administrar o problema, que será gerido pelas técnicas, não pelas políticas clássicas
 A cooperação ia ser aos poucos
 Ele achava que cada vez mais iam surgir organizações
o Porem no final só sobrou a EU, que é administrada pelos políticos, não técnicas
 A última função que os Estados iriam ceder soberania era a segurança por uma Organização
 Os Estados iriam cedendo cada vez mais soberania até na sua segurança, sobrando não o Estado inglês, mas
sim a nação inglesa, no limite o Estado moderno deixaria de existir
 Funções governadas pelas OI’s  ceder soberania
 Só teria paz se os Estados reduzissem sua soberania política
 Seria uma “paz em partes”, porque só tem a criação dessa organização quando se tem problemas, por
demanda

Críticos

 Toda a sociedade tem harmonia e desarmonia


 Precisa evitar a utopia
 Não podemos esperar que as pessoas se sintam parte de um Estado mundial
o A lealdade das pessoas está na nação
 Os Estados jamais cederiam soberania e a lealdade está no Estado nacional Moderno (critério dos realistas)

Neofuncionalismo

 Etapas
 Escreve na mesma época que Waltz
 Ele chegou a ver alguma integração na Europa
 Vê a Comunidade Econômica Europeia (57), mercado comum
 Enquanto Mitrany acreditava que eram os técnicos, Haas fala que os atores políticos vão fazer a integração
regional de fato
o Eles mudam sua lealdade, expectativas e atividades na direção de um novo centro
 Acredita que as OI’s têm papel fundamental, esse novo centro são as instituições com poder
o Fundamental na formação no sentido de comunidade, sentimento comunitário

Suas tendências da evolução do processo comunitário

 Preferem ação supranacional à ação dos governos nacionais


o Novo centro de decisão
 Organizados além do nível nacional e agem como centros de decisão
 Ideologias comum além do nível nacional
 Novo nacionalismo de caráter supranacional
 Capacidade de aceitação dos órgãos supranacionais pelos governos, grupos de interesse, partidos
 Sentimento comunitário nas negociações entre governos nacionais  acompanha a criação dessas
instituições
o A lealdade sai do nacional e vai para o supranacional
o O francês deixa de se sentir só francês e passa a se sentir europeu
o Para que os problemas sejam resolvidos é preciso dessa lealdade ao novo centro
o Os atores mudam sua lealdade

Spillover

 Efeito dominó
 Vai acontecer como uma reação em cadeia
 1 integração ia acontecer por meio de demanda, problemas comuns, soluções comuns
 Ganhos (benefícios) advindo de instituições supranacionais em um setor provocam a ação de outros setores,
visando reproduzir processos e ganhos
o Motor da integração
 Intensificação da integração
 Processo contínuo de institucionalização
 Governos nacionais
o Ceder autonomia vs recusar  mas isso pode custar todo o processo de integração regional
 Falha: custos de interrupção de processo
3º DEBATE DAS R.I – POSITIVISTAS X PÓS-POSITIVISTAS
 Positivistas: teoria da dependência, sistema mundo, realismo moderno, idealismo moderno, neorrealismo,
realismo estrutural, escola inglesa e neoliberalismo
o racionalistas
 Pós-positivistas: teoria crítica, construtivismo, feminismo, pós-colonialismo e pós modernismo
 Positivismo
o reflexivistas
 o debate se dá nos anos 90 e transcorre até hoje

Orientações intelectuais

 Ontologia: teoria do ser, do que é feito o mundo social? – o que se vai estudar
 Metodologia: teoria dos métodos, quais ferramentas utilizar para descrever o mundo social e encontrar as
provas de nossas explicações? – discussão de quais são as ferramentas que se vai utilizar para descrever o
mundo social
 Epistemologia: teoria do conhecimento, qual tipo de conhecimento do mundo social é possível adquirir? –
como que o conhecimento é produzido, em que circunstâncias e por quem
 Normatividade: teoria da ação, o que fazer no/diante do mundo social do qual tal ele existe? – como agir
com tudo que foi adquirido

Positivismo

 1º debate
o Ontológico
o Qual a unidade de análise?
o Qual o objeto das RI?
o Quais são as variáveis no estudo das RI?
o Teorias clássicas
o Debate neo x neo (?) – pode ser o 3º debate ou faz parte do 1º debate
o Autores que defendem que ainda estão fazendo um debate ontológico
 2º debate
o Metodológico
 Como estudar as RI?
 Qualitativo ou quantitativo
 História x modelos matemáticos
o Tradicionalistas X behavioristas
 RI como ciência racional e objetiva
 Regularidade causais no mundo social
 Verificar empiricamente a validade das explicações dadas
 Distinção entre fatos e valores
 Waltz quer tentar explicar de maneira racional e objetiva o motivo de os Estados irem à guerra
 Só vai a guerra por questões do indivíduo, elementos internos ou devido a configuração do S.I
 Procuram explicar por que uma coisa acontece

Pós-positivismo

 Conscientemente reflexivo, intencionalmente interpretativo e explicitamente crítico da ordem global atual


 O conhecimento científico não poderia ser objetivo, ou seja, filosófico ou culturalmente neutro
 Tem base em especial o neorrealismo para brigarem – referência como teoria positivista
 As RI não são uma ciência racional, pois o próximo conhecimento não é formado de forma objetiva
 Paradigmatismo
o Preocupação com as unidades metacientificas
o A teoria não é independente do contexto que se estuda e do contexto com qual o pesquisador está
inserido
o A realidade não é o exterior há quem analisa; a teoria não é alheia a quem produz
o A teoria nunca vai ser neutra, sempre vai sofrer a influência da bagagem do pesquisador
 Perspectivismo
o Indagação sobre premissas e suposições dos modelos teóricos
o Não é possível conceber o mundo como um conjunto de fatos já dados que esperam ser descobertos
o A percepção desses fatos é distinta, porque depende do contexto no qual essa percepção ocorre
o Por que a teoria é baseada nisso?
o A anarquia pode ser diferente para cada teoria
o Questiona não a existência da premissa e sim o que ela implica
o Entender que existem perspectivas, e que o mundo não pode ser explicado por dados, pois cada um
vai perceber de uma forma distinta
 Pluralismo
o Modelos positivistas: verdade única cientifica; monopólio e domínio do saber legítimo
 Única construção teórica correta, negando explicações dadas por outras teorias
 Excludente
 Nega as explicações dadas por outras teorias, se levam como verdade absoluta
 Não é possível ser um realista liberal, pois as teorias se opõem
o Pós-positivismo: perspectiva relativa
 Convivência de várias verdades sobre uma mesma realidade
 As teorias convivem, pode ser um teórico construtivista crítico, uma feminista pós-colonial
 As teorias sozinhas não explicam toda a realidade, existem várias verdades sobre cada
realidade
TEORIA CRÍTICA
 Recebe uma influência indireta do marxismo
 Porem também vai criticar o marxismo
 É parte de um movimento crítico da década de 80
 Resgatar a capacidade crítica da teoria social e então propor uma transformação
 Origens: marxismo e escola de Frankfurt
 Ganha força no contexto de pós guerra fria
 Olhava para as teorias dominantes e se colocavam como insatisfeitos porque acreditava que elas eram
limitadas
 Se entra em um momento que o mundo está diante de novo desafios, não é mais uma discussão só do poder
militar (meio ambiente, direitos humanos etc.) e as teorias de antes não davam conta de endereçar esses
novos temas
 Palavra-chave: emancipação

Escola de Frankfurt

 Walter Benjamin, Herbert Marcuse, Jurgen Habermas


 1930, instituto de pesquisa social, Universidade de Frankfurt
 Neomarxistas
o Estavam olhando para as estruturas sociais e os abusos sociais da humanidade
o Fazem uma revisão da obra do Marx
o Chegam à ideia de que se tem de fato uma relação de opressão entre classes sociais, mas existem
também outros formas de dominação que existem e estão além da luta de classes (relações de raça
– negros x brancos, religião, de gênero)
o Pensar em como fazer a emancipação de todas essas outras formas de dominação
 Crítica ao Marx:
o Ênfase nas condições materiais e na luta de classes e negligência os aspectos cognitivos da
dominação social (Ex, dominação dos heteros sobre os homossexuais)
o As disputas não estão somente no campo material
o Se o problema fosse só material, já se teria condições de ter uma realidade material em que pessoas
não passam fome ou moram nas ruas
o Aspectos cognitivos, culturais e psicológicos que impedem as pessoas de lutarem por seus direitos -
alienação
 Relação entre conhecimento e sociedade
 Habermas: 3 tipos de conhecimento que se pode tirar da natureza
o Ciências naturais (empírico  previsão – física, matemática, biologia, química), consegue se
controlar
o Relação entre significado e compreensão (histórico  compreensão – conhecimento prático de
compreender a partir da história de onde estamos, o materialismo histórico de Marx diz que temos
que entender os acontecimentos históricos que fizeram a humanidade chegar no ponto que esta)
o Conhecimento crítico (preocupação com a emancipação  liberdade – aquele que de fato liberta)
 Consequência
o Não existem conclusões empíricas verdadeiras – resultado de um conjunto de valores
o Foucault: identificar as condições históricas especificas em que o conhecimento é gerado
o O conhecimento não existe de forma natural, é construído pela estrutura de pensamento vigente
o “verdade é um instrumento de poder
 Identificar os valores por trás da produção de conhecimentos
 Identificar como o conhecimento é gerado
 Conhecimento é um produto dos valores
 Se uma estrutura de poder consegue criar uma verdade como instrumento de poder, também é possível
criar uma verdade como instrumento de poder contra o dominante – oposição
o Impeachment da Dilma, uma verdade que tentava se colocar como instrumento de poder e que fazia
resistência a estrutura de dominância do momento
 1ª tarefa da Teoria Crítica
o Despir a epistemologia das teorias de R.I
o Fazer o strip tease teórico
o Despir as teorias e fazer uma desconstrução e ver o que tem dentro
o Tentar fazer uma análise de desconstrução teórica e ver como se deu o conhecimento da teoria
 2ª tarefa da Teoria Crítica
o Construção de um discurso inclusivo e emancipatório
 Conquistar a liberdade por meio da razão/ conhecimento
 Discurso baseado em concepções éticas e emancipar os excluídos das injustiças sociais
 Conquistar a liberdade por meio do conhecimento crítico
 Não adiante ter conhecimento histórico e não conseguir se emancipar

4 principais realizações da Teoria Crítica

 Construção social do conhecimento


o Não tem como avaliar de forma objetiva a racionalidade
o Pesquisador e objeto de estudo são indissociáveis
o Não se tem separação entre o sujeito que faz a teoria e o objeto que está estudando
o Vem sempre muito carregado dos valores do sujeito
o A imagem de um terrorista está carregada na análise do sujeito – valores que são colocados pela
mídia e estrutura de pensamento vigente
o Robert Cox
 Teorias são interessadas  “a teoria é sempre produzida para alguém e para algum
propósito, toda teoria tem uma perspectiva”
 Toda teoria é relativa ao seu tempo e lugar  associada a um contexto histórico, político e
social
 Rejeita a noção de neutralidade e objetividade
 Derruba a tese da imutabilidade social
o Teorias tradicionais: legitimar a ordem social
 Nye – legitimar a hegemonia americana
 Waltz- legitimar a ordem capitalista no período da guerra fria
o Teoria Crítica: não aceita considerar as instituições e as relações de poder como dadas
 Pensar em suas origens e como mudar
 Como as teorias tradicionais fazem teoria e como superar esses modelos
o Metateoria
 Identificar possibilidades de mudança da realidade observada
 Como teorizar
 Processo de geração de conhecimento
 Processo de criação das teorias
 Assim como critica teorias tradicionais por tentar legitimar a ordem social, ela se critica
 Tenta apontar caminhos de superação as dominações do Estado
 Superação do Marxismo
o A Teoria Crítica é uma teoria e influência marxista
 Materialismo histórico
 Dominação e subordinação – homem/mulher; hetero/homossexual
 Papel das forças produtivas como elemento central de formas de organização social
 Estado como uma mera expressão de interesses particulares da sociedade
 Um espaço de luta de classes
o
Críticas
 O conflito de classes não é a única forma de exclusão social que existe
 Incapacidade de perceber que o desenvolvimento das forças de produção e o avanço de
tecnologia geraram formas mais sofisticadas de alienação e dominação
 A expansão do capitalismo em escala mundial (globalização) não criou condições para sua
superação e para a construção do socialismo – de uma certa forma o materialismo falhou
pois não ofereceu uma alternativa para a ordem capitalista
 Promoção de novas formas de organização política
o Pensar em alternativas que levem a emancipação social
 Livrar as pessoas de todos os obstáculos desnecessários e socialmente construídos

Robert Cox

 Social forces, states, and world orders: beyond international relations (1986)
 Esforço de Cox: compreender como uma ordem mundial passa a existir, quais estruturas de poder e
dominação são características de determinada ordem, como elas se reproduzem e são preservadas e quais
forças dentro da ordem mundial temo potencial para mudar

Críticas ao neorrealismo

 Caráter estável; status quo


 Teoria de solução de problemas
o Conservadora
o Cristaliza as categorias
 A noção de anarquia é uma constante
 Congela as relações de poder
 Déficit: não há uma teoria social
 Não pensa na mudança, apenas entender como as coisas são e tentar trazer uma estabilidade no nosso
conhecimento do mundo
 São teorias não históricas
o Tenta criar um modelo para se adaptar a qualquer momento independente da história de quando
ela foi criada
o Ignora o processo histórico que levou aquele momento
 Não se propõe a questionar as instituições e relações de poder
 Tentar diferenciar das teorias que vieram antes

Método das estruturas históricas

 Objetivo: identificar a existência de estruturas de poder global e como elas reproduzem a desigualdade e a
exclusão, e pensar em possibilidades de superação
 Hegemonia funciona em 2 níveis
o Por meio da construção do bloco histórico e da coesão social dentro de um Estado  ter dentro do
Estado elementos que já configurem o que ele vai projetar
o Por meio da projeção internacional da hegemonia em nível de ordem global
 Como consegue ver a formação de poder dessa estrutura global
 Hegemonia é composta por 3 categorias de força (configuração particular de força):
o Capacidades materiais
 são potenciais produtivos e destrutivos
 Recursos que levam a gente a conseguir produzir coisas,
um armamento tem potencial destrutivo
o Ideias  são compostas de 2 tipos
 Os significados subjetivos associados a noções compartilhadas da natureza das relações
sociais que tendem a perpetuar hábitos e expectativas
 Podem ser construções ou imagens coletivas formadas por uma instituição social
compartilhada por grupos diferentes
 Constroem a natureza e a legitimidade das relações de poder em uma sociedade
o Instituições
 São as que organiza, estabilizam, direcionam, canalizam, perpetuam o processo de
dominação de uma ordem particular
 Representam as estruturas hegemônicas de poder
 Organizam a própria dominação
 Refletem as relações de poder que existem naquele momento histórico
 Executivo, legislativo, judiciário
 O método das estruturas históricas é aplicado a 3 níveis  projeção internacional
o Tipos de Estado
 Complexos de Estado/sociedade
o Forças sociais
 Relações sociais de produção
 Como a produção está organizada
 Relações sociais de produção estão organizada em uma forma
capitalista
o Ordens mundiais
 Pode definir a guerra ou a paz
 Hegemonia é o que define o perfil da ordem mundial presente
 Uma configuração de força particular
 Hegemonia não dura para sempre, ela pode ser substituída por uma outra configuração de forças sociais
o Pode continuar ou mudar
o Ruptura
 Ordem não hegemônica: diversos centros de poder conflitantes
 Contra hegemonia: coalizão das nações do 3º mundo
CONSTRUTIVISMO
Não tem nenhuma setinha chegando nela. Vai influenciar outras teorias. Uma das 3 grandes teorias que realmente
provocou mudanças.

É a representação, desenho de um cachimbo, não o cachimbo em si. E cachimbo é o nome que se convencionou dar
ao objeto.

Os construtivistas levam a linguagem, discursos, textos, falas como algo muito importante.

Construtivismo

 Alexander Wendt- Social Theory of International Politics; (entende a anarquia de outro jeito)
 Nicholas Onuf- World of Our Making- Rules and Rule in Social Theory and International Relations;
 Traz qual o lugar das ideias e dos valores nas análises de eventos sociais.
 Nas RI, ela (construtivismo) se coloca como uma ponte entre os positivistas e os pós-positivistas.
 Uma via média entre os racionalistas e os reflexivistas.
 Contribuem para os dois debates, não porque são neutros, é justamente ter elementos para dialogar com os
dois lados, isso são eles próprios que falam.
 Mas num geral, em manuais, o construtivismo é pós-positivista.

Premissas Básicas

A Realidade é uma construção social

 O mundo não é dado, pré-definido para nós, o mundo vai ser socialmente construído. Construímos nossas
relações, entre Estados, ideias.
 O mundo não é anterior aos atores, não está lá antes dos atores.
 O mundo é construído pelos atores que o vivem, a realidade é construída pelos atores.
 A realidade é construída, não tem isso de pré-conceito.
 Podemos muda-lo, transforma-lo, ainda que dentro de certos limites.
 A interação entre os atores (comunicação) constrói interesses e preferências, só se constrói através da
interação.
 No âmbito internacional, só podemos dizer que um Estado tem certo objetivo quando ele interagir com
outro Estado, aí sim vamos poder identificar os interesses e preferências.
 A interação entre os atores que constrói a realidade, e também podemos desconstruir relações e mudar a
realidade.
 Tudo pode ser construído e desconstruído.

Relação de co-determinação entre agente e estrutura

 No construtivismo, tanto o agente determina a estrutura quanto a estrutura determina o agente.


 Existe uma co-determinação.
 Não podemos dizer que existe um nível de análise do Waltz, não podemos aplicar essa visão aqui.
 Nega qualquer antecedência ontológica aos agentes e à estrutura.
 Tanto o agente molda a estrutura quanto a estrutura molda e constrange.

Padrão epistemológico mais complexo

 Relação entre materialismo e idealismo


 Epistemologia: como o conhecimento é formado, dá onde vem.
 Significa dizer que existe uma relação entre aquilo que é material e aquilo que é ideal.
 Não nega os recursos físicos de um Estado, a capacidade de poder, mas também leva em consideração os
conceitos subjetivos, as ideais, percepções, valores.
 As ideias têm valor central na teoria, formam o pensamento
 É o cachimbo. O mundo só faz sentindo que nos referenciamos a ele, que verbalizamos uma ideia, um valor.
 A anarquia só tem sentido pra gente quando referenciamos a ela.
 Poder não é só um recurso material, é também um conjunto de ideias, valores, pre conceitos sobre poder.

Wendt: Estados e identidade

Os Estados são o centro da análise para o Wendt. O que não quer dizer que vemos como uma caixa preta, ator
unitário, tem algo dento da caixa, tem pessoas, governo, elite. Conseguimos olhar para dentro do Estado. Para o
Onuf, o Estado não é a principal unidade de análise das RI.

Hoje a teoria é uma teoria estadocêntrica, porque é o único tem o monopólio legitimo do uso força. Não é que
sempre foi assim e sempre será assim, não é uma verdade a-histórica. O Estado como unidade política com
legitimidade do uso da força é uma construção, foi construído, não existia antes, é uma construção social e ao
mesmo tempo, pode ser desconstruído.

As estruturas dos sistemas de Estados não são só materiais, mas também subjetiva. Não só construídos de recursos
físicos, capacidades materiais, mas também de valores, conceitos, ideias, pre conceitos.

A teoria do Wendt vai partir da questão, como são formados os interesses dos Estados?

Waltz dizia que o interesse dos Estados está em garantir a sua sobrevivência, pois vivemos em um sistema
internacional anárquico, existe uma determinação pre social do comportamento dos Estados e dos seus interesses.
Antes mesmo de se relacionaram já tem seus objetivos determinados, os interesses já existem. Teorias tradicionais
como um todo tem a natureza pré-social.

No construtivismo o processo de construção dos interesses vai depender da relação entre os Estados. Só vão
construir interesse conforme for a convivência, a relação. Esses interesses vão ser socialmente construídos, a
convivência entre os atores que vai modificar seus interesses.

O interesse dos Estados é determinado pelo processo social de construção de sua identidade.

Identidade: Como eu me reconheço perante os outros

Ex: sou brasileira, tenho ideia de pertencimento ao grupo de brasileiros.

A identidade é móvel, dinâmica, é um processo que muda.

Todos os atores que me rodeio agem em relação a mim com base na minha identidade. Atores agem com base nos
significados que são oferecidos a eles. A identidade não é só dos indivíduos, os atores estatais também têm um
conjunto de identidade, se reconhecem perante a outros Estados.

A identidade é a base da construção de interesses e passa a existir somente quando ambos Estados começam a se
relacionar. Processo histórico de interação.

Ex: relação entre Ale e Fra, até a segunda guerra, era de hostilidade, hoje é de cooperação. A identidade e a relação
são mutáveis.

A identidade é a base da construção de interesses e só vai começar a construir quando começar a interagir.

Wendt: anarquia

 O modelo do Waltz ignora a socialização entre os Estados. Estados irão automaticamente assumir que a
outra parte é uma ameaça a sua sobrevivência.
 Não podemos assumir que o outro Estado é uma ameaça de cara, precisamos emitir sinais, interpretá-los e
ai sim ver se é uma ameaça ou não.
 O terrorismo, crime, são considerados ameaças pois foram construídos socialmente como ameaças.
 Os Estados vão construindo essa relação, seja de ameaça ou não.
 “A anarquia é o que os Estados fazem dela”
 A anarquia é uma representação que se forma historicamente no processo de interação entre os Atores
 Anarquia é uma construção, não é pre- determinada
 Os Estados não estão sempre lutando uns contra os outros. Se os Estados tinham uma relação negativa
porque estavam em guerra antes, não será sempre uma relação negativa, a guerra não é constante.
 Se a identidade for de ameaça, negativa, a relação será negativa, terá conflito; se a identidade for positiva,
de valores, a relação será positiva.
 A anarquia é um copo vazio, se ele está cheio, tem alguma lógica. Agora se está vazio, eu ponho o que eu
quero, por isso os Estados a constituiu, por isso a anarquia é o que os Estados fazem dela. É algo que
podemos construir e desconstruir.
 Os interesses derivam das identidades. Esses interesses definem a anarquia
 As identidades dos Estados só se fazem um em relação ao outro.
 Anarquia como representação das relações entre os atores.

Tipos de Anarquia

 Esses tipos significam representações do eu e do outro, de um Estado com outro Estado com relação ao uso
da força. Os tipos de anarquia vão variar de acordo com as representações do eu e do outro com relação do
uso da força.
 Anarquia Hobbesiano os Estados são inimigos, adversários que se ameaçam e não observam limite no uso da
violência. Querem se matar
 Anarquia Kantiana os Estados são amigos, são aliados, que não usam a violência para resolver as suas
disputas e trabalham como um time contra ameaças de segurança. Entre si não usam a violência, mas se um
deles foi ameaçado, vão se unir para lutar contra quem ameaçou.
 Anarquia Lockeana os Estados são rivais, são competidores que vão usar a violência para tentar atender seus
interesses, mas não se matam, tem um limite no uso da violência.
FEMINISMO
 Entre em pauta quando a questão de segurança começa a ser debatida
 Brasil, Rússia e Colômbia tem os maiores números de feminicídio no mundo

Denúncias

 Mulher é invisível na política internacional


o Ausência ou marginalização das mulheres nos espaços próprios da disciplina (política, segurança)
o Os países que mais possuem mulheres participando no parlamento é pelo motivo de os homens
terem ido para guerra (Ruanda, Bolívia e Cuba)

Evolução do pensamento feminista

 1ª geração: sufrágio universal e inclusão da mulher no espaço político – as sufragistas


 2ª geração: agenda de inclusão social e cidadania
o Voltado para a agenda ocidental
 3ª geração: feministas nas disciplinas de RI + agenda mais inclusiva
o Conferência das Nações Unidas no Cairo em 94 e em Pequim em 95  olha a pauta além de uma
agenda ocidental

Pressupostos teóricos

 A identidade no debate das RI


o O Segundo Sexo, Simone de Beauvoir – “não se nasce mulher, torna-se”
o Sua identidade é construída por meio das suas relações sociais
o A mulher se torna o outro do homem a partir de uma sociedade específica
o As identidades podem ser descontruídas, a identidade é fluida
o construtivismo
 Toda teoria (mainstream) é interessada
o Foi construída por homens para homens
o As teorias não são neutras, são interessadas inclusive pelo gênero
o Feitas para legitimar homens com algum propósito
 As ciências sociais fazem uma seleção daquilo que é relevante para seus domínios
o Gênero enquanto temática de RI
o A visão das teorias exclui o gênero como uma temática importante
o construtivismo
 Denuncia a exclusão
o Proposito = emancipação
o Propor algo diferente

Feminismos

 Feminismo = estudos e teorias críticas ao masculinismo (diferente de machista) e à hierarquia de gênero


(quando o privilégio é institucionalizado)
o Privilégio cultural, discursivo, material e estrutural (mas não reproduzido apenas por homens)
o Machismo é usar esse masculinismo como um instrumento de humilhação, dominação etc.
o Dominação institucionalizada
o Legitimação da forma masculina heterossexual de pensamento e prática
 Procura entender como o universo patriarcal produz relações e práticas violentas e são legitimadas
institucionalmente
 Construção histórica das teorias mainstream das RI: fronteiras do Estado, globalização capitalista,
militarização  temas comuns da disciplina colocam como estruturas neutras, mas são patriarcais criadas
pelo discurso dominante masculino
 É uma abordagem diversa e ampla – várias vertentes
 Mais conhecidas
 Feminismo liberal
o Trabalho produtivo – inserção da mulher no mercado de trabalho
o Reconhecem que existe uma desigualdade e estão propondo uma igualdade nos espaços de trabalho
e política
o Mary Wollstonecraft, Betty Friedan, Carole Pateman, #HeForShe
o As mulheres vão estar emancipadas quando tiverem salários iguais, possibilidade de acesso, cargos
de destaque, participação política próxima aos homens
 Feminismo marxista
o Trabalho reprodutivo
o Divisão sexual do trabalho
o A divisão do trabalho entre os homens e mulheres é a base da reprodução do capitalismo
o O homem só e produtivo e o capitalismo só existem porque tem alguém que está fazendo o trabalho
doméstico por ele, se ele tivesse que se encarregar do trabalho doméstico ele não seria tão
produtivo
o Silvia Federici, Nancy Fazer, Cíntia Arruza, Alexandra Kollontai

Epistemologias feministas

 São as experiências e práticas


 Geral
o Feminismo negro, indígena, cristão, trans
 Nas RI
o Feminismo racionalista
 Feminismo que trata do gênero como uma categoria biológica – não tem identidade de
gênero e só existem essas possibilidades
 Gênero é uma variável capaz de impactar no comportamento do Estado e o tipo de Estado
pode impactar diferentemente em homens e mulheres

o Standpoint
 Gênero como categoria biológica
 Vai discutir associado aos corpos construídos pelos entendimentos sociais de feminino e
masculino
 Análise de como estruturas econômicas, sociais e de segurança interferem na vivência real
das mulheres
o Pós-estruturalista
 Diferenças de gênero como uma construção social assimétrica e mutável  baseado nas
relações sociais e de poder; representações morais e valorativas em torno do feminino e do
masculino
 Analisam como os discursos constroem os sujeitos, legitimam certos cursos de ação e
silenciam todos
 Metodologia: interseccionalidade
PÓS-COLONIALISMO
 Preocupados com as condições criadas no momento pós colonial
o Novos atores  mesma condição de soberania?
 Ante se tinham colônias, agora se tem Estados
 O processo de descolonização africano acontece na mesma época (entre 50 e 60), se tem 30
países novos  esses novos Estados tem a mesma condição de soberania que suas ex-
metrópoles
 Vai problematizar a própria ideia do Estado soberano
 Essa independência é baseada na mesma condição
o Ex metrópole X ex colônia
 Vão mapear a relação entre elas depois da descolonização
 Quais são as consequências da colonização para esse novo Estado
o Grupos nacionais e éticos
 Marginalização, falta de acesso
o Incluídos e excluídos
 Estudos de fronteiras  imigração
o Discussão dos novos espaços e novas relações
 África é dividida na conferência de Berlim, onde os países europeus dividem o continente sem levar em
conta os grupos étnicos
 Critica ao eurocentrismo do humanismo
o Ocidente  conjunto de características e não geográfico
o Posição exclusiva de ator e narrador
o Resto do mundo: privado de sua própria narrativa
o Não serve a objetivos verdadeiramente universais  os direitos humanos se dizem universais, mas
são produzidos pelo ocidente para o ocidente
 Orientalismo  o oriente como uma invenção do ocidente
o “Overblaring system”  arrogante, dominador e imperioso, um sistema imposto
 Clara diferença de alguém que impõe algo para outro
o Baseado em duas noções que se dizem ideias contrárias entre o ocidente e o oriente
o A ideia de ocidente e oriente é uma imagem socialmente construída a partir do momento que eles
mantêm relações entre si
o Estereótipos formados pelo ocidente sobre o oriente  o ocidente é civilizado, moderno, racional,
sistema a ser seguido
o Oriente  bárbaro, exótico, questionável, terroristas, ideias negativas
o Batalha de valores, interpretações históricas, usos de linguagem, definições, textos, deuses...
o Orientalismo não é falar sobre textos, é uma distribuição de consciência geopolítica em todas as
esferas
o Ocidente e oriente são duas consciências geopolíticas
o Elaboração de uma geografia básica e de uma série de interesses
o Existe um interesse em mostrar o oriente como hostil, bárbaro, exótico etc.
o Orientalismo é um discurso de poder desigual em termos políticos, morais e intelectuais
o Tem menos a ver como um entendimento sobre o oriente e muito mais a ver em como o ocidente
enxerga o mundo

Donald Puchala “Third world thinking a contemporary IR”

 Visão ocidental?
 Definição de terceiro mundo não como uma esfera geográfica, mas como um estado de espírito
 5 pontos:
o Dualidade “bifurcation”
 Ocidente X não ocidente
 Essas terminologias são colocadas como duas forças naturalmente opostas que caracterizam
imagens estereotipadas
 Ocidentalismo  imposição dessa visão de um ocidente oposto a tudo que não é ocidente,
uma comunidade homogênea
 Critica como se tudo que está dentro do ocidente é igual  monolítico, imutável, definido
por seus atributos culturais
 A própria ideia do ocidente exclui outros agentes e arenas dentro do ocidente  latinos
americanos, indígenas, nativos, negros etc.
o Culpa do ocidente
 Imperialismo
 Exploração e escravidão
 Extração de riquezas e apropriações
 Aniquilação cultural + imposição
 Humilhação
 Rejeição do ocidente
o Neocolonialismo
 Continuação do imperialismo
 Globalização e aumento da exploração econômica  multinacionais
 Dominação via alianças
 Hegemonia cultural

o Emancipação
 Relações de dominação e subordinação
 Objetivo: independência dos atores
 Independência relacionada ao fim da dependência e a ideia de autodeterminação por meio
da resistência
 Tipos de emancipação
 Política
o Questão de fronteiras
o Nação X nacionalismo
 Econômica
o Justiça econômica
o Redistribuição de renda
o Fim da exploração
 Culturais
o Recuperação moral
o Defesa da volta dos valores, tradições e identidades roubados pelo
colonialismo
 Histórica
o Dar voz para outras narrativas
o Ressignificação do papel dos atores
o Historiografia dominada pelo ocidente
 Luta (struggle)
o Reforma ou revolução
 Descolonização é um fenômeno violento
 Linguagem militar
 Conflito armado x protesto e resistência pacífica
 Os aspectos que aproximam do construtivismo são o debate da identidade nas R.I, onde temos o pressuposto de que a
identidade é contruída por meio de susas relações sociais ("não se nasce mulher, torna-se"), o que mostra que a mulher
somente se torna o outro do homem por meio de suas relações sociais. Temos também o fato de que as ciencias sociais
fazem a seleção daquilo que é relevante para seus domínios, e que a visão das teorias atuais exclui o genero coo  uma
temática importante.
 Ja bebendo na fonte da Teoria Crítica, temos que toda a teoria mainstream é interessada, não existe neutralidade,
inclusive são interessadas pelo genero e foi construída de homens para homens, para legitimar sua estrutura de opressão
 O principal objetivo do feminismo é a denuncia da exclusão, onde as mulheres querem achar na sociedade que estão
inseridas o seu propósito e se emancipar das relações de dominação e subordinação - emancipação é a palavra chave da
Teoria Critica - o movimento feminista é uma abordagem diversa e ampla, onde várias vertentes se encontram debaixo
do guarda-chuva da Teoria Feminista, que também derruba essa ideia dos positivistas de que apenas uma teoria está
correta, todas as teorias convivem

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