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Perguntas:
1) Como descrever o sistema internacional?
Para os realistas, o sistema internacional pode ser descrito como anárquico, ou seja, não há
nenhuma autoridade política acima dos Estados. Como um sistema de auto ajuda, situação
em que a segurança de um Estado depende se seu próprio poder. Dessa forma, os Estados
não podem confiar sua segurança a nenhum outro ente (nem a Estados aliados, nem a
organizações internacionais, por exemplo). As ações que aumentam a segurança de um
Estado, diminuem a segurança de outros, em um jogo de soma zero. Há um estado de
guerra constante.Há também a igualdade nas funções dos Estados no sistema.
(anárquico, Estados soberanos e rivalidade)
2) Como descrever as relações entre Estados?
Se dão por intermédio da força, sem consideração pelo direito ou pela justiça. Como um
sistema de auto ajuda, situação em que a segurança de um Estado depende se seu próprio
poder. Dessa forma, os Estados não podem confiar sua segurança a nenhum outro ente
(nem a Estados aliados, nem a organizações internacionais, por exemplo). As ações que
aumentam a segurança de um Estado, diminuem a segurança de outros, em um jogo de
soma zero. Assim, um Estado seria obrigado a sempre aumentar seu poder militar, e não iria
delegar ao outro a função de garantir sua segurança, gerando uma rivalidade interestatal.
(sentimento de ser ameaçado). Faz com que os Estados realizem entre si alianças
destinadas a evitar um desequilíbrio na distribuição de recursos de poder entre os Estados
nacionais. Princípios morais não influenciam o comportamento de Estados, cujo interesse é
o poder. Estão em estado de guerra constante. Equilíbrio de poder é um grande mecanismo
de manter a estabilidade.
(rivalidade: desejo vital de um Estados soberano é a sobrevivência).
3) Qual a prioridade dos realistas na análise das relações internacionais?
Os realistas, na análise das relações internacionais, têm como prioridade explicar que a
rivalidade e a violência entre Estados constitui a essência das relações internacionais.
Dessa forma, seria impossível alcançar um estado de paz no sistema internacional. Os
realistas e neorrealistas entendem que, enquanto perdurar a anarquia internacional,
ausência de uma autoridade política acima dos Estados, as relações internacionais
continuarão essencialmente conflituosas, baseadas na política de poder. Princípios morais
não influenciam o comportamento de Estados, cujo interesse é o poder. Há um estado de
guerra constante.
(Estado, poder).
4) Quais as possibilidades de ação de uma potência?
O medo de um contra-ataque nuclear inibe guerras entre grandes potências nucleares. A
ausência de guerras entre duas potências nucleares fortalece o argumento da paz armada.
A estabilidade internacional não implica paz em um sentido estrito, mas apenas relações
pacíficas entre grandes potências. De um lado, Estados forjam coalizões contra uma
potência dominante para reequilibrar o poder e assim garantir sua independência. De outro,
esse reequilíbrio é promovido por meio de uma guerra, contra o esta potência. Os Estados
partem para a ofensiva militar quando percebem que sua posição na hierarquia de poder é
favorável.
(Ofensiva ou defensiva)
4) O que define os interesses dos Estados?
Para o construtivismo é a identidade. Para o liberalismo é a razão, que é uma razão ligada à
cooperação. Para o marxismo, são os interesses ideológicos. Para o reflexivismo é a cultura
e relações hegemônicas.
5) é possível a paz duradoura?
Depende. Para o construtivismo: isso é indeterminado, mas desde que corresponda a
identidade do estado. Para o liberalismo, pela democracia, livre concorrência. Para o
marxismo, só com a revolução marxista, fim da propriedade privada. Já para o reflexivismo,
é a partir da mudança de ideias.
reflexivismo: mudança das ideias, desconstrução das ideias é capaz de mudar a realidade.
6) Qual a limitação da teoria marxista?
Não tem um conceito de Estado ou de nação. Não existe independência das relações
econômicas.
7) Qual a premissa da teoria crítica?
Ideia determina a realidade. Muda-se a realidade através das ideias e da linguagem.
8) Quais são as causas da guerra?
1) Natureza humana.
2) estrutura do sistema internacional.
3) história particular do desenvolvimento e desgaste de uma ordem/sociedade internacional.
9) O que é o dilema de segurança?
Equilíbrio de poder e interdependência.
10) O que desencadeia um conflito?
Desequilíbrio de poder e corrida armamentista (reconhecimento da ameaça, sendo ela real
ou não).
11) Qual a origem do estado de guerra?
Anarquia.
12) Por que a paz é temporária?
Realismo clássico: Natureza humana.
Neo Realismo: estrutura -> comportamento.
Escola inglesa: desgaste da ordem.
13) Qual a relação entre estado e guerra e estabilidade?
Quando se tem estabilidade se tem estado de guerra, um não anula o outro.
Paz à vista:
Karl Marx:
Filosófico Ortodoxo
ser consciência
material ideia
2) Antropologia:
Nessa fase, Marx define o que faz dos seres humanos, seres humanos. Dessa forma, ele
chega a conclusão de que o que nos faz humanos é o conceito ontológico de trabalho, isto
é, a capacidade de produzir as nossas condições materiais de existência. E isso se dá
através de uma relação instrumental com a natureza que o ser humano estabelece, por
exemplo, quando o homem descobriu o fogo. Dessa forma, à medida que a técnica muda
(evolui), vamos produzindo cada vez mais técnicas diferentes.
3) Teoria Social
Nessa etapa, Marx descreve a sociedade enquanto uma sociedade baseada na divisão
social do trabalho, o que produziu uma sociedade de classe. Sendo assim, os interesses
individuais e os interesses coletivos, que eram os mesmos (as pessoas não produziam para
si, mas para o todo) passaram a ser diferentes a partir da existência da propriedade privada,
que deu a condição de produzir excedente. Assim, se antes as pessoas produziam para um
todo, a partir desse momento, elas passaram a produzir por sub existência. A sociedade
passa a ser uma sociedade de classe, e por isso, uma sociedade de conflito, com a luta de
classe. Havia, então, uma classe dominante e uma classe dominada.
4) Teoria de história:
Marx explica o que faz a mudança acontecer, busca compreender como mudar a história de
uma sociedade. O autor diz que quando cessa o conflito, ou seja, quando cessa a luta de
classe em uma sociedade, cessa também a história. Karl Marx considerava as ideologias da
classe dominante, como falsas ideologias, pois os seus teóricos não consideravam a sua
posição social na sociedade. Além disso, o autor considerava as ideologias da classe
dominada como alienação, pois os teóricos dessas abordagens não tinham conhecimento
da sua condição social na sociedade. E o mesmo dizia que para conhecer a verdade, é
preciso admitir sua condição social de classe.
6) Proposta de revolução:
Nesta última etapa, Marx faz uma proposta de revolução, com a sociedade passando do
capitalismo para o socialismo, e depois para o comunismo. Na segunda fase, ou seja, na
fase do socialismo, iria acontecer a estatização dos meios de produção e a ditadura do
proletariado. A ditadura do proletariado seria a etapa transitória posterior à
derrubada do Estado burguês, quando se faria necessário a inversão da relação
de opressão, de maneira a impor a hegemonia da classe operária sobre a
burguesia.
O que Marx não previu:
● Autonomia do Estado sobre a produção econômica.
● Aburguesamento da classe trabalhadora.
● A classe média tem potencial histórico.
Teoria crítica: Robert Cox
É possível notar que a teoria de Robert Cox possui influências marxistas e leninistas,
uma vez que o mesmo fala do imperialismo enquanto ordem mundial, bem como influências
de Gramsci, quando o autor aborda o tema da hegemonia, trazendo o conceito para as
Relações Internacionais. Além disso, nota-se a influência da escola de Frankfurt, ao, em sua
teoria, Cox abordar as relações de poder no sistema internacional diferentemente.
A abordagem crítica busca compreender as dinâmicas de poder no sistema
internacional, e tem como principal função mostrar que a hegemonia pode ser superada
através de uma contra hegemonia, isto é, desafiando a hegemonia dominante. Dessa forma,
surgem novas formas de pensamento, produzindo então uma teoria crítica, sendo esta
emancipadora. Esta abordagem trata da emancipação das relações de poder no sistema
internacional, através da produção das novas estruturas de poder. Para isso, seria
necessária a contestação das forças, para que assim seja possível estabelecer uma nova
hegemonia de emancipação, e então haja uma transformação da ordem internacional. Cox
enxerga a hegemonia como uma construção social histórica que surge das forças sociais.
Crítica ao realismo:
Para Cox, a teoria realista é ahistórica. Isso significa que a abordagem não leva em
conta a história. O realismo não é objetivo, e nem neutro, há interesse políticos, e por isso,
ideológicos no realismo.
Crítica ao positivismo:
A razão de Estado afirma que o objetivo do Estado é sobreviver e garantir a sua
soberania. Cox diz que, na verdade, a razão e o Estado é um interesse de classes.