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TRI – 17/02
Pós-primeira guerra mundial, foi quando surgiu a disciplina das relações internacionais.
Os estados assim como os próprios políticos e académicos que estudavam os sistema
internacional através de outras disciplinas (historia direito internacional geopolítica
geografia) começaram a perceber que estudar o fenómeno internacional através de
disciplinas que não fossem especificas para estudar o sistema internacional, não
conseguiriam voltar a evitar uma catástrofe como a 1ªGM(a guerra mais
mortífera/destruidora até a altura).
Final da 1ªGM RI
Ao surgir as RI é criada em 1919 a cátedra Woodrow Wilson de Politica Internacional –
País de Gales
W. Wilson – Presidente EUA final da 1ª GM – homenagem ao presidente dos EUA que
propôs a criação da Sociedade das Nações
Fez todos os esforços possíveis para se alcançar a paz no conflito mundial, já em 1918
ele pronuncia no congresso norte americano os Catorze Pontos de Wilson, um deles é
de facto a criação da sociedade das nações, vindo a ser criada com o objetivo de servir
de um fórum multilateral para os estados discutirem os seus problemas e garantir por
esse efeito evitar outra guerra.
O seu propositor (EUA) não é autorizado a entrar na sociedade das nações, o
congresso dos estados unidos vetou a proposta dos EUA. – No sistema presidencialista,
quando o chefe de estados vai em viagens diplomáticas, tem que levar o tratado para
o congresso e a assembleia tem que ratificar o tratado e só assim este entra em vigor,
ou pode vetar, não entrando em vigor. – o Congresso não ratificou o tratado (vetou). A
sociedade das nações foram criadas sem os EUA, esta nasceu debilitada, tendo um
papel pouco visível, não teve a proeminência que as Nações Unidas têm hoje.
Wilson afirma que o sistema internacional antes de 1914 foi o culpado das guerras. Era
necessário alterar esse sistema internacional, e criar outro, que fosse mais vantajoso
para o dialogo entre os estados. Propondo a criação de um sistema Internacional, que
não tivesse alianças secretas (evitando desconfianças), sendo formado por pactos
secretos entre estados.
Sistema Internacional
- diplomacia multilateral
- Defesa Coletiva
- globalização da sociedade internacional
- supressão dos focos de contenção da Rev. Bolchevique
- Idealismo / Utopismo
- Realismo
- Internacionalismo Liberal
Idealismo / Utopismo
Pensamento de Kant. Considerado um dos projetistas da Paz do séc. XVIII,(uma serie
de pessoas que criaram teorias de paz perpétua no mundo ou na Europa). A teoria de
Kant é a de paz perpétua entre todas as repúblicas no mundo. (escolhendo apenas o
sistema republicano, deixando de fora a monarquia)
A tese da Emancipação humana é importante para o idealismo, significando que o
individuo só consegue ser o individuo pleno quando este se emancipa de si próprio, e
se realiza em sociedade. - O homem é um animal social – Social por Natureza.
Considera que o sistema Republicano é mais apropriado para a criação de uma paz
perpétua.
Nas republicas os indivíduos que governam, não são determinados por heresias, dando
uma maior liberdade de ação entre os indivíduos.
Até ao momento é o regime que tem demonstrado duas coisas:
- tem permitido que indivíduos possam escolher os seus representantes.
- a democracia é o regime que permite que exista menor violência entre os indivíduos.
Apesar de não ser o sistema perfeito, de todos os outros sistemas é o que nos permite
os dois pontos anteriormente referidos.
Se Kant com base na sua doutrina de emancipação humana, coloca o individuo como
centro. O idealismo pegando nessas influencias kantianas, vai dizer que o ator principal
das RI não é o estado mas sim o “Individuo”. – é o individuo isoladamente, na sua
coletividade. É o individuo considerado como o individuo – ética cosmopolita – O
individuo é considerado o individuo.
Podemos considerar o individuo como parte de o estado – deixando de valer por ele
próprio, passando a valer pelo estado.
Ética comunitarista – quando uma outra interpretação do individuo, somente como
membro de um Estado – contrário de Idealismo.
Por outro lado, considerando o individuo ou os indivíduos, os principais atores das RI, o
Idealismo considera que existe uma cooperação plena entre os estados.
Os indivíduos que são considerados enquanto indivíduos, são racionais o
suficiente para se comportarem de forma querente, cooperando com os outros
indivíduos.
Mas como os estados são compostos por indivíduos, os individuos são racionais o
suficiente para não quererem outra tragédia como a GM. Os individuos que formam o
estado vão estar em cooperação plena. Esta cooperação significa que o pano de fundo
onde decorrem as RI, chama-se comunidade internacional.
Na comunidade Internacional – os estados tão sempre de acordo, cooperam
plenamente entre si. O que não é o prossuposto do realismo.
Maquiavel - conceitualizou o conceito de Estado.
Comunidade Internacional
Existe comunidade internacional quando há consenso amplo estre os estados.
São os estados que impõem sanções uns aos outros, quando há desavenças
internacionais, mas as sanções tem que ser muito bem pensadas, de forma a não
prejudicar as politicas internas do estado. Por outro lado, os tribunais internacionais
Um estado só pode ser julgado por um tribunal internacional, se um estado
reconhecer essa mesma instituição. – A russia tem que reconhecer o TIJ, para poder
ser julgada nesse tribunal.
A soberania inviabiliza a comunidade internacional, permanecendo a anarquia.
Em tempos de paz a economia prospera muito mais. Por isso os estados fazem guerras
no mundo subdesenvolvido, para escoar armamento e potencializar a sua economia.
21/02/2022
A partir de o código de valores o Idealismo não é uma teoria racional, porque ela á
partida está assente em valores, e esse código valorativo muda. – como por exemplo
nas diferentes religiões.
No realismo as coisas estão sempre bem planeadas, e o acaso não é tido em
consideração.
Assenta na base da teoria de Kant (teoria ética).
Assenta as suas premissas nos valores, ética e moral.
O que leva os estados a cooperar entre si (utópico) é a capacidade racional do
individuo.
Parte do individuo para o estado, o povo é quem comanda as decisões do estado.
24/02/2022
Sistematizou-se uma teoria que procurou ser uma via intermédia/alternativa a estas
duas correntes extremas e opostas.
Internacionalismo Liberal – dá origem ao liberalismo – em outras considerações sobre
as Relações Internacionais (Não confundir com o liberalismo económico).
Esta teoria não entra no debate, mas é uma 3ª alternativa a estas duas teorias que se
confrontam.
Premissas- surge ligado ao liberalismo económico mas a lógica do liberalismo em
termos de teoria das RI é regressar á ordem internacional pre-existente a 1914. Não a
ordem internacional a qual existia diplomacia secreta, mas a ordem maior do sistema
internacional em que a grande ordem do sistema internacional era comandada pelo
reino Unido que liderava o comércio internacional, e a moeda de troca por excelência
seria a Libra.
Então, o internacionalismo Liberal, pretendia que essa ordem voltasse vigente de
forma a ter paz no sistema internacional (época Vitoriana - quem governava nessa
época quem governava era a rainha Vitória).Só que o facto que os internacionalistas
liberais tiveram que reconhecer é que a ordem internacional era totalmente diferente
da antiga ordem Vitoriana(o RU não tinha a mesma influencia – reino unido tinha sido
palco da Guerra Mundial) por isso os estados unidos assumiram o papel dos RU.
(Isolacionistas vs Intervencionistas)
A libra já não tinha o mesmo peso que tinha na Época Vitoriana, tinha perdido a sua
importância devido a guerra, tinha sido criada a sociedade das Nações, discutindo
multilaretalmente os assunto que preocupavam a agenda internacional, por isso era
difícil para o internacionalismo liberal se assumir nesse contexto histórico. No entanto
o objetivo era estabelecer o comércio internacional como veiculo para o motor da paz
mundial. A ideia dos internacionalistas era que a paz só seria alcançada através do
comércio internacional. Este seria alcançado porque os estados viveriam, segundo
eles, mediante um conjunto de regras comuns que padronizariam o comportamento
desses estados de uma forma voluntária, desde que esses estados tivessem interesses
objetivos e valores comuns. Os estados conseguiam assim criar a Sociedade
Internacional (sendo esta fase um estadio intermédio – só participam aqueles estados
que tivessem interesses objetivos e valores comuns – não participam todos os estados
do sistema internacional). São criadas essas mesmas sociedades para manter a ordem
no sistema internacional (Paz).
O pano de fundos das RI para o Internacionalismo Liberal é a Sociedade Internacional,
que é um conjunto regrado que implica, que haja padrões comuns de
comportamentos entre estados, que se voluntariam a integrar essas mesmas
sociedades.
Ator Pano de Fundo Situação
Realismo Estados Anarquia Conflito
Internacional
Idealismo Individuo Comunidade Cooperação Plena
Internacional
Int. Liberal – Estados/Indivíduos Sociedade Cooperação(prosperidade)/
Esc. Inglesa Internacional Conflito
Hans Morgenthau –E por isso o autor desenvolve toda uma obra nesse sentido,
sobretudo aquilo que ele designa por 6 pontos do Realismo Político:
- Natureza humana constante - Diz que o Realismo é a única forma de comportamento
dos Estados. Não obstante os líderes enquanto indivíduos, poderem se comportar
tendo em conta a sua moral ética, eles enquanto lideres do estado têm de se
comportar somente tendo em conta os interesses e o poder do Estado. Ou seja, o líder
enquanto individuo pode ser moral, mas o líder enquanto líder não pode ser moral,
não pode ser ético, tem que respeitar os interesses e vontades do estado.
- Conceito de interesse, definido em termos de poder. Esse conceito de interesse, leva
aos estadistas a comportarem-se com uma moral especifica, que justifica ou que
permite, que o individuo, enquanto individuo. O estadista sendo um individuo, se pode
comportar de acordo com códigos morais e éticos, porem quando ele esta na posição
de estadista, liderança do estado, ele só pode se comportar como manda a lei da
política, de acordo com o conceito de interesse, definido em termos de poder
Não se pode comportar po códigos morais ou éticos (estado/estadista). Não pode
atrapalhar a racionalidade do estadista. Interesse na busca de mais e mais poder/
maximizar o poder do estado.
- O realismo político, parte do princípio de que o seu conceito chave de interesse,
definido como poder, constitui uma categoria objetiva e universalmente válida, mas
não outorga a esse conceito um significado fixo e permanente. A noção de interesse,
faz parte, realmente, da essência da política, motivo pelo qual não se ve afetada pelas
circunstâncias de tempo e lugar. – Significa que o conceito de interesse, que está
sempre ou que é sempre definido em termos de poder, é um conceito central para o
realismo político de Hans Morgenthau. Embora seja sempre, uma categoria valida para
a política, isso é constante, não significando que o interesse seja imutável (seja
também ele constante) o que é constante é a característica que o interesse definido
em termos de poder é uma característica da política. A política não vive sem o
interesse, porque ela vive justamente para seguir um ou vários interesses. Não
significa que o interesse de um qualquer estado seja sempre o mesmo. O interesse de
qualquer estado pode e deve variar. Variando de acordo com as conjunturas (interna e
internacional).
Política Externa - Imagem do estado para a política internacional, defendendo perante
os outros estados os seus interesses.
- O realismo politico está consciente da significação moral da ação politica, como o
está igualmente da tensão inevitável existente, entre o mandamento moral e as
exigências de uma ação politica de êxito. Ele não se dispõe a encobrir ou suprimir essa
tensão. Ideia de que as esferas de ação política é uma esfera de ação que é
independente, que é autónoma, da esfera de atuação moral. Um estado ao atuar, age
na esfera política, mas um individuo pode escolher atuar no âmbito de uma atuação
moral e ética. O estadista não pode adotar esse código de conduta moral e ética, tem
de ser o estadista, através do interesse do estado.
Exemplo em que o estadista atua em nome de interesses, pondo completamente de
lado a moral: A invasão da Ucrânia
- Uma coisa é saber que os estados tão sujeitos a lei moral, e outra é pretender saber o
que é bom ou mau, no âmbito das relações entre estados. Há um mundo de diferença
entre a crença, em que todos os estados se encontram sobre o julgamento de deus, e
o presuposto de que deus está sempre do seu lado. O sobjetivos de um estado, aquilo
que é no fundo o interesse de um estado, são uma coisa completamente distinta.
Aquilo que compõe os objetivos divinos, são outra coisa completamente diferente. As
esferas do divino e do estatal(politica), que é alvo de terreno para Morgenthau, não se
cruzam de todo. Uma coisa é saber quais os interesses e objetivos do estado. Outra
coisa é saber o que o estado faz é bom ou mau, do ponto de vista do divino (questão
de pouca relevancia). O que tem relevância para os realistas, é saber se o estado
alcançou de facto o sei interesse.
- A conclusão de todos os princípios anteriores. Mais fácil de entender. – O realista
raciocina em termos de interesse definido como poder, enquanto o economista pensa
em função do interesse definido como riqueza. O advogado toma por base a
conformidade da ação com as normas legais, e o moralista, usa como referencia a
conformidade da ação com os princípios morais, ou seja, cada macaco no seu galho.
Cada um utiliza os seus termos. Cada esfera de ação humana, é diferente uma da
outra, e elas não se cruzam, elas não se tocam. Elas caminham em paralelo – segundo
Hans Morgenthau.
O Poder dos estados vai acabar por ficar reduzido, pois eles perderam competências
em determinadas funções técnicas na área do Bem-Estar Económico e Social
Vendo se os estados com menor poder, sendo envolvidos numa teia de cooperação,
leva a diminuição de hipóteses de conflito no sistema internacional.
As lealdades do cidadão perante o estado são utilitárias, sendo que quando essas não
são satisfeitas existe uma diluição do nacionalismo.
O conceito de nacionalismo para o autor é altamente pejorativo.(inclui o acaso na
politica, os pequenos conflitos que ocorrem por erros nacionalistas etc...).
Cibernética não é muito usada nas RI, mas com os estudos de Norbert, criou bases
para os restantes autores estudarem o funcionalismo e sistemismo. Sendo estes dois
últimos fundamentais para o estudo da RI.
Norbert Wiener, professor de origem judaica, veio dizer pela primeira vez que o ser
vivo, a máquina e os grupos sociais funcionam todos da mesma maneira. Graças
aquisição, ao uso, a conservação e a transmissão da informação. Sendo um ser vivo,
máquina ou grupo social (como por exemplo um estado), a informação processa-se
através da aquisição da informação como um input que é processado e saí na forma de
um output. Este fenómeno é uma ciência que recebe o nome de Cibernética, pois é a
ciência da comunicação e controle dos seres. A cibernética é a ciência do governo e do
controlo dos seres ou máquinas. A informação é o elemento central no processamento
desta ciência. A informação que entra como input e é processada e saí como output.
O essencial para o autor é a questão da Informação.
Na base deste processo de input/output, o professor Robert diz que isso acontece
porque os organismos são compostos por várias funções. Cada função não exerce
somente uma tarefa. Nenhuma tarefa esta somente destinada a so uma função. O que
acontece num organismo vivo é que vai receber informação e processá-la, é que a
tarefa é o elemento que desempenha ou pode desempenhar por várias funções. O
elemento respirar pode ser desempenhado pelos pulmões, coração e fígado, ao
mesmo tempo que a mesma função pode desempenhar vários elementos (tarefas). –
Por exemplo o estomaga desempenha os elementos de digestão, respirar, bombear o
coração etc... O que existe é uma multifuncionalidade das estruturas no organismo
que funciona na base do processamento das informações segundo Robert Merton, as
funções assentam na base da multifuncionalidade das estruturas.
Na base destas lógicas Talcott Parsons, diz que o estado é um organismo cujo o poder
é aquilo que faz com que as funções e os elementos se desempenhem para o bem
comum. A multifuncionalidade das estruturas significa para o autor, do ponto de vista
do estado, que todas as funções elementos e tarefas, vão se juntar para se
desempenharem e serem desempenhadas em prol do bem comum.
O funcionalismo de David (Tradicional) é diferente deste funcionalismo de origem
Behaviorista que procura explicar como as coisas funcionam e como se pode
compreender o funcionamento das RI, através da lógica Behaviorista.
Com base nisto Talcott Parsons, diz que o estado é um organismo cujo o poder é fazer
com que as estruturas com que as funções e os elementos trabalhem todos para o
mesmo fim – Bem comum.
As funções que Talcott Parsons dá ao estado são: voltadas para o interior do sistema
com ele próprio, as duas outras são tarefas do estado que Talcott considera que estão
voltadas para o exterior do estado (ambiente onde o estado está inserido – Sistema
Internacional).
Ludwig diz-nos que na base de tudo o que foi dito anteriormente, as funções
compõem um sistema, e o estado com as Tarefas que possui é um sistema.
É um sistema aberto – faz trocas, recebe informação como input, faz o processamento
dessa informação e lança output como informação que vai servir como input para
outro sistema que vai processar essa informação, vai lançar output, que vai servir de
input para outro sistema e assim sucessivamente. O nosso sistema é composto por
vários subsistemas. Subsistemas esses que são abertos, e que fazem trocas entre si,
trocas com base nas afirmações dos outros autores.
O subsistema aberto são subsistemas abertos, grandes, feitos de trocas (dinâmicos,
não estaticos), por contraposição temos os subsistemas fechados(Matéria pura - sendo
aqueles que são matéria pura, produzem lixo que vão para a zona de desperdicio), são
subsistemas estáticos. Exemplo – Objetos estáticos, é feito deles aquilo para o qual o
objeto foi criado.
17/03/2022
6 Sistemas dos quais 2 são de base histórica, ou seja existiram de facto, e 4 deles são
de base académica ou hipotética.
Base Histórica:
- Sistema Bipolar – é o sistema que pressupõe a existência de dois polos de poder mais
ou menos equilibrados, ou em constante equilíbrio. Pressupõe que dentro de cada
bloco os estados sejam soberanos, de maneira que possam determinar o seu próprio
comportamento. Sendo estados soberanos eles podem decidir por eles próprios sair
do bloco a que pertencem no momento em que desejarem.
Exemplo: Sistema Bipolar (Flexível) – Guerra fria, estados em que saíram dos blocos
existentes saíram de livre vontade para formar os não alinhados, e tiveram liberdade
para o fazer já que os mesmos são soberanos.
Um exemplo de saída de um dos blocos foi a Indonésia, promovendo o movimento dos
não alinhados.
Estudos das déc 60. 70. – Terceiras Vias – A europa vem dizer-nos que para alem das
escolas Norte Americanas (supremacia dos EUA nas RI) também conseguem teorizar as
RI. Fazem-no de uma perspetiva intermédia, sem adotar os estremos do realismo e do
idealismo, e sem adotar os estremos do realismo e behaviorismo. Nascem a escola
Francesa e Inglesa.
A escola inglesa recebe essa designação porque esta se desenvolve na London School
of Economics, na Universidade de Cambridge e Universidade de Oxford. Bastante
desenvolvida por vários nomes como: Hedley Bull; Martin Wight; Adam Watson;
21/03/2022
28/03/2022
Perspetiva de Martin White, bem diferente de Hedley Bull considera que os sistemas
de estado só surgem se houver algum grau de unidade cultural entre estados.
Profunda comunidade moral, através de valores e interesses partilhados, longa cultura,
historia e padroões religiosos partilhados. Cultivar essa ética no âmbito politico, sendo
mais que uma simples honra dos lideres dos estados.
As regras e as normas do sistema de estado são para se cumprir, para cumprir o
utilitarismo, na maioria dos casos essas são cumpridas fundamentalmente por motivos
da norma ética que se prende com a justiça. Verdade é que a produção teórica da
escola inglesa, conheceu um grande interregno nos anos 80 e 90. – sendo um período
bastante conturbado
Surjem os primeiros novos trabalhos, e o grande revitalkizardor da escola inglesa pós
guerra fria (fim da URSS) foi o Barry Buzan. Levando os jovens que começaram a
trabalhar na escola inglesa a investir nos seus trabalhos. – Nova Escola Inglesa – traz
uma produção revitalizada, na base de ferramentas teóricas da escola inglesa da déc
de 60, operacionalizando novas tendências estudos. Esta traz novas perspetivas sobre
a identificação de mais instituições internacionais, hierarquização e funções das
instituições internacionais. Criação de conceito de sociedade de
As instituições se alteram de acordo com uma variedade de meios, uma enorme
quantidade de fontes, com ideias e crenças.
Hierarquiza as instituições fundacionais vs. Procedimentais – Autor:Holsti
Escola Francesa
Quem se salientou foi o Raymond Aron que escreve a obra Paz e Guerra entre as
Nações, que é pela primeira vez publicado em 1962, sendo a sua maior obra, sendo
inteiramente dedicada as RI.
O autor é um dos grandes defensores do golismo em frança – é o nacionalismo que
vem do General Degol, dizendo que a frança ia construir a frança sendo o maior estado
da europa, e no contexto da guerra fria o estado estaria a altura das duas grandes
potencias.
É um dos gurus intelectuais do golismo, com uma França poderosa no seio da europa e
do sistema internacional. – pensando isto da frança, em termos internacionalista, tem
uma visão estatocentrica. Ele tem um pensamentro estatocentrico, reconhece que o
sisteme internacional é interestadual e que esta é mais uma característica do sistema.
Estado soberano que atua na base do interessa nacional e do poder nacional, mas no
entanto ele também refere que paralelamente a esta realidade ocorre também
fenómenos transnacionais de ordem cultural económica e de ordem social. –
ultrapassando e moderando o seu estatocentrismo. Aceita a herança
Rejeita o conceito de poder dos realistas é um conceito ideológico, não cientifico,
sendo um conceito filosófico. Considera que os estados atuam numa anarquia
internacional, e que a guerra é sempre uma opção, isto vai em concordância com os
realistas, mas no entanto admite que paralelamente a essa realidade, existem
fenómenos muitos diferentes da Guerra. Não se resumindo aos discursos
Ele critica os exageros do realismo mas aceita alguns pontos do realismo, por outro
lado, ele critica não se deixando cair nos exageros dos idealistas, que rejeitam o estado
em nome da humanidade, continua a considerar a base estatocentrica dos sistema
internacional, ele não rejeita determinados pressupostos do idealismo – pressupostos
esses – ele vai tal como o idealistas, procurar um projeto de ordem mundial de ordem
mais justa, como projeto de paz perpetua de kant. Querendo seguir esse caminho e
progresso de forma a haver uma sociedade mais justa. Procura compreender as causas
do conflito e coloca como objetivos o pacificismo, racionalizando o processo de
compreensão do conflito e não através de uma logica demasiado realista/idealista.
Adota uma postura intermédia netre realismo e o Idealismo, ou seja adota
determinados pressupostos do idealismo e do realismo rejeitando outros.
É considerado então uma 3ª Via / TERCEIRISTAS.
Reymond, monta então a escola francesa. Inspira-se em Max Weber, rejeitando o
positivismo. Procura criar modelo de ciência política assentando numa síntese de
inspiração neoclássica e a sociologia.
Lógica de organização e comando na logica da cibernética embora ele não seja
behaviorista. Portanto o autor é um grande defensor da sociologia histórica de
inspiração weberiano com a filosofia critica, cria o seu pensamento internacionalista
estratégico. Ele não pretende criar uma teoria das RI, mas sim uma teoria sociológica
das RI. Na verdade o autor não se limita a estudar as relações entre os diversos atores,
entra também na linha de conta com o acaso, as paixões e o irracional na politica
internacional. Com a Obra - Paz e Guerra nas RI, analisa o comportamento do homem
nas RI teoria sociológica nas RI. Desenvolve pensamento internacionalista, com visão
própria da politica internacional encara a historia como o desenrolar dos
acontecimentos, sem qualquer visão determinista da historia objetivo de salientar o
papel da liberdade humana
Neste sentido o objetivo é compreender a ação humana na historia e iluminara politica
tal como ela é vivida e praticada pelos politivcos e as populações. Elaborando a teoria
de um subsistema social “subsistema interestatal”. – maior subsistema que existe no
sistema internacional, considerando que o mais importante subsistema que existe são
as relações interestatal. Reservando o monopólio da violência, centro autónomo de
decisão. Relação entre os vários estados implica a guerra, mas também pode implicas a
paz. Estas relações podem se manifestar por dois canais: o diplomático e de
São aqueles que simbolizam a dualidade da arte de convencer e a arte de persuadir
Guerra vs Paz.
O poder para Reymond Aron é capacidade que uma unidade politica tem, de impor a
sua vontade as demais- O poder politico não é um valor absoluto, mas é uma relação
entre os homens, estandio sujeita a variações.
Choque constante de vontades, de estados que pretendem determinar livremente a
sua conduta. Cada uma é afetada pelas ações da outras, suspeitando das suas ações.
Não sendo desencadeada obrigatoriamente tensões militares.
07/04/2022
Sistema internacional formado por vários subsistemas (económico social politico étnico
religioso etc...) – a cada subsistema ele estuda as inteções com os estados, sem
considerar as interações com os agentes não estatais. Estuda somente o domínio politico
em cada um desses subsistemas.
Retira das RI um dos dominios das RI. É possível afirmar que a politica Internacional é um
domínio especifico no âmbito da disciplina das Relações internacionais.
Todavia no caso de Kanneth Waltz, ele diz que as duas disciplinas tem diferentes
significados.
É necessário investigar o âmbito internacional, mas se é impossível fazer uma teoria das
RI dada a abrangência de domínios abrangiudos numa só disciplina. Por isso é necessário
o académico ser mais modesto na seleção do seu domínio de estudo (objeto de estudo)
mas conseguir fazer esse estudo. Por isso ele escolhe como objeto de estudo o estudo do
domínio politico (Politica internacional). Estuda somente o domínio politico das Relações
Internacionais. Ele pretende estudar no dominio da politica internacional, estudar a
natureza da politica internacional. E para isso ele tem que se dedicar aos processos
decorrentes no sistema internacional, que é sobretudo a Guerra. O neorrealismo considera
que só uma teoria sistémica é capaz de explicar a vida internacional. São aquelas teorias
que concedem as causas como operandos ao nível internacional.
Waltz centra-se na estrutura do sistema internacional e da distribuição relativa do poder
entre as suas unidades. O COMPORTAMENTO DESSAS unidades que são os estados,
serão resultado do próprio sistema O que Kanneth Waltz diz que só se pode estudar a
natureza dos processos decorrentes do sistema internacional através de uma teoria
sistémica, sendo aquela que valoriza os efeitos e causas internacionais. Por oposição as
teorias sistémicas, existem as teorias reducionistas que se focam nas unidades(estados) e
que se focam principlamnte nos atributos/domínios das unidades e no comportamento das
unidades. Avaliando os atributos e comportamentos das unidades, é ai que vão extrair a
analise de um todo.
Ele não parte deste pressuposto das teorias reducionistas, partindo de um pressuposto
sistémico. Neste caso com a estrutura dos sistema internacional. – Qual é esse
pressuposto? – estando este dividido em dois pontos fundamentais.
-
Temos que nos basear na estrutura do sistema internacional – poraue a característica
fundamentas da estrutura dos sistema internacional é ser anárquica. -pressuposto
principal.
Parte do pressuposto da distribuição relativa de poder entre unidade(estados) no âmbito
dessa anarquia da estrutura do sistema internacional, houvesse uma hierarquia de
poderes, havendo uma distribuição de poder entre unidades. O comportamento destes
estados/unidades com estas distribuições de capacidades serão resultado da anarquia do
sistema internacional e da distribuição de capacidades do sistema internacional.
Institucionalismo Neoliberal
Teoria que contrabalança o Neorealismo – Institucionalismo Neoliberal – Robert
Keohane – Teoria que ele desenvolve na déc de 80 – After Hegemony (1984)
Neorealism and Its Critics
Esta teoria vem contrapor-se ao neorrealismo. É importante referir que o
institucionalismo neoliberal – O estado é o ator por excelência nas RI, e atua com base
no seu interesse nacional, o poder é uma variável fundamental na atuação dos
estados nas RI e a característica fundamental do sistema internacional é a anarquia
internacional Robert Keohane, parte destes 3 pressupostos Neorealistas.
O que ele vem a acrescentar de novo? – o papel das instituições internacionais.
O papel fundamental que desempenham as instituições internacionais é um papel que
permite aos estados leva-los a cooperação internacional, e quando mesmo com estas
premissas neorrealistas, os estados conseguem através das instituições internacionais,
criar cooperação internacional, eles estão suavizando/amenizando a anarquia
internacional.
Como tudo se processa?
O que são instituições internacionais? – São entidades formais ou informais ligadas
entre si que prescrevem o comportamento dos estados e por essa via limitam o
comportamento desses estados. É evidente que limitar os comportamentos dos
estados não é o mesmo que determinar o comportamento dos estados, ou seja, as
instituições internacionais, constrangem o comportamento dos estados. Os estados
podem sempre não cumprir aquilo que lhes é prescrito... Ninguém obriga a cumprir
esses padrões
As instituições não têm um poder coercivo internacional, para punir os estados que
não cumpram essas normas.
O direito prescreve as normas, dentro de um estado, se não forem cumpridas há
dentro do estado uma autoridade coerciva que é superior aos indivíduos e que pune
pelo não cumprimento dessas normas prescritas.
O peso das sanções que os pares lançam a um determinado estado, é um peso
relativo. Se houvesse uma autoridade coerciva superior aos estados, de certeza que o
pesa das sanções aplicadas aos estados seriam bem mais pesadas, mas a soberania dos
estados é o poder superior na ordem internacional, não havendo nada acima desta
soberania.
Face a esta importância das instituições internacionais, o objetivo do autor com o
institucionalismo neoliberal, é garantir que haja uma limitação da anarquia
internacional do Neorealismo. Ou seja, Robert reconhece que o neorrealismo é uma
teoria das RI que Kanneth Waltz estrutura, mas que faz uma leitura demasiado
pessimista do Sistema Internacional porque considera que somente os estados atuam
na anarquia internacional, buscando maximizar o seu poder para alcançar o seu
interesse nacional. Robert vem dizer que essa estrutura teórica é uma estrutura
teórica pessimista e então acrescenta-se um viés de instituições internacionais que
permitem aos estados dialogar entre si reduzindo os custos de transação. O que é
reduzir os custos de transação? é reduzir qualquer tipo de arestas que haja na
negociação entre os estados, qualquer tipo de negociação implica cedências de parte
de uns e da parte de outros o que significa que para diminuir essa necessidade de se
fazer cedências, criam-se as instituições internacionais, as negociações entre estados
seja mais fácil, pois a informação vai fluir melhor entre os estados. Ou seja há dois
aspetos ligados as instituições internacionais –
1. Custos de transação
2. Questão da informação
Acontece que com base na estruturação das instituições internacionais criadas por
estados, vai permitir que os processos em curso nas RI sejam negociados de uma
forma mais benéfica para todos.
Dia 9/05/2022
Debate que resulta do segundo grande debate das RI: sendo um mini debate que
esteve em voga na época de 80 entre – aqueles que eram mais abertos da integração
europeia e aqueles que eram menos abertos na integração europeia. E justamente o
que acontece é que a oposição entre o institucionalismo neoliberal e o neorrealismo
transpõe-se neste adeptos ou menos adeptos.
Os institucionalistas tem uma posição mais federalista, regionalista. E quando os
estados membros criam uma instituição- estão a criar uma entidade autonoma. –
autonomia essa que não vai ser a soma das vontades dos seus estados membros
(exemplo a comissão europeia).
Por outro lado, no lado oposto dos institucionalistas, estão os chamados os
intergovernamentalistas, mais próximos da visão neorrealista – como as instituições
são criadas por estados membros, estas só tem existência por via dos estados
membros e só tem autoridade/poder na medida autoridade e poder que os estados
membros lhes conferem. Soma das vontades dos estados membros.
No caso da comissão europeia, não tendo lugares para os estados mas sim para
peritos, aquilo que os intergovernamentalistas argumentam é que há uma menor
importância das matérias decididas no seio da comissão europeia do que no seio do
conselho, e por consequência devido a baixa relevância dessas matérias.
Conceito que surge na déc. de 80, mas ainda hoje é muito utilizado: Regime
internacional.
Surge em paralelo com a vaga neorrealista e tem origem nas teses neorrealistas, surge
o conceito através das mãos de Steaphen Krasner com o objetivo de tentar conciliar
duas coisas que aparentemente são inconciliáveis e CONTRADITÓRIAS. A ideia é partir
do pressuposto neorrealista da estrutura, considerando que o estudo da politica
internacional se deve scentrar na compreensão das regras enterna do sistema
internacional (anarquia internacional). Essas regras são responsáveis pelo
comportamento dos estados. E ao pegar nessa ideia o autor acrescenta-lhe a
colaboração dos teóricos da déc de 70 (transnacionalistas) e vem trazer a ideia de
procurar estudar o funcionamento e a evolução dos processos de cooperação
internacional, partindo da importância primordial dos estados nesses processos de
cooperação internacional. E assim Steaphen procura e vai tentar conciliar o
pressupostos estatocentricos com os pressupostos de cooperação internacional dos
transnacionalistas, que não eram de todo estato centricos.
Livro “International Regims” – princípios normas regras e procedimentos de decisão
em torno dos quais convergem as espectativas dos atores. Acrescentando em torno
dos quais as perspetivas dos atores em determinada área/campo.
A grande questão deste conceito é que cada palavra que esta inserida neste conceito
Issue Area – quando são defenidos os princípios normas do regime internacional – esta
a defenir o essencial desse regime internqcionla. Mas as regras e os procedimentos de
decisão não definem o carácter do regime internacional – pois são passiveis de serem
alteradas.
Ao alterar os princípios teóricos e as normas, vai estar criando outro regime
internacional.
A ideia central do regime internacional é que grande parte do relacionamento
internacional, acontece segundo regras pre estabelecidas. Regras que já estão pre
concebidas, sejam elas escritas ou não. Sejam consideradas regras de beneficio mutuo
ou não.
Steaphen Krasner dá um exemplo – aplica o conceito ao comercio internacional.
Regime do comercio internacional – quais os seus princípios?
São os princípios da economia neoclássica, porque o regime do comercio internacional
é um regime liberal, assentando em pressupostos da economia neoclássica.
Para que as normas consigam transpor esses pressupostos teóricos para o padrão de
comportamento dos atores, é necessário que este adoptem um tipo de
comportamento que vá ao encontro da diminuição ou eliminação do comércio
internacional – por que? – por eu se a economia são os princípios da economia
neoclássico, tem que ter um regime internacional liberal em que o comercio va
funcionar numa forma livre entre todos os estados, é necessário que os estados
eliminem as barreiras ao comercio internacional. – são estas as normas do regime do
comércio internacional.
Para a formação do regime internacional, é necessário que os atores num determinada
área, considerem criar esse regime internacional – que as espectativas desses atores
convirjam no mesmo sentido.
Não já imposições por parte de nenhum estado – de que eles querem fazer parte
efetivamente desse regime internacional
Definem-se então os objetivos que se pretendem alcançar e que vão ser
operacionalizados em normas.
Só com as normas estabelecidas é que se pode determinar o funcionamento do
regime.
A definição de Regimes Internacionais refere-se unicamente a atores: no entanto os
atores referidos no conceito de Regimes internacionais definido por Steaphen Krasner
são unicamente os estados, só que como a definição usa a expressão atores, deixando
em aberto a interpretação de quem poderá ser esses atores. muitas OUTRAS ESCOLAS
UTILIZAM ESSE CONCEITO DE regime internacional. O conceito é o mesmo, o que varia
são as interpretações desse conceito. Os estruturalistas que consideram que quem
atua fundamentalmente no regime internacional são as fontes profundas do
capitalismo, como atores dos regimes internacionais as forças económicas. Já os
institucionalistas neoliberais, como consideram as existência de estados e atores
internacionais, quando estiverem a utilizar esta definição vão considerar como atores
tanto atores estatais como atores não estatais. Isto sucede em virtude da definição de
Steaphen permitir estas múltiplas de interpretações.
Os estruturalistas como consideram que os atores são as forças económicas, as regras
dos estruturalistas tanto poderam ser regras escritas em tratados formais, como regras
não escritas, regras informais. Apesar de serem informais/não escritas, estas tem a
função de serem cumpridas na mesma uma vez que os estados criam os regimes
voluntariamente.Qunado há um não cumprimento de regras teremos que recorrer a
mecanismos sancionatórios desses estados. Por outro lado os institucionalistas
neoliberais que se centram na cooperação internacional, através da valorização das
instituições internacionais vão considerar que tanto os atores podem ser estatais ou
não estatais e as regras também podem ser regras escritas ou regras não
escritas(regras informais). O facto de serem não escritas, não lhe é dado nenhum valor
jurídico, mas estabelece padrões de comportamento
O seu não cumprimento impõe custos maiores do que o cumprimento dessas regras
não escritas. Sendo não obrigatórias formalmente, mas acabando por se tornar
obrigatórias.
A União Europeia
Não é um Regime Internacional é um conjunto de regimes internacionais enquadrados
por um enquadramento politico legal – de facto há instituições comunitárias que
estabelecem esse principio da logica politica vinda de cima sobre os estados membros.
Robert Keohane – Teoria da estabilidade hegemónica – que nasce no âmbito da
economia politica internacional, pode se considerar uma estabilidade hegemónica
como um regime internacional especifico para a economia internacional de cariz
liberal.
Na Dec. de 80 ela sugere que a ordem liberal da economia liberal precisa de uma
potencia politica que estruture e sustente essa ordem. A criação e manutenção de
uma ordem internacional liberal é do interesse das potencias mais fortes e isso que
levou as potencias mais fortes a criar e sustentar os mecanismos liberal e liberalizante
da ordem internacional. E são estas potencias mais fortes, as que tem os custos da
criação e manutenção dessa ordem internacional liberal. Os outros estados, vão
beneficiar da ordem, mas não vão contribuir com nada. Gradualmente esta situação
leva a que a potencia hegemónica comece a entrar em declínio relativo, em relação as
restantes potencias da mesma ordem económica internacional de caracter liberal. Sem
uma potencia hegemónica, o regime internacional da economia liberal, que sustenta
toda a ordem liberal tende a ser instável. Tende a ser instável pela falta de
mecanismos de estabilização fornecidos pela potencia mais poderosa. Se ela entra em
declínio relativo, deixa de ser capaz de assegurar esses mecanismo de estabilização da
ordem internacional.
Segundo Keohane, que nos traz a teoria – a economia é reconhecida como a posse de
recursos, acesso ao capital credito e mercados, vantagem competitivas na produção de
bens – isto é que é a hegemonia, os que tem maior nr de recursos e capacidade
económica.
São apontadas criticas a esta teoria da Estabilidade hegemónica, em função de uma
função demasiado simplista do estado, de uma visão demasiado simplista na relação
que pressupõe que existe entre os benefícios e os custos da manutenção. Porque a
teoria foca as relações económicas internacionais, esta teoria deixa de fora aspetos
bastante importantes como as ligações de politicas que ultrapassam o âmbito
económico. Capacidade dos estados criarem ligações militares, cooperação industrial
etc...
Na verdade Robert Keohane nega a teoria que criou anteriormente, dizendo que não é
preciso haver uma potencia para que haja estabilidade económico liberal, já que
existem instituições internacionais que cumprem a tarefa de diminuir os custos de
transação, facilitar a negociação entre estados e levar os estados a criar processo de
cooperação internacional. A existência de uma potência hegemónica que tome conta
de todo o poder, não é afinal necessário. Isto Robert vem dizer mais tarde já quando
ele estuda bastante a questão as instituições internacionais.
A teoria da estabilidade hegemónica acabou por não teve um período de vida muito
longo.
Dia 12/07/2022
Após esta teoria, aquilo que surge é o chamado institucionalismo (2002) pelas mãos de
Robert Keohane – (Power and Governance in a Partially Globalized World)
Neste Novo institucionalismo, o autor desenvolve uma teoria muito solida das
instituições internacionais. –
Maior dinâmica fazendo parte das premissas teóricas da própria teoria apreentada –
não obstante de keohane partir das 3 principais premissas dos neorrealismo –
acrescenta a mais valia (o seu contributo) que são precisamente as instituições
internacionais – dizendo que estas são regras ligas entre si, formal ou informalmente,
prescrevendo o comportamento dos estados de modo a constranger esse
comportamento sem que determine esse mesmo comportamento. As instituições
internacionais tinham a função/funções de conduzir processos de cooperação entre
estados e a reduzir os custos de transação também entre os estados. Neste sentido as
Instituições ganharam uma importância significativa, daquilo que era o
institucionalismo
Nance in a
19/05/2022
Construtivismo
O constyrrutivismo é uma teoria social, não é uma teoria das RI. É originalmente uma
teoria social.
Só que as RI, importaram essa teoria social e adaptaram-na as RI, de modo que essa
teoria social ganhou contornos de teoria das RI.
Há vários autores construtivistas, todavia Alexander Wendt é um construtivista mais
moderado, que faz algumas concepções ao método racionalista. Por isso o
construtivista Chamado Emmanuel Adler veio considerar que o construtivismo de
Alexander Wendt seria um meio termo entre o grande debate das abordagens
reflexivistas e das abordagens racionalistas.
Abordagens Reflexivistas x Abordagens Racionalistas
No construtivismo de Alexander faz algumas concepções metodológicas ao
racionalismo. De facto não há um construtivismo, mas sim, vários construtivismo.
Sendo uma teoria social mais ampla que foi importada pelas RI e sofreu adaptações
para se transformar numa teoria da RI, o construtivismo ganha constornos da déc de
50. Nessa época o construtivismo não tem margem para emergir enquanto teoria da
RI, ficando nas margens da teroria social. Porque os vários académicos da RI, não
foram caºazes de se entender quanto a uma agenda de perquida solida e concreta, de
forma a conferir credibilidade a esta teoria, não ganhando solidez para se emancipar.
No entanto esta nunca desapareceu, e na déc de 60 voltou mas sendo esmagada pelo
neorrealismo.
Com a queda do muro de Berlim e com o fim da URSS, abriu-se espaço para emergirem
e o construtivismo surge de forma forte como uma teoria da RI assim como as outras
abordagens reflexivistas. Durante a déc de 90 inicio do swc 21, o construtivismo
cresceu significativamente em nr de adeptos. Mas a principal razão que justifivou o
crescimento desta teoria foi porque esses adeptos que o construtivismo estava
ganhando não se enquadravam mais em nenhuma teoria da RI, mas também não se
alinhavam a nenhuma teoria critica. Para ter algum grau de credibilidade muitos
académicos se afiliaram ao construtivismo, não acreditando a 100% nas suas premissas
teóricas.
O construtivismo é bastante influenciado pela escola inglesa. – ele adopta o conceito
principal deixado pela escola inglesa. Sociedade Internacional
Consideram como pano de fundo das RI – a sociedade internacional
Os atores da RI atuam num sistema internacional no âmbito do qual partilham
interesses e valores e por isso criam voluntariamente uma sociedade internacional
com normas comuns e padroes comuns de comportamento.
Há um sistema internacional, e os estados criam no âmbito da mesma uma sociedade
internacional.
Esta sociedade internacional que o construtivismo vai buscar a escola inglesa de
(Hedley Bull) esta sociedade internacional é anárquica. Mas é anárquica
É anárquica porque não existe uma autoridade superior aos estados, pode existir uma
autoridade superior aos outros agentes das RI, mas superior aos estados não existe.
Por isso a sociedade internacional embora regrada, embora com comportamentos e
padroes comuns que os atores nela participam, a sociedade continua anárquica. Se
algum membro sair fora do padrao comum de comportamento, não há um poder
superior de policia superior para fazer/mandar/punir/coagir o estado, e por isso a
sociedade é anárquica.
Os construtivista dizem ainda que os estados fazem da anrquia aquilo que eles
quiserem ou seja se a sociedade internacional é anárquica então eles vão fazer com a
anarquia aquilo que bem entenderem. – podem se comportar bem ou mal.
A sociedade internacional só é criada porque os estados partilham interesses e valores
comuns e é por isso que a anarquia fica mais controlada. Outra questão resultante da
influencia da teoria idealista (Kant) é que o construtivismo assenta muito na ideia da
normatividade. – normatividade que é aquilo que faz criar normas em conjunto na
sociedade internacional para dar consistência ao padrao comum de comportamento
dos estados. O paradigma idealista dizia que podia haver alteração do sistema
internacional (comunidade internacional) desde que houvesse alteração das normas
internacionais – a alteração da comunidade internacional só poderá dar-se após a
alteração do direito internacional.
Tudo esta normatizado e regrado – porque a sociedade internacional é socialmente
construída – ou seja esta tem um significado partilhado de ideias por todo o lado.
Conhecimento por todo o lado dentro dessa sociedade internacional.
“Há ideias por todo o lado” – Alexander
É de tal maneira socialmente construída que de facto tudo o que se reporta as ideias,
vem do individuo, e o individuo é que vai construir com as suas ideias (sejam normas
valores ou princípios) que vai construir qualquer realidade. Os indivíduos constroem as
varias realidade e o sistema ou sociedade internacional é produto dessa construção
social por parte dos indivíduos. Ao se produto dessa construção social por parte dos
indivíduos, a sociedade internacional ela é também socialmente construída. Tudo na
base da intersubjetividade humana.
Características do Construtivismo:
- A ideia de que a realidade internacional assim como os atores internacionais são
socialmente construídos
- Ideia de que há uma abordagem idealista da realidade internacional, porque o que
acontece no sistema internacional é que há a ideia de socialização e por consequência
no sistema internacional há ideias por todo lado/ conhecimento por todo o lado.
Os agentes sociais vão absorver valores específicos que são normativamente definidos,
estando condensadas em instituições socias que vão transformar a priopria identidade
desses agentes, moldando essas identidades num processo que tanto a estrutura
molda a identidade dos agentes que estão no sistema internacional, quanto os agentes
moldam as características da estrutura.
O idealismo era a teoria preferida visto que a conjuntura política pedia uma teoria
mais pacifista de forma a assegurar a paz.
Realismo e Idealismo são teorias que se opõe, criando-se um debate epistemológico
entre as duas teorias. Esse debate que vai durar muitas décadas é que vai ser o maior
debate das RI. O 1º Grande Debate das RI:
Este debate vai discutir-se:
- A existência ou não da Anarquia internacional
É evidente que diversas outras teorias foram surgindo, designadamente nos anos 50,
- Escola inglesa;
- Escola Francesa; A PROFESSORA ACHA CHATOOOOOOO
Este debate continua e ao longo dos anos 80, aparece o conceito de regimes
internacionais, aparece também o debate em torno das integração Europeia
Aquele debate em que a visão neorrealista era transposta para uma visão
intergovernamentalista e a visão de institucionalismo neoliberal era transposta para ....
Queda do muro de Berlim e o fim da Guerra fria.
Este marco afirma uma nova era nas relações internacionais, ninguém havia pensado
que a União Soviética alguma fosse cair.
Este abalo analítico das RI, deixando manchada a imagem dos internacionalistas,
As teorias tradicionais da disciplina da RI sofreram um abalo analítico tao grande que
isso permitiu abrir espaço para que outras teorias surgissem:
- Construtivismo
Pós internacionalismo da Governança sem governo, e logo a seguir nos anos seguintes
o institucionalismo de Robert Keohane e as abordagens reflexivistas.
Estas abordagens Reflexivistas vão opor-se as abordagens racionalistas.