Você está na página 1de 40

2 perguntas rápidas – 10 valores (5 valores cada)

1 pergunta de desenvolvimento – 10 valores

TRI – 17/02

Pós-primeira guerra mundial, foi quando surgiu a disciplina das relações internacionais.
Os estados assim como os próprios políticos e académicos que estudavam os sistema
internacional através de outras disciplinas (historia direito internacional geopolítica
geografia) começaram a perceber que estudar o fenómeno internacional através de
disciplinas que não fossem especificas para estudar o sistema internacional, não
conseguiriam voltar a evitar uma catástrofe como a 1ªGM(a guerra mais
mortífera/destruidora até a altura).
Final da 1ªGM  RI
Ao surgir as RI é criada em 1919 a cátedra Woodrow Wilson de Politica Internacional –
País de Gales
W. Wilson – Presidente EUA final da 1ª GM – homenagem ao presidente dos EUA que
propôs a criação da Sociedade das Nações
Fez todos os esforços possíveis para se alcançar a paz no conflito mundial, já em 1918
ele pronuncia no congresso norte americano os Catorze Pontos de Wilson, um deles é
de facto a criação da sociedade das nações, vindo a ser criada com o objetivo de servir
de um fórum multilateral para os estados discutirem os seus problemas e garantir por
esse efeito evitar outra guerra.
O seu propositor (EUA) não é autorizado a entrar na sociedade das nações, o
congresso dos estados unidos vetou a proposta dos EUA. – No sistema presidencialista,
quando o chefe de estados vai em viagens diplomáticas, tem que levar o tratado para
o congresso e a assembleia tem que ratificar o tratado e só assim este entra em vigor,
ou pode vetar, não entrando em vigor. – o Congresso não ratificou o tratado (vetou). A
sociedade das nações foram criadas sem os EUA, esta nasceu debilitada, tendo um
papel pouco visível, não teve a proeminência que as Nações Unidas têm hoje.
Wilson afirma que o sistema internacional antes de 1914 foi o culpado das guerras. Era
necessário alterar esse sistema internacional, e criar outro, que fosse mais vantajoso
para o dialogo entre os estados. Propondo a criação de um sistema Internacional, que
não tivesse alianças secretas (evitando desconfianças), sendo formado por pactos
secretos entre estados.

Sistema Internacional
- diplomacia multilateral
- Defesa Coletiva
- globalização da sociedade internacional
- supressão dos focos de contenção da Rev. Bolchevique

Esse tipo de diplomacia assente no secretismo não era viável.Diplomacia multilateral,


com base na sociedade das nações (fórum de discussões multilaterais)
Por outro lado W. Wilson, afirma a globalização da sociedade internacional.
A revolução bolchevique vem propor ideias muito contrarias ao tipo de economia que
prevalecia nos estados Unidos, e na maior parte dos países Europeus (liberal – mão
invisível – o mercados se regula por si, sem intervenção estatal) - Tudo em termos
socioeconómicos se regula segundo a economia liberal, sem intervenção dos estados,
sem saúde publica, educação gratuita, cultura subsidiada. Comando pelo mercado.
Aquilo a que R b, são as primeiras ideias comunistas que vem abalar o ocidente a partir
dos partidos comunista que existiam nos países Europeus. Vem dizer que na russia
passa a haver educação saúde cultura gratuita. Wilson receava que estas ideias
influenciassem os EUA a tomar o mesmo tipo de medidas, pretendendo que o novo
sistema internacional, tivesse a preocupação de conter os focos de contágio da
Revolução Bolchevique.
Os estados unidos eram maioritariamente isolacionistas, focando se principalmente
nos seus problemas internos, deixando apenas essa politica na véspera das 2ªGM,
ainda que os EUA fizeram varias intervenções para repor a ordem e difundir a sua
influencia económica (Na América Central – vivem dos negócios norte americanos).
A proposta de Wilson, de criar um sist. Inter. Vem a ser analisada de forma diferente,
consoante as lentes teóricas que nascem, quando nasce a disciplina das RI.

Lentes Teóricas – analisam ou permitem a analisar a realidade internacional. Estas


permanecem e aquilo que lhes dá melhor ou pior vida são os acontecimentos da RI - se
houver muitos acontecimentos belicosos, as teorias mais utilizadas são mais bélicas.
Quase todos os académicos, têm a mania de estudar os fenómenos a partir das teorias
criticas, que são teorias como: feminista, justiça global, ecológica – revindicam
qualquer coisa.

- Idealismo / Utopismo
- Realismo
- Internacionalismo Liberal

Objetivo: estudar as premissas ideológicas de cada uma destas teorias – primeiras a


ser utilizada.

Idealismo / Utopismo
Pensamento de Kant. Considerado um dos projetistas da Paz do séc. XVIII,(uma serie
de pessoas que criaram teorias de paz perpétua no mundo ou na Europa). A teoria de
Kant é a de paz perpétua entre todas as repúblicas no mundo. (escolhendo apenas o
sistema republicano, deixando de fora a monarquia)
A tese da Emancipação humana é importante para o idealismo, significando que o
individuo só consegue ser o individuo pleno quando este se emancipa de si próprio, e
se realiza em sociedade. - O homem é um animal social – Social por Natureza.
Considera que o sistema Republicano é mais apropriado para a criação de uma paz
perpétua.
Nas republicas os indivíduos que governam, não são determinados por heresias, dando
uma maior liberdade de ação entre os indivíduos.
Até ao momento é o regime que tem demonstrado duas coisas:
- tem permitido que indivíduos possam escolher os seus representantes.
- a democracia é o regime que permite que exista menor violência entre os indivíduos.
Apesar de não ser o sistema perfeito, de todos os outros sistemas é o que nos permite
os dois pontos anteriormente referidos.
Se Kant com base na sua doutrina de emancipação humana, coloca o individuo como
centro. O idealismo pegando nessas influencias kantianas, vai dizer que o ator principal
das RI não é o estado mas sim o “Individuo”. – é o individuo isoladamente, na sua
coletividade. É o individuo considerado como o individuo – ética cosmopolita – O
individuo é considerado o individuo.

Podemos considerar o individuo como parte de o estado – deixando de valer por ele
próprio, passando a valer pelo estado.
Ética comunitarista – quando uma outra interpretação do individuo, somente como
membro de um Estado – contrário de Idealismo.

Por outro lado, considerando o individuo ou os indivíduos, os principais atores das RI, o
Idealismo considera que existe uma cooperação plena entre os estados.
Os indivíduos que são considerados enquanto indivíduos, são racionais o
suficiente para se comportarem de forma querente, cooperando com os outros
indivíduos.
Mas como os estados são compostos por indivíduos, os individuos são racionais o
suficiente para não quererem outra tragédia como a GM. Os individuos que formam o
estado vão estar em cooperação plena. Esta cooperação significa que o pano de fundo
onde decorrem as RI, chama-se comunidade internacional.
Na comunidade Internacional – os estados tão sempre de acordo, cooperam
plenamente entre si. O que não é o prossuposto do realismo.
Maquiavel - conceitualizou o conceito de Estado.

Em termos Técnicos: há sempre no sistema internacional uma anarquia internacional,


quase todas as teorias, aceitam que em termos técnicos há anarquia no Sistema
internacional – não há uma autoridade superior ao estados, os estados são soberanos.
Como cada estado é soberano no sistema internacional, vai acontecer que os estados
existentes, são todos eles iguais perante a lei. Não há estados maiores ou menores,
todos são soberanos. Nenhum deles tem uma autoridade superior a essa soberania
estadual.
O conceito de soberania é também criado por Jean Bodin. – quando dentro do estado
não existe poder superior, fora dos estados, os estados são todos iguais. - Não há
poder maior na ordem interna, nem poder superior na ordem externa. A soberania é o
maior de todos os poderes. O estado soberano provém prerrogativas – Jus Belli, Jus
tractum, Jus Legationis.
O conceito de inexistência de autoridade superior aos estados na ordem externa, é o
conceito de anarquia internacional. – Não significa caos.
Em termos técnicos os Idealistas aceitam a anarquia internacional.

Comunidade Internacional
Existe comunidade internacional quando há consenso amplo estre os estados.

São os estados que impõem sanções uns aos outros, quando há desavenças
internacionais, mas as sanções tem que ser muito bem pensadas, de forma a não
prejudicar as politicas internas do estado. Por outro lado, os tribunais internacionais
Um estado só pode ser julgado por um tribunal internacional, se um estado
reconhecer essa mesma instituição. – A russia tem que reconhecer o TIJ, para poder
ser julgada nesse tribunal.
A soberania inviabiliza a comunidade internacional, permanecendo a anarquia.
Em tempos de paz a economia prospera muito mais. Por isso os estados fazem guerras
no mundo subdesenvolvido, para escoar armamento e potencializar a sua economia.

21/02/2022

A partir de o código de valores o Idealismo não é uma teoria racional, porque ela á
partida está assente em valores, e esse código valorativo muda. – como por exemplo
nas diferentes religiões.
No realismo as coisas estão sempre bem planeadas, e o acaso não é tido em
consideração.
Assenta na base da teoria de Kant (teoria ética).
Assenta as suas premissas nos valores, ética e moral.
O que leva os estados a cooperar entre si (utópico) é a capacidade racional do
individuo.
Parte do individuo para o estado, o povo é quem comanda as decisões do estado.

O estado é o ator por excelência das Relações Internacionais. – Realismo


Quem tem o poder são os estados.
Garantir a sua segurança/sobrevivência enquanto estado soberano. – Recolher o
máximo de poder possível (poder militar, demográfico, poder de influencia, poder
economico), de forma a poder se defender dos outros estados. Como existe uma
desconfiança permanente entre estados no sistema internacional.
Diz-se que existe uma anarquia internacional, que é mais que a anarquia internacional
a nível técnico – anarquia internacional que não só pressupõe a inexistência de uma
autoridade superior aos estados, como também um comportamento dos estados em
função do sistema procuram a maximização do seu poder, para poder defender os
seus interesses nacional, alcançar os seus objetivos. O que existe como pano de fundo
nas RI para os Realistas não é uma mera anarquia internacional em termos técnicos,
mas mais do que isso, uma anarquia internacional Realista.
O conflito está sempre iminente, com uma desconfiança constante entre os estados.
O que podemos assistir atualmente, para combater essa mesma anarquia
internacional realista (que é abarcada por alguns estados isolacionistas) é uma
cooperação e unificação entre estados (estados se unem em blocos) para se
protegerem de

Interesses e o poder é o que conta para a atuação do estado. É um ator monolítico, e


quando ele age é como se fosse um individuo, não se apontando especificamente a
culpa ao chefe governamental.
A perspetiva realista não dá atenção ao estudo dos lideres, posição das lideranças.
Como o porque o estado se comportou de determinada forma.
O estado tem uma personalidade própria, mas não tem moral. A sua moral é os seus
interesses, e alcançar os seus objetivos no sistema internacional. É isso que torna o
sistema internacional conflituoso. – A hipótese de haver guerra está sempre presente.
Conceito de poder para os realistas – constranger os demais a fazer aquilo que eles de
outra forma não fariam. Não olhar a meios para alcançar os seus objetivos.
A posição realista não é mais belicista, mas sim mais conflituosa e tensa.

REALISMO VS. IDEALISMO - Até ao final da década de 70 inícios do anos 80 –


existência, ou não, da anarquia internacional (realista).
Neste confronto, os idealistas optam por uma posição dizendo que é possível
ultrapassar essa anarquia, através duma cooperação internacional. Nesse sentido para
os idealistas se vive numa comunidade internacional.
Já os realistas dizem que: Não há forma de ultrapassar a anarquia internacional
porque os estados desconfiam uns dos outros.
Primeiro Grande Debate das Relações internacionais – até ao final dos anos 70/inicios
80.

24/02/2022

Sistematizou-se uma teoria que procurou ser uma via intermédia/alternativa a estas
duas correntes extremas e opostas.
Internacionalismo Liberal – dá origem ao liberalismo – em outras considerações sobre
as Relações Internacionais (Não confundir com o liberalismo económico).
Esta teoria não entra no debate, mas é uma 3ª alternativa a estas duas teorias que se
confrontam.
Premissas- surge ligado ao liberalismo económico mas a lógica do liberalismo em
termos de teoria das RI é regressar á ordem internacional pre-existente a 1914. Não a
ordem internacional a qual existia diplomacia secreta, mas a ordem maior do sistema
internacional em que a grande ordem do sistema internacional era comandada pelo
reino Unido que liderava o comércio internacional, e a moeda de troca por excelência
seria a Libra.
Então, o internacionalismo Liberal, pretendia que essa ordem voltasse vigente de
forma a ter paz no sistema internacional (época Vitoriana - quem governava nessa
época quem governava era a rainha Vitória).Só que o facto que os internacionalistas
liberais tiveram que reconhecer é que a ordem internacional era totalmente diferente
da antiga ordem Vitoriana(o RU não tinha a mesma influencia – reino unido tinha sido
palco da Guerra Mundial) por isso os estados unidos assumiram o papel dos RU.
(Isolacionistas vs Intervencionistas)
A libra já não tinha o mesmo peso que tinha na Época Vitoriana, tinha perdido a sua
importância devido a guerra, tinha sido criada a sociedade das Nações, discutindo
multilaretalmente os assunto que preocupavam a agenda internacional, por isso era
difícil para o internacionalismo liberal se assumir nesse contexto histórico. No entanto
o objetivo era estabelecer o comércio internacional como veiculo para o motor da paz
mundial. A ideia dos internacionalistas era que a paz só seria alcançada através do
comércio internacional. Este seria alcançado porque os estados viveriam, segundo
eles, mediante um conjunto de regras comuns que padronizariam o comportamento
desses estados de uma forma voluntária, desde que esses estados tivessem interesses
objetivos e valores comuns. Os estados conseguiam assim criar a Sociedade
Internacional (sendo esta fase um estadio intermédio – só participam aqueles estados
que tivessem interesses objetivos e valores comuns – não participam todos os estados
do sistema internacional). São criadas essas mesmas sociedades para manter a ordem
no sistema internacional (Paz).
O pano de fundos das RI para o Internacionalismo Liberal é a Sociedade Internacional,
que é um conjunto regrado que implica, que haja padrões comuns de
comportamentos entre estados, que se voluntariam a integrar essas mesmas
sociedades.
Ator Pano de Fundo Situação
Realismo Estados Anarquia Conflito
Internacional
Idealismo Individuo Comunidade Cooperação Plena
Internacional
Int. Liberal – Estados/Indivíduos Sociedade Cooperação(prosperidade)/
Esc. Inglesa Internacional Conflito

Na sociedade internacional, temos situação de conflito e situação de cooperação.


No final da década de 30, e com a 2ªGM, teve maior impacto o Realismo. Até que o fim
da 2ªGM leva ao fortalecimento e acirramento do realismo (Realismo Pós II Guerra
Mundial) – os pressuposto teóricos do Realismo são os mesmo só que eles saem muito
mais vincados, porque de facto o contexto pós II GM, é um contexto de divisão bipolar
do mundo, que favorece esta situação de acirramento do Realismo. Por um lado nos
EUA e por outro lado na USSR, existe a necessidade de investir grandemente nos
centros de estudos de RI para analisar como é que o comportamento do adversário
será em termos de política externa. – Para se saber a quantidade e tipo de armamento
que a USSR detinha, dispondo uma base de dados muitíssima detalhada com esse tipo
de informação, durante as épocas de 40/50. Mas no entanto na década de 80, os
académicos afirmaram que essa tática era inútil. Não valia a pena estar a estudar os
armamentos da USSR, sendo completamente desnecessário. Aquilo que acabou por
acontecer, todo esse investimento não ajudou a procurar perspetivar a politica externa
da União Soviética. Esse investimento foi olhado inicialmente pelos académicos com
entusiasmo. Facto é que o realismo veio a ser codificado de uma forma mais explicita e
mais vincada através das mãos de Reinold Niebuhr e Hans Morgenthau (autores
clássicos das RI).
O individuo sozinho é capaz de transcender o seu pecado. Porém em sociedade, no
âmbito do estado, os individuos já não são capazes de transcender os seus pecados. –
os individuos são influenciados pelos pecados dos outros individuos. O poder
corrompe, em sociedade no âmbito do estados, os individuos em coletividade, não
conseguem transcender o pecado. Por isso o estado é uma entidade imoral. Pode
atuar por motivos de poder e interesses. – Reinold Niebuhr “Moral Man, Immoral
Society”.
Nesse sentido o estado atua, tendo objetivo o poder e os interesses ou seja as forças
materiais e isso dá substancia ao comportamento do estado.

Hans Morgenthau –E por isso o autor desenvolve toda uma obra nesse sentido,
sobretudo aquilo que ele designa por 6 pontos do Realismo Político:
- Natureza humana constante - Diz que o Realismo é a única forma de comportamento
dos Estados. Não obstante os líderes enquanto indivíduos, poderem se comportar
tendo em conta a sua moral ética, eles enquanto lideres do estado têm de se
comportar somente tendo em conta os interesses e o poder do Estado. Ou seja, o líder
enquanto individuo pode ser moral, mas o líder enquanto líder não pode ser moral,
não pode ser ético, tem que respeitar os interesses e vontades do estado.
- Conceito de interesse, definido em termos de poder. Esse conceito de interesse, leva
aos estadistas a comportarem-se com uma moral especifica, que justifica ou que
permite, que o individuo, enquanto individuo. O estadista sendo um individuo, se pode
comportar de acordo com códigos morais e éticos, porem quando ele esta na posição
de estadista, liderança do estado, ele só pode se comportar como manda a lei da
política, de acordo com o conceito de interesse, definido em termos de poder
Não se pode comportar po códigos morais ou éticos (estado/estadista). Não pode
atrapalhar a racionalidade do estadista. Interesse na busca de mais e mais poder/
maximizar o poder do estado.
- O realismo político, parte do princípio de que o seu conceito chave de interesse,
definido como poder, constitui uma categoria objetiva e universalmente válida, mas
não outorga a esse conceito um significado fixo e permanente. A noção de interesse,
faz parte, realmente, da essência da política, motivo pelo qual não se ve afetada pelas
circunstâncias de tempo e lugar. – Significa que o conceito de interesse, que está
sempre ou que é sempre definido em termos de poder, é um conceito central para o
realismo político de Hans Morgenthau. Embora seja sempre, uma categoria valida para
a política, isso é constante, não significando que o interesse seja imutável (seja
também ele constante) o que é constante é a característica que o interesse definido
em termos de poder é uma característica da política. A política não vive sem o
interesse, porque ela vive justamente para seguir um ou vários interesses. Não
significa que o interesse de um qualquer estado seja sempre o mesmo. O interesse de
qualquer estado pode e deve variar. Variando de acordo com as conjunturas (interna e
internacional).
Política Externa - Imagem do estado para a política internacional, defendendo perante
os outros estados os seus interesses.
- O realismo politico está consciente da significação moral da ação politica, como o
está igualmente da tensão inevitável existente, entre o mandamento moral e as
exigências de uma ação politica de êxito. Ele não se dispõe a encobrir ou suprimir essa
tensão. Ideia de que as esferas de ação política é uma esfera de ação que é
independente, que é autónoma, da esfera de atuação moral. Um estado ao atuar, age
na esfera política, mas um individuo pode escolher atuar no âmbito de uma atuação
moral e ética. O estadista não pode adotar esse código de conduta moral e ética, tem
de ser o estadista, através do interesse do estado.
Exemplo em que o estadista atua em nome de interesses, pondo completamente de
lado a moral: A invasão da Ucrânia
- Uma coisa é saber que os estados tão sujeitos a lei moral, e outra é pretender saber o
que é bom ou mau, no âmbito das relações entre estados. Há um mundo de diferença
entre a crença, em que todos os estados se encontram sobre o julgamento de deus, e
o presuposto de que deus está sempre do seu lado. O sobjetivos de um estado, aquilo
que é no fundo o interesse de um estado, são uma coisa completamente distinta.
Aquilo que compõe os objetivos divinos, são outra coisa completamente diferente. As
esferas do divino e do estatal(politica), que é alvo de terreno para Morgenthau, não se
cruzam de todo. Uma coisa é saber quais os interesses e objetivos do estado. Outra
coisa é saber o que o estado faz é bom ou mau, do ponto de vista do divino (questão
de pouca relevancia). O que tem relevância para os realistas, é saber se o estado
alcançou de facto o sei interesse.
- A conclusão de todos os princípios anteriores. Mais fácil de entender. – O realista
raciocina em termos de interesse definido como poder, enquanto o economista pensa
em função do interesse definido como riqueza. O advogado toma por base a
conformidade da ação com as normas legais, e o moralista, usa como referencia a
conformidade da ação com os princípios morais, ou seja, cada macaco no seu galho.
Cada um utiliza os seus termos. Cada esfera de ação humana, é diferente uma da
outra, e elas não se cruzam, elas não se tocam. Elas caminham em paralelo – segundo
Hans Morgenthau.

O realismo pós 2ª GM é o realismo clássico. Este é vincado e reforçado pelas ideias de


Niebuhr e Hans Morgenthau. Este realismo é sobretudo desenvolvido nos EUA, que
vive intensamente a questão da bipolaridade do sistema internacional. Na europa as
preocupações era outras, e por isso a disciplinas das RI, esta envergou outros
caminhos. Final da dec. 40 inicios da 50, as preocupações com a resolução do conflito
militar e forma de como criar uma europa unida, já era uma preocupação vincada.
É nesse sentido que surge David Mitrany (Romeno de origens Judaicas, que videu
maior parte da sua vida no Reino Unido, assistindo as duas Guerras Mundiais e ainda A
Guerra Fria) – A preocupação dele era acerca da integração europeia – Funcionalismo
– Teoria de médio alcance, ou seja, muito pouca abstrata, sobre a integração Europeia,
mas que permite também explicar a criação das agencias das Nações Unidas. – Sistema
Onuziano.

Os estados Europeus terem iniciado as suas negociações, no final da guerra, integrar


vários países da europa para terminar o problema originário das guerras na europa
(Alemanha vs França). Integração destas duas potencias e países que quisessem
integrar este projeto
O Funcionalismo de David Mitrany
(A World Peace System - 1943)
Propoem um Sistema de paz alargado a toda a Europa. Este sistema de paz consiste na
observação que os estados vinham desde a 2ªGM o seu poder. Cada vez mais tinham
mais e mais poder. O estado por causa da Economia Kanesiana, foi dando poderes
cada vez mais substantivos ao estado, para intervir no estado e na economia.
O estado acumulou poderes significativos. O objetivo não era negativo, no entanto,
David Mitrany, a consequência desse fato, foi os estados ficarem demasiado
poderosos, capazes de fazer a 2ª Guerra Mundial. Crise dos Anos 30.
O povo estava minado de Nacionalismo, estando os estados sempre em competição. O
estado era então obsoleto, não correspondendo as necessidades dos seus cidadãos,
mas sim nefastos criando perigo para os seus cidadãos.
David encontrou uma solução assente em mecanismos muito práticos, destinados a
provar a todos os cidadãos do mundo que havia formas alternativas ao Estado, para
satisfazer as suas necessidades.
Outra forma alternativa de organizações internacionais
Estados eram incapazes de satisfazer necessidades dos cidadãos em matéria de bem
estar económico e social. Por isso transfere-se esses poderes para organizações
internacionais.
Assuntos de caracter técnico, do ponto de vista socio económico, seriam melhores
tratados por funcionários especializados técnicos, em vez de políticos
Os cidadãos deixavam de ter lealdade ao estado nessas matérias, passando essa
lealdade nessas matérias para organizações internacionais com funções técnicas.
A política Externa (Carater de sobrevivência do estado) é a única função que não pode
ser tomada por uma organização internacional, sendo uma função especifica de cada
estado, não sendo possível criar uma organização que trate da politica externa de
vários estados.
O estado só perde lealdade dos seus cidadãos em matérias técnicas.
Desta forma os nacionalismos ficam controlados, diminuindo a possibilidade de
conflitos (World Peace System).
A criação desta OI, não segue um princípio geográfico, a criação destas OI, segue uma
lógica funcional. Ela é criada por razões de necessidade funcionais, dar satisfação a
uma função.
Exemplo: Cruz Vermelha / Politica Monetária Europeia

No fndo o que está me causa e é fundamental, é o conceito de função. As funções são


o conceito chave da tese de David. As funções se determinam a si próprias, dando
origem a Organização Internacional. Pois é com base na satisfação ou não da função,
que a organização é criada ou não.
Existe já uma rede de cooperação entre essas OI,
Gera um efeito catalisador de gerar mais necessidades de cooperação entre os Estados
(num determinado contexto funcional). Quanto maior é efeito de cooperação
funcional, maior vai ser a criação de OI funcionais. É como se houvesse uma
ramificação da cooperação Spill Over (Ramificação/Alargamento).

O Poder dos estados vai acabar por ficar reduzido, pois eles perderam competências
em determinadas funções técnicas na área do Bem-Estar Económico e Social
Vendo se os estados com menor poder, sendo envolvidos numa teia de cooperação,
leva a diminuição de hipóteses de conflito no sistema internacional.
As lealdades do cidadão perante o estado são utilitárias, sendo que quando essas não
são satisfeitas existe uma diluição do nacionalismo.
O conceito de nacionalismo para o autor é altamente pejorativo.(inclui o acaso na
politica, os pequenos conflitos que ocorrem por erros nacionalistas etc...).

Estudo dos anos 40/50

Depois do funcionalismo, as ciências sociais, acompanhando os avanços técnicos das


ciências exatas, as ciências sociais são invadidas por uma onda de cientistas sociais que
tem uma mentalidade diferente e que vao considerar que apenas é cientifico nas
ciências sociais, aquilo que segue o método das ciências exatas. As ciências sociais são
invadidas pela Revolução Behaviorista (Behaviour = comportamento) - Tem que seguir
os métodos das ciências exatas. Todas as outras teorias que seguem os velhos
métodos que os behavioristas, que passam a apelidar como tradicionalistas, são
consideradas teorias acientíficas (não cientificas), como por exemplo o Realismo. –
Sem uma base cientifica.
Os behavioristas consideram, no âmbito das ciências sociais, que para se compreender
o comportamento dos seres, é necessário analisar vários comportamentos,
simplesmente analiosar vários comportamentos que sejam observáveis. Ao analisar
esse comportamentos e que sigam o esquema S  R
S= Estimulo R= Reação
Um estimulo provoca uma ou mais reações. É isso que se pretende observar com o
método behaviorista.
Esta tentativa e lógica de estudo dos vários comportamentos na base dos estímulos
que provocam uma reação é uma tentativa cientifica no sentido em que assenta na
observação empírica, tendo o dado empirico posto a frente dos nossos olhos
(convergência de métodos ao nível das ciências exatas e das ciências sociais)
Havendo esta Revolução, esta também afetou a disciplina das RI por volta da dec. 50
Convocando efeitos positivos e efeitos negativos.
Efeitos negativos – fizeram tantos desses estudos, que eles criaram bases de dados
enormes com tratamento e estudo de variáveis impossíveis de serem tratadas.
Graças a esta revolução, não obstante a tudo de mau que ela possa ter causado a
disciplina das RI, a verdade é que graças a ela, nós passamos a ter uma metodologia
própria, para estudar o nosso objeto de estudo (fenómeno/realidade internacional),
com vocabulário próprio. Com académicos que criaram vocabulário próprio e
especifico para estudar Relações Internacionais.
Foi neste sentido que Norbert Wiener  criou o conceito de cibernética; Robert
Merton e Talcott Parsons  vieram com o conceito de Funcionalismo  criando o
grande conceito de função; Ludwig Von Bertalanffy  conceito de sistemismo na base
do qual criou  O sistema.

Cibernética não é muito usada nas RI, mas com os estudos de Norbert, criou bases
para os restantes autores estudarem o funcionalismo e sistemismo. Sendo estes dois
últimos fundamentais para o estudo da RI.
Norbert Wiener, professor de origem judaica, veio dizer pela primeira vez que o ser
vivo, a máquina e os grupos sociais funcionam todos da mesma maneira. Graças
aquisição, ao uso, a conservação e a transmissão da informação. Sendo um ser vivo,
máquina ou grupo social (como por exemplo um estado), a informação processa-se
através da aquisição da informação como um input que é processado e saí na forma de
um output. Este fenómeno é uma ciência que recebe o nome de Cibernética, pois é a
ciência da comunicação e controle dos seres. A cibernética é a ciência do governo e do
controlo dos seres ou máquinas. A informação é o elemento central no processamento
desta ciência. A informação que entra como input e é processada e saí como output.
O essencial para o autor é a questão da Informação.

Na base deste processo de input/output, o professor Robert diz que isso acontece
porque os organismos são compostos por várias funções. Cada função não exerce
somente uma tarefa. Nenhuma tarefa esta somente destinada a so uma função. O que
acontece num organismo vivo é que vai receber informação e processá-la, é que a
tarefa é o elemento que desempenha ou pode desempenhar por várias funções. O
elemento respirar pode ser desempenhado pelos pulmões, coração e fígado, ao
mesmo tempo que a mesma função pode desempenhar vários elementos (tarefas). –
Por exemplo o estomaga desempenha os elementos de digestão, respirar, bombear o
coração etc... O que existe é uma multifuncionalidade das estruturas no organismo
que funciona na base do processamento das informações segundo Robert Merton, as
funções assentam na base da multifuncionalidade das estruturas.
Na base destas lógicas Talcott Parsons, diz que o estado é um organismo cujo o poder
é aquilo que faz com que as funções e os elementos se desempenhem para o bem
comum. A multifuncionalidade das estruturas significa para o autor, do ponto de vista
do estado, que todas as funções elementos e tarefas, vão se juntar para se
desempenharem e serem desempenhadas em prol do bem comum.
O funcionalismo de David (Tradicional) é diferente deste funcionalismo de origem
Behaviorista que procura explicar como as coisas funcionam e como se pode
compreender o funcionamento das RI, através da lógica Behaviorista.

Com base nisto Talcott Parsons, diz que o estado é um organismo cujo o poder é fazer
com que as estruturas com que as funções e os elementos trabalhem todos para o
mesmo fim – Bem comum.
As funções que Talcott Parsons dá ao estado são: voltadas para o interior do sistema
com ele próprio, as duas outras são tarefas do estado que Talcott considera que estão
voltadas para o exterior do estado (ambiente onde o estado está inserido – Sistema
Internacional).

Funções voltadas para o exterior (sistema internacional)


- Adaptação ao ambiente em que o estado se encontra inserido. – Conhecer o
ambiente onde o estado se vai inserir/relacionar, seja por interesse, sobrevivência,
manutenção da paz...
- Uma vez adaptado ao ambiente, o estado vai procurar defender os seus interesses. –
- No seguimento da defesa dos interesses, o estado está pronto para cumprir a suas
tarefas Internas.

Funções Voltadas para dentro do estado:


- Garantir a coesão do grupo (comunidade) – ou seja, o estado a partir de cima (Força
Top-Down), tem que fazer força agregadora para evitar que as forças desagregadoras
vindas de baixo (como por exemplo na Espanha - Catalunha), desagreguem o Estado.
- A ultima tarefa do estado ligada a anterior, é a necessidade de o estado ao garantir a
coesão da comunidade, garantir adjacentemente os modelos culturais do Estado. Ao
garantir os modelos culturais do estado, mantêm o sentimento de pertença essencial
para a coesão interna do estado.

Ludwig diz-nos que na base de tudo o que foi dito anteriormente, as funções
compõem um sistema, e o estado com as Tarefas que possui é um sistema.
É um sistema aberto – faz trocas, recebe informação como input, faz o processamento
dessa informação e lança output como informação que vai servir como input para
outro sistema que vai processar essa informação, vai lançar output, que vai servir de
input para outro sistema e assim sucessivamente. O nosso sistema é composto por
vários subsistemas. Subsistemas esses que são abertos, e que fazem trocas entre si,
trocas com base nas afirmações dos outros autores.
O subsistema aberto são subsistemas abertos, grandes, feitos de trocas (dinâmicos,
não estaticos), por contraposição temos os subsistemas fechados(Matéria pura - sendo
aqueles que são matéria pura, produzem lixo que vão para a zona de desperdicio), são
subsistemas estáticos. Exemplo – Objetos estáticos, é feito deles aquilo para o qual o
objeto foi criado.

Modelo de analise Behaviorista

Neofuncionalismo - Ernst Haas - corrreção estrutural funcionalista á tese de David


Mitrany. Integração regional Europeia.
Desenvolve a partir das criticas que ele mesmo faz a teoria de David; sendo este
construído através de uma tradição tradicionalista. O modelo de análise passa a seguir
as estruturas behavioristas. Ele critica primeiramente o método tradicionalista usado
por David, considerando que apenas é ciência todas as correntes que seguem o
método cientifico, e dai que ele tenha chegado a conclusões erradas. Não obstante de
facto David Mitrany, sobre conceito de função e sistema. – Assenta a sua tese sobre
conceito de Função e Sistema.
Estando o método errado, então também as suas conclusões estão erradas – a tese de
mitrany, não foi capaz de explicar os fracassos na integração Europeia (explicar em
primeiro lugar qual o motor que dá origem ao processo de integração; limita-se a
apresentar o que deveria ser); não explica razões a que levam os estadosa tomar o
processo regional de integração; Critica a definição de interesses e nacionalidade, já
que o autor considerava a racionalidade dos indivíduos, identificando os seus
interesses perante o estado, de forma a escolher de forma racional (esse aspeto, é
insustentável a capacidade de separar totalmente as questões técnicas das questões
politicas). Não pode haver na parte dos individos a racionalidade pura, para a
transferência de lealdade, e também não pode haver da parte dos funcionários um
trabalho de forma desinteressada, de forma a trabalharem o melhor possível em prol
da instituição.
Ernst Haas também apresenta duvidas face ao processo de spill over de David Mitrany.
A Comunidade Europeia com 1º alargamento, deu-se um spillover territorial. O autor
considera difícil haver um spillover automático, pois os conceitos funcionais são
independentes entre si, tendo que haver uma vontade
O processo spill over tem mais a ver com o neo-funcionalismo do que com o
funcionalismo.
As lealdades do indivíduos não são utilitários e por isso não são facilmente transferidas
para organizações internacionais, como David Mitrany diz. O nacionalismo seria um
entrave para o seguimento dessa politica funcionalista.

O neo-funcionalismo mantem a agenciade pesquisa do funcionalismo.


Introduz uma grande enfase ao atores que integram; é o contexto social de criação de
uma teoria de integração regional, procura uma teoria da integração europeia.
Os atores nacionais: Lideres; forças militares; agentes económicos; organizações
socias; elites; partidos políticos; grupos de interesse – são considerados atores
nacionais a que Ernst Haas, dá importância para a criação da sua teoria geral da
integração regional – ele quer ultrapassar o âmbito restrito daquela teoria que fica só
na integração regional europeia, para criar uma teoria para todos os processos de
integração.
Ao contrario de David Mitrany, que considerava que a criação das agencias
internacionais com um contexto funcional. As funções técnicas segundo as
necessidades dos indivíduos.
(Ernst Haas) - O que determina a criação de um processo de integração é a geografia,
de forma os estados geograficamente mais próximos, se unam para criar processos
regionais de integração. A geografia tem um papel de essencial importância. Não faz
sentido ser um estado de um continente com outro estado de outro continente. Tem
que ter relações intensas de proximidade, económicas sociais e culturais. Portanto a
proximidade geográfica é fulcral.
A própria proximidade geográfica pode ser motivo para conflitos eminentes e
contantes entre estados e por isso é necessário haver uma tentativa de integração.

Funcionalismo/Neo-funcionalismo - São modelos de analise


desatualizados/ultrapassados, modelos de analise importantes na história da
integração europeia.
Tal como o funcionalismo do David Mitrany, este também apresenta falhas e foi
criticado na época, não sendo capaz de explicar acontecimentos que ocorreram no
seio da integração Europeia.
1º - não conseguiu explicar o veto da França, dos dois pedidos da Grã-Bretanha na
integração
2º - 1965 – crise da cadeira vazia – os estados membros estavam reunidos e estavam a
discutir a politica agrícola comum, não acordando com a França que tinham exigências
especificas. Por isso a França não vendo as suas exigências feitas, levantou-se da
cadeira e foi embora.
3º -

17/03/2022

Um outro modelo nehaviorista para além do neofuncionalismo de Ernst, é um modelo


chamada do teorias dos sistemas internacionais de Morton Kaplan. A ideia do autor é
adequar o sistema internacional a várias regras e normas de funcionamento de acordo
com as quais ele possa estruturar de facto sistemas internacionais que tenham ou não
existido de facto. Neste sentido Morton Kaplan baseiam-se em dois conceitos
fundamentais – Conceito de cibernética e Balança de Poder.
O conceito de cibernética é um conceito recente nas RI naquela época (anos 50/60),
havia sendo introduzido pelo autor referido acima, criando a ciência que estuda a
comunicação e governo entre os seres e os grupos (sendo esses grupos o Estado).
Por outro lado, Morton Kaplan pretendia montar o seu modelo de analise behaviorista,
ou seja com base na lógica do método cientifico das ciências exatas, também com o
conceito de balança de poder, sendo um exemplo clássico das RI. Este conceito
pretende significar evitar que um estado ou grupo de estados tenha mais poder que o
outro estado ou grupo de estados, havendo um fiel da balança que poder ser um
estado grupos de estados ou organização internacional, que seja o equilibrador da
balança. Este conceito de balança de poder foi pela 1ª vez utilizado pelo rei Henrique
(Inglaterra) IV, quando Espanha e França eram dominantes na Europa. O rei Henrique
IV QUERIA que o rEINO UNIDO DESEMPENHA-SE UMA função importamnte na europa,
e por isso ele usa a expressão de balança de poder, dizendo que o reino unido era o fiel
da balança, que tinha capacidade para ser o desequilibrado.
A segunda vez q a expressão foi utilizada, foi para descrever a situação europeia no
Séc. XVIII e XIX, em que os estados europeus se equilibravam numa situação de
equilíbrio de poder, procurando manter-se equilibrados, para não romper o equilíbrio,
no âmbito em que já haviam alianças formas, no sentido em que o desequilíbrio desse
equilíbrio rompesse a paz. Esse equilíbrio era designado pelo Concerto Europeu.
A terceira vez foi pós 2º GM, quando o sistema se dividiu em dois blocos diferenciados,
bloco capitalista e bloco Socialista, sendo que estes estavam quase sempre
equilibrados e consequentemente havia uma balança de poder do terror, já que se
vivia numa constante tensão (incluindo armas nucleares).
O fiel da balança neste ultimo caso é a ONU, procurava controlar o equilíbrio de
poderes, embora o concelho de segurança dos EUA, durante a guerra fria
Poder – População + Dimensão do estado + recursos militares + recursos económicos *
V = Vontade Nacional = Ou seja todos os fatores estão dependentes da vontade
nacional, sendo que todos os fatores são quantificáveis menos a Vontade.

Pp=(C+E+M) x (S+W) - Formula de Cline

Exemplo paradigmático, da guerra do Vietnam, em que os Estados Unidos lutando


contra o Vietnam perderam sendo a potencial da altura em que esta guerra se
despoletou.
Morton afirma que os sistemas internacionais são sistemas com Inputs e outputs.
Define Sistemas Internacionais exemplificando 6 sistemas:

6 Sistemas dos quais 2 são de base histórica, ou seja existiram de facto, e 4 deles são
de base académica ou hipotética.
Base Histórica:

- Sistema de Equilíbrio de poder; - trata-se de como já foi referido, um sistema que


pressupõe o equilíbrio de poderes em todo o Sistema Internacional, como aquele que
existiu ao longo dos Séc. XVIII e XIX, como foi designado como Concerto Europeu.
Nota: sendo que não podem haver dois sistemas internacionais, existe mais uma vez
uma arrogância por parte das teorias das RI na compreensão dos restantes estados no
mundo, tendo uma visão do mundo única e exclusivamente eurocêntrica e
etnocêntrica

- Sistema Bipolar – é o sistema que pressupõe a existência de dois polos de poder mais
ou menos equilibrados, ou em constante equilíbrio. Pressupõe que dentro de cada
bloco os estados sejam soberanos, de maneira que possam determinar o seu próprio
comportamento. Sendo estados soberanos eles podem decidir por eles próprios sair
do bloco a que pertencem no momento em que desejarem.
Exemplo: Sistema Bipolar (Flexível) – Guerra fria, estados em que saíram dos blocos
existentes saíram de livre vontade para formar os não alinhados, e tiveram liberdade
para o fazer já que os mesmos são soberanos.
Um exemplo de saída de um dos blocos foi a Indonésia, promovendo o movimento dos
não alinhados.

Em termos de sistemas Hipotéticos ou académicos (4), que por consequência não


existiram:
- Sistema Bipolar Rígido – Neste sistema aquilo que acontece é, segundo Morton,
existência de 2 polos de poder mais ou menos equilibrados, só que em cada um dos
polos de poder a soberania dos estados é substituída por uma hierarquia rígida de
todos os estados até ao mais poderoso de todos. Sendo certo que todos os estados
dentro dessa hierarquia estão submetidos a esse estado mais poderoso. A hierarquia
acaba com a questão da soberania, estando organizados numa forma hierárquica.
Não tem autonomia liberdade, não podem sair do bloco a que pertencem para criar
outros movimentos como os não alinhados. Por isso é que este sistema Bipolar é
Rígido.
- Sistema Hierárquico Internacional – O sistema Hierarquico Internacional é um
sistema dentro o qual os estados estão hierarquicamente organizados de forma rígida
e não há qualquer possibilidade de alteração dessa mesma ordem que está
estabelecida nesse sistema hierárquico internacional. Acontecendo que no fundo não
há blocos mas sim um único sistema, e no âmbito desse mesmo único sistema, os
estados estão organizados de forma hierárquica, do menos poderoso ao mais
poderoso, não havendo forma de alterar essa ordem e forma.
- Sistema de veto universal – é um sistema muito interessante, pressupondo que todos
os estados existentes no sistema internacional com soberania, independentemente do
equilíbrio de poder, têm todos o mesmo poder de decisão. Significa que o voto de cada
estado no sistema vale o mesmo que o de todos os outros estados do sistema, logo o
voto negativo de um estado vale veto.
Exemplo: O concelho de segurança é um subsistema de veto universal.
Numa situação hipotética em que todos tem armas nucleares, o poder do voto dos
estados vai ser igual, portanto os estados terão todos poder de veto.
- Sistema Universal – Sistema “mais lindo”; sistema que pressupõe que todos estados
são soberanos, porém estão todos submetidos a uma autoridade superior, a uma
autoridade supraestadual, que vai regular os seus comportamentos. Por consequência
a possibilidade de haver conflitos entre os estados, será muito mais reduzida.

Um modelo analítico behaviorista que vem de seguida é o das chamadas teorias da


integração e comunicação de Karl Deutsch – Obra “The analysis of the Internacional
Relations” 1968 – A ideia do autor é estudar a integração política porque o que ele
observava na sua época, sobretudo nos anos 60, é que surgiam processos dessa
natureza em várias partes do mundo, querendo compreender esses processos a nível
político. Procurava estudar a questão da integração económica e política, partindo do
princípio de que o sistema internacional era regrado e normatizado com padrões
comuns de comportamento por parte dos estados. Partilha com os liberais a imagem
da sociedade internacional – estas funcionam e desenvolvem-se em volta de um pano
de fundo em que os estados constroem e criam entre si de forma voluntaria, normas,
regras e padrões comuns de comportamento para organizar o sistema internacional,
assim criando uma sociedade internacional. Ele diz que do ponto de vista dele, de facto
há uma noção de que nem sempre há conflito no sistema internacional, como dizem os
realistas – os realistas estão enganados – em certas zonas do globo existe sim conflito,
porém em outras zonas do globo, não há conflito, mas há sim cooperação que se
materializa em processos regionais de cooperação. É preciso estudar e compreender o
que leva os estados a entrar politicamente nesses processos regionais de integração. O
autor diz que é como se estivesse perante a criação de um estado. Quando se cria um
estado, está se perante a criação de um organismo que vai desempenhar várias
funções, e no seu processo de integração regional, está-se perante a união de vários
estados de um organismo que não leva, todavia, o nome de estado, que vai também
desempenhar várias funções. É necessário ver o que levas os estados a entrar nesse
processo regional de integração. A resposta é a vontade dos estados e dos povos da
paz, da cooperação, desenvolvimento.

Parte da ideia que. A ordem internacional é domina pela ordem


Neste sentido o autor nega a constante do conflito (realista), o conflito é algo que
prevalece, em outras partes do mundo o que prevalece é a cooperação entre estados.
O estado tem a tendência de criar processos de integração do ponto de vista político,
criando alianças defensivas, e no âmbito desses processos os estados colocam parte do
seu poder militar, na mão de autoridades supraestaduais, passando a considerar
ameaças a si próprios as ameaças que ocorram a outros estados que fazem parte dessa
mesma aliança defensiva, podendo ter um paralelo com o nosso sistema internacional
atual (NATO em confronto com o médio oriente).
Para a aliança existir, tem que conseguir alcançar os objetivos aos quais foram
propostos, não sendo o caso da Liga Árabe, que não consegue alcançar os seus
objetivos.
Grupo populacional com sentimento de comunidade, pertença a essa aliança
defensiva, para Carl Deutch, surge a a partir do desenvolvimento qualitativo entre o
relacionamente entre estados. Esse relacionamento é desenvolvido entre as
transações entre estados, e graças ao desenvolvimento das comunicações
internacionais. Leva ao estabelecimento de cooperação por troca de interesses,
criando-se dinâmicas entre estados que levam ao desenvolvimento de cooperação e
aumento do nº de interesses entre os estados que vai conduzir a assinatura de vários
acordos internacionais. Traduz-se no aumento qualitativo das relações entre estados.

Desenvolvimento das comunicações (televisão, rádio, satélites) – os estados


aproveitando-se do boom do desenvolvimento das comunicações mesmo ao nível dos
satélites, fez com que leva os estados a desenvolver o seu relacionamento por várias
vias de comunicação, não só por vias terrestres como vias de satélites, permitindo o
desenvolvimento da velocidade de informação entre estados.
A partir da análise dessas duas variáveis, que levam ao desenvolvimento do
relacionamento qualitativo entre estados, considera haver dois tipos de comunidades:

Comunidades Amalgamadas – embrenhadas umas nas outras (ocorrem quando as


autoridades politicas pré existentes se fundem, dando origem a um só estado – Estado
Federal – Estados Unidos). Estas são quando os estados pré existentes se unem e criam
um único estado que passa a ter características de estado federal, Federação. O poder
nas federações não é delegado, é próprio e originário dos estados federados, mas já na
teoria do Autor este diz que - há estados soberanos que estão delegando poder numa
autoridade supra estadual, criando um outro estado que passa a ser uma federação.
Não se confunde com a teoria da criação da federação (Americana).
Podemos considerar as Uniões Reais, (Reino Unido) sociedades amalgamadas.

Comunidades Pluralistas – As unidades politicas pre existentes, mantém as soberanias


porém, delegando parte delas em autoridades supra estaduais, ou supra nacionais,
como é o caso da atual EU. Estas unidades politicas são mais estáveis de acordo com o
autor. – porque funcionam em cooperação, cedendo mais facilmente as suas
soberanias, do que me estados federais, criadas como na comunidade amalgamadas,
havendo questões sobre a formação do próprio estados e das soberanias delegadas.

O trabalho de Deutch, aponta para o sentido da integração e aponta portanto no


sentido evolução dos processos de integração. Ou para a frente ou uma evolução para
trás, mas esquece-se, no entanto, de apontar no sentido de desmembramento dos
estados, comunidades amalgamadas, que nos anos 90, isso poderia acontecer com
bastante frequência (queda do Muro de Berlim, desintegração da URSS, Juguslávia,
Chequoslováquia, Etiópia) – desintegração de comunidades amalgamadas. Portanto o
autor não foi capaz de prever a situação de facto haver uma dissolução das
comunidades amalgamadas.

Fim dos Estudos Behavioristas nos ramos das ciências sociais

Estudos das déc 60. 70. – Terceiras Vias – A europa vem dizer-nos que para alem das
escolas Norte Americanas (supremacia dos EUA nas RI) também conseguem teorizar as
RI. Fazem-no de uma perspetiva intermédia, sem adotar os estremos do realismo e do
idealismo, e sem adotar os estremos do realismo e behaviorismo. Nascem a escola
Francesa e Inglesa.
A escola inglesa recebe essa designação porque esta se desenvolve na London School
of Economics, na Universidade de Cambridge e Universidade de Oxford. Bastante
desenvolvida por vários nomes como: Hedley Bull; Martin Wight; Adam Watson;

Perspetiva inglesa de Hedley Bull

21/03/2022

28/03/2022

Perspetiva de Martin White, bem diferente de Hedley Bull considera que os sistemas
de estado só surgem se houver algum grau de unidade cultural entre estados.
Profunda comunidade moral, através de valores e interesses partilhados, longa cultura,
historia e padroões religiosos partilhados. Cultivar essa ética no âmbito politico, sendo
mais que uma simples honra dos lideres dos estados.
As regras e as normas do sistema de estado são para se cumprir, para cumprir o
utilitarismo, na maioria dos casos essas são cumpridas fundamentalmente por motivos
da norma ética que se prende com a justiça. Verdade é que a produção teórica da
escola inglesa, conheceu um grande interregno nos anos 80 e 90. – sendo um período
bastante conturbado
Surjem os primeiros novos trabalhos, e o grande revitalkizardor da escola inglesa pós
guerra fria (fim da URSS) foi o Barry Buzan. Levando os jovens que começaram a
trabalhar na escola inglesa a investir nos seus trabalhos. – Nova Escola Inglesa – traz
uma produção revitalizada, na base de ferramentas teóricas da escola inglesa da déc
de 60, operacionalizando novas tendências estudos. Esta traz novas perspetivas sobre
a identificação de mais instituições internacionais, hierarquização e funções das
instituições internacionais. Criação de conceito de sociedade de
As instituições se alteram de acordo com uma variedade de meios, uma enorme
quantidade de fontes, com ideias e crenças.
Hierarquiza as instituições fundacionais vs. Procedimentais – Autor:Holsti

- As normas procedimentais – praticas repetitivas ideias e normas que regulam as


interações e transações entre os atores da sociedade internacional.

Escola Francesa
Quem se salientou foi o Raymond Aron que escreve a obra Paz e Guerra entre as
Nações, que é pela primeira vez publicado em 1962, sendo a sua maior obra, sendo
inteiramente dedicada as RI.
O autor é um dos grandes defensores do golismo em frança – é o nacionalismo que
vem do General Degol, dizendo que a frança ia construir a frança sendo o maior estado
da europa, e no contexto da guerra fria o estado estaria a altura das duas grandes
potencias.
É um dos gurus intelectuais do golismo, com uma França poderosa no seio da europa e
do sistema internacional. – pensando isto da frança, em termos internacionalista, tem
uma visão estatocentrica. Ele tem um pensamentro estatocentrico, reconhece que o
sisteme internacional é interestadual e que esta é mais uma característica do sistema.
Estado soberano que atua na base do interessa nacional e do poder nacional, mas no
entanto ele também refere que paralelamente a esta realidade ocorre também
fenómenos transnacionais de ordem cultural económica e de ordem social. –
ultrapassando e moderando o seu estatocentrismo. Aceita a herança
Rejeita o conceito de poder dos realistas é um conceito ideológico, não cientifico,
sendo um conceito filosófico. Considera que os estados atuam numa anarquia
internacional, e que a guerra é sempre uma opção, isto vai em concordância com os
realistas, mas no entanto admite que paralelamente a essa realidade, existem
fenómenos muitos diferentes da Guerra. Não se resumindo aos discursos
Ele critica os exageros do realismo mas aceita alguns pontos do realismo, por outro
lado, ele critica não se deixando cair nos exageros dos idealistas, que rejeitam o estado
em nome da humanidade, continua a considerar a base estatocentrica dos sistema
internacional, ele não rejeita determinados pressupostos do idealismo – pressupostos
esses – ele vai tal como o idealistas, procurar um projeto de ordem mundial de ordem
mais justa, como projeto de paz perpetua de kant. Querendo seguir esse caminho e
progresso de forma a haver uma sociedade mais justa. Procura compreender as causas
do conflito e coloca como objetivos o pacificismo, racionalizando o processo de
compreensão do conflito e não através de uma logica demasiado realista/idealista.
Adota uma postura intermédia netre realismo e o Idealismo, ou seja adota
determinados pressupostos do idealismo e do realismo rejeitando outros.
É considerado então uma 3ª Via / TERCEIRISTAS.
Reymond, monta então a escola francesa. Inspira-se em Max Weber, rejeitando o
positivismo. Procura criar modelo de ciência política assentando numa síntese de
inspiração neoclássica e a sociologia.
Lógica de organização e comando na logica da cibernética embora ele não seja
behaviorista. Portanto o autor é um grande defensor da sociologia histórica de
inspiração weberiano com a filosofia critica, cria o seu pensamento internacionalista
estratégico. Ele não pretende criar uma teoria das RI, mas sim uma teoria sociológica
das RI. Na verdade o autor não se limita a estudar as relações entre os diversos atores,
entra também na linha de conta com o acaso, as paixões e o irracional na politica
internacional. Com a Obra - Paz e Guerra nas RI, analisa o comportamento do homem
nas RI teoria sociológica nas RI. Desenvolve pensamento internacionalista, com visão
própria da politica internacional encara a historia como o desenrolar dos
acontecimentos, sem qualquer visão determinista da historia objetivo de salientar o
papel da liberdade humana
Neste sentido o objetivo é compreender a ação humana na historia e iluminara politica
tal como ela é vivida e praticada pelos politivcos e as populações. Elaborando a teoria
de um subsistema social “subsistema interestatal”. – maior subsistema que existe no
sistema internacional, considerando que o mais importante subsistema que existe são
as relações interestatal. Reservando o monopólio da violência, centro autónomo de
decisão. Relação entre os vários estados implica a guerra, mas também pode implicas a
paz. Estas relações podem se manifestar por dois canais: o diplomático e de
São aqueles que simbolizam a dualidade da arte de convencer e a arte de persuadir
Guerra vs Paz.
O poder para Reymond Aron é capacidade que uma unidade politica tem, de impor a
sua vontade as demais- O poder politico não é um valor absoluto, mas é uma relação
entre os homens, estandio sujeita a variações.
Choque constante de vontades, de estados que pretendem determinar livremente a
sua conduta. Cada uma é afetada pelas ações da outras, suspeitando das suas ações.
Não sendo desencadeada obrigatoriamente tensões militares.

Falta Aula de dia 4...

07/04/2022

Perspetiva Transnacionalista e da interdependência  Desevolvida por Robert


Keohaine e Joseph Nye  Obra Power and interpendence, 1977

Entram para o jargão internacionalista, duas expressões  laços Transnacionais e


Interdependência
Ideia que eles observam, que os indivíduos para alem de comportamentos conflituais,
também apresentam (e em maior numero), comportamentos interativos de
colaboração, coordenação e cooperação. Os agentes no sistema internacional revelam
estes comportamentos quando existem instituições que reduzem os custos de
transação.  a relação entre dois atores é a negociação, e os custos de transação
dessa negociação. As instituições internacionais facilitam a inexistência ou pelo menos
a redução desses custos de transação uma vez que vão procurar, levar a bom porto a
negociação entre os atores internacionais. Quando Robert Keohane e Joseph Nye,
observam que os agentes internacionais para alem de conflitos tem também
comportamentos interativos de cooperação colaboração, ligadas a instituições
internacionais que permitem as transações mais fáceis entre os estados, estes autores
chegam a conclusão qua a fórmula realista da anarquia internacional é incompleta na
análise do paradigma do sistema internacional. Era difícil explicar a descolonização pós
2ª GM e o aumento consequente do nº de países na assembleia geral a partir da lente
teórica realista. Os realistas passam a desvalorizar a AG das Nações Unidas e valorizar
somente o conselho de segurança. Por isso é que há hoje uma sentido de valorização
do conselho de segurança e uma desvalorização da Assembleia Geral da Nações
Unidas.
Os estados em desenvolvimento resultantes do processo de descolonialização, foram
integrados nesta Assembleia tinham o mesmo direito democrático de voto.
1 Estado = 1 voto.
Como há sempre desacordo entre os estados unidos e a atual Rússia o acordo nunca
chega, decisões do conselho de segurança nunca são alcançadas. Este conselho de
segurança apenas tornou possível a primeira conciliação no conselho de segurança na
Déc. De 90 com a Guerra do Golfo, havendo um consenso entre EUA e URSS (Russia).
Este foi o ponto de partida para os Autores.
Na perspetiva dos autores, o estado deixa de ser o único ator da relações
internacionais, e estas passam a contar com todo o tipo de ator cujo o ator tenha
ações fora das fronteiras dos estados. – todos aqueles que tenham uma ação que
ultrapasse as fronteiras nacionais, e que por consequência impacte no sistema
internacional, será considerato ator nas RI.
Neste âmbito, o que é a interdependência? – é uma situação de dependecia mutua. –
um depende do outro, ocorre sempre. Nenhum ator da RI, escolhe ser
interdependente.  isso é impossível, porque todos vivem ligados uns aos outros;
Porque há uma interdependência politica económica social religiosa cultural etc... a
todos os níveis, que ligam todos os atores entre si. E portanto perante este facto
consumado, o atores só tem uma coisa a fazer... Gerir essa interdependência. –
Ou gerem duma forma inteligente  cooperação colaboração e coordenação etc... ou
escolhem o caminho do conflito, que é o caminho mais prejudicial, para quem opta por
esse caminho, sendo este o meio mais caro para quem adopta esse comportamento.
Esta interdependência tem que ser gerida, e os estados vão tentar faze-lo da melhor
forma possível. Ao tentar geri-la vão estabelecendo relações entre estados, que
podem assumir relações com laços transnacionais  São as relações entres os agentes
internacionais em que pelo menos um deles não é um ator estatal, nem um ator
governamental. Ou seja, não tem nada a ver com estados. Se tiver um individuo se
relacionando transnacionalmente com um ator transnacional é um laço transnacional.
De facto os atores não são claros/específicos, referindo que as Relações de
interdependência entre os atores internacionais assim como os laços, ocorrem como
uma teia de aranha que liga todos os pontos do mundo. Neste sentido é que se vem
falar da ideia de uma Aldeia Global. Não são os autores que falam da Aldeia Global,
falam sim da teia de aranha que ligam todos os atores mundiais, consequentemente
outros autores denominam este fenómeno como Aldeia Global.
As RI para os autores são tão complexas que há uma esbatimento daquilo que é a
politica internacional e a politica doméstica dos Estados. Já que os estados e os autores
vivem em interdependência mútua.
James Rosenau  “Linkage politics”
Internalização dos problemas e questões externas, e externalização das questões
domésticas.
O esbatimento entre a política internacional e politica doméstica de um estado não
pressupõe o não cumprimento do direito internacional – não havendo ingerência nos
assuntos internos dos estados. – A degradação do meio ambiente, é uma questão
global, e por isso afeta os estados.
A externalização das questões internas – a política interna da Rússia internalizou-se e
deu origem a uma guerra, com contornos perfeitamente internacionalizados.
Os Aurores criaram também dois conceitos que são bastante importantes no âmbito
da perspetiva internacionalista e da interdependência:
-Conceito de vulnerabilidade
-Conceito de Sensibilidade

No caso da ocorrência de uma Crise petrolífera... com exemplo do estado A e o Estado


B
Ambos são sensíveis... e qual será o mais vulnerável?
O que não tiver alternativas... um estado que tiver fontes alternativas de
abastecimento, conseguirá contornar melhor esta crise de combustíveis.
Os estados que sofrem mais do que outros, tem a ver com a vulnerabilidade de um
estado face a uma crise económica, apesar de todos terem a mesma sensibilidade.
A sensibilidade é constante o que varia é a vulnerabilidade de cada estado.

O conceito de poder de Robert Keohane e Joseph Nye –


Não tem nada a ver com o conceito de poder realista  utilização das ferramentas
estatais para a maximização do poder
O poder para os autores é caracterizado
Está onde frente umas RI complexas interdependentes, onde os atores estão ligados
por uma teia de aranha por laços inter e transtatais.
Informação é poder, e essa informação como influencia dominando o resultado dos
processos em curso nas Relações internacionais. Se estiver a ser negociado um tratado
internacional entre vários estados e um estado pequeno (pouco poderoso na lente
realista), o estado mais poderoso é o que consegue influenciar os outros estados de
acordo com os seus interesses.
Podemos caracterizar como um estado como mais soft power. – Influencia que um
estado exerce sobre outros.

Estudo dos anos 80 – Contexto Histórico


Nos anos 70 função da descolonização, período de surgimento de atores e laços
transnacionais.
Inicios dos anos 80, reacendimento da guerra fria.
URSS Invadia Afeganistão em 1979
RONALD Regan subia ao poder em 1981, significativo sendo este um republicano,
querendo colocar os estados unidos como principal potencia mundial hegemónica.
Lança a sua famosa iniciativa de defesa estratégica (Guerra das Estrelas) – escudo
protetor na atmosfera americana, protegendo contra os misseis balísticos Sovieticos.
Autor Fred Hallidey, fala numa nova guerra fria, criando uma nova dinâmica,
sobrepondo-se a perspetiva transnacionalista dos autores anteriores.
O estado passa a ser por excelência o ator principal nas RI, não deixando de lado os
fenómenos dos anos 70. O realismno ganhava uma nova formatação (anos 80) –
Neorealismo ou Realismo Estrutural. Theory of international Politics de Kenneth Waltz
1979 – Procura construir uma teoria da politica I, com base no exame das teorias de
abordagem das relações internacionais até então existentes. Essas abordagens têm
defeitos que tem que ser remediados, que ele com uma nova teoria das RI, vai remediar
esses defeitos. O autor aceita as criticas Behavioristas feitas ao realismo clássico –
sobretudo as criticas relativamente a utilização da história para a utilização de exemplos
que não servem a realidade, não teoricamente bem fundamentada. Do ponto de vista de
waltz, os expecialistas em RI andavam muito preocupados com os métodos com que iriam
tecer a sua teoria e muito pouco preocupados com a lógica do uso desses métodos o que
invertia a própria prioridade da preocupação. A escolha do método é uma mera escolha de
táctica de estudo. O verdadeiro objetivo é compreender os fenómenos sem ficar
constantemente por que caminhos metodológicos vai compreender os fenómenos.
Kanneth Waltz – considera que a disciplina de politica internacional e RI são duas
disciplinas destintas, porque há duas visões. Há quem considere a disciplina de Politica
Internacional como sinónimo de Relações internacionais e pomntanto a politica
internacional ou as RI serão a disciplina que estuda os fluxos e intereções que decorrem
entre estados e atores não estatais desde que a sua ações tenha impactos para fora das
fronteiras nacionais (sistema internacional).
Existe ainda outra perspetiva que diz que Politica internacional e Relações internacionais
são duas disciplinas diferentes.  Sendo que a politica internacional é a disciplina que
estuda os fluxos políticos que ocorrem entre os estados soberanos cuja ação tem impacto
fora das relações internacionais; ou seja a politica internacional é uma área de ação mais
restrita, com menos atores(apenas estados soberanos), enquanto que as RI é mais ampla
com todo o tipo de atores (quer estados quer atores transtaduais).
A disciplinas das RI é definida por Kenneth Waltz - Fluxos e interações entre todos os
atores a todos os niveius que tenham impacto fora das fronteiras nacionais

Sistema internacional formado por vários subsistemas (económico social politico étnico
religioso etc...) – a cada subsistema ele estuda as inteções com os estados, sem
considerar as interações com os agentes não estatais. Estuda somente o domínio politico
em cada um desses subsistemas.
Retira das RI um dos dominios das RI. É possível afirmar que a politica Internacional é um
domínio especifico no âmbito da disciplina das Relações internacionais.
Todavia no caso de Kanneth Waltz, ele diz que as duas disciplinas tem diferentes
significados.
É necessário investigar o âmbito internacional, mas se é impossível fazer uma teoria das
RI dada a abrangência de domínios abrangiudos numa só disciplina. Por isso é necessário
o académico ser mais modesto na seleção do seu domínio de estudo (objeto de estudo)
mas conseguir fazer esse estudo. Por isso ele escolhe como objeto de estudo o estudo do
domínio politico (Politica internacional). Estuda somente o domínio politico das Relações
Internacionais. Ele pretende estudar no dominio da politica internacional, estudar a
natureza da politica internacional. E para isso ele tem que se dedicar aos processos
decorrentes no sistema internacional, que é sobretudo a Guerra. O neorrealismo considera
que só uma teoria sistémica é capaz de explicar a vida internacional. São aquelas teorias
que concedem as causas como operandos ao nível internacional.
Waltz centra-se na estrutura do sistema internacional e da distribuição relativa do poder
entre as suas unidades. O COMPORTAMENTO DESSAS unidades que são os estados,
serão resultado do próprio sistema O que Kanneth Waltz diz que só se pode estudar a
natureza dos processos decorrentes do sistema internacional através de uma teoria
sistémica, sendo aquela que valoriza os efeitos e causas internacionais. Por oposição as
teorias sistémicas, existem as teorias reducionistas que se focam nas unidades(estados) e
que se focam principlamnte nos atributos/domínios das unidades e no comportamento das
unidades. Avaliando os atributos e comportamentos das unidades, é ai que vão extrair a
analise de um todo.
Ele não parte deste pressuposto das teorias reducionistas, partindo de um pressuposto
sistémico. Neste caso com a estrutura dos sistema internacional. – Qual é esse
pressuposto? – estando este dividido em dois pontos fundamentais.
-
Temos que nos basear na estrutura do sistema internacional – poraue a característica
fundamentas da estrutura dos sistema internacional é ser anárquica. -pressuposto
principal.
Parte do pressuposto da distribuição relativa de poder entre unidade(estados) no âmbito
dessa anarquia da estrutura do sistema internacional, houvesse uma hierarquia de
poderes, havendo uma distribuição de poder entre unidades. O comportamento destes
estados/unidades com estas distribuições de capacidades serão resultado da anarquia do
sistema internacional e da distribuição de capacidades do sistema internacional.

A principal diferença entre o realismo clássico e o neorrealismo/ realismo estrutural? –


É que no realismo clássico o pressuposto principal da anarquia é contrário ao
neorrealismo.-
O realismo clássico parte do principio de que é o comportamento dos estados em função
da anarquia tecncio que leva ao comportamento dos estados em busca de maximizar o
seu poder criando a anarquia internacional realista. Enquanto que no neorrealismo quando
se fala que a estrutura do SI é anárquica significa que esta é anarquia em termos técnicos
e em termos realistas – Kenneth Waltz parte deste principio.
Watz estabelece a primasia dos SI sobre os seus componentes e por isso é que é
estrutural, define sistema como algo que é composto por uma estrutura e por unidades em
interação e define estrutura como a componente alargada que torna possível analisar o
sistema como um todo.
Os dois elementos essenciais de uma teoria sistémica é a estrutura e as unidades e as
suas interações dentro de essa estrutura.

Falta aula de 2 de Maio

Institucionalismo Neoliberal
Teoria que contrabalança o Neorealismo – Institucionalismo Neoliberal – Robert
Keohane – Teoria que ele desenvolve na déc de 80 – After Hegemony (1984)
Neorealism and Its Critics
Esta teoria vem contrapor-se ao neorrealismo. É importante referir que o
institucionalismo neoliberal – O estado é o ator por excelência nas RI, e atua com base
no seu interesse nacional, o poder é uma variável fundamental na atuação dos
estados nas RI e a característica fundamental do sistema internacional é a anarquia
internacional  Robert Keohane, parte destes 3 pressupostos Neorealistas.
O que ele vem a acrescentar de novo? – o papel das instituições internacionais.
O papel fundamental que desempenham as instituições internacionais é um papel que
permite aos estados leva-los a cooperação internacional, e quando mesmo com estas
premissas neorrealistas, os estados conseguem através das instituições internacionais,
criar cooperação internacional, eles estão suavizando/amenizando a anarquia
internacional.
Como tudo se processa?
O que são instituições internacionais? – São entidades formais ou informais ligadas
entre si que prescrevem o comportamento dos estados e por essa via limitam o
comportamento desses estados. É evidente que limitar os comportamentos dos
estados não é o mesmo que determinar o comportamento dos estados, ou seja, as
instituições internacionais, constrangem o comportamento dos estados. Os estados
podem sempre não cumprir aquilo que lhes é prescrito... Ninguém obriga a cumprir
esses padrões
As instituições não têm um poder coercivo internacional, para punir os estados que
não cumpram essas normas.
O direito prescreve as normas, dentro de um estado, se não forem cumpridas há
dentro do estado uma autoridade coerciva que é superior aos indivíduos e que pune
pelo não cumprimento dessas normas prescritas.
O peso das sanções que os pares lançam a um determinado estado, é um peso
relativo. Se houvesse uma autoridade coerciva superior aos estados, de certeza que o
pesa das sanções aplicadas aos estados seriam bem mais pesadas, mas a soberania dos
estados é o poder superior na ordem internacional, não havendo nada acima desta
soberania.
Face a esta importância das instituições internacionais, o objetivo do autor com o
institucionalismo neoliberal, é garantir que haja uma limitação da anarquia
internacional do Neorealismo. Ou seja, Robert reconhece que o neorrealismo é uma
teoria das RI que Kanneth Waltz estrutura, mas que faz uma leitura demasiado
pessimista do Sistema Internacional porque considera que somente os estados atuam
na anarquia internacional, buscando maximizar o seu poder para alcançar o seu
interesse nacional. Robert vem dizer que essa estrutura teórica é uma estrutura
teórica pessimista e então acrescenta-se um viés de instituições internacionais que
permitem aos estados dialogar entre si reduzindo os custos de transação. O que é
reduzir os custos de transação?  é reduzir qualquer tipo de arestas que haja na
negociação entre os estados, qualquer tipo de negociação implica cedências de parte
de uns e da parte de outros o que significa que para diminuir essa necessidade de se
fazer cedências, criam-se as instituições internacionais, as negociações entre estados
seja mais fácil, pois a informação vai fluir melhor entre os estados. Ou seja há dois
aspetos ligados as instituições internacionais –
1. Custos de transação
2. Questão da informação
Acontece que com base na estruturação das instituições internacionais criadas por
estados, vai permitir que os processos em curso nas RI sejam negociados de uma
forma mais benéfica para todos.

Primeiro Grande Debate das Relações Internacionais - Idealismo vs. Realismo


Segundo grande debate das Relações Internacionais – Institucionalismo Neoliberal vs.
Neorealismo

Quanto mais instituições houverem no sistema, mais institucionalizado estará o


comportamento dos estado no sistema internacional, no sentido regulamentado, com
a criação de instituições internacionais que criam padrões comuns de comportamento
que são fundamentais para que os estados se comportem o mais semelhante possível
no sistema internacional, deforma a não pisarem o risco e não saírem de fora das
normas e regras estabelecidas pelas instituições internacionais. Aquilo que se pretende
a nível do sistema internacional é ter um sistema internacional o mais
institucionalizado possível.
Os processos em curso nas RI, caminham mais depressa quanto mais institucionalizado
está o sistema internacional.  abrange todo e qualquer tipo de estruturação de
instituições internacionais que estejam sendo negociado ao nível do sistema
internacional. padronizam o comportamento dos estados, limitam o comportamento
dos estados sem que determinem o comportamento dos estados

Se uma instituição internacional, (consideremos um tratado internacional bilateral)


É evidente que o corpo diplomático quando vai fazer a negociação desse tratado
bilateral não é só quando os ministros dos neg. estrangeiros aparecem para assinar o
tratado que o mesmo está avançando... não é só quando o chefe de estado assina
efetivamente o tratado...
Vai tendo na maioria dos casos, nos bastidores, é nos bastidores que o corpo
diplomático trabalha para fazer avançar as negociações. – O estado Portugal ou
Espanha que tiver maior capacidade de controlar este processo de negociação em
curso, ou seja, o tratado esta sendo negicado e o estado que conseguir levar as
negociações tortuosas ao seu objetivo vai ser o estado mais poderoso. Porque no final
o tratado que se alcançar será o tratado que esse estado que conseguiu sem querer
querendo, fazendo com que o outro não se apercebesse, liderar as negociações, e o
resultado final das negociações fosse precisamente aquilo que o estado queria. É o
resultado da sua ação nos bastidores (esse estado é mais poderoso que o outro,
mesmo sendo mais pequeno que o outro)
Não é aquele que detem as capacidades materiais de poder (concepção neorealista)
O estado que tem mais poder é aquele que consegue conduzir o processo de
negociação em curso de acordo com os seus objetivos/interesses.
- Pode ser Portugal, porque Portugal tem uma excelente diplomacia de bastidores,
muito melhor que a diplomacia que dá a cara. Conseguiu fazer eleger António Guterres
como Secretário Geral da ONU.
Segundo o Autor o poder se aperacionaliza de acordo com o institucionalismo
Neoliberal.
Os processos em curso nas RI, que mais existem, segundo o Institucionalismo
Neoliberal são as negociações dos regimes internacionais.  são justamente (regime
do comercio internacional (OMC), regime internacional do ambiente(Tratado de Paris),
regime internacional dos Direitos Humanos) há sempre um tratado ou organização
internacional que dá corpo a um regime internacional. Nas finanças internacionais não
há nenhum tratado internacional nem nenhuma organização internacional que de
corpo a este regime. O mercado financeiro é portanto desregulamentado. Não existe
justamente porque as finanças são uma questão muito sensível tendo dificuldade em
negociar e fazer cedências nessa área, não havendo efetivas negociações.
Portanto, isto é o Institucionalismo internacional de Robert Keohane, evoluindo o seu
pensamento em relação a teoria transnacionalista que ele desenvolveu na dec. 70,
mas no fundo esta evolução é uma regressão.  Na dec. 70 e Joseph Nye e Robert,
foram bastante inovadores nas suas teorias, trazendo novos atores para as RI. Quando
vieram trazer o modelo da interdependência complexa... Na dec. 80 Robert Keohane
afirma que as premissas neorrealistas são validas, apenas acrescentando o papel das
Instituições internacionais. No todo do seu pensamento Robert da um passo a atrás ao
considerar que só o estado é o autor por excelência nas RI, acrescentando apenas nas
Instituições Internacionais. Assim se estabelece o segundo grande debate das RI.
Relebrando o 1º Grande debate das RI.
Foco central – existência ou não da anarquia internacional
Realistas – afirmam que sim – segundo a maximização de poder, garantido a segurança
do estado
Idealistas – afirmam que não – os seres humanos e indivíduos eram seres racionais e
como atores por excelência das RI eles eram perfeitamente capazes de vislumbrar que
não queriam mais voltar a viver uma catástrofe humana como a 1ºGM. Os indivíduos
através dos estados não queriam
Fazendo de tudo para viver em cooperação internacional
Comunidade internacional na qual a cooperação internacional era Plena. – ideia
utópica.
Já não esta em causa a existência ou na da anarquia internacional porque ambas
aceitam a existência da Anarquia internacional e termos realistas. Mas o que esta em
causa é a natureza e a forma com a qual se pode ou não limitar essa anarquia
internacional. Com os institucionalistas neoliberais dizendo que a anarquia
internacional é limitável em função da criação por parte dos estados de instituições
sinternacionais que permitem o estabelecimento da colaboração internacional que vai
então limitar a anarquia internacional e com os neorealisrtas dizendo que a
possibilidade de limitação da anarquia internacional é muito reduzida, porque os
estados dificilmente criam entre si instituições internacionais que deem Origem a
cooperação internacional – porque – os estados na anarquia internacional vivem em
competição e desconfiança permanentes.
Antes da criação dessas instituições vão pensar que estão melhor sozinhos que
acreditam mais nas suas próprias capacidades de forma isolada do que se estivessem
em conjunto com outros estados e terem de dividir com ele essa responsabilidade,
tendo de ter confiança mútua em todos os outros estados, coisa que eles não têm.

Dia 9/05/2022

Debate que resulta do segundo grande debate das RI: sendo um mini debate que
esteve em voga na época de 80 entre – aqueles que eram mais abertos da integração
europeia e aqueles que eram menos abertos na integração europeia. E justamente o
que acontece é que a oposição entre o institucionalismo neoliberal e o neorrealismo
transpõe-se neste adeptos ou menos adeptos.
Os institucionalistas tem uma posição mais federalista, regionalista. E quando os
estados membros criam uma instituição- estão a criar uma entidade autonoma. –
autonomia essa que não vai ser a soma das vontades dos seus estados membros
(exemplo a comissão europeia).
Por outro lado, no lado oposto dos institucionalistas, estão os chamados os
intergovernamentalistas, mais próximos da visão neorrealista – como as instituições
são criadas por estados membros, estas só tem existência por via dos estados
membros e só tem autoridade/poder na medida autoridade e poder que os estados
membros lhes conferem. Soma das vontades dos estados membros.
No caso da comissão europeia, não tendo lugares para os estados mas sim para
peritos, aquilo que os intergovernamentalistas argumentam é que há uma menor
importância das matérias decididas no seio da comissão europeia do que no seio do
conselho, e por consequência devido a baixa relevância dessas matérias.

- É transposto o debate entre o neorrealismo e o institucionalismo liberal.

Conceito que surge na déc. de 80, mas ainda hoje é muito utilizado: Regime
internacional.
Surge em paralelo com a vaga neorrealista e tem origem nas teses neorrealistas, surge
o conceito através das mãos de Steaphen Krasner com o objetivo de tentar conciliar
duas coisas que aparentemente são inconciliáveis e CONTRADITÓRIAS. A ideia é partir
do pressuposto neorrealista da estrutura, considerando que o estudo da politica
internacional se deve scentrar na compreensão das regras enterna do sistema
internacional (anarquia internacional). Essas regras são responsáveis pelo
comportamento dos estados. E ao pegar nessa ideia o autor acrescenta-lhe a
colaboração dos teóricos da déc de 70 (transnacionalistas) e vem trazer a ideia de
procurar estudar o funcionamento e a evolução dos processos de cooperação
internacional, partindo da importância primordial dos estados nesses processos de
cooperação internacional. E assim Steaphen procura e vai tentar conciliar o
pressupostos estatocentricos com os pressupostos de cooperação internacional dos
transnacionalistas, que não eram de todo estato centricos.
Livro “International Regims” – princípios normas regras e procedimentos de decisão
em torno dos quais convergem as espectativas dos atores. Acrescentando em torno
dos quais as perspetivas dos atores em determinada área/campo.
A grande questão deste conceito é que cada palavra que esta inserida neste conceito
Issue Area – quando são defenidos os princípios normas do regime internacional – esta
a defenir o essencial desse regime internqcionla. Mas as regras e os procedimentos de
decisão não definem o carácter do regime internacional – pois são passiveis de serem
alteradas.
Ao alterar os princípios teóricos e as normas, vai estar criando outro regime
internacional.
A ideia central do regime internacional é que grande parte do relacionamento
internacional, acontece segundo regras pre estabelecidas. Regras que já estão pre
concebidas, sejam elas escritas ou não. Sejam consideradas regras de beneficio mutuo
ou não.
Steaphen Krasner dá um exemplo – aplica o conceito ao comercio internacional.
Regime do comercio internacional – quais os seus princípios?
São os princípios da economia neoclássica, porque o regime do comercio internacional
é um regime liberal, assentando em pressupostos da economia neoclássica.
Para que as normas consigam transpor esses pressupostos teóricos para o padrão de
comportamento dos atores, é necessário que este adoptem um tipo de
comportamento que vá ao encontro da diminuição ou eliminação do comércio
internacional – por que? – por eu se a economia são os princípios da economia
neoclássico, tem que ter um regime internacional liberal em que o comercio va
funcionar numa forma livre entre todos os estados, é necessário que os estados
eliminem as barreiras ao comercio internacional. – são estas as normas do regime do
comércio internacional.
Para a formação do regime internacional, é necessário que os atores num determinada
área, considerem criar esse regime internacional – que as espectativas desses atores
convirjam no mesmo sentido.
Não já imposições por parte de nenhum estado – de que eles querem fazer parte
efetivamente desse regime internacional
Definem-se então os objetivos que se pretendem alcançar e que vão ser
operacionalizados em normas.
Só com as normas estabelecidas é que se pode determinar o funcionamento do
regime.
A definição de Regimes Internacionais refere-se unicamente a atores: no entanto os
atores referidos no conceito de Regimes internacionais definido por Steaphen Krasner
são unicamente os estados, só que como a definição usa a expressão atores, deixando
em aberto a interpretação de quem poderá ser esses atores. muitas OUTRAS ESCOLAS
UTILIZAM ESSE CONCEITO DE regime internacional. O conceito é o mesmo, o que varia
são as interpretações desse conceito. Os estruturalistas que consideram que quem
atua fundamentalmente no regime internacional são as fontes profundas do
capitalismo, como atores dos regimes internacionais as forças económicas. Já os
institucionalistas neoliberais, como consideram as existência de estados e atores
internacionais, quando estiverem a utilizar esta definição vão considerar como atores
tanto atores estatais como atores não estatais. Isto sucede em virtude da definição de
Steaphen permitir estas múltiplas de interpretações.
Os estruturalistas como consideram que os atores são as forças económicas, as regras
dos estruturalistas tanto poderam ser regras escritas em tratados formais, como regras
não escritas, regras informais. Apesar de serem informais/não escritas, estas tem a
função de serem cumpridas na mesma uma vez que os estados criam os regimes
voluntariamente.Qunado há um não cumprimento de regras teremos que recorrer a
mecanismos sancionatórios desses estados. Por outro lado os institucionalistas
neoliberais que se centram na cooperação internacional, através da valorização das
instituições internacionais vão considerar que tanto os atores podem ser estatais ou
não estatais e as regras também podem ser regras escritas ou regras não
escritas(regras informais). O facto de serem não escritas, não lhe é dado nenhum valor
jurídico, mas estabelece padrões de comportamento
O seu não cumprimento impõe custos maiores do que o cumprimento dessas regras
não escritas. Sendo não obrigatórias formalmente, mas acabando por se tornar
obrigatórias.

Regime internacional de segurança Militar – NATO


Issue Area: Segurança Militar
Area de ação: Estados que fazem parte da área euro atlântica

A União Europeia
Não é um Regime Internacional é um conjunto de regimes internacionais enquadrados
por um enquadramento politico legal – de facto há instituições comunitárias que
estabelecem esse principio da logica politica vinda de cima sobre os estados membros.
Robert Keohane – Teoria da estabilidade hegemónica – que nasce no âmbito da
economia politica internacional, pode se considerar uma estabilidade hegemónica
como um regime internacional especifico para a economia internacional de cariz
liberal.
Na Dec. de 80 ela sugere que a ordem liberal da economia liberal precisa de uma
potencia politica que estruture e sustente essa ordem. A criação e manutenção de
uma ordem internacional liberal é do interesse das potencias mais fortes e isso que
levou as potencias mais fortes a criar e sustentar os mecanismos liberal e liberalizante
da ordem internacional. E são estas potencias mais fortes, as que tem os custos da
criação e manutenção dessa ordem internacional liberal. Os outros estados, vão
beneficiar da ordem, mas não vão contribuir com nada. Gradualmente esta situação
leva a que a potencia hegemónica comece a entrar em declínio relativo, em relação as
restantes potencias da mesma ordem económica internacional de caracter liberal. Sem
uma potencia hegemónica, o regime internacional da economia liberal, que sustenta
toda a ordem liberal tende a ser instável. Tende a ser instável pela falta de
mecanismos de estabilização fornecidos pela potencia mais poderosa. Se ela entra em
declínio relativo, deixa de ser capaz de assegurar esses mecanismo de estabilização da
ordem internacional.
Segundo Keohane, que nos traz a teoria – a economia é reconhecida como a posse de
recursos, acesso ao capital credito e mercados, vantagem competitivas na produção de
bens – isto é que é a hegemonia, os que tem maior nr de recursos e capacidade
económica.
São apontadas criticas a esta teoria da Estabilidade hegemónica, em função de uma
função demasiado simplista do estado, de uma visão demasiado simplista na relação
que pressupõe que existe entre os benefícios e os custos da manutenção. Porque a
teoria foca as relações económicas internacionais, esta teoria deixa de fora aspetos
bastante importantes como as ligações de politicas que ultrapassam o âmbito
económico. Capacidade dos estados criarem ligações militares, cooperação industrial
etc...
Na verdade Robert Keohane nega a teoria que criou anteriormente, dizendo que não é
preciso haver uma potencia para que haja estabilidade económico liberal, já que
existem instituições internacionais que cumprem a tarefa de diminuir os custos de
transação, facilitar a negociação entre estados e levar os estados a criar processo de
cooperação internacional. A existência de uma potência hegemónica que tome conta
de todo o poder, não é afinal necessário. Isto Robert vem dizer mais tarde já quando
ele estuda bastante a questão as instituições internacionais.
A teoria da estabilidade hegemónica acabou por não teve um período de vida muito
longo.

Dia 12/07/2022

Uni-multipolariedade – Polo de poder por parte dos estados Unidos com


multipolariedade de outras (UE)
Alteração significativa das RI enquanto disciplina – porque as ri enquanto disciplina,
não haviam sido capazes de prever (prospetivar) o derrube do muro de Berlim – que a
USSR tivesse prestes a cair. Sendo um abalo significativo á disciplina.
Neste âmbito dois autores em (1992 lançamento da Obra – Governança Sem Governo
– Ordem e Transformação na Politica Mundial) – James Rosenau e Ernest Otto
Releitura da ordem internacional em pleno periordo em que essa ordem internacional
se encontrava em mudança. Abordam a questão da Ordem Mundial, e para abordar
essa questão, eles analisam dois conceitos que eles consideram fundamentais.
Conceito de:
- Governo – aquilo que existem dentro de um estado – sendo o conjunto das
estruturas formais e institucionais que têm um poder de policia que garante a
implementação da medidas definidas. – quando não são cumprodas, o cidadão é
efetivamente punido.
- Deslocamento da autoridade de cima para baixo (caracterização)
- Governança – conceito bastante mais amplo que o conceito de governo, podendo
abranger o governo, mas abrange também outro tipo de mecanismos designadamente
mecanismos informais que não têm um poder sancionatório (poder de polícia) para
fazer executar as medidas previstas.
Quem prevê essas medidas? – Direito Internacional – do qual fazem parte a convenção
dos DH, Genebra, Diplomacia e tratados internacionais...
Para fazer cumprir as normas e regras prescritas, existe o Direito Internacional. O
direito internacional não tem um Poder de polícia como tem o governo nacional. O
que acontece se um estado não cumprir as regras – este vai receber sanções por parte
de outros estados. E por isso o Direito internacional não tem esse poder sancionatório.
Mesmo na ausência de governo, existe governança – porque – mesmo na ausência de
governos nacionais, as unidades políticas organizadas, mesmo que não tivessem
governos, elas teriam a propensão de cumprir o direito internacional em virtude de
isso ser mais eficaz, ter menos custos para essas unidades politicamente organizados.
- deslocamento da autoridade estatal de baixo para cima (são os estados que vão
transferir a sua autoridades supranacionais)

Com os deslocamento de autoridades dá-se uma perda de relevância

A governança passa a ser o elemento fundamental a gerir o sistema internacional. Ao


passar a ser o elemento fundamental na gestão do sistema internacional, os autores
entendem o conceito de Ordem Mundial – considerando que a ordem mundial, vai
sendo construída a partir dos arranjos rotineiros entre os atores. A ordem mundial vai
ser no fundo um complexo resultante desses arranjos coletivos mundiais. A
governança está presente no sentido em que para ligar esses arranjos entre si existem
instituições formais e instituições não formais, que estabelecem normas e regras
comuns a todos, ainda que sem um poder sancionatório, um poder de policia evidente.

Esta teoria é definida por Pós-Internacionalismo da Governança sem Governo.

Após esta teoria, aquilo que surge é o chamado institucionalismo (2002) pelas mãos de
Robert Keohane – (Power and Governance in a Partially Globalized World)

Institucionalismo do Séc. XXI – Robert Keohane ressalte que o institucionalismo


Neoliberal não tem nada a ver com este novo institucionalismo. Não é neoliberal, não
concordando com o consenso de Washington.
Não é adepto no neoliberalismo de acordo com a os seus pressupostos.
Liberalismo Inglês, onde há progresso técnico, resultante da capacidade de evolução
do ser humano. Esse liberalismo refere também que a paz existe, visto que os estados
cooperam entre si (comercio internacional).

Neste Novo institucionalismo, o autor desenvolve uma teoria muito solida das
instituições internacionais. –

Maior dinâmica fazendo parte das premissas teóricas da própria teoria apreentada –
não obstante de keohane partir das 3 principais premissas dos neorrealismo –
acrescenta a mais valia (o seu contributo) que são precisamente as instituições
internacionais – dizendo que estas são regras ligas entre si, formal ou informalmente,
prescrevendo o comportamento dos estados de modo a constranger esse
comportamento sem que determine esse mesmo comportamento. As instituições
internacionais tinham a função/funções de conduzir processos de cooperação entre
estados e a reduzir os custos de transação também entre os estados. Neste sentido as
Instituições ganharam uma importância significativa, daquilo que era o
institucionalismo

Com este novo institucionalismo as instituições internacionais surgem como o foco


central do estudo de Robert Keohane (não sendo uma teoria completamente nova
definida por Robert Keohane)
Normas e regras que permitem os estados cooperar entre si reduzindo os custos de
transação, sejam elas formais ou informais, ou seja tendo elas uma existência viva
(Tratado executivo) ou uma existência abstrata (BRICS- não tendo sede fixa nem
tratado executivo).
Estas instituições passam a ser o objeto de estudo fundamental da teoria do Autor de
acordo com o Institucionalismo – sendo mais sofisticado.

Em primeiro lugar este institucionalismo que dá essa definição de instituições,


considera que as instituições internacionais têm um papel relevante a desempenhar
no mundo globalizado. Sendo certo que Keohane conceptualiza globalização como o
complexo de interdependência transnacionalidade e redes de intercoletividade que
existe entre os atores. Todavia para medir, digamos assim, o conceito de globalização
ele fala em globalismo
Globalismo – é para o autor o estado do mundo (esta em que o mundo se encontra) –
adquirindo assim uma forma de se avaliar se a globalização é maior ou menor. nESTE
Sentido ele considera que as instituições sinternacionais que operam no mundo
parcialmente globalizado, é um mundo que funciona quase como uma governança.
Com instituições formais e informais que permitem dizer que existe uma engrenagem
que funciona sozinha porque os elementos que compõem essa engrenagem já estam
de tal forma encaixadas entre os outro que não é preciso fazer esforço para que essa
engrenagem funcione – Existindo assim um Governo Mundial
Governo mUNDIAL – vai ser aquele que vai gerir as instituições nas relações
internacionais. Por outro lado estas geram assimetrias de poder, porque se um estado
está no interiro de uma determinada instituição internacional e outro estado está na
mesma situação. – não se saberá qual é o estado que será mais beneficiado nessa
mesma instituição internacional. A verdade é que é impossível que os dois estados
saiam da participação numa instituição internacional, com o mesmo poder.
Isso faz com que as instituições internacionais se tornem particularmente
interessantes quando temos que olhar para o sistema internacional e analisá-lo do
ponto de vista dos vários atores que participam no sistema internacional. E ai o
individuo ganha uma especial relevancia. – Robert Keohane introduz novas variáveis
nesta nova teoria:
Ideias / Valores / Princípios – A unidade de analise passa a ser o individuo, individuo
integrado em sociedade – o mesmo é dizer integrado numa sociedade politicamente
organizada (estado) – Nada mais é que a intersubjetividade humana
O objetivo do autor é avaliar de que forma estas ideias/princípios e valores dos
indivíduos vão impactar nas instituições internacionais a partir da participação dos
estados nessas instituições internacionais. São os estados que detém os indivíduos.
Qual é o impacto que isso vai ter a nível da cooperação internacional?
Chega a conclusão de que essas variáveis tem grandes impactos na forma em que os
estados cooperam entre si, porque de acordo com a forma que os indivíduos reagem a
essa cooperação internacional, determinam o comportamento externo dos estados.

Nance in a

19/05/2022

Abordagens Reflexivistas – são abordagens sociológicas e são abordagens sociológicas


ao estudo das instituições internacionais. Vão enfatizar o papel das forças sociais e elas
também vão enfatizar o impacto que a cultura, as normas, valores têm nas forças
sociais, que não resultam dos interesses calculados. Ou seja, nós com as abordagens
reflexivistas, entramos num plano de muito maior absração, do que quando estávamos
nas outras teorias.
As outras teorias tinham um caracter racionalista, ao contrario destas abordagens
reflexivas que tem um caracter social. – implica a construção social, no sentido em que
as normas, os valores e os princípios são elementos que compõem ideias e que
compõe desta forma aquilo que os indivíduos têm dentro de si. Os indivíduos são
socialmente construídos por ideias, podendo entre si partilhar ideias.
Se os individuos partilham ideias, então também os estados, que são compostos por
individuos vão partilhar ideias. Ao partilhar Ideias, os estados no seio das instituições
internacionais estão a conferir a estas instituições um caracter reflexivista. 
Porque onde é que os estados atuam? Sistema internacional  mas os estados atuam
criando instituições internacionais, e segundo as abordagens reflexivistas, eles criam e
recorrem a criação de instituições internacionais, porque é uma forma mais prática de
partilhar ideias, e partilhar o conhecimento. Sendo certo que a realidade é uma
realidade socialmente construída. Se as instituições internacionais, tem um caracter
reflexivista, os estados que nelas participam, tem também esse caracter reflexivista.
Se as instituições internacionais e os estados tem este caracter reflexivista, então
quem é que vai ter o caracter reflexivista?  a própria politica internacional.
Porque é que isto acontece? – acontece na base dos chamados significados
intersubjetivos.  há intersubjetividade entre os atores que compõe a politica
internacional, que compõe os estados e as instituições internacionais.
As instituições sinternacionais e os estados tem um caracter reflexivista resultante dos
significados intersubjetivos, também a politica internacional terá um caracter
reflexivista também resultante dos mesmos significados intersubjetivos, porque em
ultima analise ela é composta pelos individuos que formam os estados.
Evidentemente que isto também significa que ao ser uma criação relativa a uma
relação humana que vai crescendo para criação do estado e posteriormente das
próprias instituições... Significa que a realidade internacional é uma realidade
socialmente construída – Esta construção social é uma parte importantíssima daquilo
que são as abordagens reflexivistas. São socias, composição social... são socialmente
construídas com base nas normas, nas culturas e nos valores dos individuos que vão
então olhar para a realidade internacional e contruir essa realidade internacional. As
abordagens reflexivistas, optam por metedologias alternativas, vindo em primeiro
lugar criticar as metodologias que as outras teorias são demasiado racionalistas.

Pós- modernos – Jean François Lyotorol e BAUDRILLARD


Pós estruturalistas – Der Derian e Michael Shapiro

Os pós modernos dizem que o relativismo é a base do conhecimento e que se o


relativismo é a base do conhecimento, eles estão a acabar com qualquer ideia de
progresso.
Jean - São as próprias comunidades que criam as verdades delas próprias, e que
recusam a creditar nos discursos do iluminismo porque dizem que esses discursos do
iluminismo são discursos destinados a homogeneizar as comunidades.
Já Baudrillard leva o relativismo aos extremos. – não há uma realidade nem uma
verdade para ser estudada, a função do académico não é criar mais realidades, a
função é desconstruir as realidades existentes e explica-las, não criar e impor mais
realidades com mais significados. Os pós estruturalistas que assentam nas ideias de
Fukoyama – a historia não existe porque não há conceito de evolução. A história
compreendida por Fuko são as descontinuidades, estuda os períodos...
Fundados nestas premissas a opção metodológica é uma opção que acaba por ligar os
elementos discursivos com a prática politica.
Qual o objetivo de ligar/correlacionar os elementos discursivos com a prática politica?
Elementos discursivos -partes que compõe um discurso falado.
O objetivo é desvendar o internacional, compreender o fenómeno internacional em
questão.
A utilização da linguagem prevê a dominação da gramática

Quais são as teorias que se encaixam nestas abordagens reflexivistas?


- São as chamadas teorias críticas
As perspetivas que se encaixam nestas abordagens reflexivistas:
Teoria feminista
Teoria critica da escola de Frankfurt
Pós iluministas
Pós-estruturalistas
Teoria da Justiça Global
Teoria Ecológica
O Construtivismo
ETC...

Quais são as teorias que se enquadram dentro das abordagens racionalistas:


Todas as teorias estudadas anteriormente com exceção do idealismo e na escola
inglesa. – Porque são teorias com metodologias pós positivistas, as quais o
construtivismo vai buscar influencias.

Construtivismo

O constyrrutivismo é uma teoria social, não é uma teoria das RI. É originalmente uma
teoria social.
Só que as RI, importaram essa teoria social e adaptaram-na as RI, de modo que essa
teoria social ganhou contornos de teoria das RI.
Há vários autores construtivistas, todavia Alexander Wendt é um construtivista mais
moderado, que faz algumas concepções ao método racionalista. Por isso o
construtivista Chamado Emmanuel Adler veio considerar que o construtivismo de
Alexander Wendt seria um meio termo entre o grande debate das abordagens
reflexivistas e das abordagens racionalistas.
Abordagens Reflexivistas x Abordagens Racionalistas
No construtivismo de Alexander faz algumas concepções metodológicas ao
racionalismo. De facto não há um construtivismo, mas sim, vários construtivismo.

Sendo uma teoria social mais ampla que foi importada pelas RI e sofreu adaptações
para se transformar numa teoria da RI, o construtivismo ganha constornos da déc de
50. Nessa época o construtivismo não tem margem para emergir enquanto teoria da
RI, ficando nas margens da teroria social. Porque os vários académicos da RI, não
foram caºazes de se entender quanto a uma agenda de perquida solida e concreta, de
forma a conferir credibilidade a esta teoria, não ganhando solidez para se emancipar.
No entanto esta nunca desapareceu, e na déc de 60 voltou mas sendo esmagada pelo
neorrealismo.
Com a queda do muro de Berlim e com o fim da URSS, abriu-se espaço para emergirem
e o construtivismo surge de forma forte como uma teoria da RI assim como as outras
abordagens reflexivistas. Durante a déc de 90 inicio do swc 21, o construtivismo
cresceu significativamente em nr de adeptos. Mas a principal razão que justifivou o
crescimento desta teoria foi porque esses adeptos que o construtivismo estava
ganhando não se enquadravam mais em nenhuma teoria da RI, mas também não se
alinhavam a nenhuma teoria critica. Para ter algum grau de credibilidade muitos
académicos se afiliaram ao construtivismo, não acreditando a 100% nas suas premissas
teóricas.
O construtivismo é bastante influenciado pela escola inglesa. – ele adopta o conceito
principal deixado pela escola inglesa. Sociedade Internacional
Consideram como pano de fundo das RI – a sociedade internacional
Os atores da RI atuam num sistema internacional no âmbito do qual partilham
interesses e valores e por isso criam voluntariamente uma sociedade internacional
com normas comuns e padroes comuns de comportamento.
Há um sistema internacional, e os estados criam no âmbito da mesma uma sociedade
internacional.
Esta sociedade internacional que o construtivismo vai buscar a escola inglesa de
(Hedley Bull) esta sociedade internacional é anárquica. Mas é anárquica
É anárquica porque não existe uma autoridade superior aos estados, pode existir uma
autoridade superior aos outros agentes das RI, mas superior aos estados não existe.
Por isso a sociedade internacional embora regrada, embora com comportamentos e
padroes comuns que os atores nela participam, a sociedade continua anárquica. Se
algum membro sair fora do padrao comum de comportamento, não há um poder
superior de policia superior para fazer/mandar/punir/coagir o estado, e por isso a
sociedade é anárquica.
Os construtivista dizem ainda que os estados fazem da anrquia aquilo que eles
quiserem ou seja se a sociedade internacional é anárquica então eles vão fazer com a
anarquia aquilo que bem entenderem. – podem se comportar bem ou mal.
A sociedade internacional só é criada porque os estados partilham interesses e valores
comuns e é por isso que a anarquia fica mais controlada. Outra questão resultante da
influencia da teoria idealista (Kant) é que o construtivismo assenta muito na ideia da
normatividade. – normatividade que é aquilo que faz criar normas em conjunto na
sociedade internacional para dar consistência ao padrao comum de comportamento
dos estados. O paradigma idealista dizia que podia haver alteração do sistema
internacional (comunidade internacional) desde que houvesse alteração das normas
internacionais – a alteração da comunidade internacional só poderá dar-se após a
alteração do direito internacional.
Tudo esta normatizado e regrado – porque a sociedade internacional é socialmente
construída – ou seja esta tem um significado partilhado de ideias por todo o lado.
Conhecimento por todo o lado dentro dessa sociedade internacional.
“Há ideias por todo o lado” – Alexander
É de tal maneira socialmente construída que de facto tudo o que se reporta as ideias,
vem do individuo, e o individuo é que vai construir com as suas ideias (sejam normas
valores ou princípios) que vai construir qualquer realidade. Os indivíduos constroem as
varias realidade e o sistema ou sociedade internacional é produto dessa construção
social por parte dos indivíduos. Ao se produto dessa construção social por parte dos
indivíduos, a sociedade internacional ela é também socialmente construída. Tudo na
base da intersubjetividade humana.

Primeira grande pressuposto do Construtivismo-


Facto de as estruturas da associação humana serem originalmente determinadas mais
por ideias partilhadas do que por forças materiais.

Forças Materiais – São os interesses e o poder.


As ideias partilhadas - São uma visão idealista da vida social, exatamente aquilo que é
grande característica do construtivismo.

Características do Construtivismo:
- A ideia de que a realidade internacional assim como os atores internacionais são
socialmente construídos
- Ideia de que há uma abordagem idealista da realidade internacional, porque o que
acontece no sistema internacional é que há a ideia de socialização e por consequência
no sistema internacional há ideias por todo lado/ conhecimento por todo o lado.

O carater da politica internacional, em termos latos, é muito determinado por crenças


e expetativas dos estados uns em relação aos outros, o que se deve mais as ideias
partilhadas as estruturas sociais e as forças materiais.

O que significam as forças materiais do ponto de vista do construtivismo – são


compostas por ideias; os interesses são compostos por ideias.
Neste sentido se os interesses são compostos por ideias eles tem uma logica de
funcionamento diferente daquele que tem nas teorias positivistas e levando em conta
esta realidade o construtivismo critica na verdade que os sistemas internacionais
terem tendência para bases positivistas/racionais.
Estes modelos na verdade vão dar maior relevância aos processos que limitam a
conferir importância as relações que determinados agentes especialmente os estados
no âmbito de estruturas especificas tem e se transformam como objeo de estudo.
Estes académicos racionalistas acabam por negligenciar (do ponto de vista
construtivista) outros fenoenos da realiadae internacional que também mudam o
curso dos acontecimentos nas RI porque eles só ve as coisas de uma forma
racionalista. Sendo incapazes de viver fora dessa racionalidade.
Os comnstrutivitas criticam os pressuposto de que os eestados são agentes racionais e
que apenas agem de forma egoísta e de forma a alcançar os seus objetivos. Eles
criticam a existência da anarquia internacional.
O que esta em causa é a critica construtivista ao estatocentrismo e a ideia vulgar na
escolha racional por parte do estado; de modo que a natureza do estado acaba por ser
dada por adquirida. As normas e regras que regem o comportamento do estado, fazem
parte o mundo não sendo produto da intervenção humana.

Há dois tipos de factos na realidade internacional


Factos brutos – aquele que pressupõe a intervenção do homm sobre um determinado
acontecimento; dizer que uma nota azul vale 20€.
Factos Naturais - aqueles que não tem a intervenção humana (afirmar que a serra da
estrela tem X metros de altitude)

Os construtivistas interpretam o contexto internacional como uma sociedade


internacional. A ideia é de que existem normas e padroes comuns de comportamento
entre os atores que fazem parte da sociedade internacional, que é criada
voluntariamente pelo atores na base de interesses e valores comuns. Isto signifiva que
os construtivistas dão valor as normas na construção das identidades e na definição
das preferências. O sistema internacional por seu lado está focado na analise de
comportamnto recorrentes. Que são observados na base estruturas determinadas e
características dos agentes que têm comportamentos que são passiveis de observação
empírica. Isto significa que há normas e padroes comuns de comportamento que
constragemo comportamento dos atores que são atores socialmente construídos e
esse comportamento constrangido dos atores socialmente construídos, essas normas
participam na construção e na identidade e preferências desses atores. Participando
na construção desses atores.

Os racionalistas interpretam e argumentam com modelos de agentes e indivíduos que


tem as suas raízes no pensamento de Maquiavel e Thomas Hobbs; - Ideia de Homem
autónomo / homem racional sendo capaz de atuar sobre esse meio visando tranformá-
lo. – Tem um leque de escolhas/opções a sua frente, é capaz de vislumbrar esse leque
de escolhas e é capaz de escolher a melhor solução para o problema que tem em
mãos. Isto é ser um estado racional.

Os agentes sociais vão absorver valores específicos que são normativamente definidos,
estando condensadas em instituições socias que vão transformar a priopria identidade
desses agentes, moldando essas identidades num processo que tanto a estrutura
molda a identidade dos agentes que estão no sistema internacional, quanto os agentes
moldam as características da estrutura.

A questão da estrutura no sistema internacional:


É conforme a distinção entre dois tipos de normas:

- Normas regulatórias – São as normas que regulam o comportamento dos estados /


atores;
- normas constitutivas – definem a identidade dos agentes/ atores sociais e que
definem também o tipo de comportamento dos agentes; estas normas são também
normas regulatórias – porque estabelecem procedimentos adequados aos agentes há
uma constituição simultânea entre agentes;
Traduzem o funcionamento do sistema internacional, estabelecem o funcionamento
do sistema internacional e por isso são os princípios basilares do ordenamento do
sistema internacional.

Começamos a cadeira no Fim da 1ª Guerra Mundial (1919) quando nasce a disciplina


da Relações internacionais:
- Para evitar que novos conflitos daquela dimensão voltassem a ocorrer
- Criação da cátedra de Woodrow Wilson

São sistematizadas duas teorias:


O Idealismo – com base nos 14 pontos de Wilson
O Realismo

O idealismo era a teoria preferida visto que a conjuntura política pedia uma teoria
mais pacifista de forma a assegurar a paz.
Realismo e Idealismo são teorias que se opõe, criando-se um debate epistemológico
entre as duas teorias. Esse debate que vai durar muitas décadas é que vai ser o maior
debate das RI. O 1º Grande Debate das RI:
Este debate vai discutir-se:
- A existência ou não da Anarquia internacional

Para estabelecer o meio termo do debate entre o realismo e o idealismo, estrutura-se


o chamado paradigma liberal, ou internacionalismo liberal.
Esta teoria que vem afirmar algo bastante semelhante ao idealismo, mas a ideia da paz
assenta na ideia das Normas e Regras Internacionais e na Paz pelo comércio
Internacional.
Os estados para manter a paz e realizarem o comercio internacional, precisam de ter
paz.
Para isso é conveniente que os estados tenham paz entre si.

Vestefália é o congresso que vem determinar os termos da paz, resultado da guerra


dos 30 anos.
Para estabelecer os termos da paz, Vestefália havia determinado um novo conceito:
Politica Interna; e por consequência o conceito de Politica Externa;

Vestefália criando o conceito de Estado Soberano, e já que cada estado é soberano, é


criado o Sistema Internacional.
- Vestefália determina aquilo que é o estado soberano, aquilo que é a politica interna e
externa, aquilo que é o sistema internacional.
A partir de Vestefália, os estados soberanos passam a comportar-se de acordo com a
teoria realista, ainda que esta não tivesse sido teorizada (inventada).

É evidente que diversas outras teorias foram surgindo, designadamente nos anos 50,

- O funcionalismo de David Mitrany, na europa;


- A Revolução Behaviorista; - A PROFESSORA DIZ QUE NÃO GOSTA MUITO DESTA
TEORIA

Conferindo a independência metodologia das RI enquanto disciplina, por causa da


invenção/ criação de sistema, função e cibernética.
A disciplina foi avançando na déc. 60

- Escola inglesa;
- Escola Francesa; A PROFESSORA ACHA CHATOOOOOOO

Na déc de 60/70 houve criticas ao realismo e surgiram a perspetiva:


- Transnacionalista e da Interdependencia
- Teorias da dependência

Surgiram criticas ao realismo, criticas essas que se consumaram na criação da


pespetiva transnacionalista e interdependência, e por outro lado a critica de caracter
Marxista que se consumou nas teorias da dependecia em ligação ao paradigma
estruturalista, que tem a ver com o comportamento latino americano da RI.
Essas teorias surgiram por causa das crises económicas que existiam na déc de 60/70.

- Modelo da Interdependencia complexa.

Depois em 1979, Kanneth Waltz, publica Theory of international Politics e dá origem á


resposta imediata de Robert Keohane publicando After hegemony e assim nasce o
Neorealismo e o Institucionalismo Neoliberal como o Segundo Grande Debate da RI.

O institucionalismo neoliberal passa pelas mesmas premissas:


-Sistema internacional é uma anarquia internacional;
-O estado é o principal ator nas RI;
-O estado atua com base no seu interesse nacional;
-O poder é uma variável importantíssima, já que o estados procuram maximizar o seu
poder;

Partilhando estas 4 premissas

O institucionalismo neoliberal cria mais uma premissa:


As instituições internacionais são um fator importante para atenuar a anarquia
internacional.
Do ponto de vista de Robert Keohane, as instituições internacionais são normas regras
comportamentos padronizados ligados entre si que têm por objetivo não só diminuir
os custos de transação como também estabelecer uma ligação entre os estados de
maneira que eles cooperem entre si.
Ao cooperarem entre si, os estados vão diminuir aquilo que é a anarquia internacional,
porque a ideia de anarquia internacional sai amenizada com a ideia de cooperação
internacional.

O debate deixa de ser a existência ou não da anarquia internacional e passa a ser a


aceitação da anarquia internacional com a diferença na natureza e nos processos que
determinam essa anarquia internacional, com os institucionalistas neoliberais dizendo
que é possível amenizar a anarquia internacional através da criação das instituições, e
os neorrealistas criarem instituições internacionais uma vez que vivem em constante
estado de desconfiança e competição
Antes de entrarem em qualquer processo de cooperação, vão pensar primeiro a si
próprios, e vão chegar a conclusão que sozinhos tem mais chance de chegar mais
longe por conta dessa mesma desconfiança.

Este debate continua e ao longo dos anos 80, aparece o conceito de regimes
internacionais, aparece também o debate em torno das integração Europeia
Aquele debate em que a visão neorrealista era transposta para uma visão
intergovernamentalista e a visão de institucionalismo neoliberal era transposta para ....
Queda do muro de Berlim e o fim da Guerra fria.
Este marco afirma uma nova era nas relações internacionais, ninguém havia pensado
que a União Soviética alguma fosse cair.
Este abalo analítico das RI, deixando manchada a imagem dos internacionalistas,
As teorias tradicionais da disciplina da RI sofreram um abalo analítico tao grande que
isso permitiu abrir espaço para que outras teorias surgissem:

- Construtivismo

Pós internacionalismo da Governança sem governo, e logo a seguir nos anos seguintes
o institucionalismo de Robert Keohane e as abordagens reflexivistas.
Estas abordagens Reflexivistas vão opor-se as abordagens racionalistas.

Todavia há quem considere a existência de outro debate é que quando surgiu o


behaviorismo, este surgiu em reação metodológica ao realismo e então há académicos
que consideram que behaviorismo vs. realismo é um 2º Grande debate das RI, só que a
comunidade sistémica de RI se divide, porque para uns este debate entre behavioristas
e realistas é um debate metodológico, em que os behavioristas criticam a
metodológicos, dizendo que os realistas não são suficientemente científicos.
Sendo um debate apenas metodológico não é um grande debate das RI, é apenas um
debatezinho.

O 3º Grande Debate das RI, é a possibilidade que as abordagens reflexivistas


consideram que o sistema internacional possa ser alterado por crenças e princípios
numa base normativa sendo certo que as ideias são variáveis, explicativas dos
fenómenos internacionais. Enquanto que para os racionalistas não há a possibilidade
do Sistema internacional não ser alterado por via dessa base normativa, nem as ideias
são variáveis e explicativas dos fenómenos internacionais.

Você também pode gostar