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AULA 1
Segundo Jean Beauden Soberania é o poder que não é exercido por mais ninguém de
forma igual tanto na ordem interna como na externa, portanto se não tem ordem
superior todos os Estados no sistema internacional são iguais entre si, nenhum vale mais
que o outro, embora alguns possam ter mais poder que outros, criando desta forma um
sistema anárquico (ANARQUIA =Não é doutrina política mas a ideia de ausência de
autoridade política, supranacional, capaz de coordenar, mediar, as ações do atores do
sistema. Um dos fundamentos do chamado PPC Realista Estrutural. Transpõe-se
diretamente da discussão da formação do Estado por Hobbes.) porque não existe uma
autoridade superior aos Estados na ordem internacional, um bom exemplo deste é a
ONU, pois a mesma é composta por estados e as suas decisões decididas pelos mesmos
e todos esses Estados tem soberania própria.
Soberania –Nas RI’s é a qualidade do poder político de um Estado, que não está
submetido a nenhuma autoridade, é a suprema, independente autoridade final. É o
atributo de um Estado que se refere aos seus direitos de exercer, completamente,
jurisdição sobre seu próprio território. Em RI’s, Estados, enquanto unidades soberanas,
tem o direito de serem autônomos e independentes internamente e de serem
reconhecidos pelos demais Estados do Sistema. Ainda que variem em poder, em termos
de soberania todas são entidades iguais. Por isso soberania é um conceito horizontal
(nas relações entre iguais) e vertical (poder absoluto sobre sua jurisdição).
Relações internacionais- São os fluxos de toda a ordem (politica, social, etc…) que
ocorrem entre todos os atores e cuja ação terá impacto fora das fronteiras nacionais.
Politica Internacional- É a disciplina que estuda os fluxos políticos que ocorrem entre os
Estados e os atores não estatais desde que estes tenham impacto nas relações estatais ou
que tenham sido manipulados pelos Estados para estes alcançarem os seus grandes
objetivos políticos.
Politica internacional- São os fluxos políticos que ocorrem entre os Estados e os atores
não estatais desde que estes tenham impacto nas relações estatais ou que tenham sido
manipulados pelos Estados para que estes alcancem os seus grandes objetivos políticos.
O que é a política externa? A política externa é a política de estado para fora das
fronteiras nacionais, definida como uma linha estratégica que pretende alcançar os
objetivos do estado traçados pelo mesmo para que o sistema internacional seja favorável
e ter a possibilidade de alterá-lo quando está em situação desfavorável. Politica
estratégica que tanto é como politica de estado como é politica de governo, onde se
utiliza para situações multilaterais e bilaterais do estado frente aos restantes atores
internacionais. É de estado no sentido em que quem manifesta o comportamento para o
sistema internacional através da sua política é o estado (tem de ter 1 politica de externa
sujeita a poucas mudanças). Então a política externa é característica do Estado, porém a
política externa, tem que ser constate pois uma política externa não pode estar sujeita a
mudanças de governo para não por em causa a credibilidade do Estado. É uma política
de estado ou de governo muito pouco politizada, no sentido em que desperta muito
pouco interesse sobre a população, existe sim o debate entre os eleitores durante as
campanhas eleitorais. Sofre de fenómenos externos que a alteram e obrigam a política
externa a alterar-se perante esses fenómenos internacionais e até mesmo
condicionalismos internos.
INTERESSE NACIONAL
INTERESSE NACIONAL
A política externa não pode ser uma flutuação demasiado alta nem demasiado baixa, a
mesma tem de estar limitada pelo interesse nacional tanto para cima como para baixo,
caso ultrapasse a mesma esta política estaria à deriva.
AULA 3
O nascimento das relações internacionais que deu origem às mesmas foi a 1GM, mas o
que é facto é que houve um longo processo por detrás que se foi “cozinhando” ao longo
dos tempos o nascimento destas após a 1GM, e de facto que aquilo que temos é que a
politica enquanto discurso que precede aos discurso teórico das relações internacionais,
encontra uma dualidade nas suas origens: Aristóteles e Platão.
Platão defende claramente a tese cognitiva de que para se alcançar a ideia do bem, só se
consegue através do universalismo, centralismo e unidade e por isso vai influenciar St.
Agostinho (este vai acabar por defender a tese protestante). Enquanto Aristóteles
defende o associativismo, pluralismo e vai acabar por influenciar São Tomás de Aquini
(este é um eclesiástico). Os eclesiásticos colocam grande enfase na razão e quer
Aristóteles quer Platão vão influenciar imensamente o humanismo (sobretudo na tese
protestante). Aristóteles acaba por defender a divisão, e a sua ideia vai influenciar o
grande Monstequei, que por sua vez vai influenciar a Constituição Americana que faz a
divisão do Estado em regiões, ou seja, em Estados federados.
Ao longo do tempo sempre foi o Direito quem regulava as relações entre os indivíduos e
as diferentes comunidades existentes, mais especificamente este era designado como;
Direito Interno. Existia outro que era o Direito Internacional que regula as relações dos
Estados uns com os outros. Antigamente (Aristóteles e Platão) só se tinha um direito
que regulasse as comunidades ao mesmo chamava-se de “Direito das Gentes” e têm
uma conceção muito específica, onde o mesmo tinha a função de regular as relações
entre os indivíduos e a comunidade (pq na altura não havia Estados, quanto muito
cidades-estado).
Após a época feudal dá-se um acontecimento que vai ser o nascimento das ri, devido
aos descobrimentos que é a criação a nível de conteúdo e conceptual, não de realidade
das palavras “Estado” (Maquiavel) e “Soberania” (Jean Bodin).Na revolução científica
Hugos Procius propõe uma tese jusnaturalista do Direito, mas a sociedade ainda não
estava pronta para tal acontecimento. A partir desta revolução assiste-se ao
aparecimento de inúmeros estados que vão ganhando forma, em especial no Congresso
de Vestefália, no qual se organizou-se o conceito de Estado com “ Quem tem a região,
tem a religião” ou seja, quem tem a região tem o poder de decidir qual a religião a
aplicar nesse mesmo território, logo quem tem uma determinada região é quem manda
internacionalmente no mesmo quer seja em relação a questões religiosas, como questões
internas e também existe questões externas que levam a cabo a politica externa. Se eu
tenho um conjunto de estados soberanos, determina-se que o Estado seja um território
onde habita um povo regulado por um poder político.
Em Vestefália também é criado sistema internacional, daí ser necessário recuar até
Vestefália para entender a criação das ri, pois esta congresso vem regular as relações
entre Estados, e o direito das gentes começa a desejar ser adaptado de modo a poder ser
ele a regular as relações entre os Estado e não o direito católico. Por isso, o direito das
gentes vai-se dividir em 2: o direito interno dos estados (que regula as relações entre os
indivíduos e as comunidades desse próprio estado e dos outros estados, a sua base
continua a ser de influência cristã) e o direito internacional (aquele que regula entre os
Estados soberanos no sistema internacional e também tem a sua base cristã).
A ordem veio ser abalada anos mais tarde com a revolução francesa, onde estes
invadem a Europa por completo dando origem a guerras nas colónias latino-americanas,
as mortes, etc. é necessário reunir outra vez um congresso, o Congresso de Viena (1815)
para repor a ordem alterada pelos franceses, ou seja, repor a ordem criada pelo
Congresso de Vestefália neste sentido temos as grandes potências europeias reunidas na
Santa Aliança e a base do direito cristão, em Viena vão restruturar a politica e o direito.
NO entanto, os efeitos da revolução francesa ainda eram bastante sentidos, quer a nível
europeu quer a nível internacional, isto é tanto nas potências europeias absolutistas (a
nível interno),mas internacionalmente estavam a tentar reparar os problemas do mundo
(guerras coloniais- EUA). Ao ocorrem diferentes situações levaram o Estado a tomar
decisões como: mais exigência da parte da população, graças à revolução industrial, a
nível económico e social. Os estados europeus respondem a estas exigências alterando a
sua forma de estar no sistema internacional, em primeiro lugar defendiam sempre os
seus interesses nacionais (sistema internacional diferente do de Viena), criando um
sistema internacional de nome concerto europeu que assentava no equilíbrio de poderes
entre as principais potências europeias e no contexto de defesa do direito internacional,
a base cristã vai ser posta de lado e a tese de Hugo irá brilhar. Uma vez em concerto
europeu, os Estados formam alianças porque entram em conflitos regionalizados e as
alianças vão degenerar na 1GM (Santa Aliança e Tríplice Aliança), começam por ser
alianças defensivas mas quando é assassinado o duque, dá-se a 1GM.
Na 1GM, o direito internacional, não foi o suficiente para evitar tal tragédia, logo com o
fim das hostilidades surge preocupação por parte da população, políticos, e académicos
em estudar, sistematizar os fatores que conduzem a guerras e como devemos evita-las é
neste sentido que surge a vertente teórica das ri e as ri. Na sua vertente teórica vai existir
um embate entre o realismo, o idealismo e o internacionalismo liberal como tentativa de
união entre as outras oposições. O realismo não foi sistematizado como teoria porque a
disciplina não existia, é portanto a forma de comportamento dos Estados desde o seu
nascimento em Vestefália e após a 1GM surge um novo otimismo que hão-de organizar
a nova ordem internacional expressa na proposta do presidente americano Widrow
Wilson, que são os 14 pontos de Wilson, em que uma das propostas mais importantes
era a criação da Sociedade das Nações que deu errado uma vez que os EUA (os
criadores), não estavam presentes na mesma. E 1929, dá-se o crash da bolsa e dá-se a
grande depressão, criando o clima perfeito de condições para se iniciar a GM
(1939-45),nesta 2GM já existia a teoria das ri, então chega-se a conclusão que é mais
importante estudar com grande rigor as ri e a sua teoria que vão dar suporte teórico e
epistemológico reforçando-se
As teorias de ri dão suporte epistemológico as ri, porque existe uma relação entre
epistemologia, ontologia e metodologia, são estas ferramentas (juntamente com a teoria
das ri) que me permitem fazer um estudo aprofundado e sustentado das ri.
O que é a epistemologia? É o conhecimento prévio/ filosófico que o académico das ri
tem para estudar o seu fenómeno, que pode resultar da observação empírica/ abstração.
Já a ontologia é fundamentalmente aquilo que eu quero estudar, isto é, o meu objeto de
estudo, mas em ri temos um problema com o objeto de estudo que é que o mesmo é
dinâmico, e só se pode fazer generalizações com mesmo porque este não é exato, muitas
das vezes nem o conseguimos ver (Ex: Estado). Contudo as questões que mais
preocupam os académicos são substantivas (concretas), mas atrás das mesmas estão
questões metafisicas (obrigadas a ter resposta, Ex: Qual a fonte da autoridade: moral ou
politica?). A metodologia, vai depender do nosso objeto de estudo e do nosso tipo de
conhecimento, existem 2 tipos de metodologia principais: a positivista e a
pós-positivista. A primeira utiliza o método hipotético dedutivo, e põe sempre a razão
em primeiro lugar, já a segunda vai pela interpretação, inferência de dados, e não coloca
todo o peso na razão, pois tem em conta as paixões (gostos, personalidade, etc…).
Metodologia é diferente de métodos, estes são a técnica utilizada para concretizar a
nossa metodologia (entrevistas, bibliografia.)
Qualquer estudo de ri, tem de ter por estudo uma forte teoria de ri, e esta tem de ter um
grande estudo do triângulo.
AULA 4
Ao utilizar uma teoria das ri, para estudar uma realidade empírica, está-me a ajudar a
decifrar um fenómeno internacional. Um fenómeno internacional permite-me estudar as
guerras através do realismo, contudo os académicos em vez de utilizar as teorias
enfiam-se em discussões sobre as mesmas.
As teorias de ri exigem um maior nível de abstração que a realidade empírica, uma vez
que estou num sistema conceitual, ou seja, necessita de ser observável aos nossos olhos
mas necessita de abstração do nosso pensamento mais do pensamento do autor.
Até hoje houve 2 grandes debates de ri e estamos a viver o terceiro, e tendo em conta
estes debates, da realidade empírica e das teorias de ri, é possível classificar as mesmas
por graus de abstração.
1) Realidade Empírica
2) Teoria das Relações Internacionais
3) Meta Teoria
O que é mais explicativo numa determinada teoria das ri? O agente ( O estado são
agentes que atuam no s.i) ou a estrutura(Aquilo que suporta o s.i no qual os agentes
funcionam)? Existe um longo debate sobre qual o mais importante estudar, daí a
existência das teorias sistémicas ou reducionistas, estas distinguem-se porque
causam efeitos causais e outras causam efeitos constitutivos
Já as teorias sistémicas, são aquelas que para além dos efeitos causais entre os
agentes, isto é, o comportamento que os agentes provocam entre si, elas estudam a
estrutura do s.i e consideram que a mesma influência da formação dos agentes, isto
é, qualquer agente que exista no s.i é influenciado pela estrutura do s.i, o mesmo
tempo o agente também produz efeitos constitutivos sobre a estrutura, ou seja, os
agentes também influenciam a forma como a estrutura do s.i é formada, então há
efeitos bionímicos entre os agentes e a estrutura, porque ambos se influenciam na
sua constituição.
AULA 5
O principal objetivo é posicionar cada teoria num gráfico que constrói sobre a
construção social, isto é analisar a construção social de cada teoria.
A construção social década teoria das ri , ou seja o quantidade de construção social das
ri, uma vez que ele é construtivista logo acredita que a realidade é empírica é baseada
nas perceções/ideias, isto faz com que seja uma realidade socialmente construída, mas
acontece que nem todos os académicos pensam assim, daí ele fazer o gráfico acima para
posicionar as teorias de ri e coloca-las de acordo com a quantidade de construção social
que cada uma tem.
O Idealismo por sua vez afirma que o s.i é constituído por aquilo
ideias/perceções/costumes, é uma realidade empírica socialmente construída, desta
forma implica uma grande construção social. Para os idealistas as forças materiais
existem só que ficam em segundo plano, uma vez que as ideias predominam. Considera
que a estrutura do s.i tem influência sobre a constituição dos agentes, logo estamos nos
efeitos constitutivos.
O Olismo significa que vê o todo, o mesmo diz que a estrutura do s.i, é composta por
agentes que são influenciados pela estrutura, ou seja, o peso explicativo da estrutura é
maior que no individualismo, porque no individualismo só existem efeitos causais, ao
contrário o olismo privilegia os efeitos constitutivos, daí possuir uma maior construção
social.
Após 1GM a teoria das ri que sai com vigor é o Idealismo embora o Realismo
também fosse estruturado.
Os idealistas muitas vezes equivalem ao utopismo, por isso, é que é pouco utilizado.
Será que o Idealismo considera que existe muito conflito do s.i ou cooperação e
interdependência entre os Estados? Considera que existe uma maior cooperação na
verdade o pano de fundo daquilo que é o palco das relações internacionais para os
Idealistas é chamado de comunidade internacional, a mesma é um local onde existe
uma cooperação plena entre os Estados, obviamente que isto é utópico, daí
consideram que não existe anarquia internacional, ou seja, não há uma autoridade
acima dos Estados, o que significa que os mesmos estão sozinhos no sistema
internacional, logo vão procurar maximizar o seu poder para garantir segurança,
segundo os idealistas, existe anarquia em termos técnicos não existindo qualquer
autoridade superior aos estados, não impedindo que os Estados cooperem
mutuamente porque é a natureza humana.
AULA 6
Nada limita a ação dos Estado a não ser a própria autolimitação da total liberdade de
ação por parte dos mesmos no s.i, alias os estados atuam sempre com a consciência
que no s.i existem outros estados que agem da mesma forma, deste modo o estado
vai-se armar no caso de um eventual conflito e os outros estado também se armar
porque o outro está armado. Então para o estado garantir a própria segurança vai-se
armar, originando uma corrida militar que John Eds chamou de dilema da
segurança, o dilema consiste em: Armo ou não?
Se optar por armar estou a criar uma corrida militar, caso não o faça fiqco
vulnerável em relação aos outros Estados. Tendo em conta que os estados vivem
numa situação de proteção própria logo os mesmos vivem numa Anarquia
Internacional, a mesma não é o caos, tem leis próprios das quais os estados vivem e
é criada pelo comportamento dos estados devido à busca de armamento( responsável
pela anarquia)para a busca de segurança.
O realismo assenta numa visão positivista da realidade, pois olha para a realidade
empírica concretamente, ou seja de forma racional no qual a realidade não passa de
um dado adquirido ao contrário das visões pós-positivistas que vem a realidade
através de perceções / valores que se interpretam.
1) O realismo político acredita que a política e a sociedade são governadas por leis
objetivas que têm raízes na natureza humana para melhorar a sociedade é
necessário entender que as leis pelas quais a sociedade se governa. A politica
obedece a princípios objetivos racionais e constantes, são constantes porque
resultam da natureza humana, a existência de princípios permanentes e
imutáveis porque só resultam da natureza humana e a mesma é constante
durante uma determinada época.
2) A principal sinalização que ajuda o realismo político a situar-se no centro da
política internacional é o conceito de interesse em termos de poder. Este
conceito fornece um elo entre a razão que procura compreender a política
internacional e os factos a serem compreendidos. A política é uma esfera de ação
da própria natureza humana, uma ação feita com interesse que os estados
designam de poder, o poder definido como o resultado dos interesses. Existe
uma união entre o poder dos interesses e o poder dos estados que é diferente da
natureza humana. É diferente da natureza do estado, o homem enquanto pessoa
pode fazer coisas que o homem de estado não poder.
3) O realismo parte do princípio que o seu conceito chave é o interesse definido
como poder e uma vez que isso constitui uma categoria objetiva, universalmente
válida, mas não outorga a esse conceito um significado fixo e permanente, ou
seja o interesse não é imutável ele pode sofrer alterações. Para a política é
imutável a defesa dos interesses através do poder.
4) O realismo é consciente da significação moral da ação politica assim como é
igualmente a tensão inevitável existente entre o mandamento moral e as
exigências duma ação politica de êxito, isto é , os indivíduos podem agir de
acordo com os princípios morais se assim entenderem, mas estes não podem
guiar as ações do estado, uma vez que estes não podem ser guiados por ações
morais, visto que põe em causa os seus cidadãos.
5) O realismo politico recusa-se a identificar as aspirações morais de uma
determinada comunidade com as leis morais que governam o universo, uma
coisa é saber distinguir o bem/mau no âmbito das relações entre as nações. Não
há relativismo moral e as leis morais do estado não se podem sobrepor as leis
morais universais.
6) Portanto, é real e profunda a diferença entre o realismo politico e outras escolas,
o realista politico sustenta a autonomia da esfera politica, raciocina em termos
de interesse definido como pode enquanto o economista pena em função do
interesse definido como riqueza. Cada esfera de ação tem os seus próprios
princípios de ação humana.
Idealismo
X 🡪 Internacionalismo Liberal
Realismo
O internacionalismo liberal é uma tentativa de uma 3º via de construção
intermédia entre os dois grandes opostos. É um meio-termo entre o idealismo e o
realismo, considerando que o sistema internacional da era vitoriana era o bom
para garantir a estabilidade e possibilidade de os estados realizarem comércio
livremente.
As condições após a 1GM não eram as mesmas e os internacionalistas
reconhecem as nações unidas na ordem internacional, as novas condições
alteraram o s.i, contudo consideram que é possível apesar das alterações criar-se
um sistema internacional com regras comuns entre os estados e os indivíduos,
logo uma sociedade internacional. Os estados e os indivíduos eram ambos atores
nas ri e ambos podiam ter uma ação concreta na paz e no comércio (liberalização
da economia), porque a paz e a estabilidade davam as mãos ao comércio, e o
mesmo é necessário para alcançar a paz.
O seu pano de fundo é a sociedade internacional e os seus atores são os estados (
neles estão os indivíduos incluídos e há a possibilidade de haver
cooperação/conflito, porque não há exageros do idealismo- cooperação- nem do
realismo-conflito.) e indivíduos (participantes do s.i enquanto membros do
estado).
A grande questão do 1GD das RI é: Existe ou não Anarquia? Para os Idealistas não.
Para os realistas sim. Para os defensores do internacionalismo liberal não existe nem
deixa de existir porque existe uma sociedade internacional. No 2 GD entre o
neorrealismo e o institucionalismo neoliberal ambos aceitam a existência de a anarquia,
então colocam a pergunta: Qual a possibilidade de limitar a anarquia internacional?
AULA 7
Segundo Kenneth Watlz, os EUA, na década de 70 são afetados pelas crises petrolíferas,
guerra no médio oriente, que acaba por gerar uma crise mundial. Desta forma, surgem
teses que valorizam os elementos menos estatais das ri, porém no final da década.
Porém quando Reagan sobe ao poder, nos anos 80, acontece o oposto, este governava
com o neoliberalismo (económico) e procurava recuperar o poder e a hegemonia
norte-americana através de programas militares (GF).
Por consequência, os EUA eram muito mais armados, e neste sentido a teoria das ri
acompanha a conjuntura internacional. Waltz reformula o realismo estruturado, dando
lhe o nome de neorrealismo. A principal característica desta teoria é a consideração que
o s.i é anárquico, e é a anarquia do s.i que faz com que os Estados se comportem da
forma que se comportam uma vez que procuram aumentar o seu poder no s.i.
Essa teoria difere do realismo clássico (anos 20-30) porque neste era o comportamento
das unidades, os estados que ao procurarem aumentar o seu poder dava origem à
anarquia internacional. Além do mais considera que ,os estados estão no s.i e
comportam-se para maximizar o seu poder, para serem mais poderosos do que os outros
e como meio para alcançar os seus fins(segurança,etc…). Logo o comportamento dos
estados no sistema internacional dá origem à anarquia internacional.
O neorrealismo parte do principio da premissa que o s.i é anárquico por natureza e que o
comportamento dos estados no sistema internacional, é em função de aumentar o sue
poder para se satisfazer é o resulta com o sistema internacional sendo anárquico. O
mesmo pretende estudar as regras internas da estrutura da anarquia interna do sistema
internacional.
Para os neorrealistas, o poder dos estados tem de estar dividido, ou melhor, na verdade
tem de dar a ideia aos restantes estados que o seu poder está dividido. EX: NATO; Pacto
de Varsóvia. O que interessa para o neorrealismo é o poder relativo que cada estado tem
ao nível do sistema internacional, não interessa as características internas (quantidade de
católicos, indianos, etc…) do estado, mas si só a população em bruto (PIB, território,
armamento), isto é, o poder em bruto. As proximidades ideológicas não interessam, o
que interessa é o poder dos mesmos.
Eddley Bull, identifica a questão de que não interessa as características internas mas só
o poder do estado no sistema internacional, face aos outros, através de uma questão: Se
depois da 2GM, tivessem ascendido as superpotências, EUA e o UK, teria existido uma
guerra fria? Do ponto de vista de Edley Bull é que de facto não existiria guerra fria entre
os dois blocos, uma vez que têm proximidade cultural, ideológica , sobrepondo-se estes
fatores. Segundo o neorrealismo e as premissas de Waltz, existiria uma guerra fria
porque as opções ideológicas entre os estados são aspetos internos e isso não conta para
as R.I, o que conta são as questões ligadas ao poder, ou seja, iria existir guerra porque
ambas iriam querer controlar o mundo, tendo mais poder, mas só uma é que conseguiria.
Qual será o ator das RI no neorrealismo? O estado é o ator por excelência nas ri, temos
uma visão do sistema internacional enquanto possivelmente conflitua. No entanto os
estudos até consideram a possibilidade da cooperação internacional, só que é reduzida,
pois as instituições internacionais não passam da mera soma da vontade dos seus
estados membros, desta forma, os estados membros ao utilizarem as intiuiçõe
internacionais aumentam o seu poder. E quem faz parte das mesmas? Os estados
pequenos uma vez que encontram lá uma forma de mitigar o seu poder.
Como é obvio o neorrealismo é adaptado para a sua época e é criticado por não
considerar a mudança, a existência da organização supranacional, por outro lado é
também criticado por não concordar a 100% com a cooperação internacional entre os
estados, ou seja, é apenas viável quando beneficia os ganhos relativos dos estados ( que
é complicado de medir e é por isso que os estados confiam mais nas suas capacidades
próprias.
As premissas:
1) O estado é o ator por excelência das ri atuando de acoro com os seus interesses
só que em quanto numa é interesses económicos na outra eram militares
2) O poder também é uma variável importante a ter em conta na avaliação do
sistema internacional.
3) O institucionalismo neoliberal também vê as ri como anarquia internacional.
O institucionalismo está posicionado onde está por causa da autonomia das instituições,
e no individualismo porque o estado é o principal ator.
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AULA 8
Por outro lado, no sistema internacional , na nova sociedade internacional surge novas
organizações que por consequência é necessa´rio o estudo da razão que leva aos estados
a participar nessas organizações, será que é pelosmesmos terem interesses / valores
omuns e sentirem assim a necessidade de regras/ padrões de comportamento iguais para
normalizar e pacificar a sociedade internacional de forma a não de reviver a a GF.
Importa-se aquilo que era o Idealismo( anos 20) misturado com o Direito Internacional,
porque os estados não queriam uma GF outra vez, então tal como no final da 1GM, no
fim das transformações do pós- guerra fria e por isso é que se dá as importações da
teorias da sociologia.
Robert no seu discurso havia chamado abordagens reflexivistas, contudo o mesmo não o
é apenas as nomeou.
O comportamento pode não ser comum porque se houver um conflito devido aos
interesses que s e sobrepõem aos valores/regras comuns estabelecidas, e alias um
conflito muitas das vezes serve para equilibrar o s.i.
As redes normativas em geral ( os conflitos são a exeção), afirmam que as nornas são o
cumprimento das regras, então estas servem para padronizar o comportamento dos
agentes na sociedade internacional, dando origem ao que Ernest Ast chama de
comunidades epistémica, as mesmas são grupos especializados numa determinada
“issue area” que vai possuir um grande e profundo conhecimento sobre a tal área e que
a ao atuar na sociedade internacionalmente podem mesmo influenciar a politica externa
dos estados.
O construtivismo é das teorias das ri a que tem cada vez mais vem ganhando adeptos no
século XXI, mas os académicos de ri procuram cada vez mais fugir das teorias
extremas, daí adotarem o construtivismo como teoria que cobre os seus estudos de
forma a obter legitimidade acerca da realidade empírica.
AULA 9
A proposta das ri para a América do Sul, tem início no século xix, pois é quando
terminam os processos independentistas das antigas colónias espanholas e portuguesas,
formando-se estados que se assumiam como Repúblicas ou Impérios (Brasil). Desde o
século xix até 1930 é chamado o modelo liberal conservador.
Este modelo liberal conservador acredita que os estados latinos estavam preocupados
com o reconhecimento dos estados europeus, para poderem poder participar no sistema
internacional, daí alinharem-se aos EUA na politica eterna para trabalharem em
conjunto, sendo obrigados a cumprir certas imposições por parte dos americanos. O
Brasil tinha muito a perder com isso, em particular a hegemonia sobre a América do
Sul.
O Brasil e os EUA formaram uma aliança não escrita no qual o Brasil se vai subjugar
aos EUA, a nível económico, perdendo desta forma a hegemonia da América do Sul. No
final do século xix as novas repúblicas adotaram o método de comércio igual aos dos
países colonizadores, que é uma economia liberal, e neste sentido o comércio feito entre
os países latinos entre si mantinham-se iguais às da metrópole com as colónias, isto é, o
lucro do estado era o mais importante de se obter independentemente do outro,
produzindo e vendendo os seus produtos para obter lucros do comércio exterior.
É por isto que se dá o nome de modelo liberal conservador que vigora até 1930, onde a
situação se alterna por causa da grande depressão instalada mundialmente, criando uma
fase de intermédio em que os estados se vão tentar adaptar as novas mudanças
económicas que dura até 1945. A partir de 1942, os estados latinos começam a saber
gerir as suas relações externas através da “ Diplomacia de Barganha”.
Esta diplomacia de Barganha tem o seu auge em 1942, quando os estados latinos ( em
especial o Brasil e o México), não definem um lado, ou seja, tanto ajudam os nazis
como os opositores, negociando, cedendo e fazendo exigências de forma a obter
vantagens económicas. Acabem em 1943, quando o presidente americano e o presidente
brasileiro se encontram por receio de uma invasão no brasil, e a partir daí seria muito
fácil alcançar o território americano, daí oferecem uma quantia generosa ao Brasil, e
desta forma trazem-no-lo para o lado dos Aliados.
Em 1945, com a guerra terminada, as condições existentes na América do Sul são muito
diferentes, e desta forma acaba o período de intermédio de mudança e entra em colapso
o modelo liberal conservador. O povo desejava pelo desenvolvimento económico dos
estados, mas na verdade o que acreditavam era num desenvolvimento industrial que não
possuíam e então confundiam os dois conceitos.
Este modelo desenvolvimentista acaba em 1982, quando ocorre uma crise financeira
mundial e os países latinos se veem forçados a recorrem a instituições financeiras
internacionais ( FMI, Banco Mundial, etc..) onde são impostos a medidas económicas,
criando uma nova fase, o modelo neoliberal. O modelo neoliberal tem na base o
cumprimento das exigências das instituições financeiras, ou caso contrário não
emprestam dinheiro aos estados, é aqui que surge o consenso de Washington.
A partir do seculo xix começaram a subir ao poder, nas eleições democráticas, líderes de
esquerda dentro do espevtro da politica de esquerda e direita e os mesmos muitas vezes
eram outsiders políticos que não compunham uma esquerda/direita unitária. Como
consequência de uma subida ao poder de várias esquerdas ( Brasil- Lula; Equador .
Rafael Correia; Venezeuela- Hugo Chaves; Argentina- néstor kirchner), todas elas
diferentes umas das outras.
Pode-se esquematizar assim: esquerda nacionalista (Hugo Chavez); a esquerda mais
social democrata (Lula e Tabarez Vasquez – Uruguai)e os kirchners adotaram uma
postura muito neodesenvolvimentista. Contudo o modelo que foi estruturado no Brasil
chamado, o modelo logístico, com lula e caí no 2º mandato de Dilma.