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Introdução às Relações Internacionais- Resumos meus

AULA 1

As relações internacionais têm por significado ou definição todas as relações de


qualquer ordem (política, religiosa, militar, económica, social, etc…) que se
estabelecem no sistema internacional por atores e em que a sua ação terá impacto fora
das fronteiras nacionais. As mesmas podem ser realizadas por indivíduos (os
diplomatas) e contém todas as relações (políticas, económicas e socais, ect) por parte do
Estado. Aliás, até as próprias transnacionais ao criarem uma rede de investimento entre
os países tornando-se assim parte das r.i. Não é de esquecer que as mesmas não são
unicamente e exclusivamente uma ação diplomática, alias podem ser militares,
económica, etc.

É bastante comum confundir os termos de r.i e de política internacional. Na verdade a


p.i restringe as relações internacionais apenas e unicamente ao domínio político e a um
grupo de atores também mais restrito, pois a política internacional é apenas o domínio
político das relações entre o Estado e os atores estatais, logo a mesma é o grande campo
político entre as relações intraestatais e os atores não estatais desde que estes tenham
sido manipulados pelo Estado para que o mesmo obtenha os seus objetivos políticos.

O ator é definido como um participante de um processo ou fenómeno. Os teóricos de RI


concebem o sistema internacional como um cenário fazendo analogia ao teatro,
enquanto os participantes deste são atores, estes seriam entes que participam
efetivamente nos fenómenos internacionais. A determinação do qual participa nos
processos de ri varia segundo a abordagem teórica. Existem 2 tipos de atores principais
em ri: Em primeiro lugar são os atores estatais que são aqueles que têm características
estatais tais como: a soberania, um monopólio legitimo de força, autonomia para
escolher as orientações políticas e económicas, a população e um território sobre a sua
tutela) o melhor exemplo de um ator estatal é o próprio Estado independentemente da
sua nacionalidade; O segundo tipo de atores são os atores não estatais que são aqueles
que não são unidades de soberanas e normalmente têm presente a ausência de uma ou
mais características citadas nos atores estatais, um dos melhores exemplos de atores não
estatais são as transacionais.
No entanto também existe atores na pi e a ação dos mesmos influencia as relações
intraestatais e leva à alteração da política externa dos estados, deste modo os atores
intergovernamentais são manipulados pelos Estados para obter os seus desejados
objetivos políticos.

Segundo Kenneth Waltz é melhor ser honesto no domínio de análise e escolher só a pi


do que tentar ser demasiado abrangente, porque se já é complicado estudar a pi mais
complicado será ainda de estudar a política e económica internacional juntas.

O sistema Internacional(pi) é um conjunto de regras a cumprir que os Estados se


vinculam a cumprir de forma obrigatória para garantir a convivência pacifica entre os
mesmos, as regras são criadas pelos mesmo, mas, no entanto, pode acontecer a guerra
como o reequilíbrio do sistema. Já a sociedade internacional (ri) de acordo com Medley
Bull ao aplicar este termo à UE, define sociedade internacional como quando além de
regras, existem valores, normas e interesses comuns entre os vários atores que
participam nessa sociedade, estes valores são veiculados por instituições internacionais
como por exemplo: o comércio internacional, o regime/ as organizações.
Para ser um sistema internacional não necessita de ser uma sociedade internacional, isto
deve-se ao facto de que eu só tenho regras comuns de comportamento, mas no entanto
para ser uma sociedade suponha-se que eu tenha mais do que regras comuns a partir das
quais eu vou desenvolver os meus interesses, valores e normas comuns que irão ser
partilhados nas instituições internacionais que vão formar a tal sociedade internacional.

Segundo Jean Beauden Soberania é o poder que não é exercido por mais ninguém de
forma igual tanto na ordem interna como na externa, portanto se não tem ordem
superior todos os Estados no sistema internacional são iguais entre si, nenhum vale mais
que o outro, embora alguns possam ter mais poder que outros, criando desta forma um
sistema anárquico (ANARQUIA =Não é doutrina política mas a ideia de ausência de
autoridade política, supranacional, capaz de coordenar, mediar, as ações do atores do
sistema. Um dos fundamentos do chamado PPC Realista Estrutural. Transpõe-se
diretamente da discussão da formação do Estado por Hobbes.) porque não existe uma
autoridade superior aos Estados na ordem internacional, um bom exemplo deste é a
ONU, pois a mesma é composta por estados e as suas decisões decididas pelos mesmos
e todos esses Estados tem soberania própria.

Soberania –Nas RI’s é a qualidade do poder político de um Estado, que não está
submetido a nenhuma autoridade, é a suprema, independente autoridade final. É o
atributo de um Estado que se refere aos seus direitos de exercer, completamente,
jurisdição sobre seu próprio território. Em RI’s, Estados, enquanto unidades soberanas,
tem o direito de serem autônomos e independentes internamente e de serem
reconhecidos pelos demais Estados do Sistema. Ainda que variem em poder, em termos
de soberania todas são entidades iguais. Por isso soberania é um conceito horizontal
(nas relações entre iguais) e vertical (poder absoluto sobre sua jurisdição).

Relações Internacionais – É a disciplina que estuda os fluxos de toda a ordem (politica,


social, etc...) que ocorrem entre todos os atores e cuja ação terá impacto fora das
fronteiras nacionais.

Relações internacionais- São os fluxos de toda a ordem (politica, social, etc…) que
ocorrem entre todos os atores e cuja ação terá impacto fora das fronteiras nacionais.
Politica Internacional- É a disciplina que estuda os fluxos políticos que ocorrem entre os
Estados e os atores não estatais desde que estes tenham impacto nas relações estatais ou
que tenham sido manipulados pelos Estados para estes alcançarem os seus grandes
objetivos políticos.

Politica internacional- São os fluxos políticos que ocorrem entre os Estados e os atores
não estatais desde que estes tenham impacto nas relações estatais ou que tenham sido
manipulados pelos Estados para que estes alcancem os seus grandes objetivos políticos.

Nação – Conjunto de indivíduos ou povo de um país que habitam o mesmo território,


falam a mesma língua, têm os mesmos costumes e obedecem à mesma lei. Geralmente
são da mesma raça. Segundo Viotti, não são um grupo de pessoas com uma identidade
comum. Na gênese da disciplina de RI’s nação, Estado e Estado Nação eram tratados
como sinônimos. Relações Internacionais eram tratadas como relações entre Estados e
não entre nações. De fato, sabe-se que um Estado pode conter uma ou mais nações da
mesma forma que pode haver nações sem territórios

Estado É uma forma organizacional cujo significado é de natureza política. É uma


entidade com poder soberano para governar um povo dentro de uma área territorial
delimitada. As funções tradicionais do Estado englobam três domínios: Poder
Executivo, Poder Legislativo e Poder Judiciário. Numa nação, o Estado desempenha
funções políticas, sociais e econômicas. Também são designadas por Estado, cada uma
das divisões político-geográficas de uma república federativa. Estas divisões são
autônomas e possuem um governo próprio regido por uma estrutura administrativa
local.

Um Estado-nação é constituído por uma massa de cidadãos que se considera parte de


uma mesma nação. Sob essa perspectiva, podemos afirmar que todas as sociedades
modernas são Estados-nações, isto é, todas as sociedades modernas estão organizadas
sob o comando de um governo instituído que controla e impõe suas políticas.

Muito embora a entidade do Estado tenha existido em vários momentos de nossa


história, há algumas características que diferenciam os Estados-nações modernos que
observamos hoje daqueles que surgiram em sociedades tradicionais e não industriais.
AULA 2

O objetivo de estudo das relações internacionais é conseguir compreender, explicar o


sistema internacional, de forma a conseguir retirar algumas probabilidades de
comportamento, visto que não existem leis absolutas nas ciências sociais (apenas
podemos escolher e distinguir as nossas variáveis). Fundamentalmente existem 2 tipos
de variáveis: as dependentes e as independentes. As primeiras são aquelas que eu
pretendo estudar, enquanto as segundas já são o conjunto de condições que conduzem a
um determinado fenómeno. Esta corelação entre as variáveis não estabelece relações
absolutas, mas sim tendências de comportamento.

O que é a política externa? A política externa é a política de estado para fora das
fronteiras nacionais, definida como uma linha estratégica que pretende alcançar os
objetivos do estado traçados pelo mesmo para que o sistema internacional seja favorável
e ter a possibilidade de alterá-lo quando está em situação desfavorável. Politica
estratégica que tanto é como politica de estado como é politica de governo, onde se
utiliza para situações multilaterais e bilaterais do estado frente aos restantes atores
internacionais. É de estado no sentido em que quem manifesta o comportamento para o
sistema internacional através da sua política é o estado (tem de ter 1 politica de externa
sujeita a poucas mudanças). Então a política externa é característica do Estado, porém a
política externa, tem que ser constate pois uma política externa não pode estar sujeita a
mudanças de governo para não por em causa a credibilidade do Estado. É uma política
de estado ou de governo muito pouco politizada, no sentido em que desperta muito
pouco interesse sobre a população, existe sim o debate entre os eleitores durante as
campanhas eleitorais. Sofre de fenómenos externos que a alteram e obrigam a política
externa a alterar-se perante esses fenómenos internacionais e até mesmo
condicionalismos internos.

INTERESSE NACIONAL
INTERESSE NACIONAL

A política externa não pode ser uma flutuação demasiado alta nem demasiado baixa, a
mesma tem de estar limitada pelo interesse nacional tanto para cima como para baixo,
caso ultrapasse a mesma esta política estaria à deriva.

Relações Internacionais é uma disciplina autónoma que advém da autonomia disciplinar


da ciência politica pois tem: um objeto de estudo próprio, teorias próprias de estudo e
uma metodologia própria de estudo, tratam da multiciplidade de poderes políticos
soberanos no sistema internacional, a 1GM deu origem às relações internacionais e após
a 2GM ganharam dinâmica. Demonstrou aos académicos e população em geral que as
outras disciplinas até então estudadas como o direito internacional e afins, já não eram
capazes de avaliar as grandes guerras porque tinham acontecido um conflito de grandes
dimensões. Logo criou-se uma disciplina internacional para que nenhuma guerra
daquelas dimensões voltasse a acontecer. A mesma é interdisciplinar uma vez que
recorre a outras disciplinas para fazer o seu estudo to tem vantagens (permite um estudo
bem mais abrangente do objeto de estudo através dos vários pontos de visa de cada
disciplina) e desvantagens (pode transformar a disciplina num conjunto de várias,
perdendo a sua autenticidade e transformar-se num conjunto de objetos de estudo sem
ter um objeto de estudo próprio).

AULA 3

O nascimento das relações internacionais que deu origem às mesmas foi a 1GM, mas o
que é facto é que houve um longo processo por detrás que se foi “cozinhando” ao longo
dos tempos o nascimento destas após a 1GM, e de facto que aquilo que temos é que a
politica enquanto discurso que precede aos discurso teórico das relações internacionais,
encontra uma dualidade nas suas origens: Aristóteles e Platão.

Platão defende claramente a tese cognitiva de que para se alcançar a ideia do bem, só se
consegue através do universalismo, centralismo e unidade e por isso vai influenciar St.
Agostinho (este vai acabar por defender a tese protestante). Enquanto Aristóteles
defende o associativismo, pluralismo e vai acabar por influenciar São Tomás de Aquini
(este é um eclesiástico). Os eclesiásticos colocam grande enfase na razão e quer
Aristóteles quer Platão vão influenciar imensamente o humanismo (sobretudo na tese
protestante). Aristóteles acaba por defender a divisão, e a sua ideia vai influenciar o
grande Monstequei, que por sua vez vai influenciar a Constituição Americana que faz a
divisão do Estado em regiões, ou seja, em Estados federados.

Ao longo do tempo sempre foi o Direito quem regulava as relações entre os indivíduos e
as diferentes comunidades existentes, mais especificamente este era designado como;
Direito Interno. Existia outro que era o Direito Internacional que regula as relações dos
Estados uns com os outros. Antigamente (Aristóteles e Platão) só se tinha um direito
que regulasse as comunidades ao mesmo chamava-se de “Direito das Gentes” e têm
uma conceção muito específica, onde o mesmo tinha a função de regular as relações
entre os indivíduos e a comunidade (pq na altura não havia Estados, quanto muito
cidades-estado).

No Império Romano, é acrescentado ao Direito das gentes, uma sistematização das


regras que regulavam o mesmo chamada “jus centile” e quando Roma inicia a sua
expansão é introduzida uma nova clausula para regular as relações que existiam entre os
romanos e os não romanos que faziam parte do Império chamada “praeter pregrenius”.
Até ao momento o direito sempre teve uma base laica, isto é, sem qualquer influência da
religião, a base do mesmo sempre foi fundamentalmente moral. Quando se inicia a
época feudal (Idade Média) assiste-se a disputa entre o Império Germânico, os
principados Feudais e a Igreja Católica pelo legado do Direito Romano, e o mesmo vai
ser apropriado e adaptado pela Igreja Católica, sendo-lhe introduzido uma base cristã e
expansível toda a cristandade.

Após a época feudal dá-se um acontecimento que vai ser o nascimento das ri, devido
aos descobrimentos que é a criação a nível de conteúdo e conceptual, não de realidade
das palavras “Estado” (Maquiavel) e “Soberania” (Jean Bodin).Na revolução científica
Hugos Procius propõe uma tese jusnaturalista do Direito, mas a sociedade ainda não
estava pronta para tal acontecimento. A partir desta revolução assiste-se ao
aparecimento de inúmeros estados que vão ganhando forma, em especial no Congresso
de Vestefália, no qual se organizou-se o conceito de Estado com “ Quem tem a região,
tem a religião” ou seja, quem tem a região tem o poder de decidir qual a religião a
aplicar nesse mesmo território, logo quem tem uma determinada região é quem manda
internacionalmente no mesmo quer seja em relação a questões religiosas, como questões
internas e também existe questões externas que levam a cabo a politica externa. Se eu
tenho um conjunto de estados soberanos, determina-se que o Estado seja um território
onde habita um povo regulado por um poder político.

Em Vestefália também é criado sistema internacional, daí ser necessário recuar até
Vestefália para entender a criação das ri, pois esta congresso vem regular as relações
entre Estados, e o direito das gentes começa a desejar ser adaptado de modo a poder ser
ele a regular as relações entre os Estado e não o direito católico. Por isso, o direito das
gentes vai-se dividir em 2: o direito interno dos estados (que regula as relações entre os
indivíduos e as comunidades desse próprio estado e dos outros estados, a sua base
continua a ser de influência cristã) e o direito internacional (aquele que regula entre os
Estados soberanos no sistema internacional e também tem a sua base cristã).

A ordem veio ser abalada anos mais tarde com a revolução francesa, onde estes
invadem a Europa por completo dando origem a guerras nas colónias latino-americanas,
as mortes, etc. é necessário reunir outra vez um congresso, o Congresso de Viena (1815)
para repor a ordem alterada pelos franceses, ou seja, repor a ordem criada pelo
Congresso de Vestefália neste sentido temos as grandes potências europeias reunidas na
Santa Aliança e a base do direito cristão, em Viena vão restruturar a politica e o direito.
NO entanto, os efeitos da revolução francesa ainda eram bastante sentidos, quer a nível
europeu quer a nível internacional, isto é tanto nas potências europeias absolutistas (a
nível interno),mas internacionalmente estavam a tentar reparar os problemas do mundo
(guerras coloniais- EUA). Ao ocorrem diferentes situações levaram o Estado a tomar
decisões como: mais exigência da parte da população, graças à revolução industrial, a
nível económico e social. Os estados europeus respondem a estas exigências alterando a
sua forma de estar no sistema internacional, em primeiro lugar defendiam sempre os
seus interesses nacionais (sistema internacional diferente do de Viena), criando um
sistema internacional de nome concerto europeu que assentava no equilíbrio de poderes
entre as principais potências europeias e no contexto de defesa do direito internacional,
a base cristã vai ser posta de lado e a tese de Hugo irá brilhar. Uma vez em concerto
europeu, os Estados formam alianças porque entram em conflitos regionalizados e as
alianças vão degenerar na 1GM (Santa Aliança e Tríplice Aliança), começam por ser
alianças defensivas mas quando é assassinado o duque, dá-se a 1GM.

Na 1GM, o direito internacional, não foi o suficiente para evitar tal tragédia, logo com o
fim das hostilidades surge preocupação por parte da população, políticos, e académicos
em estudar, sistematizar os fatores que conduzem a guerras e como devemos evita-las é
neste sentido que surge a vertente teórica das ri e as ri. Na sua vertente teórica vai existir
um embate entre o realismo, o idealismo e o internacionalismo liberal como tentativa de
união entre as outras oposições. O realismo não foi sistematizado como teoria porque a
disciplina não existia, é portanto a forma de comportamento dos Estados desde o seu
nascimento em Vestefália e após a 1GM surge um novo otimismo que hão-de organizar
a nova ordem internacional expressa na proposta do presidente americano Widrow
Wilson, que são os 14 pontos de Wilson, em que uma das propostas mais importantes
era a criação da Sociedade das Nações que deu errado uma vez que os EUA (os
criadores), não estavam presentes na mesma. E 1929, dá-se o crash da bolsa e dá-se a
grande depressão, criando o clima perfeito de condições para se iniciar a GM
(1939-45),nesta 2GM já existia a teoria das ri, então chega-se a conclusão que é mais
importante estudar com grande rigor as ri e a sua teoria que vão dar suporte teórico e
epistemológico reforçando-se

As teorias de ri dão suporte epistemológico as ri, porque existe uma relação entre
epistemologia, ontologia e metodologia, são estas ferramentas (juntamente com a teoria
das ri) que me permitem fazer um estudo aprofundado e sustentado das ri.
O que é a epistemologia? É o conhecimento prévio/ filosófico que o académico das ri
tem para estudar o seu fenómeno, que pode resultar da observação empírica/ abstração.
Já a ontologia é fundamentalmente aquilo que eu quero estudar, isto é, o meu objeto de
estudo, mas em ri temos um problema com o objeto de estudo que é que o mesmo é
dinâmico, e só se pode fazer generalizações com mesmo porque este não é exato, muitas
das vezes nem o conseguimos ver (Ex: Estado). Contudo as questões que mais
preocupam os académicos são substantivas (concretas), mas atrás das mesmas estão
questões metafisicas (obrigadas a ter resposta, Ex: Qual a fonte da autoridade: moral ou
politica?). A metodologia, vai depender do nosso objeto de estudo e do nosso tipo de
conhecimento, existem 2 tipos de metodologia principais: a positivista e a
pós-positivista. A primeira utiliza o método hipotético dedutivo, e põe sempre a razão
em primeiro lugar, já a segunda vai pela interpretação, inferência de dados, e não coloca
todo o peso na razão, pois tem em conta as paixões (gostos, personalidade, etc…).
Metodologia é diferente de métodos, estes são a técnica utilizada para concretizar a
nossa metodologia (entrevistas, bibliografia.)

Qualquer estudo de ri, tem de ter por estudo uma forte teoria de ri, e esta tem de ter um
grande estudo do triângulo.

AULA 4

O que é a Metodologia? É o conjunto racional/interpretativo de métodos que nos


perimem epistemologicamente estudar o nosso objeto de estudo. Ao construir uma
teoria de ri, eu construo um sistema conceitual, ou seja, um conjunto de conceitos que
me ajudam a estudar uma determinada realidade empírica.

Ao utilizar uma teoria das ri, para estudar uma realidade empírica, está-me a ajudar a
decifrar um fenómeno internacional. Um fenómeno internacional permite-me estudar as
guerras através do realismo, contudo os académicos em vez de utilizar as teorias
enfiam-se em discussões sobre as mesmas.

As teorias de ri exigem um maior nível de abstração que a realidade empírica, uma vez
que estou num sistema conceitual, ou seja, necessita de ser observável aos nossos olhos
mas necessita de abstração do nosso pensamento mais do pensamento do autor.
Até hoje houve 2 grandes debates de ri e estamos a viver o terceiro, e tendo em conta
estes debates, da realidade empírica e das teorias de ri, é possível classificar as mesmas
por graus de abstração.

1) Realidade Empírica
2) Teoria das Relações Internacionais
3) Meta Teoria

A meta teoria é a consequência entre o debate de 2 ou mais teorias de ri, exigindo um


grau de abstração superior ao da teoria, uma vez que falamos de discussão entre teorias
constituídas, logo o grau é superior . Os níveis de análise dependem daquilo que se
pretende estudar é precisa e criteriosa.

1) Quando o comportamento do Estado no sistema internacional resulta das


perceções, tomadas de decisões, personalidade do líder. EX: Correia do Norte
2) Se eu considerar o comportamento do Estado no sistema internacional resulta de
variáveis endógenas, mas não só focadas no líder, podem ser ligadas ao regime,
religião etc, ou seja, características internas de um Estado (a nível
nacional/estatal) EX: uma politica externa reativa ( atitude passiva no sistema
internacional) – Portugal; uma política externa ativa (participa no sistema
internacional) – EUA.
3) Quando eu quero estudar o comportamento do Estado no s.i a partir das
influências de Estado (inteiores&exteriores) como a influência que o s.i exerce
sobre si (Nível Sistémico) EX: Quaisquer pais servem
4) Quando eu quero estudar questões ditas globais, estou além do nível sistémico,
eu entro no nível global, ou seja, este é aquele que se preocupa com as grandes
questões que afetam a humanidade, + preocupado cm os problemas da paz,
guerra, alcance do desenvolvimento socioeconómico mundial. EX: Os objetivos
do milénio, a destruição dos habitas naturais
Nenhum nível de análise é mais importante/relevante que o ouro, é simplesmente
necessário fazer uma escolha muito precisa do nível de analise que eu vou utilizr
para o estudo do meu fenómeno empírico.

O que é mais explicativo numa determinada teoria das ri? O agente ( O estado são
agentes que atuam no s.i) ou a estrutura(Aquilo que suporta o s.i no qual os agentes
funcionam)? Existe um longo debate sobre qual o mais importante estudar, daí a
existência das teorias sistémicas ou reducionistas, estas distinguem-se porque
causam efeitos causais e outras causam efeitos constitutivos

As teorias reducionistas estudam somente os agentes para além disso estuda os


efeitos causais que o comportamento dos vários agentes provoca uns nos outros ,
concluindo estas estudam os agentes e consideram que os mesmos provocam entre
si efeitos causais EX: Bolas de bilhar = Estados

Já as teorias sistémicas, são aquelas que para além dos efeitos causais entre os
agentes, isto é, o comportamento que os agentes provocam entre si, elas estudam a
estrutura do s.i e consideram que a mesma influência da formação dos agentes, isto
é, qualquer agente que exista no s.i é influenciado pela estrutura do s.i, o mesmo
tempo o agente também produz efeitos constitutivos sobre a estrutura, ou seja, os
agentes também influenciam a forma como a estrutura do s.i é formada, então há
efeitos bionímicos entre os agentes e a estrutura, porque ambos se influenciam na
sua constituição.

Os efeitos constitutivos ajudam a constituir/influenciar a constituição dos agentes e


da estrutura do s.i (criação e crescimento dos mesmos. Para a comunidade
académica das ri, existe preferência pela teoria sistémica, mas são ambas
reconhecidas.

AULA 5

O triangulo é importante uma vez que as questões substantivas na realidade


colocam-se com menor frequência ou então assumem uma forma mais filosófica e
tendo em conta isto Alexander Went (construtivista – teoria das ri que na verdade é
uma teoria social, que é importada pelas RI em que não existe uma realidade única,
sitoé, existem várias perceções da realidade empírica, o mais importante para os
mesmos não é o poder dos Estados, mas sim as perceções/ideias dos
governos/grupos). Posto isto, Went apresenta das 4 ontologias (sociologia+
triangulo) que se dividem em 2 GRANDES DEBATES:

1) 1º Debate: Materialismo vs Idealismo – Tópico de discussão: A diferença social


na estrutura, isto é, a estrutura é formada por ideias ou forças materiais?
2) 2ºDebate: Individualismo vs Olismo – Tópico de discussão: Que diferença faz a
estrutura na vida social, deve contar o indivíduo ou a sociedade?

O principal objetivo é posicionar cada teoria num gráfico que constrói sobre a
construção social, isto é analisar a construção social de cada teoria.

A construção social década teoria das ri , ou seja o quantidade de construção social das
ri, uma vez que ele é construtivista logo acredita que a realidade é empírica é baseada
nas perceções/ideias, isto faz com que seja uma realidade socialmente construída, mas
acontece que nem todos os académicos pensam assim, daí ele fazer o gráfico acima para
posicionar as teorias de ri e coloca-las de acordo com a quantidade de construção social
que cada uma tem.

O materialismo refere que a estrutura do sistema internacional assenta em forças


materiais. O que é que são forças materiais? São o poder económico, militar, geográfico,
ou seja, resumem-se a duas coisas: o poder e os interesses. Para os materialistas a
estrutura do sistema internacional é formada pelo poder e pelos interesses. É evidente
que as ideias estão lá, pois não existe um mundo sem ideias, mas o que acontece é que
para os materialistas elas encontram-se num plano secundário na estrutura do s.i. As
forças materiais ocupam um lugar de importância no relacionamento dos agentes entre
si, privilegiando o poder e os interesses, também privilegia os efeitos causais entre os
agentes.

O Idealismo por sua vez afirma que o s.i é constituído por aquilo
ideias/perceções/costumes, é uma realidade empírica socialmente construída, desta
forma implica uma grande construção social. Para os idealistas as forças materiais
existem só que ficam em segundo plano, uma vez que as ideias predominam. Considera
que a estrutura do s.i tem influência sobre a constituição dos agentes, logo estamos nos
efeitos constitutivos.

O individualismo acredita que a estrutura do s.i é fundamentalmente formada por


agentes que se influenciam mutualmente, privilegiando os efeitos causais. Em termos de
construção social, considera que a estrutura não influencia os agentes do s.i.

O Olismo significa que vê o todo, o mesmo diz que a estrutura do s.i, é composta por
agentes que são influenciados pela estrutura, ou seja, o peso explicativo da estrutura é
maior que no individualismo, porque no individualismo só existem efeitos causais, ao
contrário o olismo privilegia os efeitos constitutivos, daí possuir uma maior construção
social.

Existem os três grandes debates das ri:

1) O primeiro grande debate consiste na oposição do Idealismo com o Realismo


(Anos 20 aos anos 80)
2) O segundo grande debate consiste na oposição entre o neorrealismo com o
Institucionalismo Neoliberal. (Anos 80-90)
3) O terceiro grande debate consiste na oposição entre as abordagens reflexivistas e
as abordagens racionalistas ( Anos 91- Atualidades)´

A disciplina de ri nasce após a 1GM e nesse momento havia um grande consenso


entre a população, políticos e académicos acerca da manutenção de uma paz
duradoura, para reestruturar a nova ordem internacional. Acabam por resultar obras
de caracter prático sobre a teorias de ri, sobre como os Estados deviam proceder.
Torna-se famoso o discurso de Wildrow Wilson em 1918, “Os 14 pontos de
Wilson”, propondo um novo s.i assente : segurança coletiva, diplomacia multilateral
permanente, autodeterminação os focos, globalização da sociedade internacional,
repressão da revolução bolchevique. Com este sistema internacional proposto é
evidente que Wilson analisou o que corrreu mal em 1914 e conclui que foi por um
lado o facto de os povos terem sido obrigados a ir para a guerra por
militares/autocráticos e por consequência a solução era era a existência de regimes
democráticos em todos os países evitando situações militares, por outro lado a
estrutura institucional formando os pactos e as alianças secretas dando origem ao
equilíbrio de poderes é necessário a criação de um s.i que não as tivesse e assenta-se
na diplomacia e segurança coletiva.

Após 1GM a teoria das ri que sai com vigor é o Idealismo embora o Realismo
também fosse estruturado.

O Idealismo é uma teoria que acredita na estruturação de um si assente nos 5 pontos


de Wilson, juntamente com a sociedade das nações que nunca triunfou. O ponto
fundamental é a crença de que o Direito Internacional é para se cumprido e se as
estruturas internacionais não satisfazerem as necessidades para a paz têm de ser
alterada. Possui origens no Iluminismo ( seculo XVIII) e no liberalismo económico (
século XIX).

O Iluminismo contribui para a estruturação do Idealismo na medida em que


estabelece a fé humana no progresso, nas instituições internacionais e o progresso
no próprio individuo. Já o liberalismo económico aproveita a capacidade do
individuo acreditar no processo para realizar tarefas no sentido de melhorar
individualmente e em conjunto o si, mas porquê individualmente e em conjunto? A
grande base do Idealismo é a tese da emancipação humana de Kant, que o individuo
só se realiza plenamente em sociedade, para Kant o individuo só atinge a plenitude
em coletividade referindo que o Estado é uma abstração, só existe porque existem
indivíduos. Por consequência, o que interessa é o individuo em todas as suas
possibilidades até chegar ao nível de atuação das R.I.
Por outro lado é obvio que o Idealismo é uma teoria que valoriza a moral, os valores
tudo o que seja valorativo ao nível da ri, tudo o que é eticamente corret, daí que o
Idealismo esteja ligado com o cumprimento do Direito Internacional. Alias o
Idealismo tem uma base ideacional, ou seja, assente nas ideias/ perceções naquilo
que cada individuo vê como realidade empírica, por isso esta teoria tem uma
componente forte de construção social deve-se a estas várias perceçõessobre as
quais assenta, exigindo metodologias pós-positivistas para o seu estudo.

Os idealistas muitas vezes equivalem ao utopismo, por isso, é que é pouco utilizado.
Será que o Idealismo considera que existe muito conflito do s.i ou cooperação e
interdependência entre os Estados? Considera que existe uma maior cooperação na
verdade o pano de fundo daquilo que é o palco das relações internacionais para os
Idealistas é chamado de comunidade internacional, a mesma é um local onde existe
uma cooperação plena entre os Estados, obviamente que isto é utópico, daí
consideram que não existe anarquia internacional, ou seja, não há uma autoridade
acima dos Estados, o que significa que os mesmos estão sozinhos no sistema
internacional, logo vão procurar maximizar o seu poder para garantir segurança,
segundo os idealistas, existe anarquia em termos técnicos não existindo qualquer
autoridade superior aos estados, não impedindo que os Estados cooperem
mutuamente porque é a natureza humana.

Os idealistas e os realistas discutem a existência ou não de uma anarquia


internacional, sendo que para os idealistas não existe a não ser em termos técnicos e
para os realistas existe efetivamente.

Eu posiciono o Idealismo no gráfico de Went porque o estado é uma construção


abstrata, uma vez que existem indivíduos.

AULA 6

O realismo pós 2GM é caracterizado pelas mesmas características que o idealismo


só que mais forte, daí a ser caracterizado pelos 6 princípios de Hans Morgenthau. O
realismo é uma teoria da ri que surge ao mesmo tempo que o Idealismo ( anos
20-30) só que não tem grande impacto nessa época entre as escolas europeias devido
ao abalo da 1GM que propunha um clima de manutenção de paz para todos a todos
os custos de forma a não haver outra guerra mundial.

Existe uma expressão acerca do estado na politica internacional “ todo o estado é o


lobo um do outro”, isto quer dizer, que todos os estados na politica internacional têm
interesses próprios e vão fazer de tudo para os defender, alias a soberania é uma
questão muito importante para os estados, uma vez que é necessário um soberano
para o estado, o estado é sempre o juiz e defensor dos seus próprios interesses e para
defender os mesmos e estes só têm em conta a sua soberania, ou seja, onde acabam
as suas fronteiras.

Nada limita a ação dos Estado a não ser a própria autolimitação da total liberdade de
ação por parte dos mesmos no s.i, alias os estados atuam sempre com a consciência
que no s.i existem outros estados que agem da mesma forma, deste modo o estado
vai-se armar no caso de um eventual conflito e os outros estado também se armar
porque o outro está armado. Então para o estado garantir a própria segurança vai-se
armar, originando uma corrida militar que John Eds chamou de dilema da
segurança, o dilema consiste em: Armo ou não?

Se optar por armar estou a criar uma corrida militar, caso não o faça fiqco
vulnerável em relação aos outros Estados. Tendo em conta que os estados vivem
numa situação de proteção própria logo os mesmos vivem numa Anarquia
Internacional, a mesma não é o caos, tem leis próprios das quais os estados vivem e
é criada pelo comportamento dos estados devido à busca de armamento( responsável
pela anarquia)para a busca de segurança.

O pano de fundo das ri para os realistas é a anarquia internacional e o único ator


com direito de intervenção são os estados, e muito eventualmente as organizações
internacionais desde que defendam exclusivamente os interesses do estado, a
comissão europeia é uma instituição comunitária que tem um peso maior sobre as
decisões do estado do que propriamente a ONU (que não intervém diretamente nas
politicas dos estados, apenas sugere).

O realismo assenta numa visão positivista da realidade, pois olha para a realidade
empírica concretamente, ou seja de forma racional no qual a realidade não passa de
um dado adquirido ao contrário das visões pós-positivistas que vem a realidade
através de perceções / valores que se interpretam.

No entanto, o realismo após a 2GM ganha dinâmica com divisão do mundo em 2


blocos antagónicos (Guerra Fria= GF), desta forma o realismo vai ganhar força uma
vez que se vive um clima incerto. Esta teoria não defendo o conflito, apenas
considera o conflito eminente, isto é, pode acontecer a qualquer momento devido à
anarquia internacional, o permanente dilema da segurança e porque o estado é o
único ator das ri e atua sempre de acordo com a sua soberania e interesses

Os 6 pontos de Hans Morgenthau do realismo político:

1) O realismo político acredita que a política e a sociedade são governadas por leis
objetivas que têm raízes na natureza humana para melhorar a sociedade é
necessário entender que as leis pelas quais a sociedade se governa. A politica
obedece a princípios objetivos racionais e constantes, são constantes porque
resultam da natureza humana, a existência de princípios permanentes e
imutáveis porque só resultam da natureza humana e a mesma é constante
durante uma determinada época.
2) A principal sinalização que ajuda o realismo político a situar-se no centro da
política internacional é o conceito de interesse em termos de poder. Este
conceito fornece um elo entre a razão que procura compreender a política
internacional e os factos a serem compreendidos. A política é uma esfera de ação
da própria natureza humana, uma ação feita com interesse que os estados
designam de poder, o poder definido como o resultado dos interesses. Existe
uma união entre o poder dos interesses e o poder dos estados que é diferente da
natureza humana. É diferente da natureza do estado, o homem enquanto pessoa
pode fazer coisas que o homem de estado não poder.
3) O realismo parte do princípio que o seu conceito chave é o interesse definido
como poder e uma vez que isso constitui uma categoria objetiva, universalmente
válida, mas não outorga a esse conceito um significado fixo e permanente, ou
seja o interesse não é imutável ele pode sofrer alterações. Para a política é
imutável a defesa dos interesses através do poder.
4) O realismo é consciente da significação moral da ação politica assim como é
igualmente a tensão inevitável existente entre o mandamento moral e as
exigências duma ação politica de êxito, isto é , os indivíduos podem agir de
acordo com os princípios morais se assim entenderem, mas estes não podem
guiar as ações do estado, uma vez que estes não podem ser guiados por ações
morais, visto que põe em causa os seus cidadãos.
5) O realismo politico recusa-se a identificar as aspirações morais de uma
determinada comunidade com as leis morais que governam o universo, uma
coisa é saber distinguir o bem/mau no âmbito das relações entre as nações. Não
há relativismo moral e as leis morais do estado não se podem sobrepor as leis
morais universais.
6) Portanto, é real e profunda a diferença entre o realismo politico e outras escolas,
o realista politico sustenta a autonomia da esfera politica, raciocina em termos
de interesse definido como pode enquanto o economista pena em função do
interesse definido como riqueza. Cada esfera de ação tem os seus próprios
princípios de ação humana.

Idealismo
X 🡪 Internacionalismo Liberal
Realismo
O internacionalismo liberal é uma tentativa de uma 3º via de construção
intermédia entre os dois grandes opostos. É um meio-termo entre o idealismo e o
realismo, considerando que o sistema internacional da era vitoriana era o bom
para garantir a estabilidade e possibilidade de os estados realizarem comércio
livremente.
As condições após a 1GM não eram as mesmas e os internacionalistas
reconhecem as nações unidas na ordem internacional, as novas condições
alteraram o s.i, contudo consideram que é possível apesar das alterações criar-se
um sistema internacional com regras comuns entre os estados e os indivíduos,
logo uma sociedade internacional. Os estados e os indivíduos eram ambos atores
nas ri e ambos podiam ter uma ação concreta na paz e no comércio (liberalização
da economia), porque a paz e a estabilidade davam as mãos ao comércio, e o
mesmo é necessário para alcançar a paz.
O seu pano de fundo é a sociedade internacional e os seus atores são os estados (
neles estão os indivíduos incluídos e há a possibilidade de haver
cooperação/conflito, porque não há exageros do idealismo- cooperação- nem do
realismo-conflito.) e indivíduos (participantes do s.i enquanto membros do
estado).

Idealismo Realismo Internacionalismo


Liberal

Pano de fundo Comunidade Anarquia Sociedade


Internacional Internacional Internacional

Atores Indivíduos Estados Estados e


indivíduos

Conflito/Cooperação Cooperação plena Conflito eminente Conflito e


cooperação

A grande questão do 1GD das RI é: Existe ou não Anarquia? Para os Idealistas não.
Para os realistas sim. Para os defensores do internacionalismo liberal não existe nem
deixa de existir porque existe uma sociedade internacional. No 2 GD entre o
neorrealismo e o institucionalismo neoliberal ambos aceitam a existência de a anarquia,
então colocam a pergunta: Qual a possibilidade de limitar a anarquia internacional?

AULA 7

Segundo Kenneth Watlz, os EUA, na década de 70 são afetados pelas crises petrolíferas,
guerra no médio oriente, que acaba por gerar uma crise mundial. Desta forma, surgem
teses que valorizam os elementos menos estatais das ri, porém no final da década.
Porém quando Reagan sobe ao poder, nos anos 80, acontece o oposto, este governava
com o neoliberalismo (económico) e procurava recuperar o poder e a hegemonia
norte-americana através de programas militares (GF).
Por consequência, os EUA eram muito mais armados, e neste sentido a teoria das ri
acompanha a conjuntura internacional. Waltz reformula o realismo estruturado, dando
lhe o nome de neorrealismo. A principal característica desta teoria é a consideração que
o s.i é anárquico, e é a anarquia do s.i que faz com que os Estados se comportem da
forma que se comportam uma vez que procuram aumentar o seu poder no s.i.

Essa teoria difere do realismo clássico (anos 20-30) porque neste era o comportamento
das unidades, os estados que ao procurarem aumentar o seu poder dava origem à
anarquia internacional. Além do mais considera que ,os estados estão no s.i e
comportam-se para maximizar o seu poder, para serem mais poderosos do que os outros
e como meio para alcançar os seus fins(segurança,etc…). Logo o comportamento dos
estados no sistema internacional dá origem à anarquia internacional.

O neorrealismo parte do principio da premissa que o s.i é anárquico por natureza e que o
comportamento dos estados no sistema internacional, é em função de aumentar o sue
poder para se satisfazer é o resulta com o sistema internacional sendo anárquico. O
mesmo pretende estudar as regras internas da estrutura da anarquia interna do sistema
internacional.

Contudo o conceito de poder é bem diferente. Para o realismo clássico o poder é


considerado como um meio para alcançar um objetivo em si mesmo, os Estados querem
ter poder para serem mais poderosos do que os outros, ou seja, é um poder relativo aos
demais estados. Para o neorrealismo o poder não é um objetivo em si mesmo, é apenas
um meio para os estados alcançarem os seus fins.

Para os neorrealistas, o poder dos estados tem de estar dividido, ou melhor, na verdade
tem de dar a ideia aos restantes estados que o seu poder está dividido. EX: NATO; Pacto
de Varsóvia. O que interessa para o neorrealismo é o poder relativo que cada estado tem
ao nível do sistema internacional, não interessa as características internas (quantidade de
católicos, indianos, etc…) do estado, mas si só a população em bruto (PIB, território,
armamento), isto é, o poder em bruto. As proximidades ideológicas não interessam, o
que interessa é o poder dos mesmos.

Eddley Bull, identifica a questão de que não interessa as características internas mas só
o poder do estado no sistema internacional, face aos outros, através de uma questão: Se
depois da 2GM, tivessem ascendido as superpotências, EUA e o UK, teria existido uma
guerra fria? Do ponto de vista de Edley Bull é que de facto não existiria guerra fria entre
os dois blocos, uma vez que têm proximidade cultural, ideológica , sobrepondo-se estes
fatores. Segundo o neorrealismo e as premissas de Waltz, existiria uma guerra fria
porque as opções ideológicas entre os estados são aspetos internos e isso não conta para
as R.I, o que conta são as questões ligadas ao poder, ou seja, iria existir guerra porque
ambas iriam querer controlar o mundo, tendo mais poder, mas só uma é que conseguiria.

Qual será o ator das RI no neorrealismo? O estado é o ator por excelência nas ri, temos
uma visão do sistema internacional enquanto possivelmente conflitua. No entanto os
estudos até consideram a possibilidade da cooperação internacional, só que é reduzida,
pois as instituições internacionais não passam da mera soma da vontade dos seus
estados membros, desta forma, os estados membros ao utilizarem as intiuiçõe
internacionais aumentam o seu poder. E quem faz parte das mesmas? Os estados
pequenos uma vez que encontram lá uma forma de mitigar o seu poder.

O que é uma instituição internacional? É um regime ou uma organização internacional,


que tem um mandato definido pelos estados membros. E o que é uma organização
internacional? As mesmas são apenas um brinquedo nas mãos do estado, pois este faz
com elas aquilo que ele mesmo entender de forma a eles ficarem mais poderosos.

No sistema internacional quem possui mais responsabilidade na manutenção da


estabilidade do sistema internacional são as potências mais poderosas. Contudo algumas
vezes ocorrem desestabilizações sobretudo quando as potências menos poderosas
ascendem ao lugar das mais poderosas, e vice-versa, trazendo mudanças no sistema
internacional, e o neorrealismo NUNCA considera a mudança só APOIA a
continuidade.

A guerra para os neorrealistas é frequentemente um instrumento para estabilizar o


sistema, quando o sistema está desestabilizado porque houve uma troca na hierarquia
das potências causando uma guerra, colocando as potências no seu local hierárquico
correto. Acontece muito raramente estas trocas de hierarquia.

Como é obvio o neorrealismo é adaptado para a sua época e é criticado por não
considerar a mudança, a existência da organização supranacional, por outro lado é
também criticado por não concordar a 100% com a cooperação internacional entre os
estados, ou seja, é apenas viável quando beneficia os ganhos relativos dos estados ( que
é complicado de medir e é por isso que os estados confiam mais nas suas capacidades
próprias.

Para contrariar o neorrealismo, surge o institucionismo neoliberal, com Robert


Keohane, que se foca na possibilidade dos estados cooperarem entre si mesmo num
sistema internacional anárquico, através de instituições internacionais que define como
tratados, acordos, organizações, regimes etc… que tenham persistência no tempo e
permitam a interação dos estados entre si coordenadamente e cooperativamente. Esta
teoria parte das mesmas premissas que o neorrealismo só que tem uma visão da política
internacional muito mais cooperativa e não potencialmente conflitual, daí alguns
estudiosos chamarem de neorrealismo otimista.

As premissas:

1) O estado é o ator por excelência das ri atuando de acoro com os seus interesses
só que em quanto numa é interesses económicos na outra eram militares
2) O poder também é uma variável importante a ter em conta na avaliação do
sistema internacional.
3) O institucionalismo neoliberal também vê as ri como anarquia internacional.

O institucionalismo aumenta as possibilidades de cooperação, a partir das instituições,


pois no seio da anarquia internacional, se os estados se unem no processo de
cooperação, as instituições constringem o comportamento dos estados, MAS NÃO
LIMITAM! O que é que cooperação faz na anarquia internacional? Através das
instituições, a mesma impõe regras de comportamento aos estados que vão limitar/
atenuar a anarquia internacional.

O neorrealismo considera que os estados ao procederem ao processo de cooperação


pensam em primeiro lugar na sua segurança e chegam à conclusão que tem mais
confiança em si do que na cooperação, logo esta é muito mais reduzida. Para o
institucionalismo os estados criam facilmente processos de cooperação porque assim
tem maiores ganhos económicos logo é um maior incentivo para a cooperação.
Ao imaginarmos que um estado deixa de ter lucro ao participar numa instituição, mas
não sai dela uma vez que o mesmo necessita de credibilidade, ou seja, ao entrar num
determinado momento não vai abandonar o tratado daquela organização só por um
momento que não tem lucro.

O institucionalismo está posicionado onde está por causa da autonomia das instituições,
e no individualismo porque o estado é o principal ator.

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AULA 8

No 2GD entre o neorrealismo e o institucionalismo que têm os mesmos pressupostos,


mas divergem acerca da cooperação/ conflito.

Robert Kelohane, formulauma nova teoria em que incorporamos


valores/ideias/perceções dos indivíduos sobretudo daqueles que lideram os estados,
significando que os mesmos passam a ser entidades que além de estarem focados nas
forças materiais, como no neorrealismo, focam-se nos indivíduos ( valores, etc). Mas
ainda estamos num nível de valores/ideias de lideranças que Robert considera que
influenciam o comportamento do estado.

É desenvolvida na década de 90, depois das transformações no si com a quedado muro


de Berlim, porque a disciplina das ri não foi capaz de prever este acontecimento logo
isto faz com que RI entre num período de abalo científico, muito em paryicuar o
neorrealismo e o institucionalismo. Começa-se a desenvolver outras perspetivas que
tinham sido iniciadas na década de 60, as perspetivas: pós modernas, pós-positivistas,
teorias feministas, teoria da justiça global, etc… As mesmas estruturam-se, mas nesta
época(60) não tiveram o impacto porque não tinham uma agenda empírica de pesquisa
capaz de desenvolver um projeto conclusivo.
Na década de 70, não ganham dinâmica pois estavam na sombra da escola inglesa que
trás o conceito de sociedade internacional. Na década de 80, essas abordagens
continuam na sombra da teoria do neorrealismo, ao cair o muro cria-se a possibilidade
de aparecer com dinâmica no âmbito da sociologia, importadas pelas ri novas teorias,
mas porque? Pois as mesmas vinham explicar a nova ordem e sociedade internacional e
ganham dinâmica porque colocam o individuo no centro do debate das ri, centrando as
preocupações naquilo que são os estudos da comunidade epistémica das ri.

Por outro lado, no sistema internacional , na nova sociedade internacional surge novas
organizações que por consequência é necessa´rio o estudo da razão que leva aos estados
a participar nessas organizações, será que é pelosmesmos terem interesses / valores
omuns e sentirem assim a necessidade de regras/ padrões de comportamento iguais para
normalizar e pacificar a sociedade internacional de forma a não de reviver a a GF.
Importa-se aquilo que era o Idealismo( anos 20) misturado com o Direito Internacional,
porque os estados não queriam uma GF outra vez, então tal como no final da 1GM, no
fim das transformações do pós- guerra fria e por isso é que se dá as importações da
teorias da sociologia.

Robert no seu discurso havia chamado abordagens reflexivistas, contudo o mesmo não o
é apenas as nomeou.

É graças ao neorrealismo, ao realismo, ao institucionalismo neoliberal e outrs teorias


das ri que surgiram as abordagens racionalistas, começando o 3GD. Todas as
transformações nos pós GF levam a que as abordagens que são desenvolvidas desde os
anos 60 (teorias feministas, etc…) ganhassem visibilidade até à década de 90 elas estão
encobertas.

As teorias reflexivistas apresentam um caráter intrepertivista , em que o estado não é


monolítico, ou seja, não é composto só por 1 figura (governo, líder, etc…) em
representação legitima, nas mesmas o estado é heterógeno ( vários ministérios) e
negocia autonomamente na politica externa, daí ser heterogéneo e o estado não é
racional pois o mesmo está sujeito aos valores morais das suas lideranças e as ssuas
ações são inesperadas e imprevisíveis. Já as teorias reflexivistas assentam na razão, isto
é, a ação racional não tem em conta os valores morais do líder, só tem em conta os
interesses do estado, o estado é monolítico uma vez que só conta a vontade que emana
do governo legitimo representante do estado na sociedade internacional, também é
homogéneo porque não interessa por quantos ministérios é composto porque estes tem
relevância na participação da politica externa, e para os racionalistas só conta a vontade
do governo do estado, a metodologia utilizada por esta é o neopositivismo.

No entanto a metodologia utilizada para aas abordagens reflexivistas é o pós


positivismo, que consistem numa lógica interpetativista, centrando-se no individuo
enquanto individuo em si e não enquanto cidadão de um estado, pois o mesmo tem os
seus próprios valores morais , lógica mental e portanto pensa de maneira diferente de
todos os outros dando origem a diversas realidades e não só a uma, daí ser necessário a
interpretação das mesmas e segundo Emmanuel Adler, o mesmo pode dar origem ao
que se chama de circulo hermenêutico, significa que se os interpretativistas utilizam este
método então vão utilizar constantemente textos produzidos por outros autores, lendo
30 mil para produzir o seu próprio.

A linguagem é importante ao nível das abordagens reflexivistas esta é o método +


utilizado para fazerem abordagens reflexivistas, não é obrigatório seguir um padrão
comum, gramatica o que de facto existe nestas abordagens é a relativização da ciência,
ou seja, as realidades que existem não são realidades empíricas fixas pois cada membro
da comunidade académica têm a sua própria visão da realidade.

O construtivismo de Alexander Went é uma teoria social importada para as ri,


transformando-se numa teoria da ri que compõe o meio termo do 3GD, de acordo com o
Emmanuel Adler, porque embora Went seja um construtivista ele aceita metodologias
pós- positivistas e metodologias positivistas para o estudo das realidades empíricas. O
construtivismo é uma teoria das ri que tal como as abordagens reflexivistas assenta no
individuo, na valorização das perceções dos individuo da realidade que é valorizada por
aquilo que cada individuo vê. Por outro lado a realidade está sempre em movimento
devido ao individuo estar sempre em evolução, vivendo em sociedade em interpelação
com ouros indivíduo, ganhando o nome de intersubjetividade.

A intersubjetividade não é mais que os indivíduos se relacionando uns com os outros,


logo a estrutura da sociedade internacional vai ser socialmente construída porque os
indivíduos relacionam-se entre si na base da intersubjetividade. EX: As alianças, as
instituições internacionais, tudo é socialmente construído, não significa que as forças
materiais/interesses não tenham importância, só que num plano secundário.

Os conflitos são socialmente construídos da intersubjetividade humana à deriva das


perceções humanas, por isso é que o individuo está no centro do debate do
construtivismo. Por outro lado, o pano de fundo onde os agentes de ri atuam e a
sociedade internacional porque à valores/interesses comuns entre os agentes e eles
voluntariamente estabelecem padrões comuns de comportamento comuns. Ao
estabelecerem padrões comuns os agentes de ri estão a criar entre si sempre na base da
intersubjetividade humana.

O comportamento pode não ser comum porque se houver um conflito devido aos
interesses que s e sobrepõem aos valores/regras comuns estabelecidas, e alias um
conflito muitas das vezes serve para equilibrar o s.i.

As redes normativas em geral ( os conflitos são a exeção), afirmam que as nornas são o
cumprimento das regras, então estas servem para padronizar o comportamento dos
agentes na sociedade internacional, dando origem ao que Ernest Ast chama de
comunidades epistémica, as mesmas são grupos especializados numa determinada
“issue area” que vai possuir um grande e profundo conhecimento sobre a tal área e que
a ao atuar na sociedade internacionalmente podem mesmo influenciar a politica externa
dos estados.

O construtivismo é das teorias das ri a que tem cada vez mais vem ganhando adeptos no
século XXI, mas os académicos de ri procuram cada vez mais fugir das teorias
extremas, daí adotarem o construtivismo como teoria que cobre os seus estudos de
forma a obter legitimidade acerca da realidade empírica.

AULA 9

A América Latina encontra-se dividida em duas sub-regiões graças a sua partilha de


história e cultura e não geográfica, porque se assim fosse o México pertenceria à
América do Norte. As duas sub-regiões são: América Central (desde o México ao canal
do Panamá) e América do Sul (desde o canal do panamá até à cidade do fogo)
Na América Central sente-se uma grande influência norte-americana e no qual as
economias estão dependentes da mesma, a grande economia desta subdivisão é o
México que tem um aproximação económica ao EUA e ao Canadá apesar de
culturalmente com os países latinos.

Já na América do Sul as economias giram em torno do Brasil, alias existe a expressão “


Um espirro para o brasil, é uma constipação para toda a américa do sul.”, uma vez que a
América do Sul , é o investimento diretos estrangeiros prioritários do Brasil.

A proposta das ri para a América do Sul, tem início no século xix, pois é quando
terminam os processos independentistas das antigas colónias espanholas e portuguesas,
formando-se estados que se assumiam como Repúblicas ou Impérios (Brasil). Desde o
século xix até 1930 é chamado o modelo liberal conservador.

Este modelo liberal conservador acredita que os estados latinos estavam preocupados
com o reconhecimento dos estados europeus, para poderem poder participar no sistema
internacional, daí alinharem-se aos EUA na politica eterna para trabalharem em
conjunto, sendo obrigados a cumprir certas imposições por parte dos americanos. O
Brasil tinha muito a perder com isso, em particular a hegemonia sobre a América do
Sul.

O Brasil e os EUA formaram uma aliança não escrita no qual o Brasil se vai subjugar
aos EUA, a nível económico, perdendo desta forma a hegemonia da América do Sul. No
final do século xix as novas repúblicas adotaram o método de comércio igual aos dos
países colonizadores, que é uma economia liberal, e neste sentido o comércio feito entre
os países latinos entre si mantinham-se iguais às da metrópole com as colónias, isto é, o
lucro do estado era o mais importante de se obter independentemente do outro,
produzindo e vendendo os seus produtos para obter lucros do comércio exterior.

É por isto que se dá o nome de modelo liberal conservador que vigora até 1930, onde a
situação se alterna por causa da grande depressão instalada mundialmente, criando uma
fase de intermédio em que os estados se vão tentar adaptar as novas mudanças
económicas que dura até 1945. A partir de 1942, os estados latinos começam a saber
gerir as suas relações externas através da “ Diplomacia de Barganha”.
Esta diplomacia de Barganha tem o seu auge em 1942, quando os estados latinos ( em
especial o Brasil e o México), não definem um lado, ou seja, tanto ajudam os nazis
como os opositores, negociando, cedendo e fazendo exigências de forma a obter
vantagens económicas. Acabem em 1943, quando o presidente americano e o presidente
brasileiro se encontram por receio de uma invasão no brasil, e a partir daí seria muito
fácil alcançar o território americano, daí oferecem uma quantia generosa ao Brasil, e
desta forma trazem-no-lo para o lado dos Aliados.

Em 1945, com a guerra terminada, as condições existentes na América do Sul são muito
diferentes, e desta forma acaba o período de intermédio de mudança e entra em colapso
o modelo liberal conservador. O povo desejava pelo desenvolvimento económico dos
estados, mas na verdade o que acreditavam era num desenvolvimento industrial que não
possuíam e então confundiam os dois conceitos.

É necessário novos lideres para satisfazerem as necessidades do desenvolvimento


industrial e lidar com o aparecimento de uma classe urbana que exigia participação ativa
na vida pública, entrando então numa nova fase chamada modelo desenvolvimentista.

O modelo desenvolvimentista dá atenção ao desenvolvimento e coloca o estado ao


serviço da economia, isto é, como agente investidor nas áreas especificas económicas de
forma a impulsionar as mesmas. O estado é aquele que empreende a intervenção na
economia para o seu crescimento, a partir do desenvolvimento industrial. É a fase que
dura mais, onde a politica externa é posta ao serviço do desenvolvimento industrial,
tornando-se pragmática, isto é, de forma a beneficiar o desenvolvimento industrial tudo
é posto em causa.

Na década de 60 passa por golpes militares, no brasil e na Argentina, que continuam a


manter esta lógica de desenvolvimento económico, apesarem de serem mais flexíveis na
intervenção do estado na economia, uma vez que são apoiados pelos EUA (defensores
do liberalismo, capitalismo).

Este modelo desenvolvimentista acaba em 1982, quando ocorre uma crise financeira
mundial e os países latinos se veem forçados a recorrem a instituições financeiras
internacionais ( FMI, Banco Mundial, etc..) onde são impostos a medidas económicas,
criando uma nova fase, o modelo neoliberal. O modelo neoliberal tem na base o
cumprimento das exigências das instituições financeiras, ou caso contrário não
emprestam dinheiro aos estados, é aqui que surge o consenso de Washington.

O consenso de Washington é um consenso entre as instituições financeiras no sentido de


acordarem as medidas que os estados latinos teriam que implementar para beneficiarem
dos empréstimos ( NÃO É UM TRATADO ESCRITO). Com a implementação do
modelo neoliberal, o estado passa a não intervir na economia.

Contudo, o chile mesmo no período desenvolvimentista é considerado uma exceção


com os seus Chicago boys( jovens que iam estudar para a universidade de Chicago e
regressavam para aplicar o que aprendiam),o mesmo é neoliberal e vátios lideres latinos
seguiram o exemplo do chile.

O período neoliberal é caracterizado economicamente pelas medidas das instituições


financeiras, do consenso de Washington e em termos políticos com o respeito pelos
regimes internacionais. Em outras épocas os países latinos foram mais controversos e
ativos na luta pela alteração do sistema internacional no que não lhes convinha, mas
agora aceitam o mesmo, ou seja, existe um respeito pelos regimes internacionais.

Gera-se uma teoria na argentina, o realismo periférico, de Carlos Ezcudé em que


defende em 5 pontos o porquê da argentina ser um país periférico e como isso era
benificiário, uma vez que se submete às potências de forma a conseguir tirar dividendos
do sistema internacional. Esta teoria deveria ser aplicadas por todos os países
periféricos, mas como é obvio esta teoria desagrada as populações em geral nos anos 90
que juntamente com os políticos estavam fartos do modelo neoliberal, e desta forma
existem reuniões no Chile e o Consenso de Buenos Aires( que não teve efeitos no
futuro).

A partir do seculo xix começaram a subir ao poder, nas eleições democráticas, líderes de
esquerda dentro do espevtro da politica de esquerda e direita e os mesmos muitas vezes
eram outsiders políticos que não compunham uma esquerda/direita unitária. Como
consequência de uma subida ao poder de várias esquerdas ( Brasil- Lula; Equador .
Rafael Correia; Venezeuela- Hugo Chaves; Argentina- néstor kirchner), todas elas
diferentes umas das outras.
Pode-se esquematizar assim: esquerda nacionalista (Hugo Chavez); a esquerda mais
social democrata (Lula e Tabarez Vasquez – Uruguai)e os kirchners adotaram uma
postura muito neodesenvolvimentista. Contudo o modelo que foi estruturado no Brasil
chamado, o modelo logístico, com lula e caí no 2º mandato de Dilma.

O modelo logístico é combinação das coisas positivas do neoliberalismo ( abertura dos


mercados e o investimento direto esrangeiro feito no Brasil e aquele lá fora) com o que
é positivo do modelo desenvolvimentista ( intervenção do estado, apenas como estado
empresário nos setores chave da economia), como é obvio ainda se adiciona a spoliticas
sociais.

Em 2010 nota-se a subida

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