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- Grandes potências precisam das OI: impõem seu modo de comportamento, fazem
desse modo de comportamento o padrão => dá legitimidade às suas ações => controle
das agendas
- manutenção de uma ordem adequada à seus interesses
- terceirização de responsabilidade (guerras não são problema de países
específicos, mas das organizações)
- controle do comportamento (previsibilidade de ação dos Estados)
- redução de custos de aplicação de medidas, regimes (custo compartilhado) -
vigilância compartilhada do cumprimento das medidas
- As OI se submetem ao jogo de poder: países mais poderosos têm maior influência nas
decisões das OI, o que leva à perpetuação da desigualdade global => OIs como
manifestação do desejo das grandes potências - ex: sistema de veto no Conselho de
Segurança e a quota no FMI, BM, OMC (países que injetam mais dinheiro têm mais
peso no voto)
- Resposta: se OIs existem para manter ordem, as super potências também cedem
para que a OI continue viva
- Estados preferem ganhos relativos a ganhos absolutos: países tendem a buscar
benefícios para si próprios em detrimento da cooperação global, o que minaria a
eficácia das instituições internacionais - ex: corrida armamentista entre EUA e URSS
(o que importa é o quanto a mais se tem em relação ao outro)
- Resposta: essa preferência só é verdadeira em uma relação bilateral, em sistema
multilateral só benefícios absolutos já valem
- Processos de barganha impedem ganhos conjuntos: busca por acordos em fóruns
internacionais muitas vezes leva os países a compromissos limitados ou ineficientes
=> precisa ceder para realizar acordos, mas pode ser tão assimétrico que o resultado
pode ser negativo para uma das partes
- Resposta: gera credibilidade, agências especializadas que colocam ponto focal na
cooperação - OI tira pontos de obstáculo para cooperação que em um ponto pode
ser benéfica
Regime:
4. Papel adequado das instituições de segurança no séc XXI e como elas podem ser
usadas para promover a cooperação entre os Estados
- Mudança subjetiva da ameaça => sai do inimigo declarado (droga,
comunismo, terrorismo) e passa a ser interpretativa - ameaça é aquilo que eu
quero que seja - Teoria da Securitização (antes eram questões políticas ou
militares, mas a partir do começo do século uma ameaça à segurança pode ser
um grupo de refugiados, crises econômicas, desastres naturais etc) => tudo
pode ser lido como questão de segurança
- Isso fez com que a OTAN sobrevivesse = construção contínua do que são
essas ameaças - relegitimação da existência da OTAN o tempo todo
7. O uso excessivo das OIs pode ser gerenciado por meio da definição clara de limites
físicos e responsabilidades individuais
- cada OI tem uma especificidade, se encarrega de contatos menos globais,
melhor conhecimento da realidade e sua complexidade
- estabelecimento mais qualificado das agendas
- OTAN colocada como tipo ideal de instituição de segurança, igual UE é de
instituição econômica - como melhor que se pode ter no campo, modelo de
ação
Antecedentes
- Paz de Westfália (1648 - após a Guerra dos Cem Anos)(soberania sobre o território,
equilíbrio de poder): conjunto de tratados que reconheciam a soberania “interna” dos
“Estados”, centralidade do elemento religioso
- Congresso de Viena (1815): para derrotar Napoleão
- Concerto Europeu (1830-1884): manutenção da estabilidade entre países europeus,
“partilha da África”
- Convenções de Haia (1899 e 1907): regulamentação da guerra (juris in bellum, juris
ad bellum)
- Liga das Nações
ONU (1945)
Objetivo: não permitir uma WWIII - sistema global de segurança coletiva ancorado em
princípios de não agressão e desenvolvimento
Órgãos principais:
Regime internacional: tem como objetivo manter a ordem - EUA apoia a ONU para manter
essa ordem (custos de manutenção da ordem são repartidos através da ONU) => ONU precisa
dos EUA tanto quanto EUA precisa da ONU
- EUA passa pela ONU antes de invadir Iraque para dar legitimidade à ONU em outras
ações (tem autoridade para atuar quando for bom para os EUA)
- ONU precisa ser legítima para que haja ordem