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Economia e política em negócios internacionais • 2/14
Objetivos de Aprendizagem
• Explicar e analisar os princípios do sistema monetário e integração econômica
internacional, política em negócios internacionais e planejamento estratégico
global.
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Introdução
Poder e riqueza, Estados e mercados, política e moeda representam termos mais
frequentemente usados para definir a Economia Política Internacional, ou EPI. Neste
contexto, o Estado identifica-se com poder e política, e o mercado identifica-se com
moeda e riqueza. Como resultado, a Economia e Política Internacional é entendida
por Gonçalves (2016, p. 2) como “a área do conhecimento cujo principal objetivo de
estudo é o impacto da economia mundial de mercado sobre as relações dos Estados
e as formas pelas quais os Estados procuram influenciar as forças de mercado para sua
própria vantagem. ”
O foco no mercado e no Estado tende a restringir a complexidade das determinações
do comportamento dos atores que formam a política. O mercado é o locus de encontro
da oferta e da demanda de bens, serviços e fatores de produção. O mercado é o
reino do homo economicus, que objetiva maximizar seus benefícios econômicos e
adota uma função que procura maximizar a dotação de fatores, tecnologia, assimetria
de informação, poder e mercado. Gonçalves (2016) reitera que o homo economicus
enxerga o mundo somente pela ótica da objetividade, mais especificamente do
interesse material.
A dinâmica do sistema econômico internacional compreende relações, processos e
estruturas. As relações significam interação. As esferas são a comercial, e produtiva-
real, a tecnológica e a monetário-financeira. Os atores nacionais e transacionais são
estatais (governo brasileiro), paraestatais (Petrobrás, por exemplo), interestatais (Itaipu
binacional, por exemplo) e não estatais (empresas privadas). A conduta desses atores
é determinada por fatores objetivos, como os interesses materiais para geração de
riqueza, e políticos, para geração de poder, e por fatores subjetivos, com destaque
para os valores e ideais.
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A EPI é um método de análise cujos eixos estruturantes são as
rivalidades interestatais que envolvem disputas entre classes e grupos
sociais. O foco da EPI é a dinâmica do sistema econômico internacional
em suas distintas esferas e dimensões. Essa dinâmica (cooperação e,
principalmente, conflito) resulta das decisões e ações de atores nacionais
e transnacionais, cujas condutas são determinadas por fatores objetivos
e subjetivos. (GONÇALVES, 2016, p. 10)
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“Risco-pais refere-se à exposição a uma perda em potencial ou a efeitos
adversos sobre as operações e a lucratividade de uma empresa causados
por desdobramentos no ambiente político e/ou legal de um país”, relata
Cavusgil (2010, p. 127). O risco-país representa então um dos quatro
principais tipos de risco em negócios internacionais, conforme conceitos
visitados no início de nossos estudos de estratégia na economia global.
Importante mencionar que o risco-país também pode ser referenciado
como risco político. Perceba que embora a causa imediata de um
risco-país seja um fator político ou legal, pode haver desdobramentos
econômicos, sociais ou tecnológicos envolvidos.
Figura 11 – Risco-país como um dos quatro principais tipos de risco em negócios internacionais
Cada sistema político tende a ser associado a um tipo específico de sistema econômico.
O totalitarismo está associado às economias dirigidas, a democracia associada às
economias de mercado e o socialismo às economias mistas. Vejamos.
Economia dirigida: conhecida como economia de planejamento centralizado, o
Estado é responsável por tomar todas as decisões econômicas que dizem respeito a
quais bens e serviços o país deve produzir, a quantidade de produção, aos preços
de venda e à forma de distribuição. Assim, o Estado detém a posse de toda riqueza,
terras e capital de produção.
Economia de mercado: a tomada de decisão nos níveis de produção, consumo,
investimento e poupança resulta da interação entre suprimentos e demanda, ou seja,
das forças de mercado. Cavusgil (2010) nos ensina que neste sistema, as decisões
econômicas são deixadas a critério de indivíduos e empresas e a intervenção
governamental no mercado é limitada. Neste modelo, ainda podemos observar que
há uma ligação ao capitalismo, de acordo com o qual a posse e a operação dos meios
de produção são de ordem privada. Os participantes exibem uma mentalidade
orientada ao mercado e um espírito empreendedor.
Economias mistas: neste sistema, as características de economia de mercado e
de economia dirigida são consideradas. Ela combina a intervenção estatal com os
mecanismos de mercado para que se atinjam a produção e a distribuição, sendo
a maioria das indústrias pertencentes à iniciativa privada, de forma livre para os
empreendedores estabelecerem, possuírem e operarem seus negócios. Mas o
governo também controla certas funções, como os sistemas de aposentadoria, as
regulamentações trabalhistas, os níveis de salário mínimo e as leis ambientais. De
forma geral, o Estado financia a educação, a saúde e outros serviços públicos vitais.
Normalmente há empresas estatais com as operações e gestão em setores essenciais
como transportes, telecomunicações e energia.
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Em Resumo
Na ponta da língua
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Referências Bibliográficas
Cavusgil, S. T. (2010). Negócios internacionais: estratégia, gestão e novas realidades.
São Paulo: Pearson Prentice Hall.
Gonçalves, R. (2016). Economia política internacional. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier,
2016.
Madeira, A. B.; Silveira, K. A. G. (2013). Internacionalização de empresas: teorias e
aplicações. São Paulo. BR: Saint Paul.
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