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Economia
Bom estudo!
Objetivo
Possibilitar ao estudante uma visão geral sobre a ciência econômica, contribuir
para a formação de uma visão acadêmica sobre conceitos introdutórios de
economia, microeconomia e macroeconomia, colaborando para a construção de
uma percepção sobre ações, mercados e políticas que influencie as pessoas e as
organizações em um país.
Habilidades e competências
Com preender a organização da atividade produtiva nas perspectivas micro e
macroeconômica e suas influências sobre as demais áreas do conhecimento.
Possibilitar uma visão geral de economia na gestão.
Analisar a importância da área econômica no contexto organizacional brasileiro
Estudar os conceitos, os métodos, as estratégias e os procedimentos da economia.
Avaliar as características econômicas contemporâneas e suas influências nas
organizações brasileiras, bem como as mudanças e informações delas advindas.
Identificar as relações da economia com as atividades de gestão empresarial.
Ementa
Conceitos econômicos: os agentes econômicos, os fatores de produção, o problema
da escassez. Tipos de sistemas econômicos. Noções de microeconomia: oferta,
demanda, elasticidade, preço, estruturas de mercado, análise da competitividade
e regulamentação governamental. Macroeconomia: políticas macroeconômicas,
indicadores econômicos, moeda e inflação. Conjuntura econômica.
Sumário
1. Conceitos Introdutórios de Economia..................................................................................................06
2. O sistema econômico contemporâneo ..........................................17
3. A circulação no sistema econômico ..............................................23
4. Noções básicas de microeconomia ...............................................28
5. Uma análise dos mercados ........................................................ 34
6. Os preços e suas variações ........................................................ 41
7. Demanda, oferta e equilíbrio de mercado ......................................45
8. Exercícios resolvidos sobre demanda, oferta e equilíbrio de mercado ........49
9. As elasticidades e suas aplicações ...............................................54
10. Exercícios de elasticidade ........................................................ 59
11. Os mercados competitivos ........................................................ 63
12. Os agentes econômicos, os fatores de produção e noções de macroeconomia ..... 71
13. A moeda como movimentadora do mercado ....................................76
14. A participação dos juros na economia ...........................................83
15. A renda como influenciadora do desenvolvimento da economia ..............88
16. As contas nacionais ................................................................ 94
17. A determinação da renda ....................................................... 100
18. Uma análise da inflação ......................................................... 107
19. A política fiscal .................................................................. 113
20. A política monetária............................................................. 119
21. A política cambial ............................................................... 126
22. Economia como fomento para o desenvolvimento organizacional .......... 132
23. Análise econômica interna e externa .......................................... 138
Glossário .............................................................................. 146
Referências ........................................................................... 153
Conceitos introdutórios de
1 economia
Objetivo
Conhecer os conceitos básicos de economia.
• senso comum;
• atividade econômica;
• ciência econômica.
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produtivos escassos na produção de bens e serviços, de forma a fazer a distribuição entre
todos os segmentos da sociedade, com objetivo de satisfazer suas
necessidades (VASCONCELLOS; GARCIA, 2012).
Por se tratar de uma ciência social, a economia é caracterizada pela ligação entre os
acontecimentos da sociedade e do nosso cotidiano, seja nas esferas pública, privada ou no
terceiro setor e em relação a pessoas físicas e jurídicas. Todos estão envolvidos nesse
processo, de maneira direta ou indireta, de forma passiva ou ativa.
Esse é um ponto a respeito do qual devemos refletir com atenção, pois cada agente
tem participação na economia de uma nação. Uns apresentam maior e
outros menor influência nas decisões econômicas.
Assim ocorre em relação aos impactos sofridos pelas decisões econômicas: alguns
participantes possuem impacto maior, outros menor. Ou
seja, todos os sujeitos atuantes em uma nação estão envolvidos no processo
econômico, e ter consciência desse envolvimento pode trazer comprometimento e ação
mais qualificada dos governos e da sociedade.
Ainda sobre a definição básica de economia, Parkin (2009, p. 2) define economia como
uma ciência social que investiga as “[...] escolhas que as pessoas, as empresas, os governos
e sociedades inteiras fazem à medida que se defrontam com a escassez e com os
incentivos que influenciam e conciliam essas escolhas”. Como dissemos há pouco, a
participação de todos os agentes é comum, mas o modo como eles participam, ou seja,
como realizam suas escolhas, pode impactar positiva ou negativamente na economia
de um país.
Rizzieri (2011) afirma que o início da fase científica da economia se deu nos
séculos XVIII e XIX, por meio de uma fase de evolução do
conhecimento humano em diferentes áreas. No caso da economia, o foco
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de análise caracterizou-se pela interpretação dos principais fenômenos da atividade
econômica.
Rizzieri (2011) afirma ainda que o economista não precisa dar respostas com
especificidades detalhadas, mas deve conseguir direcionar os princípios de causa e
efeito. Isso já pode ser considerado um avanço. É nesse sentido que tratamos da
importância da área e dos profissionais da economia para toda a sociedade: governos,
organizaçõesepessoas.
Ter dados históricos e poder realizar análises de diversos cenários é a grande
vantagem de pertencer a uma ciência, pois ter informações e conhecimento apropriados
e qualificados para tomar decisões hoje influenciará nossas vidas
no futuro.
Na área de gestão, caro estudante, nós podemos discordar ou concordar com Rizzieri,
mas o fato é que a economia apoia diretamente nossas decisões nas empresas, seja
em questões financeiras, tributárias, tecnológicas, de custos, de mercado
internacional, de produção
etc. Enfim, nossas decisões devem fazer parte de nossa atuação nas organizações, pois
essa contribuição é fundamental para o futuro sucesso das empresas. Portanto,
apesar de estar apenas no início de sua caminhada, pense nisso no decorrer do curso e
em sua vida pessoal e profissional.
Parkin (2009, p. 1) nos traz a ideia de que “[...] todas as questões econômicas surgem
porque queremos mais do que podemos ter”. O autor coloca, ainda, que buscamos um
mundo melhor e uma qualidade de vida, o que nos direciona ao consumo.
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também as esferas social e ambiental. Trata-se de algo que gera cada vez mais
preocupação em todo o planeta, principalmente em nossa história recente, pois:
[...] o que cada um de nós pode ter é limitado pelo tempo, pela nossa renda e pelos preços que temos de pagar. Todos
nós acabamos tendo alguma necessidade insatisfeita. O que podemos obter como uma sociedade é limitado pelos
nossos recursos produtivos [...] (PARKIN, 2009, p. 1)
Mas voltando aos conceitos de economia, vejamos que ela se divide em duas grandes
partes (PARKIN, 2009): microeconomia e macroeconomia.
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ou poupança, de R$ 150,00 mensais. Do ponto de vista do senso comum, a
economia seria essa reserva mensal de valor, que pode estar ligada à realização de um
sonho (compra de um produto ou serviço).
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Para sua reflexão
Pense nestes três conceitos básicos de economia,
economia enquanto senso comum, atividade
econômica ou ciência, como eles estão presentes
em nosso cotidiano. Seja em nossa vida pessoal,
profissional ou organizacional. Portanto, qual dos
três conceitos fazem parte de nossa rotina? E como
nós, enquanto não economistas, utilizamos essas
informações em nossa vida?
A resposta a essa reflexão forma parte de sua
aprendizagem e é individual, não precisando ser
comunicada ou enviada aos tutores.
Nas unidades a seguir, trataremos de outros temas de economia que nos auxiliarão a
compreender e refletir sobre a economia e seus impactos na sociedade.
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2 A lei da escassez na economia
Objetivo
Analisar a lei da escassez na concepção econômica.
Nossa relação com a escassez é histórica, desde as guerras por alimentos na IdadeMédia
e a busca, mercantilista ou militar, dos romanos no norte do continente africano e na
Ásia. Citamos isso, rapidamente, para ilustrar que atualmente também existe escassez de
alguns produtos em regiões do
mundo, sendo talvez a do alimento uma das mais sentidas pela população. Entretanto,
estamos falando das questões de oferta. Se fôssemos agregar questões de preço ou tipo
de concorrência de mercado, a análise seria muito mais complexa. Mas veremos isso
nas próximas unidades.
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Talvez o dilema dos indivíduos e das organizações seja buscar um equilíbrio
entre os recursos produtivos e as necessidades humanas, não apenas com vistas
ao equilíbrio econômico, mas também para o atendimento de demandas sociais e
ambientais, com preocupações relacionadas ao presente e ao futuro das novas
gerações.
Se não houvesse escassez de recursos, ou seja, se todos os bens fossem abundantes (bens livres), não haveria a
necessidade de estudarmos questões como inflação, crescimento econômico, déficit de pagamentos, desemprego,
concentração de renda etc. (VASCONCELLOS, 2002, p. 21)
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objetivos básicos da economia: desenvolvimento econômico, controle da inflação, oferta
de emprego e renda à sociedade.
A impossibilidade de uma nação em atender sua demanda faz com que haja
intensificação no comércio internacional. Sabemos que isso não é recente; desde a
Antiguidade, as pessoas dependem desse comércio para atender suas necessidades de
abastecimentos. Essas reflexões se baseiam na observação de países isoladamente, mas
podemos pensar no planeta como um todo e na sua limitação de oferecer os recursos
necessáriosaos seus habitantes. Rizzieri (2011) trata a lei da escassez como uma restrição
quase física em produzir a maior quantidade possível de produtos e serviços com os
recursos escassos disponíveis no ambiente.
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Não podemos deixar de salientar que a procura por bens (produtos ou serviços) ocorre
por sua utilidade e capacidade de satisfazer uma necessidade humana. É
algo que parece ser simples, entretanto essa
procura pode causar uma pressão sobre a oferta, o que resultaria em um aumento na
inflação e nos preços, por exemplo.
Rizzieri (2011) afirma que o conceito de necessidade humana pode ser concreto,
neutro e subjetivo. Porém, devemos considerar que a
necessidade humana está alinhada a uma realização social do indivíduo, mesmo sendo a
escolha de um bem econômico.
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Rizzieri (2011) conclui explicando que o sentido econômico de escassez e
necessidade facilita o entendimento da economia como ciência social e estudo da
organização social para gerir os recursos escassos e satisfazer as necessidades dos
indivíduos, com vistas às escolhas e à competitividade. Por isso a classificação da
economia como ciência social: “[...] nossa incapacidade de satisfazer todas as nossas
necessidades é chamada de escassez. Tanto os pobres quanto os ricos defrontam-se
com a escassez” (PARKIN, 2009, p. 1).
Segundo Parkin (2009, p. 2), “[...] diante da escassez, devemos escolher entre as
alternativas disponíveis”. Esse autor ainda chama a atenção para o fato de que devemos
fazer escolhas tanto individuais quanto coletivas.
A estruturação do mercado deve estar atenta às escolhas feitas pelos indivíduos, pois o
estímulo governamental pode estar voltado para que haja um equilíbrio nessas
escolhas, por meio da oferta e demanda de bens. Afinal, “[...] as escolhas que fazemos
dependem dos incentivos que encontramos. Um incentivo é uma recompensa que
estimula uma ação ou uma penalidade que desestimula outra” (PARKIN, 2009, p.
2).
Estudo complementar
Como estudo complementar, recomendamos a
leitura do trabalho produzido por acadêmicos da
Universidade de Salvador, sobre A Lei da Escassez
e a Economia, divulgado pelo Seminário Estudantil
de Produção Acadêmica, disponível clicando aqui.
Boa leitura!
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O sistema econômico
3 contemporâneo
Objetivo
Identificar os sistemas econômicos contemporâneos mais praticados
pelos países.
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Já Vasconcellos (2002, p. 22) sustenta que existem duas formas principais de
organização econômica:
• economiademercado(oudescentralizada, dotipocapitalista);
• economia planificada (ou centralizada, do tipo socialista).
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• Capital: considera-se capital, em termos econômicos, o conjunto de bens
heterogêneos (máquinas, equipamentos, fábricas, terras, matéria-prima etc.) com
condições de reproduzir bens e serviços. A utilização desse capital de maneira
eficiente contribui para o aumento da produtividade.
• Propriedade privada: o capital é essencialmente de propriedade privada. O
investidor busca retorno sobre o valor investido. Nesse modelo, o capitalismo
se apropria de parte da renda gerada nas atividades econômicas. O capital pode
ser tangível (equipamentos, edificações etc.) ou intangível (patentes, tecnologia,
marca etc.). Também temos operações capitalistas que não estão baseadas na
produção, e sim em negócios que visem a juros, dividendos, lucros, aluguéis e
direitos sobre os bens de capital.
• Divisão do trabalho: a produção em massa é viabilizada a partir da
contribuição individual ou coletiva das pessoas. Por meio da divisão do
trabalho, ou especialização, cada indivíduo, através de suas respectivas
aptidões e recursos, poderá contribuir para o incremento da produtividade,poisa
especialização obtém a máxima vantagem sobre essas características
individuais. Essa divisão por tarefas nas etapas de produção favorece melhor
aproveitamento do tempo e elevada interdependência das funções.
• Moeda: considerada como uma das maiores invenções da humanidade, a
moeda tem uma função importante na economia, como meio de troca, reserva
de valor, unidade de conta e padrão para pagamentos. A moeda, como meio de
troca, facilita os negócios porquetemseupoderde compraaceitoaolongodo
tempo, e também pela praticidade em ser reconhecida, divisível e transportável.
Outro papel fundamental da moeda é a precificação dos produtos e serviços. Em
nossas economias modernas, a simplificação dos preços é construída a
partir das unidades monetárias, como o real, o dólar e o euro.
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• primeiro: faz-se um levantamento das necessidades humanas a serem atendidas;
segundo: faz-se um levantamento dos recursos produtivos
disponíveis para a produção;
• terceiro: de acordo com as disponibilidades, realiza-se uma análise das
necessidades prioritárias e determinam-se as quantidades de cada produto ou
serviço a serem produzidas, as quais são denominadas metas de produção e
consumo.
Nesse modelo, o órgão planejador, o governo, fixa metas a serem cumpridas. Depois,
essas metas são transmitidas aos órgãos intermediários e, na sequência, para as
unidades de produção da atividade econômica. Como esse volume de produção não
visa ao lucro, a expansão ou contração é determinada
pelo próprio governo, e não pelos preços ou pela oferta/demanda. Portanto, as decisões
não
estão baseadas nolucro ouprejuízo daindústria, mas nanecessidade de produção para
atender à demanda da população (VASCONCELLOS, 2002; RIZZIERI, 2011).
Além disso, cada firma recebe umaquota de produção, com recursos proporcionais,
com o objetivo de cumprir o planejamento central. Essa ação impede que se produza
mais do que foi planejado e também garante que se cumpra a produção planejada.
Temos de lembrar também que a orientação na produção se dá por um viés
coletivo e pertencente ao próprio governo.
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Uma das características mais marcantes é o fato de a propriedade de produção ser
pública. Rizzieri (2011) afirma que os meios de produção (máquinas, equipamentos,
estrutura física, matéria-prima, tecnologias, recursos naturais, bancos etc.) são
considerados propriedades da população, da coletividade. Entretanto, também existem
alguns meios de produção da propriedade privada, como no caso das pequenas atividades
artesanais e da agricultura familiar ou camponesa, principalmente.
É necessário compreendermos que “[...] os países organizam-se ou dessas duas formas, ou possuem algum sistema
intermediário entre elas” (VASCONCELLOS,
2002, p. 22).
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Mas para nós, torna-se prioritário ter uma visão sobre cada realidade,
especialmente para indivíduos ou organizações que estão presentes em mais de
um país ou continente.
Fórum
Caro estudante, dirija-se ao Ambiente Virtual de
Aprendizagem da instituição e participe do nosso
Fórum de discussão. Lá você poderá interagir com
seus colegas e com seu tutor de forma a ampliar,
por meio da interação, a construção do seu
conhecimento. Vamos lá?
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4 A circulação no sistema econômico
Objetivo
Compreender as formas de circulação no contexto do sistema
econômico.
Essa participação, tanto das famílias quanto das empresas, contribui para a formação do
mercado, que pode sofrer maior ou menor interferênciado
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governo, dependendo se é conduzido por uma visão capitalista, socialista ou de
convergências. Portanto, é possível encontrarmos nações socialistas com traços
capitalistas e naçõescapitalistas com traços socialistas.
Oferta de Demanada
serviços dos de serviços
fatores de dos fatores
produção de produção
Para quem produzir
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De todo modo, em cada um dos mercados, oferta e demanda influenciam a
determinação do preço. Portanto, é no mercado de bens e serviços que são
determinados os preços dos produtos e serviços. Já no
mercado de fatores de produção são determinados os valores monetários de salários,
juros, aluguéis, lucros, royalties etc.
O fluxo circular de renda pode ser denominado também de fluxo básico, por englobar
a relação entre famílias e empresas. O fluxo completo incorpora também o setor
público, com a adição dos impostos e gastos públicos, bem como o setor externo, que
inclui as transações com produtos, serviços e finanças com outros países
(VASCONCELLOS; GARCIA, 2012).
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Os bens intermediários se caracterizam por serem transformados ou
agregados no processo produtivo de outros bens. Esses bens
intermediários são consumidos na produção, por exemplo: insumos, matéria-
prima, componentes etc. A maior diferença está em relação aos bens finais, que são
destinados ao consumo ou utilização final, e aos bens de capital, que são
consumidos no processo de produção.
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que serão pertencentes aos seus proprietários e unidades familiares
(VASCONCELLOS; GARCIA, 2012).
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5 Noções básicas de microeconomia
Objetivo
Discutir as noções básicas de microeconomia.
A microeconomia foca sua análise nos consumidores, nas empresas e nos mercados
específicos. Por isso, a preocupação aqui é com a formação dos preços
(VASCONCELLOS,2002).Ospreçosseformamapartirdos mercados:
Não podemos confundir com o foco nas empresas, por não se tratar da gestão, mas
sim do mercado no qual estão inseridas, bem como sua
interação com os consumidores. Isso porque a visão econômica se baseia na visão
global, e não apenas na parte interna da empresa, que é função do gestor
(VASCONCELLOS, 2002).
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Os tópicos abordados na análise microeconômica, segundo Vasconcellos (2002), são:
• teoriadademanda(ouprocura):teoria do consumidor(demanda
individual); demanda de mercado;
• teoria da oferta:ofertaindividual:teoria daprodução e teoria dos custos
de produção; oferta de mercado;
• análise das estruturas de mercado: mercados de bens e serviços
– concorrência perfeita, concorrência monopolista, monopólio e oligopólio;
mercado deinsumos efatoresdeprodução –concorrência perfeita,
monopsônio e oligopsônio.
• teoria da utilidade;
• teoria da escolha.
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O autor esclarece que o estudo da teoria do consumidor serve para elaborar e
interpretar pesquisas de mercado, comparar políticas de incentivo ao
consumidoreavaliarossistemaseconômicos.
Ateoriadautilidadetratajustamentedoreconhecimentodoconsumidor sobre o
produto ou serviço comercializado. Ao mesmo tempo, analisa
a variação da demanda do consumidor, bem como a busca por um equilíbrio
entre oferta e demanda.
• cestas de mercadorias;
• curvas deindiferença;
• propriedades das curvas de indiferença;
• taxa marginal de substituição;
• linha de restrição orçamentária;
• deslocamento da linha de restrição orçamentária;
• equilíbrio do consumidor;
• derivação da curva dademanda;
• demanda individual à demanda de mercado.
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A teoria elementar da demanda não objetiva trabalhar toda a teoria da demanda. Nem
mesmo nós, neste momento, pois teremos uma unidade mais adiante para tratar
com profundidade desse assunto. Isso vale também para a teoria da oferta.
É importante salientarmos que a teoria da demanda deriva das opções de escolha dos
consumidores. E essas escolhas entre as opções do mercado são influenciadas por suas
rendas.
Spínola eTroster(2011) dizem que as estruturas de mercado são modelos que captam
aspectos de como os mercados se organizam. Cada
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segmento se caracteriza por uma interação entre oferta e demanda. Alguns aspectos
básicos são: tamanho das empresas, diferenciação de produtos ou serviços,
transparência e ética no mercado, objetivos dos empreendedores, possibilidade de
acesso de outras organizações etc. Os autores dividem as estruturas básicas em
três partes:
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Dentre modelos marginalistas de oligopólio, apresentamos:
Estudo complementar
Para conhecer mais sobre alguns dos principais
conceitos de Microeconomia, entre outros,
acesse o endereço clicando aqui e leia o material
produzido pelo Ministério da Saúde em 2012.
Bons estudos!
Ao fim de mais uma unidade, esperamos ter contribuído, mesmo que de uma
forma introdutória, com algumas concepções sobre a microeconomia. Bons
estudos! E seguimos para a próxima unidade.
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6 Uma análise dos mercados
Objetivo
Avaliar as mudanças ocorridas nos mercados e sua influência nas
organizações.
Caro estudante, nesta unidade faremos uma análise dos mercados e sua respectiva
influêncianas organizaçõese na sociedade. Portanto,não poderemos desconsiderar a
interação entre os agentes econômicos na formação do mercado. Não se trata apenas da
participação das famílias e empresas, que já caracteriza uma relação complexa, mas
também da
ação do governo e das influências internacionais, devido ao fenômeno da
globalização. Essa complexidade econômica pode ser considerada como um dos
entraves para o desenvolvimento de uma nação. Por outro lado, decisões assertivas
podem contribuir justamente para o crescimento do país e, principalmente, para a
melhoria das condições de vida da população.
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A regulamentação do mercado pode contribuir para maior credibilidade econômica de
um país e também para desenvolvê-lo. Quanto mais claras estiverem as regras
mercadológicas, mais irão facilitar tanto as decisões dos investidores e produtores
como as escolhas dos consumidores, e até mesmo o acompanhamento do Estado.
Os mercados fazem um trabalho incrível. As leis da demanda e da oferta nos ajudam a entender o funcionamento dos
mercados. Mas, em algumas situações, um mercado deve ser desenvolvido e instituições devem ser criadas para que o
mercado funcione. (PARKIN, 2009, p. 146)
Parkin (2009) acrescenta ainda que os formatos de mercado podem ser criados e
projetados. As adaptações existentes no mercado facilitam as análises da produção e
do consumo. Por um lado, precisamos seguir as orientações ou regulamentações
atuais do mercado, por outro, há que se ter novas ideias para de fato haver
desenvolvimento econômico com evolução tecnológica nos produtos e processos.
A teoria dos jogos objetiva analisar os problemas existentes na interação dos agentes,
que podem estar relacionados aos indivíduos, às empresas ou aos governos. As
interações podem afetar os agentes, de acordo
com as decisões tomadas. Aliás, essas interações não se restringem à economia, e
podem ser utilizadas em outras áreas, como ciência política, sociologia, estratégia
militar etc. No caso da economia, as interações ou discordâncias podem ocorrer em
função da formação dos preços de seus produtos ou insumos no mercado. Esses preços
servem como parâmetros para tomadas de decisões de empresas, influenciando assim
sua estratégia de mercado.
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A economia de informação, ou teoria da informação, está relacionada com a
probabilidade de alguns agentes possuírem mais informações do que os outros.
Portanto, é possível resultar em uma condição diferenciada no mercado, ou seja, um
desequilíbrio nas tomadas de decisões, pois
cada vez mais os problemas de informação se destacam nas análises das transações
econômicas e no desempenho dos mercados. Também são considerados os
problemas de risco moral e de custos da transação,
por exemplo, questões pós-contratuais não atendidas e altos custos. De qualquer
forma, a teoria dos jogos pretende favorecer as decisões dos agentes para a
maximização dos resultados, baseando-se no princípio da racionalidade.
Também é analisado o papel dos preços relativos, que se caracterizam por uma
comparação dos preços de um produto em relação aos outros, já que os preços
absolutos seriam dos bens de uma forma isolada.
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Quanto aos objetivos de empresas produtoras de bens e serviços, pode- se fazer uma
análise à luz do princípio da racionalidade, através do qual se busca a maximização
do lucro total e a otimização dos recursos disponíveis. Essa visão se baseia em uma
corrente marginalista que enfatiza os conceitos de média, da receita marginal,
do custo marginal e da produtividade marginal. Ou seja, as organizações, nesse
contexto, se preocupam com o resultado final do processo.
Essa posição colocada pelos autores citados nos leva a refletir sobre as decisões
organizacionais e as possíveis consequências para o mercado. Afinal, é comum em
nossas organizações termos preocupações constantes relacionadas com redução de
custos, atuação no mercado, aumento de receitas e visão estratégica.
Saiba mais
Assista ao vídeo“Carta da Terra: valores e
princípios para um futuro sustentável”(2004), que
contém um conteúdo produzido por pensadores
de todos os continentes, inclusive do Brasil,
sobre questões econômicas, sociais e ambientais.
Ou seja, uma visão do todo sobre as ações dos
indivíduos em nosso planeta. Pense nisso!
Disponível clicando aqui.
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Chegamos ao fim de mais esta unidade. Deixamos como dica final uma análise
estratégica sobre todo o mercado pelo ponto de vista de consumidor e cidadão e,
principalmente, para nós, administradores ou futuros administradores. Buscando
alcançar condições de perceber as mudanças que acontecem e acontecerão no
mercado por meio de um comportamento proativo e não reativo – ou pior, passivo
–, vamos em frente!
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Resumo
Caro estudante, durante estas primeiras seis unidades você estudou conceitos
introdutórios da economia: a lei da escassez, o sistema econômico
contemporâneo, a circulação no sistema econômico, as noções básicas de
microeconomia e uma análise dos mercados.
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Na quinta unidade, acompanhamos as noções básicas de microeconomia. Aidentificação
da formação de mercados e princípios básicos da oferta e da demanda. Abordamos
também a necessidade de analisar cada variável e o reflexo no mercado para os agentes
produtores e consumidores.
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7 Os preços e suas variações
Objetivo
Verificar as alterações dos preços de produtos.
Nesta unidade, apoiados nas ideias de Parkin (2009) e Rizzieri (2011), faremos
uma análise das alterações dos preços de produtos e suas consequências no
sistemaeconômico.
Ainda segundo Parkin (2009, p. 55), “[...] na vida cotidiana, o preço de um objeto é o
número de unidades monetárias que devem ser dadas em troca desse objeto. Os
economistas chamamesse preço depreçomonetário”.
Rizzieri (2011) defende que os preços não passam de recursos contábeis quefacilitam
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e calculados com base na própria eficiência da organização. Já Parkin (2009, p. 55)
afirma que “[...] o custo de oportunidade de uma ação é a alternativa de maior
valor dado ao qual se abre mão”, e que “[...] o
quociente de um preço em relação ao outro é chamado de preço relativo, e um preço
relativo é um custo de oportunidade”. Aqui, é importante destacar que o custo de
oportunidade é medido em termos de outro bem, ou seja, produzir mais de um
bem em detrimento de outro.
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Por exemplo, se uma pessoa toma um copo de leite por dia, ela demanda sete copos
por semana e 365 copos por ano. Mas essa quantidade demandada pode ser
diferente da quantidade comprada. A quantidade compra da significa que o
indivíduo escolheu comprar essa quantidade, levando em conta diferentes
variáveis na hora da escolha, inclusive o preço. Por isso, normalmente a
quantidade comprada de um bem ou serviço é menor do que a quantidade
demandada.
Mas por que um preço mais alto reduz a quantidade demandada? Parkin (2009) nos
informa que isso acontece por duas razões:
• efeito substituição;
• efeito renda.
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Os recursos e a tecnologia são os fatores que limitam a produção de um bem ou
serviço. Mas a oferta não se restringe somente a ter os recursos e tecnologias
para produzir os bens e serviços. É preciso que esses bens e serviços produzidos
sejam lucrativos. Mas por que um preço mais alto aumenta a quantidade
ofertada?
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Demanda, oferta e equilíbrio de
8 mercado
Objetivo
Refletir sobre a demanda, a oferta e o equilíbrio de mercado como
pilares do desenvolvimento econômico.
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A lei geral da demanda está relacionada à quantidade procurada e ao preço
do produto ou serviço (VASCONCELLOS; GARCIA, 2012).
Com esses conceitos e exemplo, podemos perceber que quanto menor for o preço de
venda, maior será a intenção de compra. Ou seja, o consumidor tende a consumir
mais um produto ou serviço quanto mais o seu preço diminui.
A seguir, a Tabela 2 apresenta a escala da oferta, para mostrar a relação entre preços e
quantidades ofertadas pelos produtores.
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Tabela 2 – Escala da oferta
Preço ($) Quantidade ofertada
1,00 2.000
2,00 4.000
3,00 6.000
4,00 9.000
5,00 11.000
Para que haja equilíbrio no mercado, é necessário que ocorra uma interação
das curvas da demanda e da oferta. Ou seja, um preço que seja atrativo
tanto para o produtor como para o consumidor (VASCONCELLOS;
GARCIA, 2012).
Podemos observar na Tabela 3 que o ponto de equilíbrio (ponto “e”) é dado quando
a um determinado preço, as quantidades demandadas e ofertadas são iguais. E
podemos dizer que ocorrerá um excesso de oferta em relação à demanda para todos os
preços com valores maiores que o preço de equilíbrio, e um excesso de demanda em
relaçãoà oferta para todos os preços menores que o preço de equilíbrio.
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11000
10000
9000
8000
6000
4000
3000
2000
1000
1 3 6 8 10
Preço $ Quantidade Procurada Quantidade Ofertada
Figura 2 – Equilíbrio no mercado.
Fonte: Adaptada de Vasconcellos e Garcia (2012).
Atividade
Chegou a hora de você testar seus conhecimentos
em relação às unidades 1 a 8. Para isso, dirija-se
ao Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e
responda às questões. Além de revisar o conteúdo,
você estará se preparando para a prova. Bom
trabalho!
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Exercícios resolvidos sobre
9 demanda, oferta e equilíbrio de
mercado
Objetivo
Analisar exemplos práticos de curva da demanda e da oferta e o
ponto de equilíbrio.
Atividade 1
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Atividade 2
Atividade 3
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Resoluções
Atividade 1
Preço R$
Demanda de
10 Mercado
4
Demanda
Qtde (kg)
8.000 15.000
b. A Lei Geral da Demanda diz que ocorre uma relação inversamente proporcional
entre o preço e a quantidade demandada. Isso explica porque a curva de
demanda é decrescente em função do preço.
Atividade 2
a. Paraconstruirográfico,insiraospreçosnoeixoverticaleas
quantidades ofertadas no eixo horizontal.
10 Oferta
Qtde (kg)
8.000 15.000
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b. A Lei Geral da Oferta diz que ocorre uma relação diretamente proporcional
entre o preço e a quantidade ofertada. Isso explica porqueacurva de oferta
é crescente em função do preço.
Atividade 3
a.
Equilíbrio do mercado Preço R$
Oferta
6 Ponto de equilíbrio
Demanda
Qtde
12.000 (kg)
b.
O preço de equilíbrio é de 6 reais. A quantidade de demanda é exatamente igual
à quantidade de oferta.
c.
O(s) preço(s) que representa(m) um excesso de demanda em relação à oferta é de
4 reais. Para o preço de R$ 4,00, ocorre um excesso de demanda em relação à
oferta de 7000 unidades.
d.
O(s) preço(s) que representa(m) um excesso deoferta emrelação à demanda é
de 10 reais. Para o preço de R$10,00, ocorre um excesso de oferta em relação à
demanda de 7000 unidades.
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Finalizamos esta unidade destacando que a partir do preço de equilíbrio esse conflito
de interesse pode ser resolvido: um valor em que os interesses de produtores
e compradores se ajustam. Nessa situação, não apenas o preço tende a
permanecer estável, como as quantidades produzidas e consumidas também se
ajustam em um mesmopatamar.
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10 As elasticidades e suas aplicações
Objetivo
Estudar as variações de elasticidade e suas respectivas aplicações no
mercado.
Cada produto tem sua própria sensibilidade em relação às variações dos preços e
renda. Essa sensibilidade, ou relação, pode ser medida através do conceito de
elasticidade. Genericamente, a elasticidade reflete o grau de reação ou sensibilidade
de uma variável, quando ocorrem alterações em outra variável, ceteris
paribus (VASCONCELLOS; GARCIA, 2012). Portanto, o conceito de
elasticidade está relacionado à mudança de preços praticados no mercado e à
reação, tanto dos consumidores como dos produtores, sobre suas respectivas
tendências de consumo ou produção, em virtude da avaliação do preço como
atrativo ou não.
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10.1 A elasticidade-preço da demanda
Conceito: é a resposta da quantidade demandada de um bem X às variações de
seu preço. Dito de outra maneira, é a variação percentual na quantidade procurada
do bem X em relação a uma variação percentual em seu preço, ceteris
paribus (VASCONCELLOS; GARCIA, 2012).
Como a correlação entre preço e quantidade demandada é inversa, ou seja, caso ocorra
um aumento nos preços ocorrerá uma variação negativa na quantidade demandada, o
valor encontrado da elasticidade-preço da demanda será sempre negativo (obs.:
para evitar problemas de sinal, o valor da elasticidade é sempre colocado em
módulos).
| epd | > 1.
| epd | < 1.
epd = ‒1 ou | epd | = 1.
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Fatores que influenciam o grau de elasticidade-preço da demanda
O que faz com que alguns bens tenham demanda elástica ou inelástica, isto é, quais
fatores explicam os valores obtidos para a elasticidade-preço da demanda?
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Podem ocorrer três possibilidades:
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A elasticidade - preço da oferta possui o mesmo processo utilizado para a demanda
que se utiliza na oferta, analisando-se, porém, que o resultado da elasticidade será
positivo, pois a correlação entre preço e quantidade ofertada é direta. Ou seja,
quanto mais elevado for o preço, maior a quantidade que as empresas estarão
dispostas a produzir, ceteris paribus (VASCONCELLOS; GARCIA, 2012).
Vamos em frente!
Tarefa dissertativa
Caro estudante, convidamos você a acessar o
Ambiente Virtual de Aprendizagem e realizar a
tarefa dissertativa.
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11 Exercícios de elasticidade
Objetivo
Demonstrar a aplicação dos conteúdos de elasticidade.
Atividade 1
• Pacote A R$580,00
• Pacote B R$480,00
• Pacote C R$ 415,00
a. Qual a receita total da empresa com os preços iniciais dos respectivos pacotes?
b. Qual a receita total da empresa após as alterações nos preços dos pacotes?
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c. Com base nos dados encontrados a partir da solução dos itens a e b, o que o
administrador deve fazer?
Atividade 2
Atividade3
Atividade 4
Suponha que você seja o administrador de um museu. Seu diretor financeiro lhe
informa que o museu está ficando sem recursos e sugere que o preço dos ingressos
seja alterado para aumentar a receita total. O que você deve fazer? Aumentar ou
diminuiropreçodoingresso?
Resoluções
Atividade 1
RT = p q
Pacote A: R$ 580,00 100 = 58.000,00
Pacote B: R$ 480,00 150 = 72.000,00
Pacote C: R$ 415,00 200 = 83.000,00
RT = 58.000 + 72.000 + 83.000 = R$ 213.000,00
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b. Preços e quantidades após asalterações:
Atividade 2
Atividade 3
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Atividade 4
Se a demanda por ingresso for inelástica, ou seja, pouco sensível ao preço, pode-
se aumentar o preço doingresso. Pois, mesmo que a procura pelos ingressos diminua
um pouco, a variação ocorrida nademanda será menor do que a variação ocorrida
no preço do ingresso, provocando, como efeito, o aumento da receita total.
Porém, caso a demanda por ingressos for elástica, muito sensível ao preço, uma
elevação no preço do ingresso irá provocar uma redução na receita total, pois a
demanda é muito sensível ao preço.
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12 Os mercados competitivos
Objetivo
Analisar o nível de competitividade em diferentes mercados.
Cada mercado pode ser caracterizado de uma forma, seja pelo nível de concorrência,
pela prática de preços, pela regulamentação governamental etc. O fato é que há um
nível de competitividade envolvido no processo de produção, de distribuição
e de consumo de produtos e serviços em um determinado mercado.
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A concorrência perfeita ou concorrência pura se caracteriza por um tipo
de mercado no qual há um grande número de empresas vendedoras, de tal forma
que apenas uma empresa não afeta o nível de oferta no mercado e
nem influencia o preço de equilíbrio(VASCONCELLOS; GARCIA, 2012).
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Também pode existir o monopólio institucional ou estatal, que se caracteriza por
setores estratégicos ou de segurança nacional. Essa é uma prática utilizada em
diversos países.
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Concorrência Monopólio
perfeita
Uma núnica
Muitas empresas empresa
Concorrência
Oligopólio
Monopolista
Pequeno número
Muitas empresas com
de grandes empresas
poder de influência
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Por isso, caro estudante, é importante que os gestores conheçam as regras e práticas em
diferentes mercados, antes pensar ou fazer qualquer tipo de investimento. Seguimos
à próxima unidade! Bons estudos!
Estudo complementar
Leia o material elaborado por Paiva e
Cunha (2008), para a Fundação Alexandre de
Gusmão, sobre“Noções de Economia”. O texto
apresenta uma importante contribuição para a
construção de uma visão sobre a
competitividade e a concorrência no
mercado. Disponível aqui.
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Resumo
Naunidade 10, refletimos sobre a elasticidade e suas implicações nas ações do mercado.
A elasticidade-preço da demanda pode ser caracterizada como
elástica, inelástica e elasticidade-preço unitária. Além disso, está relacionada ao fato
de até que ponto um ofertante estará disposto a produzir e a disponibilizar no
mercado determinada quantidade de produto ou serviço, em função dos preços
praticados. Isso ocorre da mesma maneira em relação à demanda. Ou seja, até que
nível de preços praticados no mercado os consumidores estarão querendo comprar
uma determinada quantidade de certo produto ou serviço.
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Na unidade 11, apresentamos alguns exercícios com os resultados
comentados sobre a aplicação da elasticidade, com o intuito de
complementar os estudos sobre esse assunto. Na unidade 12, investigamos
sobre os mercados competitivos e estudamos a estrutura de mercado com a descrição
dos conceitos e características da concorrência perfeita ou pura, do monopólio ou
mercado monopolista, do oligopólio e da concorrência monopolista.
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Os agentes econômicos, os
13 fatores de produção e noções de
macroeconomia
Objetivo
Avaliar a participação dos agentes econômicos e os fatores
de produção na economia e apreciar as noções básicas de
macroeconomia e suas influências no mercado.
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Normalmente, temos uma divisão dos aspectos econômicos em
microeconomia e macroeconomia (VASCONCELLOS, 2002). Nesta unidade,
especificamente, trataremos de uma maneira introdutória sobre a macroeconomia.
Ela estuda a determinação e o comportamento de contabilizações como Produto
Interno Bruto (PIB), investimento, exportação, preços, consumo etc., com o
objetivo de direcionar uma política econômica. Evidentemente, há uma atenção
para o enfoque conjuntural, ou seja, há a preocupação com a solução de
problemas, como o controle da inflação e a geração de empregos.
O que e quanto
Como produzir Para quem produzir
produzir
A nação terá de decidir quais A sociedade precisará
Devido à escassez de
recursos produtivos serão definir também como serão
recursos produtivos,
utilizados para a geração de distribuídos os resultados
o país precisará
produtos e serviços, considerando da produção. Por exemplo,
escolher, a partir
a tecnologia disponível para isso. A a distribuição da renda
das possibilidades
concorrência entre os produtores dependerá de fatores como
existentes, quais
irá influenciar o modo como serão o nível de salários, a renda
produtos ou serviços
produzidos os bens e serviços. Os de terras, de juros e de
serão produzidos e
produtores, por sua vez, definirão outros benefícios do capital,
quais as respectivas
quais tecnologias e equipamentos mas também de como as
quantidades a serem
serão eficientes para uma propriedades serão repassadas
produzidas.
produção com menor custo. de geração em geração.
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• terra (ou recursos naturais);
• trabalho;
• capital;
• capacidade empresarial.
Após entendermos essa composição dos fatores de produção, é preciso ir além. Ou seja:
é preciso refletir sobre como são determinados os preços, asquantidadesdosprodutos
eserviçosproduzidosetambémosfatores de produção existentes na economia.
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Luque (2011) explica que a teoria macroeconômica tem justamente o objetivo
de pensar taisquestões.
Refletindo sobre esse cenário e essas metas, Vasconcellos (2002) explica que as
questões sobre a geração de empregos e o controle da inflação são consideradas
questões de curto prazo e conjunturais, por isso são chamadas de políticas de
estabilização.O autor ainda afirma que a meta para o equilíbrio no balanço de
pagamentos constitui um meio para atingir as metas da política macroeconômica, e
não um objetivo em si.
Cabe ainda ressaltar que, em 2012, a Espanha chegou a uma taxa de 26% de
desempregados e o Brasil, 6%. Com isso, podemos perceber a diferença entre eras e
as consequências para a economia nacional.
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Uma das preocupações do Estado ao interferir na economia é a busca pela
estabilidade de preços, ou seja, nem a geração de inflação (aumento constante dos
preços) nem a existência de deflação (diminuição constante dos preços) no mercado.
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A moeda como movimentadora do
14 mercado
Objetivo
Identificar a função da moeda na economia.
Desse modo, devemos reconhecer que a moeda, tal como a conhecemos, é resultado de
muitas transformações. Antes dela, conforme atesta o Banco Central do Brasil
(2013), praticava-se o escambo, que era a simples troca de mercadoria por
mercadoria, sem equivalência de valor. Essa forma de comércio foi dominante no início
da civilização e ainda pode ser encontrada entre povos de economia primitiva,
nas regiõesem que existe escassez de meio circulante, em função de difícil acesso.
Foi no século VII a.C. que surgiram as primeiras moedas com características
similares às atuais: pequenas peças de metal com peso e valor definidos e com
impressão de cunho oficial (BANCO CENTRAL DO BRASIL, 2013).
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A moeda e a economia
Embora não exista uma definição universal do que é moeda, podemos caracterizá-
la como algo que é aceito pela coletividade para desempenhar suas respectivas funções.
Mas quais são essas funções? Vamos conhecê-las!
• meio de troca;
• unidade de conta;
• reserva de valor.
Por sua vez, a função reserva de valor possibilita que a moeda seja aceita nas
negociações de mercadorias. Mas para isso é necessário que ela seja aceita no
mercado. A moeda representa umdireito que o indivíduo recebe depoder gastá-la
imediatamente ouguardá-lapara uso futuro. E para que a moeda cumpra essa função,
o seu valor deve ser estável, ou seja, não deve haver nem
supervalorização nem desvalorização radical em um curto período.
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É preciso ainda que você saiba que existem três tipos de moedas
(VASCONCELLOS; GARCIA, 2012).
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Item Composição
M1 Moeda em poder do público + depósitos à vista nos bancos comerciais;
M2 M1 + depósitos de poupança + títulos privados;
M3 M2 + fundos de renda fixa + operações compromissadas com títulos federais;
M4 M3 + títulos públicos federais, estaduais e municipais.
Demanda de Moeda
A quantidade de moeda retida pelo setor privado não bancário, que pode
estar em cofres de organizações, depósitos à vista nos bancos comerciais ou
mesmo com o público, é o que determina a demanda, ou
procura, de moeda. Enfim, são três as razões pelas quais se retém
a moeda (VASCONCELLOS; GARCIA, 2012):
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econômicos. Nesse sentido, segundo Vasconcellos (2002), as funções do Banco Central
são de:
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• operações com mercado aberto (open Market): compra e venda de títulos
públicos, quando o governo vende títulos, retira moeda do mercado e quando
o governocompratítulos,estáinjetandomais moeda no mercado;
• operações de redesconto: disponibilização pelo Banco Central aos bancos
comerciais de valores que podem ser emprestados ou redesconto de títulos.
Saiba mais
Sugerimos que você acesse o link (clicando aqui)
e conheça mais sobre o Comitê de Política
Monetária (Copom), área do Banco Central
que se reúne regularmente e que tem o objetivo
de estabelecer as diretrizes da política
monetária e de definir a taxa de juros.
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Fórum
Caro estudante, dirija-se ao Ambiente Virtual de
Aprendizagem da instituição e participe do nosso
Fórum de discussão. Lá você poderá interagir com
seus colegas e com seu tutor de forma a ampliar,
por meio da interação, a construção do seu
conhecimento. Vamos lá?
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A participação dos juros na
15 economia
Objetivo
Analisar a participação dos juros nas transações econômicas.
Os juros
De qualquer maneira, o desenvolvimento econômico depende da utilização
dos juros, ou seja, depende de recursos emprestados para investir na expansão de
um negócio ou no início de um novo, ou mesmo para facilitar o consumo.
Portanto, saiba que os juros têm um papel estratégico nas decisões dos
diferentes tipos de agentes econômicos e é um instrumento muito utilizado
pelo governo como instrumento de política monetária (VASCONCELLOS;
GARCIA, 2012).
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Esteja ciente de que as decisões dos gestores sobre a compra de máquinas,
equipamentos, aumento ou diminuição dos estoques, de matérias- primas ou de
produtos acabados e sobre a necessidade de capital de
giro não serão determinadas somente pelo nível atual, mas também pela
oscilação dos juros e pela tendência da taxa de juros no futuro
(VASCONCELLOS; GARCIA, 2012).
Agora vamos citar algumas decisões que podem ser influenciadas pelas
movimentações de juros na economia. Podemos analisar o caso dos estoques das
empresas, que têm uma atenção tanto das áreas de produção e logística quanto das
áreas mercadológica e financeira. Pela visão da produção e logística, podemos dizer
que se busca um estoque médio para que não haja falta de produtos e nem excessos,
a fim de facilitar as operações. Pela perspectiva mercadológica, os estoques
necessitariam ser médios ou altos para se ter flexibilidade no momento da venda. Mas
pelo ladofinanceiro,que é nosso foco principal aqui,oestoqueestána contado ativo
e precisa ser remunerado, ou seja, temos de considerar o capital investido e
principalmente os juros incidentes sobre o capital. Portanto, a preocupação do gestor
deve estar voltada à minimização desse estoque para que o retorno financeiro sobre o
capital investido no negócio seja maior.
www.esab.edu.br 84
Portanto, uma taxa de juros elevada poderá, de fato, afetar os investimentos
na produção de bens e serviços em virtude da alta remuneração do capital para
investimento e também pela atratividade do mercado financeiro. O retorno sobre o
capital investido no mercado financeiro poderá ser maior do que o investido na
produção, algo que nas últimas décadas foi muito comum no Brasil, mas que no
século XXI começou a mudar.
Agora,abordaremosadiferençaentreataxadejurosnominaleataxade jurosreal,para
compreendermos como isso afeta o montante a ser pago por uma dívida de
consumo ou investimento.
É importante que você saiba que as taxas de juro nominal constituem um pagamento
expresso em porcentagem, em períodos de tempo (mês, trimestre, ano etc.), que
um tomador de empréstimos faz junto ao emprestador em troca de determina
da quantia em dinheiro(VASCONCELLOS; GARCIA, 2012). Ou seja, a taxa
de juros nominal
www.esab.edu.br 85
significa a quantidade de juros que o tomador de empréstimo irá pagar
ao emprestador.
A taxa de juros real é aproximadamente igual à taxa de juros nominal menos a taxa
de inflação. Esse ajuste e essa análise se fazem necessários para a tomada de
decisão (PARKIN, 2009).
Desse modo, quando existe inflação, é importante distinguirmos a taxa de juros nominal
da taxa de juros real, pois enquanto a taxa de juros nominal mede o preço pago ao
poupador por suas decisões de poupar, ou seja, transferir o consumo presente para o
consumo futuro, a taxa de juros real mede o retorno de uma aplicação, jádescontada a
taxa da inflação (VASCONCELLOS; GARCIA, 2012).
Saiba que a taxa do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic), ou taxa Selic, é a
taxa de juros básica em nosso País e influencia diretamente as outras taxas de
juros presentes no mercado, como de financiamentos e empréstimos de
consumo ou investimento de curto, médio e longo prazo.
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A expansão do crédito deve diminuir a taxa de juros do mercado pelo aumento da
competitividade, mas em economia as proporcionalidades não são exatas.
Portanto, dependendo da taxa de juros, os recursos financeiros poderão ser
direcionados para especulação financeira ou para investimentos na produção de
bens e serviços (VASCONCELLOS; GARCIA, 2012).
Finalizamos esta unidade destacando que qualquer nação busca evitar a especulação
financeira, pois o investimento na produção traz resultados positivos na economia,
como geração de renda, emprego, impostos, tecnologia etc., enquanto a especulação
financeira apenas visa aproveitar as oportunidades de curto prazo do mercado.
Saiba mais
Clique aqui e pesquise um pouco mais sobre os
juros. Procure descobrir as consequências para a
economia em caso de queda dos juros e também
quando ocorrem altas.
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A renda como influenciadora do
16 desenvolvimento da economia
Objetivo
Apontar a contribuição da renda para o desenvolvimento econômico.
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De acordo com Parkin (2009), a riqueza é distribuída de forma mais desigual que a
renda, pois a riqueza representa o estoque de ativos e a renda significa o fluxo de
rendimentos resultantes do estoque de riqueza.
Desse modo, a situação do mercado de trabalho exerce impacto direto sobre nossa
renda e nossa vida, pois ficamos preocupados quando os empregos estão escassos e
ficamos mais tranquilos quando os empregos são abundantes. De qualquer maneira,
almejamos um emprego que tenha boa remuneração e que seja interessante
(PARKIN, 2009).
Segundo Parkin (2009, p. 385), “[...] o salário médio oculta muita diversidade entre
salários individuais”. Portanto, quando analisamos a renda per capita, esta nos serve
como indicador, mas pode esconder uma concentração de renda.
É interessante destacar ainda que, na visão do autor (2009, p. 396), “[...] um salário de
eficiência é osalário real queuma empresa pagaacima do saláriodeequilíbrio,visando
atrair os trabalhadores mais produtivos”. Ou seja, quanto mais qualificado for um
indivíduo, maior a tendência de conseguir melhores salários no mercado.
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Assim, a medida de desigualdade mais utilizada na economia é a distribuição
da renda anual. Nesse sentido, temos a renda monetária e a renda de mercado
(PARKIN, 2009). Vamos entendê-las melhor?
• sem trabalho, mas que nas últimas quatro semanas fez esforços específicos
para encontrar emprego;
• esperando para ser chamado de volta ao emprego do qual foi
dispensado;
• esperando começar em um novo emprego dentro de30dias.
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Ao considerarmos as condições para uma pessoa ser considerada desempregada,
temos de ter ao mesmo tempo uma visão de que um dos pilares da política
econômica é a geração de emprego.
E nocaso doBrasil, nos últimos anos estamos atuando em limite de pleno emprego,
ou seja, apenas cerca de 6% das pessoas economicamente ativas estão
desempregadas.
• friccional:quandoforresultantedarotatividadenormaldamãode obra;
• estrutural: quando é originado por mudanças tecnológicas ou na
concorrência internacional;
• cíclico: quando está flutuando em determinado período de tempo.
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Mas você pode estar se perguntando: como é que uma economia pode crescer? Bem,
Vasconcellos e Garcia (2012) respondem que as fontes de crescimento da economia
são as seguintes:
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• melhoria da força de trabalho, dotando-a de conhecimentos e
especializando-a;
• criação de uma liderança intelectual apta a preencher os cargos que se abrem
nos setores público e privado;
• criação de um tipo de treinamento e educação que elimine o analfabetismo,
habilite a força de trabalho e, ao mesmo tempo, qualifique-a para as
atividades ditas modernas.
Ao final de mais uma unidade, queremos deixar uma mensagem reflexiva sobre a
importância da renda no crescimento econômico, principalmente nos últimos anos no
Brasil, em que a melhoria de renda dos trabalhadores tem gerado oportunidades
de crescimento da economia e também melhores condições de vida à população.
Chegamos a um índice de mais de 53% da população na classe média e menos de
25% da população encontra-se na linha de pobreza ou miséria, algo que em
décadas anteriores chegava a uma proporção de2/3 da população.
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17 As contas nacionais
Objetivo
Conhecer os pilares das contas nacionais e suas variações.
Nesta unidade conheceremos um pouco mais sobre as contas nacionais, com base nos
estudos de Vasconcellos (2002) e Vasconcellos e Garcia (2012). Elas fazem parte de
indicadores econômicos que nos apoiam em decisões pessoais, organizacionais e
governamentais, com históricos de variáveis importantes no papel de analisar cenários
econômicos para curto, médio e longo prazo.
www.esab.edu.br 94
A partir disso, foi preciso desenvolver a denominada contabilidade social, ou
contabilidade nacional, um instrumento que possibilitaria medir toda a
atividade econômica de um país. Entre os sistemas mais utilizados para medir a
atividade econômica nacional, destacamos o sistema de contas nacionais
(VASCONCELLOS, 2002).
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Em seguida, a nova metodologia, na qual as contas nacionais se apresentam
de uma forma mais complexa e possuem dois princípios básicos:
Saiba que o sistema de contas nacionais registra como, de fato, são realizados os cálculos
para seapurarariquezadeumpaís.Ouseja,quaisvariáveissão analisadas para compor os
indicadores econômicos. Independentemente da metodologia utilizada, o objetivo é
apurar o nível de produtividade a partir de informações básicas como a produção e a
renda.
Saiba ainda que a diferença entre produto interno bruto nominal, produto
interno bruto real e produto interno bruto em dólar está na fórmula de cálculo e nas
variáveis utilizadas como parâmetro para isso. Enquanto no produto interno
bruto nominal estão inseridos os valores nominais, ou seja, os números
apontados pelo levantamento contábil, no produto interno bruto real é utilizado o
valor do produto interno bruto nominal deduzindo-se a taxa de inflação do
período. Finalmente, o produto interno bruto em dólar é aquele a partir do qual se
fazem as comparações
www.esab.edu.br 96
com outros países, mesmo considerando que a questão cambial pode afetar
essa comparação (VASCONCELLOS; GARCIA, 2012).
Para contabilizar o bem-estar social, temos o IDH, que é controlado pelas Nações
Unidas e trata-se de um índice calculado a partir de indicadores sociais
como taxa de analfabetismo, nível de escolaridade, expectativa de vida e PIB
real per capita (VASCONCELLOS, 2002).
www.esab.edu.br 97
Note agora que o bem-estar econômico depende de outros fatores, os quais nem
sempre conseguem ser mensurados pelo produto interno bruto. De acordo
com Parkin(2009),alguns desses fatores são:
Além disso, também precisamos refletir sobre o bem-estar social, no qual as questões
econômicas estão envolvidas, mas não somente elas. Temos
a preocupação com questões sociais, de relacionamento, de qualidade de vida, de meio
ambiente, de consequências para as futuras gerações, de conhecimento e tecnologia, entre
outras. E obviamente as condições econômicas influenciam a conquista pelo bem-
estar social dos indivíduos.
Portanto, apesar de estarmos tratando aqui de assuntos econômicos, não podemos deixar
de apontar a importância de fatores sociais e ambientais. Por exemplo, se formos analisar
a participação da economia de apenas dois agentes, as famílias e as empresas, teremos
enfoques distintos. No caso das famílias, o enfoque está na renda dos indivíduos; e no das
empresas, na produção de bens e serviços. Depois ainda temos o setor público como
terceiro agente e, finalmente, o mercado externo (VASCONCELLOS; GARCIA, 2012).
Sabemos que os agentes econômicos interagem no mercado, mas dependem da
formação do sistema econômico da nação. Por exemplo, se não há intervenção do
Estado na economia, a interação é feita de uma forma direta pelas empresas, famílias
e mercado externo. Mas onde há a intervenção do Estado na economia, então o
governo é somado ao processo como mais um agente.
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Finalizamos mais uma unidade em que apresentamos alguns conceitos e reflexões
sobre as contas nacionais, bem como sobre sua estrutura, seus objetivos e os resultados
para a economia. Outro assunto fundamental nesse contexto é a geração de renda,
que veremos na próxima unidade.
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18 A determinação da renda
Objetivo
Analisar a formação da renda e sua contribuição para a economia.
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Portanto, devemos reconhecer que o indivíduo tem determinada renda para gastar e
não tem como influenciar o preço de produtos e serviços (PARKIN, 2009). Como
falamos desde o início da disciplina, os recursos são limitados e escassos, e no
caso da renda não é diferente. Cada indivíduo tem um limite orçamentário, que
influenciará nas suas compras, já que os preços dos produtos e serviços não se
ajustarão à renda, e sim o contrário.
Por outro lado, temos que “[...] a renda real de um indivíduo é a renda individual
expressa como uma quantidade de bens que ele pode comprar” (PARKIN, 2009, p.
151). Entretanto, quando a renda monetária varia, a renda real também varia, e a
linhaorçamentáriase desloca.
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Destacamos que a demanda ouprocura por mão deobra depende de dois fatores
básicos (VASCONCELLOS; GARCIA, 2012):
www.esab.edu.br 102
Da intensidade do trabalho no
Utiliza muito trabalho e pouco capital.
processo de produção
Quanto maior for a elasticidade da demanda pelo
Da elasticidade da demanda pelo
produto ou serviço, maior será a necessidade da
bem produzido
demanda pelo trabalho utilizado para produzi-lo.
Quanto mais facilmente o capital puder ser utilizado
Do grau de substituição entre
no lugar do trabalho na produção, mais elástica será a
trabalho e capital
demanda por trabalho no longo prazo.
• aumentar a remuneração;
• melhorar as condições de trabalho;
• expandir as oportunidades de emprego.
www.esab.edu.br 103
No que diz respeito a preparar os trabalhadores para o desempenho de funções
produtivas nas organizações, torna-se necessário o desenvolvimento de
políticas públicas voltadas para a capacitação dessas pessoas para o mercado
de trabalho.
Por isso, Alves (2011) conclui que qualquer programa ou conjunto depolíticas
que vise tornar a educação mais relevante para o desenvolvimento deve
operar,simultaneamente, emdoisníveis.
Estudo complementar
Caro estudante, acesse este site do
Governo Federal e leia sobre o Imposto de
Renda (IR), clicando aqui. O IR é o imposto
arrecadado diretamente na fonte,
mensalmente, antes mesmo de se apurar a
renda anual do indivíduo. Aprofunde sua
pesquisa sobre isso, pois o IR interfere na
renda do trabalhador.
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Resumo
www.esab.edu.br 105
Na unidade 17, estudamos sobre as contas nacionais. Iniciamos tratando da
contabilidade social, em seguida, vimos o significado propriamente dito das contas
nacionais e ainda focamosno produto interno bruto, suas formas e cálculos.
www.esab.edu.br 106
19 Uma análise da inflação
Objetivo
Estudar os conceitos e a influência da inflação no mercado.
Podemos dizer que “[...] medimos o nível de preços como a média dos preços que as
pessoas pagam por todos os bens e serviços que compram” (PARKIN, 2009, p. 465).
Também “[...] medimos a taxa de inflação como a variação percentual anual do nível de
preços” (PARKIN, 2009, p. 465).
www.esab.edu.br 107
no caso de salários. Por outro lado, a deflação ocorre quando o nível de preços diminui,
o que também pode ser chamado de taxa de inflação negativa (PARKIN, 2009).
Mas é preciso destacar que as fontes de inflação podem diferir em relação às condições
de cada nação, conforme explicam os autores Vasconcellos e Garcia (2012) nos dados
apresentados no quadro a seguir.
www.esab.edu.br 108
19.1 Tipos de Inflação
Uma das formas tradicionais de estudarmos a questão inflacionária é a
distinção entre os seguintes tipos de inflação:
• inflação de demanda;
• inflação de custos ou de oferta;
• inflação inercial.
Vamos estudar cada uma delas a seguir, conforme Vasconcellos e Garcia (2012).
Inflação de demanda
Inflação de custos
A inflação de custos pode ser associada a uma inflação tipicamente de oferta. Onível de
demanda permanece o mesmo, mas os custos de certos insumos importantes
aumentam e eles são repassados aos preços dos produtos e serviços.
Inflação inercial
Por essa razão, nos planos anti-inflacionários adotados após 1986 as autoridades
monetárias, para tentar eliminar a chamada memória inflacionária, adotam o
congelamento de preços e salários.
www.esab.edu.br 109
19.2 Consequências da inflação sobre a distribuição
de renda
Uma das distorções mais sérias provocadas pela inflação esta relacionada à redução do
poder aquisitivo das classes que dependem de rendimentos fixos. Nesse caso, são
os assalariados que, com o passar do tempo, vão ficando com seus orçamentos cada
vez mais reduzidos, até a chegada de um novo reajuste. Os que mais perdem
são os trabalhadores de baixa renda, que não têm condições de realizar aplicações
financeiras, pois tudo o que ganham gastam com sua subsistência. Assim, podemos
concluir que a inflação é um imposto sobre os mais pobres.
Analisando a inflação mundial de 1960 a 2010, podemos perceber que nas décadas de
1960 e 1970 tínhamos uma inflação em nível similar ao que tivemos nas décadas
de 1990 e 2010, ou seja, em um nível oscilante de 3% a 6% ao ano. Porém, nas
décadas de 1970 e 1980, tivemos um nível mais elevado da taxa anual de
inflação, variando entre 6% a 13% ao ano. Em geral, os países industrializados têm
um nível de inflação menor do que as nações em desenvolvimento (PARKIN,
2009).
www.esab.edu.br 110
Tabela 4 – Índices de inflação em países industrializados e em desenvolvimento.
Inflação/ano Países industrializados Países em desenvolvimento
1980 12% 15%
1985 6% 30%
1990 5% 60%
1995 3% 70%
2000 2% 20%
2005 3% 10%
www.esab.edu.br 111
Os mecanismos de indexação, seja por dólar, seja por salário mínimo ou
outros, possibilitam o efeito automático de repasse da inflação de um
período ao subsequente. De forma figurada, podemos associar esse processo a uma
bola de neve: à medida que ela se desloca, aumenta o seu tamanho.O efeito “bola
deneve”,nesse caso, se c aracteriza poruma realimentação da dívida. Ou seja,
para cumprir os compromissos, o Governo acaba tomando emprestado mais
dinheiro do mercado,mesmo que por meio de títulos públicos.
Sob uma perspectiva social, é como se jogássemos recursos escassos na latadelixo. Esse
desperdícioderecursoséumcustoprovenienteda inflação (PARKIN, 2009).
www.esab.edu.br 112
20 A política fiscal
Objetivo
Refletir sobre as práticas da política fiscal na economia.
Esse tema é relevante em diferentes países, especialmente no Brasil, que tem leis
específicas para os gastos públicos – a responsabilidade fiscal dos gestoresexecutivos de
municípios, estados, Distrito Federal e Governo Federal. Você se recorda que na
unidade anterior destacamos que a Lei de Responsabilidade Fiscal estabeleceu, a
partir de 2000, o marco regulatório das ações dos gestores públicos?
Pois bem, a política fiscal engloba os instrumentos de que o Governo dispõe para
arrecadar tributos (política tributária) e controlar suas despesas (política de
gastos). Além de determinar o nível de tributação, a política tributária é utilizada
para gerir as alíquotas de impostos e para estimular ou inibir os gastos de consumo do
setor privado (VASCONCELLOS; GARCIA, 2012).
www.esab.edu.br 113
estimular a demanda agregada (VASCONCELLOS; GARCIA, 2012). Portanto, a
política fiscal pode estar voltada tanto para o crescimento da atividade econômica
quanto para frear esse crescimento – normalmente, está relacionada ao desequilíbrio
entre oferta e demanda. No caso de uma oferta maior do que a demanda, pode-se
tentar estimular o consumo por meio da diminuição da tributação, por exemplo. E
no caso da demanda maior que a oferta, estimular a produção.
Saiba ainda que a política fiscal também pode contribuir para a busca de uma justiça
social, seja para promover o desenvolvimento de uma região ou segmento específico
da nação (através de estímulos fiscais ou financeiros), seja para provocar o
desenvolvimento de certos grupos sociais (com a diminuição ou isenção de certos
impostos, porexemplo).
www.esab.edu.br 114
Princípio da neutralidade Princípio da equidade
Distribuir o ônus tributário de forma justa entre os
Quando os preços relativos
cidadãos. Tanto pelo princípio do benefício (quando o
interferem minimamente nas
contribuinte recebe benefício como retorno ao tributo
decisões econômicas, mesmo que
pago) como pelo princípio da capacidade de pagamento
seja para corrigir uma ineficiência
(as famílias e as empresas contribuem com tributos
no mercado.
conforme sua capacidade financeira).
www.esab.edu.br 115
tributária é complexa e carece de decisões importantes. Talvez por isso no Brasil a
reforma tributária não ocorra e, ao invés disso, são feitas mudanças pontuais.
www.esab.edu.br 116
Crescimento da renda per capita Aumento da demanda por serviços públicos
Mudanças tecnológicas Maior demanda por infraestrutura
Mudanças populacionais Maior gasto do Estado com serviços públicos
Efeitos de guerra Gasto público aumenta
Fatores políticos e sociais Novos grupos presentes nas decisões políticas
Além do conceito de aposentadoria, também como
Mudanças da previdência social
instrumento de distribuição de renda
www.esab.edu.br 117
• conciliar descentralização fiscal e autonomia federativa, com vistas para
a redução das desigualdades sociais e aumento da competitividade
econômica.
Essa busca por um ajuste fiscal se caracteriza como um desafio complexo na economia
brasileira e aos gestores públicos, pois, de um lado, temos a pressão da sociedade para
a diminuição da carga tributáriae, por outro, a cobrança por mais e melhores serviços
públicos.Portanto,trata-sede uma questão matemática.
Dica
Sugerimos que você busque informações sobre
a política fiscal no município em que você reside
e, principalmente, sobre se há uma tendência de
ajuste fiscal. Se possível, descubra as ações e as
metas planejadas.
Tarefa dissertativa
Caro estudante, convidamos você a acessar o
Ambiente Virtual de Aprendizagem e realizar a
tarefa dissertativa.
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21 A política monetária
Objetivo
Conhecer a atuação da política monetária no mercado.
• emissões;
• reservas compulsórias (percentual sobre os depósitos que os bancos comerciais
precisam colocar à disposição do Banco Central);
www.esab.edu.br 119
• open market (compra e venda de títulos públicos);
• redescontos(empréstimosdoBancoCentralaosbancoscomerciais);
• regulamentação sobre crédito e taxa de juros.
Os autores ainda explicam que a política monetária e a política fiscal são opções
diferentes para uma mesma finalidade. Portanto, a política econômica deve ser aplicada
através de uma combinação equilibrada desses instrumentos fiscais e monetários.
Uma vantagem considerável da política monetária sobre a política fiscal é que ela pode
ser implementada imediatamente após sua aprovação, a
www.esab.edu.br 120
qual depende apenas das autoridades monetárias. Já as mudanças nas políticas fiscais
dependem da aprovação no Legislativo e devem respeitar vários princípios
(VASCONCELLOS; GARCIA, 2012). Recordemos que na unidade anterior
apresentamos um quadro com tais princípios.
Você já sabe que o mercado monetário realiza transações de moeda. Para tanto,
conforme já se afirmou, existe uma demanda por moeda e uma oferta de moeda. A
demanda por moeda está relacionada à necessidade de transações dos agentes
econômicos, ou seja, a necessidade de liquidez. Já a oferta da moeda está ligada à
determinação do Banco Central e sua respectiva atuação junto aos bancos comerciais.
Entretanto, a demanda e a oferta geram a taxa de juros (VASCONCELLOS; GARCIA,
2012).
Desse modo, entenda que a relação entre a demanda e a oferta de moeda pode
influenciar a taxa de juros praticada no país. Por exemplo, se a demanda por moeda
é elevada, em função da necessidade de consumo, a taxa de juros poderá ser
aumentada para frear o consumo e não gerar inflação. O inverso também pode
ocorrer, ou seja, para incentivar o consumo, o Banco Central atua no sentido de
ofertar moeda e diminuir os juros.
Portanto,acondiçãodeequilíbriodamoedaéconstituídapelaigualdade entreofertae
demanda. Segundo Vasconcellos e Garcia (2012), as variáveis que determinam esse
mercado são a taxa de juros e o estoque de moeda (meios de pagamentos).
O controle dessas variáveis no Brasil está ao encargo das autoridades monetárias que
compõem o subsistema normativo dentro do mercado financeiro. Montoro Filho e
Troster (2011) definem três autoridades: o Conselho Monetário Nacional
(CMN), o Banco Central do Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Vamos saber um pouco mais sobre cada uma delas.
O CMN, que foi instituído pela Lei n° 4.595, de 31 de dezembro de 1964, é o órgão
responsável por expedir diretrizes gerais para o bom funcionamento do Sistema
Financeiro Nacional (SFN). Integram o CMN o Ministro da Fazenda (Presidente), o
Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão e o Presidente do Banco Central do
Brasil. Entre
www.esab.edu.br 121
suas funções, estão: adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades da
economia; regular o valor interno e externo da moeda e o equilíbrio do balanço de
pagamentos; orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras; propiciar o
aperfeiçoamento das
instituições e dos instrumentos financeiros; zelar pela liquidez e solvência das
instituições financeiras; coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária e da
dívida pública interna e externa (BRASIL, 1964).
Saiba ainda que o Banco Central do Brasil (BACEN) também foi criado pela Lei n°
4.595, de 31 de dezembro de 1964, e é o principal executor das orientaçõesdo Conselho
MonetárioNacionale responsávelpor garantir
o poder de compra da moeda nacional, tendo por objetivos: zelar pela adequada
liquidez da economia; manter as reservas internacionais em nível adequado; estimular a
formação de poupança; zelar pela estabilidade e promover o permanente
aperfeiçoamento do sistema financeiro (BRASIL, 1964). Destacamos como
atribuições do BACEN:
• emitir moeda;
• receber os depósitos obrigatórios dos bancos comerciais e dos depósitos
voluntáriosdasinstituiçõesfinanceirasemgeral;
• realizar operações de redesconto de liquidez e seletivo;
• operar o open market;
• controlar o crédito e as taxa de juros;
• fiscalizar as instituições financeiras e a concessão de autorização para o seu
funcionamento;
• administrar as reservas cambiais da nação.
www.esab.edu.br 122
que os tenham emitido; assegurar a observância de práticas comerciais equitativas no
mercado de valores mobiliários; estimular a formação de poupança e sua aplicação
em valores mobiliários; promover a expansão e o funcionamento eficiente e regular
do mercado de ações e estimular as aplicações permanentes em ações do capital
social das companhias abertas (BRASIL, 1976).
www.esab.edu.br 123
Segundo esses autores (2011), os intermediários financeiros podem ainda ser
segmentados em bancários e não bancários. Vamos à explicação?
Por sua vez, os intermediários não bancários captam recursos diretamente junto aos
compradores e vendedores (MONTORO FILHO; TROSTER, 2011). Os principais
são:
www.esab.edu.br 124
• sociedades corretoras e distribuidoras: compra e venda de derivativos e títulos e
valoresimobiliários.
Seguimos adiante, rumo à próxima uma unidade, que continuará tratando dapolítica
cambial,suascaracterísticaseinfluênciasnomercado.
Saiba mais
Caro estudante, consulte o BACEN e investigue
mais sobre as operações financeiras praticadas
no Brasil, bem como sobre os conceitos das
instituições bancárias e não bancárias.
www.esab.edu.br 125
22 A política cambial
Objetivo
Verificar a contribuição da política cambial no desenvolvimento de
mercados.
Segundo Vasconcellos e Garcia (2012), a taxa de câmbio pode ser definida como a
medida de conversão da moeda nacional em moeda de outras nações. Ou também como
opreçodamoedaestrangeira(divisa) em termos da moeda nacional.
www.esab.edu.br 126
Já Sayad e Silber (2011) dizem que a taxa de câmbio pode ser considerada
como a medida pela qual a moeda de um país pode ser convertida na moeda de
outro país.
A taxa de câmbio também pode ser conceituada como o preço pelo qual uma moeda é
trocada por outra no mercado de câmbio internacional (PARKIN, 2009).
Sayar e Silber (2011) apontam que quanto maior a taxa de câmbio, maior o volume de
exportação das empresas. Em contrapartida, quanto menor for a taxa de câmbio, menor
será o volume de exportações e a competitividade externa.
www.esab.edu.br 127
Tipos de regimes cambiais
Tratando-se de política cambial, podemos dizer que o governo atua sobre a taxa de
câmbio, pois as autoridades monetárias podem fixar o câmbio (regime de taxas fixas
de câmbio) ou permitir que a taxa de câmbio seja flexível e determinada pelo
mercado – regime de taxas flutuantes de câmbio (VASCONCELLOS; GARCIA,
2012).
www.esab.edu.br 128
No caso do Brasil, desde o início dos anos 1990, a taxa de câmbio praticada é
a flutuante.
www.esab.edu.br 129
maiores que as exportações (X), o saldo da Balança Comercial tende a ser negativo, ou
seja, déficit (MX).
Podemos ainda destacar a relação de uma valorização cambial com a inflação, muito
utilizada pelo governo como um instrumento para reduzir a inflação. Com a
valorização cambial, a moeda nacional fica mais forte e os brasileiros tendem a
importar mais, cenário que leva a um aumento da competitividade do produto
nacional com o importado. Assim, verificamos que uma valorização cambial tende
a diminuir os preços domésticos controlando a elevação destes.
Essas políticas, segundo Vasconcellos e Garcia (2012), foram utilizadas pelo Governo
no Plano Real e trouxeram também impactos negativos para toda a sociedade. São
elas:
www.esab.edu.br 130
• aumento da inflação, que se justifica pelo aumento de alguns produtos
essenciais importados, como o trigo, os quais terão seus preços elevados,
provocando um aumento dos custos de produção, que serão repassados para
o preço final.
Caro estudante, finalizamos mais uma unidade e esperamos que o assunto política
cambial seja útil tanto para a disciplina quanto para o curso e, principalmente, para
sua atividade profissional. Na unidade
23, estudaremos como a economia se relaciona com a administração de
organizações.
www.esab.edu.br 131
Economia como fomento para o
23 desenvolvimento organizacional
Objetivo
Compreender a importância da economia na administração de
organizações.
www.esab.edu.br 132
Conforme Vasconcellos e Garcia (2012), o crescimento e o desenvolvimento
econômicos são duas concepções diferenciadas. Veja o Quadro 12, a seguir.
Agora, discutiremos algumas respostas que podem ser dadas em análise das diferenças
no desempenho econômico e no crescimento econômico dos países.
Uma das formas para analisar as diferenças de desenvolvimento entre as nações é por
meio dos componentes da função de produção agregada do país. O crescimento da
produção e da renda ocorre devido a variações na quantidade e na qualidade dos
insumosbásicos, decapitale mãodeobra (VASCONCELLOS; GARCIA, 2012).
www.esab.edu.br 133
• melhoria tecnológica: aumento da eficiência na utilização do estoque de capital;
• eficiência organizacional: eficiência na forma como os insumos interagem.
www.esab.edu.br 134
comprados nos Estados Unidos parecem ter sido produzidos na China”. Portanto,
podemos perceber que se, em algumas situações, nos países em desenvolvimento as
condições ainda não são as ideais, imagine em países menos desenvolvidos.
www.esab.edu.br 135
demanda da educação e oferecer mais vagas na rede pública e privada de ensino;
• modificar a eficácia e equidade interna do sistema, por meio de modificações
e orientações dos currículos e também como forma de investimento na
educação.
Nesta unidade, buscamos propor uma reflexão sobre as condições para que um país se
desenvolva economicamente. Pois, quando olhamos pelo ângulo de um indivíduo ou
de uma organização, precisamos ter em mente que, para haver oferta de emprego ou
demanda por produtos ou serviços, é necessário que haja um contexto econômico
favorável.
As responsabilidades principais são dos governos, mas isso não isenta cada
indivíduo ou organização privada ou do terceiro setor de
contribuírem com esse desenvolvimento. É comum ouvirmos as pessoas se
manifestarem sobre o que esperam do Estado, mas poucas pensam em ter um
comportamento de comprometimento, como não sonegar impostos, não trabalhar
na informalidade, ter preocupação com os recursos naturais ou condições das
comunidades afetadas pela produção de seu respectivo produto ou serviço.
www.esab.edu.br 136
pessoas físicas ou representantes de organizações públicas, privadas ou do terceiro
setor.Todostemos nossa parcela deresponsabilidade.
www.esab.edu.br 137
Análise econômica interna e
24 externa
Objetivo
Analisar a possibilidade de acompanhar os indicadores micro e
macroeconômicos e suas respectivas influências nas decisões
organizacionais.
Por exemplo, na hora das compras, os indivíduos não escolhem apenas por
fatores econômicos, valem-se também de aspectos pessoais, sociais e psicológicos.
Algo que hoje tem fortemente influenciado os consumidores é o estilo de vida, o qual
pode compreender diferentes fatores, como faixa etária, classe social, ambientes
frequentados, tribos das quais participam etc.
www.esab.edu.br 138
Garcia (2012), as políticas adotadas fundamentam-se no comportamento da demanda
agregada de bens e serviços, mas no curto prazo. E para
que o desenvolvimento ocorra no curto prazo, as estratégias da demanda agregada
precisam ter essa sintonia, ou seja, estimular o consumo, o emprego, a renda, os
investimentos etc.
www.esab.edu.br 139
tecnologias de informação que facilitaram a intensificação e criação de novos negócios
(VASCONCELLOS; GARCIA, 2012).
Esses países – e o Brasil está inserido nesse contexto, assim como o México
– funcionam como polos de atração de grupos empresariais, que encontram condições
favoráveis de atuação, entre elas, o custo da mão de obra em padrões inferiores aos
praticados nos países de origem dessas empresas.
www.esab.edu.br 140
também o IDH. Este último atrela as variáveis econômicas às seguintes variáveis
sociais: saúde, lazer, educação, moradia etc.
Fonte: <www.brasil.gov.br>.
www.esab.edu.br 141
• melhorarnaforça de trabalho, comconhecimentoe especializações;
• criar liderança intelectual apta às funções nos setores público e privado;
• desenvolver treinamentos e educação para eliminar o analfabetismo e qualificar
as pessoas às atividades modernas.
Por sua vez, a demanda por educação possibilita a inclusão do indivíduo nos
setores modernos da economia. Alves (2011) ainda destaca que os fatores de
influência são:
• diferenciação no salário;
• probabilidade de sucesso de emprego em setores modernos;
• custo direto privado daeducação;
• custo indireto ou custo de oportunidade da educação.
As variáveis como juro, renda, câmbio, inflação, emprego, tributos, entre outras,
influenciam direta e indiretamente nossa vida pessoal e familiar, com possibilidade de
melhorias no consumo e nos investimentos na produção. É importante conhecermos
os indicadores econômicos, partir de informações econômicas confiáveis e não apenas
nasvisõesdesenso comum ou das mídiastendenciosas.
www.esab.edu.br 142
externo, especialmente quando se trata de variáveis econômicas, os desafios
são muitos.
Atividade
Chegou a hora de você testar seus conhecimentos
em relação às unidades 17 a 24. Para isso, dirija-
se ao Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e
responda às questões. Além de revisar o conteúdo,
você estará se preparando para a prova. Bom
trabalho!
www.esab.edu.br 143
Resumo
Na unidade 20, abordamos a política fiscal e sua participação no mercado, pois ela
está relacionada à forma como os governos arrecadam os tributos e gastam esses
recursos. A política fiscal pode estar voltada
a estimular ou retrair a demanda agregada – visão que pode ser diferenciada de
acordo com o contexto econômico de cada nação e também com a forma com que esta
gerencia sua legislação tributária.
Na unidade 21, tratamos da política monetária e sua atuação no mercado. Ela está
relacionada à forma como o governo regula a disponibilidade de moeda e oferta de
títulospúblicosaomercado.
Na unidade 22, falamos sobre a política cambial e sua interação com o mercado.
Vimos que essa política está relacionada ao valor da moeda nacional ante a moeda
estrangeira. Abordamos os conceitos de câmbio fixo, flutuante ou flexível, bem
como o nominal e o real. Estudamos também que o câmbio pode contribuir
positiva ou negativamente para as negociações internacionais, como nos
preços do mercado interno.
www.esab.edu.br 144
Na unidade 23, abordamos a economia como fomento para o
desenvolvimento organizacional, especialmente na gestão. E, na unidade 24,
trabalhamos com a análise econômica nos níveis micro e macroeconômico. Essas
informações podem contribuir positivamente para a gestão de organizações,
especialmente no nível de decisões sobre aspectos mercadológicos e financeiros,
também com foco na atividade econômica e nas condições de vida dos
indivíduos.
www.esab.edu.br 145
Glossário
Ajuste fiscal
Refere-se a uma preocupação do gestor público em relação à forma como se
arrecada tributos e ao volume dos gastos realizados no período. Portanto, busca-se uma
eficiência nesse processo de arrecadação e gastos do governo, em prol de resultados
positivos.R
Alocativas
Significa a forma como são utilizados os recursos produtivos pelas organizações
para produzir um determinado produto, em termos de matéria-prima,
tecnologia, processoetc.Visando aumento da eficiência produtiva.R
Banco Central
É o órgão que executa as políticas monetárias no Brasil e também fiscaliza as
operações realizadas pelas instituições financeiras.R
Bem é inferior
Significa que são bens pelos quais a procura diminui quando a renda dos indivíduos
aumenta.R
Bem é normal
Significa que a quantidade procurada dos bens varia na mesma proporção da variação da
renda das pessoas.R
www.esab.edu.br 146
Capacidade produtiva
Refere-se à quantidade de produtos ou serviços que uma organização tem de produzir
em determinado tempo (mês, ano).R
Ceteris paribus
Expressão do latim que significa “todo o mais é constante” ou “mantidas
inalteradas todas as outras coisas”. Ou seja, em economia, seria o caso de alterar
apenas uma variável e as demais permanecerem iguais. R
Ciência social
Área da ciência que estuda as questões sociais sob os aspectos humanos, seja na vida
social dos indivíduos, seja nos grupos sociais.R
Competitividade
Caracteriza-se pela capacidade de uma empresa se destacar no mercado diante de
seus stakeholders (clientes, fornecedores, acionistas, colaboradores, parceiros,
sindicatos, comunidade etc.), de maneira eficiente e eficaz na oferta de um
determinado produto ou serviço.R
Complexidade
Significa que a formação do todo depende da composição e da ação das partes. No caso
da economia, as ações isoladas estão voltadas para atingir resultados em toda a
economia.R
Concentração de renda
É quando a renda proveniente de salários, juros, aluguéis ou lucros fica concentrada em
determinada classe social, grupo ou empresa.R
Concorrencial
Estrutura de mercado na qual existe livre concorrência, com muitas empresas
produtoras e muitos consumidores.R
www.esab.edu.br 147
Custos
São gastos realizados por uma organização para produzir determinado bemou
serviço.R
Dealers
Éum intermediário financeiro que faz a administração de títulos e moedas,em
troca de uma comissão sobre o valor da transação.R
Demanda agregada
Somatório das despesas da sociedade com bens e serviços, na forma de consumo
privado, investimentos, despesas governamentais e exportações. R
Desemprego estrutural
Significa que o número de empregos existentes no mercado é inferior ao número de
trabalhadores desempregados.R
Emitentes diferenciados
Variadas fontes de recursos para as movimentações financeiras. Como exemplos,
citamos títulos de origem pública e privada.R
Equilíbrio econômico
Significa um equilíbrio na situação financeira e econômica de uma nação, em relação a
fatores como: investimentos, renda, preços, inflação, câmbio e taxa de juros. R
Indexação
Significa a correção de preços de produtos e serviços, de salários e aluguéis a
partir de indicadores de ciclos passados da inflação.R
Inercialista
Significa uma correção automática dos preços, com base na indexação, provocando uma
“perpetuação”dainflação.R
www.esab.edu.br 148
Inflação
Caracteriza-se pelo aumento constante dos preços de produtos e serviços e também
pela perda do valor da moeda.R
Justiça social
Significa um conjunto de valores fundamentados na satisfação de necessidades
econômicas e sociais de um indivíduo,com uma visãode coletividade.R
Informalidade
Significa que umnegócionãoestácumprindoalei,ou seja,estáilegal, a exemplo de
uma empresa que não pague impostos trabalhistas, de comercialização ou de
renda.R
Mão invisível
Conceito difundido na época de utilização do liberalismo econômico de Adam
Smith, quando se acreditava que a economia não precisava da intervenção do
Estado, pois o mercado se auto gerenciaria. Ou seja, haveria um equilíbrio entre
oferta e demanda de maneira natural.R
Monopolista
Quando o mercado se caracteriza pelo monopólio, ou seja, quando há apenasum
produtor no mercado para atender a todos os consumidores. R
Monopsônio
Significa que o mercado é formado por apenas um comprador e muitos
vendedores.R
www.esab.edu.br 149
Oligopolista
Quando o mercado tem apenas alguns produtores para atender à demanda
dos consumidores.R
Oligopsônio
Significa que o mercado é formado por poucos c ompradores e muitos
vendedores.R
Oportunidades de negociação
Significa que o gestor precisa ter uma reserva financeira com custo de capital baixo
para aproveitar alguma opção de mercado que possa surgir em um momento
inesperado.R
Plano Real
Foi um plano econômico instituído no Brasil na primeira metade da década de
1990 com o propósito de controlar a inflação e os preços, valorizar a moeda
nacional e favorecer o mercado cambial. Também teve como objetivo a busca pelo
desenvolvimento econômico, com a geração de empregos, renda e crescimento da
produção, o que aconteceu somente nos anos 2000. R
Políticas sociais
São ações governamentais que visam melhorar as condições de vida da população de
uma forma coletiva, justa e indiscriminatória.R
Princípio da racionalidade
Significa ter uma preocupação com a eficiência no uso dos recursos produtivos
(insumos, mão-de-obra, tecnologia, recursos naturais, etc.) de forma controlada no
processo de produção.R
www.esab.edu.br 150
Produto Marginal
Definido como resultado adicional no processo produto, ou seja, a diferença entre a
entrada e saída, com a utilização de uma tecnologia, processo ou pessoas que gerem
um diferencial no processo.R
Qualidade de vida
Está relacionada ao padrão de vida do indivíduo. Não abrange apenas as questões
econômicas e materiais, mas também o nível espiritual, mental, emocional e os
relacionamentos sociais – famílias, amigos. Além disso, mensura a qualidade e
quantidade de bens e serviços disponíveis.R
Receita Marginal
O resultado obtidos pelas organizações na utilização de fatores de produção,
para o processo produtivo e venda de bens e serviços.R
Recursos produtivos
Podem ser considerados como os recursos naturais, humanos, tecnológicos,
financeiros, equipamentos, os quais estão disponíveis no mercado para efetuar a
produção de bens e serviços.R
Treinamento
Significa um processo de desenvolvimento dos indivíduos nas
organizações, de maneira informal.R
Unidades deficitárias
São os agentes que precisam de recursos financeiros e que, através de empréstimos,
buscam no mercado financeiro esses recursos.R
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Unidades superavitárias
São os agentes que têm sobra de recursos financeiros e por isso investem no mercado
financeiro. R
Utilidade marginal
Significa que a satisfação adicional (na margem) obtida pelo consumo de mais
quantidade, é decrescente, pois o comprador vai ficando mais saturado desse
produto ou serviço, na medida que mais consome. R
Utilidade total
Significa que quanto maior a quantidade comprada de um produto ou serviços,
maior seria a percepção de satisfação. R
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Referências
ANUATTINETO,F.Regulamentaçãodosmercados.In:PINHO,D.B.; VASCONCELLOS,
M. A. S. (Org.). Manual de economia da USP. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2011.
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LUQUE, C.A.Teoriamacroeconômica: evoluçãoesituação atual.In:PINHO,
D. B.; VASCONCELLOS, M. A. S. (Org.). Manual de economia da USP. 6. ed. São Paulo:
Saraiva, 2011.
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