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HISTÓRIA

Prof. Fabricio Araújo

1 - O griot é um mediador dentro da sociedade;


ele resolve conflitos e leva a calma. Ele é músico,
cantor, contador de histórias, dançarino, um
organizador das cerimônias sociais que utiliza a
palavra como seu principal instrumento. Ser um
contador de histórias não é mais do que uma
pequena arte da vida de um griot.
Frequentemente, vemos pessoas que exercem
funções de griot e que são cantores, atores, mas
não é porque elas exercem as posições que
serão consideradas griot. O pertencimento vai
além.
Hassane Kouyaté (griot) em entrevista ao Por dentro da
África. LUZ, Natália da. Por dentro da África, 5 jun. 2013.
Disponível em: <http://pordentrodaafrica.com>. Acesso em:
13 out. 2017.

O texto revela elementos da cultura africana


relacionados à
a) negação da prática de registro escrito.
b) inovação das funções sociais tradicionais.
c) preservação da transmissão da cultura oral. A fotografia mostra que, para introjetar sua
d) oficialização de registros históricos e culturais. ideologia na sociedade da época do registro, o
e) substituição de instrumentos musicais pela governo alemão utilizou uma técnica que
voz. consistia em
a) fortalecer a adesão aos ideais nazistas através
2 - O esmagamento dos imperialismos alemão, dos meios de comunicação.
japonês e italiano; um enfraquecimento definitivo b) comparar as vantagens do nazismo em
de seus equivalentes francês e inglês; a relação às políticas estrangeiras.
decadência e ruína do colonialismo “direto” de c) ocultar as mazelas sociais que atingiam a
modo geral; o surgimento do imperialismo norte- maior parte dos alemães.
americano como potência hegemônica no d) manipular informações que maculassem a
mundo; o surgimento da URSS como potência imagem do Reich.
mundial e seu domínio militar sobre a Europa e) fornecer diversão e alimentação gratuitas à
oriental e central […] este foi o mundo que população.
emergiu da Segunda Grande Guerra.
MANDEL, Ernest. O significado da Segunda Guerra 4 - Depois disso, Martinho Lutero, que era de
Mundial. São Paulo: Ática, 1989.
sangue muito nobre, e tinha grande reputação
com todos, começou a pregar publicamente
Após a Segunda Guerra Mundial, Estados Unidos
contra as indulgências, dizendo que eram falsas
e União Soviética foram peças-chave nos
e injustas. Em pouco tempo tinha revirado tudo
processos de independência aludidos no texto,
pelo avesso. E, como a maior parte das riquezas
pois pretendiam
estava nas mãos dos clérigos, e havendomuito
a) promover uma filosofia de harmonia política
rancor entre os estados espiritual e temporal, ele
entre as nações.
facilmente encontrou seguidores e começou o
b) ampliar a abrangência de suas respectivas
cisma na Igreja Católica. Vendo que havia obtido
áreas de influência.
amplo apoio, separou-se por completo da Igreja
c) fazer alianças com os países europeus, seus
romana e criou uma nova seita e um novo modo
principais adversários.
de viver com suas muitas e diversas opiniões e
d) reorganizar as políticas governamentais dos
fantasias.
países recém-independentes. GINZBURG, Carlo. O queijo e os vermes. São Paulo:
e) assinar acordos de polarização do mundo Companhia das Letras, 2006. p. 130. (adaptado)
entre capitalistas e socialistas.
O historiador Carlo Ginzburg faz menção ao
3– início de um importante movimento ocorrido na
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Europa Moderna que teve como principal está o Obelisco de Luxor, decorado com
característica hieróglifos que contam os reinados dos faraós
Ramsés II e Ramsés III. Em 1829, foi oferecido
a) interdição da difusão reformista pelo pelo vice-rei do Egito ao povo francês e, em
continente europeu. 1836,
b) adesão homogênea dos diversos países instalado na praça diante de mais de 200 mil
europeus. espectadores e da família real.
c) oposição a dogmas impostos pela Igreja aos NOBLAT, R. Disponível em: www.oglobo.com. Acesso em:
12 dez. 2012.
fiéis.
d) ação conjunta de uma ordem de religiosos.
e) restauração da unidade clerical da Igreja. A constituição do espaço público da Praça da
Concórdia ao longo dos anos manifesta o(a)
5–
TEXTO I a) lugar da memória na história nacional.
— A Revolução Francesa é uma revolta de b) caráter espontâneo das festas populares.
escravos como a de Espártaco? c) lembrança da antiguidade da cultura local.
— Não, a Revolução Francesa ocorre em 1789 d) triunfo da nação sobre os países africanos.
em e) declínio do regime de monarquia absolutista.
meio a uma série de revoluções — em Genebra,
na Bélgica, nos Países Baixos... Diferentemente 7 – (Enem PPL 2018) Quanto aos campos de
de uma revolta, a revolução muda o curso da batalha, os nomes de ilhas melanésias e
história em um país. assentamentos nos desertos norte-africanos, na
VOVELLE, Michel. A Revolução Francesa explicada à minha Birmânia e nas Filipinas tornaram-se tão
neta. São Paulo: Unesp, 1993. p. 10-11. (adaptado) conhecidos dos leitores de jornais e radiouvintes
quanto os nomes de batalhas no Ártico e no
TEXTO II Cáucaso, na Normandia, em Stalingrado e em
Revolução Industrial – termo adotado para Kursk. A Segunda Guerra Mundial foi uma aula
designar as profundas transformações de geografia.
econômicas e sociais ocorridas, inicialmente, na HOBSBAWM, E. Era dos extremos – o breve século XX:
1914-1991. São Paulo: Cia. das Letras, 1997 (adaptado).
Inglaterra, a partir da segunda metade do século
XVIII e rapidamente estendidas a outros países
do Ocidente. Internacionalizada, a Revolução Um dos principais acontecimentos do século XX,
Industrial elevou-se à condição de fenômeno a Segunda Grande Guerra (1939-1945) foi
mundial, consolidando definitivamente o modo de interpretada no texto como uma aula de geografia
produção capitalista. porque
Revolução Industrial. In: Dicionário de nomes, termos e
conceitos históricos. AZEVEDO, Antônio Carlos do Amaral. a) teve-se ciência de lugares outrora ignorados.
Rio de Janeiro: Lexicon, 2012. p. 398. b) foram modificadas fronteiras e relações
interestatais.
A associação entre os dois textos sugere que a c) utilizaram mapas estratégicos os exércitos nela
Revolução Industrial foi assim denominada envolvidos.
porque d) tratou-se de um acontecimento que afetou a
a) representou um evento influenciado por economia global.
movimentos de caráter político. e) tornou o continente europeu o centro das
b) implementou a utilização de máquinas que relações internacionais.
substituíam o trabalho humano.
c) apresentou um sistema produtivo baseado na 8 – (Enem 2019) A Declaração Universal dos
partilha e internacionalização do capital. Direitos Humanos, adotada e proclamada pela
d) significou a luta de classes menos abastadas Assembleia Geral da ONU na Resolução 217-A,
por seus direitos no mercado de trabalho. de 10 de dezembro de 1948, foi um
e) marcou o início de um processo de mudanças acontecimento histórico de grande relevância. Ao
radicais em vários âmbitos da sociedade. afirmar, pela primeira vez em escala planetária, o
papel dos direitos humanos na convivência
6 - A Praça da Concórdia, antiga Praça Luís XV, coletiva, pode ser considerada um evento
é a maior praça pública de Paris. Inaugurada em inaugural de uma nova concepção de vida
1763, tinha em seu centro uma estátua do rei. internacional.
Situada ao longo do Sena, ela é a intersecção de LAFER, C. Declaração Universal dos Direitos Humanos
dois eixos monumentais. Bem nesse cruzamento (1948). In: MAGNOLI, D. (Org.). História da paz. São Paulo:
Contexto, 2008.
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A declaração citada no texto introduziu uma nova TEXTO II


concepção nas relações internacionais ao E deste modo se hão os povoadores, os quais,
possibilitar a por mais arraigados que na terra estejam e mais
ricos que sejam, tudo pretendem levar a Portugal,
a) superação da soberania estatal. e, se as fazendas e bens que possuem souberam
b) defesa dos grupos vulneráveis. falar, também lhes houveram de ensinar a dizer
c) redução da truculência belicista. como os papagaios, aos quais a primeira coisa
d) impunidade dos atos criminosos. que ensinam é: papagaio real para Portugal,
e) inibição dos choques civilizacionais. porque tudo querem para lá.
SALVADOR, F. V. In: SOUZA, L. M. (Org.). História da vida
privada no Brasil: cotidiano e vida privada na América
9 – (Enem 2018) portuguesa. São Paulo: Cia. das Letras, 1997.
TEXTO I
Tudo aquilo que é válido para um tempo de As críticas desses cronistas ao processo de
guerra, em que todo homem é inimigo de todo colonização portuguesa na América estavam
homem, é relacionadas à
válido também para o tempo durante o qual os
homens vivem sem outra segurança senão a que a) utilização do trabalho escravo.
lhes pode ser oferecida por sua própria força e b) implantação de polos urbanos.
invenção. c) devastação de áreas naturais.
HOBBES, T. Leviatã. São Paulo: Abril Cultural, 1983.
d) ocupação de terras indígenas.
e) expropriação de riquezas locais.
TEXTO II
Não vamos concluir, com Hobbes que, por não
ter nenhuma ideia de bondade, o homem seja
naturalmente mau. Esse autor deveria dizer que,
sendo o estado de natureza aquele em que o
cuidado de nossa conservação é menos
prejudicial à dos outros, esse estado era, por
conseguinte, o mais próprio à paz e o mais
conveniente ao gênero humano.
ROUSSEAU, J.-J. Discurso sobre a origem e o fundamento
da desigualdade entre os homens. São Paulo: Martins
Fontes, 1993 (adaptado).

Os trechos apresentam divergências conceituais


entre autores que sustentam um entendimento
segundo o qual a igualdade entre os homens se
dá em razão de uma

a) predisposição ao conhecimento.
b) submissão ao transcendente.
c) tradição epistemológica.
d) condição original.
e) vocação política.

10 – (Enem 2018)
TEXTO I
E pois que em outra cousa nesta parte me não
posso vingar do demônio, admoesto da parte da
cruz de Cristo Jesus a todos que este lugar
lerem, que deem a esta terra o nome que com
tanta solenidade lhe foi posto, sob pena de a
mesma cruz que nos há de ser mostrada no dia
final, os acusar de mais devotos do pau-brasil
que dela.
BARROS, J. In: SOUZA, L. M. Inferno atlântico:
demonologia e colonização: séculos XVI-XVIII. São Paulo:
Cia. das Letras, 1993.
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