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EXERCÍCIO DE SALA
1. (Enem PPL 2013) A Inglaterra deve governar o mundo porque é a melhor; o poder deve ser
usado; seus concorrentes imperiais não são dignos; suas colônias devem crescer, prosperar e
continuar ligadas a ela. Somos dominantes, porque temos o poder (industrial, tecnológico,
militar, moral), e elas não; elas são inferiores; nós, superiores, e assim por diante.
SAID, E. Cultura e imperialismo. São Paulo: Cia das Letras, 1995 (adaptado).
O texto reproduz argumentos utilizados pelas potências europeias para dominação de regiões
na África e na Ásia, a partir de 1870. Tais argumentos justificavam suas ações imperialistas,
concebendo-as como parte de uma
a) cruzada religiosa.
b) catequese cristã.
c) missão civilizatória.
d) expansão comercial ultramarina.
e) política exterior multiculturalista.
2. (Enem 2007) William James Herschel, coletor do governo inglês, iniciou na Índia seus
estudos sobre as impressões digitais que firmavam com o governo. Essas impressões serviam
de assinatura. Aplicou-as, então, aos registros de falecimentos e usou esse processo nas
prisões inglesas, na Índia, para reconhecimento dos fugitivos. Henry Faulds, outro inglês,
médico de hospital em Tóquio, contribuiu para o estudo da datiloscopia. Examinando
impressões digitais em peças de cerâmica pré-histórica japonesa, previu a possibilidade de se
descobrir um criminoso pela identificação das linhas papilares e preconizou uma técnica para a
tomada de impressões digitais, utilizando-se de uma placa de estanho e de tinta de imprensa.
Que tipo de relação orientava os esforços que levaram à descoberta das impressões digitais
pelos ingleses e, posteriormente, à sua utilização nos dois países asiáticos?
a) De fraternidade, já que ambos visavam os mesmos fins, ou seja, autenticar contratos.
b) De dominação, já que os nativos puderam identificar os ingleses falecidos com mais
facilidade.
c) De controle cultural, já que Faulds usou a técnica para libertar os detidos nas prisões
japonesas.
d) De colonizador-colonizado, já que na Índia, a invenção foi usada em favor dos interesses da
coroa inglesa.
e) De médico-paciente, já que Faulds trabalhava em um hospital de Tóquio.
3. (Enem 2006) No início do século XIX, o naturalista alemão Carl Von Martius esteve no Brasil
em missão científica para fazer observações sobre a flora e a fauna nativas e sobre a
sociedade indígena. Referindo-se ao indígena, ele afirmou:
Carl Von Martius. O estado do direito entre os autóctones do Brasil. Belo Horizonte/São
Paulo: Itatiaia/EDUSP, 1982.
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4. (Enem 2002) "O continente africano em seu conjunto apresenta 44% de suas fronteiras
apoiadas em meridianos e paralelos; 30% por linhas retas e arqueadas, e apenas 26% se
referem a limites naturais que geralmente coincidem com os de locais de habitação dos grupos
étnicos".
Diferente do continente americano, onde quase que a totalidade das fronteiras obedecem a
limites naturais, a África apresenta as características citadas em virtude, principalmente,
a) da sua recente demarcação, que contou com térmicas cartográficas antes desconhecidas.
b) dos interesses de países europeus preocupados com a partilha dos seus recursos naturais.
c) das extensas áreas desérticas que dificultam a demarcação dos "limites naturais".
d) da natureza nômade das populações africanas, especialmente aquelas oriundas da África
Subsaariana.
e) da grande extensão longitudinal, o que demandaria enormes gastos para demarcação.
5. (Upe 2014) O último Estado independente da Índia, o reino de Panjab, foi conquistado no
período de 1846- 1848; daí por diante, a dominação inglesa se estendeu por todo o território.
Apesar da completa sujeição em que se encontravam reinos e Estados, o povo indiano
empreendeu vários esforços para recobrar a liberdade.
7. (Udesc 2014) Analise as proposições que se referem aos séculos XVII, XVIII e XIX.
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II. A dominação inglesa, no território indiano, foi ampliada ao longo do século XVII e início do
século XVIII por meio do comércio e da compra de grandes extensões de terras, pelas
empresas como a Companhia Britânica das Índias Orientais.
III. A partir do final do século XVIII e no decorrer do século XIX, as condições de vida na
Europa sofreram transformações em decorrência de vários fatores, entre os quais a
melhoria dos meios de transporte e comunicação, a introdução de novas técnicas de
trabalho no campo e nas indústrias, além do aumento populacional.
IV. A maioria dos países que surgiram após a Independência da América Espanhola se
tornaram países republicanos e democráticos, devido à participação das populações
descendentes de indígenas e de mestiços que tiveram suas reivindicações por terras e
trabalhos atendidas.
8. (Pucsp 2014) O fato maior do século XIX é a criação de uma economia global única, que
atinge progressivamente as mais remotas paragens do mundo, uma rede cada vez mais densa
de transações econômicas, comunicações e movimentos de bens, dinheiro e pessoas, ligando
os países desenvolvidos entre si e ao mundo não desenvolvido.
Eric Hobsbawm. A era dos Impérios. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2008, p. 95.
9. (Cefet MG 2014) “Se há, neste clima de tensão política, um Estado capaz de trabalhar pela
manutenção da paz é a Alemanha. Uma Alemanha que não tem interesse nas questões que
agitam as outras potências, que tem considerado oportuno, desde a constituição do Império,
não atacar a nenhum de seus vizinhos, a menos que seja obrigada. Mas, senhores, para
cumprir esta difícil e talvez ingrata missão, é preciso que a Alemanha seja poderosa e esteja
preparada para a guerra.”
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10. (Uneb 2014) A África é um continente marcado pelos contrastes e teve sua história
intimamente relacionada ao desenvolvimento econômico da Europa, durante
a) a utilização, pelo europeu, do modelo de escravidão africano e de sua modalidade de tráfico,
na implantação do sistema colonial americano.
b) a penetração do elemento europeu no interior do continente a partir da expansão imperialista
do século XIX, interessada na ampliação dos mercados e na aplicação do excedente de
capital industrial.
c) a Segunda Guerra Mundial, contribuindo para o desenvolvimento autônomo das sociedades
africanas, em função de os conflitos armados terem sido restritos ao continente europeu.
d) a Guerra Fria, quando se estabeleceu uma política desinteressada dos europeus e dos
norte-americanos em relação a esse continente, devido ao fato de estarem focados nas suas
divergências com a União Soviética.
e) o processo de descolonização, que estabeleceu por princípio o pan-africanismo, conquistada
pela Unidade Africana, por meio de negociações pacíficas e de retorno de vantagens
econômicas com a Inglaterra e a França.
TAREFÃO
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12. (Fgvrj 2013) Entre novembro de 1884 e fevereiro de 1885, representantes de países
europeus, dos Estados Unidos e do Império Otomano participaram de negociações sobre o
continente africano. O conjunto de reuniões, que ficou conhecido como a Conferência de
Berlim, tratou da
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13. (Unicamp 2013) As exposições universais do século XIX, sobretudo as de Londres e Paris,
se caracterizavam
a) pelo louvor à superioridade europeia e pela apresentação otimista da técnica e da ciência.
b) pela crítica à expansão sobre a África, movimento considerado um freio ao progresso
europeu.
c) pela crítica marxista aos princípios burgueses dominantes nos centros urbanos europeus.
d) pelo elogio das sociedades burguesas associadas às vanguardas da época, como o
Cubismo, o Dadaísmo e o Surrealismo.
14. (Ufsm 2013) Analise e complete o esquema histórico correspondente ao mundo do final do
século XIX e início do século XX.
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b) Imperialismo e Racismo.
c) Colonialismo e Destino Manifesto.
d) Capitalismo e Predestinação.
e) Globalização e Neoliberalismo.
15. (Cefet MG 2013) “Art. 34 – A potência que de ora em diante tomar posse de um território
[...] africano, fora de suas possessões atuais [...], acompanhará o ato respectivo de uma
notificação às demais potências signatárias do presente Ato, a fim de que estejam em
condições de formular, se for o caso, as suas reclamações”.
ATO Geral da Conferência de Berlim (27/2/1885). IN: FALCON, Francisco; MOURA; Gerson. A
Formação do Mundo Contemporâneo. Rio de Janeiro: Campus Ltda, 1986. p.118.
16. (Udesc 2013) O excerto e a charge abaixo referem-se à colonização da África no século
XIX.
As potências europeias puderam conquistar a África com relativa facilidade porque a balança
pendia a seu favor, sob todos os aspectos. Em primeiro lugar, graças às atividades dos
missionários e dos exploradores, os europeus sabiam mais a respeito da África e do interior do
continente – aspecto físico, terreno, economia e recursos, força e debilidade de seus Estados e
de suas sociedades – do que os africanos a respeito da Europa. Em segundo lugar, em função
das transformações revolucionárias verificadas no domínio da tecnologia médica e, em
particular, devido à descoberta do uso profilático do quinino contra a malária, os europeus
temiam menos a África do que antes de meados do século XIX. Em terceiro lugar, em
consequência da natureza desigual do comércio entre a Europa e a África até os anos de 1870
e mesmo mais tarde, bem como do ritmo crescente da revolução industrial, os recursos
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materiais e financeiros da Europa eram muitíssimo superiores aos da África. Por isso, se as
potências europeias podiam gastar milhões de libras nas campanhas ultramarinas, os Estados
africanos não tinham condições de sustentar um conflito armado com elas. Em quarto lugar,
[...] a Europa podia concentrar-se militarmente de maneira quase exclusiva nas atividades
imperiais ultramarinas, mas os países e os Estados africanos tinham suas forças paralisadas
pelas lutas intestinas. Além disso, as potências europeias conviviam pacificamente,
conseguindo resolver os problemas coloniais que as dividiam no decorrer da era da partilha e
até 1914 sem recurso à guerra.
UZOIGWE, Godfrey N. Partilha europeia e conquista da África: apanhado geral In: BOAHEN,
Albert Adu (org.) História geral da África, VII: África sob dominação colonial, 1880-1935. 2. ed.
rev. – Brasília: UNESCO, 2010. pp. 44-45.
Analise as proposições.
I. Apesar de o Continente Africano já ser conhecido e ocupado, desde o século XV, pelos
europeus, foi no século XIX que a conquista de todo o território africano foi consolidada, com
a ocupação do interior e da sua divisão entre os países colonizadores.
II. A ocupação do território africano pelos europeus diferenciou-se conforme as características
econômicas, políticas e culturais da população local, que era muito diversa, dependendo da
região do continente.
III. Entre as condições que possibilitaram a ocupação do território africano, pode-se citar a
disponibilidade de recursos econômicos e o desenvolvimento da tecnologia.
IV. As diferenças entre os próprios estados africanos foi um dos fatores que facilitaram o
domínio das sociedades africanas, no século XIX, uma vez que permitiram que acordos
entre os governos europeus e os governos ou grupos locais fossem estabelecidos.
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A primeira grande fome registrou-se entre os anos de 1800 e 1825 e matou 1,4 milhão de
pessoas. De 1827 a 1850, morreram de fome cinco milhões de pessoas. Entre 1875 e 1900, a
Índia sofreu dezoito grandes epidemias de fome que mataram 26 milhões de pessoas. Em
1918, houve mais de oito milhões de mortos por desnutrição e gripe.
Fonte: BRUIT, Héctor, in VICENTINO, Cláudio. História Geral: ensino médio. São Paulo:
Scipione, 2006. p. 356.
20. (Ufpa 2012) Em 1909, o orientalista americano Duncan Macdonald, estudioso do mundo
muçulmano, fez a seguinte afirmação:
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A imagem dos árabes construída por Macdonald, no início do século XX, em pleno período do
Imperialismo, demonstra claramente a concepção que os ocidentais desenvolveram sobre as
populações asiáticas e africanas que estavam sendo conquistadas e submetidas ao domínio
imperialista das potências ocidentais. A alternativa que retrata essa concepção é:
a) Os povos asiáticos e africanos ainda estavam na infância do processo civilizatório, mas
poderiam chegar, por si mesmos, à fase adulta, bastando apenas aceitar o domínio
Ocidental.
b) A Ásia e a África eram reconhecidas pelos europeus como os continentes onde nasceu a
civilização e, por isso, com fortes laços com a Europa, que herdou os elementos civilizatórios
que caracterizam a cultura oriental.
c) As populações asiáticas e africanas eram vistas pelos europeus como inferiores, bárbaras,
supersticiosas, e, por isso, incapazes de dirigir seus próprios destinos, o que exigia a
intervenção civilizadora dos europeus.
d) Para os europeus, a conquista da Ásia e da África revestia-se de um caráter meritório, já que
representaria a confirmação da tese do arianismo, ou seja, da supremacia da raça branca.
Caberia, assim, aos europeus o dever de civilizar os outros povos.
e) O mundo muçulmano, criado pela expansão árabe, por meio da “Guerra Santa”, seria, na
visão dos europeus, o principal aliado do Mundo Cristão Ocidental na eliminação de seitas
heréticas, que infestavam o Oriente.
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Por mais que retrocedamos na História, acharemos que a África está sempre fechada no
contato com o resto do mundo, é um país criança envolvido na escuridão da noite, aquém da
luz da história consciente. O negro representa o homem natural em toda a sua barbárie e
violência; para compreendê-lo devemos esquecer todas as representações europeias.
Devemos esquecer Deus e as leis morais.
HEGEL, Georg W. F. Filosofia de la historia universal. Apud HERNANDEZ, Leila M.G. A África
na sala de aula: visita à história contemporânea. São Paulo: Selo Negro, 2005. p. 20-21.
[Adaptado].
23. (Ufrn 2012) No século XIX, na Europa, desenvolveram-se estudos que, reivindicando
bases científicas, valorizavam a raça branca, considerada superior a todas as demais. Essas
teorias concebiam uma Nação em termos biológicos e valorizavam a homogeneidade racial. “A
mistura de raças heterogêneas era sempre um erro e levava à degeneração não só do
indivíduo como de toda a coletividade.” (SCHWARCZ, Lilia Moritz. Espetáculo da
miscigenação. Estudos avançados, v. 8, n. 20, abr. 1994. Disponível em: <www.scielo.br>.
Acesso em: abr. 2009.)
Frente a essas concepções, a constatação de que o Brasil era uma nação mestiça gerou
dilemas para os intelectuais brasileiros no século XIX. Na tentativa de resolver esses dilemas,
alguns intelectuais da época
a) defenderam o progressivo branqueamento da população, como resultado da miscigenação e
da imigração europeia.
b) rejeitaram as ideias europeias, as quais apoiavam a constituição de sociedades puras e
homogeneizadas e condenavam as sociedades racialmente híbridas.
c) sustentaram a igual capacidade civilizatória de todos os grupos étnicos, combatendo a
afirmação da existência de uma “raça degenerada”.
d) ampliaram as concepções europeias, ao propor que a miscigenação racial favorecia as
trocas culturais, fazendo mais rica a cultura nacional.
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Para justificar, para legitimar o domínio e a espoliação, o colonizador precisa estabelecer que o
colonizado é, por "natureza" ou por "essência", incapaz, preguiçoso, indolente, ingrato, desleal,
desonesto, em suma, inferior. Incapaz, por exemplo, de se educar, de assimilar a ciência e a
tecnologia modernas, bem como de exercer a democracia, de governar-se a si mesmo. Não é
uma coincidência [...], o racismo resume e simboliza a relação fundamental que une colonialista
e colonizado.
MEMMI, Albert. Retrato do colonizado precedido pelo retrato do colonizador. In: Faria, Miranda
e Campos. Estudos de História, São Paulo: FTD, 2009. V. 2. p. 156.
As raças superiores têm um direito perante as raças inferiores. Há para elas um direito porque
há um dever para elas. As raças superiores têm o dever de civilizar as inferiores.
Jules Ferry, primeiro-ministro francês. In Faria, Miranda e Campos. Estudos de História, São
Paulo: FTD, 2009. V. 2. p. 156.
As ideias contidas nesses dois textos adquiriram para muitos agentes do expansionismo
europeu, um efetivo caráter de legitimidade científica no contexto
a) do Renascimento, nos começos dos Tempos Modernos.
b) da expansão do Iluminismo,em meados do século XVIII.
c) do Liberalismo político, vitorioso com as Revoluções Burguesas da Europa no final do século
XVIII.
d) da síntese do materialismo dialético enunciada no Manifesto Comunista de 1848.
e) do Darwinismo Social, na segunda metade do século XIX.
25. (Ufu 2012) As pretensões expansionistas japonesas na Ásia, a construção da Grande Ásia
Oriental, colidiam com os interesses norte-americanos para a região. Os imperialistas seguiam
as estratégias siberiana e colonial. A primeira encarregou o Exército de expandir o domínio
Japonês para a China do Norte, Mongólia e Sibéria, rivalizando com a União Soviética. A
estratégia colonial, delegada à Marinha, visava a conquista de colônias inglesas, francesas e
holandesas na Ásia. O obstáculo para esse projeto era a força dos Estados Unidos no Pacífico
(Alaska, Ilhas Aleutas, Filipinas e Havaí).
O projeto imperialista japonês
a) buscava contemporizar seus interesses com as forças chinesas, vistas como um importante
apoio na luta contra o imperialismo norte-americano.
b) ganhou força com o bombardeamento de Pearl Harbor e a entrada dos EUA na guerra,
forçando o recuo dos movimentos anti-imperialistas nipônicos.
c) manteve, com o fim da Segunda Guerra, suas anexações territoriais, o que lhe permitiu
continuar como uma grande potência.
d) previa a mobilização de recursos das áreas ocupadas para realimentar o complexo
industrial-militar que se fortalecia internamente.
No final do século XIX, os europeus defendiam seus interesses imperialistas nas regiões
africanas e asiáticas, justificando-os como missão civilizatória.
Uma das ações empreendidas pelos europeus como missão civilizatória nessas regiões foi:
a) aplicação do livre comércio
b) qualificação da mão de obra
c) padronização da estrutura produtiva
d) modernização dos sistemas de circulação
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Na pintura de John Gast (Figura 1), Colúmbia, a mulher angelical, carrega a "luz da civilização"
para iluminar os caminhos e guiar homens e carroças na marcha para o oeste dos Estados
Unidos; enquanto ela avança e expande os cabos do telégrafo nos caminhos por onde passa,
tanto os indígenas nativos como os animais selvagens fogem amedrontados.
No centro do cartaz (Figura 2), a mulher com armadura (uma referência à heroína Joana d'Arc)
traz, na mão direita erguida, um ramo de oliveira, símbolo da sabedoria universal; a mão
esquerda segura o escudo com as cores da bandeira francesa e o lema "progresso - civilização
- comércio". É a alegoria da França conquistadora que se expande para a Ásia e África
distantes, levando as luzes do progresso e do comércio para os povos que, por
desconhecerem o majestoso brilho da civilização europeia, vivem na escuridão.
Essas imagens são alegorias de duas ideologias imperialistas do século XIX sintetizadas,
respectivamente, nas expressões históricas
a) "ética dos peregrinos" e "luta contra a barbárie".
b) "ideologia do branco anglo-saxão protestante" e "salvacionismo imperial".
c) "aliança para o progresso" e "processo civilizatório afro-asiático".
d) "guerra justa" e "ocidentalização do mundo oriental".
e) "destino manifesto" e "fardo do homem branco".
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seja, por que os arianos da Índia não aperfeiçoaram aquelas raças em vez de se
enfraquecerem?
(Adaptado de Anthony Pagden, Povos e impérios. Rio de Janeiro: Objetiva, 2002, p. 188-94.)
29. (Unicamp simulado 2011) O contexto no qual se deu o domínio dos ingleses sobre a Índia
no século XIX pode ser caracterizado
a) pelo Neo-Colonialismo, no qual as metrópoles europeias passavam a buscar colônias na
África e na Ásia a fim de explorá-las como mercado consumidor de seus produtos e fonte de
mão de obra escrava.
b) pelo Imperialismo, cuja política colonialista visava enriquecer a metrópole pela busca de
metais preciosos e uma balança comercial favorável, mantida por meio do protecionismo
exercido por um Estado interventor.
c) pelo Neo-Colonialismo, que se caracterizava por uma nova forma de dominação sobre a
África e a Ásia, baseada na exploração econômica e no controle ideológico, sem
necessidade de dominação política e territorial.
d) pelo Imperialismo, caracterizado por uma política colonialista, motivada pela busca de
matéria-prima e mercados consumidores para a indústria europeia, que levou ao domínio da
África e da Ásia.
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Gabarito:
EXERCÍCIOS DE SALA
Resposta da questão 1:
[C]
Um dos argumentos mais fortes utilizados pelas potências europeias na ação imperialista sobre
África e Ásia era o de que africanos e asiáticos eram inferiores aos europeus e, logo, era uma
missão do povo europeu civilizá-los.
Resposta da questão 2:
[D]
Resposta da questão 3:
[E]
O texto é explicito ao julgar que o indígena se tornaria mais feliz caso modificasse sua vida e
adotasse os padrões de vida europeus. Chama-se etnocentrismo a postura intelectual que
assume os valores de uma determinada cultura para julgar as demais. A ideia de “missão
civilizadora” desenvolveu-se na Europa nesse período, marcado pelo neocolonialismo, e
representou o que denominamos de darwinismo social.
Resposta da questão 4:
[B]
A maior parte das fronteiras políticas da África atual foram definidas no processo de “partilha”,
no Congresso de Berlim em 1884/1885 convocado por Bismark, em que as grandes potências
europeias definiram seus domínios sem levar em conta os limites naturais ou as divisões
étnicas presentes nesses territórios.
Resposta da questão 5:
[D]
Somente a proposição [D] está correta. A Inglaterra com a Revolução industrial que começou
no fim do século XVIII, ampliou sua produção e foi em busca de mercado consumidor. Desta
forma, contribuiu para o processo de independência da América Latina, apoiou e transportou a
corte portuguesa para o Brasil em 1808. Na “Era Vitoriana”, 1837-1901, foi o auge do
imperialismo inglês que foi buscar mercado consumidor na África e Ásia no chamado
Imperialismo e ou Neocolonialismo. A índia foi a grande joia da rainha da Inglaterra que não
mediu esforços para impor seu domínio sobre esta civilização. As demais alternativas estão
incorretas. As revoltas pela libertação da Índia não tiveram êxito no século XIX. A Índia não foi
dominada pelo operariado inglês e sim pela burguesia ávida por lucros. A Índia fez sua
independência em 1947 liderada por Gandhi através da desobediência civil.
Resposta da questão 6:
[E]
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Resposta da questão 7:
[D]
Resposta da questão 8:
[E]
Somente a alternativa [E] esta correta. O texto do historiador inglês Eric Hobsbawm remete ao
Imperialismo Neocolonialista que ocorreu a partir da segunda metade do século XIX. Neste
contexto as potências capitalistas europeias industrializadas necessitavam de matéria prima,
mercado consumidor, escoar o excedente populacional, investir capital, etc. Assim, África, Ásia
e Oceania foram vítimas desta nova fase do capitalismo chamada de “Monopolista e
Financeiro”. As demais alternativas estão incorretas. Não se trata da indústria chinesa. O texto
não remete a hegemonia política e militar soviética. Também não ocorreu a expansão dos EUA
sobre a Europa. O neoliberalismo ocorreu a partir da década de 1970.
Resposta da questão 9:
[C]
Somente a alternativa [C] está correta. O texto faz referência ao Imperialismo ocorrido a partir
da segunda metade do século XIX quando as potências capitalistas industrializadas da Europa
correram em busca de colônias para resolver seus problemas, tais como: necessidade de
matéria prima e mercado consumidor, necessidade de investir capital e escoar o excedente
populacional, entre outros. Esta corrida imperialista gerou atritos entre os países culminando na
Primeira Guerra Mundial. As demais alternativas estão incorretas. A Alemanha se unificou em
1871. Ainda não havia implantado o comunismo.
No século XIX quase todo continente africano estava sob domínio de uma potencia econômica
europeia, desdobramento da política imperialista denominada de neocolonialismo, que buscava
novos mercados para a expansão industrial proveniente da Segunda Revolução Industrial.
Junto ao controle de mercado, os colonizadores promoveram dominação militar, sociocultural e
política.
TAREFÃO
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A Conferência de Berlim representou uma ação por parte das potências imperialistas –
sobretudo as europeias – no sentido de disciplinar e definir parâmetros para o domínio sobre a
África. É importante salientar que seu objetivo maior era o de legitimar esse domínio perante a
opinião pública, ao mesmo tempo em que procurava reduzir focos de tensão que já se
manifestavam entre essas potências no tocante à disputa sobre o continente africano.
O quadro apresenta os elementos de expansão econômica entre os séculos XIX e XX, quando
o modelo capitalista promove a ampliação de mercados, atingindo principalmente a África e
Ásia, na busca de matérias-primas industriais, numa dinâmica determinada pela organização
do capitalismo financeiro e monopolista que caracterizou o imperialismo, justificado por teorias
racistas que enfatizavam a superioridade do homem branco, este sim, com condições de
impulsionar o desenvolvimento dos outros povos.
Questão factual que exige apenas que o vestibulando se lembre de que a Índia esteve sob
dominação inglesa desde o séculos XVIII, até meados do século XX.
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[D]
O texto da questão expressa a visão europeia de dominação com o olhar exótico para as
populações africanas. Para a burguesia europeia do final do século XIX que vivia um período
de grande expansão do sistema capitalista para todo o planeta, o continente africano era uma
região a ser incorporada e explorada a partir das necessidades do capitalismo.
O pensamento eurocêntrico apontava a “missão civilizadora” do europeu no momento do
Neocolonialismo e Imperialismo do século XIX. A África, bem como a Ásia, deveria ser
“civilizada” pelo contato com o europeu.
A política na Europa, no século XIX, foi levada à África e à Ásia por meio da construção de um
slogan chamado “O Fardo do Homem Branco”, que tinha como propósito destacar as nações
desenvolvidas das nações subdesenvolvidas. Dessa maneira, o “branqueamento” da
população se tornaria mais evidente.
Somente a alternativa [E] está correta. A justificativa para a expansão imperialista ocorrida a
partir da segunda metade do século XIX pelos países capitalistas industrializados era pautada
no pensamento de Darwin no qual há uma seleção natural onde os mais aptos sobrevivem. As
raças superiores (homem branco europeu) devem assumir o “fardo do homem branco” diante
dos povos tidos como atrasados (África, Ásia e Oceania) e ajudá-los no processo de
civilização. As demais alternativas estão incorretas.
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O neocolonialismo foi uma política imperialista, caracterizada pela expansão no sentido amplo,
militar, econômico e cultural, representando um processo de dominação de países europeus e
do Japão sobre toda África e grande parte da Ásia. A política imperialista dos Estados Unidos
teve características diferenciadas, principalmente na América Central e Caribe, denominada de
Big Stick.
A alternativa correta da questão já define com precisão a colonização da Índia pelos britânicos
como pertencente ao contexto do imperialismo do século XIX e suas motivações.
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