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Contabilidade
Intermediária I
Contabilidade
Intermediária I
Coordenador:
Edvaldo Luís Biancarelli
Membros:
Felipe Silva Lopes Caliman
Rayron Rickson Cutis Tavares
Copyright © Todos os direitos desta obra são da Escola Superior Aberta do Brasil.
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Apresentação
Caro estudante,
Habilidades e competências
• Diferenciar o tratamento contábil aplicado às diversas
operações que envolvem a comercialização de produtos
industrializados e mercadorias.
• Registrar as principais operações relacionadas aos estoques de
mercadoria no comércio e aos produtos na indústria.
• Identificar e calcular as principais vantagens e descontos dos
empregados
Ementa
Estoque; Plano de contas de estoque; Métodos de avaliação
de estoques (PEPS, UEPS, PMP); Apuração do custo de
mercadorias vendidas; Inventário (permanente, periódico);
receitas, despesas, custos de mercadorias; Apuração de impostos
sobre vendas de mercadorias e serviços (ICMS, PIS, COFINS,
ISSQN, IPI); Apuração do resultado; Importação; Exportação;
Perdas estimadas em créditos de liquidação duvidosa; Folha
de pagamento: vantagens e descontos; Pró-labore; Ativo
Imobilizado; Depreciação, Amortização e Exaustão. Levando
em consideração os Pronunciamentos Contábeis CPC’s.
Sumário
Introdução a Estoque...................................................13
Plano de Contas para o estoque...................................18
Inventário.....................................................................26
Método de Apuração dos custos...................................32
Estoques - Comércio.....................................................41
Resumo........................................................................45
Contabilização de Comércio com Icms.........................47
Estoques – Contabilizações de Comércio com IPI, PIS e
COFINS..........................................................................51
Operações que afetam uma compra............................57
Venda e Operações que afetam uma venda..................60
Tributos que incidem sobre venda - ICMS.....................66
Resumo........................................................................71
Tributos que incidem sobre venda – IPI e ISS e sua
relação com o ICMS......................................................72
Tributos que incidem sobre venda – PIS e COFINS........77
Resultado da Conta Mercadorias..................................83
Perdas Estimadas em Créditos de Liquidação Duvidosa
....................................................................................91
Importação de Mercadorias.........................................96
Resumo........................................................................99
Exportação de Mercadorias........................................101
Operações com Pessoal – Folha de pagamentos........105
Folha de pagamentos – Vantagens com salário e hora
extra e Compensações...............................................110
Folha de pagamentos – Vantagens com Gratificações,
Comissões e Férias......................................................115
Folha de pagamentos – Vantagens de décimo terceiro
salário........................................................................121
Resumo......................................................................127
Folha de pagamentos – Vantagens do salário-
maternidade, salário-família e Diárias de viagem
e ajudas de Custos......................................................129
Folha de pagamentos – Vantagens com os Adicionais:
Insalubridade, Periculosidade e Noturno....................132
Folha de pagamentos – Descontos INSS.....................137
Folha de pagamentos – Descontos IRRF e FGTS..........141
Folha de pagamentos – Participação dos Empregados
no Vale transporte e na Alimentação..........................145
Resumo......................................................................149
Pró-labore..................................................................151
Ativo Imobilizado.......................................................154
Depreciação................................................................159
Amortização...............................................................166
Exaustão.....................................................................170
Resumo.......................................................................174
Glossário.....................................................................175
Referências.................................................................178
1 Introdução a Estoque
Objetivo
Conceituar a conta estoques e determinar os itens que o compõem.
Custo de Aquisição
Preço de Compra
(+) Imposto de Importação e outros tributos
(+) Impostos não recuperáveis
(+) Custos de Transportes (frete), Seguro Manuseio
(+) Outros custos diretamente atribuídos à requisição de produtos acabados, mateirais e
serviços
(-) Descontos comerciais, abatimentos e outros ítens semelhantes
(-) Impostos recuperáveis
Quadro 1 - Custo Aquisição
Fonte: Elaborado pela autora (2018).
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Compreende o custo de transformação, segundo o CPC 16:
Custo de Transformação
Custos diretamente relacionados com as unidades produzidas ou com as linhas de
produção
(+) Alocação sistemática de custos indiretos de produção, fixos e variáveis, que sejam
incorridos para transformar os materiais em produtos acabados
Quadro 2 - Custos de Transformação
Fonte: Elaborado pela autora (2018).
Outros Custos
Para colocar os estoques no seu local e na sua condição atuais
Cabe ressaltar que há itens que não são incluídos no custo do estoque
e, portanto, são reconhecidos como despesa do período em que são
incorridos.
Quadro 4 – Exemplos
Fonte: Elaborado pela autora (2018).
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Dicas
Então,
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Mas, cabe ressaltar que há uma exceção, que é o caso do ativo
qualificável que em circunstâncias específicas os encargos financeiros
de empréstimos obtidos são incluídos no custo do estoque, com base no
CPC 20 e não são lançados para despesa, conforme regra geral.
Estudos Complementares
Para complementarmos nossos
estudos sobre as contas do
estoque, indicamos a leitura do
Pronunciamento Técnico CPC 16 (R1),
disponível. Clicando aqui!
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2 Plano de Contas para o estoque
Objetivo
Conhecer o plano de contas e as contas que compõem o estoque.
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O autor acrescenta que para empresas que são prestadoras de serviços,
seus estoques seriam materiais ou suprimentos a serem consumidos
no processo de prestação de serviços. E elas precisam apresentar seus
estoques de serviços em andamento, o que na prática, infelizmente, as
empresas prestadoras de serviços costumam tratar seus custos de forma
inadequada. Por outro lado, há necessidade de utilização de um elenco de
contas para empresas industriais.
ESTOQUES
Produtos acabados
Mercadorias para revenda
Produtos em elaboração
Matéria-prima
Outros materiais diretos
Mão de obra direta
Salário
Prêmios de produção
Gratificações
Férias
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Décimo-terceiro salário
INSS
FGTS
Benefícios a empregados
Aviso prévio e indenizações
Assistência médica e social
Seguro de vida em grupo
Seguro de acidentes do trabalho
Auxílio-alimentação
Assistência Social
Outros encargos
Outros Custos Diretos
Serviços de Terceiros
Outros
Custos indiretos
Material indireto
Mao de obra indireta
Salários e ordenados dos supervisores de produção
Salários e ordenados dos departamentos de produção
Gratificações
Férias
Décimo-terceiro salário
INSS
FGTS
Benefícios a empregados
Aviso prévio e indenizações
Assistência médica e social
Seguro de vida em grupo
Seguro de acidentes do trabalho
Outros encargos
Honorários da diretoria de produção e encargos
Ocupação
Aluguéis e condomínios
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Depreciações e amortizações
Manutenção e reparos
Utilidades e serviços
Energia Elétrica (luz e força)
Água
Transporte do pessoal
Comunicações
Reproduções
Refeitório
Outros Custos
Recrutamento e Seleção
Treinamento do pessoal
Roupas profissionais
Conduções e refeições
Impostos e taxas
Segurança e vigilância
Ferramentas perecíveis
Outras
Manutenção e suprimentos gerais
Mercadorias em trânsito
Mercadorias entregues em consignação
Importações em andamento
Serviços em Execução
Almoxarifado
Adiantamentos a fornecedores
Perda estimada para redução ao valor realizável líquido (conta
credora)
Perda estimada em estoques (conta credora)
Ajuste a valor presente (conta credora)
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Cabe salientar que as contas de estoques incluem segundo Iudícibus et al. (2010):
• PRODUTOS ACABADOS
São aqueles já terminados e oriundos da própria produção da empresa e
disponíveis para venda, podendo estar estocados na fábrica, ou em depósitos, ou
em filiais, ou ainda com terceiros em consignação.
•PRODUTOS EM ELABORAÇÃO
São todas as matérias-primas já requisitadas que estão no processo de
transformação e todas as cargas de custos diretos e indiretos referentes à produção
não concluída na data do Balanço.
•MATÉRIAS – PRIMAS
Abriga todos os materiais mais importantes e essenciais que sofrem
transformações no processo produtivo. Sua composição e natureza são
extremamente diversificadas e dependem de cada tipo de indústria. E
normalmente, representa um valor significativo em relação total dos custos de
produção.
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•MATERIAIS DE ACONDICIONAMENTO E EMBALAGEM
Compreende todos os itens de estoque que se destinam à embalagem do produto
ou a seu acondicionamento para remessa. Dependendo do tipo de indústria
particularmente naquelas em que a embalagem é parte integrante do produto,
esses itens do estoque são, às vezes, classificados, impropriamente, na conta de
Matérias-primas.
•MATERIAIS AUXILIARES
Engloba os estoques de materiais utilizados no processo industrial, porém de
menor importância. Esses itens podem ser apropriados diretamente ou não ao
produto, sendo caracterizados por não terem uma representação expressiva no
valor global do custo de produção e pela dificuldade de serem identificados
fisicamente no produto.
•IMPORTAÇÕES EM ANDAMENTO
Contempla os custos já incorridos relativos a importações em andamento
e as próprias mercadorias em trânsito, quando a condição de compra é
feita na modalidade FOB, no ponto de embarque, pelo exportador.
•ALMOXARIFADO
Sofre muita variação de uma empresa para outra, em função de suas
peculiaridades e necessidades. Entretanto, engloba todos os itens de
estoques de consumo geral, podendo incluir produtos de alimentação do
pessoal, materiais de escritório, peças em geral e uma variedade de itens..
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•ADIANTAMENTO DE FORNECEDORES
São os adiantamentos efetuados pela empresa aos fornecedores,
vinculados a compras específicas de materiais que serão adicionados aos
estoques quando de seu efetivo recebimento. Quando há o recebimento,
efetua-se a baixa nesta conta e registra-se o custo total na conta Matérias-
primas, e o eventual saldo a pagar é registrado em Fornecedores (Passivo
Circulante).
•PERDAS EM ESTOQUES
Registra as perdas conhecidas em estoques e calculadas por estimativa,
relativas a estoques deteriorados ou obsoletos e, mesmo, para dar
cobertura a diferenças físicas, quando tais perdas não puderem ser
baixadas das próprias contas, pelo fato de não estarem identificados os
itens específicos e por constituírem estimativas. Essa perda estimada deve
ser reconhecida em conta específica (Despesa com Perdas Estimadas
em Estoques), mas não é dedutível para efeitos fiscais, exceto empresas
editoras, distribuidoras ou vendedoras varejistas de livros, em condições
específicas.
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•SERVIÇOS EM ANDAMENTO
Registram-se todos os gastos com material, mão de obra e outros
aplicáveis à realização do serviço.
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3 Inventário
Objetivo
Conhecer os sistemas de inventário adotado pelas empresas.
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A realização do inventário é importante por diversas justificativas, entre
elas pode-se elencar o fato de que cada um dos inventários realizados
na empresa revela a situação econômica dessa em dado momento, sob
o aspecto estático; quando se faz a comparação de dois inventários,
este revela um aspecto dinâmico; o levantamento do inventário é o
suporte para toda a atividade contábil; o resultado obtido por meio
de inventários constitui o primeiro e mais importante controle da
escrituração; caso o levantamento inventarial não for exato e bem
executado, o resultado apurado pela escrituração também não será
correto, então, será fictício; e os elementos do patrimônio devem constar
no inventário com o valor que possuem no momento do levantamento
(GOMES, SANTOS, SCHMIDT,2011).
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A exceção e dispensa da escrituração do livro Registro de Inventário,
está no o art. 12, § 3o, da Instrução Normativa da Secretaria da Fazenda
(IN SRF) no 93/97, que trata das empresas optantes pelo pagamento
mensal do imposto por estimativa que levantarem balanços ou balancetes
durante o ano, para efeito de suspensão ou redução do pagamento
mensal do imposto, embora devam levantar e avaliar os estoques
existentes na data desses balanços ou balancetes que ficam dispensadas.
Contudo, para que seja viável manter uma escrituração que atenda, ao
mesmo tempo, às legislações do IPI, do ICMS e do Imposto de Renda,
é indispensável que sejam feitas, no Livro Modelo nº 7, as adaptações
necessárias para torná-lo apto a atender aos requisitos de cada legislação,
conforme dispõe o item 6 do PN CST no 5/86.
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livro entregue. Essa informação de autenticação é fornecida ao titular da
escrituração por intermédio do Sped, por meio de consulta à Internet.
Tipos de Inventário:
Para se avaliar adequadamente o estoque de determinada empresa, usam-
se alternativamente, dois sistemas de inventário. O primeiro é o sistema
de inventário permanente que visa manter fichas de controle de entradas
e saídas de mercadorias para cada item que o compõe, identificando as
quantidades, os valores unitários e o valor total.
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ou em época que se fizer necessária, é inventariado o estoque final e
apurado seu respectivo valor total. Esse varia de acordo com o método
de apuração adotado pela empresa (Custo Específico, PEPS, UEPS e
Média Ponderada), que será visto na próxima unidade. A partir dessa
importante informação, pode ser calculado o custo das mercadorias
vendidas (CMV), aplicando-se a conhecida fórmula apresentada a seguir:
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compras, outra para os fretes sobre compras, além de contas para registrar
os valores dos estoques inicial e final.
Estudos Complementares
Para mais informações e conhecimento
dos livros fiscais, disponível aqui: Livros
Fiscais
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4 Método de Apuração dos custos
Objetivo
Compreender os critérios utilizados para a valorização das
mercadorias estocadas nas empresas, por meio dos métodos de
apuração do custo.
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disso, a maioria das empresas, no Brasil, utilizou e continua utilizando
principalmente o custo médio ponderado móvel (IUDÍCIBUS, 2010).
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Esse critério é aceito pela legislação fiscal; entretanto, por apresentar um
custo das mercadorias vendidas menor do que o apurado pela média
móvel ponderada, é pouco utilizado no Brasil (GOMES, SANTOS,
SCHMIDT, 2011).
Fazendo com que a baixa de cada venda seja dada pelo custo mais
antigo em estoque (o Primeiro a Entrar e sempre o Primeiro a Sair), e
representando graficamente a movimentação como se fosse uma ficha
de controle de estoques, temos a ficha de controle de estoque no critério
Peps:
Entrada Saída Saldo
Valor Valor Valor
Data
Quant. Quant. Unit. Total Quant. Unit. Total
Unit. $ Total $
$ $ $ $
XX/XX 20 25 500
20 25 500
XX/XX 20 30 600 - - - 20 30 600
40 1.100
10 25 250
XX/XX - - - 10 25 250 20 30 600
30 850
10 25 250 10 30 300
XX/XX - - - 10 30 300
20 550
10 30 300
XX/XX 30 35 1.050 - - - 30 35 1.050
40 1.350
XX/XX - - - 10 30 300 30 35 1.050
SOMA 50 1.650 40 1.100 30 35 1.050
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Em conformidade com o método PEPS, percebemos que o custo total
da primeira venda (10 unidades), foi extraído do Estoque Inicial (10
X 25,00 = 250,00). As 10 unidades que permaneceram em estoque só
foram baixadas na segunda venda (20 unidades) e as outras 10 unidades
foram baixadas da primeira compra, restando ainda 10 unidades que
foram baixadas na terceira venda.
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Temos a ficha de controle de estoque no critério Ueps:
Entrada Saída Saldo
Valor Valor Valor
Data
Quant. Quant. Unit. Total Quant. Unit. Total
Unit. $ Total $
$ $ $ $
XX/XX 20 25 500
20 25 500
XX/XX 20 30 600 - - - 20 30 600
40 1.100
20 25 500
XX/XX - - - 10 30 300 10 30 300
30 800
10 30 300
XX/XX - - - 10 25 250
20 550 10 25 250
10 25 250
XX/XX 30 35 1.050 - - - 30 35 1.050
40 1.300
- - - 10 25 250
XX/XX - - - 10 35 350 20 35 700
SOMA 50 1.650 40 1.200 30 950
Neste método
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Média ponderada móvel
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médios de compras, pois há influência não só do preço, mas também das
quantidades de compras.
10 unidades a $ 40 = $ 400
20 unidades a $ 45 = $ 900
10 unidades a $ 55 = $ 550
$ 1.850
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Comparando os resultados obtidos, como se todas as saídas fossem de
vendas e não de requisição para consumo na produção (para melhor
entendimento), temos:
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movimentação a partir da data da compra ou venda, conforme o caso na
prática.
Dica
Na realização do inventário, deve-
se observar que a mercadoria que
está em trânsito do vendedor para a
empresa, ou em trânsito da empresa
para o comprador. Nesses casos, as
condições contratuais e o momento
exato da liberação e despacho é
que vão determinar a inclusão ou
não da mercadoria no inventário da
empresa.
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5 Estoques - Comércio
Objetivo
Diferenciar o tratamento contábil aplicado às diversas operações que
envolvem a comercialização de mercadorias e o valor da mercadoria.
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E em uma empresa comercial, sua atividade operacional pode ser
caracterizada pela compra e venda de mercadorias e quando a empresa
realiza uma venda, independentemente de ser à vista ou a prazo, tem-se o
surgimento de uma receita bruta e uma despesa, que aparece por meio do
custo da mercadoria vendida (CMV).
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Exemplo:
Custo – R$ 58,00
Lucro – R$ 24,00
Preço (P) ?
%ICMS 18%
0,82 x P = R$ 82,00
P = R$ 82,00/ 0,82
P = R$ 100,00
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Percebe-se, de forma mais clara, que o comprador adquire o seguinte:
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Resumo
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Por fim, estudamos, na unidade 5, o tratamento contábil aplicado às
diversas operações que envolvem a comercialização de mercadorias e no
valor da mercadoria. As operações com mercadorias nas compras são
representadas pela aquisição de matéria-prima, materiais auxiliares ou
mercadorias para revenda. O ICMS é um imposto diferencial, isto é,
pode obter um valor a recolher por meio do calculado, pelo valor obtido
pela diferença entre os preços de venda e de compra dos itens.
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Contabilização de Comércio com
6 Icms
Objetivo
Aprender a realizar contabilidade nas operações de compras com
incidência de ICMS.
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O preço de revenda é de R$ 100,00, então, o valor é composto por uma
parte que é mercadoria e vai para o estoque e a outra é crédito de ICMS
que, neste momento, é ativado como crédito tributário, logo, um direito.
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Já a demonstração dessa situação no Balanço Patrimonial, seria:
Exemplo 1
Ativo Passivo
Caixa -
Estoque R$82,00
ICMS a
Recuperar R$18,00
Patrimônio Líquido
Capital Social R$100,00
Total R$100,00 Total R$100,00
Exemplo 2
Ativo Passivo
Caixa R$100,00 Fornecedor R$100,00
Estoque R$82,00
ICMS a
Recuperar R$18,00
Patrimônio Líquido
Capital Social R$100,00
Total R$200,00 Total R$200,00
Exemplo 3
Ativo Passivo
Caixa R$50,00 Fornecedor R$50,00
Estoque R$82,00
ICMS a
Recuperar R$18,00
Patrimônio Líquido
Capital Social R$100,00
Total R$150,00 Total R$150,00
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Débito: Fornecedor R$ 100,00
Dica
Caso a operação apresentada
no exemplo 1 estivesse sujeita à
substituição tributária do ICMS,
ou seja, o fornecedor já tivesse
destacado na nota e recolhido seu
ICMS normal, bem como o ICMS
referente à substituição tributária,
o ICMS representaria custo para
empresa adquirente e o registro da
compra seria o valor total da nota
fiscal
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Estoques – Contabilizações de
7 Comércio com IPI, PIS e COFINS
Objetivo
Aprender sobre a incidência dos tributos incidentes sobre compra, IPI,
PIS e COFINS e suas contabilizações.
Além dessa previsão legal, há também outros dois tributos que tiveram
a implementação da não cumulatividade, sendo para o Programa
de Integração Social (PIS), por meio da Lei nº 10.637/02 e para a
Contribuição para Financiamento da Seguridade Social – COFINS),
por meio da Lei nº 10.833/03, são modalidades de tributos que em geral
devem recolher mensalmente ao Governo Federal (RIBEIRO, 2013).
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entidades em decorrência de transações realizadas com elas (RIBEIRO,
2013).
Exemplo 1
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No entanto, caso a compra de mercadorias diretamente da indústria
fosse realizada pelo comércio, não é possível tomar crédito de IPI, por ser
empresa comercial, ou seja, compõe o valor do estoque.
Exemplo 3
Seria o cálculo:
Mercadoria R$ 12.000
Os lançamentos, faz-se:
Exemplo 4:
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= Total da Nota Fiscal R$ 110,00
Exemplo 4:
Mercadoria R$ 100,00 = Valor da Operação
(+) IPI (alíquota de 10%) R$ 10,00 (100 X 10%)
= Total da Nota Fiscal R$ 110,00
ICMS (alíquota de 18%) R$ 18,00 (100 X 18%)
PIS (alíquota de 1,65%) R$ 1,65
COFINS (alíquota de 7,6%) R$ 7,60
Logo, o registro contábil da mercadoria e dos tributos recuperáveis
incidentes sobre a compra de mercadorias, na hipótese de ser à vista, o
pagamento do exemplo 4, seria:
Débito: Estoque - Compra R$ 72,75
Débito: ICMS a Recuperar R$ 18,00
Débito: IPI a Recuperar R$ 10,00
Débito: PIS a Recuperar R$ 1,65
Débito: COFINS a Recuperar R$ 7,60
Crédito: Caixa R$ 110,00
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Caso a compra realizada pela empresa tributada pelo lucro real fosse a
prazo, os registros contábeis seriam:
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Nesta unidade, conhecemos outros tributos que incidem sobre as
operações de mercadoria. Cabe ressaltar que é imprescindível observar o
tipo de regime de tributação que a empresa está e para qual finalidade é
a mercadoria, para pode realizar o registro contábil e dos créditos fiscais
corretamente. Na próxima unidade, vamos estudar os fatos que alteram
os valores das compras.
Dica
Quadro de resumo dos tributos
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Operações que afetam uma
8 compra
Objetivo
Identificar os fatos que alteram os valores das compras e seus devidos
ajustes.
Continuando nossos estudos sobre compras, vamos nos aprofundar nas
transações mercantis que afetam o valor da compra para a sua devida
contabilização.
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imposição de alguma condição por parte da empresa para poder oferecê-
los aos clientes no ato da venda (RIBEIRO, 2013). Mas oferece em
função de outros fatores, tais como, uma grande quantidade adquirida
ou simplesmente por ser uma cliente preferencial. Como se trata de um
desconto ofertado no ato da venda, aparece na nota fiscal. Em caso de
devolução, o valor do desconto é proporcional à operação de devolução
de mercadorias e deve aparecer na nota fiscal de devolução.
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Vamos exemplificar: suponha a compra de mercadorias, a prazo, no valor
de R$ 1.000,00 e juros embutidos pelo fornecedor de R$ 100,00. A
forma de pagamento será em 10 parcelas mensais iguais de R$ 100,00.
A contabilização do fato no dia da compra:
Passivo Circulante
Fornecedores R$ 1.000,00
(-) Ajuste a Valor Presente (R$ 100,00)
Saldo R$ 900,00
Para contabilizar o pagamento da primeira parcela, será preciso calcular
o valor dos juros embutidos em cada parcela, conforme Pronunciamento
Contábil CPC 16. Os juros são calculados em base exponencial “pro rata
dia” este cálculo deve ser feito em calculadoras científicas e aqui vamos
assumir que o valor dos juros embutidos na primeira parcela tenha sido
R$ 10,00. A contabilização do pagamento seria:
Débito: Fornecedor
Crédito: Caixa R$ 100,00
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Venda e Operações que afetam
9 uma venda
Objetivo
Conhecer a principal fonte de receita das empresas e suas operações
que afetam suas vendas.
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O lançamento da baixa do estoque pelo custo da mercadoria vendida:
Débito: Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) (Resultado)
Crédito: Estoque (ativo) R$ 220,00
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Adotemos como exemplo:
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desconto incondicional concedidos é desnecessária, embora nada impeça
que seja contabilizado (RIBEIRO, 2013).
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Juros embutidos nas vendas a prazo
A Lei 6.404/1976, em consonância com as normas internacionais de
contabilidade (IFRS) disciplina que as vendas a prazo classificadas no
passivo não circulante, serão ajustadas ao seu valor presente e as demais
quando houver efeito relevante. Considera-se que ao se contabilizar uma
venda efetuada para recebimento de longo prazo, ou mesmo de curto
prazo, porém com efeitos relevantes para o patrimônio, deve-se expurgar
do montante da referida venda, o valor dos juros cobrados aos clientes.
As taxas de juros são as usuais no mercado, ainda que o vendedor utilize,
em benefício do cliente, taxas menores que as usuais.
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Para contabilizar o recebimento da primeira parcela, será preciso calcular
o valor dos juros embutidos em cada parcela, conforme Pronunciamento
Contábil CPC 16. Os juros são calculados em base exponencial “pro rata
dia” e este cálculo deve ser feito em calculadoras científicas e aqui vamos
assumir que o valor dos juros embutidos na primeira parcela tenha sido
R$ 30,00. A contabilização do pagamento seria:
Débito: Caixa
Crédito: Cliente R$ 500,00
Para a baixa do valor dos juros registrados na conta redutora “Ajuste a
Valor Presente,” para integrá-lo no resultado do exercício atual, temos:
Débito: Ajuste a Valor Presente
Crédito: Receita Financeira R$ 30,00
Nesta unidade, tivemos a oportunidade de estudar os fatos que alteram
os valores de vendas, seu reconhecimento e baixas dos custos das
mercadorias vendidas, percebendo os efeitos que esses ajustes podem
causar. Na unidade 10, vamos estudar sobre os tributos incidentes sobre
as vendas.
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Tributos que incidem sobre venda -
10 ICMS
Objetivo
Identificar os tributos incidentes sobre as vendas e realizar a
contabilização do ICMS.
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O valor do imposto a ser pago pelas empresas é representado pela
diferença entre o imposto incidente nas vendas e o imposto pago na
aquisição de mercadorias que integram o processo produtivo, ou para
serem revendidas pela empresa (IUDÍCIBUS et. al, 2010). Logo, a
empresa antes de repassar ao Governo do Estado a parcela do ICMS
recebida do cliente (constante na nota fiscal de venda), a empresa poderá
compensar, desse total, o valor do ICMS que pagou ao fornecedor
(constante na nota fiscal de compra) por ocasião da compra da
mercadoria que está sendo vendida (RIBEIRO, 2013).
Vamos a um exemplo:
Supondo que determinada empresa tenha adquirido uma quantidade X
de mercadorias de determinado fornecedor, pagando R$ 100,00, com
ICMS incluso no valor de R$ 18,00. Seu fornecedor, ao receber os R$
100,00 deverá repassar R$ 18,00 ao Governo do Estado. Dessa forma, a
empresa pagou ao fornecedor R$100,00, sendo R$ 82,00 correspondente
ao custo das mercadorias adquiridas e R$ 18,00 correspondente ao
ICMS. Agora, a empresa vende todas as X mercadorias a um cliente
por R$ 150,00, com ICMS incluso no valor de R$ 27,00. Dos R$
150,00 que recebeu (receita bruta de vendas), R$ 123 corresponde à
receita líquida de vendas e R$ 27,00, ao ICMS que a empresa deveria
recolher ao Governo Estadual. É isso mesmo, deveria recolher, pois sendo
o ICMS um imposto não cumulativo, a empresa poderá compensar
(abater) desses R$ 27,00 devidos em função da venda das X mercadorias
os R$ 18,00 de ICMS que pagou pelas mesmas X mercadorias quando a
comprou do seu fornecedor. Assim, recolherá ao governo apenas R$ 9,00
(R$ 27 – R$ 18,00).
Podemos então tirar algumas conclusões: o ICMS da compra representa
um direito para sua empresa com o Governo do Estado; o ICMS da
venda representa uma obrigação da sua empresa com o Governo do
Estado. Esses direitos e obrigações com o Governo do Estado podem
ser apurados mensalmente, ao final do mês, em que se somam todos os
valores do ICMS incidentes nas compras e os das vendas, ainda que essas
mercadorias vendidas não correspondam àquelas compradas no mesmo
mês.
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Logo, se o total do ICMS incidente nas compras for superior ao total
do ICMS incidente nas vendas, a diferença representará um direito da
empresa com o Governo Estadual em relação às operações realizadas
naquele mês. Mas, se o valor do ICMS incidente nas vendas for superior
ao valor do ICMS incidente nas compras, a diferença representará uma
obrigação da empresa, devendo o valor da diferença ser recolhido ao
Estado no mês seguinte.
Vamos às contabilizações:
desse total, o valor do ICMS que pagou ao fornecedor (constante na nota
fiscal de compra) por ocasião da compra da mercadoria que está sendo
vendida (RIBEIRO, 2013).
Vamos a um exemplo:
Supondo que determinada empresa tenha adquirido uma quantidade X
de mercadorias de determinado fornecedor, pagando R$ 100,00, com
ICMS incluso no valor de R$ 18,00. Seu fornecedor, ao receber os R$
100,00 deverá repassar R$ 18,00 ao Governo do Estado. Dessa forma, a
empresa pagou ao fornecedor R$100,00, sendo R$ 82,00 correspondente
ao custo das mercadorias adquiridas e R$ 18,00 correspondente ao
ICMS. Agora, a empresa vende todas as X mercadorias a um cliente
por R$ 150,00, com ICMS incluso no valor de R$ 27,00. Dos R$
150,00 que recebeu (receita bruta de vendas), R$ 123 corresponde à
receita líquida de vendas e R$ 27,00, ao ICMS que a empresa deveria
recolher ao Governo Estadual. É isso mesmo, deveria recolher, pois sendo
o ICMS um imposto não cumulativo, a empresa poderá compensar
(abater) desses R$ 27,00 devidos em função da venda das X mercadorias
os R$ 18,00 de ICMS que pagou pelas mesmas X mercadorias quando a
comprou do seu fornecedor. Assim, recolherá ao governo apenas R$ 9,00
(R$ 27 – R$ 18,00).
Podemos então tirar algumas conclusões: o ICMS da compra representa
um direito para sua empresa com o Governo do Estado; o ICMS da
venda representa uma obrigação da sua empresa com o Governo do
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Estado. Esses direitos e obrigações com o Governo do Estado podem
ser apurados mensalmente, ao final do mês, em que se somam todos os
valores do ICMS incidentes nas compras e os das vendas, ainda que essas
mercadorias vendidas não correspondam àquelas compradas no mesmo
mês.
Logo, se o total do ICMS incidente nas compras for superior ao total
do ICMS incidente nas vendas, a diferença representará um direito da
empresa com o Governo Estadual em relação às operações realizadas
naquele mês. Mas, se o valor do ICMS incidente nas vendas for superior
ao valor do ICMS incidente nas compras, a diferença representará uma
obrigação da empresa, devendo o valor da diferença ser recolhido ao
Estado no mês seguinte.
Vamos às contabilizações:
Na conta Compras de Mercadorias, debita-se o valor pago do fornecedor,
diminuindo do ICMS.
Débito: Compras de Mercadoria R$ 82,00
Débito: ICMS a Recuperar R$ 18,00
Crédito: Caixa R$ 100,00
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conta de ICMS a Recolher e creditando-se a conta ICMS a Recuperar,
utilizando sempre o menor saldo entre as duas contas envolvidas.
Débito: ICMS a Recolher
Crédito: ICMS a Recuperar R$ 18,00
Após o lançamento de ajuste, a conta que tinha o menor saldo ficará
“zerada”, e a outra refletirá o resultado do ICMS do mês, que será igual a
direito (saldo devedor na conta ICMS a Recuperar) ou obrigação (saldo
credor na conta ICMS a Recolher).
Veja a posição das contas envolvida em seus respectivos razonetes:
ICMS a Recuperar ICMS a Recolher
18 18 18 27
| Saldo 9
Logo, a empresa teria que recolher ao Governo do Estado o valor de R$
9,00.
Cabe destacar que, em relação ao ICMS nas devoluções de compras
e nas devoluções de vendas, a contabilização desses eventos será feita
invertendo-se os lançamentos originais como se fossem estornos
(RIBEIRO, 2013).
Chegamos ao final de mais uma unidade, complementando nossos
estudos sobre os tributos incidentes sobre as vendas, na qual percebemos
com detalhes a importância de contabilizar corretamente os tributos e
sua compensação. Na próxima unidade, vamos nos aprofundar em outros
tributos que incidem sobre a venda, IPI e ISS.
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Resumo
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Tributos que incidem sobre venda
11 – IPI e ISS e sua relação com o ICMS
Objetivo
Estudar o mecanismo de incidência e contabilização do IPI e ISS e sua
relação com o ICMS.
Na unidade 10, iniciamos o estudo sobre os tributos que incidem
sobre venda e vimos a incidência do ICMS. Nesta unidade, vamos nos
aprofundar na incidência do IPI e do ISS.
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são pagos aos fornecedores, será compensado do valor do IPI incidente
na hora da venda de seus produtos gerados por esses materiais. O mais
comum é a sua apuração mensal (RIBEIRO, 2013).
Vamos ao exemplo para melhor compreensão da contabilização do IPI.
Exemplo: Vamos supor que no mês de dezembro de 2017, determinada
empresa tenha comprado matéria-prima, à vista, da empresa Industrial
X S. A., conforme nota fiscal nº 40, no valor de R$ 2.000,00, como
IPI incidente de R$ 200,00, perfazendo o total da nota fiscal de
R$ 2.200,00. Durante o mês, foram realizadas vendas de produtos,
conforme nº 135 e 136, no valor de R$ 7.000,00, como IPI incidente de
R$ 700,00, perfazendo o total de R$ 7.700,00.
Vamos às contabilizações:
Na conta Compras de Matérias-primas, debita-se o valor pago do
fornecedor, diminuindo do IPI.
Débito: Compras de Matérias-primas R$ 2.000,00
Débito: IPI a Recuperar R$ 200,00
Crédito: Caixa R$ 2.200,00
Já nas vendas, note que, sendo o IPI um imposto por fora, não integra a
receita bruta de vendas (vendas de produtos), mas é lançado na conta IPI
a recolher no Passivo Circulante.
Débito: Caixa R$ 7.700,00
Crédito: Vendas de Produtos R$ 7.000,00
Crédito: IPI a recolher R$ 700,00
No último dia do mês, para apurar o saldo do ICMS, efetua-se
obrigatoriamente o seguinte lançamento de ajuste. Debitando-se sempre
a conta de IPI a Recolher e creditando-se a conta IPI a Recuperar,
utilizando o menor saldo entre as duas contas envolvidas.
Débito: ICMS a Recolher
Crédito: ICMS a Recuperar R$ 200,00
Após o lançamento de ajuste, a conta que tinha o menor saldo ficará
“zerada”, e a outra refletirá o resultado do IPI do mês, que será igual a
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direito (saldo devedor na conta IPI a Recuperar) ou obrigação (saldo
credor na conta IPI a Recolher).
Veja a posição das contas envolvida em seus respectivos razonetes:
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esses deverão ser excluídos do custo de aquisição da mercadoria. No caso,
que a venda de produtos com incidência somente do ICMS, o valor
total da nota fiscal vai corresponder ao valor da receita bruta de vendas.
Na venda de produtos fabricados na indústria e que tiver incidência
do ICMS e do IPI ao mesmo tempo, o valor o ICMS estará incluso no
valor dos produtos, enquanto o IPI é somado ao valor dos produtos para
compor o valor total da nota fiscal (RIBEIRO, 2013).
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Enfim, para que você possa saber em quais situações o ICMS e
o IPI devem ou não integrar o custo de aquisição, é necessário o
acompanhamento frequente das legislações desses tributos para aplicar os
critérios que estiverem em vigor em cada ano.
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Tributos que incidem sobre venda
12 – PIS e COFINS
Objetivo
Estudar o mecanismo de incidência e contabilização do PIS e da
COFINS
Vimos, na unidade anterior, os tributos IPI, ICMS e ISS que incidem
sobre a venda e suas contabilizações. Veremos, também, nesta unidade,
as contribuições PIS/PASEP e a COFINS e seus devidos regimes de
incidência.
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Essas contribuições têm como fato gerador o faturamento mensal da
empresa, assim entendido como o total de receitas auferidas pela pessoa
jurídica, independentemente de sua denominação e ou classificação
contábil (RIBEIRO, 2013). A legislação tributária considera faturamento
a receita bruta. Devem ser excluídos da receita bruta para fins de
determinação de base de cálculo das contribuições, por exemplo: vendas
canceladas, descontos incondicionais concedidos, reversões de provisões
e recuperações de créditos baixados como perda, que não representem
ingresso de novas receitas, entre outros (RIBEIRO, 2013).
Vamos às contabilizações:
No dia 30/04/X1, temos o débito das contas PIS/PASEP e COFINS
sobre o faturamento que são contas redutoras da receita bruta de vendas
e crédito PIS/PASEP e COFINS a recolher, conta credora do Passivo
Circulante.
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Contabilização do PIS/PASEP
Débito: PIS/PASEP sobre Faturamento
Crédito: PIS/PASEP a Recolher (1.000.000 x 0,65%) 6.500,00
Contabilização da COFINS
Débito: COFINS sobre Faturamento
Crédito: COFINS a Recolher (1.000.000 x 3,0%) 30.000,00
Quanto ao recolhimento das contribuições em dinheiro no dia 15/05/
X1, temos.
Débito: PIS/PASEP a Recolher 6.500,00
Débito: COFINS a Recolher 30.000,00
Crédito: Caixa
36.500,00
Já no regime não cumulativo, é disciplinado pela Lei nº 10.637/202
e Lei nº 10.833/2013, e por outros dispositivos legais posteriores que
provocam alterações nessas Leis. Os procedimentos são semelhantes aos
praticados no regime cumulativo, entretanto, além das alíquotas e bases
de cálculos diferentes, as entidades podem compensar do montante das
contribuições devidas, importâncias dos relativos tributos devido por
entidades em decorrência de transações realizadas com elas (RIBEIRO,
2013).
Alíquota neste regime é de 1,65% para PIS/PASEP e para COFINS é
de 7,6%. E sua base de cálculo compreende o total de receitas auferidas
no mês pela Pessoa Jurídica, independentemente de sua denotação ou
classificação contábil (RIBEIRO, 2013). A legislação tributária considera
faturamento a receita bruta. Devem ser excluídos da receita bruta, para
fins de determinação de base de cálculo das contribuições, por exemplo:
vendas canceladas, descontos incondicionais concedidos, reversões de
provisões e recuperações de créditos baixados como perda, que não
representem ingresso de novas receitas, entre outros. Há de se observar
também o reconhecimento a valor presente para os ativos de correntes de
operações de longo prazo (RIBEIRO, 2013).
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Em relação ao direito de compensação, há o direito de descontar do
montate devido, os valores pagos aos fornecedores de mercadorias e de
outros bens e serviços. Para melhor entendimento, vamos exemplificar.
Exemplo
Suponhamos os seguintes fatos ocorridos em determinada empresa
comercial, durante o mês de janeiro de X3, considerando que a empresa
está sujeita ao regime não cumulativo de incidência do PIS/PASEP e
da COFINS, temos: compra de mercadoria, a prazo, no valor de R$
40.000,00, com ICMS incidente no montante de R$ 7.200,00; receitas
auferidas no mês recebida em dinheiro. Vendas de mercadorias de R$
100.000,00 e Receita de Aluguéis de R$ 20.000,00
Pede-se: Contabilize os fatos em partidas de diário e considere que a
receita de vendas sofre tributação do ICMS (18%), do PIS/PASEP
(1,65%) e da COFINS (7,6%) e que a receita de aluguéis sofre
incidência do PIS/PASEP (1,65%) e COFINS (7,6%). E não há saldo a
recuper nas contas respectivas dos tributos e faça os ajustes nas contas de
PIS/PASEP, COFINS e ICMS.
Vamos às contabilizações:
Em 01/X3 temos o lançamento da compra, com os respectivos créditos.
Débito: Estoque de Mercadorias R$ 29.100,00
Débito:ICMS a Recuperar R$ 7.200,00
Débito: PIS/PASEP a Recuperar R$ 660,00
Débito: COFINS a Recuperar R$ 3.040,00
Crédito: Fornecedores R$ 40.000,00
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Débito:ICMS sobre Faturamento
Crédito: ICMS a Recolher (100.000 x 18%) R$ 18.000,00
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Débito: COFINS a Recolher
Crédito: COFINS a Recuperar R$ 3.040,00
Após os lançamentos dos ajustes, as contas representativas de direitos
relativas aos tributos envolvidos ficarão o seguinte: a conta de ICMS a
Recuperar, PIS/PASEP a Recuperar e COFINS a Recuperar ficaram com
saldo igual a zero.
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13 Resultado da Conta Mercadorias
Objetivo
Aprender a apurar o resultado da conta Mercadorias.
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Suponhamos que durante o exercício a empresa Politintas Ltda. tenha
apresentado movimento nas contas cujos saldos finais foram:
Estoque de Mercadorias 50.000
Compra de Mercadorias 170.00
Compras Anuladas 8.000
Vendas de Mercadorias 320.000
Vendas Anuladas 10.000
ICMS sobre Vendas 54.400
PIS sobre Faturamento 2.000
COFINS 6.000
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2ª fórmula
RCM = (V – VA – AV – DIC – ICMS – PIS – COFINS) – CMV
RCM = Resultado da Conta Mercadorias
V = Venda de Mercadorias
VA = Vendas Anuladas
AV = Abatimento sobre Vendas
DIC = Descontos Incondicionais Concedidos
ICMS = ICMS sobre Vendas
PIS = PIS/PASEP sobre Faturamento
COFINS = COFINS sobre Faturamento
CMV = Custo das Mercadorias Vendidas (apurado na 1ª fórmula)
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Para fins didáticos, vamos reconstituir os razonetes das contas envolvidas:
Estoque de Mercadorias Compras e Mercadorias
50.000 170.000
CMV RCM
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Após realizarmos esses quatro lançamentos, concluímos todas as
transferências exigidas pela fórmula do CMV e, tendo transferido tais
valores para os razonetes, apurando da conta CMV seu respectivo saldo
de R$ 92.000,00, temos:
CMV
1 50.000 8.000 3
2 170.000 120.000 4
Soma 220.000 Soma 128.000
S 92.000
CMV RCM
1 50.000 8.000 3 6 72.400 320.000 5
2 170.000 120.000 4 7 92.000
220.000 128.000
S 92.000 92.000 7
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Depois de efetuarmos os 3 lançamentos da fórmula do RCM, temos
condições de apurar o saldo da conta RCM pelo razonete.
RCM
6 72.400 320.000 5
7 92.000
Soma 164.400
155.600 S
Note que após a contabilização das onze contas, do RCM, apenas duas
permanecem com saldos: Estoque de Mercadorias, com saldo devedor de
R$120.000,00, cujo saldo representa o estoque final existente e, a conta
Lucro sobre Vendas, com saldo credor de R$ 155.600,00, representando
o lucro apurado na conta Mercadorias.
Vale destacar que a conta Estoque de Mercadorias é conta patrimonial,
portanto, é conta do Balanço Patrimonial. Já a conta Lucro sobre
Vendas é conta de Resultado e será transferida para a conta Resultado do
Exercício na apuração do resultado Líquido.
Agora vamos estudar o inventário periódico, que conforme vimos, na
contabilidade, teremos pelo menos as seguintes contas: Estoque de
Mercadorias (estoque inicial); Compras ou Compras de Mercadorias;
Fretes e Seguros sobre Compras; Compras Anuladas; Descontos
Incondicionais Obtidos; Vendas ou Vendas de Mercadorias; Vendas
Anuladas e Descontos Incondicionais Concedidos. E as contas que
registram os tributos (ICMS, PIS E COFINS).
Vamos exemplificar para melhor compreensão.
Suponhamos que durante o exercício a empresa Politintas Ltda.
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apresente movimento nas contas a seguir e seus saldos finais foram:
Estoque de Mercadorias ICMS sobre Vendas
630.000 90.000
COFINS
10.000
COFINS RCM
10.000 10.000 2 2 103.000 320.000 1
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3-Transferência do saldo do CMV para a conta RCM:
CMV RCM
300.000 300.000 3 2 103.000 500.000 1
3 300.000
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Perdas Estimadas em
14 Créditos de Liquidação Duvidosa
Objetivo
Aprender a contabilizar e a estimar as Perdas Estimadas para Créditos
de Liquidação Duvidosa (PECLD).
Na unidade anterior, vimos a apuração do resultado e agora vamos
compreender as Perdas Estimadas para Créditos de Liquidação Duvidosa
(PECLD) por meio dos autores Gomes, Santos, & Schmidt (2011),
Ribeiro (2013) e Iudícibus (2010).
www.esab.edu.br 92
somente reconhece perdas efetivas, conforme disciplinas contidas nos
artigos 340 a 343 do RIR/99 (IUDÍCIBUS et. al, 2010).
A constituição das perdas estimadas para créditos de liquidação duvidosa
vai ao encontro do alinhamento das Normas Brasileiras de Contabilidade
com as Normas Internacionais de Contabilidade nas NBCs TGs e
também com a Lei nº 6.404/1976. Essa Lei, no seu art. 183, inciso I,
letra b, estabelece que no Balanço, a conta Clientes ou Duplicatas a
Receber, deve ser apresentado no Ativo Circulante ou Realizável a Longo
Prazo, pelo seu valor original, ajustado ao valor provável de realização,
quando este for inferior.
www.esab.edu.br 93
Primeiro, será contabilizado a perda. A perda é reconhecida como
despesa, esta conta debitada compõe o grupo de Despesa de Vendas,
que juntamente com o saldo das demais contas de despesa do período,
será transferido para a conta de Resultado do Exercício no momento
da apuração do resultado. Em contrapartida, será creditada a conta
PECLD, conta patrimonial que registra o valor do provisionamento para
cobrir os possíveis não recebimentos dos créditos durante o exercício.
Essa conta figurará dentro do Balanço Patrimonial, no Ativo Circulante
como redutora da conta Clientes. Seu lançamento no livro diário será:
Débito: Despesas com Perdas Estimadas para Créditos de Liquidação
Duvidosa (PECLD)
Vamos exemplificar:
Suponhamos que, agora, em abril de X2, depois de esgotados todos
os recursos disponíveis para a cobrança, considerou-se incobrável uma
duplicata no valor de R$ 500,00. Para regularizar, basta realizar o
seguinte lançamento no livro diário:
Débito: Perdas Estimadas para Créditos de Liquidação Duvidosa
(PECLD)
Crédito: Clientes R$ 500,00
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duplicata no valor de R$ 1.000,00. As perdas estimadas, cujo saldo da
conta que as registram, é de R$ 800,00, torna-se insuficiente.
Para regularizar, basta realizar o seguinte lançamento no livro diário:
a) Método da Complementação
Este método consiste em complementar o saldo existente na conta
PECLD, saldo remanescente do exercício anterior, para que se atinja o
novo montante provisionado.
Vamos supor que em 31/12/X3, tenhamos as seguintes informações:
Total a ser provisionado R$ 2.500,00
Saldo remanescente na conta PECLD R$ 2.000,00
Valor a Complementar R$ 500,00
www.esab.edu.br 95
A contabilização no livro diário será:
Débito: Despesas com Perdas Estimadas para Créditos de Liquidação
Duvidosa (PECLD)
Crédito: Perdas Estimadas para Créditos de Liquidação Duvidosa
(PECLD) R$ 500,00
b)Método da Reversão
Este método consiste em contabilizar o novo provisionamento, para isso,
antes deve-se reverter o saldo existente na conta PECLD, provisionado
no exercício anterior e não utilizado totalmente, para uma conta de
receita ou diretamente para a conta de Resultado do Exercício. Após a
reversão, o saldo da conta PECLD ficará zerado e em seguida, faz-se a
contabilização do novo provisionamento.
Vamos supor que em 31/12/X3, tenhamos as seguintes informações:
Total a ser provisionado R$ 2.500,00
Saldo remanescente na conta PECLD R$ 1.000,00
www.esab.edu.br 96
15 Importação de Mercadorias
Objetivo
Compreender a operação de importação de mercadorias pelas
empresas.
Na unidade 14, estudamos sobre as Perdas Estimadas para Créditos de
Liquidação Duvidosa e seus métodos. Nesta unidade, vamos estudar
sobre as importações de mercadorias e como é feito todo o processo.
O processo de importação de mercadorias é a operação na qual uma
empresa sediada no país adquire mercadorias de empresas localizadas em
outros países. As importações envolvem uma série de atividades, como a
contratação de serviços de terceiros, fretes multimodais, financiamentos,
peculiaridades em termos tributários, entre outros (GOMES, SANTOS,
& SCHMIDT, 2011).
Por isso, deve compor o custo das mercadorias vendidas toda despesa
necessária para colocar a mercadoria no estabelecimento do comprador,
e é imprescindível a utilização de uma conta transitória para abrigar
todas essas despesas, até que a mercadoria esteja à disposição dos clientes
na empresa. Essa conta normalmente é denominada importações em
andamento (GOMES, SANTOS, & SCHMIDT, 2011).
É normal as empresas utilizarem os serviços de despachantes aduaneiros
para desembaraçar as mercadorias importadas; os custos desses
honorários também devem integrar o custo da aquisição das mercadorias.
Quando a empresa contrata um despachante aduaneiro, ele cobra
um adiantamento da empresa que inclui normalmente os impostos
incidentes sobre a operação, tais como II, IPI e ICMS, além das despesas
aduaneiras inerentes ao processo de importação (GOMES, SANTOS,
& SCHMIDT, 2011). Esse adiantamento é classificado no Ativo
Circulante.
Vamos exemplificar para melhor compreensão:
Vamos supor que determinada empresa importe 100 unidades de
mercadoria X de outro país para revenda no valor de US$ 5.000, e que o
valor do dólar comercial na data da compra seja R$ 3,30 e o vencimento
da duplicata em 60 dias. O registro contábil da compra será:
Débito: Estoque – Importações em Andamento (US$5.000 x R$ 3,30)
www.esab.edu.br 97
Crédito: Fornecedores estrangeiros R$16.500,00
www.esab.edu.br 98
rodoviário de R$ 245 e honorários do despachante aduaneiro de R$
1.000,00.
Após o recebimento das mercadorias, o saldo da conta importações
em andamento é transferido para a conta Estoque – Importações, seu
registro contábil será:
Débito: Estoque – Importações
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Resumo
www.esab.edu.br 100
receber no exercício seguinte derivados das vendas a prazo realizadas no
exercício atual, tendo em vista a expectativa com a perda decorrente do
não recebimento de parte dos créditos (direitos) por parte dos clientes.
Por fim, na unidade 16, compreendemos a operação de importação de
mercadorias pelas empresas. Esse processo de importação de mercadorias
é a operação na qual uma empresa sediada no país adquire mercadorias
de empresas localizadas em outros países. As importações envolvem uma
série de atividades, como a contratação de serviços de terceiros, fretes
multimodais, financiamentos, peculiaridades em termos tributários, entre
outros.
www.esab.edu.br 101
16 Exportação de Mercadorias
Objetivo
Compreender a operação de exportação de mercadorias pelas
empresas.
Vimos, na unidade 15, a operação de importação de mercadorias e
todas as contabilizações necessárias. Agora, vamos estudar a operação de
exportação de mercadorias pelas empresas e conhecer as atividades que
estão envolvidas.
O processo de exportação de mercadorias é a operação na qual uma
empresa sediada no país revende mercadorias para empresas localizadas
em outros países. As exportações envolvem uma série de atividades, como
contratação de serviços de terceiros, fretes multimodais, financiamentos,
peculiaridades em termos tributários, entre outros (GOMES, SANTOS,
& SCHMIDT, 2011).
As operações de exportações de mercadorias são intermediadas por
instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central a operar câmbio.
Essa instituição financeira, mediante a assinatura de um contrato de
câmbio, receberá o pagamento em moeda estrangeira, em moeda do
país de origem, e repassará ao exportador o valor convertido em moeda
nacional (GOMES, SANTOS, & SCHMIDT, 2011).
Com isso, as exportações de mercadorias realizadas em moeda estrangeira
gera a necessidade de conversão em moeda nacional, pela cotação
cambial da data do embarque no caso da contratação sob condição FOB,
ou na data de sua entrega ao destinatário no caso de contratação sob
condição CIF. Entretanto, se houver variação cambial entre a data da
emissão da nota fiscal e o embarque (FOB) ou a entrega (CIF), deverá
ser emitida uma nota complementar dessa diferença e registrada como
receita de vendas-exportações (GOMES, SANTOS, & SCHMIDT,
2011).
Já os tributos, a maioria das operações de exportações é imune ou isenta
de tributação. Apesar disso, caso haja incidência do imposto, este deve
ser registrado no momento em que é reconhecida a receita (GOMES,
SANTOS, & SCHMIDT, 2011).
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De modo geral as empresas utilizam os serviços de representantes
comerciais no exterior, pagando-lhes uma comissão, essa comissão deve
ser considerada como despesas de vendas.
Cabe destacar que a Constituição Federal /1988 apresenta que o
tratamento fiscal das exportações brasileiras segue a prática mundial e
busca a desoneração dos tributos indiretos sobre as exportações. Dessa
forma, a Constituição Federal de 1988 definiu que não incidem sobre
as exportações brasileiras o IPI (art. 153, §3º, III), o ICMS (art. 155,
§2º, X, “a”) e as Contribuições Sociais e de Intervenção no Domínio
Econômico, tais como o Programa de Integração Social e o Programa
de Formação do Patrimônio do Servidor Público - PIS/PASEP e a
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS
(art. 149, §2º, I). Além de não incidirem sobre o faturamento das
exportações, o exportador mantém o direito ao crédito gerado pela
incidência desses tributos sobre a aquisição dos insumos empregados nos
produtos exportados. Assim, os valores correspondentes a esses tributos
não devem compor o preço do produto final exportado.
Vamos exemplificar para melhor compreensão:
Vamos supor que determinada empresa exporta por US$ 5.000 uma
quantidade de 100 unidades do produto Z, cujo custo é de R$ 6.000,00.
Como o valor do dólar comercial na data da emissão da nota fiscal e
entrega no Porto era de R$ 3,30 e o vencimento da duplicata era de 60
dias, no sistema de inventário permanente o registro contábil da venda
será:
Débito: Clientes – estrangeiros
Crédito: Receita de Vendas – exterior R$ 16.500,00
Débito: CMV
Crédito: Estoque R$ 6.000,00
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Vamos supor que a empresa utilize um representante de vendas no
exterior e que o mesmo receba uma comissão de 5% sobre as vendas, o
valor da apropriação das comissões a serem pagas a prazo será de R$ 825
(16.500 × 5%) e o registro contábil será:
comercial:
Débito: Despesas com comissões – exterior
Crédito: Comissões a pagar – exterior R$ 75,00
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Com essa cotação do dólar, deve-se realizar a atualização monetária das
comissões a pagar, nessa hipótese, será de ($5.000 x 4,00 = 20.000 –
18.000) R$ 2.000 x 5% = 100,00. A contabilização será registrada:
Débito: Variação cambial passiva
Crédito: Comissões a pagar – exterior R$ 100,00
Estudos Complementar
Realizar o estudo do Decreto nº
6.759/2009 que regulamenta a
administração das atividades
aduaneiras, e a fiscalização,
o controle e a tributação das
operações de comércio exterior. Link
para consulta, clique aqui!
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Operações com Pessoal – Folha de
17 pagamentos
Objetivo
Registrar as operações referentes à folha de pagamentos.
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Quanto à contabilização da folha de pagamentos, primeiro temos que
compreender que os empregados recebem seus salários sempre no mês
seguinte ao mês trabalhado. Ou seja, as empresas efetuarão o pagamento
das despesas com salários relativos à folha de pagamento, sempre no mês
seguinte ao da ocorrência dos seus fatos geradores (RIBEIRO, 2013).
Entretanto, o princípio da competência precisa ser atendido, assim
as despesas e as receitas devem ser contabilizadas no momento da
ocorrência de seus fatos geradores (GOMES, SANTOS, & SCHMIDT,
2011; RIBEIRO, 2013).
Em vista disso, a contabilização da folha é realizada em duas etapas:
1º – No último dia do mês, após efetuar os cálculos e elaborar a folha de
pagamentos de salários, a empresa efetuará a contabilização, por meio da
apropriação da despesa incorridas no mês e em contrapartida, o registro
de suas respectivas obrigações.
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Circulante, que representa a obrigação que a empresa terá que recolher,
referente à contribuição dos empregados para com a Previdência Social,
uma vez que esse valor foi retirado de seus salários.
Débito: Salários a pagar
Crédito: Contribuições de previdência recolher R$ 90,00
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terá que depositar o referido valor, no mês seguinte, em conta corrente
bancária vinculada ao nome de cada empregado. Então temos:
FGTS = 8% x Folha de pagamentos
FGTS = 8% x R$ 1.000,00 = R$ 80,00
Sua contabilização será:
Débito: Contribuições para FGTS
Crédito: FGTS a Recolher R$ 80,00
Caixa
910 4
438 5
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Perceba que permanecem abertas, com saldo, as contas que registram as
despesas da empresa: Contribuições de Previdência, Contribuições para
o FGTS e Salários. Essas contam serão encerradas somente no final do
exercício, quando seus saldos forem transferidos para a conta Resultado
do Exercício.
Chegamos ao final de mais uma unidade e aprendemos o conceito
de folha de pagamento de salários e os lançamentos próprios da
contabilidade, os seus fatos geradores das contribuições, contribuições da
empresa e totais recolhidos.
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Folha de pagamentos – Vantagens
18 com salário e hora extra e
Compensações
Objetivo
Identificar e definir as principais vantagens com salários e
compensações.
Vimos, na unidade anterior, a parte inicial da folha de pagamento, no
qual conhecemos o rendimento bruto, a retenção para a Previdência
Social e os encargos sociais mais comuns. Nesta unidade, estudaremos
os principais eventos que ocorrem na folha de pagamento envolvendo os
salários e as suas devidas compensações, com base nos autores Gomes,
Santos e Schmidt (2011).
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Pela jornada de trabalho, o empregado recebe do empregador uma
remuneração, que é sinônimo de salário, de acordo com a CLT em
seu art. 457, e dispõe que integram a remuneração do empregado, para
todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo
empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber;
logo, a remuneração é composta por adicionais noturnos, mais horas
extras, prêmios, enfim, complementos salariais pagos com habitualidade
(GOMES, SANTOS, & SCHMIDT, 2011; RIBEIRO, 2013).
Assim, pode-se definir salário como a parte fixa da remuneração,
recebida pelo empregado em contrapartida de sua prestação de serviço ao
empregador, sendo inadmissível sua redução, conforme dispõe o art. 7º,
VI, da Constituição Federal/1988, exceto se disposto em convenção ou
acordo coletivo.
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duas por dia, mediante acordo escrito entre empregador e empregado, ou
mediante contrato coletivo de trabalho.
Em função disso, as horas extras habituais integram a remuneração
dos empregados para todos os fins, inclusive Descansos Semanais
Remunerados (DSRs) e FGTS. Para calcular o valor das horas extras, é
preciso observar o que a Convenção Coletiva de Trabalho da categoria
em questão estipula a respeito da remuneração das horas extras ou
extraordinárias.
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O valor então da hora extra remunerada em 50%, acima da hora normal,
será a hora normal mais a hora extra, será: 1,82 + 0,91 = 2,73. De tal
modo, para obter o valor das horas extras de determinado período, deve-
se multiplicar o valor de uma hora extra pelo número de horas extras
realizadas no período.
Em suma, o cálculo:
Valor da hora normal = R$ 400,00 / 220 = R$ 1,82 +(50% x 1,82) =
2,73
Total das horas extras = 2,73 x 80 =218,40
Valor do Repouso remunerado sobre horas extras = 218,40/ 24 x 6 = R$
54,60
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esses acordos prescindem da participação da entidade de classe para que
tenham validade.
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Folha de pagamentos – Vantagens
19 com Gratificações, Comissões e
Férias
Objetivo
Compreender as vantagens sobre as Gratificações, Comissões e Férias
e suas contabilizações.
Na unidade anterior, vimos a vantagem salarial e a regulamentação da
hora extra e do descanso semanal remunerado. Nessa unidade, vamos dar
continuidade ao estudo das vantagens sendo das gratificações, comissões
e férias, conforme o autor Gomes, Santos e Schmidt (2011) e Ribeiro
(2013).
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percentual do produto das vendas por ele intermediadas e livremente
ajustadas (GOMES, SANTOS, & SCHMIDT, 2011).
Todavia, é sempre assegurada ao funcionário a percepção de no mínimo
um salário-mínimo ou salário normativo da categoria profissional.
A base legal é a Lei nº 3.207/1957, que estabelece as regras para
os vendedores pracistas e viajantes comissionados, a exemplo da
periodicidade dos pagamentos e dos critérios para os negócios não
concluídos. Tento o trabalhador, embora laborando em serviço externo,
realizado horas extras e comprovando-as, tem direito ao pagamento das
respectivas horas extras com base em suas comissões, conforme dispõe o
Enunciado no 340 do TST.
Outro ponto importante é o que trata a Súmula 201 do STF, que diz
que não é devida a remuneração do repouso semanal e dos feriados ao
empregado remunerado mediante comissão, ainda que pracista.
Para exemplificar, vamos supor que a despesa com comissão sobre vendas
de determinada empresa, com base nos dados que constam na sua folha
de pagamento a ser paga no mês seguinte, no valor de R$ 450,00, será
contabilizada da seguinte forma:
Débito: Despesa com comissões
Crédito: Salários a pagar R$ 450,00
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Desse modo, a empresa pode constituir, mensalmente, uma provisão de
férias, por ocasião da apropriação dos demais encargos com a folha de
pagamento ou no final do ano, por ocasião do levantamento do balanço
anual. (GOMES, SANTOS, & SCHMIDT, 2011).
A previsão legal das férias anuais está nos arts. 129 a 153 da CLT.
Segundo os referidos dispositivos, todo o empregado terá direito a férias
anualmente, sem prejuízo da remuneração. Também define em seu art.
130 da CLT o período aquisitivo cada período de 12 meses de vigência
do contrato de trabalho, ou seja, o empregado trabalha 12 meses para
depois ter direito às férias (GOMES, SANTOS, & SCHMIDT, 2011).
O número de dias de férias a que faz jus o empregado depende do
número de faltas ao serviço durante o período aquisitivo, conforme
a espécie de tabela de dias de férias para os empregados que faltarem
injustificadamente ao serviço apresentada no art. 130 da CLT. No
entanto, existem faltas que não ensejam descontos ou cômputo para as
férias, a exemplo das relativas ao alistamento militar, falecimento em
família, nascimento de filho entre outros, conforme dispõe o art. 131 da
CLT. O que pode ser ampliado pelas Convenções coletivas (GOMES,
SANTOS, & SCHMIDT, 2011).
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2) Cálculo da remuneração das férias a ser apropriado:
Os cálculos:
Contribuição da Previdência = 26,8 % de R$ 8.000,00 = R$ 2.144,00
FGTS = 8% de R$ 8.000,00 = R$ 640,00
Débito: FGTS
Crédito: FGTS sobre Férias a Recolher R$ 640,00
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Quando a empresa efetuar o pagamento das férias aos seus empregados
e recolher os seus respectivos encargos, no exercício seguinte, deverá
também dar baixa nas contas de obrigações (Férias a Pagar, Contribuição
da Previdência sobre férias a recolher e FGTS sobre Férias a Recolher),
até o limite máximo dos saldos dessas obrigações.
Logo, se os saldos dessas contas de obrigações forem insuficientes, as
diferenças serão contabilizadas a débitos em suas despesas operacionais
respectivas, no entanto, se houver saldos remanescentes nas contas das
obrigações respectivamente, esses saldos serão revertidos como receitas.
Débito: FGTS
Crédito: FGTS sobre Férias a Recolher R$ 177,78
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Cabe ressaltar que o valor das férias a ser pago aos empregados no
momento em que eles entrarem em gozo do período a que tiverem
direito é pago com base no salário do referido mês, logo, havendo
reajuste salarial ou outros motivos que alterem o valor do salário, será
preciso atualizar os montantes acumulados nas contas Férias.
Na vida prática, para que a apropriação seja efetuada por valores mais
exatos, o setor responsável pelo pessoal, RH, deverá elaborar mapas com
os cálculos das férias a que cada empregado teve direito no respectivo
mês.
E por fim, ressalto que a apropriação anual das férias e encargos são
obrigatórias, entretanto, as mensais não são, embora tecnicamente
necessárias.
Chegamos ao final de mais uma unidade e estudamos as vantagens sobre
as gratificações que é um ato não obrigatório, as comissões que é um
a remuneração variável dos vendedores, mas também pode ser a única
forma de remuneração do trabalho, no entanto, não pode ser menor
que um salário-mínimo. E as férias que tem seu período aquisitivo a
cada 12 meses de vidência do contrato de trabalho. Na próxima unidade
estudaremos as vantagens sobre o décimo terceiro salário.
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Folha de pagamentos – Vantagens
20 de décimo terceiro salário
Objetivo
Compreender as vantagens sobre o décimo terceiro salário.
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Outro ponto a destacar é que as faltas legais ou justificadas não
influenciam no décimo terceiro salário, de acordo com a Lei nº
4.090/62, art. 2º. No entanto, as faltas injustificadas devem ser
analisadas mensalmente, de modo a verificar se o empregado trabalhou
15 dias, ou não. Retiram o direito do empregado de receber o décimo
terceiro salário, os afastamentos superiores a 15 dias no mês, por motivo
de auxílio doença.
A legislação do imposto de renda (RIR/1999), art. 338, reconhece como
dedutível os gastos com décimo terceiro salário e encargos apropriados
mensalmente.
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Débito: Décimo Terceiro Salário
Crédito: Décimo Terceiro Salário a Pagar R$ 10.000,00
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• Décimo Terceiro Salário a Pagar = R$ 30.000,00
• Contribuição da Previdência sobre o Décimo Terceiro Salário a
Recolher = R$ 8.040,00
• FGTS sobre Décimo Terceiro Salário a Recolher = R$ 2.400,00
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mesma forma que os lançamentos do mês de janeiro e já será com seus
valores devidamente atualizados.
Em relação ao adiantamento por conta do décimo terceiro salário,
conforme já foi dito, a primeira parcela pode ser paga ao trabalhador
por ocasião de suas férias ou até o dia 30 de novembro, devendo ser
contabilizada assim:
Débito: Adiantamento de Décimo Terceiro Salário
Crédito: Caixa ou Bancos R$
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Crédito: Contribuição da Previdência a Recolher R$
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Resumo
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liberalidades do empregador que pretende reconhecer o empregado
por ocasião das festas de fim de ano, ou motivo que julgar relevante.
As comissões são registradas pela rubrica da remuneração variável dos
vendedores de empresas, que paga a título de comissões sobre vendas.
A comissão é a modalidade de salário na qual o empregado recebe um
percentual do produto das vendas por ele intermediadas e livremente
ajustadas. E as férias, estas correspondem aos salários equivalentes ao
período de férias dos funcionários.
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Folha de pagamentos – Vantagens
do salário-maternidade, salário-
21 família e Diárias de viagem e
ajudas de custos.
Objetivo
Compreender as vantagens de salário-maternidade, salário-família e
Diárias de viagem e ajuda de custos.
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Cabe ressaltar que, o período de afastamento para o parto de 120 dias
não se confunde com a estabilidade da gestante, já que o afastamento de
120 dias se denomina licença à gestante nos termos do art. 7º, XVIII, da
CF e a estabilidade é o período estabilitário, no qual não pode ocorrer
despedida arbitrária ou sem justa causa da empregada gestante é desde a
confirmação da gravidez até cinco meses após o parto.
Logo, em função de que o salário-maternidade é administrado
diretamente pela Previdência Social, não há registro contábil na empresa.
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pelo empregado, conforme dispõe o § 2º do art. 457 da CLT (GOMES,
SANTOS, & SCHMIDT, 2011).
Um ponto importante a ser destacado quanto ao fato de se incluir ou
não no salário a diária de viagem é do ponto de vista das contribuições
para o INSS e FGTS, pois se as mesmas forem superiores a 50% do
salário recebido pelo empregado, irão compor a base de cálculo do INSS
e do FGTS, caso contrário, não compõe essas bases de cálculo (GOMES,
SANTOS, & SCHMIDT, 2011).
Caso venha compor o salário por ultrapassar a 50% do salário recebido
pelo empregado, o desconto incidirá sobre a totalidade das diárias de
viagem e não apenas pelo que excedeu, conforme Enunciado no 101, do
TST.
Quanto ao registro contábil das diárias de viagem, supondo que em
determinado mês seu valor seja de $ 200, ele será registrado assim:
Débito: Despesas com diárias de viagem
Crédito: Salários a pagar
R$ 200,00
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Folha de pagamentos – Vantagens
22 com os Adicionais: Insalubridade,
Periculosidade e Noturno.
Objetivo
Compreender o adicional de Insalubridade, Periculosidade e Noturno.
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valores diferenciados, como é o caso, por exemplo, dos odontologistas
que possuem insalubridade de 60%.
Quanto à avalição ambiental no local de trabalho, a empresa deve definir
as condições desfavoráveis, consideradas não saudáveis aos trabalhadores,
logo, insalubres. Deve criar medidas com o objetivo de eliminar
ou neutralizar a insalubridade, fornecer equipamentos de proteção
individuais aos trabalhadores, controlando-os por meio de recibo e
substituindo-os sempre que necessário. Deve, ainda, cobrar a utilização
dos mecanismos protetores, punindo os infratores (GOMES, SANTOS,
& SCHMIDT, 2011).
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Quando houver horas extras, o cálculo do adicional de insalubridade é o
mesmo, pois ele incide sobre o salário-mínimo vigente no período. No
entanto, o valor das horas extras, terá como base de cálculo o resultado
da soma do salário contratual, mais o adicional de insalubridade, de
acordo com a orientação jurisprudencial da SDI-I do TST nº 47.
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Os trabalhadores urbanos têm como horário considerado noturno o
compreendido entre às vinte e duas horas de um dia e às cinco horas do
dia seguinte, conforme dispõe o § 2º do art. 73 da CLT. Desse modo,
terá o trabalhador direito ao adicional de 20% sobre o valor de sua hora
normal, de acordo com o caput do art. 73 da CLT.
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Cabe ressaltar que, caso o empregado urbano venha a realizar hora extra
noturna, seu valor será calculado, de acordo com o cálculo do:
Valor da hora normal x 1,20 x 60/52,5 x 1,50 = 1,00 x 1,20 x 60/52,5 x
1,50 = 2,057143
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Folha de pagamentos – Descontos
23 INSS
Objetivo
Estudar o encargo de contribuição de previdência – INSS.
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A porcentagem (alíquota) para a contribuição de desconto de INSS pode
variar de 8% a 11%, aplicada sobre o salário de contribuição e depende
da faixa salarial, que é fixada periodicamente pela Previdência Social
(RIBEIRO, 2013).
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• 1%, 2% ou 3% do total das remunerações pagas devidas ou
creditadas, no decorrer do mês, de segurados empregados, trabalhadores
avulsos e contribuintes individuais, para financiamento da aposentadoria
especial. Logo, é
www.esab.edu.br 140
Finalmente, quando do recolhimento do INSS, o pagamento em
dinheiro será (R$ 2.680,00 + R$ 800,00):
Débito: INSS a Recolher
Crédito: Caixa R$ 3.780,00
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Folha de pagamentos – Descontos
24 IRRF e FGTS
Objetivo
Entender os descontos de IRRF e FGTS e suas contabilizações.
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Finalmente, quando o recolhimento do FGTS, a contabilização,
supondo o pagamento em dinheiro, será:
Débito: FGTS a Recolher
Crédito: Caixa R$ 1.200,00
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Para exemplificar os cálculos, vamos supor que o salário bruto de um
trabalhador tenha sido de R$ 3.000,00 e que o valor da contribuição
de Previdência retido tenha sido igual a R$ 330,00. A alíquota para a
referida faixa salarial é 7,5% e a parcela a deduzir de R$ 142,80. Sabendo
que esse trabalhador possui um dependente e que a quota permitida seja
de R$ 189,59, o cálculo de IRRF será:
Estudo Complementar
Estudar a Lei nº 8.036/90 que
dispõe sobre o Fundo de Garantia
do Tempo de Serviço e trata dentre
vários dispositivos sobre a alíquota
diferenciada dos contratos de
aprendizagem que terão a alíquota
reduzida para 2%. Clique aqui!
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Finalizamos mais uma unidade e nela aprendemos a realizar o cálculo
do INSS e do IRRF, bem como realizar as contabilizações quando da
apropriação da folha de pagamento e também no momento que esses
são recolhidos, por meio de exemplos para melhor aprendizagem do
conteúdo.
Na próxima unidade, iremos estudar sobre a participação dos
empregados no Vale transporte e Alimentação.
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Folha de pagamentos –
25 Participação dos Empregados no
Vale transporte e na Alimentação
Objetivo
Entender a participação dos empregados no fornecimento de Vale
transporte e o programa de alimentação ao trabalhador.
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Estará a empresa desobrigada de fornecer vale transporte, caso
proporcione aos empregados, por meio próprio ou contratado, veículo
adequados ao transporte coletivo.
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E quando a empresa efetuar o pagamento da alimentação junto ao
fornecedor deste, vamos supor que tenha sido adquirida à vista, dinheiro,
no valor de R$ 2.000,00, o registro contábil deverá ser:
Débito: Despesa com Alimentação
Crédito: Caixa R$ 2.000,00
Estudo Complementar
O e-Social (Sistema de escrituração digital das
obrigações fiscais, previdenciárias e trabalhistas) é o
sistema, por meio do qual os empregadores passarão
a comunicar-se ao Governo, de forma unificada,
as informações relativas aos trabalhadores, como
vínculos, contribuições previdenciárias, folha de
pagamento, comunicações de acidente de trabalho,
aviso prévio, escriturações fiscais e informações sobre
o FGTS. Sua implantação será a partir de 2018,
seguindo o Comitê Gestor do e-Social, que divulgou
o cronograma de implantação do programa, que
será implantado em cinco fases a partir do primeiro
semestre de 2018. Nesta etapa, a medida é voltada
para empresas com faturamento superior a R$ 78
milhões anuais, que passam ter a utilização obrigatória
do programa a partir de 8 de janeiro de 2018.
Esse grupo representa 13.707 mil empresas e cerca
de 15 milhões de trabalhadores, o que representa
aproximadamente 1/3 do total de trabalhadores do
país.
Para conhecer mais sobre o e-Social, leia o Decreto nº
8.373/2014, disponível aqui!
www.esab.edu.br 148
Caro aluno, chegamos ao final dessa unidade e aprendemos sobre as
participações dos empregados no vale transporte e da participação dos
empregados na alimentação. Vimos o quanto cada parte envolvida
contribui e suas contabilizações no momento exigido pelo regime de
competência. Assim, finalizamos os descontos e participações incidentes
sobre a folha de pagamentos, no entanto, pode na prática a empresa está
obrigada a outros descontos.
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Resumo
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pagamentos tem além das despesas com salário, outros encargos, como
a contribuição previdenciária descontada de cada funcionário e a parte
patronal.
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26 Pró-labore
Objetivo
Conhecer a remuneração paga aos titulares ou sócios das empresas.
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• Encargos da empresa sobre o pró-labore: é obrigatório contribuir
para a previdência, o correspondente a 20% sobre o valor bruto do pró-
labore. Quanto ao FGTS, o recolhimento é facultativo.
Contabilização
1) a apropriação do pró-labore no último dia de setembro
Débito: Pró-labore
Crédito: Pró-labore a Pagar R$ 10.000,00
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2) Retenções sobre a folha de pró-labore
Débito: Pró-labore a pagar R$ 2.226,61
Crédito: Contribuição de Previdência a Recolher R$ 621,03
Crédito: IRRF a Recolher R$ 1.605,58
3) Apropriação da contribuição da previdência - encargo da empresa
Débito: Contribuição de Previdência
Crédito: Contribuição de Previdência a Recolher (10.000 x 20%)
R$ 2.000,00
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27 Ativo Imobilizado
Objetivo
Conhecer os conceitos de Ativo Imobilizado.
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benefícios e assuma os riscos proporcionados por ele em suas operações,
reconhecendo, assim, em seu balanço, mesmo que não detendo sua
propriedade jurídica (IUDÍCIBUS et. al, 2010).
O imobilizado deve ter contas para cada classe principal de ativo, para o
registro de seu custo, que por sua vez, no Plano de Contas poderão ser
agrupadas como segue:
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c) Imobilizado Objeto de Arrendamento Mercantil - composto
por contas representativas de bens corpóreos arrendados de terceiros.
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Assim, a NBC TG 27 complementa que o reconhecimento dos custos no
valor contábil de um item do ativo imobilizado cessa, quando o item está
no local e nas condições operacionais pretendidas pela administração.
Outro ponto importante da NBC TG 27, item 23, é que o custo de
um item de ativo imobilizado é equivalente ao preço à vista na data do
reconhecimento. Se o prazo de pagamento excede os prazos normais
de crédito, a diferença entre o preço equivalente à vista e o total dos
pagamentos deve ser reconhecida como despesa com juros durante o
período, ou seja, ajuste a valor presente.
Assim, o NBC TG 27, no item 29, apresenta que quando a opção pelo
método de reavaliação for permitida por lei, a entidade deve optar pelo
método de custo do item 30 ou pelo método de reavaliação do item 31,
como sua política contábil e deve aplicar essa política a uma classe inteira
de ativos imobilizados. São esses métodos:
Método do custo
30. Após o reconhecimento como ativo, um item do ativo imobilizado
deve ser apresentado ao custo menos qualquer depreciação e perda por
redução ao valor recuperável acumulados (NBC TG 01).
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Método da reavaliação
31. Após o reconhecimento como um ativo, o item do ativo
imobilizado cujo valor justo possa ser mensurado confiavelmente
pode ser apresentado, se permitido por lei, pelo seu valor reavaliado,
correspondente ao seu valor justo à data da reavaliação menos qualquer
depreciação e perda por redução ao valor recuperável acumulado
subsequente. A reavaliação deve ser realizada com suficiente regularidade,
para assegurar que o valor contábil do ativo não apresente divergência
relevante em relação ao seu valor justo na data do balanço.
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28 Depreciação
Objetivo
Conhecer a sistemática do valor depreciável de um bem.
O ativo possui uma vida útil, que é o período de tempo durante o qual
a entidade espera utilizá-lo, ou ainda, pelo número de unidades de
produção ou de unidades semelhantes que a entidade espera obter pela
utilização do ativo (NBC TG 27).
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consumo durável, pois não se desgastam no primeiro uso. Logo, se a
empresa adquire um bem de duração inferior a um ano, este deve ser
contabilizado diretamente para a despesa operacional, na data em que foi
adquirido.
Todavia, cada um dos bens de consumo durável que será usado pela
empresa para desenvolver suas atividades normais por vários anos
será depreciado ao longo do tempo de vida útil estimado para esse
bem, permitindo que o valor gasto na sua aquisição ou fabricação seja
distribuído proporcionalmente, objetivando compor o custo ou valor das
despesas dos exercícios durante os quais esse bem foi utilizado na geração
de riquezas (RIBEIRO, 2013).
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A Lei nº 6.404/76 art. 183 §3º estabelece que as empresas deverão
efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação dos valores
registrados no Imobilizado e no Intangível, a fim de que sejam:
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e) limites legais ou semelhantes no uso do ativo, tais como as datas de
término dos contratos de arrendamento mercantil relativos ao ativo.
Em relação a sua vida útil e a taxa de depreciação, temos que o tempo
de vida útil de um bem é o período durante o qual seja possível a sua
utilização econômica, na produção de seus rendimentos. Todavia, este
tempo é determinado em função do prazo em que o bem apresenta
capacidade de gerar riquezas. A taxa de depreciação corresponde a um
percentual fixado em função do tempo de vida útil do bem. O resultado
da aplicação da taxa sobre o valor depreciável do bem é o valor da
depreciação, que se denomina quota de depreciação (RIBEIRO, 2013).
Para tanto, temos a estimativa fiscal e o critério contábil para apurar a
depreciação. Pela estimativa fiscal temos uma taxa de depreciação fixada
pela Secretaria da Receita Federal (SRF) em função da vida útil do bem
e conforme a Instrução Normativa da SRF nº 130/99, as principais taxas
de depreciação de uso mais comuns são:
Bens Prazo Taxa
Veículos 5 anos 20% a.a.
Móveis e Utensílios 10 anos 10% a.a.
Software 5 anos 20% a.a.
Computadores e Periféricos 5 anos 20% a.a.
Prédios (em uso) 25 anos 4% a.a.
Máquinas e Equipamentos 10 anos 10% a.a.
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Métodos de depreciação
O método de depreciação adotado deve refletir o padrão de consumo
pela entidade dos benefícios econômicos futuros (Item 60 da NBC TG
27).
Existem vários métodos de depreciação que podem ser utilizados para
apropriar de forma sistemática o valor depreciável de um ativo ao longo
da sua vida útil. Vamos ver os mais expressivos:
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da depreciação nesta hipótese será de R$ 83,33 (1.000,00/12) e será
registrado mensalmente assim:
Débito: Despesas com Depreciação
Crédito: Depreciação Acumulada do Bem X
R$ 83,33
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Pede-se: calcular a taxa de depreciação do segundo ano, considerando o
método da soma dos algarismos dos anos pela taxa crescente.
2º ano = 2 de 100% = 20% x 30.000 = R$ 6.000,00
10
Dica
Passo a passo para calcular a depreciação pelo
método da linha reta
1) Pegue o valor de aquisição.
2) Encontre o valor residual. Se não falar nada, é igual a
zero.
3) Faça a diferença entre o valor de aquisição e o valor
residual e encontrará o chamado valor depreciável.
4) Encontre a vida útil (em meses ou anos, geralmente).
5) Divida o valor depreciável pela vida útil
6) Você encontrará o valor da depreciação.
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Estudo Complementar
Segundo a NBC TG 01, a entidade somente deve
manter seu ativo, contas representativas de bens e
direitos registrados por valores que não excedam seus
valores de recuperação. Logo, a entidade deve avaliar
ao fim de cada período, se há alguma indicação de que
um ativo possa ter sofrido desvalorização. Se houver
alguma indicação, a entidade deve estimar o valor
recuperável do ativo e reconhecer essa desvalorização
no respectivo exercício. Para conhecer mais sobre o
Teste de Recuperabilidade, faça a leitura da NBC TG
01. Clique aqui!
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29 Amortização
Objetivo
Conhecer a sistemática do valor amortizável de bens imateriais.
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No caso do ativo intangível, a entidade deve avaliar se sua vida útil é
definida ou indefinida. No primeiro caso, a duração ou o volume de
produção ou unidades semelhantes que formam essa vida útil (Item 88
da NBC TG 04).
Método de Amortização
O valor amortizável de ativo intangível com vida útil definida deve ser
apropriado de forma sistemática ao longo da sua vida útil estimada.
A amortização deve ser iniciada a partir do momento em que o ativo
estiver disponível para uso, ou seja, quando se encontrar no local e nas
condições necessários para que possa funcionar da maneira pretendida
pela empresa. A amortização deve cessar na data em que o ativo é
classificado como mantido para venda ou incluído em um grupo de
ativos classificado como mantido para venda de acordo com a NBC TG
31, ou, ainda, na data em que ele é baixado, o que ocorrer primeiro.
O método de amortização adotado reflete o padrão de consumo pela
entidade dos benefícios econômicos futuros (NBC TG 04).
Com isso, vários métodos de amortização podem ser utilizados para
apropriar de forma sistemática o valor amortizável de um bem imaterial,
com vida útil definida, ao longo de sua vida útil estimada. Os métodos
lineares e da soma dos algarismos dos anos, entre outros, aplicam-se
também aos bens imateriais com vida útil definida. Os bens imateriais
com vida útil indefinida, não estão sujeitos à amortização; entretanto,
deve-se aplicar o teste de recuperabilidade ao final de cada exercício para
que o valor contábil seja ou não revisado (RIBEIRO, 2013).
Outro ponto importante é destacar o que estabelece a Lei nº
6.404/76, art. 3º, § 3º, que dispõe que as empresas deverão efetuar,
periodicamente, análise sobre a recuperação também dos bens intangíveis
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com vida útil definida, para que sejam revisados e ajustados os critérios
utilizados para determinação da vida útil econômica estimada e
para o cálculo da respectiva amortização. Destaca-se também que, se não
for possível determinar esse padrão com confiabilidade, deve ser utilizado
o método linear (NBC TG 04).
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A vida útil = 10 anos ou 10% a.a.
Já na contabilização, temos:
Débito: Amortização
Crédito: Amortização Acumulada R$ 2.000,00
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30 Exaustão
Objetivo
Conhecer a sistemática do valor exaurível de recursos minerais.
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Vamos supor que o prazo de concessão de uma determinada mina de
carvão seja de oito anos. Neste caso, a taxa de depreciação a ser calculada
sobre os gastos efetuados pela obtenção do direito de exploração será:
100%
= 12,5% a.a.
8 anos
Débito: Exaustão
Crédito: Exaustão Acumulada R$ 10.000,00
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Temos então, um débito na conta exaustão, que é conta de despesa ou
custo do período. E na conta creditada (Exaustão Acumulada), é uma
conta Patrimonial e receberá anualmente o valor das quotas de exaustão
até atingir 100% do valor exaurível.
A quota da exaustão:
R$ 200.000 x 15
= R$ 30.000,00
100
A contabilização será:
Débito: Exaustão
Crédito: Exaustão Acumulada R$ 30.000,00
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a exaustão de recursos minerais e os métodos utilizados para o cálculo
da quota de exaustão. Reforço que o conteúdo será prosseguido na
disciplina Contabilidade Intermediária II. Chegamos ao final de nossos
estudos.
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Resumo
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Glossário
Ativo Circulante
Representa os valores que serão transformados em dinheiro, consumidos
ou vendidos em curto prazo. R
Bens
Coisas úteis de que dispõe uma pessoa física ou jurídica para atingir seus
fins. Os bens podem ser classificados em: tangíveis, intangíveis, móveis
ou imóveis. R
Bens de uso
Representam os bens de propriedade da empresa e que não possuem a
intenção de venda, ou seja, são direcionados para o uso da empresa. R
Circulante
Recursos em giro na empresa, normalmente em movimentação de até 12
meses. R
CIF
Cost, Insurance and Freight - frete e o seguro são pagos pelo
fornecedor. R
Crédito
Origem do recurso. R
Custo
Gasto com a aquisição de bens ou serviços para transformação em outro
bem ou serviço. R
Débito
Aplicação do recurso.R
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EFD
Escrituração Fiscal Digital R
Exercício
Período de tempo que gerou os lucros. R
Fisco
Representa o governo (federal, estadual ou municipal) que regulamenta e
cobra tributos. R
FOB
Free On Board - o comprador assume todos os riscos e custos com o
transporte da mercadoria, assim que ela é colocada a bordo do navio. R
Livro Diário
É um livro contábil de preenchimento obrigatório (exigido por lei) e de
maior importância, onde são lançadas as operações DIÁRIAS de uma
empresa. R
Lucro Real
É a regra geral para a apuração do Imposto de Renda (IRPJ) e da
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) da pessoa jurídica. R
Obrigação
Dívidas, compromissos financeiros assumidos. R
Não Circulante
São os recursos que giram na empresa em longo prazo. R
Obrigações
Valores que a empresa tem a pagar para terceiros. R
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Passivo Circulante
Compreende as obrigações que serão liquidadas em curto prazo. R
Patrimônio
Bens, direitos e obrigações. R
Pessoa Jurídica
Ser abstrato constituído legalmente por um contrato, formalizado por
duas ou mais pessoas. R
Receita
Representa o faturamento da empresa (venda de bens ou serviços). R
Resultado
Lucro ou prejuízo de um determinado período. R
RIR/99
Decreto nº 3.000/1999. Regulamenta a tributação, fiscalização,
arrecadação e administração do Imposto sobre a Renda e Proventos de
Qualquer Natureza. R
Sped
Sistema Público de Escrituração Digital R
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Referências
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