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PÁGINA ENTENDIMENTO
8/9 O livro inicia-se com um a cit ação em que se ret rat a a gigant e diferença ent re
natural pensaram cont emplar o paraíso e nom earam os diversos lugares a que
chegavam bat izando assim a t erra ant es dos seus habit ant es, e nom eando a
Dessa form a, pela “ port a dos fundos” ent raram os índios na Hist ória do
M undo. A consideração desses seres descobert os com o homens at est ados pela
sant idade Papal, gera um a nova quest ão – de onde vieram t ais homens – Seriam
Ou vieram esses a deriva? Est as quest ões foram debat idas por anos e at é hoje
ainda não foram por com plet as respondidas, se houveram diversas rot as de
penet ração, ou som ent e pelo est reit o de Bering e ainda quando a fizeram?
PÁGINA ENTENDIMENTO
28 / 29 São diversos os relat os sobre os índios firmadas no século XVI, na lit erat ura,
fundament alm ent e form ada pelos grupos de língua Tupi e Guarani. Como
cont raponto há a figura do Aimoré, Ouet eca, Tapuia, aqueles que os Tupis
acusavam de barbárie.
PRIM EIROS OLHARES – Nos primeiros 50 anos de cont ato o Brasil passou
poesia de Camões no ultimo canto dos Lusíadas quat ro versos sobre o pau-
brasil, só em 1570 que Gandavo escreve obras que incent ivam invest im ent os e
a imigração para o Brasil. O int eresse português est ava concent rado nas índias
habit ant es por cart as enviadas por Am érico Vespúcio a Lourenço de M édici.
M undo como gent e sem crença, inocent e e dócil para convencer os reis
cat ólicos da facilidade do dom ínio das t erras fért eis e ricas em ouro e
esp eciarias.
a progressiva descobert a de habit antes. Como Colombo à prim eira vist a relat a
que os índios vão nus e imberbes, no m ais se engraça sem vergonha pelas
candura e ingenuidade com ercial dos índios quando os port ugueses t inham
31 Na visão de Cam inha os índios não eram domest icados e não sabiam
m anipular plantas e anim ais, cogit ava que não t inham nem casa. Essa ideia t ão
fort e não lhe perm it iu ver as redes, jangadas e a agricult ura indígena. Para
Cam inha eram selvagens por não t erem chefe e nem crença, com para os índios
relat a que passou 27 dias comendo e dorm indo em m eio aos “ anim ais
racionais” desse Novo M undo, é ele quem complet a o invent ário básico e cunha
o t erm o índios. Ret rata aqui pela prim eira vez a ant ropofagia, e não os toma
m ais como t ão ingênuos, pois vivem em guerra com seus inim igos, por razões
m ist eriosas, por não dem arcarem t erras e não cobiçarem escravos, por
m odo que a ant ropofagia não é alim ent ar, mas pelo m esm o mot ivo.
longevidade dos índios, est es cont avam o t empo por ciclos lunares e para
dem onst rar a sua idade usavam pedras, onde um velho índio sinalizou t er 1700
Com pequenos acréscimos Vespúcio reproduz Cam inha e fala que os índios
não tinham lei, nem fé, nem rei, e que eram senhores de si mesmo, que viviam
expedicionários.
gest ão; e out ra que num a lut a religiosa pert ence a católicos e a prot est ant es.
Dent re as cat egorias exist em cont ribuições import ant es como a do
com o inim igo, Hesse, Hans St aden descreve a int eligências dos mesmos, o
calvinist a Jean de Léry que viveu por m eses junto aos Tupinambá, e relat a
Schimidel que fornece um rot eiro gast ronômico das múlt iplas et nias inclusive
da dos Carijós.
canibalism o. Sebast ian M unst er erroneam ent e chega a sinalizar num mapa
t ambém cont ribuíra para essa visão comparando os canibais a homens com
cabeça de cães. Est a imagem fant asm a flutua por muito t em po no im aginário
léxica como semânt ica, um a vez que ao se t rat am de dois conceitos empregados
Santo agost inho ao M aranhão, est es t eriam na base de sua alim entação a carne
inim igo e não para mat ar a fom e. Do mesmo m odo Vespúcio ao relat ar que por
não t erem cães que auxiliassem na caça o que m ais comiam era carne hum ana,
m as relat a que a base da alim ent ação eram peixes e frut os do m ar.
A ant ropofagia era por excelência um a inst ituição dos Tupi que ao mat ar um
inim igo em seu t erreiro, norm alment e com um golpe na cabeça recebiam novos
juízes m orais, prova que exist e sociedade igualitária e frat erna, que ignora o
lucro, e fazem guerras não pela conquist a de t errit órios e riquezas, m as por
m ot ivos nobres. São regidos por leis naturais, e próximos da pureza natural. O
discurso moral opõe est á sociedade selvagem sem vínculos, com a de uma
40 Relat a M ont aigne que os índios est ranhavam que homens feit os
m endigos.
SEM ELHANÇAS, DESSEM ELHANÇAS – De que os índios eram hum anos não
havia duvida, o mesmo at est a o Papa Paulo III em 1534, falt a é inseri-la na
continuidade, porque a hum anidade é uma só, e est a nova humanidade deveria
índios lembravam -se do dilúvio o que se considera suficient e para at est ar sua
origem. Tam bém os índios t eriam sido visit ados pelo apost olo Tom é lem brado