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Índice

Povos Originários: de onde vieram e como


4
povoaram o continente americano

Análise do DNA é importante para resgate


6
histórico dos povos indígenas

Os primeiros exploradores 9

Resgatando origens apagadas 11

Do Velho ao Novo Mundo: Imigrações


13
Européias e Asiáticas para o Brasil

Como funciona um teste de ancestralidade? 20

Hábitos brasileiros que vieram de outras


24
culturas

Como entrar em contato com as próprias


26
origens no Brasil

Histórias de Autoconhecimento com


31
o meuDNA Origens

meuDNA: autoconhecimento é poder 36

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presente em toda página.
Nosso DNA é uma fonte de valiosas informações sobre
nós, incluindo a origem e as histórias das nossas famílias.
O meuDNA nasceu com a missão de proporcionar
autoconhecimento, ao oferecer informações genéticas
acessíveis e descomplicadas aos brasileiros.

A população brasileira é formada por uma rica combinação


de inúmeros povos do mundo. Essa diversidade está visível
a toda nossa volta: nas comidas que fazem parte do nosso
dia a dia, nos diferentes sotaques que escutamos, nos
sobrenomes que nos rodeiam. Entender mais das nossas
origens genéticas nos abre a um mundo de descobertas.

Em comemoração ao Dia do Imigrante, reunimos neste


E-Book um pouco das histórias que contribuíram para formar
a população brasileira e como elas podem ser desvendadas
com a ajuda da análise do DNA. Espero que você aceite o
convite para celebrar nossa diversidade e se conectar com
as suas origens.

Boa leitura!

David Schlesinger
CEO do meuDNA
Povos Originários: de onde
vieram e como povoaram o
continente americano
Lembra das aulas de história na escola, quando ensinam que os
portugueses “descobriram” o Brasil e chamaram o país, assim como toda
América, de Novo Mundo?

Então… não contaram a história inteira! De Novo Mundo, aqui, não havia
nada, muito pelo contrário: estima-se que havia entre 1 e 5 milhões de
indígenas já vivendo nessas terras, e há muito tempo....

Entre 35 mil e 12 mil anos atrás

Sabe-se pouco da história indígena, pela falta de registros e também


pelo fato de que o pouco do que se tem disponível ter sido contado pelos
colonizadores. Assim, o tamanho da população que havia aqui e o que
realmente aconteceu são incertos. A hipótese mais aceita sugere que os
povos que chegaram à América, entre 35 mil e 12 mil anos atrás, eram
provenientes da Ásia.

Isso ocorreu durante a última era do gelo, quando o Estreito de Bering


permaneceu congelado e serviu como ponte entre os dois continentes:
Ásia e América.

A primeira onda migratória possivelmente chegou ao continente


americano desabitado, e foi caminhando para o sul, seguindo a costa do
Pacífico e deixando povoações em sua passagem, um processo que teria
durado cerca de mil anos.

4
A chegada dos colonizadores

A partir do século XV, começaram a chegar os europeus colonizadores


ao continente. No Brasil, e no restante do continente, o habitante foi
identificado como índio, termo utilizado por Colombo em 1492, por
acreditar ter chegado às Índias. Atualmente, a terminologia mais
adotada, e correta, é indígena.

Os diferentes povos nativos da América tiveram um difícil contato com


os colonizadores europeus. “As epidemias são normalmente tidas como
a principal agenda da depopulação indígena. Não só, mas também o
exacerbamento da guerra indígena provocado pela sede de escravos, as
guerras de conquista e apresamento dos indígenas em aldeias, grandes
fomes que normalmente acompanhavam as guerras, desestruturação
social levando ao resultado espantoso de reduzir uma população que
estava na casa dos milhões em 1500”, aponta Manuela Carneiro da
Cunha em seu livro História dos Índios no Brasil. A maioria dos povos
indígenas que viviam ao longo do rio Amazonas também foram extintos
à chegada dos europeus. O genocídio contribuiu para uma perda da
identidade ancestral.

Retrato do Brasil à chegada dos portugueses

1500: entre 1 e 5 milhões de indígenas;

22/04/1500: chegam as caravelas de Cabral ao que hoje é a Bahia,


trazendo cerca de 1400 homens, entre marinheiros, técnicos em
navegação, escrivães, cozinheiros, padres e ajudantes.

1530: são trazidos os primeiros escravos vindos de Guiné,


Angola e Congo

1534: indígenas começam a ser escravizados

Séc XXI: estima-se que existam aproximadamente


900 mil indígenas atualmente no Brasil

5
Análise do DNA é importante
para resgate histórico dos povos
indígenas

Uma das principais matrizes do DNA do brasileiro é a indígena. Ainda que


exista pouca informação sobre essa ancestralidade nos bancos de dados
utilizados nos testes genéticos, a análise de DNA é uma das ferramentas
para o resgate da memória e identidade dos povos originários do Brasil.

Pela análise genética de antigos fósseis, por exemplo, foi possível


entender a migração desses povos pela América. Acredita-se que
os asiáticos tenham atravessado o estreito de Bering em três levas: a
primeira foi em direção ao sul, pela costa do Oceano Pacífico; a segunda
foi pela costa do Ártico até a Groenlândia; e a terceira se dirigiu às
Montanhas Rochosas na América do Norte. Uma outra hipótese é que a
chegada ocorreu no Sul das Américas, por mar.

Já se reconheceu uma relativa homogeneidade genética dos nativos


desde o México até o sul do continente, todos da mesma corrente
migratória da Ásia, aponta Andrés Ruiz-Linares, do Departamento de
Genética da Universidade College London, em estudo publicado na
revista científica Nature.

Assim, quando os europeus chegaram, já havia diversidade entre os


nativos americanos. Esse ponto, junto à tríade fatal varíola/guerras/fome
que assolou os indígenas, fez com que a identidade genética original
desses povos fosse praticamente perdida. Estudos de DNA com milhares
de brasileiros, conduzidos pelo departamento de Genética e Biologia
Evolutiva da USP (Universidade de São Paulo), mostraram a prevalência
da herança genética materna, tanto africana como indígena. Os homens
indígenas transmitiram apenas 0,5% do seu DNA aos descendentes.

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Memória e identidade

A maioria das etnias indígenas brasileiras são agrupadas de acordo


com famílias e troncos linguísticos.

De acordo com a Funai (Fundação Nacional do Índio), há 274 línguas


e mais de 300 etnias entre os indígenas brasileiros, sendo que 17,5%
desta parcela da população não fala português. Apesar de cada povo
ter culturas e línguas próprias, a origem comum fez com que diversos
marcadores genéticos fossem compartilhados entre eles.

Dos grupos indígenas brasileiros, o povo tikuna é o que tem maior


número de representantes, com 35 mil habitantes. Os guaranis kaiowás,
no Mato Grosso, têm 30 mil pessoas e os kaingang, da região Sul do
Brasil, cerca de 25 mil.

As migrações internas dos grupos indígenas, porém, ainda não são


totalmente esclarecidas. Não se sabe ao certo, por exemplo, se os
tupinambás têm origem na bacia do Paraná-Paraguai e migraram para
o norte, separando-se dos guaranis, ou se são originários da região
Amazônica, e moveram-se em duas ondas migratórias para o sul, ao
encontro dos guaranis, e para o litoral.

Além disso, o compartilhamento genético com europeus e africanos


durante a época da colonização também pode interferir na precisão de
análise dos marcadores genéticos.

No meuDNA, por exemplo, empresa brasileira de testes genéticos, o


banco de dados de ancestralidade foi construído a partir de informações
advindas de bancos de dados públicos nacionais e internacionais, como
o Human Genome Diversity Project, HapMap, 1000 Genomes Project e
o próprio banco da Mendelics, laboratório ao qual pertence a empresa.
Como a representação de nativo americanos nos bancos de dados ainda
é relativamente pequena se comparada a outras populações mundiais,
o valor apresentado em testes genéticos pode estar sub-representado,
mesmo se houver um registro familiar que mostre ascendência nativa.

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A ancestralidade indígena, porém, vai muito além do código genético
de suas populações. Costumes e tradições culturais indígenas estão
fortemente presentes na cultura brasileira. Assim como palavras,
manifestações artísticas, comidas e hábitos, como o banho diário e uso
de redes, são influências indígenas.

O DNA, a recuperação da própria história e o acesso à memória são um


direito fundamental das sociedades, especialmente das mais afetadas e
vulneráveis.

Da culinária aos rituais, herdamos muitos hábitos e


gostos dos povos originais no Brasil. O português do Brasil
incorporou muitas palavras indígenas, principalmente
das famílias linguísticas do tupi-guarani.

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Os primeiros exploradores

Os espanhóis chegaram alguns meses antes, mas foram os portugueses,


quando desembarcaram em 1500, que reivindicaram as terras que hoje
correspondem ao Brasil. Foi assim que a nossa colonização, que perdurou
por quase 3 séculos, trouxe cerca de 700 mil colonos portugueses para
cá.

Apenas após a independência do Brasil, em 1822, os portugueses


e espanhóis passaram a ser chamados de imigrantes, não mais de
colonizadores.

Foram muitas ondas migratórias, e também muitas pessoas:


aproximadamente 1,6 milhão de portugueses - o que faz deles os
imigrantes mais numerosos do Brasil. Em meados do século 18, vieram
imigrantes de diferentes estratos sociais, desde membros da corte de
Dom João VI até indivíduos de origem simples, que vinham tentar a
sorte como comerciantes, trabalhadores agrícolas e até mineradores em
busca de pedras preciosas.

A partir do século 19, o grupo dominante entre os imigrantes passou


a ser de origem humilde, em decorrência do crescimento da população
e da baixa oferta de trabalho em Portugal. Com a abolição da escravidão
no Brasil, em 1888, houve um novo fluxo migratório, e os estados que
mais receberam portugueses foram Rio de Janeiro, São Paulo, Minas
Gerais (onde se concentrava o cultivo de café), além de Pará e Amazonas
(exploração da borracha).

O fluxo entre Portugal e Brasil continuou intenso até a década de


1970, quando a economia portuguesa reforçou seus laços com a Europa.
A influência portuguesa não está somente na nossa língua, mas também
na cultura, culinária e, em muitas cidades, pode ser vista na arquitetura e
no comércio, com padarias e restaurantes tradicionais.

9
Já os espanhóis só foram menos numerosos do que os portugueses
e italianos: cerca de 700 mil imigraram para o Brasil. A maior parte
deles chegou entre o final do século 19 e início do 20, subsidiados pelo
governo brasileiro para substituir o trabalho escravo das lavouras. As
famílias se estabeleceram principalmente nos estados de São Paulo (a
cidade de Santos, por exemplo, foi apelidada de “Barcelona brasileira”),
Rio de Janeiro, Bahia e do Sul do Brasil, onde trabalharam nas lavouras
de café, indústrias e comércio.

Curiosidades
Apesar de Espanha e Portugal serem países distintos, as
populações dos dois países compartilham diversas
variantes genéticas.

A composição genética da população ibérica é bastante


diversa e foi influenciada por diferentes civilizações
mediterrâneas e orientais, como celtas, fenícios, gregos,
romanos, germânicos e mouros.

O espanhol é a segunda língua com mais falantes no mundo,


com 450 milhões de pessoas na Espanha e América. Já o
português é falado em Portugal, no Brasil e em alguns países
africanos, por cerca de 250 milhões de pessoas.

8% das palavras em espanhol tem origem árabe e são,


principalmente, palavras que começam com ‘A’, como azafrán
(açafrão), azafata (aeromoça) e azúcar (açúcar).

Muitos descendentes de ibéricos possuem também


marcadores genéticos do Norte da África por conta do
intenso contato entre os povos do Norte da África e da Europa
Mediterrânea ao longo da história.

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Resgatando origens apagadas

A forma como vieram milhões de africanos para o Brasil constitui um


triste capítulo da nossa história. Entre os séculos 16 e 19, o Brasil foi o
país da América que mais recebeu escravos da África: estima-se que
aproximadamente 4 milhões de pessoas, de diferentes regiões do
continente, tenham sido trazidas à força.

Durante os primeiros séculos de escravidão no Brasil, a principal


região de origem de escravos foi o Centro-Oeste africano (região que hoje
corresponde à Angola). Mais tarde, a partir do século 18, a costa leste,
em especial Moçambique, passou a abastecer o tráfico. Os escravos eram
enviados principalmente aos portos do Rio de Janeiro, São Paulo e Recife,
e depois distribuídos por todo o país.

Os navios que se destinavam aos portos da Bahia, por outro lado, partiram
principalmente da região do Golfo de Benim, que hoje corresponde a
Nigéria, Benim e Serra Leoa. No Brasil, os africanos eram frequentemente
denominados de acordo com sua origem ou identidade cultural: aqui
conviveram congos, angolas, benguelas, cabindas, cassanges, monjolos,
rebolos, dogomés, jejes, ussás, bornos, tapas, nagôs, entre outros.

Em um primeiro momento, os escravos africanos foram trazidos para o


trabalho forçado na produção de açúcar, mas com o tempo praticamente
todos os setores da sociedade os utilizaram, em todas as regiões do
Brasil, tanto no campo quanto nas cidades.

As condições de vida e trabalho dos negros africanos no Brasil eram


cruéis. Como resultado das condições degradantes em que viviam, muitos
resistiam e fugiam de seus senhores, formando quilombos. A partir do
século 18 foi se formando uma camada de negros libertos e mestiços,
composta por escravos fugidos ou alforriados, e por homens livres, filhos
da miscigenação dos negros com brancos e indígenas.

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O fluxo de escravos da África para o Brasil só cessou oficialmente em
1850. A abolição da escravidão, declarada em 1888, não promoveu
a imediata integração dos negros à sociedade brasileira. Ainda hoje,
marcas do infeliz passado colonial podem ser sentidas nas desigualdades
entre descendentes de diferentes etnias no Brasil.

Os laços genéticos e culturais entre o Brasil e o continente africano


são fortes. Apesar da cultura africana ter sido inferiorizada, marginalizada
e até perseguida ao longo da história, nossa língua, culinária, religião,
música, dança e arte popular refletem a rica contribuição das populações
africanas.

Curiosidades
Todas as populações têm a mesma origem: os primeiros humanos
modernos surgiram no Leste da África, entre 200 e 300 mil anos
atrás, antes de migrarem para o resto do mundo.

Análises genéticas mostram que ao redor de 86% de toda a


população brasileira tem pelo menos 10% de ancestralidade
africana: portanto, mais de 180 milhões de brasileiros
compartilham heranças genéticas vindas da África.

Genética e evolução: habitantes de altas montanhas na Etiópia


possuem variações genéticas que os tornam biologicamente
adaptados a condições extremas de altitude, sem sentir
seus efeitos negativos.

As variantes genéticas causadoras da anemia falciforme oferecem


proteção contra a malária e por isso são frequentes em regiões da
África onde essa doença é endêmica.

Genética e evolução: as peles mais escuras são mais protegidas dos


efeitos nocivos dos raios UV. Os tons de pele mais escuros estão
em habitantes de regiões com alta incidência solar, como a porção
equatorial da África, enquanto no Sul do continente os
tons de pele são mais claros.

Vários estudos genéticos têm demonstrado que a cor da pele não


é facilmente associada a nenhuma etnia. Por isso, a classificação
de indivíduos baseada na cor da pele não faz sentido do
ponto de vista biológico.
12
Do Velho ao Novo Mundo:
Imigrações Européias e Asiáticas
para o Brasil
Imigração italiana

Os italianos foram o principal grupo de imigrantes do sudeste europeu a


chegar ao Brasil. Estima-se que, entre os anos de 1870 e 1920, mais de
1,4 milhão de italianos vieram para cá, o que corresponde a 42% do total
de imigrantes que entraram em nosso país neste período.

Essa grande onda de imigração pode ser explicada pelas situações


dos dois países ao final do século XIX.

Por um lado, a Itália vivia conflitos que buscavam a unificação do país.


Famílias rurais e mais pobres sofriam com o momento de turbulência
política e econômica, e tinham dificuldades para sobreviver em pequenas
propriedades. Ir para áreas urbanas, porém, também não era uma boa
opção. As grandes cidades não conseguiam absorver tantas pessoas,
pois o desenvolvimento industrial estava em estágios iniciais no país. Por
isso, uma das soluções do governo italiano foi incentivar a emigração.

Por outro lado, em 13 de maio de 1888, o Brasil oficializava o fim


da escravidão no país. Assim, fazendeiros e empresários começaram
a procurar por mão de obra e viram que os italianos se encaixavam no
perfil desejado. A proximidade da língua, religião e costumes com a
cultura brasileira eram vantagens que tornavam sua adaptação mais fácil
no país.

O resultado foi que as fazendas de café do interior do estado de São


Paulo se tornaram um dos principais destinos dos imigrantes italianos no
Brasil, junto com núcleos de colonização no sul do país.

13
No início do século XX, São Paulo chegou a ser chamada
de “cidade italiana”. Grandes comunidades italianas foram
formadas na capital paulistana, com destaque para o Bixiga.
Desde a década de 50, o bairro sedia anualmente a Festa da N.
Sra Achiropita, considerada a maior festa italiana no Brasil.

Imigração japonesa

No início do século XX, o Japão passava pela Restauração Meiji - uma série
de mudanças políticas, sociais e econômicas que modernizou diversos
aspectos da sociedade japonesa e estabeleceu acordos comerciais com
nações ocidentais.

O país estava superpovoado e, em áreas rurais, havia escassez de


terras e recursos. Por isso, o governo japonês começou a incentivar a
emigração como estratégia para aliviar conflitos sociais no país.

Ao mesmo tempo, como já mencionamos na imigração italiana, o


governo brasileiro tentava atrair mão de obra para substituir o trabalho
escravo.

Em 18 de junho de 1908, o primeiro navio com imigrantes japoneses,


o Kasato Maru, atracou em Santos e marcou o início oficial da imigração
japonesa para o Brasil. Ele trouxe 781 japoneses que foram trabalhar em
fazendas do interior paulista. São Paulo ainda é hoje o estado que mais
abriga japoneses e seus descendentes, com mais de 600 mil.

Nos anos 1920, os Estados Unidos vetaram a imigração de japoneses.


Por isso, o fluxo desse povo para o Brasil tornou-se ainda mais intenso.
Aqui, eles introduziram o cultivo da soja, da couve japonesa, do pepino,
da batata-doce, entre outros alimentos.

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Durante a Segunda Guerra Mundial, na qual Brasil e Japão se aliaram a
lados opostos, a imigração de japoneses diminuiu. Ela voltou a crescer na
década de 50 e se manteve até o início dos anos 70. No total, estima-se
que o Brasil tenha recebido quase 200 mil japoneses.

Atualmente, o Brasil abriga a maior comunidade japonesa


fora do Japão, com cerca de 1,6 milhão de nikkeis
(termo usado para denominar os japoneses
imigrantes e seus descendentes).

Imigração alemã

Os alemães estão em quinto lugar na contribuição de imigrantes que


vieram para o Brasil, atrás apenas de portugueses, italianos, espanhóis e
japoneses. Estima-se que mais de 260 mil alemães chegaram ao nosso
país entre 1824 e 1972.

Diferentemente das imigrações de italianos e japoneses, a alemã


começou ainda na primeira metade do século XIX. Se o primeiro grupo
significativo de italianos chegou ao Brasil em 1875 e de japoneses em
1908, os alemães já vinham para o Brasil desde 1824.

Isso aconteceu em parte porque, apesar de seu forte desenvolvimento


industrial, a Alemanha não conseguiu absorver o excesso de mão de obra
resultante da crescente população do país, que saltou de 24,9 milhões de
pessoas, em 1820, para 33,7 milhões, em 1850. Assim, muitas pessoas
viam na emigração uma alternativa para buscar uma vida melhor.

A emigração para o Brasil ganhou força após a abolição da escravatura


em nosso país, em 1888. Os colonos alemães se estabeleceram
principalmente em cidades do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

15
A maior onda de imigração alemã para o Brasil, entretanto, ocorreu
após a Primeira Guerra Mundial. Acredita-se que mais de 70 mil alemães
chegaram ao nosso país apenas na década de 1920, seguidos de mais
imigrantes depois da Segunda Guerra.

Em 2004, o órgão de imprensa Deutsche Welle avaliou


que o número de alemães e seus descendentes no Brasil
passava de 5 milhões.

Imigração árabe (Sírios e Libaneses)

A imigração árabe para o Brasil começou no fim do século XIX e continuou


intensa no século XX. Estima-se que entre 1884 e 1933, 130 mil sírios e
libaneses entraram em nosso país apenas no Porto de Santos.

Quando chegavam aqui, os árabes vindos do Oriente Médio eram


chamados de “turcos”. Essa generalização, além de preconceituosa e
errada, causava mal estar para os imigrantes e associava grupos distintos
de diferentes religiões. Nesta primeira grande onda de imigração, por
exemplo, 65% dos árabes eram católicos, 20% ortodoxos orientais e
15% muçulmanos.

A religião era, inclusive, um dos motivos da emigração, pois os árabes


cristãos eram perseguidos sob domínio otomano. Fatores econômicos
também eram importantes, sobretudo os ligados à escassez de terras e
à pobreza no Oriente Médio.

Diferentemente dos europeus, os árabes se estabeleceram em


regiões urbanas. Muitos deles começaram a trabalhar como mascates
- vendedores que perambulavam pelas cidades. Quando conseguiam
acumular dinheiro, eles montavam suas próprias lojas.

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Entre 1974 e 1991, a Guerra Civil no Líbano originou uma nova
corrente migratória de árabes para o Brasil. Desta vez, predominaram os
imigrantes muçulmanos. Em 2015, a Guerra Civil na Síria também trouxe
um número significativo de novos imigrantes para o nosso país.

Uma pesquisa de 1907 em São Paulo e no Rio de Janeiro


mostrou que 80% das lojas de sírios e libaneses eram de
tecidos a varejo e armarinhos.

Imigrações do Leste europeu


Imigração polonesa

O país do centro-leste europeu que mais enviou imigrantes ao Brasil é a


Polônia. Hoje, estima-se que entre 1,5 e 1,8 milhão de descendentes de
poloneses morem no nosso país.

A instabilidade política do país no século XIX fez com que milhões de


poloneses partissem para o exterior. A migração polonesa para o Brasil
começou em 1869 e resultou na fundação de Pilarzinho em 1871, a
primeira colônia polonesa do país, na região de Curitiba.

Entre 1890 e 1914, mais de 30 mil poloneses vieram para o Brasil.


Até então, a maioria deles era católico. A partir de 1920, devido ao
crescimento do movimento antissemita na Alemanha, cresceu também
o número de poloneses judeus que chegaram ao Brasil.

O Brasil é o terceiro país com maior número de


descendentes poloneses do mundo, atrás apenas
dos Estados Unidos e da Alemanha.

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Imigração lituana

Os imigrantes da Lituânia começaram a chegar ao Brasil na segunda


metade do século XIX e foram principalmente para o sul do país. Entre
1920 e 1939, muitos lituanos saíram de territórios ocupados pela Polônia
e, por isso, foram registrados aqui como russos ou poloneses.

Em 1926 cerca de 40 mil imigrantes lituanos chegaram ao Brasil. A


maior parte deles foi trabalhar em fazendas de café do estado de São
Paulo, mas muitos também foram para o Rio de Janeiro e para o Paraná.
Hoje, há mais de um milhão de descendentes de lituanos no Brasil.

Imigração russa

A perseguição religiosa na Rússia no século XIX, a Guerra Civil do país e


a Segunda Guerra Mundial foram os principais fatores que contribuíram
para que muitos russos emigrassem para diversos países da Ásia, Europa
e América.

No Brasil, o Paraná recebeu um número significativo de imigrantes


russos. Entre 1877 e 1878, por exemplo, cerca de 2400 russos-alemães
chegaram à cidade de Ponta Grossa e se estabeleceram na Colônia
Octávio. Hoje, cerca de 200 mil descendentes de russos moram em
nosso país.

Imigração húngara

A migração da Hungria para o Brasil começou após a queda do


Império Austro-Húngaro. No final do século XIX e início do século XX,
as instabilidades econômicas de onde hoje é a Hungria, somadas a
incentivos do governo brasileiro, estimularam a vinda de muitas famílias
daquela região para o Sul e o Sudeste do Brasil. Depois da Primeira
Guerra Mundial houve uma nova fase de migração, quando cerca de 60
mil húngaros chegaram ao Brasil.

18
Imigração búlgara

A imigração búlgara para o Brasil começou no final do século XIX, mas


se intensificou entre as Guerras Mundiais. Como os passaportes na
época eram familiares, não se sabe ao certo quantas pessoas entraram
em nosso país, mas estima-se que entre 10 e 20 mil famílias tenham
chegado aqui nesse período.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e


Estatística (IBGE), cerca de 62 mil brasileiros declararam
ter ascendência búlgara no ano de 2006. Isso faz com que o
Brasil abrigue a nona maior colônia búlgara do mundo.

19
Como funciona um teste
de ancestralidade?
Você sabia que o DNA humano tem 99,9% de semelhança? Pode parecer
pouco, mas é no 0,1% restante que estão armazenadas todas as variações
genéticas e hereditárias que nos tornam únicos.

Os traços físicos e as características de um organismo, por exemplo,


estão no DNA da família há várias gerações. E, por falar em família,
metade do seu DNA veio da sua mãe e a outra metade do seu pai. Assim,
25% veio de cada um dos avós, 12,5% de cada um dos bisavós, 6,25%
de cada um dos trisavós, e assim por diante.

20
Mas seguindo essa árvore genealógica, onde chegamos? Só um teste
de ancestralidade pode responder. Ele é um exame genético, feito a partir
de uma amostra de saliva, que revela a origem dos nossos antepassados
e vai muito além de um simples relatório.

Ancestralidade genética

Para entender como funciona um teste de ancestralidade, é preciso


lembrar que variações genéticas são hereditárias, ou seja, herdadas
pelo DNA ao longo das gerações. Por isso, além de serem comuns entre
membros de uma mesma família, elas também nos agrupam em regiões
e povos específicos.

No passado, as etnias foram formadas por grupos de pessoas que


viviam em uma mesma região por muitas gerações. Com o tempo, cada
grupo acumulou diferenças genéticas, que podem ajudar a distinguir um
grupo dos demais. Essas diferenças no DNA são chamadas de marcadores
genéticos, e podem ser analisadas em laboratório hoje em dia.

Cientistas coletaram vários desses marcadores para formar bancos de


dados que são atualizados até hoje. E a análise desses dados permitiu,
inclusive, entender a evolução humana e as ondas migratórias dos povos
primitivos.

No laboratório

Em um teste de ancestralidade, a saliva passa por um processo de


extração de DNA. Depois, os marcadores genéticos são comparados aos
de dezenas de povos, em busca de padrões que apontam a quais etnias
essa pessoa pertence. Quanto mais rico for o banco de dados, mais
detalhado será o resultado do teste.

O meuDNA Origens, por exemplo, revela até 8 gerações da


ancestralidade genética, o equivalente aos bisavós dos tataravós. E
a análise é feita com base em 700 mil marcadores genéticos de 88

21
populações ao redor do mundo. É o teste à venda no Brasil com o maior
detalhamento étnico.

Por que fazer

A herança genética pode ser analisada e recuperada mesmo após séculos


de história. Mas a herança cultural, essa que aprendemos com os mais
velhos e ensinamos aos nossos filhos, pode ser perdida com o tempo.

Nossos antepassados vieram de etnias que compartilhavam, além de


marcadores genéticos, línguas, religiões, rituais e hábitos em comum.
Por isso, o teste de ancestralidade tem também a função de ajudar a
recuperar memórias e identidades perdidas com o tempo.

Curiosidades

O DNA brasileiro é um dos mais ricos do mundo, sendo


composto por marcadores genéticos dos 5 continentes
do Planeta.

Para a ciência, o conceito de povo não está exatamente ligado


a territórios geográficos ou fronteiras políticas atuais. Isso
porque não representam as migrações e o contato entre povos
que compartilharam história e, claro, genética.

O processo de recombinação genética mistura o DNA


passado para um descendente. Mas ele é aleatório, ou seja,
não recebemos a metade exata da ancestralidade
dos nossos antepassados.
Por exemplo: um homem 50% japonês e 50% ibérico pode ter
um filho com 15% da ancestralidade japonesa e 35% da ibérica,
ao invés da metade exata de 25% para cada uma delas.

22
Portugueses e espanhóis, apesar de diferentes histórias
e culturas, possuem grande semelhança genética devido
à proximidade geográfica e às migrações. Tanto que, nos
resultados do meuDNA Origens, pertencem ao mesmo grupo
genético: a Península Ibérica.

A Ucrânia, por exemplo, não está nos bancos de dados do


meuDNA. Assim, descendentes de ucranianos terão em seus
resultados porcentagens de populações do Leste Europeu,
como Polônia, Bulgária, Hungria, Rússia e Lituânia.

23
Hábitos brasileiros que vieram
de outras culturas
O Brasil é um quebra-cabeças com diversas influências e costumes
herdados de outras populações do mundo, que fazem do povo brasileiro
um arco-íris de diversidade cultural. Mas você já parou para pensar em
quanto essa influência ainda permeia os nossos hábitos e a nossa rotina?

Alguns costumes são fáceis de identificar, mas outros podem te


surpreender. Veja abaixo alguns dos mais comuns:

Japão - Já foi a uma casa de descendentes japoneses e observou que


eles tiram os sapatos para entrar em casa? Isso é um hábito herdado
da população japonesa como um todo! O costume tem dois motivos
principais: o primeiro é bastante prático, já que ao tirar os sapatos antes
de entrar em casa, é possível diminuir a contaminação da residência por
germes e bactérias. Já o segundo é um pouco mais espiritual: acredita-
se que não usar os mesmos sapatos que foram usados na rua ajuda a
manter energias negativas fora de casa.

Nativo-Americanos - Os costumes herdados dos nossos ancestrais


nativo-americanos são vários. Desde o ato de descansar em redes, tomar
chás variados para curar diversas enfermidades, até o nosso vocabulário
com grandes influências do povo Tupi Guarani e nosso hábito de tomar
banhos diários, tudo foi passado a nós por esses povos.

Portugal - Curte pular Carnaval? Então saiba que a tradição foi trazida
ao Brasil pelos portugueses. O “Maior Espetáculo da Terra” tem raízes
europeias, mas foi evoluindo até alcançar um jeitinho bem brasileiro. É a
festa brasileira mais famosa do mundo - o Carnaval do Rio de Janeiro está
no Guinness World Records como o maior carnaval de rua do planeta,
com aproximadamente dois milhões de pessoas por dia aproveitando a
folia.

24
África - Gosta de uma comida bem temperada? Isso é reflexo dos
costumes de povos africanos trazidos para cá durante o período de
colonização. Pimenta, leite de coco e óleo de dendê são três dos principais
ingredientes usados em diversos pratos de origem africana e que são
facilmente encontrados nos armários dos brasileiros. Outro costume é
o famoso ritual de pular as sete ondas na virada do ano novo para boa
sorte: ele vem da Umbanda e é uma forma de homenagear a orixá das
águas e do mar, Iemanjá. Com o passar do tempo, muitas pessoas não-
adeptas também adotaram esse costume no Réveillon.

Itália - Sabia que o nosso “tchau” vem de “ciao”, da língua italiana?


Enquanto a versão italiana quer dizer tanto “olá” quanto “adeus”, nós
herdamos apenas o significado de despedida.

Você tem algum hábito que veio de outro povo? Compartilhe suas
experiências com a gente com a #SomosTodosImigrantes nas redes
sociais!

25
Como entrar em contato com
as próprias origens no Brasil
Saber suas origens é o primeiro passo para saber mais
sobre você. Mas o que você faz com esse conhecimento
depois de receber o resultado? Existem várias maneiras
de entrar em contato com as suas raízes!

Abaixo listamos algumas experiências para as principais


populações que compõem o DNA brasileiro para
te inspirar nessa nova jornada:

Abaixo listamos algumas experiências para inspirar sua


jornada pelas principais populações que compõem o
DNA brasileiro:

Portugal

Experimentar o famoso “Pastel de Belém”, criado por monges


do Mosteiro dos Jerônimos, localizado em Belém, atual bairro de
Lisboa;

Ler Fernando Pessoa, um dos poetas portugueses mais famosos


do mundo;

Planejar uma visita ao Real Gabinete Português de Leitura, no


Rio de Janeiro (RJ);

26
Espanha

Experimentar a Paella, prato típico espanhol;

Assistir ao filme de suspense “Um Contratempo”;

Planejar uma visita ao Instituto Cervantes, em São Paulo (SP);

Alemanha

Assistir à série “Dark”;

Planejar uma visita à Oktoberfest, o maior evento da cultura


alemã no país, em Blumenau (SC);

Escutar as músicas da cantora Helene Fischer;

Itália

Assistir ao filme “Lazzaro Felice”;

Planejar uma visita à Festa da Nossa Senhora Achiropita,


em São Paulo (SP);

Se deliciar com um bom prato de massa, para nenhuma


Nonna colocar defeito!

Japão

Escutar as músicas da cantora Ayumi Hamasaki;

Assistir às obras do Studio Ghibli;

Planejar uma visita à Museu da Imigração Japonesa,


em São Paulo (SP);

27
Árabe

Fazer uma receita de Malabie, famoso manjar árabe com


geleia de damascos;

Experimentar o chá libanês de ervas e canela;

Planejar uma visita à Mesquita Brasil, em São Paulo (SP);

Polônia

Ler “O Pianista”, biografia do pianista e compositor


Władysław Szpilman;

Experimentar um delicioso Pierogi;

Planejar uma visita à Áurea, a “cidade mais polonesa do


Brasil”.

Lituânia

Beber o famoso licor Krupnikas;

Experimentar o Kugelis, considerado o prato nacional


da Lituânia;

Planejar uma visita ao museu Lasar Segall, em São Paulo (SP).

Rússia

Ler a obra Anna Karenina, do autor Liev Tolstói;

Conhecer mais sobre as tradições da vodka, a bebida


mais famosa da Rússia;

Assistir a uma apresentação do Balé Bolshoi em Joinville (SC).

28
Hungria

Escutar as músicas da banda de rock Omega;

Experimentar uma fatia do doce Dobos Torte;

Conhecer as atividades da Casa Húngara, em São Paulo (SP).

Bulgária

Tomar a Rakia, uma das bebidas mais conhecidas do país;

Experimentar uma Bureka, prato salgado de massa folhada


e recheio de queijo búlgaro;

Comer a Shopska Salata, salada especial que pode até ser


combinada com a Rakia que comentamos acima!

Nativo-americanos

Conhecer mais sobre o artesanato dos povos locais;

Aprender mais sobre o folclore brasileiro;

Planejar uma visita à Comunidade Indígena Dessana,


em Manaus (AM).

Angola

Conhecer as obras do autor Luandino Vieira;

Experimentar o funge angolano;

Ver uma roda de capoeira ao vivo, em Salvador (BA).

29
Moçambique

Conhecer as obras da escritora Paulina Chiziane, primeira


mulher a publicar um romance no país;

Escutar as músicas do cantor Stewart Sukuma;

Planejar uma visita ao Museu Afro Brasil, em São Paulo (SP).

Nigéria

Ler as obras da escritora Chimamanda Ngozi Adichie;

Assistir ao filme “Lionheart”;

Visitar o restaurante de culinária nigeriana Mercy Green,


em São Paulo (SP).

Benim

Planejar uma visita ao Museu Afro-Brasileiro-UFBA, que conta


com um acervo de obras da região e que fica em Salvador (BA);

Visitar a Casa do Benim, também em Salvador (BA);

Experimentar o Caruru, um cozido de quiabos especial.

Agora é com você! Personalize a sua lista com


os resultados da sua ancestralidade e continue
se descobrindo!

30
Histórias de Autoconhecimento
com o meuDNA Origens
Saber sobre a sua origem pode ser o início de uma jornada de
autoconhecimento importante para entender mais sobre quem você é.
Alguns dos nossos parceiros e usuários contaram mais sobre a experiência
com o teste e o que significou para eles dar esse passo para se conhecer de
uma forma diferente:

Pedro Loos
Canal Ciência Todo Dia / @pedroloos

A minha família é relativamente grande, e por sorte eu tive


contato com praticamente todos os meus primos, tios, avós e
parentes ao longo da vida. Uma questão interessante que era
levantada durante os almoços de família era a nossa origem.
Sempre ouvi dos meus pais e tios que nossos bisavós vieram
da Europa antes da Segunda Guerra Mundial começar, mas
o que era uma incógnita era exatamente de onde da Europa
eles vieram. Aqui começavam as dúvidas. A resposta mais
comum era Alemanha, o que de certa forma fazia sentido
por causa de ambos os meus sobrenomes (por parte de pai e
mãe). Mas não era incomum que alguns membros da família
respondessem Holanda e Polônia.

Eu fui a primeira pessoa da família a fazer um teste de


ancestralidade, e sou a quarta geração de imigrantes. Para
a nossa surpresa, o resultado não apontava somente para
Alemanha, Holanda e Polônia. Na verdade, é mais fácil eu
falar de quais partes da Europa não estão ligadas ao meu
DNA do que as que estão. Inglaterra, Alemanha, Itália,
Portugal, Holanda, Polônia, Ucrânia são alguns dos países
que mais estavam acesos no mapa.

Eu compartilhei isso com a minha família em um dos almoços


e todos ficamos fascinados. Para mim, pessoalmente, é uma
grande sensação de maravilhamento (na falta de uma palavra
melhor) olhar para o meu passado e imaginar como todas
aquelas pessoas que eu nunca tive a chance de conhecer
contribuíram para originar quem eu sou hoje.

31
Wellington Do Nascimento
@well_nasci10

Na minha vida, conhecer o teste de ancestralidade do meuDNA


foi muito importante, porque eu sempre tive o interesse em
saber sobre o meu passado. A maior porcentagem da minha
composição genética é referente a África, e eu nunca soube
quase nada, acredito que ainda menos que a maioria, devido
meus avôs e avós terem falecido muito cedo e mesmo
na época em que eles estavam vivos eu não tinha essa
consciência sobre o quão importante é conhecer de onde
eles vieram e os caminho que pavimentaram. Sou muito
grato, e como um bom viajante, meu desejo é conhecer todos
os países da minha linhagem.

Para a minha surpresa, a Alemanha é o país com a maior


porcentagem dentre todos, mesmo com a África possuindo
a maior porcentagem se baseando pelo continente. A África
era a minha única certeza, pois quando se tem descendentes
africanos você é sempre lembrado de onde vem, mesmo que
indiretamente. Tenho muito a agradecer ao meuDNA por
trazer essa oportunidade.

Paulo Tespis
@paulotespis

Quando eu decidi investigar mais da minha ancestralidade


através do meu DNA, me senti revigorado. Lembro de
ficar noites sem dormir aguardando o resultado do teste e
assistindo vídeos de pessoas reagindo aos resultados. Sonhei
com o meu. Investiguei na minha família o meu passado,
com avós e tios. Parte paterna com grande força indígena
e a materna da África. Ao me deparar com o resultado do
teste, fiquei muito surpreso, pois a maior parte do meu DNA
foi proveniente da Europa, devida à nossa colonização. O
mais legal desse processo, foi compartilhar com outros
pesquisadores os resultados do meu teste, através dos meus
vídeos. Ter acesso à esse conteúdo me transformou como
indivíduo, além de tornar a minha visão sobre o mundo e
sobre a minha história mais nítida. Sou grato por empresas
como o meuDNA que nos dão o maior suporte possível para
a realização dos nossos sonhos.

32
Leo Hwan
@leohwan

Minha mãe nasceu em Taiwan, veio para o Brasil com 6


anos de idade. Meu pai é brasileiro, filho de portugueses. No
entanto, sempre “puxei” para o lado de minha mãe, e sempre
fui enxergado aos olhos do brasileiro como asiático. Habito,
desde que nasci, um Não-Lugar, uma vez que no Brasil
pessoas com fenótipos asiáticos ainda são enxergados como
estrangeiros, apesar de estarmos aqui há séculos, fazermos
parte da cultura, do povo, do Brasil. Sempre quis fazer um
teste de DNA para ter uma evidência concreta do não-lugar
que habitei minha vida toda. De acordo com o teste, em
nível celular, sou praticamente metade europeu, metade
asiático. No mapa do site do meuDNA está evidenciado
regiões em Portugal, na Espanha, na Sibéria, na China, em
Mianmar e na Hungria. Não está evidenciado o Brasil. O que
significa portanto ser brasileiro? Por que me enxergam como
estrangeiro em meu próprio país, quando esse país por si só
já é povoado, em grande parte, por estrangeiros? Sempre
soube disso, sempre soube que sou brasileiro, porém saber
e sentir ativam áreas diferentes em nosso cérebro, o coração
diz uma coisa, a mente racional outra. O que o teste do
meuDNA fez foi presentear-me com uma prova racional que
transmite para meu coração emocional a mensagem de que
pertenço. Pertenço a um Lugar que pode não ser claro para
todos os outros brasileiros, mas que é meu. E a prova disso
está no meu DNA.

Mariana Giordão

Eu sempre tive muita vontade de saber mais sobre as


minhas origens e tinha muita vontade em fazer um teste de
mapeamento genético. Quando eu vi o anúncio do meuDNA
não tive dúvidas e encomendei o meu. Ao receber as
análises fiquei encantada e pude fazer uma viagem ao redor
ao mundo, porque além de trazer dados de onde vieram os
nossos ancestrais, o teste também conta um pouco sobre
a cultura dos países, sobre o povo e os costumes. Foi uma
surpresa e uma alegria muito grande. Já planejo, para futuras
viagens, conhecer os lugares que eram a “casa” dos meus
antepassados.

33
Davi Calazans
Canal Ponto em Comum / @davicalazans

“Quando eu recebi os resultados do teste eu fiquei surpreso


com a quantidade de informações. Eu confirmei minhas
suspeitas de que tenho uma origem ibérica mas também
descobri algo inesperado, uma possível ascendência
indigena da américa central. Eu me senti mais conectado
com a história do mundo e com a minha própria história.
Além disso, achei incrível compreender mais como meus
genes podem influenciar o meu futuro, a minha saúde.
O meuDNA é uma experiência única de aprendizado, de
autoconhecimento e autocuidado.”

Leandro Santos
@mussumalive

“Conhecer as minhas origens foi uma experiência única, pois


a partir do passado consigo entender melhor o meu presente
e moldar o meu futuro.”

Thaís Neves
@thaisnev

“Minhas famílias materna e paterna nunca tiveram muitas


informações sobre suas origens, então fazer o teste meuDNA
Origens foi uma experiência muito positiva. Principalmente
para entender a minha ancestralidade africana, conhecer
através do meu DNA a origem que me foi negada pela própria
história da escravidão dos negros no nosso país.
Foi uma experiência muito boa e libertadora!”

34
Nádia Balladares Barcellos
@nadiabarcellos

“Quando fiz o teste meuDNA Origens já sabia que era


descendente de espanhóis, bascos, portugueses, franceses
e italianos (graças à pesquisas genealógicas).
O surpreendente? Descobri ser descendente de Finlandeses
e também de Indígenas da américa central e latina. Eu amei
o resultado e fiquei super curiosa pra saber de que lado vem
essa descendência. Se vem da minha mãe ou do meu pai.
Resultado: comprei um teste pra minha mãe de presente e
estamos aguardando o resultado.

Aliás, da minha família fizemos o teste eu, meu marido,


minha mãe e minha filha (também estamos esperando o
resultado do teste dela). Eu recomendo muito o teste, é uma
experiência única receber o resultado.”

Xan Ravelli
@xanravelli

“Descobrir uma parte da minha história que foi roubada


pela escravidão foi um reencontro importante com minha
identidade e ancestralidade.”

Laura e Ana
@nuncavi1cientista

Nós do “Nunca Vi 1 Cientista” fizemos o teste de


ancestralidade. Muita coisa bateu com a história que já
sabíamos da nossa família, porém o teste trouxe algumas
surpresas. A Ana achou legal saber que parte da sua história
tem envolvimento de povos nativos da América Central, e
a Laura se surpreendeu ao saber que tem DNA palestino e
judeu ao mesmo tempo. Certamente saber mais das nossas
origens nos ajuda a entender mais quem nós somos.

35
Ivan Parente
@ivanparente

A possibilidade de conseguir mapear os lugares que meus


ancestrais pisaram na terra e a minha história sempre foi
muito instigante para mim. Sempre fui curioso e perguntava
para meus pais da onde meus avós e tataravós tinham vindo
e as respostas sempre foram muito evasivas. Quando fiz o
teste de ancestralidade do meuDNA fiquei que nem uma
criança esperando o presente no Natal. Quando os resultados
chegaram, levei mais de um mês lendo, tentando cruzar
com os dados que eu já tinha, e as respostas eram cada vez
mais instigantes. Descobri uma parcela da minha família do
Centro Oeste Europeu que não estava no programa e isso
fez com que essa busca ficasse ainda mais interessante. Ter
esses resultados em mãos foi a revelação de um ‘mapa do
tesouro’ que começou a fazer sentido aos poucos. O teste me
fez entender a minha família como ela é hoje. Os obstáculos
que enfrentaram e o motivo de tentarem se agrupar sempre,
mesmo em pé de guerra, para não se perderem ou se
sentirem sozinhos nunca mais, mas vejo a importância de se
entender isso para que eu possa seguir em frente, sem medo
e sem repetir os padrões que possam frear quem eu sou ao
invés de me potencializar. Não é só um teste de DNA, é uma
forma da gente se conhecer também. É um aprendizado e eu
estou amando. Obrigado meuDNA.

36
meuDNA:
autoconhecimento é poder
O meuDNA acredita que autoconhecimento é poder. Nossos testes
genéticos revelam as informações codificadas no seu DNA para que
você possa aprender mais sobre você mesmo, conhecer seu passado e
planejar seu futuro.

Além do meuDNA Origens, nosso teste de ancestralidade, nós também


oferecemos testes que te permitem cuidar mais e melhor da sua saúde.

O meuDNA Saúde revela sua predisposição genética a diversos tipos


de câncer, além de condições como alto nível de colesterol. Assim, você
poderá tomar as melhores decisões para a sua saúde junto com o seu
médico. É a oportunidade de começar a se prevenir e diminuir as chances
do desenvolvimento de doenças para um futuro mais saudável.

Se você se interessa tanto pelo seu passado quanto pelo seu futuro, pode
fazer o meuDNA Premium, que inclui o meuDNA Origens e o meuDNA
Saúde. São dois testes genéticos em um único kit com o melhor custo-
benefício.

Para os papais e mamães oferecemos também o meuDNA Bochechinha,


a evolução genética do Teste do Pezinho. Com uma amostra de saliva,
esse teste identifica mais de 320 condições genéticas tratáveis da
primeira infância. Ele pode ser feito desde os primeiros dias de vida até o
bebê completar um ano de idade e ajuda a garantir um desenvolvimento
saudável para o recém-nascido.

Para conhecer mais sobre os nossos testes, acesse meudna.com.

E, se você gosta de aprender sobre temas relacionados à ciência,


genética, saúde e cultura, acompanhe o meuDNAdiz, o blog do meuDNA.

/meuDNA.oficial /meuDNA.oficial /company/meudna

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O meuDNAexplica: Ancestralidade Nesta publicação, respeitou-se o
Brasileira nasceu com o intuito de novo Acordo Ortográfico da Língua
espalhar mais conhecimento sobre Portuguesa
as nossas origens e heranças culturais,
sociais e também científicas. É um 1ª veiculação digital, 2021
passo a frente em nossa missão de
Mendelics Análise Genômica S.A.
democratizar o acesso às informações Rua Cubatão, 86, Cj 1202, Sala 1202, Vila
genéticas e a todas as histórias que Mariana - São Paulo, SP
elas podem nos contar. CEP 04013-000
CNPJ: 15.519.353/0001-70
Autoconhecimento é poder!

fontes

IBM PLEX SANS, IBM PLEX SERIF Designed by meuDNA @ 2021

veiculação
A genética mais perto de você
DIGITAL
Em nosso organismo temos um código
ideação genético que define quem somos. Nós
chegamos para analisar e traduzir o que
TIME DE MARKETING E DESIGN é único em cada um de nós: nosso DNA.
DO MEUDNA
Nossa missão é aumentar a qualidade
texto de vida das pessoas através da
informação genética personalizada
DAVID SCHLESINGER, IURI VENTURA,
JULIANA GOMES, LUCIANE CRIPPA, O meuDNA é uma empresa de
RICARDO AGUIAR, SABRINA TRIZOTE, tecnologia fundada em 2019.
TARLA PRADO, THIAGO LEITE Acreditamos que o conhecimento das
bases genéticas deve estar ao alcance
diagramação de todos, sendo o primeiro passo para
decisões importantes em relação à
HENRIQUE RODRIGUES saúde individual.

ilustração Resultados ágeis e precisos

MATHEUS DEIRÓ O meuDNA é uma empresa parceira da


Mendelics, laboratório pioneiro no uso
revisão de sequenciamento de DNA no Brasil,
que conta com o maior banco de dados
JANE CHOI genéticos brasileiros.

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