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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A presença portuguesa no Brasil a partir do século XVI trouxe marcas severas ao povo
daqui, assim, a problemática de pesquisa busca indagar: Quais as mudanças que os indígenas
sofreram com a colonização?
Em 21 de abril de 1500, em sua carta, Pero Vaz de Caminha relatou: “(...) neste mesmo
dia, a horas de véspera, houvemos vista de terra! A saber, primeiramente de um grande monte,
muito alto e redondo; e de outras serras mais baixas ao sul dele; e de terra chã, com grandes
arvoredos; ao qual monte alto o capitão pôs o nome de O Monte Pascoal e à terra A terra de
Vera Cruz...” Assim, na faixa de areia citada, na terra litorânea, viviam dois grupos de nativos,
os Tupinambás e os Tupiniquins. Nesta terra viviam aproximadamente 6 milhões de índios com
suas 1.300 línguas indígenas diferentes. Assim, eles iniciaram uma conexão direta com a cultura,
religião e tradições do povo europeu.
Não haviam divisões sociais entre os índios, todos viviam para sustentar a sua tribo,
todos com direitos iguais. A caça, que era responsabilidade dos homens, era compartilhada
coletivamente. Cada índio tinha suas próprias ferramentas de caça que eram arcos, flechas e
machados, além da caça, os índios se dedicavam à pesca, construção de casas, derrubada de
árvores e lutas entre as tribos, enquanto as mulheres cuidavam dos filhos, da agricultura e da
alimentação. Haviam também líderes tribais, a saber, o cacique, que era o comandante-chefe de
atos como a organização e orientação tribal, e o pajé que era um sacerdote religioso.
A feição deles é serem pardos, um tanto avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem
feitos. Andam nus, sem cobertura alguma. Nem fazem mais caso de cobri ou deixar de
encobrir suas vergonhas do que mostrar a cara. Acerca disso são de grande inocência.
Ambos traziam o beiço debaixo furado e metido nele um osso verdadeiro, de comprimento
de uma mão travessa, e da grossura de um fuso de algodão, agudo na ponta como um
furado. Meteram-nos pela parte de dentro do beiço; e a parte que lhes fica entre o beiço e o
dente é feita a modo de roque de xadrez. E trazem-no ali encaixado de sorte que não os
magoa, nem lhes põe estorvo no falar, nem no comer e beber (CAMINHA, 2014, p. 21.).
3. MATERIAIS E MÉTODOS
Para a realização deste trabalho, utilizamos o Google Acadêmico para a pesquisa, assim
como foi assistido algumas vídeo aulas no Youtube para melhor compreensão acerca do assunto.
Podemos observar que com a vinda dos portugueses para o território brasileiro, os costumes e
tradições do indígena que aqui estavam, foram modificados pelos portugueses.
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Figura 1: Famille d’um Chef Camacan, Jean -Baptiste Debr et, 1834
Fonte: https://digital.bbm.usp.br/handle/bbm/3661
REFERÊNCIAS
ARRUTI, José Maurício Andion. Morte e Vida do Nordeste Indígena: A emergência étnica
como fenômeno histórico regional. Revista Estudos Histórico s. v. 8, n. 15, 1995.
CAMINHA, Pero Vaz. Carta de Pero Vaz de Caminha. Acesso em 15 mai 2022. Disponível em
http://objdigital.bn.br/Acervo_Digital/Livros_eletronicos/carta.pdf
GOMES, Mercio Pereira. Os índios e o Brasil - passado, presente e futuro. Disponível em:
https://www.historiadobrasil.net/indiosdobrasil/. Acesso em 14 mai 2022.