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5° Ano

Apostila de
História

Professora Larissa de Souza Schwanz Siga

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1° Trimestre

 O que é história
 História pessoal
 Marcação do tempo: calendário, relógio,
estações, calendário lunar e solar, solstício,
equinócio, observatório astronômico
 Surgimento da escrita e formas de registro na
história
 Patrimônio material e imaterial
 As grandes Navegações
 Tratado de Tordesilhas
 Brasil Colonial
 A Cana de Açúcar
 Escravidão no período Colonial

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O que é História?

Escreva a História da sua vida seguindo as seguintes orientações:

 Quando e onde nasci


 Nome dos meus pais e familiares próximos
 Lugares onde morei e onde moro
 Como sou e como vivo atualmente

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Medidas de Tempo

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História da escrita

O surgimento da escrita é um marco importante na história do mundo por demarcar a


separação entre a história e pré-história iniciando os registros dos acontecimentos.
Os sumérios que viviam na Mesopotâmia por volta de 3000 a.C., hoje Iraque, criaram a
escrita cuneiforme que eram placas de barro cunhadas com objetos ponte agudos no formato de
cunha.
Os Egípcios inicialmente escreviam em pedras a chamada escrita hierográfica. Desenhos
que representavam ideias e sons.
Os Fenícios criaram o alfabeto com 22 letras.
Os gregos acrescentaram as vogais.
Os romanos criaram o alfabeto romano. Os números são utilizados até hoje e as letras
com passar do tempo ganharam o nome de alfabeto latino.

História da escrita

O surgimento da escrita é um marco importante na história do mundo por demarcar a


separação entre a história e pré-história iniciando os registros dos acontecimentos.
Os sumérios que viviam na Mesopotâmia por volta de 3000 a.C., hoje Iraque, criaram a
escrita cuneiforme que eram placas de barro cunhadas com objetos ponte agudos no formato de
cunha.
Os Egípcios inicialmente escreviam em pedras a chamada escrita hierográfica. Desenhos
que representavam ideias e sons.
Os Fenícios criaram o alfabeto com 22 letras.
Os gregos acrescentaram as vogais.
Os romanos criaram o alfabeto romano. Os números são utilizados até hoje e as letras
com passar do tempo ganharam o nome de alfabeto latino.

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Patrimônio Material e Imaterial

Tu sabias?
Temos uma lei em nosso país que assegura o cuidado com o que chamamos de Patrimônio
Cultural Brasileiro. Segundo essa lei, patrimônio cultural são bens ―de natureza material e imaterial,
tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos
diferentes grupos formadores da sociedade brasileira‖.
Os bens tombados de natureza material podem ser imóveis, como cidades históricas, sítios
arqueológicos e paisagísticos e bens individuais; ou móveis, como coleções arqueológicas, acervos
museológicos, documentais, bibliográficos, arquivísticos, videográficos, fotográficos e cinematográficos.

Os bens culturais de natureza imaterial dizem respeito àquelas práticas e domínios da vida social
que se manifestam em saberes, ofícios e modos de fazer; celebrações; formas de expressão cênicas,
plásticas, musicais ou lúdicas; e nos lugares (como mercados, feiras e santuários que abrigam práticas
culturais coletivas).

Fonte: <http://portal.iphan.gov.br/ >.

1) A partir dessas informações, procure 1 bem material e 1 bem imaterial da tua cidade
ou região. Dê as principais características destes bens.

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Patrimônio Material e Imaterial

A Cultura Material e Imaterial representam os dois tipos de patrimônio cultural, e que juntos
constituem a cultura de determinado grupo.
A cultura material está associada aos elementos materiais e, portanto, é formada por
elementos palpáveis e concretos, por exemplo, obras de arte e igrejas.
Já a cultura imaterial está relacionada com os elementos espirituais ou abstratos, por exemplo,
os saberes e os modos de fazer.
Ambas possuem aspectos simbólicos, posto que carregam a herança cultural de determinado
povo, ao mesmo tempo que promovem sua identidade.
Exemplos de Patrimônio Material em Pelotas:
Catedral, Prédios Históricos, Baronesa, Museus.
Exemplo de Patrimônio Imaterial em Pelotas:
Os doces de Pelotas, religiões.

Patrimônio Material e Imaterial

A Cultura Material e Imaterial representam os dois tipos de patrimônio cultural, e que juntos
constituem a cultura de determinado grupo.
A cultura material está associada aos elementos materiais e, portanto, é formada por
elementos palpáveis e concretos, por exemplo, obras de arte e igrejas.
Já a cultura imaterial está relacionada com os elementos espirituais ou abstratos, por exemplo,
os saberes e os modos de fazer.
Ambas possuem aspectos simbólicos, posto que carregam a herança cultural de determinado
povo, ao mesmo tempo que promovem sua identidade.
Exemplos de Patrimônio Material em Pelotas:
Catedral, Prédios Históricos, Baronesa, Museus.
Exemplo de Patrimônio Imaterial em Pelotas:
Os doces de Pelotas, religiões.

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1 – Responda:
a) Exemplos de elementos materiais:

b) Exemplos de elementos espirituais:

c) Quais dos patrimônios materiais de Pelotas você conhece?

d) Nossa cidade de Pelotas é famosa pelos doces, tanto que eles viraram ―Patrimônio
Imaterial‖. Quais são os doces que você conhece? Qual é o seu doce preferido?

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2° Trimestre

 Índios no Brasil
 Primeiros povos indígenas do Rio Grande do Sul
 Guerra Guaranítica
 Brasil Imperial
 Primeiro Reinado no Brasil
 Segundo Reinado no Brasil
 Revolução Farroupilha
 Fim da Escravidão

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Índios no Brasil

Responda:

a) Como viviam e se organizavam os povos indígenas?


b) Como eram chamados os chefes das tribos?
c) Cite algumas contribuições que os indígenas deixaram para a nossa cultura?

ÍNDIOS NO BRASIL

Hoje, segundo dados do censo do IBGE realizado em 2010, a população brasileira soma
190.755.799 milhões de pessoas. Ainda segundo o censo, 817.963 mil são indígenas, representando 305
diferentes etnias. Foram registradas no país 274 línguas indígenas. Os povos indígenas estão presentes
tanto na área rural quanto na área urbana, sendo que, cerca de 61% dos indígenas estão concentrados
na área rural.

No Rio Grande do Sul, em 2010, viviam 18,5 mil indígenas de grupos étnicos Guarani, Mbia Guarani,
Kaingang e mistos. Em todo o Rio Grande do Sul, conforme o IBGE, as maiores populações indígenas
estão espalhadas em dez municípios: Redentora, Porto Alegre, Tenente Portela, Charrua, Viamão, São
Valério do Sul, Ronda Alta, Planalto, Benjamin Constant do Sul e Cacique Doble.
Na mesma pesquisa, o IBGE constatou que a maior parte da população indígena que vive na região
Sul é de crianças entre 11 a 14 anos, que representam 11,6% das mulheres e 11,7% dos homens.

 Agora, responda:
a) Segundo o IBGE, quantos indígenas fazem parte da população brasileira?
b) No vídeo, quais as comidas típicas da tribo apresentada?
c) A tribo apresentada no vídeo segue se mantendo somente da caça e pesca?
d) Qual a idade da maioria da população indígena que vive na região Sul?

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Os povos indígenas do Rio Grande do Sul

Ao chegarem em solo Rio-Grandense, os colonizadores encontraram três raças indígenas: os gês, os guaranis e
os pampeanos.

Os Gês talvez fossem descendentes dos mais antigos caçadores do interior. O que é certo é
que habitavam o Rio Grande do Sul já pelo século II a. C. Preferiam zonas de araucárias porque o
pinhão, em estado natural ou reduzido à farinha como pilão e guardado seco, constituía a base de
sua alimentação. Dedicavam-se também à caça, pesca e coleta, mas sua agricultura era
insignificante.
Moravam em casas de palha, mas para o inverno abriam covas de tamanho variado, podendo
atingir até uns 18 metros de diâmetro por uns 7 metros de profundidade: as Casas Subterrâneas.
Este tipo de casa já se encontrava abandonado na época do descobrimento.
Os principais grupos Gês foram conhecidos pelos nomes de: Guaianas, Pinarés, Ibiraiaras e
Caaguás. Estes índios foram dizimados por uma peste, por volta de 1610, pelos bandeirantes e
depois pelos Povos das Missões que incorporaram alguns. Poucos chegaram até nós.

Os Guaranis foram os primeiros agricultores Designa-se como Pampeanos os índios


do Rio Grande do Sul. Entraram como invasores. Charruas, Minuanos, Guenoas e Yarós.
Parece que chegaram em duas levas; A primeira Habitavam o sul do Rio Grande do Sul, o
entre os anos de 300 a 400 d . C. e a segunda Uruguai e partes das províncias Argentinas de
entre os anos de 1000 a 1100 d . C. O centro de Corrientes e Entre Rios. No Rio Grande do Sul,
dispersão deve ter sido o Alto Paraná. Ocuparam, os vestígios mais antigos remontam o primeiro
principalmente, regiões de água abundante. milênio antes de Cristo. Construíram sua
É apontada como causa de suas contínuas habitações sobre cerritos (pequenas
migrações a busca da Terra sem Mal (Ivy elevações feitas nos banhados).
Marroy) que localizavam no leste. Pertenciam a Após as descobertas, com a introdução do
este grupo: os Tapes, o futuro índio das Missões gado pelo colonizador, deixando a
do Rio Grande do Sul, que ocupavam as margens coleta, tornaram-se pastores e exímios
dos grandes rios do Centro e Oeste do Estado; os cavaleiros. Como inimigos tradicionais dos
Arachanes que habitavam a banda ocidental da guaranis das Missões, tornaram-se aliados dos
Lagoa dos Patos; os Carijós ou Patos que portugueses ajudando-os nas préia do gado e
habitavam o litoral marítimo. nas guerras. Na Guerra Guenoa, em 1705, os
O Guarani é considerado de caráter brando, índios das Missões quase os exterminaram.
dócil e pacato, porém, indolente e O último cacique Minuano, que a história
imprevidente. Não era cruel, a antropografia era registrou, (1770-1780 ) foi Dom Miguel Caraí,
apenas ritual. ―Suportava a fadiga, doença, dor e filho de um espanhol e de uma índia minuano.
até a morte sem lágrimas e gemido.‖ O Pampeano contribuiu muito na
As casas eram coletivas, variando o tamanho com mestiçagem dos peões das estâncias do
o número de seus ocupantes. Dormiam em redes. pampa gaúcho. A ele se devem muitos usos e
Os índios Guaranis foram o elemento básico costumes campeiros, como o chiripa,
na formação das Reduções e dos Sete Povos boleadeiras e inúmeros vocábulos.
das Missões.

https://estanciavirtual.com.br/inicial/2018-11-13-indios-os-primeiros-habitantes-do-rio-grande-do-sul/

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Guerra Guaranítica

Depois que o Brasil foi descoberto, começou a ser colonizado. O país era dividido e o estado do
Rio Grande do Sul pertencia ao país da Espanha. A igreja católica enviou padres Jesuítas para
evangelizar os índios da região. Eles fundaram as Missões Jesuíticas, que eram organizadas
conforme a imagem:

Os padres jesuítas ensinaram os índios a ler, escrever, a religião católica, tocar instrumentos
musicais e outros ofícios, como carpintaria e costura.
Com um novo tratado de Madri, as terras do Rio Grande do sul deixaram de pertencer a
Espanha e passaram a pertencer a Portugal, no qual exigiu que o padres jesuítas e os índios
fossem embora e abandonasse tudo o que construíram. Como se recusaram a sair, os índios
guaranis, liderados pelo índio Sepé Tiaraju, resolveram lutar contra o exército de Portugal, sendo
conhecido como a Guerra Guaranítica, no qual os índios saíram perdendo, deixando as missões
jesuíticas.
Atualmente, ainda é possível ver as ruínas dessas missões, no qual viraram Patrimônio Material
da Humanidade.

Responda:

a) Os padres jesuítas fundaram no RS as ________________________


b) Cite uma coisa que os índios aprenderam com os padres:
___________________________
c) Nome do conflito entre índios e portugueses: _____________________
d) Nome do líder dos índios guaranis: ___________________________
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Colonização no Rio Grande do Sul

As terras do nosso Estado eram constantemente invadidas pelos espanhóis e para evitar
essas invasões, o Governo português resolveu povoá-las. Como não havia população suficiente
no Brasil foi necessário trazer pessoas de outros lugares.
Em 1751, chegaram casais vindos da Ilha dos Açores pertencente à Portugal.
Inicialmente o Governo pretendia que eles se instalassem na vasta área onde anteriormente
estavam situadas as Missões. Mas as dificuldades de transporte fizeram com que terminassem
por se fixar na área onde hoje é Porto Alegre. Praticavam a agricultura de pequena propriedade,
mas não tinham mercado pois a economia era voltada para a pecuária.
Posteriormente, em 1780, foi criada a primeira charqueada comercial em Pelotas e os
açorianos povoaram esta região e também a região da Campanha.
As exportações dos produtos agrícolas no Brasil, começou a tomar força, mas havia muita
terra que não era cultivada por falta de mão de obra. Foi então que o governo brasileiro resolveu
estimular a vinda de imigrantes europeus.
O primeiro grupo de imigrantes alemães chegou em 1824 e foram se estabelecendo nos
vales dos rios do Sinos. Os alemães progrediram muito e fizeram surgir várias indústrias:
laticínios, embutidos, cervejarias, curtumes, serrarias e etc. Fundaram importantes cidades como
Novo Hamburgo, Santa Cruz, Agudo, Nova Petrópolis, Sapiranga, entre outras.
Os imigrantes italianos chegaram em 1875 e estabeleceram-se na região montanhosa do
Planalto. Começaram a plantar uva, milho e trigo, para fazer vinho, polenta e pão. Fundaram
colônias que hoje são cidades importantes como Garibaldi, Bento Gonçalves, Farroupilha,
Caxias do Sul, entre outras.
Responda:

a) Cite algumas contribuições que os imigrantes trouxeram para o desenvolvimento do


nosso estado.
b) Onde se estabeleceram os açorianos, os alemães e os italianos?

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A escravidão no Rio Grande do Sul

Por mais de trezentos anos, grande parte das riquezas produzidas no Brasil foi obtida por
meio da exploração do trabalho escravo de negros trazidos da África. Até 1888, ano em que a
escravidão foi abolida no nosso país, milhões de seres humanos foram submetidos a um duro
regime de trabalho e a castigos brutais com o único objetivo de trazer riqueza para os que se
consideravam seus donos.
No Rio Grande do Sul, a escravidão negra se fez presente desde os primeiros momentos
da ocupação de nossas terras.
Os escravos trabalhavam nas estâncias cuidando do gado e cultivando lavouras de trigo,
feijão e mandioca para a própria subsistência da estância ou para vender.
Nas charqueadas era necessário um grande número de trabalhadores na produção do charque
algumas chegaram a ter mais de cem africanos escravizados. As condições de trabalho eram
terríveis e estavam sempre sob ameaça de um feitor. Se não cumprissem a jornada árdua e
excessiva de trabalho eram frequentemente castigados.
Os escravos desempenhavam funções domésticas ou de ganho nos centros urbanos,
mas a vida deles nesses lugares também não era fácil, pois eram submetidos a castigos duros
quando alguma das tantas proibições era desrespeitada. Os negros não podiam permanecer na
venda depois de serem atendidos, três negros conversando era considerado como uma ameaça
à ordem pública e eram proibidos de frequentar corridas de cavalos, festas noturnas, fandangos,
reuniões nas praças e etc.

c)
d)
e)
f)
g) Escravo nas estâncias Escravos nas charqueadas Escravos urbanos
h)

Escreva, com suas palavras, que você aprendeu sobre ―A escravidão no Rio Grande do Sul‖.

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A Revolução Farroupilha

A Guerra dos Farrapos ou Revolução Farroupilha foi a mais longa


rebelião do período regencial do Brasil.
Ocorreu no Rio Grande do Sul e durou dez anos, de 1835 até 1845,
época que compreende a regência de Feijó e o Segundo Reinado. O termo
―farrapo‖ se referia aos trajes maltrapilhos que o exército rebelde usava.
A revoltas foi mobilizada pelos grandes proprietários de terra do Rio
Grande do Sul, insatisfeitos com os altos impostos cobrados pelo governo
imperial sobre seus produtos. Por isso viram na separação e na república
uma forma de obter liberdade comercial e política.
Os negros escravizados também foram recrutados para lutar, sob a
promessa de liberdade, no caso de vitória na guerra contra o império.
A Revolução Farroupilha se encerra com o Tratado de Poncho Verde,
em 1º de março de 1845.
https://www.todamateria.com.br/guerra-dos-farrapos/

Líderes da Guerra dos Farrapos


Dentre os líderes da Revolução Farroupilha, podem ser
destacados os seguintes nomes:

 Bento Gonçalves: filho de ricos fazendeiros, era


militar e foi um dos líderes da revolução, sendo
nomeado presidente da República Rio-Grandense.
 David Canabarro: militar que teve importante papel
na liderança de tropas dos farrapos e foi um dos que
proclamaram a República Juliana, em 1840.
 Giuseppe Garibaldi: italiano conhecido por seu
envolvimento com revoluções aqui no Brasil e
também na Europa. Uniu-se com Canabarro na
conquista de Laguna e na proclamação da República
Juliana.
 Antônio de Souza Neto: grande líder militar dos
farrapos que esteve envolvido com a Batalha de
Seival, em 1836. Participou diretamente da
proclamação da República Rio-Grandense, em 1836.

https://escolakids.uol.com.br/historia/revolta-farroupilha-1835-
1845.htm
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Fim da escravidão no Brasil

Após termos estudado sobre a triste realidade dos negros escravizados aqui no Brasil, vamos
aprender sobre como ocorreu o fim dessa escravidão. Foi um processo longo e que teve leis
aprovadas, até chegar ao seu fim em 1888, com a Lei Áurea, assinado pela princesa Isabel.
Observe essa tabela:

Desafio: Calcule quantos anos que acabou a escravidão no Brasil:

Fim da escravidão no Brasil

Após termos estudado sobre a triste realidade dos negros escravizados aqui no Brasil, vamos
aprender sobre como ocorreu o fim dessa escravidão. Foi um processo longo e que teve leis
aprovadas, até chegar ao seu fim em 1888, com a Lei Áurea, assinado pela princesa Isabel.
Observe essa tabela:

Desafio: Calcule quantos anos que acabou a escravidão no Brasil:

Fim da escravidão no Brasil

Após termos estudado sobre a triste realidade dos negros escravizados aqui no Brasil, vamos
aprender sobre como ocorreu o fim dessa escravidão. Foi um processo longo e que teve leis
aprovadas, até chegar ao seu fim em 1888, com a Lei Áurea, assinado pela princesa Isabel.
Observe essa tabela:

Desafio: Calcule quantos anos que acabou a escravidão no Brasil:

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3° trimestre
 Brasil República
 Poder Legislativo, Judiciário e Executivo
 Impostos e tributos
 Serviços Públicos
 Religiões: budismo, judaísmo, cristianismo,
islamismo, religiões de matriz africana, religião
indígena

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Três poderes

Com o fim da monarquia surgiu uma nova forma de governo: a República. E esta forma de
governo é organizada através de três poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário que atuam nos
segmentos: Federal, Estadual e Municipal.

PODER MUNICÍPIO ESTADO PAÍS

Executivo Legislativo Judiciário


Fiscaliza e faz cumprir as
Administra de acordo com Elabora as leis. leis.
as leis.

Prefeito, Governador e
Presidente. Federal: Senadores Juízes (tribunais estaduais)
Juízes (Supremo Tribunal
Estadual: Deputados Federal).
Municipal: Vereadores

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Impostos e taxas

Os governos existem para promover o conforto e o bem-estar dos


habitantes de um país. Em troca desses benefícios, os habitantes têm o dever
de pagar impostos e taxas.

Através dos impostos, as pessoas recebem benefícios que não são


apenas para elas, mas para toda a comunidade, como escolas, hospitais ruas
calçadas e outros.

Alguns impostos cobrados pelos governos:

Municipal: Imposto territorial e residencial urbano (IPTU);

Estadual: Imposto sobre circulação de mercadorias (ICM);

Federal: Imposto de renda (IR).

Através das taxas, as pessoas recebem benefícios diretos, como


energia elétrica, água encanada, coleta de lixo e outros.

1. Responda:
a) Qual o nome da companhia responsável pelo fornecimento de energia
elétrica?

b) Qual o nome do órgão responsável pelo fornecimento de água potável?

2. Pergunte aos seus pais quais são os impostos ou taxas que eles
pagam?

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As Cidades e seus principais serviços públicos

Para que as cidades sejam mantidas em perfeito funcionamento, é dever


dos governantes organizarem formas para que isso aconteça. Uma forma de
organização do governo para conservar as cidades e manter os serviços
públicos é a arrecadação de dinheiro por meio dos impostos que todas as
pessoas que trabalham devem pagar.
Chamamos de serviços públicos todos os trabalhos executados por
pessoas contratadas do governo. Essas pessoas recebem o nome
de funcionários públicos, que devem ser contratados através de concursos,
provas que selecionam esses profissionais. Os funcionários públicos podem
ser municipais (das Cidades), estaduais (dos Estados) ou federais (do País).
Os serviços prestados são destinados a todo a população e devem ser
oferecidos de maneira gratuita, pois são direito de todos que pagam os
impostos. Alguns exemplos de serviços públicos, são:

- a coleta de lixo, feita pelos funcionários responsáveis pela limpeza


das vias públicas;

- manter em funcionamento as iluminações das cidades;

- construir e manter em condições de funcionamento os postos de


saúde e os hospitais públicos;

- construir e manter em funcionamento creches, escolas e bibliotecas


públicas;

- fazer a pavimentação de ruas;

- cuidar do saneamento básico da cidade;

- manter em perfeito funcionamento a estação de tratamento de água


esgoto.

Fonte: <https://escolakids.uol.com.br/geografia/servicos-publicos.htm>.

a) De quem é o dever de cuidar dos serviços públicos?

b) O que são serviços públicos?

c) Quem tem direito aos serviços públicos?

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Budismo

É uma religião e filosofia fundamentada nos ensinamentos de Buda, e


tem aproximadamente 2.500 anos. Ela tenta condicionar a mente de
maneira a levá-la à paz, sabedoria, alegria, serenidade e liberdade. O
budismo tem por objetivo trabalhar o espiritual do homem, pois um espírito
sadio significa um corpo saudável.

Quem foi Buda?

Siddhart Gautama, o Buda, nasceu no século VI a.C., em Kapilavastu,


norte da Índia, que hoje corresponde ao Nepal. Ele era um príncipe que,
logo após seu nascimento, foi levado pelos seus pais ao templo para ser
apresentado aos sacerdotes. Lá surgiu um senhor sábio que havia dedicado
sua vida toda à meditação longe da cidade; ele tomou o menino em suas
mãos e profetizou "este menino será grande entre os grandes. Será um
poderoso rei ou um mestre espiritual que ajudará a humanidade a se libertar
de seus sofrimentos". Após essa profecia, os pais de Siddhart resolveram
criar o filho superprotegido para que ele não optasse por estudos filosóficos
como foi profetizado. Aos dezesseis anos, ele se casou com sua bela prima
Yasodhara; desse relacionamento nasceu seu único filho, Rahula. Contudo,
sempre se mostrou curioso com a vida fora dos portões do palácio, por fim,
em um belo dia, decidiu descobrir o que havia do outro lado. Siddhart se
chocou com a realidade de seu povo e, aos 29 anos, decidiu buscar uma
solução para aquilo que afligia seu coração: o sofrimento humano. Abriu
mão de sua família e foi em busca de uma resposta. Foi nesse caminho que
ele se tornou Buda, o iluminado.
Fundou a doutrina budista, cujo principal conceito é de que as respostas
do homem se encontram em seu interior.

ESCOLA, Equipe Brasil. "Budismo"; Brasil Escola. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/religiao/budismo.htm. Acesso em 02 de março de
2021.

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Judaísmo

O judaísmo é a religião monoteísta mais antiga do mundo. Originou-se


por volta do século XVIII a.C., quando Deus mandou Abraão procurar a terra
prometida. Seu desenvolvimento ocorreu de forma conjunta ao da civilização
hebraica, através de Moisés, Davi, Salomão etc., sendo que foram esses dois
últimos os reis que construíram o primeiro templo em Jerusalém.
Os judeus acreditam que YHWH (Javé ou Jeová, em português) seja o
criador do universo, um ser onipresente, onipotente e onisciente, que influencia
todo o universo e tem uma relação especial com seu povo. O livro sagrado dos
judeus é o Torá ou Pentateuco, revelado diretamente por Deus. Para o
judaísmo, o pecado mais mortal de todos é o da idolatria, ou seja, a prática de
adoração a ídolos e imagens.
Os cultos são realizados em templos denominados sinagogas. Os
homens usam uma pequena touca, denominada kippa, como forma de respeito
para com Deus. Os principais rituais são a circuncisão, realizada em meninos
com 8 dias de vida, representando a marca da aliança entre Deus e Abraão e
seus descendentes; e o Bar Mitzvah (meninos) e a Bat Mitzvah (meninas), que
representam o início da vida adulta.
Os livros sagrados dentro do judaísmo não fazem referência à vida após
a morte, no entanto, após o exílio na Babilônia, os judeus assimilaram essa
ideia. Na verdade, essas crenças variam conforme as várias seitas judaicas. A
base da religião judaica está na obediência aos mandamentos divinos
estabelecidos nos livros sagrados, uma vez que, para eles, isso é fazer a
vontade de Deus e demonstrar respeito e amor pelo criador.
O judaísmo é a religião monoteísta que possui o menor número de adeptos
no mundo, cerca de 12 a 15 milhões.

Tiago Dantas – Equipe Brasil Escola

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Cristianismo

Com cerca de 2,1 bilhões de adeptos atualmente, o Cristianismo é a


maior religião do mundo, sendo predominante na Europa, América e
Oceania. A religião se iniciou através dos ensinamentos de Jesus de
Nazaré, considerado o salvador da humanidade. O cristianismo é uma
religião abraâmica, da mesma forma que o Islamismo e o Judaísmo.
Os seguidores de Jesus são chamados de ―cristãos‖; tal denominação
foi utilizada pela primeira vez em Antioquia, uma colônia militar grega. O
livro sagrado dos cristãos é a Bíblia Sagrada, composta pelo Antigo e pelo
Novo Testamento. A primeira parte conta a história da criação do mundo,
das leis, tradições judaicas, etc. Já o Novo Testamento conta a vida de
Jesus, como os cristãos primitivos viviam, etc.
Jesus Cristo nasceu em Belém, Judeia (Palestina), por volta do ano 6
a.C. Seus ensinamentos morais, como o amor a Deus e ao próximo, fizeram
com que sua vida passasse a ser um exemplo a ser seguido. Aos 33 anos,
Jesus morreu crucificado injustamente e ressuscitou após o terceiro dia.
Existem três ramos do Cristianismo: Protestantismo, Catolicismo e Igreja
Ortodoxa. Em razão disso, existem, também, diferentes concepções e
aspectos em cada um deles. Contudo, de forma universal, podemos afirmar
que os adeptos ao Cristianismo creem na existência de um Deus, criador do
universo; de Jesus Cristo, elemento central da religião, considerado o
redentor da humanidade; e da vida após a morte.
O Cristianismo se difundiu grandemente pela Ásia, Europa e África. A
religião cresceu tanto que, no ano de 313, o imperador Constantino
concedeu aos cristãos liberdade de culto; e em 392, foi considerada a
religião oficial do Império Romano.

DANTAS, Tiago. "Cristianismo"; Brasil Escola. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/religiao/cristianismo.htm. Acesso em 02 de março de 2021.

Islamismo

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O islamismo é atualmente a segunda maior religião do mundo. Seu
surgimento remonta ao século VII e deu-se por meio das pregações
realizadas por Muhammad, seu profeta.
O islamismo é uma religião surgida na Península Arábica, no começo do
século VII, por meio de Muhammad (conhecido em português como
Maomé). Essa crença religiosa atualmente é a segunda maior do mundo,
possuindo cerca de 1,8 bilhão de fiéis, a maioria deles localizada no
continente asiático e africano.
Islã é o aportuguesamento da palavra em árabe islam. Essa palavra,
nesse idioma, significa submissão e é derivada de salam, que significa paz.
O sentido de paz mencionado não se refere ao conceito de guerra, mas sim
a uma condição de paz entre corpo e espírito.
O fiel adepto ao islamismo é conhecido como muçulmano ou
muçulmana, e esses termos também têm origem no idioma árabe. Essas
palavras são oriundas de muslim, que significa submisso, portanto, dentro
da fé islâmica, muçulmano é aquele que é submisso a Deus, chamado de
Allah.
O islamismo é uma religião monoteísta que advoga a crença unicamente
em Allah. Os muçulmanos acreditam na onipotência e onisciência desse
Deus, além de crerem que ele é o criador do Universo. Esses fiéis referem-
se constantemente a Allah como ―o Clemente, o Misericordioso‖. Essa
menção é encontrada em quase todo Alcorão e consta no trecho do livro
sagrado dos muçulmanos que foi transcrito anteriormente neste texto.
Os muçulmanos acreditam nos profetas enviados por Allah para
trazerem sua mensagem, sendo Muhammad o último e mais importante
deles. Alguns dos profetas em que esses acreditam são: Adão, Noé,
Abraão, Moisés, Jesus e o próprio Muhammad.
Os muçulmanos acreditam no conceito de danação eterna e professam
que aqueles que não se converteram à mensagem de Allah serão
condenados ao fogo eterno. O julgamento de todos será conduzido pelo
próprio Deus durante o juízo final. Lá, as ações em vida definirão o destino
de cada um.
Esses fiéis acreditam que livros como a Torá, os Salmos e a Suna
(acatada somente pelos muçulmanos sunitas) são sagrados e acreditam na
existência de anjos — a revelação para Muhammad foi realizada pelo
próprio anjo Gabriel. Entre os livros sagrados, o Alcorão é o mais importante
deles, tendo sido escrito entre 610 d.C. e 632 d.C.
Os muçulmanos acreditam que três cidades são sagradas: Medina,
Meca e Jerusalém. Meca possui a Caaba, uma construção sagrada — a
mais importante do islamismo. Medina é o local onde há uma mesquita que
guarda o túmulo de Muhammad, e Jerusalém é o local onde o profeta foi
transportado por um ser mítico, que, depois, levou-o ao sétimo céu para
encontrar o próprio Allah.

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O islamismo é uma religião que possui cinco pilares que todo
muçulmano deve seguir no exercício de sua fé. Estes são os pilares:

1- Recitar o credo ―não existe nenhum deus além de Allah, e


Muhammad é seu profeta‖.

2- Orar cinco vezes ao dia na direção de Meca.

3- Observar o jejum durante o mês sagrado chamado Ramadã.

4- Realizar o zakat, a doação de 2,5% de seus lucros para os mais


pobres.

5- Visitar Meca uma vez na vida, desde que se tenha condições para
isso.

Islamismo no Brasil

O islamismo é uma das religiões de pouca difusão na América Latina, e


isso inclui o Brasil. Segundo o censo realizado pelo IBGE, em 2010, existem
atualmente cerca de 35 mil muçulmanos no país, um número bastante
pequeno em relação à população brasileira, que supera 200 milhões de
habitantes. Uma das cidades brasileiras com maior presença de
muçulmanos é São Paulo.

SILVA, Daniel Neves. "Islamismo"; Brasil Escola. Disponível


em: https://brasilescola.uol.com.br/religiao/islamismo.htm. Acesso
em 02 de março de 2021.

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Religiões de Matriz Africana

As religiões de matriz africana foram incorporadas a cultura brasileira


desde há muito, quando os/as primeiros/as escravizados/as
desembarcaram no país e encontraram em sua religiosidade uma forma de
preservar suas tradições, idiomas, conhecimentos e valores trazidos da
África.

Batuque – sediado no Rio Grande do Sul, se estendeu para países


vizinhos como Uruguai e Argentina. É fruto de religiões dos povos da Costa
da Guiné e da Nigéria, como as nações Jeje, Ijexá, Oyó, Cabinda e Nagô.

Candomblé – Do Calundu colonial da Bahia surgem os primeiros


terreiros de candomblé e com eles a organização politico-social-religiosa.
Neste ponto, as irmandades não podem ser esquecidas. Elas têm como
origem a mistura proveniente da cultura dos escravizados com o
catolicismo. A mais antiga é a Irmandade da Boa Morte, que no terreiro da
Casa Branca fundou os alicerces para que as demais casas de candomblé
pudessem ser criadas e posteriormente, se espalharem pelo Brasil.

Cabula – é o nome pelo qual foi chamada, na Bahia, uma seita surgida
no final do século XIX, com caráter secreto e fundo religioso. Além do cunho
hermético, a seita mantinha forte influência da cultura afro-brasileira,
sobretudo dos malês, bantos com sincretismo provocado pela difusão da
Doutrina Espírita nos últimos anos do século XIX. A Cabula é classificada
como candomblé de caboclo, considerada como precursora da Umbanda,
persiste ainda como forma de culto nos estados da Bahia, Espírito Santo,
Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Culto aos Egungun – é uma das mais importantes instituições, tem por
finalidade preservar e assegurar a continuidade do processo civilizatório
africano no Brasil, é o culto aos ancestrais masculinos, originário de Oyo,
capital do império Nagô, que foi implantado no Brasil no início do século
XIX. O culto principal aos Egungun é praticado na Ilha de Itaparica no
Estado da Bahia, mas existem casas em outros Estados.

Catimbó - Concebe-se como Catimbó-Jurema, ou simplesmente


Jurema, a religião que se utiliza de sessões de Catimbó na veneração da
Jurema sagrada e dos Orixás. O Catimbó-Jurema é um culto híbrido,
nascido dos contatos ocorridos entre as espiritualidades indígena, européia
e africana, contatos esses que se deram em solo brasileiro, a partir do
século XVI, com o advento da colonização.

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Umbanda – é uma religião brasileira que sincretiza vários elementos,
inclusive de outras religiões como o catolicismo, o espiritismo, as religiões
afro-brasileiras e a religiosidade indígena. A palavra umbanda deriva de
m’banda, que em quimbundo (idioma banto) significa ―sacerdote‖ ou
―curandeiro‖.

Quimbanda – é uma ramificação da umbanda desde a sua fundação


pelo médium brasileiro Zélio Fernandino de Morais, já que o mesmo admitiu
ter um exu como guia por ordens de seus guias. Assim como qualquer
religião, dentro da quimbanda, existem várias linhas de desenvolvimento,
mas o princípio de trabalhar respeitando as leis da Umbanda é fundamental,
uma vez que estas entidades são comandadas pelas entidades da
Umbanda, que é sua matriz.

Xambá - A Nação Xambá é uma religião afro-brasileira ativa em Olinda,


Pernambuco. Alguns autores afirmam que este culto está praticamente
extinto no país.

Omolocô – é um culto presente no Rio de Janeiro, mas veio pela Bahia


e também é encontrado no Rio Grande do Sul, é caracterizado por suas
práticas rituais e de culto aos Orixás, Caboclos, Pretos-velhos e demais
Falangeiros de Orixás da Umbanda. O culto Omolocô é apontado por
estudiosos do assunto e praticantes como um dos principais influenciadores
da formação da Umbanda africanizada, ao lado do Candomblé de Caboclo,
do Cabula e do próprio Candomblé. Teria surgido entre o povo africano
Lunda-Quiôco.

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Religião Indígena

A religião indígena, baseada em conjuntos de mitos sobre seres espirituais,


era variada, entretanto era comum a crença em entidades espirituais que
habitavam o mundo material. Também se acreditava em potências espirituais
encarnadas por animais e na existência de pessoas que poderiam estabelecer
contato com o mundo espiritual (pajés), sendo homem ou mulher.
Tupã era o ser sobrenatural supremo que controlava a natureza e, como é
comum nas religiões a identificação dos seus deuses com os seus povos, era
representado pela figura de um índio poderoso. Além desse deus, existia a
figura mística do Abaçaí, que, para alguns povos, tratava-se um espírito
maléfico que perturbava a vida dos índios.
Os povos Tupinambá desenvolveram mitos de criação do mundo e
acreditavam em sua possível destruição futura, por meio de dilúvios que
matariam todos. Eles também acreditavam em entidades como Maire-Monan,
que teria ensinado a agricultura à humanidade para que esta pudesse
alimentar-se melhor.
Os pajés, que são as pessoas que podem entrar em contato com as
entidades espirituais, utilizam a sabedoria aprendida com os espíritos para
aconselhar as pessoas e fazer rituais de cura. Os rituais, chamados pajelanças,
poderiam ser feitos em festividades, como forma de agradecimento e de
pedido, e para efetuar curas medicinais. Eles envolviam, em alguns casos,
música e dança. Era comum o pajé utilizar-se da inalação de grandes
quantidades de fumaça de tabaco para que, em transe narcótico, pudesse
fazer contato com os espíritos.
Os índios utilizam adornos corporais e pinturas com materiais extraídos da
natureza, como a tintura de urucum, os colares de peças naturais, e os
botoques e adornos feitos com base na arte plumária (que utiliza plumas e
penas de aves). Há uma importante simbologia por trás dos adornos e das
pinturas corporais, que podem identificar o sexo, a idade, a aldeia e a posição
social do índio, estabelecendo uma espécie de identidade cultural dos povos
indígenas.
As religiões animistas (aquelas que colocam como seres sobrenaturais e
divinos elementos da natureza, como o Sol, a Lua e as florestas) compunham o
imaginário religiosos dos povos indígenas. Antes da chegada dos portugueses,
a maioria das tribos indígenas era guerreira, e essas disputavam os territórios
entre si quando uma tribo migrava de um lugar para outro já habitado.
Outra característica comum das diversas tribos indígenas era a fabricação
de utensílios religiosos e de decoração com base em argila, madeira, bambu e
penas de aves, além da confecção de pinturas corporais utilizadas em
processos de caça e de guerra ou em festivais religiosos.

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