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Escola: ________________________________________________________

Professor(a) _____________________ Disciplina: Geografia / História

Eixo de Conhecimento: 3- Culturas, Identidades e Diversidades

1- (ENEM 2009 - Adaptado)


Os Yanomami constituem uma sociedade indígena do norte da Amazônia e formam um
amplo conjunto linguístico e cultural. Para os Yanomami, urihi, a “terra floresta”, não é
um mero cenário inerte, objeto de exploração econômica, e sim uma entidade viva,
animada por uma dinâmica de trocas entre os diversos seres que a povoam. A floresta
possui um sopro vital, wixia, que é muito longo. Se não a desmatarmos, ela não
morrerá. Ela não se decompõe, isto é, não se desfaz. É graças ao seu sopro úmido que
as plantas crescem. A floresta não está morta pois, se fosse assim, as florestas não
teriam folhas. Tampouco se veria água. Segundo os Yanomami, se os brancos os fizerem
desaparecer para desmatá-la e morar no seu lugar, ficarão pobres e acabarão tendo
fome e sede.
ALBERT, B. Yanomami, o espírito da floresta. Almanaque Brasil Socioambiental. São Paulo: ISA, 2007
(adaptado).

De acordo com o texto, os Yanomami acreditam que


a) a floresta não possui organismos decompositores.
b) o potencial econômico da floresta deve ser explorado.
c) o homem branco convive harmonicamente com urihi.
d) Wixia é a capacidade que tem a floresta de se sustentar por meio de processos vitais.

2- (UECE - 2020 - adaptado) Leia atentamente o seguinte texto:

“As marcas de pneus na terra cor de sangue são profundas e recentes. Tainaky
Tenetehar desce da moto para conferir. “De hoje de manhã”, diz ele com a segurança de
rastreador veterano sintonizado com quaisquer sinais de movimento humano nessas
fronteiras sem lei. Pelo binóculo, ele sonda a savana queimada na morraria bruxuleante
que segue até uma crista coroada de árvores ao longe. Nessa que é uma das fronteiras
mais disputadas do Brasil – em que o solo desmatado empurra a floresta de crescimento
antigo e terrenos privados adentram as fronteiras de terras indígenas –, as marcas de
pneus só podem ter um significado”.

Fonte: National Geographic Brasil, 19 de set. de 2018. Disponível em


https://www.nationalgeographicbrasil.com/cultura.

Considerando o excerto acima, é correto dizer que:


a) garimpeiros, fazendeiros e madeireiros avançam floresta amazônica adentro, em
ritmo sustentável, junto aos povos indígenas urbanizados.
b) na fronteira mais disputada do Brasil, o avanço do garimpo, da exploração ilegal da
madeira, da grilagem de terras e das queimadas ameaça a existência de povos indígenas
isolados.
c) o projeto de desenvolvimento econômico atual da região em questão visa impedir o
estabelecimento de novas áreas de garimpo e de exploração da madeira.
d) as marcas dos pneus significam o avanço do extrativismo e da exploração mineral
sustentáveis, em comunhão e harmonia com os povos da floresta.
3- (ENEM - 2013- adaptado)

“A recuperação da herança cultural africana deve levar em conta o que é próprio do


processo cultural: seu movimento, pluralidade e complexidade. Não se trata, portanto,
do resgate ingênuo do passado nem do seu cultivo nostálgico, mas de procurar perceber
o próprio rosto cultural brasileiro. O que se quer é captar seu movimento para melhor
compreendê-lo historicamente.”

MINAS GERAIS: Cadernos do Arquivo 1: Escravidão em Minas Gerais. Belo Horizonte: Arquivo Público Mineiro,
1988.

Com base no texto, a análise de manifestações culturais de origem africana,


como a capoeira ou o candomblé, deve considerar que elas:
A) permanecem como reprodução dos valores e costumes africanos.
B) perderam a relação com o seu passado histórico.
C) derivam da interação entre valores africanos e a experiência histórica brasileira.
D) contribuem para o distanciamento cultural entre negros e brancos no Brasil atual.

4- (ENEM 2009 - adaptado para SAEB)


“Os melhores críticos da cultura brasileira trataram- na sempre no plural, isto é, enfatizando a
coexistência no Brasil de diversas culturas. Arthur Ramos distingue as culturas não europeias
(indígenas, negras) das europeias (portuguesa, italiana, alemã etc.), e Darcy Ribeiro fala de diversos
Brasis: crioulo, caboclo, sertanejo, caipira e de Brasis sulinos, a cada um deles correspondendo uma
cultura específica.”

MORAIS, F. O Brasil na visão do artista: o país e sua cultura. São Paulo: Sudameris, 2003.

Considerando a hipótese de Darcy Ribeiro de que há vários Brasis, a opção em que a obra mostrada
representa a arte brasileira de origem negro-africana é:

A)
B)

C)
D)

5- Leia a música abaixo e responda:

A letra da canção “Chiclete com banana” enfoca o seguinte elemento cultural que
mistura os ritmos e demostra diversidade do país. Qual seria esse elemento?

A) difusão da cultura estrangeira


B) diversificação da identidade étnica
C) valorização da pluralidade artística
D) expansão da dependência econômica

6- (UEMA - 2021 - adaptado SAEB) Leia o texto e responda:


Sabeis quem traz as pragas à terra? Cativeiros injustos. Quem trouxe ao Maranhão a
praga dos Holandeses? Quem trouxe a praga das bexigas? Quem trouxe a fome e a
esterilidade? Estes cativeiros. […] Todo o homem que deve serviço ou liberdade alheia, e
podendo-a restituir, não restitui, é certo que se condena: todos, ou quase todos os
homens do Maranhão devem serviços e liberdades alheias, e podendo restituir, não
restituem; logo, todos os quase todos se condenam.

Cleonice Berardinellí. Pretos, Índios e Judeus nos Sermões de Vieira. In. João Adolfo Hansen, Adma Muhana,
Hélder Garm (Orgs). Estudos sobre Vieira – São Paulo: Ateliê Editorial. 2011.
Este Sermão do Pe. Antônio Vieira (1608-1697) faz uma crítica à escravização dos
indígenas e expõe a grande demanda por essa mão de obra no Estado Colonial do
Maranhão até meados do século XVIII.

A assertiva que explica o cativeiro dos indígenas no Brasil colonial é a seguinte:

A) As guerras contra os indígenas eram a única forma de abastecimento de mão de obra


escrava para as atividades produtivas.
B) A escravização dos indígenas só poderia ocorrer em áreas onde houvesse uma
profunda pobreza dos moradores.
C) A escravidão indígena foi uma prática dos colonos e gerou uma disputa entre esses e
os missionários (padres) pelo controle dessa mão de obra.
D) A mão de obra indígena era utilizada nos serviços domésticos e substituiu os
africanos escravizados que trabalhavam na lavoura.
7- (FACISB - 2020 - adaptado para o SAEB) Analise as pinturas históricas:

Pintura de Victor Meirelles. 1861.


Primeira Missa no Brasil. Museu Nacional de Belas Artes

A obra retrata:
A) dissociam a religião cristã do processo colonizador no Novo Mundo.
B) mostram uma visão idealizada da relação entre os nativos e os europeus.
C) comprovam os objetivos econômicos da colonização da América.
D) enaltecem aspectos culturais do modo de vida dos povos originários da américa.

8- (SAEB)
Leia o texto abaixo:
Cultura das Festas Juninas no Nordeste.
Inicialmente, no século XVI, a festa é herança dos povos colonizadores do território
brasileiro e possuía uma forte tom religioso – conotação essa que se perdeu em parte,
uma vez que é vista por muitos mais como uma festividade popular do que religiosa.
Além disso, a evolução da festa junina no Brasil fez com que ela se associasse a
símbolos típicos das zonas rurais.
O crescimento da festividade aconteceu sobretudo no Nordeste, região que atualmente
possui as maiores festas. A maior festa junina do país acontece na cidade de Campina
Grande, localizada no estado da Paraíba. Em 2017, a estimativa do evento era receber
aproximadamente 2,5 milhões de pessoas.
Texto adaptado de: https://www.df.senac.br/faculdade/origem-da-festa-junina.

De acordo com o texto, as festas juninas foram adaptadas ao longo dos séculos e
mesclam atualmente vários elementos culturais. Originalmente, as festas juninas
traduzem-se como parte da herança cultural dos povos:
a) Africanos
b) Portugueses
c) Indígenas
d) Italianos.

9- (ENEM – 2015 - adaptado para SAEB)


A língua de que usam, por toda a costa, carece de três letras; convém a saber, não se
acha nela F, nem L, nem R, coisa digna de espanto, porque assim não têm Fé, nem Lei,
nem Rei, e dessa maneira vivem desordenadamente, sem terem além disto conta, nem
peso, nem medida.

GÂNDAVO, P. M. A primeira história do Brasil: história da província de Santa Cruz a que vulgarmente
chamamos Brasil. Rio de Janeiro: Zahar, 2004 (adaptado).

A observação do cronista português Pero de Magalhães Gândavo, em 1576,


sobre a ausência das letras F, L e R na língua dos povos originários mencionada
demonstra a:
A) incompreensão dos valores socioculturais indígenas pelos portugueses.
B)simplicidade da organização social das tribos brasileiras.
C) dominação portuguesa imposta aos índios no início da colonização.
D) superioridade da sociedade europeia em relação à sociedade indígena.

10- (ADAPTADO) O antropólogo inglês Edward Tylor (1832-1917) foi responsável por
criar a primeira definição de cultura. Segundo o estudioso, ela representa: (…) todo
complexo que inclui conhecimentos, crenças, arte, moral, leis, costumes ou qualquer
outra capacidade ou hábitos adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade.
(TYLOR, E. Primitive culture. Londres: John Mursay & Co, 1871).
Acesso em: https://www.institutoclaro.org.br/educacao/para-ensinar/planos-de-aula/identidade-e-cultura-
conceitos-e-relacoes-sociais/
Sobre o conceito de cultura, é correto afirmar:
a) a cultura é universal e definida pela política, economia e educação das sociedades em
que se desenvolve.
b) a cultura é sinônimo de educação e envolve o saber sobre a arte, as leis e a moral.
c) a cultura é conjunto de tradições, crenças e costumes de determinado grupo social.
d) a cultura representa uma rede de significados que foi imposta pelos povos da
antiguidade.

11- ( Enem 2017 - adaptado -SAEB)


Para a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco),
é importante promover e proteger monumentos, sítios históricos e paisagens culturais.
Mas não só de aspectos físicos se constitui a cultura de um povo. As tradições, o folclore,
os saberes, as línguas, as festas e diversos outros aspectos e manifestações devem ser
levados em consideração. Os afro-brasileiros contribuíram e ainda contribuem
fortemente na formação do patrimônio imaterial do Brasil, que concentra o segundo
contingente de população negra do mundo, ficando atrás apenas da Nigéria.
MENEZES, S. A força da cultura negra: Iphan reconhece manifestações como patrimônio imaterial.
Disponível em: www.ipea.gov.br. Acesso em: 29 set. 2015.

Considerando a abordagem do texto, os bens imateriais enfatizam a


importância das representações culturais para a:
a) construção da identidade nacional.
b) elaboração do sentimento religioso.
c) dicotomia do conhecimento prático.
d) reprodução do trabalho coletivo.

12- (Unioeste - 2012 - adaptado SAEB)


Quando falamos em identidade, logo pensamos em quem somos. A construção de
identidades como: “ser brasileiro”, “ser português”, “ser cigano”, “ser gremista”, “ser
homem”, “ser mulher” é um processo sociocultural pelo qual se marca as fronteiras de
pertencimento social e/ou cultural.
Tendo por base o anúncio transcrito acima, é correto afirmar que:
a) as identidades são estáticas, é algo natural, ela nos acompanha por toda a vida, o ser
humano nunca modifica a identidade ou personalidade ao longo da vida.
b) as identidades são construídas nas relações sociais, culturais, são situacionais,
relacionais e constroem-se na relação entre o “nós” e os “outros”, cria um nós coletivo.
c) identidades surgem através de um determinismo geográfico que molda o nosso modo
de ser e agir.
d) identidades são heranças genéticas.
Item Gabarito

1- D

2- B

3- C

4- A

5- C

6- C

7- B

8- B

9- A

10- C

11- A

12- B

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