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Brasil: Formação étnico-racial

Brasil: Formação étnico-racial


Brasil: Formação étnico-racial

(EF07HI12) Identificar a distribuição territorial da população brasileira em


diferentes épocas, considerando a diversidade étnico-racial, étnico-cultural
(indígena, africana, europeia e asiática) e os interesses políticos e
econômicos.

Objetivos: Identificar os processos migratórios (internos


e externos) que contribuíram na formação do Brasil.
Analisar os diferentes impactos da conquista europeia
sobre as civilizações ameríndias e as formas de
resistência.
Mapa: Portugueses

Presença portuguesa: de colonizadores a


imigrantes

• Imigração restrita (1500-1700): cerca de 100 mil


portugueses.

• Imigração de transição (1701-1850): 600 mil


portugueses.
• Imigração de massa (1851-
1930): média anual ultrapassou
a barreira dos 25 mil.

• Imigração de declínio (1960-


1991): em torno de 9.000
IBGE. Diretoria de Geociências. Atlas Nacional do Brasil Milton Santos.
Rio de Janeiro? IBGE, 2010. p. 145. Disponível em: portugueses.
https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv47603_cap5_pt2.pdf

IBGE. Brasil 500 anos. Território Brasileiro e povoamento: Portugueses. Presença portuguesa: de colonizadores a imigrantes.
Disponível em: https://brasil500anos.ibge.gov.br/territorio-brasileiro-e-povoamento/portugueses.html. Acessos em: 29 set. 2021.
Ativando atitude historiadora...

O contexto histórico do Brasil colonial


influenciou a forma como negros e indígenas
vivem hoje em dia? Justifique sua resposta.
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Povos indígenas: dicas para não cometer gafes

https://www.youtube.com/watch?v=3tuS-
DZPD04
Vídeo: ONU Brasil. Povos indígenas: dicas para não cometer gafes. Licença Creative
Commons. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=3tuS-DZPD04.
Acesso em: 29 set. 2021.
Principais povos indígenas na
época do descobrimento. Fonte:
No Amazonas é Assim.
https://noamazonaseassim.com.br/
as-tribos-indigenas-do-estado-do-
amazonas/. CC BY 4.0. Wikimedia Commons.
Disponível em: https://commons.wikimedia.
org/wiki/File:Mapa-dos-Povos-Indigenas-na-
Epoca-do-Descobrimento.jpg. Acesso em:
29 set. 2021.
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Currículo em Ação, 2021. Caderno do aluno, História, 7º ano, vol. 2, p. 13. (versão estendida)
Currículo em Ação, 2021, Caderno do aluno, História, 7º ano, vol. 2, p. 5. (versão estendida)

O contato com vários povos


indígenas criou para os europeus a
necessidade de compreender e
enquadrar essas populações no
seu universo mítico e conceitual.
Durante o séc. XVI, os relatos sobre
o novo mundo identificaram os
indígenas como “gentios”, “negros
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da terra” (índios escravizados) e


“índios” (índios aldeados).

Fonte: A Presença Indígena na Formação do Brasil/João Pacheco de Oliveira e Carlos Augusto da Rocha Freire – Brasília:
Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade; LACED/Museu Nacional, 2006.
Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me004372.pdf. Acesso em: 07 out.2020.
Atividade de reflexão
CAMINHA, Pero Vaz de. A Carta. Universidade da Amazônia. NEAD – Núcleo de Educação a Distância. p 12.
Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ua000283.pdf. Acesso em: 29 set. 2021.

“Eles não lavram nem criam. Nem há aqui boi ou vaca,


cabra, ovelha ou galinha, ou qualquer outro animal que
esteja acostumado ao viver do homem. E não comem
senão deste inhame, de que aqui há muito, e dessas
sementes e frutos que a terra e as árvores de si deitam”.
Reflita
A fonte acima traz a percepção que Pero Vaz de Caminha
conhecia o dia a dia dos indígenas. A partir da leitura,
identifique como o autor descreve a prática de criação de
animais e os aspectos da alimentação dos povos nativos.

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O escrivão comete dois equívocos: primeiramente ao
afirmar que os indígenas “não lavram”: os índios
brasileiros praticavam a agricultura, especialmente da
mandioca. Também desconhece que os animais citados
não existiam na América e, portanto, não poderiam “ser
criados” pelos indígenas. Esse trecho pode oportunizar a
discussão sobre a visão etnocêntrica do europeu em
relação aos povos nativos. O documento afirma: “eles
não lavram nem criam. Nem há aqui boi ou vaca, cabra,
ovelha ou galinha, ou qualquer outro animal que esteja
acostumado ao viver do homem”.
Os Guaicurus – Resistência indígena

• A passagem de um rio pelos indígenas


Guaicurus.
• Povo caçador.
• Povo de cavaleiros voltados para a
atividade guerreira.
• Um grupo de caçadores-coletores.

Elaborado especialmente para o CMSP.


Indígenas Guaicurus. Autor desconhecido. Século XVIII. Acervo Biblioteca Nacional Digital. Domínio Público. Wikimedia Commons.
Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Guaicurus_atravessando_um_rio.jpg. Acesso em: 29 set. 2021.
Fonte: Guilherme Barboza de Fraga. Plano de aula ‒ Resistência indígena: o protagonismo dos Guaicurus (XVIII). Nova Escola.
Disponível em: https://novaescola.org.br/plano-de-aula/5945/resistencia-indigena-o-protagonismo-dos-guaicurus-xviii. Acesso em:
29 set 2021.

[...] Os primeiros contatos dos europeus com a etnia


Guaicuru causaram grandes perdas para os portugueses.
Para evitar novas derrotas, o governo da província tentou
negociar pacificamente com os indígenas, conquistando um
tratado de paz com os Guaicurus no ano de 1791.
[...] Os Guaicurus foram resistência à
dominação, tendo agido de forma
violenta ou sabendo negociar para
estabelecer um acordo que lhes
beneficiasse de alguma maneira.

Jean-Baptiste Debret. Carga de cavalaria Guaicuru, 1822.


Domínio Público. Wikimedia Commons. Disponível em:
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Debret_-
_Carga_de_cavalaria_guaicuru.jpg. Acesso em: 29 set. 2021.
• Com relação às 274 línguas faladas, o Censo demonstrou que cerca de 17,5% da
população indígena não fala a língua portuguesa.

Diego Gurgel/Secom-AC Funai.


Disponível em:
https://www.gov.br/funai/pt-br/ass
untos/noticias/2021/ultimo-dia-do-
seminario-sobre-
etnodesenvolvimento
-em-rio-branco-ac-debate-
capacitacao-e-linhas-de-credito.
Acesso em: 30 set. 2021.
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Presença africana no Brasil séc. XIX
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Cite um exemplo de tradição cultural indígena e
um exemplo de tradição cultural africana.

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Contribuições das culturas africana e
indígena

• Culinária.
• Religiões.
• Literatura.
• Arte.
• Técnicas.
• Conhecimentos diversos, entre outros.

MEC/FENAME/RJ. Atlas Histórico Escolar, 7 ed. rev. e atual. Rio de Janeiro: FENAME, 1977. p. 11. Disponível em:
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me001601.pdf. Acesso em: 29 set. 2021.
A herança cultural negra

• Os escravizados africanos e seus descendentes crioulos e mestiços


influenciaram em profundidade a formação cultural do país, desde a
época em que este era América Portuguesa. Raros serão os aspectos de
nossa cultura que não tenham sido moldados com a ajuda da mão e da
inteligência africanas e afro-brasileiras.

• Na religião, música, dança, alimentação, língua, temos a


influência negra, apesar da repressão que sofreram as
suas manifestações culturais mais cotidianas.

IBGE. Brasil 500 anos. Território brasileiro e povoamento. Negros: a herança cultural
Negra e racismo. Disponível em: https://brasil500anos.ibge.gov.br/en/territorio-brasileiro-e-povoamento/negros/
a-heranca-cultural-negra-e-racismo.html. Acesso em: 29 set. 2021.
Formas de resistência à escravidão na América Portuguesa:
Os quilombos

Elaborado especialmente para o CMSP.


Recursos: PowerPoint
Réplica da sede administrativa do Quilombo dos Palmares. Thalita Chargel. CC BY-SA 4.0 Wikimedia Commons.
Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Replica_da_sede_administrativa_do_Quilombo.jpg.
Acesso em: 29 set. 2021.
Quilombos Palmares
guerreiros fundação
da mata século XVI
Elaborado especialmente para o CMSP.

Formado No seu
por 12 auge
Recursos: PowerPoint

povoados contava
ou com 30 mil
mocambos habitantes
Réplica da sede administrativa do Quilombo dos Palmares. Thalita Chargel. CC BY-SA 4.0 Wikimedia Commons. Disponível em:
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Replica_da_sede_administrativa_do_Quilombo.jpg. Acesso em: 29 set. 2021.
.
Habitantes:
Negros, indígenas e alguns brancos.

Economia:
Caça, pesca, plantação e artesanato.

Serra da Barriga, 2017. Mirla Dâmaso. CC BY-SA 4.0 Wikimedia Commons. Disponível em: https://commons.
wikimedia.org/wiki/File:Serra_da_Barriga_-_Por_Mirla_D%C3%A2maso_(13).jpg. Acesso em: 29 set. 2021.

Elaborado especialmente para o CMSP.


Recursos: PowerPoint
.
Serra da Barriga está localizada no atual município
de União dos Palmares, no estado de Alagoas.

À época do Quilombo dos Palmares, fazia parte


da Capitania de Pernambuco.

Foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico


e Artístico Nacional (IPHAN) em 1986.

Serra da Barriga, 2017. Mirla Dâmaso. CC BY-SA 4.0 Wikimedia Commons. Disponível em: https://commons.
wikimedia.org/wiki/File:Serra_da_Barriga_-_Por_Mirla_D%C3%A2maso_(13).jpg. Acesso em: 29 set. 2021.

Elaborado especialmente para o CMSP.


Recursos: PowerPoint
.
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Dossiê de Candidatura da Serra da
Barriga, Parte Mais Alcantilada - Quilombo dos Palmares a Patrimônio Cultural do MERCOSUL / Candice dos Santos Ballester ... [et
al.] ; Marcelo Brito, coordenador . São Carlos : Editora Cubo, 2017. Disponível em:
http://www.palmares.gov.br/wpcontent/uploads/2018/03/Dossie_serra-da-barriga.pdf. Acesso em: 29 set. 2021.
Antônio Parreiras. Zumbi. s/ data. Museu Antônio Parreiras, RJ. Domínio Pùblico.
Wikimedia Commons. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/
File:Ant%C3%B4nio_Parreiras_-_Zumbi_2.jpg. Acesso em: 29 set. 2021.
(EF07HI19*)

Organização política
1º líder Ganga Zumba
Mocambo do Macaco
1678 Ganga Zumba
– Propõe um acordo de paz com a Coroa
– Em troca de liberdade e terras para nascidos no quilombo.
Zumbi
– Chefe de um dos mocambos e sobrinho do rei não
concordou com a decisão e manteve a resistência.
1694 – Após várias guerras o Mocambo do Macaco é destruído,
os líderes degolados.

.
Trabalho escravizado
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Além de ser empregado no setor da produção


de açúcar, foi utilizado também:
• na agricultura de abastecimento interno;
• na criação de gado;
• nas pequenas manufaturas;
• no trabalho doméstico;
• em toda ordem de ocupações urbanas.
Elaborado especialmente para o CMSP.
Recursos Power Point
Resistência dos escravizados
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•A história da resistência dos escravizados é longa e


penosa. As revoltas, em movimentos grandes e
pequenos, ou foram planejadas, visando à abolição
geral, como nos quilombos, ou foram golpes mais
modestos que previam punir um senhor ou feitor
mais tirano.
• As fugas representaram um estilo mais constante de
rebeldia, tanto por aqueles que as empreenderam
como aventura individual, misturando-se aos negros,
mestiços livres, quanto pelos que se juntaram para
formar quilombos.
IBGE. Brasil 500 anos. Território brasileiro e povoamento. Negros: resistência dos escravos.
Disponível em: https://brasil500anos.ibge.gov.br/en/territorio-brasileiro-e-povoamento/negros/resistencia-dos-escravos.html.
Acesso em: 29 set. 2021.
Materiais desta aula

• Efeitos sonoros: www.freesound.org. Para consultar toda a lista de efeitos, acesse:  


https://freesound.org/people/Trilhas_Vanzolini/downloaded_sounds/.

• Vídeo: ONU Brasil. Povos indígenas: dicas para não cometer gafes. Licença Creative Commons.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=3tuS-DZPD04. Acesso em: 29 set. 2021.

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