Você está na página 1de 2

Teatro de Fantoches.

A História da feijoada.
Escravo José falando com outros escravos:
- Josefina eu estou tão cansado e com muita fome!

Escrava Josefina respondeu para José:


- Eu também, mas não queria comer aquela farofa com aquele feijão ralo.

Senhora Aurora:
- Senhora Afonsa prepare logo o jantar, hoje teremos porco no jantar.

Senhora Afonsa:
- Sim, senhora, já irei preparar.

Na senzala o escravo José, Josefina e os demais não dormiam.

Senhora Aurora depois do jantar:


- Escrava Afonsa, toma, leva a Senzala os restos de porco, os miúdos, pés, tripas, orelhas, focinhos, rabos e
leve também o resto de feijão.

Escrava Afonsa:
-Sim minha senhora.

A escrava levou tudo para a senzala, resmungando:


- Só dão o que ao presta esses brancos ruins!

Os escravos falaram:
- Vamos cozinhar os restos para ver se gostamos pior que angu não pode ser.

Quando terminou de cozinhar Afonsa disse:


- Puxa! O cheiro está bom, vamos comer!

Os escravos comeram e Josefina falou:


- Até que são gostosos esses rabinhos e focinhos de porco...

Senhora Aurora:
- Que cheirinho é esse? Parece que está vindo da Senzala. Vou pedir um pouquinho a eles.

Senhora Aurora pede para a Escrava ir buscar.

Escrava Afonsa se surpreendeu, fez e levou um prato para a Sinhazinha que por sinal adorou.

Senhora Aurora provou a comida e satisfeita disse:


- Essa comida é muito boa, o que tem nela?

Escrava Afonsa falou:


- Tudo aquilo que a Senhora não quis do porco..., O rabo, pés, miúdos, orelhas, focinhos e tudo isso cozido
com feijão.

Senhora Aurora:
- Mas é muito gostoso, como se chama essa comida? Ah! Vamos dar o nome de feijoada.

A História do Zumbi dos Palmares.

Zumbi dos Palmares é um conhecido líder quilombola. Sua história começa em 1655 com seu nascimento
em Alagoas, em um dos mocambos de Palmares. O seu nome vem do quimbundo “nzumbi”, e quer dizer
“duende” (no Brasil, a tradução também é interpretada como “fantasma”). Com apenas sete anos, em 1662,
Zumbi é capturado por soldados e entregue a um padre (Pe. António Melo) que torna-se responsável por sua
formação. Batizado na igreja Católica como Francisco, ele ajudava nas missas além de estudar Português e
Latim.
Aos quinze anos, em 1670, Zumbi foge para o Quilombo de Palmares onde obtém reconhecimento pelas
suas habilidades marciais. Com apenas vinte anos (1675) já é um respeitável estrategista militar e guerreiro,
atuando na luta contra os soldados do Sargento-mor Manuel Lopes.
1673 é a data do primeiro registro histórico referente a Zumbi. Seu nome aparece em relatos portugueses
sobre uma expedição que foi derrotada pelos quilombolas.
Em 1678 o líder de Palmares, Ganga-Zumba, é chamado a negociar com o governador da Capitania de
Pernambuco (Pedro de Almeida). A proposta do governador consistia em dar liberdade para os negros do
Quilombo de Palmares perante a submissão à Coroa Portuguesa. Ganga-Zumba aceita, mas Zumbi vai
contra essa decisão alegando que não se podia dar a liberdade somente ao povo de Palmares havendo ainda
milhares de outros negros sendo escravizados. Por este ato, Zumbi se torna o novo líder de Palmares.
Notando a dificuldade de derrotar o quilombo, contrata-se o bandeirante paulistano Domingos Jorge Velho.
Com o apoio do governo, Jorge Velho e seus homens rechaçam Palmares e ferem Zumbi, que consegue
fugir. Um ano depois, ao dia 20 de novembro de 1695, Zumbi é delatado por um antigo companheiro – após
localizado, ele é preso e degolado.

Atualmente, à memória da morte de Zumbi dos Palmares, celebramos no dia 20 de novembro o Dia da
Consciência Negra.

Você também pode gostar