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8º Itan

Em outra circunstância, Olofin estava muito doente, muitos foram vê-lo,


mas não se encontrou em lugar nenhum quem o curasse.

Por esse tempo, Exú comia aquilo que encontrava, convivendo com a
pobreza. Sabendo da doença então, ele seguiu. Vestiu um gorro branco
igual aos que usavam os Babalaôs e foi visitar o velho rei. Levou consigo
suas ervas e com o seu poder curou então Olofin.

Orumilá ficou muito agradecido e perguntou então a Exú qual deveria


ser a recompensa. Exú que conhecia a pobreza, que conhecia a fome, que
provara do desprezo de todos, pediu-lhe que lhe desse primazia nas
oferendas, que lhe desse sempre um pouco de tudo que desse a qualquer
um e que o pusesse às estradas das casas de modo a ser sempre o primeiro
a ser saudado pelos que chegassem à casa, para que fosse saudado pelos
que saíssem a rua. Orumilá estava grato a Exú e deu tudo o que Exú
pediu.
Ensinamento:
Este itan revela dois lados, ele revela a abertura dos
padês nas iniciações dos Xirês, dos orôs internos e nos
orienta que ao contarmos para os Orixás, que ao
começarmos uma oferenda, uma mesa de comidas
secas ou até mesmo uma obrigação simples, uma
oferenda simples como um amalá para Xangô, como
um Omolocum para Oxum, ou um Acarajé para Iansã,
é preciso dar também um padê para Exú para manter
o itan vivo. Revela ainda nas comunhões que se fazem
às mesas de Bori, aonde se retira um pouco de cada
comida e oferece para que a cabeça que está tomando
esse Bori coma primeiro. Essa parte é um respeito à
Exú, é um enaltecimento, é pedindo a Exú que antes
dos Orixás, cubra também essa cabeça com respeito e
proporcionando e essa pessoa, a esse filho, aquilo que
ele pediu relacionado à obrigação.

Postado por Lila Menezes às 08:30 Nenhum comentário:


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quarta-feira, 20 de novembro de 2013


Qual a origem do Dia da Consciência Negra?
ZUMBI DOS PALMARES Zumbi dos Palmares nasceu no estado de
Alagoas no ano de 1655. Foi um dos principais representantes da
resistência negra à escravidão na época do Brasil Colonial. Foi líder do
Quilombo dos Palmares, comunidade livre formada por escravos
fugitivos das fazendas. O Quilombo dos Palmares estava localizado na
região da Serra da Barriga, que, atualmente, faz parte do município de
União dos Palmares (Alagoas).

Na época em que Zumbi era líder, o Quilombo dos Palmares alcançou


uma população de aproximadamente trinta mil habitantes. Nos
quilombos, os negros viviam livres, de acordo com sua cultura,
produzindo tudo o que precisavam para viver. Embora tenha nascido
livre, foi capturado quando tinha por volta de sete anos de idade.
Entregue a um padre católico, recebeu o batismo e ganhou o nome de
Francisco.

Aprendeu a língua portuguesa e a religião católica, chegando a ajudar o


padre na celebração da missa. Porém, aos 15 anos de idade, voltou para
viver no quilombo. No ano de 1675, o quilombo é atacado por soldados
portugueses. Zumbi ajuda na defesa e destaca-se como um grande
guerreiro. Após um batalha sangrenta, os soldados portugueses são
obrigados a retirar-se para a cidade de Recife. Três anos após, o
governador da província de Pernambuco aproxima-se do líder Ganga
Zumba para tentar um acordo, Zumbi coloca-se contra o acordo, pois
não admitia a liberdade dos quilombolas, enquanto os negros das
fazendas continuariam aprisionados.

Em 1680, com 25 anos de idade, Zumbi torna-se líder do quilombo dos


Palmares, comandando a resistência contra as topas do governo. Durante
seu “governo” a comunidade cresce e se fortalece, obtendo várias vitórias
contra os soldados portugueses. O líder Zumbi mostra grande habilidade
no planejamento e organização do quilombo, além de coragem e
conhecimentos militares. O bandeirante Domingos Jorge Velho organiza,
no ano de 1694, um grande ataque ao Quilombo dos Palmares. Após uma
intensa batalha, Macaco, a sede do quilombo, é totalmente destruída.
Ferido, Zumbi consegue fugir, porém é traído por um antigo
companheiro e entregue as tropas do bandeirante. Aos 40 anos de idade,
foi degolado em 20 de novembro de 1695.

A importância de Zumbi para a História do Brasil Zumbi é considerado


um dos grandes líderes de nossa história. Símbolo da resistência e luta
contra a escravidão, lutou pela liberdade de culto, religião e pratica da
cultura africana no Brasil Colonial. O dia de sua morte, 20 de novembro,
é lembrado e comemorado em todo o território nacional como o Dia da
Consciência Negra.

Qual a origem do Dia da Consciência Negra?

Data é celebrada em 20 de novembro para lembrar Zumbi, líder do


Quilombo dos Palmares, assassinado por tropas coloniais em 1695.
Na década de 1970, um grupo de quilombolas no Rio Grande do Sul
cunhou o dia 20 de novembro como o Dia da Consciência Negra: uma
data para lembrar e homenagear o líder do Quilombo dos Palmares,
Zumbi, assassinado nesse dia pelas tropas coloniais brasileiras, em 1695.
A representação do dia ganhou força a partir de 1978, quando surgiu o
Movimento Negro Unificado no País, que transformou a data em
nacional.

Segundo a historiadora da Fundação Cultural Palmares, Martha Rosa


Queiroz, a data é uma forma encontrada pela população negra para
homenagear o líder na época dos quilombos, fortalecendo assim mitos e
referências históricas da cultura e trajetória negra no Brasil e também
reforçando as lideranças atuais. "É o dia de lembrar o triste assassinato
de Zumbi, que é considerado herói nacional por lei, e de combate ao
racismo", afirma. A lei federal de 2011 (12.519) institui o 20 de novembro
como Dia Nacional da Consciência Negra. A adoção dos feriados fica por
conta de leis municipais. Diversas atividades são realizadas na semana da
data como cursos, seminários, oficinas, audiências públicas e as
tradicionais passeatas.

O Quilombo dos Palmares ficava onde hoje se encontra o estado de


Alagoas e é considerado o maior quilombo territorial e temporal do
Brasil, pois durou cerca de 100 anos. Em seu auge, chegou a abrigar de 25
mil a 30 mil negros. "Funcionava como um Estado dentro de outro
Estado. Os negros fugiam do sistema escravista e se refugiavam em uma
área de difícil acesso, mas com solo muito rico", conta.

Mas como a comunidade dos quilombos conseguiu resistir por um século


contra o exército brasileiro, que utilizou canhões pela primeira vez em
tentativas de destruir o quilombo? "O quilombo possuía um corpo bélico,
com armas adquiridas por meio de trocas com fazendeiros do entorno,
pela comida que produziam e também por assaltos', explica Martha.

O quilombo também contava com uma rede de informação grande, onde


negros ainda na condição de escravos passavam informações antes das
tropas chegarem ao local. A prática de guerra adotada era a guerrilha,
quando o atacado recua antes do inimigo chegar, deixando o local vazio.
"No mundo, existem outras experiências de quilombos e utilização de
datas importantes da cultura negra. Mas o Brasil se destaca pelo uso que
faz do 20 de novembro e pela dimensão que ele tomou".

Postado por Lila Menezes às 12:29 Nenhum comentário:


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domingo, 17 de novembro de 2013


Laguidibá

Algumas pessoas também conhece como Hunjegbe. Trata-se do colar


conhecido como “a joia da nação”, pertencendo exclusivamente a Nação
Jeje, embora, devido a mesclas outras nações às vezes fazem uso do
mesmo. O Hunjeve é um colar pessoal, entregue ao vodúnsi quando
completa seu ciclo de 7 anos, onde se tornará um Etemi (mais velho),
embora alguns defendam que o Hunjeve deve ser entregue na iniciação.
Quando a pessoa morre seu hunjeve é enterrado junto a ela depois que
todos os preceitos forem realizados.

Vale ressaltar que o hunjeve é pessoal, sendo que não deve ser tocado
muito menos usado por quem não seja seu dono. Para cada pessoa há um
tamanho específico, assim como a quantidade de contas utilizadas,
evidênciando a propriedade do colar. O Hunjeve é o simbolo da ligação
vodun x vodunsi.
O Laguidibá é um outro colar também importante dentro da liturgia,
confeccionado com chifre de búfalo, na cor preta, pertence aos voduns da
família de Sakpata, embora vodúnsis de outras famílias também o usem,
geralmente depois que ganham cargo.

Os fios de conta

Os fios de conta usados pelas vodúnsis, em geral trata-se de colares


simples, com uma única “perna” com as contas nas cores correspondentes
ao vodum. O colar do(a) zelador(a) pode ser mais trabalhado, porém
nada que fuja ao tradicional.

Abaixo as cores das contas referentes aos principais Voduns do Jeje:

• Legba: Vermelho e transparente, podendo ser multicolorida;

• Ogun: Verde e vermelho, verde musgo ou azul turquesa;

• Agué: Verde e branco rajado ou verde e amarelo (alguns usam


verde, amarelo e vermelho ou multicolorido);

• Odé: Verde ou azul turquesa;


• Azansú e demais voduns da família Sakpata: Roxo (ou bordô),
preto e branco (varia segundo a escolha do vodun, notando-se uma
maior presença do branco para Avimaje);

• Loko: Branco rajado de verde;

• Sogbo/Badé/Akarumbé: Branco leitoso e vermelho, bordô e branco


ou terracota e branco;

• Oyá: vermelho, podendo ser também marron terracota;

• Kposu: Bordô e branco ou laranja rajado de preto;

• Averekete: Branca rajada de vermelho e azul, ou contas


intercaladas nestas cores;

• Nanã: Lilás ou branca rajada de azul marinho;

• Aziri Tolá: Amarelo leitoso;

• Aziri Togbosi: Miçangas brancas ou pérolas, podendo ser branco


rajado de azul claro;

• Yemanjá: Miçangas brancas ou transparentes e azul;

• Oxun: Amarelo ouro ou amarelo cristal;


• Gbèsén (Bessém): Amarelo cristal ou amarelo cristal e verde
cristal;

• Frekwen (Kwenkwen): verde cristal podendo ser também a mesma


de Bessém;

• Dan Jikún (Ojikún): vermelho cristal ou vermelho cristal e


transparente;

• Ewá: vermelho e rosa;

• Lissá: Branco leitoso;

• Aido Wedo: cores do arco-íris intercaladas 1 conta de cada cor na


sequência;

• Dangbalah Wedo: cores do arco-íris 3 contas de cada cor na


sequência.

Postado por Lila Menezes às 03:25 Nenhum comentário:


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domingo, 10 de novembro de 2013


Vestir preto no culto aos Orixás
No candomblé dos anos 50, 60 e até 70, uma pessoa que chegava à porta
de um candomblé vestida de preto, era sempre repudiada por aquela
comunidade, e pedia-se para a pessoa se retirar. Quando a pessoa se
negava a sair era entendido como uma afronta a Oxalá Pai de todas as
cabeças por antecipação.

Vestir preto em uma saída de Iyawo é mesma coisa que dizer que o dono
casa não sabe fazer o que esta fazendo.

Vestir preto em uma festa de 7 anos é a mesma coisa que dizer; não estou
de acordo com esse titulo (oye).

Vestir preto em um funeral é desejar que aquela alma não tenha paz pela
eternidade...

Vestir preto em um Ikomojade é desejar má sorte para criança

Vestir preto no dia a dia é afirmar-se intimo de Iyami Osorongá!

Vestir vermelho é dizer em alto e bom som! Não tenho medo das mães
feiticeiras, por isso uso sua cor.

No itan de Bábà Ofuru, onde conta se que ele foi praguejado por Iyami, e
é por isso que entre uma saia branca e outra é obrigado a usar um faixa
preta de tecido. Para lembra-lo de sua vergonha!
Igual a Sango que usa um conta branca no pescoço para lembra-lo de um
desrespeito a Oxalá!

Nos dias de hoje isso tudo esta sendo desrespeitado pelo mais novos, que
acreditam estarem sendo desrespeitados pelos mais velhos.

Postado por Lila Menezes às 12:33 Nenhum comentário:


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7º. Itan:

Exú provocou a guerra entre famílias. Um rei e sua família deixaram de


prestar as homenagens devidas a Exú e este não se deu por vencido.
Haveriam de pagar bem caro pela ofensa. Exú procurou a rainha que vivia
enciumada porque o rei só se interessava pela esposa mais nova. Disse-lhe
que faria então um feitiço para que ela voltasse a ser a preferida do marido.
Deu a ela uma faca e disse que cortasse um fio de barba do rei para fazer o
tal trabalho. Então Exú, foi a casa do príncipe herdeiro e disse que o pai
queria vê-lo naquela noite. Que fosse ao palácio e levasse seus guerreiros.

Exú foi ao rei e disse-lhe que tomasse cuidado, porque a rainha planejava
mata-lo naquela noite. O rei então se recolheu naquela noite, mas ficou
acordado esperando e viu então a rainha entrar no quarto e dele se
aproximar com a faca na mão, imaginou que ela pretendia mata-lo e
engalfinhou-se com a faca na mão numa luta feroz. O príncipe que
chegava ao palácio com seus homens ouviu o barulho, os gritos e correu a
câmara real com os soldados e viu o rei com a faca na mão. Faca que tirara
da rainha na luta e pensou que o rei ia matar a rainha, a sua mãe. Invadiu o
quarto com os soldados. Seguiu-se grande mortalidade. O preço fora pago e
alto. Exú cantava, Exú dançava. Exú estava vingado.
Ensinamento: Esse itan revela que nem tudo é o que parece ser. Revela
muitas vezes, que um cliente vai a mesa de jogo buscar muitas vezes, uma
vingança, vai buscar uma cobrança por ciúme, a cobrança por negligência
pessoal e muitas vezes não se dá a ele aquilo que ele foi buscar. Convencer
de que na realidade as coisas podem ser diferentes se forem vistas de forma
diferente e muitas vezes uma queimação, muitas vezes um feitiço, uma
magia, por mais negra que seja possa ser mudada por um ebó de paz, aonde
os conflitos são desfeitos, aonde os mal entendidos são esclarecidos, sem
envolver tragédia, sem envolver dor, sem envolver lágrimas, evitando que
Exú cante, que Exú dance, evitando vinganças de Exú.
Postado por Lila Menezes às 12:12 Nenhum comentário:
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