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PALMARES

VIVE!
(EF07HI19*)
Habilidade do Currículo Paulista

(EF07HI19*) Analisar as condições das pessoas escravizadas e


identificar as formas de resistência à escravidão na América
Portuguesa.
No seu dia a dia você
consegue perceber a
permanência das formas de
resistência contra a escravidão
que ocorreu no Brasil?

©Pixabay
https://www.youtube.com/watch?v=HbreAbZhN4Q
No filme A rota do escravo – a alma da resistência, a história do comércio de seres
humanos é contada através das vozes de escravos, mas também dos mestres e
comerciantes de escravos.
Cada um conta sua experiência: da deportação de homens e mulheres para as
plantações até o cotidiano do trabalho e os movimentos de abolição.
Produzido pela Organização das
Nações Unidas para a Educação, a
Ciência e a Cultura (UNESCO),
traduzido e dublado pelo Centro
de Informação das Nações Unidas
para o Brasil (UNIC Rio).

Vídeo: ONU Brasil. A Rota do Escravo. A Alma da Resistência. Licença Creative


Commons. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=HbreAbZhN4Q. Acesso
em: 9 ago. 2021.
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O tráfico negreiro foi uma prática legalmente aceita até o final do século XVIII, quando
passou por um entrave frente às perspectivas e aos anseios da nova fase do sistema
capitalista, à luz do Iluminismo e da Revolução Industrial. Nesse contexto, a Inglaterra,
mesmo tendo acumulado riquezas com a escravidão e o tráfico de escravos, ao atender
aos seus novos interesses, iniciou um movimento para impedir esse comércio. Além de o
tráfico humano ser considerado, no entendimento intelectual,
desprezível, era interessante comercialmente para a
Inglaterra diminuir a capacidade de produção de açúcar do
Brasil e de Cuba (que o produziam com mão de obra escrava)
e ampliar as possibilidades de venda dos seus produtos
industrializados com o aumento de assalariados. Assim, o
Império Britânico aboliu o tráfico em 1808 e a escravidão em
1833; disponibilizou sua Marinha para vigiar e patrulhar as
costas africanas, além de utilizar sua influência para
pressionar nações aliadas a acabar com o tráfico de pessoas.
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Diante dessa situação, o Brasil, como importante parceiro comercial da Inglaterra,


teve que se adequar às novas políticas sobre a escravidão, ao mesmo tempo que
precisava garantir a seguridade financeira da elite nacional. Assim, leis foram
criadas para reprimir o tráfico, mas não foram cumpridas (dando origem ao termo
“para inglês ver”), como mostram os números da entrada de escravos entre os anos
de 1846 e 1849, em que se estima o ingresso de mais de 50 mil
pessoas em situação de escravidão.
Fonte: adaptado especialmente para o Material de Apoio ao Currículo Paulista, do site
Ensinar História, da historiadora Joelza Ester Domingues.

As pressões britânicas pelo fim do tráfico de escravos, 2019. Disponível em:


https://ensinarhistoriajoelza.com.br/as-pressoes-britanicas-pelo-fim-do-trafico-de-escravos/. Acesso em: 5 dez.
2019.
São Paulo faz Escola, 2020. Caderno do Aluno, 8º ano, v. 2, parte 2, p. 53.
As condições das pessoas escravizadas na América
As condições das pessoas escravizadas na América Portuguesa
Portuguesa
(EF07HI19*)
A vida na casa-grande
A vida na casa-grande (EF07HI19*)

Uma família e suas escravas


domésticas no Brasil, c. 1860.

Revert Henry Klumb. Domínio público. In: LAGO, Bia Corrêa do. Os fotógrafos do Império: a fotografia brasileira no Século XIX. Rio
de Janeiro: Capivara, 2005. Wikimedia Commons. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Family_and_slave_ho
use_servants_by_Klumb_1860.png. Acesso em: 10 ago. 2021.
AA vida na casa-grande
vida na casa-grande
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Eugen Keller e sua babá em Pernambuco, Brasil,


c. 1874.

Alberto Henschel. Domínio público. In: ERMANOFF, George. O negro na fotografia brasileira do Século XIX. Rio de Janeiro:
George Ermakoff Casa Editorial, 2004. p. 99. Wikimedia Commons. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/
File:Alberto_Henschel_-_Baba_com_o_menino_Eugen_Keller.jpg. Acesso em: 10 ago. 2021.
O papel dos escravizados na economia
O papel dos escravizados na economia
(EF07HI19*)

Escravizados (incluindo crianças)


reunidos em uma fazenda de
café no Brasil, c. 1885, foto de
Marc Ferrez.

Marc Ferrez. Domínio público. In: LAGO, Bia Corrêa do. Os fotógrafos do Império: a fotografia brasileira no Século
XIX. Rio de Janeiro: Capivara, 2005. Wikimedia Commons. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/
File:Slaves_in_coffee_farm_by_marc_ferrez_1885.jpg. Acesso em: 10 ago. 2021.
FormasFormas de repressão
de repressão (EF07HI19*)

Escravidão no Brasil, de
Jean-Baptiste Debret, do
livro Viagem pitoresca e
histórica ao Brasil (1834-
1839).

Jacques Arago. Domínio público. Museu Afro Jean-Baptiste Debret. Domínio público. Wikimedia Commons. Disponível em:
Brasil, São Paulo. Wikimedia Commons. https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Slavery_in_Brazil,_by_Jean-
Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/ Baptiste_Debret_(1768-1848).jpg Acesso em: 10 ago. 2021
M%C3%A1scara_de_Flandres#/media/Ficheir
o:Jacques_Etienne_Arago_-_Castigo_de_Escra
vos,_1839.jpg. Acesso em: 10 ago. 2021.
Punições públicas: Praça Santa Ana,
por Rugendas (1827-1835)
es públicas: Praça Santa Ana,
por Rugendas (1827-1835)

Johann Moritz Rugendas. Domínio público. Coleção Itaú Cultural. Foto da obra: Wilfredor (CC BY-SA 4.0) Wikimedia Commons.
Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Johann_Moritz_Rugendas_in_Brazil.jpg. Acesso em: 10 ago. 2021.
Formas de resistência à escravidão na América Portuguesa:
Os quilombos

Réplica da sede administrativa do Quilombo dos Palmares. Foto: Thalita Chargel (CC BY-SA 4.0) Wikimedia
Commons. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Replica_da_sede_administrativa_do_
Quilombo.jpg Acesso em: 10 ago. 2021.
Elaborado especialmente para o CMSP.

Quilombo Palmares –
Guerreiros fundação
da mata século XVI

Formado No seu
por 12 auge,
povoados contava
ou com 30 mil
mocambos habitantes

Réplica da sede administrativa do Quilombo dos Palmares. Foto: Thalita Chargel (CC BY-SA 4.0) Wikimedia Commons.
Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Replica_da_sede_administrativa_do_Quilombo.jpg Acesso em:
10 ago. 2021.
.
Habitantes:
negros, indígenas e alguns brancos.
Economia:
caça, pesca, plantação e artesanato.

Serra da Barriga. Foto: Mirla Dâmaso (CC BY-SA 4.0) Wikimedia Commons. Disponível em:
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Serra_da_Barriga_-_Por_Mirla_D%C3%A2maso_(13).jpg
Acesso em: 10 ago. 2021.

.
Serra da Barriga está localizada no atual município
de União dos Palmares, no estado de Alagoas.
À época do Quilombo dos Palmares, fazia parte
da Capitania de Pernambuco.
Foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico
e Artístico Nacional (IPHAN) em 1986.

Serra da Barriga. Foto: Mirla Dâmaso (CC BY-SA 4.0) Wikimedia Commons. Disponível em:
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Serra_da_Barriga_-_Por_Mirla_D%C3%A2maso_(13).jpg
Acesso em: 10 ago. 2021.
Instituto do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional (IPHAN). Dossiê de
Candidatura da Serra da Barriga, Parte
Mais Alcantilada – Quilombo dos
Palmares a Patrimônio Cultural do
MERCOSUL. Candice dos Santos Ballester
et al (Org.), Marcelo Brito, (Coordenador)
São Carlos: Editora Cubo, 2017. Disponível
em:
http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfind
e r/arquivos/Dossie_serra-da-
barr(Ogsiga.p df. Acesso em 13 ago. 2021.
(EF07HI19*)

Organização política
1º líder: Ganga Zumba Antônio Parreiras. Zumbi, Domínio
públim: ca, 1927. Museu Antônio
Mocambo do Macaco Parreiras. Wikimedia Commons.
Disponível em: https://commons.wik
imedia.org/wiki/File:Ant

1678 – Ganga Zumba %C3%B4nio_Parreiras_-_Zumbi.jpg.


Acesso em: 10 ago. 2021.

Propõe um acordo de paz com a Coroa.


• Em troca de liberdade e terras para nascidos no
quilombo.
Zumbi
• Chefe de um dos mocambos e sobrinho do rei, não
concordou com a decisão e manteve a resistência.
1694 – Após várias guerras, o mocambo do macaco é
destruído
.
e seus líderes, degolados.
Palmares vive
Texto: TV Brasil. Palmares vive. Caminhos da Reportagem, 23 nov. 2017. Disponível em: https://tvbrasil.ebc.com.br/caminhos-da-
reportagem/2017/11/palmares-vive. Acesso em: 10 ago. 2021.

Símbolo de resistência e coragem, a Serra da Barriga, território alagoano que abrigou a República
de Palmares, recebeu o título de Patrimônio Cultural do Mercosul. Criado há 400 anos, o
quilombo foi considerado a maior experiência de organização política e cultural dos
descendentes de africanos nas Américas. Durante quase um século, milhares de negros e
indígenas que viveram ali enfrentaram os exércitos coloniais e morreram em luta contra a
escravidão.
O Caminhos da Reportagem foi à Serra da Barriga para relembrar essa história, que é preservada
no Parqueas
reproduz Memorial Quilombo
instalações dos Palmares,
e a organização criado tendo
palmarina, em 2007.
comoO parque
um dos
seus pontos fortes a réplica de um palácio africano, onde o conselho dos
quilombolas se reunia para tomar decisões estratégicas.
A Serra é um lugar sagrado e seu valor foi resgatado pelo movimento
negro nos anos 1980. Todos os anos, em novembro, o local é visitado
por aqueles que acreditam nos ideais de liberdade que moveram Ganga
Zumba, Dandara e Zumbi dos Palmares.
A equipe de reportagem acompanhou rituais sagrados e provou os
sabores afro nos pratos preparados pela Mãe Neide.
Registrou também o afoxé, a capoeira e o culto aos orixás, que convidam
Palmares vivevive
Palmares
Texto: TV Brasil. Palmares vive. Caminhos da Reportagem, 23 nov. 2017. Disponível em: https://tvbrasil.ebc.com.br/caminhos-da-
reportagem/2017/11/palmares-vive. Acesso em: 10 ago. 2021.

as novas gerações a manterem vivas as tradições e a batalha pela igualdade racial.


No pé da Serra, o quilombo do Muquém é considerado por alguns especialistas remanescente
de Palmares. O povoado é conhecido pela produção de artesanato em cerâmica, de acordo com
as técnicas aprendidas com os mais antigos.
A proposta da Fundação Cultural Palmares, entidade responsável pela administração do
parque, é fazer da Serra uma atração turística e ponto de partida para se recontar a história
heroica dos quilombolas.
“Porque a Serra da Barriga é uma história de liberdade, e essa liberdade
tem que se ensinada aos nossos jovens, às nossas crianças, para que
elas cresçam tendo orgulho de serem afro-brasileiras, de terem tido os
antepassados que tiveram”, afirma o presidente da entidade, Erivaldo
Oliveira.
A reportagem aborda também os desafios que vieram junto com o título
de patrimônio do Mercosul, como melhorias nas instalações, formação
de guias turísticos e o realojamento das famílias que vivem como
posseiras ao longo da Serra por décadas.
O programa foi feito em parceria com a Fundação Cultural Palmares.
(EF07HI19*)

Neste trecho do vídeo vamos identificar na arte uma forma de


resistência.
https://tvbrasil.ebc.com.br/caminhos-da-reportagem/2017/11/palmares-vive

Vídeo: TV Brasil. Palmares vive. Caminhos da Reportagem, 23 nov. 2017. Disponível


em: https://tvbrasil.ebc.com.br/caminhos-da-reportagem/2017/11/palmares-vive.
Acesso em: 10 ago. 2021.
Materiais desta aula

• Efeitos sonoros: www.freesound.org. Para consultar toda a lista de efeitos, acesse:  


https://freesound.org/people/Trilhas_Vanzolini/downloaded_sounds/.

• Vídeo: ONU Brasil. A Rota do Escravo. A Alma da Resistência. Licença Creative Commons. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=HbreAbZhN4Q. Acesso em: 9 ago. 2021.

• Vídeo: TV Brasil. Palmares vive. Caminhos da Reportagem, 23 nov. 2017. Disponível em:
https://tvbrasil.ebc. .com.br/caminhos-da-reportagem/2017/11/palmares-vive. Acesso em: 10 ago. 2021.

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