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do
do Brasil
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HISTÓRIA
HISTÓRIA
AA economia
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açucareira ee oo
sistema
sistema escravista
escravista colonial
colonial
Professor
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Gabriel Kelly
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A ECONOMIA AÇUCAREIRA E O SISTEMA ESCRAVISTA COLONIAL


A ECONOMIA AÇUCAREIRA COLONIAL

Após o início da colonização em 1530, logo os engenhos de cana-de-açúcar se


multiplicaram pelo litoral brasileiro e superaram em importância a extração do
pau-brasil (que, vale dizer, continuou a ser praticada em larga escala até o século
XVII).
As principais regiões produtoras de açúcar da colônia eram as zonas litorâneas
do Nordeste, principalmente as dos atuais estados de Pernambuco e Bahia, que
possuíam solo e clima adequados para a atividade.
A Coroa Portuguesa decidiu implementar a produção açucareira na colônia
por uma série de motivos:
condições naturais favoráveis ao desenvolvimento da cana-de-açúcar em
algumas regiões do Brasil: clima quente e úmido e solo de massapê;
os portugueses já conheciam bem o processo de cultivo e produção do açúcar,
pois já o tinham implantado anteriormente nas colônias da Ilha da Madeira e
do Arquipélago do Açores;
o açúcar era um produto de luxo na Europa e possuía alto valor no mercado
europeu, e por isso os altos lucros eram certos.

Enquanto os portugueses controlavam a produção do açúcar no Brasil, eram


os holandeses quem controlavam sua distribuição comercial na Europa
(transporte, refino e venda).
Durante os primeiros séculos da colonização, boa parte da população colonial
vivia nas grandes propriedades rurais ligadas à produção agrícola e pecuária.
Por isso os engenhos de açúcar, que existiam em maior quantidade, se
tornaram o núcleo social, administrativo e cultural da colônia – eles eram
verdadeiros microcosmos que ilustravam como a sociedade colonial funcionava.
Os proprietários dos engenhos de açúcar eram os senhores de engenho,
homens ricos e poderosos que tinham poder político não só sobre suas fazendas,
como também sobre as vilas e povoados próximos delas.
Os senhores de engenho moravam com suas famílias e seus capatazes nas
casas-grandes, casarões que eram também o centro administrativo dos
engenhos.
Abaixo dos senhores de engenho na hierarquia social da época, estavam os:
feitores (vigiavam os escravizados);
mestres de açúcar (supervisionavam o processo de beneficiamento do
açúcar);
purgadores (trabalhavam na purificação do açúcar);
agregados (moradores do engenho que prestavam serviços aos senhores em
troca de favores);
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padres;
profissionais liberais (médicos, advogados, engenheiros);
funcionários da Coroa Portuguesa.

Por fim, na base da hierarquia social da colônia, estavam os escravizados, que


podiam ser indígenas ou africanos.
Os escravizados viviam nas senzalas, alojamentos precários muitas vezes
construídos com paredes de barro e telhados de sapé e divididos em alojamentos,
cada qual ocupado por uma família de indivíduos escravizados.
Além das plantações, das casas-grandes e das senzalas, os engenhos de açúcar
também apresentavam outras instalações reservadas para o processo de
produção do açúcar, como:
a casa do engenho, onde se encontravam a moenda e as fornalhas;
a casa de purgar, onde o açúcar, após ser resfriado e condensado, era
branqueado;
os galpões, onde os blocos de açúcar eram quebrados e reduzidos a pó.

Havia nos engenhos também capelas, onde a comunidade local se reunia aos
domingos, em dias santos e em cerimônias religiosas (casamentos, batizados,
funerais).

Outras atividades econômicas

Além da cana-de-açúcar, havia também na colônia do Brasil uma importante


produção de tabaco, forte atividade comercial de exportações de produtos para a
metrópole e atividade mineradora – que de início era tímida.
A colônia, contudo, não vivia apenas da produção para o mercado externo:
havia também produção para o mercado interno, ou seja, havia no Brasil uma
produção que era consumida na própria colônia.
As principais atividades econômicas voltadas para o mercado interno
envolviam a produção de alimentos: a pecuária, a produção de mandioca, a
produção de milho, a produção de feijão e a produção de arroz.
Esses produtos agrícolas de subsistência normalmente eram produzidos por
pequenas propriedades rurais.
A pecuária foi a principal atividade econômica dirigida para o mercado
interno durante o período colonial: os bois serviam de alimento, forneciam
couro, eram usados como força motriz em arados e engenhos e como meio de
transporte.

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Diversas regiões da colônia especializaram-se na pecuária: áreas dos atuais


estados do Piauí, Maranhão e Bahia; o litoral norte do atual estado do Rio de
Janeiro; o sul do atual estado de Minas Gerais e as planícies do atual estado do Rio
Grande do Sul.

O SISTEMA ESCRAVISTA COLONIAL

Os colonizadores precisavam de mão de obra para as lavouras açucareiras e


para as outras atividades econômicas desenvolvidas na colônia.
De início, os colonos portugueses escravizaram os indígenas e os obrigaram a
trabalhar nas lavouras, visto que estes representavam uma mão de obra barata e
abundante.
Aos poucos, contudo, os colonizadores passaram a optar pela força de trabalho
dos africanos escravizados.
Em algumas décadas, a mão de obra africana escravizada passou a predominar
nas áreas agroexportadoras, ao passo que a mão de obra indígena escravizada
continuou existindo em regiões de economia mais voltada para o mercado
interno.

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A mão de obra africana escravizada foi utilizada em todas as principais


atividades econômicas do período colonial: produção de açúcar, mineração,
produção de arroz, produção de tabaco, produção de tabaco, produção de
algodão, pecuária, transporte, comércio, trabalhos domésticos.
Por que os portugueses decidiram substituir a mão de obra indígena escravizada
pela mão de obra africana escravizada? Os motivos são vários e estão listados
abaixo:
os indígenas do sexo masculino não tinham o costume de trabalhar em
lavouras, visto que nas sociedades indígenas isso era tarefa das mulheres: por
isso, muitos se recusavam a trabalhar nas plantações e fugiam;
os indígenas não tinham resistência imunológica às doenças trazidas pelos
colonizadores (como varíola e gripe), e por isso milhares morriam vitimados
por elas, tornando o investimento dos senhores de engenho em indígenas
escravizados bem arriscado;
muitas etnias africanas já eram familiarizadas com a metalurgia e com a
criação de gado, atividades úteis para a produção açucareira;
havia forte oposição de alguns setores da Igreja Católica em relação à
escravização dos povos indígenas – dentre os opositores, estavam os jesuítas,
que vieram em peso para o Brasil;
o tráfico de africanos escravizados (tráfico negreiro) gerava lucros
elevadíssimos, tanto para os comerciantes quanto para a Coroa Portuguesa,
que cobrava impostos sobre esse comércio. Por outro lado, o lucro obtido com
o tráfico de indígenas escravizados ficavam apenas com os comerciantes
locais, dentro da colônia.

O lucro gerado pelo tráfico de africanos escravizados em contraste com os


menores rendimentos gerados pelo tráfico de indígenas escravizados fazia com
que muitas vezes a escravização de indígenas fosse desencorajada e até mesmo
proibida em alguns locais.
Em 1640, a Coroa Portuguesa proibiu a escravização de indígenas, o que
revoltou os habitantes da Capitania de São Paulo.
Em 1641, eles iniciaram uma revolta exigindo o fim da proibição, que ficou
conhecida como Aclamação de Amador Bueno.
Os paulistas expulsaram os padres jesuítas de São Paulo, porque estes
apoiavam a proibição da escravização de indígenas.
Eles escolherem Amador Bueno da Ribeira, um proprietário de terra e
administrador local, como líder da revolta e o aclamaram como o novo
governador da capitania de São Paulo.

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No entanto, Amador Bueno recusou seu papel de líder e o posto de governador,


porque temia que as forças portuguesas reprimissem o movimento com violência
e que isso prejudicasse o comércio de São Paulo.
Por conta da recusa, Amador Bueno foi perseguido pelos revoltosos e teve de se
refugiar no Mosteiro de São Bento.
Bueno jurou fidelidade ao rei de Portugal, e os bandeirantes revoltosos
acabaram aceitando a derrota na questão.

O tráfico de africanos escravizados

Ao longo dos séculos XV e XVI, os portugueses fundaram diversas feitorias no


litoral africano e estabeleceram alianças com comerciantes e reis nativos. Dessa
forma, começaram a participar do comércio transatlântico de seres humanos
escravizados.
Funcionava assim: os portugueses levavam mercadorias produzidas no Brasil
e em Portugal (tecidos, aguardente, tabaco, armas) até os reinos africanos, onde
as trocavam por prisioneiros de guerra escravizados, que por sua vez eram
levados para o Brasil e vendidos.
Os africanos escravizados eram transportados em navios negreiros sob
condições desumanas: levados amontoados e acorrentados nos porões, um
espaço apertado e muito quente. Os alimentos eram insuficientes para todos e a
água fornecida era suja.
Era comum que muitos adoecessem durante a viagem, que costumava durar
entre um e dois meses. Por conta disso, entre 5 e 25% dos africanos morria
durante o trajeto, o que fez com que os navios negreiros também ficassem
conhecidos como “navios tumbeiros”.
Calcula-se que, entre 1531 e 1855, cerca de 4 milhões de africanos foram
trazidos ao Brasil a força.

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Vieram escravizados, para o Brasil, indivíduos de diversas localidades da


África. Dentro os principais grupos, estavam:
os sudaneses, originários da África ocidental (Daomé, Nigéria, Guiné), foram
levados principalmente para a Bahia. Nos séculos XVII e XVIII eram vendidos
a preços maiores por serem considerados “mais fortes” e “mais inteligentes”;
no entanto, foram escravizados desse grupo étnico os líderes de muitas
revoltas escravas nos séculos XVIII e XIX, o que assustou os senhores.
os bantos, originários da África central (Angola, Congo), foram levados
principalmente para Pernambuco, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Passaram a
ser mais procurados sobretudo no século XIX, por serem considerados “mais
pacíficos” e “mais adaptados ao trabalho”.

Distinções entre escravizados

Após chegarem no Brasil, os africanos escravizados eram vendidos em leilões


aos colonos e eram encaminhados a seus locais de trabalho (engenhos de açúcar,
fazendas de algodão, mineração, serviços domésticos, artesanatos, trabalhos
urbanos, etc).
Os escravizados eram diferenciados pelos colonos de acordo com o trabalho
que desempenhavam, com o tempo que estavam na colônia, com critérios
culturais e com critérios linguísticos. Algumas das classificações e distinções
feitas entre os escravizados quanto às suas ocupações eram:
negros do eito: eram os escravizados que trabalhavam nas lavouras, muitas
vezes até 15 horas por dia. Viviam sob a vigilância dos feitores e, caso
desobedecessem às ordens, poderiam sofrer castigos físicos aplicados em
público. Eram mal alimentados e viviam em ambientes com péssimas

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condições de higiene, o que explica porque muitos morriam depois de cinco a


dez anos de trabalho;
escravos de ganho: viviam nas cidades e realizavam trabalhos temporários
(especialmente comércio ambulante) em troca de pagamento, sendo que
parte desse pagamento deveria ir obrigatoriamente para seus senhores.
Houve muitos casos de escravos de ganho que conseguiam juntar dinheiro e
comprar sua alforria;
escravos domésticos: trabalhavam nas casas dos senhores, e por isso muitas
vezes recebiam roupas melhores, alimentação melhor e mais cuidados.
Normalmente estes escravos eram escolhidos a dedo dentre aqueles
considerados mais “bonitos”, mais “dóceis” e mais “confiáveis”.

Outro fator de distinção entre os escravizados era o processo de adaptação


cultural destes à sociedade colonial.
Eram conhecidos como “boçais” os escravizados recém-chegados da África,
que não sabiam falar português e estavam desacostumados ao trabalho na
colônia. Por isso, eles eram vendidos a preços mais baixos.
Já os escravizados que estavam no Brasil há mais tempo, já entendiam e
falavam português e já estavam acostumados com as rotinas de trabalho forçado
eram conhecidos como “ladinos”.

Resistência escrava

Os africanos escravizados trazidos para o Brasil a força e seus descendentes


(que também eram escravizados) nunca foram passivos em relação à suas
escravizações: eles sempre resistiram à opressão na medida de suas
possibilidades, fosse tentando minimizar os aspectos perversos da escravidão
mediante negociações com os senhores, fosse na luta aberta contra o sistema.
Algumas formas de resistência dos escravizados estão listadas abaixo:

alguns escravizados cometiam violências contra si mesmos: algumas


mulheres escravizadas provocavam abortos para evitar que seus filhos
fossem escravizados, e muitos escravizados cometiam suicídio;
as fugas individuais e coletivas de escravizados eram comuns: muitos
fugitivos buscavam refúgio/esconderijo nas casas de negros livres ou em
quilombos, comunidades com organização social própria que possuíam redes
de alianças com diversos grupos da sociedade;

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eram comuns casos de escravizados que se rebelavam e agiam com


violência contra seus senhores e feitores; boicotavam seus trabalhos,
reduzindo ou paralisando as atividades; sabotavam a produção, queimando
máquinas e incendiando plantações;
as negociações entre escravizados e seus senhores faziam parte do
cotidiano escravista: muitos escravizados combinavam de ser obedientes e
trabalhar direito em troca de melhores alimentos, melhores vestuários,
tratamento médico, espaço e tempo para manifestarem suas práticas
culturais (festas, capoeira, candomblé, umbanda). As próprias manifestações
culturais africanas e sincréticas por parte dos escravizados eram também
formas de resistência.

Os quilombos

No Brasil e na América em geral, era comum a formação de quilombos, grupos


organizados de escravizados fugitivos. No Brasil em particular, há registros de
quilombos do século XVII ao século XIX.
As populações dos quilombos eram constituídas principalmente por africanos
e seus descendentes, mas também por indígenas, soldados desertores, pessoas
perseguidas pela justiça, comerciantes e aventureiros.
Os quilombolas praticavam a agricultura, a caça, a pecuária, a coleta, a
mineração e o comércio.
Era muito comum que os integrantes dos quilombos se aliassem
clandestinamente a pessoas que viviam normalmente na sociedade, como
escravos de ganho, libertos e homens livres, como comerciantes.
O quilombo mais importante da história do Brasil foi o Quilombo dos
Palmares, que existiu entre 1629 e 1694 na capitania de Pernambuco, em uma
área que hoje corresponde ao estado de Alagoas.
Os quilombolas de Palmares criavam gado e cultivavam milho, feijão, cana-
de-açúcar e mandioca, e sabe-se que o quilombo realizava comércio com
povoados próximos.
O quilombo resisistiu a inúmeras expedições militares enviadas para destruí-
lo.
O primeiro líder de destaque do Quilombo dos Palmares foi Ganga Zumba,
que o governou entre 1656 e 1678.
Pressionado pelos ataques portugueses, Zumba decidiu firmar com o
governador de Pernambuco um acordo de paz que previa a liberdade dos negros
nascidos em Palmares, mas também a devolução dos escravizados recém-
chegados ao quilombo a seus senhores.

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O sobrinho de Zumba, Zumbi, não concordou com o acordo de paz e liderou


um grupo de quilombolas que destituiu Zumba do poder e o assassinou. Dessa
forma, Zumbi passou a comandar o quilombo, comandando a resistência contra
os ataques dos colonos.
Em 1687, o governo pernambucano e os senhores de engenho locais
contrataram o bandeirante Domingos Jorge Velho e suas tropas para destruir o
Quilombo de Palmares.
Após uma investida fracassada que matou milhares em 1692, em 1694 as
tropas de Domingos Jorge Velho foram reforçadas por 6 mil homens enviados
pelo governo.
Naquele ano foi realizado um novo ataque, e os quilombolas – mesmo sem
armas ou munição suficientes – resistiram bravamente durante um mês, mas no
fim das contas o quilombo foi destruído e sua população foi massacrada.
Zumbi escapou do cerco, mas foi preso e morto em 1695. Ele foi decapitado e
sua cabeça foi exposta em praça pública no Recife.

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