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1) (ENEM-2014)

A charge, datada de 1910, ao retratar a implantação da rede telefônica no Brasil, indica


que esta
A) permitiria aos índios se apropriarem da telefonia móvel.
B) ampliaria o contato entre a diversidade de povos indígenas.
C) faria a comunicação sem ruídos entre grupos sociais distintos.
D) restringiria a sua área de atendimento aos estados do norte do país.
E) possibilitaria a integração das diferentes regiões do território nacional.

2) (UESB-2020) A EVANGELIZAÇÃO DOS INDÍOS E A TRANSIÇÃO RELIGIOSA


ENTRE OS POVOS ORIGINÁRIOS
Artigo de José Eustáquio Diniz Alves
Como mostrou Jared Diamond no livro “Armas, germes e aço: o destino das sociedades
humanas” os colonizadores espanhóis e portugueses saquearam as civilizações antigas das
Américas – contando com a participação decisiva da hierarquia católica – e provocaram um
genocídio dos povos que, vindo da Ásia, habitavam o continente durante milênios. Todavia,
depois de 500 anos do holocausto das populações ameríndias, o mapa religioso das populações
indígenas começa a mudar, em função do avanço evangélico, que, de certa forma, significa um
novo genocídio populacional e cultural. (COMO MOSTROU, 2020).

A ação secular de programas de evangelização dos povos indígenas no Brasil, seja por ação
católica, seja protestante, tem resultado
01) no fortalecimento da autonomia religiosa desses povos, quanto à escolha das práticas mais
adequadas ao equilíbrio de sua vida social.
02) na modernização das relações familiares, com a introdução de novos conceitos na estética
corporal, aceitos sem relutância por todos os membros da família, sejam jovens ou velhos.
03) no enfraquecimento da identidade cultural desses povos, expressa na alteração das relações
sociais, além do crescente descrédito nas tradicionais práticas de alimentação e tratamentos de
saúde.
04) na resistência sistemática dos líderes tribais contra a presença de qualquer tipo de
missionário, gerando problemas de segurança que exigem a intervenção governamental.
05) no indiscutível sucesso de programas de alfabetização dos povos indígenas, fundamentados
nos mesmos parâmetros educacionais seguidos pelas escolas urbanas de classe média.
3) (ENEM – 2015) A língua de que usam, por toda a costa, carece de três letras;
convém a saber, não se acha nela F, nem L, nem R, coisa digna de espanto, porque
assim não têm Fé, nem Lei, nem Rei, e dessa maneira vivem desordenadamente, sem
terem além disto conta, nem peso, nem medida.
GÂNDAVO, P. M. A primeira história do Brasil: história da província de Santa Cruz a
que vulgarmente chamamos Brasil. Rio de Janeiro: Zahar, 2004 (adaptado).
A observação do cronista português Pero de Magalhães Gândavo, em 1576, sobre a
ausência das letras F, L e R na língua mencionada demonstra a:
a) simplicidade da organização social das tribos brasileiras.
b) dominação portuguesa imposta aos índios no início da colonização.
c) superioridade da sociedade europeia em relação à sociedade indígena.
d) incompreensão dos valores socioculturais indígenas pelos portugueses.
e) dificuldade experimentada pelos portugueses no aprendizado da língua nativa.

4) (ENEM-2011) Em geral, os nossos tupinambás ficam bem admirados ao ver os


franceses e os outros dos países longínquos terem tanto trabalho para buscar o seu
arabotã, isto é, pau-brasil. Houve uma vez um ancião da tribo que me fez esta pergunta:
“Por que vindes vós outros, mairs e perós (franceses e portugueses), buscar lenha de tão
longe para vos aquecer? Não tendes madeira em vossa terra?”
LÉRY, J. Viagem à Terra do Brasil. In: FERNANDES, F. Mudanças Sociais no Brasil.
São Paulo: Difel, 1974.
O viajante francês Jean de Léry (1534-1611) reproduz um diálogo travado, em 1557,
com um ancião tupinambá, o qual demonstra uma diferença entre a sociedade europeia e
a indígena no sentido

A) do destino dado ao produto do trabalho nos seus sistemas culturais.


B) da preocupação com a preservação dos recursos ambientais.
C) do interesse de ambas em uma exploração comercial mais lucrativa do pau-brasil.
D) da curiosidade, reverência e abertura cultural recíprocas.
E) da preocupação com o armazenamento de madeira para os períodos de inverno.

5) (ENEM-2010) Coube aos Xavante e aos Timbira, povos indígenas do Cerrado, um


recente e marcante gesto simbólico: a realização de sua tradicional corrida de toras (de
buriti) em plena Avenida Paulista (SP), para denunciar o cerco de suas terras e a
degradação de seus entornos pelo avanço
do agronegócio.
RICARDO, B.; Povos indígenas do Brasil: (adaptado).
A questão indígena contemporânea no Brasil evidencia a relação dos usos socioculturais
da terra com os atuais problemas socioambientais, caracterizados pelas tensões entre
A) a expansão territorial do agronegócio, em especial nas regiões Centro-Oeste e Norte,
e as leis de proteção indígena e ambiental.
B) os grileiros articuladores do agronegócio e os povos indígenas pouco organizados no
Cerrado.
C) as leis mais brandas sobre o uso tradicional do meio ambiente e as severas leis sobre
o uso capitalista do meio ambiente.
D) os povos indígenas do Cerrado e os polos econômicos representados pelas elites
industriais paulistas.
E) o campo e a cidade no Cerrado, que faz com que as terras indígenas dali sejam alvo
de invasões urbanas.

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