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Responsável – Projeto Lupa: Weynner Lopes Rodrigues
Diretor da Escola de Formação da Secretaria de Educação
de Minas Gerais
Conteudistas Vol. 36:
Ana Tafnes
Leonardo Távora
Vinícius Braz
Viviane Soares
Mônica Couto
* Esta publicação é para fins didáticos. Proibida a
comercialização
Projeto Gráfico: Oros Soluções Educacionais
Supervisão: Anderson Camelo
Direção: Ana Paula Ribeiro
Designer: Douglas Lendel
Ilustração: Flávio Nóbrega
Diagramação: Douglas Lendel
EDITORIAL CADERNO LUPA N. 36, DEZ. 2023 3

Os alicerces do conhecimento

Como a compreensão profunda da História pode influenciar as decisões de líderes em situações


1 contemporâneas desafiadoras? Apresente exemplos concretos para ilustrar seu ponto de vista.

Explique a interconexão entre conhecimentos geográficos e a capacidade de abordar questões


2 globais complexas, como mudanças climáticas e migração. Como essa compreensão pode
moldar a atuação de um indivíduo no cenário mundial?

Em sua opinião, qual é o papel da empatia no estudo da História? Como a compreensão


3 das experiências passadas de diferentes culturas pode promover uma sociedade mais
empática e inclusiva?

4 Analise criticamente a ideia de que a História se repete. Em que medida essa afirmação é verdadeira,
e como os estudiosos podem utilizar o conhecimento histórico para evitar repetições prejudiciais?
4 CADERNO LUPA N. 36, DEZ. 2023 EDITORIAL

Considerando a crescente interdependência global, discuta como a Geografia pode influenciar as


5 estratégias de desenvolvimento sustentável em nível local e global. Apresente argumentos sobre a
importância de considerar fatores geográficos nesse contexto.

6 Qual é o principal benefício de compreender a História para os líderes do futuro?


a) Aumento do conhecimento sobre eventos passados.
b) Desenvolvimento de empatia e compreensão cultural.
c) Habilidade para prever o futuro com precisão.
d) Memorização de datas e acontecimentos importantes.

Como a Geografia contribui para a compreensão de questões globais?


7
a) Identificando elementos geográficos irrelevantes.
b) Fornecendo contexto espacial para análise.
c) Limitando a visão a uma perspectiva local.
d) Ignorando a influência do ambiente na sociedade.

8 O que significa a expressão "História se repete"?


a) Todos os eventos históricos acontecem novamente da mesma forma.
b) Há padrões recorrentes na evolução dos acontecimentos.
c) A História é uma sucessão aleatória de eventos.
d) Nada pode ser aprendido com o estudo do passado.

9 Por que a empatia é considerada uma habilidade crucial no estudo da História?


a) Para aumentar o número de amigos.
b) Para promover uma sociedade mais inclusiva.
c) Porque é uma exigência acadêmica.
d) Para evitar o estudo aprofundado de eventos passados.
CIÊNCIA CADERNO LUPA N. 36, DEZ. 2023 5

Entenda o que é ciência cidadã

1 Qual o tema central abordado na reportagem?

2 Quando surgiu o termo “ciência cidadã"? E o que o conceito descrevia?

3 Qual a importância da “ciência cidadã”?

4 A Ciência Aberta compõe a ciência cidadã, o que ela permite à sociedade?


6 CADERNO LUPA N. 36, DEZ. 2023 CIÊNCIA

5 Cite exemplos de como contribuir com o Programa Ciência Cidadã?

Como a professora Mercedes Bustamante, titular da Universidade de Brasília, percebe Ciência


6 Cidadã?

7 Quais os desafios enfrentados para ampliar a ciência cidadã?

8 E você, como avalia o Programa Ciência Cidadã?


CIÊNCIA CADERNO LUPA N. 36, DEZ. 2023 7

APROFUNDANDO SOBRE O TEMA


Conheça um Projeto do Ciência Cidadã que acontece aqui em Minas Gerais,
nosso estado denominado Ciência Cidadã na Bacia do Rio Doce
Em 28 de junho de 2019, a UNESCO e a Fundação Renova firmaram um
Acordo de Cooperação Técnica, cujo projeto se intitula “Construção da
paz e do diálogo para o desenvolvimento sustentável das regiões atingidas
pela barragem de Fundão: fortalecendo a capacidade institucional e de
implementação de ações da Fundação Renova”. Por meio de um rico processo de aprendizado “de via de
mão dupla”, UNESCO e Fundação Renova procuram absorver os conhecimentos locais em escuta ativa
dos principais atores, enquanto jovens das comunidades atingidas pelo rompimento da barragem de
Fundão passam a ter acesso a informações técnicas, de modo que se transforme em uma oportunidade
educacional e de formação técnico-científica. A abordagem da ciência cidadã está sendo aplicada nas
ações de monitoramento da água e da biodiversidade. Em relação à biodiversidade terrestre e aquática,
essa parceria visa atender as cláusulas 168 (PG30) e 164c (PG28) do TTAC que estabelecem a execução
de Planos de Ação para Conservação de Biodiversidade Terrestre (PABT) e Aquática (PABA) do Rio
Doce, respectivamente. O PABT foi elaborado em 2019 e possui 49 ações para recuperar e conservar
espécies-alvo e seus ambientes, das quais uma se relaciona diretamente com a Ciência Cidadã e duas
indiretamente. Já no PABA, duas ações se relacionam diretamente com o tema deste projeto.

Objetivo
Promover ações de educação e comunicação envolvendo a participação social no monitoramento da
água e da biodiversidade na bacia do rio Doce e o desenvolvimento da Ciência Cidadã.

Responsável
Anabel de Lima

Site
unesco.org/pt/articles/projeto-ciencia-cidada-na-bacia-do-rio-doce

Disponível em: https://www.sibbr.gov.br/cienciacidada/ciencia-cidada-na-bacia-do-rio-doce.html. Acesso em: 5 nov. 2023.

O que você achou da iniciativa? Como atitudes como a descrita podem melhorar nossa relação
9 com a natureza?
8 CADERNO LUPA N. 36, DEZ. 2023 CIÊNCIA
BRASIL CADERNO LUPA N. 36, DEZ. 2023 9

Por que o Brasil tem tantos


documentos? Saiba para que
servem RG, CPF e mais.

1 Qual o assunto do texto lido?

Qual a relação do texto “Por que Brasil tem tantos documentos? saiba para que servem RG,
2 CPF e mais” com o texto de Clarice Lispector “Você é um número”?

3 Segundo o texto, quais são os documentos essenciais para o brasileiro?


10 CADERNO LUPA N. 36, DEZ. 2023 BRASIL

4 Quais documentos você possui?

5 Qual a importância da certidão de nascimento?

6 Qual a importância do título de eleitor?

7 O texto aponta o passaporte como um documento essencial, você concorda? Por quê?
BRASIL CADERNO LUPA N. 36, DEZ. 2023 11

Leia o texto a seguir sobre brasileiros sem documentação.

INVISÍVEIS NO BRASIL, SEM DOCUMENTO E DIGNIDADE: “EU NEM NO MUNDO EXISTO”

Quase três milhões de brasileiros não têm nem sequer certidão de nascimento, segundo o IBGE. O assunto
foi tema do Enem, com base no livro da jornalista Fernanda da Escóssia. Projeto Justiça Itinerante atende
indocumentados que veem a vida mudar

Adriana tem 22 anos, mas ainda não nasceu. Não oficialmente. A jovem carioca, negra, magra, com postura de
bailarina e sobrancelhas bem marcadas nunca teve uma certidão de nascimento. Tampouco um RG, carteira
de trabalho, CPF ou qualquer outro documento. “Eu nem no mundo existo”, diz ela, com voz baixa, quase
inaudível. Sem jamais ter conhecido sua progenitora, Adriana foi criada por Mônica, com quem seu pai passou
a viver quando ela tinha cinco anos. Depois que o homem abandonou a família, foi a madrasta quem descobriu
que a menina nunca teve um registro e iniciou uma odisseia que já dura anos para conseguir os papéis que
atestem que Adriana, viva e de carne e osso, é uma cidadã brasileira. “A vida dela é parada, não pode fazer um
curso, não pode ter um trabalho formal, não pode fazer nada”, diz Mônica, de 46 anos, com tom de revolta.

Adriana é uma das cerca de três milhões de pessoas no país que não possuem nenhum tipo de registro civil,
como certidão de nascimento, de acordo com estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE). Em uma sociedade rasgada pela desigualdade social que se materializa na fome e na miséria nas ruas,
a ausência de pedaços de papel que atestem um mínimo de dignidade não aparece com frequência no debate
público, mas o assunto ganhou relevância ao aparecer como tema da redação do Exame Nacional do Ensino
Médio (Enem), na prova do dia 21 de novembro. Sob a proposta “Invisibilidade e registro civil: garantia de
acesso à cidadania no Brasil”, aqueles que prestaram o exame foram provocados a escrever sobre o assunto.

Sem um RG e um CPF, um brasileiro não consegue se matricular numa escola, não tem acesso a benefícios
sociais do Governo, não pode ir ao sistema público de saúde fazer consultas. Como diz o título da redação do
Enem, um indocumentado não é cidadão, não pode aspirar a evoluir na vida.

Adriana conseguiu estudar e concluir o Ensino Médio graças à insistência de Mônica, que convenceu uma
escola particular, “mas barata”, no bairro periférico onde moram a matriculá-la. “E dei sorte de que ela foi uma
criança saudável, nunca precisou ir no médico, porque senão não sei como teríamos feito”, conta a mulher. Este
ano, no entanto, a jovem teve que contar com a intervenção de uma assistente social para conseguir tomar as
doses da vacina contra a covid-19. “Fomos em vários postos de saúde e nenhum queria vaciná-la porque ela
não tem identidade”, diz Mônica.

Ambas conversaram com o EL PAÍS na última sexta-feira, no pátio da Vara da Infância, da Juventude e do Idoso,
no Rio de Janeiro, em frente ao ônibus azul e branco do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro estacionado no
local, onde seis funcionários da Defensoria Pública, quatro assistentes sociais e três juízas atendem, das 9h às
15h, dezenas de pessoas que vão em busca de um documento que comprove sua existência. Adriana e Mônica,
12 CADERNO LUPA N. 36, DEZ. 2023 BRASIL

que quer adotá-la e dar à jovem seu sobrenome, chegaram às seis da manhã em sua quarta ida ao local e, mais
uma vez, saíram desanimadas. Como elas não têm nenhum documento dos pais biológicos da moça, a Justiça
determinou uma busca pelo registro civil paterno para regularizar sua situação.

“Às vezes dá vontade de desistir, mas precisamos garantir os direitos dela”, confessa Mônica. “Eu fico muito
confusa com isso, dá um desânimo grande”, diz Adriana, sempre cabisbaixa, quase sempre monossilábica. Ela
desvia dos olhos de seus interlocutores. Tímida, mesmo quando aceita fazer um retrato para a reportagem,
custa a mirar a câmera. Quando esboça um primeiro sorriso, instintivamente fecha o olhos e se afasta do
foco. A vergonha é um sentimento recorrente entre as pessoas indocumentadas, diz a juíza Raquel Chrispino,
que há 15 anos trabalha com essa população e é coordenadora do programa de Erradicação do Sub-Registro
do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. “A pessoa se sente culpada por não ter documentos, é como se ela
fosse um ser humano de quinta categoria.” Chrispino, que apresentou na semana passada sua dissertação
de mestrado sobre o tema, explica que, sem o registro civil, crianças e adultos têm dificuldade de acesso à
educação e à saúde. Sem um número de CPF, que é porta de acesso aos benefícios sociais, foi impossível para
esses brasileiros conseguirem, por exemplo, o auxílio emergencial oferecido pelo Governo durante a pandemia
de covid-19. “Quem precisa não consegue nem remédios controlados oferecidos pelo SUS [Sistema Único de
Saúde], o atendimento de saúde é sempre emergencial. Nesses anos todos, perdi a conta de quantas pessoas
cegas eu atendi. Idosos com catarata que não conseguiram fazer a cirurgia por não ter registro”, conta a juíza,
que tornou-se quase uma ativista contra o sub-registro, a proporção de pessoas sem certidão de nascimento.

Chrispino foi uma das principais fontes da jornalista Fernanda da Escóssia, que desde 2003 acompanha histórias
de indocumentados e é autora do livro Invisíveis: uma etnografia sobe brasileiros sem documentos (Ed. FGV),
citado como um dos textos de apoio na redação do Enem. Durante três anos, ela acompanhou as jornadas no
ônibus do pátio da Praça Onze de Junho e contou vivências de pessoas que não conseguiram realizar cirurgias
para tratar câncer ou cujas famílias têm até três gerações de indivíduos sem registro civil. “Muitas delas me
diziam que se sentiam como cachorros, falam de si como não pessoas, porque quem não tem documentos está
excluído do mundo dos direitos”, diz.

Durante sua pesquisa —o livro é uma adaptação de sua tese de doutorado—, Escóssia entendeu que a exclusão
documental brasileira tem causas estruturais, que começam na falta de integração dos sistemas burocráticos,
como os cartórios, que realizam as certidões de nascimento, e as secretarias estaduais de Segurança Pública,
responsáveis pelo RG e CPF. Outras causas são o abandono paterno, quase endêmico no país, racismo e
machismo. “Conheci uma mulher que não foi registrada porque o pai disse que não tinha filha ‘muito preta’ e
outra cujo progenitor só registrava os filhos homens, porque ‘mulher não precisa disso’”, relata.

Nos 20 anos em que trabalha com o tema, a jornalista viu o Brasil reduzir, de 20,3% (em 2002) para 2,1% (em
2019), o sub-registro de crianças, um número que, segundo estudos internacionais, é resultado, em parte, da
implementação de programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, que passaram a exigir que todos
os beneficiários fossem documentados. Mas além do problema de quem nunca foi registrado está a chamada
BRASIL CADERNO LUPA N. 36, DEZ. 2023 13

segunda via inacessível, quando alguém perde a primeira via do documento, em uma enchente, incêndio
doméstico ou mudança e tem que enfrentar uma barreira de obstáculos e custos monetários para conseguir
uma nova.

É o caso de Antônio Gecínio de Lima, de 69 anos, que saiu de Natal (RN) aos 16, rumo ao Rio de Janeiro, “sem
lenço e sem documento”. Na sexta-feira, sem saber se foi registrado na cidade em que nasceu, subiu ao ônibus
pela primeira vez para saber como pode se aposentar. “Eu nunca estudei e sempre me virei para trabalhar, mas
nunca tive nada [formal]. Nunca casei, mas tenho dois filhos que não podem ter meu nome no registro porque
não tenho documento”, conta o homem de pele curtida pelo sol, cabelos ondulados que caem sobre os ombros
e um bigode igualmente grisalho.

No começo de sua peregrinação por uma identidade burocrática, ele conta com a ajuda da amiga Paola dos
Santos: “Ele vive em estado de total abandono, sozinho, e não pode ter nenhum benefício social.” Ambos
saíram da audiência com a juíza com a solicitação de busca de registro civil nos cartórios de Natal e região
metropolitana, o primeiro passo é descobrir se, em algum momento, o nascimento de Antônio teria sido
registrado entre os anos de 1950 e 1954. Por trás da máscara que cobre seu rosto, ele sorri, esperançoso:
“Tomara que dê certo!”

Luis Gustavo, que acredita ter 37 anos, vive uma situação mais complicada. Sabe que chegou ao Rio de Janeiro
aos três anos, mas não tem certeza se nasceu em São Benedito, cidade do Ceará de onde seria sua família.
Vivendo em situação de rua há sete meses, depois de ficar sem condições de pagar os abrigos onde geralmente
dormia, ele procurou o serviço da Justiça Itinerante depois de ser abordado por um policial que, ao saber que
não tinha documentos, deu-lhe o endereço da Praça Onze de Junho. “Um conhecido me ofereceu trabalho
como entregador de água, mas, para trabalhar, preciso ter pelo menos uma identidade, né?”, diz, com olhar
desanimado, diante da assistente social que o atende. A Prefeitura do Rio de Janeiro estima que há entre 8.000
e 10.000 pessoas vivendo nas ruas da cidade. “Um percentual grande delas diz que não sai das ruas porque não
tem documento”, afirma Raquel Chrispino.

Assim como Adriana, Luis Gustavo carrega a vergonha dos que não se sentem gente de direito. Trajando uma
calça jeans, chinelos e uma camisa da seleção brasileira, todos igualmente gastos, ele olha para o chão enquanto
fala: “Eu não tenho vergonha de morar na rua, mas nunca conheci ninguém aqui porque é como se eu não fosse
cidadão. Se eu não tenho nem um papel com meu nome, não tenho nada.”

Soluções

As cerca de 35 pessoas que esperaram e foram atendidas na sexta-feira eram todas pardas ou negras (assim se
identificaram perante as assistentes sociais) e, a julgar pelos trajes e por seus próprios relatos, todas “pobres ou
muito pobres”, como escreve Fernanda da Escóssia em seu livro. A exclusão documental, afinal, reflete quase
todos os aspectos da desigualdade social brasileira. Também são negros Rogério de Oliveira, eletricista de 54
anos, e seu filho Wiliam, de 27, que fizeram o ônibus chacoalhar ao subir para a audiência com uma das juízas.
14 CADERNO LUPA N. 36, DEZ. 2023 BRASIL

Era a primeira vez que estavam ali, porque Rogério descobriu que o rapaz jamais havia sido registrado. “Eu tive
um relacionamento conturbado com a mãe dele, nos separamos, mas sempre fui presente. Como entreguei
meus papéis para ela e ela disse que o menino tinha certidão [de nascimento], achei que estava tudo certo”,
conta o pai. Depois de saber que o jovem “tinha se metido com coisas erradas”, Rogério quis que ele voltasse
a estudar e trabalhar e, só então, descobriu que o filho não tinha documentos. “Nunca desconfiei porque eu
sempre matriculei ele nas escolinhas particulares do bairro, dava o nome e pronto”, se justifica.

De acordo com a juíza Raquel Chrispino, situações como a de Wiliam e dos outros milhões de brasileiros
indocumentados poderiam ser evitadas com a integração de políticas de documentação. “As secretarias de
segurança pública dos Estados não se comunicam entre si nessa cadeia documental. Precisamos integrar as
bases de dados e a oferta de serviço aos cidadãos, para combater a ‘síndrome do balcão’”, diz ela, referindo-se
à peregrinação que muita gente faz a incontáveis balcões de serviços públicos para fazer seus registros civis,
sempre ouvindo “não” até chegar ao local adequado.

“Ninguém acredita que essas pessoas existem, mas elas existem aos milhões. Das 42.000 pessoas privadas de
liberdade no Rio de Janeiro, 3.000 não possuem identidade civil no Estado”, continua Chrispino, em tom de voz
indignado, ao comentar sobre a população carcerária com a qual ela também trabalha diretamente.

Além da integração dos sistemas de registro (cartórios) e de identidade (feita pelos Estados através das secretarias
de Segurança ou órgãos como o Detran - Departamento de Trânsito), Fernanda da Escóssia diz que é preciso
fortalecer os comitês de combate ao sub-registro. “É preciso que a estrutura burocrática estatal seja menos
insensível a esse problema. Escolas e centros de saúde, por exemplo, poderiam e deveriam atuar como pólos
de encaminhamento ativo dessas pessoas ao identificar a falta de documentação”, propõe. As especialistas
concordam que, além de facilitar a vida dos brasileiros ao garantir-lhes o acesso a um direito básico, quiçá o
primordial, essas medidas gerariam economia aos cofres públicos. “Infelizmente, o Estado Brasileiro não vê a
questão como uma política estratégica”, lamenta Chrispino.

Enquanto a situação não muda, a jornada de Wiliam teve um início feliz. Ele saiu do ônibus direto para o
cartório, em frente ao pátio da praça, onde segurou, pela primeira vez, sua certidão de nascimento. E é apenas
o começo, pois, junto com papel, carregado como um tesouro, levava uma lista cuidadosamente escrita à mão
com a sequência de outros sete documentos que finalmente pode obter, do RG à carteira de trabalho. “Estou
feliz demais, é um alívio!”, disse. E nem toda a timidez do mundo foi capaz de esconder o semblante de euforia
de quem se sente gente pela primeira vez.
BRASIL CADERNO LUPA N. 36, DEZ. 2023 15

Agora, escreva um texto argumentativo, apontando soluções para a problemática da falta de


8 documentos no Brasil e o impacto que isso gera na vida das pessoas sem documentação. Não
esqueça que a sua produção escrita deverá defender um ponto de vista.
16 CADERNO LUPA N. 36, DEZ. 2023 HISTÓRIA

Documentos do século XVIII sobre o


ouro de Minas Gerais são recuperados em
operação do Ministério Público

1 Considerando a complexidade e os desafios enfrentados na recuperação de documentos


históricos do século XVIII, detalhe as implicações legais, éticas e metodológicas envolvidas
nessa operação do Ministério Público. Argumente sobre as possíveis ramificações desse
tipo de recuperação para a preservação da história e patrimônio cultural de Minas Gerais,
considerando a interseção entre a justiça, a valorização cultural e os meios utilizados para
aquisição ilegal desses documentos.

2 Analise criticamente a importância da recuperação de bens culturais da época do Brasil


Colônia para a preservação da identidade histórica do país. Como esses artefatos
contribuem para o entendimento da nossa herança cultural?

3 Considerando a complexidade da negociação e repatriação de bens culturais, discuta as


potenciais ramificações éticas envolvidas nesse processo. Como equilibrar o direito à
preservação cultural com as demandas da justiça e restituição?
HISTÓRIA CADERNO LUPA N. 36, DEZ. 2023 17

4 Explique como a recuperação de bens culturais da época do Brasil Colônia pode impactar
o turismo cultural no país. Como esses artefatos podem se tornar um recurso valioso para
promover o patrimônio histórico brasileiro no cenário internacional?

5 Comente sobre os desafios enfrentados na autenticação e identificação de bens culturais


recuperados. Como garantir a legitimidade desses artefatos e evitar a disseminação de
falsificações no mercado de arte?

6 Refletindo sobre a devolução de bens culturais a seus países de origem, argumente sobre
o papel das nações em aceitar essas devoluções. Como essa prática pode influenciar as
relações culturais e diplomáticas entre as nações envolvidas?

Por que a recuperação de bens culturais da época do Brasil Colônia é considerada crucial para
7 a preservação da identidade histórica do país?

a) Apenas como um meio de aumentar o prestígio internacional.

b) Para garantir a autenticidade de exposições culturais.

c) Contribui para o entendimento da herança cultural.

d) Apenas como uma estratégia econômica para o turismo.


18 CADERNO LUPA N. 36, DEZ. 2023 HISTÓRIA

Quais são as potenciais ramificações éticas envolvidas na negociação e repatriação de bens


8 culturais?

a) Nenhuma, pois a devolução é sempre justa.

b) Equilíbrio entre o direito à preservação cultural e justiça/restituição.

c) Priorização exclusiva dos interesses financeiros.

d) Ignorar completamente as reivindicações de restituição.

9 Como a recuperação de bens culturais pode impactar o turismo cultural no Brasil?

a) Reduzindo o interesse internacional em visitar o país.

b) Tornando o turismo cultural menos acessível ao público em geral.

c) Valorizando o patrimônio histórico e atraindo turistas internacionais.

d) Não influenciando significativamente o setor turístico.

10 Quais são os desafios enfrentados na autenticação de bens culturais recuperados?

a) Inexistência de falsificações no mercado de arte.

b) Garantir a legitimidade dos artefatos e evitar falsificações.

c) Aceitar todas as peças como autênticas para evitar controvérsias.

d) Ignorar completamente a questão da autenticidade.

Como a devolução de bens culturais pode influenciar as relações culturais e diplomáticas entre
11 as nações envolvidas?

a) Não tem impacto nas relações entre as nações.

b) Fortalecendo os laços culturais e diplomáticos.

c) Aumentando conflitos e hostilidades.

d) Limitando as interações culturais entre as nações.


CLIMA CADERNO LUPA N. 36, DEZ. 2023 19

Calor não é mimimi

1 Qual o tema central apresentado na reportagem?

2 O que se entende por estresse térmico?

Qual a descoberta feita pelo Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (Lasa) do


3 Departamento de Meteorologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)?

A qual o estresse térmico têm sido submetidos os municípios de:


4
a) Fortaleza: b) São Paulo: c) Belo Horizonte:
d) Curitiba: e) Belém: f) Goiânia:
g) Brasília: h) Campinas:

Quais efeitos nocivos à saúde, o aumento da temperatura pode causar, segundo os


5 pesquisadores?
20 CADERNO LUPA N. 36, DEZ. 2023 CLIMA
MUNDO

O que é o 'domo de calor', fenômeno por


trás dos recordes de temperatura no Brasil

Explique o conceito de "domo de calor" e discuta como esse fenômeno está relacionado aos
1 recentes recordes de temperatura registrados em vários estados brasileiros.

2 A partir da explicação da pesquisadora Marina Hirota, descreva como o "bloqueio atmosférico"


contribui para a formação do domo de calor e suas consequências climáticas.

Discuta o papel da alta pressão atmosférica na manutenção e intensificação do domo de calor,


3 utilizando a analogia da "tampa na panela" mencionada no texto.
MUNDO
CLIMA CADERNO LUPA N. 36, DEZ. 2023 21

Avalie como a compressão da massa de ar quente influencia no aumento das temperaturas


4 dentro do domo de calor.

5 Considerando as informações do texto, explique como a massa de ar quente afeta a chegada de


nuvens mais densas e a incidência de raios solares.

Analise a influência do fenômeno El Niño no clima brasileiro, com foco na sua contribuição
6 para as ondas de calor e secas.
22 CADERNO LUPA N. 36, DEZ. 2023 CLIMA
MUNDO

Discuta a relação entre as mudanças climáticas e a intensidade e frequência dos domos de calor
7 no Brasil, conforme explicado por Francisco Eliseu Aquino.

Reflita sobre as implicações do "inverno mais quente do Hemisfério Sul" para o padrão climático
8 futuro, especialmente em relação a ondas de calor e secas.

Descreva a mudança observada no padrão de chuvas no Brasil, particularmente a alteração do eixo de


9 umidade entre a Amazônia e o Sudeste, e como isso pode afetar diferentes regiões do país.

Analise a combinação de fatores como desmatamento, mudança no uso do solo e fenômenos


10 climáticos, como o El Niño, no agravamento das condições climáticas extremas no Brasil.

No trecho: "uma onda de calor fez com que vários Estados brasileiros registrassem recordes
11 históricos de temperatura", o termo "onda de calor" refere-se a:
a) Uma elevação temporária da temperatura.
b) Um período prolongado de chuvas intensas.
c) Uma queda abrupta na temperatura média.
d) Um fenômeno relacionado exclusivamente ao inverno.
e) Uma condição climática estável e previsível.
MEIO AMBIENTE
MUNDO CADERNO LUPA N. 36, DEZ. 2023 23

Estas cidades estão prontas para se


tornarem paraísos climáticos?

Discuta as razões pelas quais as pessoas estão se mudando para Hobart, na Tasmânia,
1 e como isso se relaciona com as mudanças climáticas globais.

Analise como o clima temperado de Hobart e sua localização geográfica contribuem para torná-la
2 um destino atraente em um contexto de mudança climática.

Reflita sobre os desafios que as cidades como Hobart podem enfrentar ao se tornarem refúgios
3 para migrantes climáticos, considerando aspectos como infraestrutura e recursos.

Explique o conceito de "bloqueio atmosférico" e como ele pode afetar regiões como
4 o Oriente Médio e o Paquistão, tornando-as inabitáveis devido ao calor e à umidade.
24 CADERNO LUPA N. 36, DEZ. 2023 MEIO AMBIENTE
MUNDO

Avalie as estratégias adotadas por Viena para se adaptar às mudanças climáticas, incluindo
5 medidas de proteção contra inundações e a promoção de espaços verdes.

Discuta as implicações da pesquisa que aponta uma menor capacidade de termorregulação humana
6 em temperaturas quentes e úmidas, especialmente em relação às mudanças climáticas.

Analise a situação dos refugiados climáticos que não têm a opção de se mudar para cidades
7 distantes e as soluções que podem ser implementadas localmente, como no exemplo da província
de Sindh no Paquistão.

Explique como a transformação de Singapura em uma "selva urbana" pode ajudar a mitigar os
8 efeitos das mudanças climáticas e atrair migrantes climáticos.

Discuta os desafios enfrentados por Hobart, como o aumento dos custos de moradia e o tráfego,
9 à medida que mais migrantes climáticos se mudam para a cidade.
POLÍTICA
MUNDO CADERNO LUPA N. 36, DEZ. 2023 25

Disputa entre Piauí e Ceará envolve


13 municípios com PIB bilionário

Considerando o contexto histórico e geográfico apresentado no texto, explique as razões para


1 o Piauí buscar a recuperação de uma área disputada com o Ceará. Como a decisão do STF pode
impactar diretamente a delimitação territorial e o desenvolvimento desses estados?

Com base nas informações fornecidas sobre a disputa territorial entre Ceará e Piauí, discuta os
2 argumentos apresentados pelo geógrafo Eric Melo em relação à posse histórica do Piauí sobre o
território em questão. Como esses argumentos podem influenciar a decisão do STF?

Analise criticamente a importância da reunião entre representantes do Piauí, Ceará e o Exército


3 para conhecer as técnicas de perícia utilizadas na resolução do litígio. Como essa colaboração
técnica pode influenciar na justa definição da divisa entre os estados?
26 CADERNO LUPA N. 36, DEZ. 2023 POLÍTICA
ODNUM

Refletindo sobre as implicações socioeconômicas do litígio entre Piauí e Ceará, argumente sobre
4 como a indefinição territorial pode impactar as comunidades locais, especialmente aquelas envolvidas
diretamente na disputa. Quais medidas poderiam ser tomadas para mitigar esses impactos?

Diante das divergentes perspectivas apresentadas pelos representantes dos governos do Piauí e
5 do Ceará, proponha uma estratégia de mediação que poderia ser adotada para resolver o litígio de
maneira equitativa e satisfatória para ambas as partes.

Por que o Piauí judicializou a questão do litígio territorial em 2011?


6 a) Para buscar uma solução amigável com o Ceará.
b) Como estratégia para ganhar vantagem política.
c) Atendendo a uma determinação do STF.
d) Para reforçar sua posse histórica sobre a área disputada.

Qual é o mito que precisa ser desfeito em relação ao litígio entre Piauí e Ceará?
7 a) Troca de territórios entre os estados.
b) Inexistência de litoral no Piauí.
c) Ceará cedeu território ao Piauí.
d) Serra da Ibiapaba como linha divisória.
POLÍTICA
MUNDO CADERNO LUPA N. 36, DEZ. 2023 27

De acordo com a Procuradoria do Estado do Piauí, por que a região em disputa sempre pertenceu
8 ao Piauí?
a) Troca de territórios entre os estados.
b) Decisão unilateral do governo imperial.
c) Compensação pelo Ceará devolver Luís Correia.
d) Criação da freguesia de Amarração em território piauiense.

Qual é o papel das leis e tratados na resolução da disputa territorial entre Ceará e Piauí?
9 a) Não têm relevância na resolução desse tipo de conflito.
b) Devem ser aplicados rigorosamente, independentemente do contexto.
c) Devem ser flexíveis para acomodar interesses regionais.
d) Devem ser ignorados em prol de soluções práticas.

Como os órgãos governamentais podem mediar efetivamente o conflito entre Ceará e Piauí?
10 a) Ignorando as demandas regionais em prol de decisões centralizadas.
b) Promovendo a cooperação entre os estados sem intervenção.
c) Desconsiderando a mediação governamental e buscando soluções comunitárias.
d) Desafiando as leis existentes para favorecer um dos estados.

Por que a identidade regional é um


11 elemento importante na disputa
territorial entre Ceará e Piauí?
a) Porque as diferenças culturais são
irrelevantes nesse contexto.
b) Porque influencia as perspectivas
e aspirações das comunidades locais.
c) Porque a identidade regional
não tem impacto na resolução de
conflitos territoriais.
d) Porque as tradições culturais
devem ser ignoradas na busca por
uma solução justa.
28 CADERNO LUPA N. 36, DEZ. 2023 MATÉRIA DE CAPA
MUNDO

Quantas são as línguas indígenas do Brasil,


onde são faladas e o que as ameaça?

Discuta a discrepância entre o número de línguas indígenas reportadas pelo Censo 2010 no
1 Brasil e as estimativas de linguistas. Quais fatores podem contribuir para essas diferenças
nos números?

Explique os desafios enfrentados pelos pesquisadores e linguistas na definição e contagem de


2 línguas indígenas no Brasil. Como a autoidentificação dos grupos indígenas afeta essa tarefa?

Reflita sobre a afirmação de Bruna Franchetto que "a língua é uma construção dentro da ciência,
3 mas também é política". Como isso se aplica ao contexto das línguas indígenas no Brasil?
MATÉRIA DE
MUNDO
CAPA CADERNO LUPA N. 36, DEZ. 2023 29

Avalie o impacto das condições sociais e políticas dos grupos indígenas na preservação ou
4 no declínio de suas línguas nativas.

Discuta como as línguas indígenas evoluem e diferenciam-se ao longo do tempo, conforme


5 explicado por Hein van der Voort, considerando o papel da geografia e do isolamento social.

Examine as principais ameaças à sobrevivência das línguas indígenas no Brasil, considerando


6 fatores como desmatamento, urbanização e políticas linguísticas.

Discuta a importância da Década Internacional das Línguas Indígenas declarada pela UNESCO
7 e como isso pode influenciar a preservação das línguas indígenas no Brasil.
30 CADERNO LUPA N. 36, DEZ. 2023 MATÉRIA DE CAPA
MUNDO

Explique o conceito de "línguas adormecidas" e como isso se relaciona com a ideia de


8 revitalização e retomada das línguas indígenas no Brasil.

Avalie a importância de envolver comunidades indígenas no processo de mapeamento e


9 revitalização de suas línguas, como proposto por Altaci Corrêa Rubim.

Reflita sobre a declaração de Altaci Corrêa Rubim de que para os povos indígenas, "a
10 língua é espírito". Como essa perspectiva pode influenciar as estratégias de preservação e
revitalização das línguas indígenas?
MATÉRIA DE
MUNDO
CAPA CADERNO LUPA N. 36, DEZ. 2023 31

Uma das principais razões para a dificuldade em determinar o número exato de línguas
11 indígenas é que muitos grupos indígenas

a) não têm um nome específico para sua língua.

b) falam mais de uma língua.

c) adotaram o português como língua principal.

d) perderam o conhecimento de sua língua nativa.

e) se comunicam principalmente através de símbolos.

Considere o trecho: "O território brasileiro abriga hoje apenas 20% das estimadas 1.175
12 línguas que tinha em 1500". Qual das alternativas melhor interpreta a informação contida
nesta frase?

a) Em 1500, havia aproximadamente 1.175 línguas no Brasil.

b) O Brasil perdeu 20% de suas línguas desde 1500.

c) Há mais línguas no Brasil hoje do que em 1500.

d) O número de línguas no Brasil não mudou desde 1500.

e) Em 1500, havia menos de 1.175 línguas no Brasil.

13 Baseado no trecho: "O Censo 2010 contabilizou 274 línguas indígenas atualmente no
Brasil", qual é a interpretação correta deste dado?

a) O número de línguas indígenas tem aumentado desde 1500.

b) Há menos línguas indígenas do que o Censo de 2010 registrou.

c) O Censo 2010 pode ter superestimado o número de línguas.

d) Todas as 274 línguas registradas no Censo são amplamente faladas.

e) Este número inclui línguas indígenas e não indígenas.


32 CADERNO LUPA N. 36, DEZ. 2023 SAÚDE
MUNDO

Uso de despertador para acordar é sinal


de sono insuficiente

Qual é a porcentagem da população brasileira que, segundo a Fundação Oswaldo Cruz,


1 enfrenta problemas de sono, incluindo insônia?

Qual é o papel do despertador para aqueles que têm um sono equilibrado, de acordo com o
2 texto?

O que o especialista Alan Luiz Eckeli aponta como razão para algumas pessoas recorrerem
3 frequentemente ao despertador?
MUNDO
SAÚDE CADERNO LUPA N. 36, DEZ. 2023 33

De acordo com a Fundação Nacional do Sono dos Estados Unidos, qual é a faixa ideal de horas
4 de sono para a terceira idade?

O que o texto destaca sobre o tipo de som e intensidade do despertador, de acordo com a
5 recomendação do especialista?

6 Como o texto aborda o início do dia, conforme ressaltado pelo professor Alan Luiz Eckeli?

Qual é a desvantagem apontada no texto em relação ao uso de um despertador com intensidade


7 sonora elevada?

Qual é a sugestão do professor Alan Luiz Eckeli para evitar o desconforto associado ao
8 despertador?
34 CADERNO LUPA N. 36, DEZ. 2023 SAÚDE
MUNDO

O que é destacado como essencial para evitar o uso frequente do despertador, de acordo com
9 o professor Eckeli?

Conforme mencionado pelo especialista, qual é a importância do planejamento para um sono


10 equilibrado?

Quais são as possíveis consequências de acordar com o auxílio frequente do despertador, de


11 acordo com o texto?

Como o texto sugere que o despertador pode se tornar um motivo de apreensão para algumas
12 pessoas?

Quais são as variáveis associadas ao tipo de som do despertador, conforme explicado pelo
13 especialista?
MUNDO
SAÚDE CADERNO LUPA N. 36, DEZ. 2023 35

O que é destacado como fundamental para respeitar o relógio biológico e as horas de sono,
14 segundo Alan Luiz Eckeli?

Como o texto aborda a quantidade média de sono pedida pelo corpo em relação ao
15 comportamento da maioria das pessoas?

Qual é a relação entre o ciclo sono-vigília e o despertador, de acordo com as informações do


16 texto?

O que o especialista destaca como essencial para evitar desconforto e memória afetiva
17 negativa em relação ao despertador?

De que maneira a intensidade sonora do despertador pode impactar o despertar, conforme


18 explicado no texto?
36 CADERNO LUPA N. 36, DEZ. 2023 SAÚDE
MUNDO

19 Como o despertador é caracterizado em relação à necessidade de horas de sono adequadas?

Qual é o conselho final do professor Alan Luiz Eckeli em relação ao uso do despertador, de
20 acordo com o texto?

De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), qual a porcentagem da população brasileira
21 que enfrenta problemas de sono, incluindo a insônia?
a) 50%
b) 60%
c) 72%
d) 80%

Qual é o papel do despertador, de acordo com o texto, para aqueles que têm um sono
22 equilibrado?
a) Auxiliar no controle do ritmo circadiano.
b) Tornar o despertar mais agradável.
c) Não é necessário para quem tem um sono equilibrado.
d) Garantir um tempo adequado de repouso.

Segundo o especialista Alan Luiz Eckeli, por que algumas pessoas precisam recorrer ao
23 despertador com frequência?
a) Falta de disciplina.
b) Desrespeito ao relógio biológico e tempo de sono.
c) Hábitos alimentares inadequados.
d) Excesso de atividades físicas.
MUNDO
SAÚDE CADERNO LUPA N. 36, DEZ. 2023 37

De acordo com a Fundação Nacional do Sono dos Estados Unidos, qual é a faixa ideal de horas
24 de sono para a terceira idade?
a) 5 a 6 horas.
b) 6 a 7 horas.
c) 7 a 8 horas.
d) 8 a 9 horas.

Qual é a recomendação do especialista em relação ao tipo de som e intensidade do despertador?


25 a) Sons agudos e intensidade elevada são preferíveis.
b) Melodias suaves e intensidade moderada são mais adequadas.
c) Sirenes e intensidade elevada causam desconforto.
d) O tipo de som não influencia no desconforto.

Como o texto aborda o início do dia, conforme destacado pelo professor Alan Luiz Eckeli?
26 a) O dia começa apenas pela manhã.
b) O dia inicia ainda na noite anterior.
c) O despertar natural é desnecessário.
d) O ciclo sono-vigília não influencia no começo do dia.

De acordo com o texto, qual é a desvantagem de usar um despertador com intensidade sonora
27 elevada?
a) Causa desconforto e memória afetiva negativa.
b) Melhora o condicionamento do sono.
c) Estimula o despertar natural.
d) Diminui a necessidade de horas de sono.

Qual é a sugestão dada pelo professor Alan Luiz Eckeli para evitar o desconforto associado ao
28 despertador?
a) Usar sons agudos e sirenes.
b) Aumentar a intensidade do despertador.
c) Evitar o uso frequente do despertador.
d) Ignorar o relógio biológico.
38 CADERNO LUPA N. 36, DEZ. 2023 RESENHA
MUNDO

Mario Bros: O Filme

1 Qual o nome do filme analisado na resenha? Qual assunto ele aborda?

2 Na sinopse é feita uma breve descrição do filme. Como o enredo foi construído?

3 Para o autor da resenha para qual público o filme foi idealizado?

4 Porque o autor da resenha descreve a trama do filme como infantil?


RESENHA
MUNDO CADERNO LUPA N. 36, DEZ. 2023 39

5 Como o autor da resenha avalia a obra?

E o Pikachu? Super Mario Bros é destaque no encerramento das Olimpíadas Rio 2016
Após duas semanas de muita emoção e conquista de medalhas, a Olimpíada Rio 2016 chegou
ao seu fim na noite do último domingo (21) abrindo espaço para mostrar um pouco do que
vem por aí na próxima. Durante a cerimônia de encerramento, em cerca de dez minutos, o
Japão dominou o lugar apresentando ao mundo Tóquio, capital do país e cidade-sede dos
jogos daqui há quatro anos, em 2020. Apesar da grande festa colorida feita pelo Brasil, um
dos destaques, principalmente na internet, foi a presença de Super Mario em pleno Maracanã.
O estádio, é claro, foi ao delírio. Mas, apesar disso, as pessoas sentiram falta de um outro
personagem importante da cultura japonesa que também merecia o seu destaque: o Pikachu.
Não se sabe por qual motivo, já que a Nintendo autorizou a utilização da imagem do encanador
bigodudo e com o enorme sucesso que "Pokémon GO" está fazendo pelo mundo inteiro, foi
esquecido pelos organizadores. Lembrando que em abril de 2016 a Nintendo lançou o game
"Mario & Sonic at the Rio 2016 Olympic Games" e, sequer, colocou o ouriço azul no trailer.
Contudo, o teaser mostra que a próxima Olimpíada deve agradar até mesmo aqueles que não
são muito ligados em esportes e adoram passar seu tempo se divertindo com videogames sem
sair de casa, proposta essa bastante similar ao do game da Niantic com a Big N.

Relembre a cena: https://www.youtube.com/watch?v=FNuqKVG781I&t=2s


40 CADERNO LUPA N. 36, DEZ. 2023 INTERNET
MUNDO

Cinco dicas para buscar mais empatia


e diálogo na internet

1 Indique o assunto abordado nas dicas:

Dentre os casos de violência na internet podemos citar o bullying ou cyberbullying. Descreva


2 uma situação que você vivenciou ou presenciou sobre esse tipo de violência, e destaque
formas de combatê-lo.

A dica 3 diz sobre aceitar diferentes pontos de vista, mas sem agredir os que pensam diferente de você.
3 Explique como você faria em caso de ser submetido a uma situação como essa?

A dica de número 5 destaca a importância de sermos bons exemplos tanto nas redes sociais
4 quanto fora delas. Descreva duas ações que você pratica que contribuem para uma convívio
respeitando a diversidade de opiniões:
LITERATURA
MUNDO CADERNO LUPA N. 36, DEZ. 2023 41

Você é um número

1 Sobre o que trata o texto lido?

O texto lido trata-se de uma crônica


2
( ) argumentativa.
( ) narrativa.

3 Quais características apresentadas no texto demonstram a que gênero textual ele pertence?

O texto inicia com uma censura emitida pela autora, que censura foi essa? E qual a motivação
4 ela teve para advertir o leitor?
42 CADERNO LUPA N. 36, DEZ. 2023 LITERATURA
MUNDO

5 Que crítica social está presente no texto?

6 Em que situações você foi ou é tratado como um número?

7 Qual a tese defendida pela autora em seu texto?

8 Quais os argumentos utilizados pela autora para defender a sua tese?

9 Ao longo do texto que tipo a autora utilizou


( ) argumento de autoridade.
( ) argumento de exemplificação.
( ) argumento de princípio.
( ) argumento de causa/consequência.
LITERATURA
MUNDO CADERNO LUPA N. 36, DEZ. 2023 43

10 Retire do texto um exemplo do argumento condizente com a resposta da questão anterior.

Uma das características da crônica argumentativa é a reflexão do leitor sobre um ponto de


11 vista defendido. Sobre o que esse texto faz refletir?

PROVA DE SELEÇÃO - ITA/ IME (2021)


12 A relação entre as pessoas e os números gera, no texto de Clarice Lispector, claramente,

(a) a ideia de que os números precisam ser estudados para que as pessoas não se percam na
sociedade atual.
(b) uma indicação de que a sociedade despersonifica as pessoas com o objetivo de reduzi-las
a números.
(c) uma indicação de que as pessoas devem aceitar a sua construção como números em um
mundo burocrático.
(d) uma forma de se repensar a identidade de cada um em um mundo no qual tudo se resume
a números.
(e) uma reflexão acerca da necessidade de o ser humano relacionar-se de forma natural com
os números.
Agora, leia a reflexão a seguir.

13 Qual o assunto do texto lido?


44 CADERNO LUPA N. 36, DEZ. 2023 CURIOSIDADES
MUNDO

O que a invenção do Bluetooth tem a


ver com um rei viking do século X

1 Qual a invenção apresentada no texto?

2 Qual personagem da História foi homenageado com a invenção?

3 Quais países foram unificados no Século X pelo personagem?

4 Qual a origem do apelido Bluetooth dada a Harald?


CURIOSIDADES
MUNDO CADERNO LUPA N. 36, DEZ. 2023 45

5 O que é o dispositivo Bluetooth? Quando foi criado?

6 Qual a justificativa dada pelo inventor para dar nome ao Bluetooth?

7 Localize no mapa do continente europeu os países que foram unificados no Século X pelo rei viking
Harald “Bluetooth”:
46 CADERNO LUPA N. 36, DEZ. 2023 CURIOSIDADES
MUNDO

Por que 1º de janeiro é o Dia Mundial


da Paz?

No início do Ano Novo, a gente fica na expectativa de que tudo melhore, né? Torcendo para um
1 mundo onde a paz seja universal! Refletir sobre o ano que passou, é uma forma de redesenhar
os caminhos a traçar no ano que se inicia. Vamos fazer uma retrospectiva de 2023 em relação
à paz mundial? Aponte no quadro abaixo os principais momentos de conflitos mundiais e as
iniciativas importantes pela paz referente a cada conflito:

RETROSPECTIVA 2023
SITUAÇÕES DE CONFLITO AÇÕES PELA PAZ

A partir da tabela acima, reflita e registre:


a) Quais as principais razões dos conflitos ocorridos no ano de 2023?

b) Em sua opinião, há alguma maneira de impedir a ocorrência desse tipo de conflito? Qual seria a
maneira, em caso positivo?

c) As iniciativas pela paz mundial foram, em sua perspectiva, eficientes?


CURIOSIDADES
MUNDO CADERNO LUPA N. 36, DEZ. 2023 47

d) Que sugestões você daria para que o mundo pudesse de fato promover a paz universal?

Qual é a origem da tradição de celebrar o Ano Novo no dia 1º de janeiro, e como ela evoluiu ao
2 longo da história?

3 Você considera importante essa celebração? Por quê?

Como os povos babilônicos influenciaram a celebração do início do ano, e por que escolheram
4 março como o momento de renovação?

Como os romanos contribuíram para a definição do dia 1º de janeiro como o símbolo da renovação
5 de vida, estabelecendo o Ano Novo?
48 CADERNO LUPA N. 36, DEZ. 2023 CURIOSIDADES
MUNDO

Qual foi o papel do Papa Gregório XIII na inclusão do dia 1º de janeiro no calendário gregoriano, e
6 como isso impactou a celebração do Ano Novo?

Por que o Papa Paulo VI instituiu oficialmente o Dia Mundial da Paz em 1967, e qual foi o contexto
7 mundial que motivou essa decisão?

A imagem abaixo foi feita momentos após o lançamento de bomba de napalm sobre o vilarejo
8 Trang Bang que havia sido ocupado por forças do Vietnã do Norte. O episódio foi registrado pelo
fotógrafo profissional Huynh Cong Ut que testemunhou crianças do vilarejo que, aterrorizadas,
fugiam por uma estrada. Entre elas estava Thi Kim Phuc, uma garota de 9 anos, correndo nua, com
a pele ardendo em queimaduras.
MUNDO
TIRINHA CADERNO LUPA N. 36, DEZ. 2023 49

Charge - Cúpula do Clima 2021

1 Qual a temática destacada na charge?

2 Qual a crítica feita a Cúpula do Clima realizada no ano de 2021.


a
d e r no o

p
Ca gógic

u
a
Ped

L P E R I Ó D I CO P E DAG Ó G I CO PA R A E S T U DA N T E S
D O E N S I N O F U N D A M E N TA L A N O S F I N A I S E E N S I N O M É D I O .
G O V E R N O D O E S TA D O D E M I N A S G E R A I S
S E C R E TA R I A D E E S TA D O D E E D U C A Ç Ã O D E M I N A S G E R A I S
E S C O L A D E F O R M A Ç Ã O E D E S E N V O LV I M E N T O P R O F I S S I O N A L D E E D U C A D O R E S

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