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SECRETARIA DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO CEARÁ

SUPERINTENDÊNCIA DAS ESCOLAS DE FORTALEZA – SEFOR


EEMTI WALTER DE SÁ CAVALCANTE

Disciplina: Prof. (a): Série/Turma: Turno: Nota:

Aluno(a): Nº: Data: / /2019


_____/_____/2015
INSTRUÇÕES
01. Preencha seus dados de identificação corretamente;
02. Leia a prova com calma e verifique se ela está completa;
03. Preencha o GABARITO com caneta de tinta azul ou preta.
04. Marque apenas uma resposta por questão;
05. O tempo mínimo de prova é de 50 minutos e, no máximo, 2 horas;
06. Qualquer ato de fraude autoriza o professor a recolher e anular a prova do aluno.

1. (Enem 2018) O encontro entre o Velho e o Novo Mundo, que a descoberta de Colombo tornou possível, é de um tipo muito
particular: é uma guerra – ou a Conquista –, como se dizia então. E um mistério continua: o resultado do combate. Por que a
vitória fulgurante, se os habitantes da América eram tão superiores em número aos adversários e lutaram no próprio solo? Se
nos limitarmos à conquista do México – a mais espetacular, já que a civilização mexicana é a mais brilhante do mundo pré-
colombiano – como explicar que Cortez, liderando centenas de homens, tenha conseguido tomar o reino de Montezuma, que
dispunha de centenas de milhares de guerreiros? TODOROV. T. A conquista da América. São Paulo: Martins Fontes. 1991
(adaptado).

No contexto da conquista, conforme análise apresentada no texto, uma estratégia para superar as disparidades levantadas foi
a) implantar as missões cristãs entre as comunidades submetidas.
b) utilizar a superioridade física dos mercenários africanos.
c) explorar as rivalidades existentes entre os povos nativos.
d) introduzir vetores para a disseminação de doenças epidêmicas.
e) comprar terras para o enfraquecimento das teocracias autóctones.

2. (Enem 2ª aplicação 2016) Quando surgiram as primeiras notícias sobre a presença de seres estranhos, chegados em barcos
grandes como montanhas, que montavam numa espécie de veados enormes, tinham cães grandes e ferozes e possuíam
instrumentos lançadores de fogo, Montezuma e seus conselheiros ficaram pensando: de um lado, talvez Quetzalcóatl houvesse
regressado, mas, de outro, não tinham essa confirmação. PINSKY, J. et. al. História da América através de textos. São Paulo:
Contexto, 2007 (adaptado).

A dúvida apresentada inseria-se no contexto da chegada dos primeiros europeus à América, e sua origem estava relacionada ao
a) domínio da religião e do mito.
b) exercício do poder e da política.
c) controle da guerra e da conquista.
d) nascimento da filosofia e da razão.
e) desenvolvimento da ciência e da técnica.

3. (Enem 2013) O canto triste dos conquistados: os últimos dias de Tenochtitlán


Nos caminhos jazem dardos quebrados;
os cabelos estão espalhados.
Destelhadas estão as casas,
Vermelhas estão as águas, os rios, como se alguém as tivesse tingido,
Nos escudos esteve nosso resguardo,
mas os escudos não detêm a desolação…
PINSKY, J. et al. História da América através de textos. São Paulo: Contexto, 2007 (fragmento).

O texto é um registro asteca, cujo sentido está relacionado ao(à)


a) tragédia causada pela destruição da cultura desse povo.
b) tentativa frustrada de resistência a um poder considerado superior.
c) extermínio das populações indígenas pelo Exército espanhol.
d) dissolução da memória sobre os feitos de seus antepassados.
e) profetização das consequências da colonização da América.

4. (Enem 2011) O açúcar e suas técnicas de produção foram levados à Europa pelos árabes no século VIII, durante a Idade
Média, mas foi principalmente a partir das Cruzadas (séculos XI e XIII) que a sua procura foi aumentando. Nessa época passou
a ser importado do Oriente Médio e produzido em pequena escala no sul da Itália, mas continuou a ser um produto de luxo,
extremamente caro, chegando a figurar nos dotes de princesas casadoiras. CAMPOS, R. Grandeza do Brasil no tempo de
Antonil (1681-1716). São Paulo: Atual, 1996.

Considerando o conceito do Antigo Sistema Colonial, o açúcar foi o produto escolhido por Portugal para dar início à colonização
brasileira, em virtude de
a) o lucro obtido com o seu comércio ser muito vantajoso.
b) os árabes serem aliados históricos dos portugueses.
c) a mão de obra necessária para o cultivo ser insuficiente.
d) as feitorias africanas facilitarem a comercialização desse produto.
e) os nativos da América dominarem uma técnica de cultivo semelhante.
5. (Enem 2010) O Império Inca, que corresponde principalmente aos territórios da Bolívia e do Peru, chegou a englobar enorme
contingente populacional. Cuzco, a cidade sagrada, era o centro administrativo, com uma sociedade fortemente estratificada e
composta por imperadores, nobres, sacerdotes, funcionários do governo, artesãos, camponeses, escravos e soldados. A religião
contava com vários deuses, e a base da economia era a agricultura. principalmente o cultivo da batata e do milho.

A principal característica da sociedade inca era a


a) ditadura teocrática, que igualava a todos.
b) existência da igualdade social e da coletivização da terra.
c) estrutura social desigual compensada pela coletivização de todos os bens.
d) existência de mobilidade social, o que levou à composição da elite pelo mérito.
e) impossibilidade de se mudar de extrato social e a existência de uma aristocracia hereditária.

6. (FMJ 2016) Uma das faces da percepção europeia do homem americano era a demonização. Dizia frei Vicente que o demônio
perdera o controle sobre a Europa e se instalara em outra banda da Terra — a América. A infernalidade do demo chegará até a
colorir o nome da colônia: Brasil, para nosso religioso, lembra as chamas infernais, vermelhas. E, aqui, ele foi vitorioso, pelo
menos na primeira etapa da luta: esqueceu-se o nome de Santa Cruz, e a designação apadrinhada por Satanás acabou levando
a melhor. (Laura de Melo e Souza. Deus e o Diabo na Terra de Santa Cruz, 2005. Adaptado.)

Exemplificada no texto, a percepção dos portugueses em relação aos povos nativos da América Portuguesa era
a) respeitosa, já que os europeus conseguiam ver nos nativos um povo de cultura distinta, porém merecedora de estudo e
compreensão.
b) negativa, uma vez que os nativos eram vistos como seres sem religião e possíveis cultuadores ou presas do demônio.
c) indiferente, já que os portugueses protegiam os nativos e preferiam utilizar apenas a mão de obra de africanos escravizados.
d) de bastante medo, uma vez que os nativos contavam com um arsenal de guerra sofisticado para os padrões europeus da
época.
e) frequentemente positiva, uma vez que estes incorporaram as ideias iluministas de Rousseau sobre o bom selvagem.

7. (PUC-Campinas) “Não, é nossa terra, a terra do índio. Isso que a gente quer mostrar pro Brasil: gostamos muito do Brasil,
amamos o Brasil, valorizamos as coisas do Brasil porque o adubo do Brasil são os corpos dos nossos antepassados e todo o
patrimônio ecológico que existe por aqui foi protegido pelos povos indígenas. Quando Cabral chegou, a gente o recebeu com
sinceridade, com a verdade, e o pessoal achou que a gente era inocente demais e aí fomos traídos: aquilo que era nosso, que a
gente queria repartir, passou a ser objeto de ambição. Do ponto de vista do colonizador, era tomar para dominar a terra, dominar
nossa cultura, anulando a gente como civilização.” (Revista “Caros Amigos”, ano 4, n. 37, abril/2000, p. 36)

A respeito do início da colonização, período abordado pelo texto, pode-se afirmar que a primeira forma de exploração econômica
exercida pelos colonizadores e a dominação cultural e religiosa difundida pelo território brasileiro são, respectivamente:
a) a plantation no Nordeste e as bandeiras realizadas pelos paulistas.
b) a extração das "drogas do sertão" e a implantação das missões.
c) o escambo de pau-brasil e a catequização empreendida pela Companhia de Jesus.
d) a mineração no Sudeste e a imposição da "língua geral" em toda a Colônia.
e) o cultivo da cana-de-açúcar e a "domesticação" dos índios por meio da agricultura.

8. (ENEM 2011) Em geral, os nossos tupinambás ficam bem admirados ao ver os franceses e os outros dos países
longínquos terem tanto trabalho para buscar o seu arabotã, isto é, pau-brasil. Houve uma vez um ancião da tribo que me fez esta
pergunta: “Por que vindes vós outros, mairs e perós (franceses e portugueses), buscar lenha de tão longe para vos aquecer?
Não tendes madeira em vossa terra?” LÉRY, J. Viagem à Terra do Brasil. In: FERNANDES, F. Mudanças Sociais no Brasil. São
Paulo: Difel, 1974.
O viajante francês Jean de Léry (1534-1611) reproduz um diálogo travado, em 1557, com um ancião tupinambá, o qual
demonstra uma diferença entre a sociedade europeia e a indígena no sentido
A) do destino dado ao produto do trabalho nos seus sistemas culturais.
B) da preocupação com a preservação dos recursos ambientais.
C) do interesse de ambas em uma exploração comercial mais lucrativa do pau-brasil.
D) da curiosidade, reverência e abertura cultural recíprocas.
E) da preocupação com o armazenamento de madeira para os períodos de inverno.

9. Faceres Medicina 2015/1 Os grandes proprietários e fazendeiros são, antes de tudo, homens de negócio, para quem a
utilização da terra constitui um negócio como outro qualquer (...). Já para os trabalhadores rurais, para a massa camponesa de
proprietários ou não, a terra e as atividades que nela se exercem constituem a única fonte de subsistência para eles
acessível. (C. Prado Junior. A questão agrária no Brasil, 2000.)
A estrutura fundiária brasileira caracteriza-se por:
A) Predomínio de atividades pastoris.
B) Presença de minifúndios especializados.
C) Fazendas comunitárias.
D) Concentração de terras e latifúndios para exportação.
E) Distribuição equilibrada de terras e latifúndios especializados.

10. (Fuvest-SP) A divisão do Brasil em capitanias hereditárias não seria apenas a primeira tentativa oficial de colonização
portuguesa na América, mas também a primeira vez que europeus transportaram um modelo civilizatório para o Novo Mundo. A
esse respeito é correto afirmar que:
A) o modelo implantado era totalmente desconhecido dos portugueses e cada donataria tinha reduzidas dimensões.
B) representava uma experiência feudal em terras americanas, sem nenhum componente econômico mercantilista.
C) atraiu sobretudo a alta nobreza pelas possibilidades de lucros rápidos.
D) a Coroa, com sérias dívidas, transferia para os particulares as despesas da colonização, temendo perder a colônia para os
estrangeiros que ameaçavam nosso litoral.
E) o sistema de capitanias fracassou e não deixou como consequências a questão fundiária e a estrutura social excludente.

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