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O
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Sumário
Quinhentismo..........................................................................................2
Barroco....................................................................................................9
Arcadismo..............................................................................................18
Romantismo...........................................................................................26
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Quinhentismo
Águas são muitas; infindas. E em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-
se-á nela tudo, por bem das águas que tem. Porém o melhor fruto, que nela se pode fazer,
me parece que será salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa
Alteza em ela deve lançar. E que aí não houvesse mais que ter aqui esta pousada para esta
navegação de Calecute, bastaria.
Quando mais disposição para se nela cumprir e fazer o que Vossa Alteza tanto deseja, a
saber, acrescentamento da nossa santa fé. E nesta maneira, Senhor, dou aqui a Vossa
Alteza do que nesta vossa terra vi. E, se algum pouco me alonguei, Ela me perdoe, que o
desejo que tinha, de Vos tudo dizer, mo fez assim pôr pelo miúdo.
E pois que, Senhor, é certo que, assim neste cargo que levo, como em outra qualquer coisa
que de vosso serviço for, Vossa Alteza há de ser de mim muito bem servida, a Ela peço
que, por me fazer singular mercê, mande vir da ilha de São Tomé a Jorge de Osório,
Deste Porto Seguro, da Vossa Ilha de Vera Cruz, hoje, sexta-feira, primeiro dia de maio
de 1500.
Pero Vaz de Caminha
A. Relatos de viagem que informam sobre a terra, além de poemas e peças teatrais com
intenção catequética.
B. Romances que retratam a falta de instrução do sertanejo, bem como sua precária vida,
dada às condições desfavoráveis impostas pela geografia local e à submissão dos
trabalhadores aos proprietários de terra.
D. Epistolas de cunho nacionalistas, que reivindicam uma literatura sobre o Brasil, não
mais presa aos modelos lusitanos.
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GABARITO: Letra A
COMENTÁRIOS: O Quinhentismo tem três literaturas importantes, informativo com o
objetivo de informar ao Rei de Portugal sobre o que encontrava e com interesse material
acerca das terras e objetos. Exaltação, exaltando a beleza das terras brasileiras, fauna e
flora. Por último, a literatura catequética ou jesuítica, escritas pelos jesuítas, que tinha
caráter didático e pedagógico, com objetivo de ensinar e converter os índios ao catolicismo.
A produção se resumiu em relatos de viagem que informam sobre a terra, além de poemas
e peças teatrais com intenção catequética. Assim sendo, não se produziu no Quinhentismo:
Letra B- Romances.
Revise no Mapa Mapa Mental: Quinhentismo, tema “Pero Vaz de Caminha”, página 3.
V. As produções literárias deste período constituem um painel da vida dos anos iniciais do
Brasil colônia, retratando os primeiros contatos entre os europeus e a realidade da nova
terra.
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GABARITO: Letra C
COMENTÁRIOS:
V. As produções literárias deste período constituem um painel da vida dos anos iniciais do
Brasil colônia, retratando os primeiros contatos entre os europeus e a realidade da nova
terra. (Verdadeira)
Uma abordagem acerca da literatura jesuítica deve, necessariamente, começar por uma
reflexão a respeito do sentido e da importância da Companhia de Jesus na colonização e na
história da cultura do Brasil. A ação dos jesuítas entre nós durante os séculos coloniais
precisa ser encarada em dois planos: um referente ao expansionismo geográfico da
Metrópole, outro referente à cultura que os informava e que se propuseram disseminar
nesta parte do mundo. História da Literatura Brasileira, Massaud Moisés. Adaptado.
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O texto acima faz referência à literatura jesuítica no Brasil no Período Colonial. A atividade
cultural dos jesuítas norteava-se em dois rumos pragmaticamente bem definidos: a
educação dos colonos, embriagados com a liberdade paradisíaca que desfrutavam na terra
ainda inexplorada, e
B) a defesa do indígena para que ele não fosse escravizado e mantivesse seus valores
culturais autóctones.
D) uma defesa dos valores religiosos do indígena, embora esses valores conflitassem com o
Cristianismo.
GABARITO: Letra A
COMENTÁRIOS: Como os jesuítas eram religiosos, eles tentavam levar sua doutrina para
os índios a fim de convertê-los ao Cristianismo juntamente com o padre José de Anchieta
que foi uma das figuras mais importantes do quinhentismo.
Letra B- Havia certa defesa dos indígenas, mas não para que mantivessem seus valores
culturais autoctónes (de sua região), e sim para que a cultura europeia e cristã fosse
assimilada por meio da Catequese.
Letra C- Não houve uma luta contra a postura etnocêntrica. Na verdade, a postura dos
catequistas foi etnocêntrica, centrada em sua cultura.
Letra E- A postura etnocêntrica não foi voltada apenas à conquista material, mas também
cultural.
Revise no Mapa Mapa Mental: Quinhentismo, tema “Padre José de Anchieta”, página 4.
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(ANCHIETA, José de. O auto de São Lourenço [tradução e adaptação de Walmir Ayala] Rio
de Janeiro: Ediouro[s.d.]p. 110).
b) A presença dos meninos índios representa uma síntese perfeita e acabada daquilo que
se convencionou chamar de literatura informativa.
d) Os meninos índios são figuras alegóricas cuja construção como personagens atende a
todos os requintes da dramaturgia renascentista.
e) Os meninos índios representam a revolta dos nativos contra a catequese trazida pelos
jesuítas, de quem querem libertar-se tão logo seja possível.
GABARITO: Letra A
COMENTÁRIOS: O processo de modificação da cultura indígena por meio dos Autos foi a
principal consequência da literatura catequética no Brasil, literatura escrita exclusivamente
pelos jesuítas, encarregados de apresentar aos índios aquilo que os portugueses, católicos,
consideravam como “certo”, principalmente sobre aspectos da religião cristã.
a) CORRETA, pois a estrofe diz que os índios não creem mais nos pajés, demonstrando a
aculturação.
Revise no Mapa Mapa Mental: Quinhentismo, tema “Padre José de Anchieta”, página 4.
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( ) A carta de Pero Vaz de Caminha, enviada ao rei D. Manuel I, circulou amplamente entre
a nobreza e o povo português da época.
( ) Os textos que informavam sobre o Novo Mundo despertavam grande curiosidade entre
o público europeu, estando os de Américo Vespúcio entre os mais divulgados no início do
século XVI.
A) V - F - V - V.
B) V - F - F - F.
C) F - V - V - V.
D) F - F - V - V.
E) V - V - F - F.
GABARITO: Letra D
COMENTÁRIOS:
(F) A carta de Pero Vaz de Caminha, enviada ao rei D. Manuel I, circulou amplamente entre
a nobreza e o povo português da época. Essa carta ficou restrita ao rei por tratar de
assuntos como as riquezas que encontraram no Brasil. Apenas as demais cartas foram
divulgadas.
(F) Os textos informativos apresentavam, em geral, uma estrutura narrativa, pois esta se
adaptava melhor aos objetivos dos autores de falar das coisas que viam. A estrutura
adotada é a descritiva, assim eles conseguiam passar as informações sobre as novas terras
descobertas.
(V) Os textos que informavam sobre o Novo Mundo despertavam grande curiosidade entre
o público europeu, estando os de Américo Vespúcio entre os mais divulgados no início do
século XVI. Correto, as descrições de Américo Vespúcio eram mais relativas às riquezas
naturais e geográficas e, por isso, poderiam ser divulgadas ao público.
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(V) Pero de Magalhães Gandavo é o autor dos textos "Tratado da Terra do Brasil" e
"História da Província Santa Cruz a que Vulgarmente chamamos de Brasil".
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Barroco
a) Mamãe vestida de rendas Tocava piano no caos Uma noite abriu as asas Cansada de
tanto som, Equilibrou-se no azul, De tonta não mais olhou Para mim, para ninguém!
Cai no álbum de retratos (“Pré-história” de Murilo Mendes).
b) E de repente, sim, ali estava a coisa verdadeira. Um retrato antigo de alguém que não
se conhece e nunca se reconhecerá porque o retrato é antigo ou porque o retratado
tornou-se pó (“Perto do Coração Selvagem” de Clarice Lispector).
c) Cada estação da vida é uma edição, que corrige a anterior, e que será corrigida
também, até a edição definitiva, que o editor dá de graça aos vermes (“Memórias
Póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis).
e) O homem, em qualquer estado que esteja, é certo que foi pó, e há de tornar a ser pó.
Foi pó, e há de tomar a ser pó? Logo é pó. Porque tudo o que vive nesta vida, não é o
que é: é o que foi e o que há de ser (“Sermão de Quarta-Feira de Cinzas” do Padre
Antônio Vieira).
GABARITO: Letra E
COMENTÁRIOS: A questão faz remissão a um autor do Barroco, Gregório de Matos, e espera que
o aluno consiga identificar qual trecho tem aproximação literária com esse período.
Letra E – O trecho em questão, além de coadunar com o Barroco, tem uma visão
depreciativa da existência humana.
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a) Conto
b) Tragédia
c) Epopeia
d) Soneto
e) Novela
GABARITO: Letra D
COMENTÁRIOS: Gregório de Matos foi um dos mais conhecidos poetas da literatura. Foi a
grande expressão do movimento barroco no Brasil. Gregório de Matos escreveu sonetos,
quadras, sextilhas e poemas em formas diversas, sempre rimados. Mas foram nos sonetos
que se encontrou, sobretudo, a influência barroca de sua obra, com silogismos, uso
abundante de figuras de linguagem, jogos de palavras e oposições. Sendo assim, Gregório
de Matos:
f)
3- Ano: 2016 Banca: Unicentro
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GABARITO: Letra D
COMENTÁRIOS: É necessário observar com esta questão que apesar de Gregório de
Matos trabalhar com oposição de ideias e com o dualismo amoroso, por exemplo, é preciso
notar como o poema se organiza e o desenrolar das ideias. É primordial sempre a
interpretação do aluno para notar a característica mais em evidência na última estrofe.
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]
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a) Barroco
b) Arcadismo
c) Naturalismo
d) Realismo
e) Romantismo
GABARITO: Letra A
COMENTÁRIOS: As obras do Barroco retratavam cenas de histórias bíblicas ou de
mártires da história brasileira sendo retratados em seu momento mais dramático, tendo
um tom de teatralidade. Os elementos do cristianismo estavam na obra como forma de
transmitir as mensagens que a igreja queria passar, a exemplo da cruz na pintura. Uma
das principais características da pintura barroca era o uso da luz direcionada a imagem
central. A luz não aparecia de forma natural e direcionava o olhar do expectador ao
destaque do quadro. A técnica da mistura do claro e do escuro era utilizada e ajudava a
dar profundidade às imagens. Vale lembrar que, das escolas mencionadas, o Arcadismo e
o Naturalismo se manifestaram menos na pintura.
Letra B – De imediato, se perceberia que a obra não faz parte do Arcadismo, já que nesta escola se
valorizava imagens harmônicas, leves e voltadas ao espaço do campo.
Letra C – A obra não é naturalista, pois o Naturalismo busca retratar o meio como determinação do
indivíduo, deixando de lado temáticas religiosas.
Letra D – Apesar de a pintura demonstrar a cena real, a realidade imediata e não imaginada,
possui um caráter de denúncia das desigualdades, sem tom religioso e com outras
técnicas de pintura.
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Se nos últimos anos o minimalismo reinou pedindo looks mais cleans, contudo, o inverno
de 2020 promete trazer uma trend que sugere exatamente o contrário: looks ricos,
exagerados e elaborados farão parte dessa estação.
Além disso, o barroco será uma das grandes influências da moda para a estação mais fria
do ano. O espírito barroco é carregado de informações, dramaticidade e conflitos, assim
como abundância e vitalidade, o que traduz perfeitamente a atmosfera da
contemporaneidade em todas as suas contradições.
Na moda, toda essa desordem também aparece refletida na sobrecarga de informações,
por exemplo: texturas, mix de estampas, hibridismo, exagero nas proporções,
sobreposições, peles, pelos, transparência, brilho e tudo mais, de preferência no mesmo
look!
2) no excesso de detalhes.
3) na mistura de informações.
a) 1 e 3, apenas.
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b) 1 e 4, apenas.
c) 2 e 3, apenas.
d) 2, 3 e 4, apenas.
e) 1, 2, 3 e 4.
GABARITO: C
COMENTÁRIOS:
1) Na sobriedade das cores: errada. O barroco ele quer uma cor extravagante que chame
a atenção o barroco é isso um rebuscamento em tudo eles querem tudo perfeito. OBS:
Não confunda a afirmação dessa assertiva com a dualidade das cores preto e do branco.
Eliminam-se as assertivas A, B e D.
2) No excesso de detalhes: correto. O barroco é o exagero das coisas e preza pelos
detalhes.
3) Na mistura de informações: correto. Isso aqui se trata do Cultismo, um rebuscamento
na linguagem e muitas informações que dificultam o entendimento.
4) Na leveza dos tecidos: errada. O barroco visa coisas que chamem a atenção. Tecidos
pesados, exagerados, com cores fortes.
Revise no Mapa Mapa Mental: Barroco, tema “marco inicial”, página 1.
Por isto são maus ouvintes os de entendimentos agudos. Mas os de vontades endurecidas
ainda são piores, porque um entendimento agudo pode-se ferir pelos mesmos fios e
vencer-se uma agudeza com outra maior; mas contra vontades endurecidas nenhuma
coisa aproveita a agudeza, antes dana mais, porque quando as setas são mais agudas,
tanto mais facilmente se despontam na pedra. Oh! Deus nos livre de vontades endurecidas,
que ainda são piores que as pedras.
d) exortação que o pregador fazia em favor de seu projeto de criar a Campanha das Índias
Ocidentais.
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seiscentista.
GABARITO: A
COMENTÁRIOS: Padre Antônio Vieira escreveu diversas obras e sermões, entre eles o
mais famoso é o da Sexagésima, que foi proferido na Capela real de Lisboa em 1655.
Grande orador, esse é considerado o seu sermão mais importante, no qual faz uma crítica
ao estilo de outros religiosos que, segundo ele, não sabiam pregar: falavam de vários
assuntos, sendo alguns ineficazes em suas palavras ou tentanto agradar as vontades dos
homens, e não a de Deus. Ele coloca a culpa nos pregadores e analisa a sua própria
pregação.
Letra B- o trecho não discute a necessidade do engajamento dos fiéis nas batalhas contra
os holandeses.
Letra D- O trecho não menciona a exortação que o pregador fazia em favor de seu projeto
de criar a Campanha das Índias Ocidentais.
Revise no Mapa Mapa Mental: Barroco, tema: “Padre Antônio Vieira”, página 5.
Sobre o Sermão de Santo Antônio aos peixes (século XVII), do Padre Antônio Vieira,
assinale a alternativa correta.
B) O sermão é dirigido aos outros pregadores, indicando o que devem fazer para ser o sal
da terra, ou seja, para que sejam eficazes em sua ação.
D) Os peixes voadores são louvados no sermão, já que superam suas limitações de peixe
para se levantarem o quanto possível na direção do céu, aproximando-se de Deus.
E) Vieira se refere a peixes mencionados por santos, pela Bíblia e por autores clássicos,
mas não a peixes da costa brasileira, o que denota seu desinteresse por temas locais.
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GABARITO: C
COMENTÁRIOS: Este sermão está ligado à luta contra a escravidão dos índios, e é uma
crítica aos colonos, que queriam escravizá-los a todo custo. O sermão é dividido em 2
partes: a primeira ele cita tipos de peixes e as características de cada um, e na segunda ele
associa cada peixe a cada defeito dos colonos, de maneira crítica. Mesmo sem ter lido o
sermão, o aluno, sabendo as características do Padre Antonio Vieira pode se basear nas
críticas à sociedade e ao Estado que ele fazia e acertar a questão.
Letra B- A saudação inicial “Vós sois o sal da terra” é um chamamento à participação ativa
do ouvinte na sociedade.
Letra D- O padre proferia o discurso fazendo comparações entre os vícios dos colonos com
os tipos de peixes, como o polvo, o voador, o pegador e o roncador. Os voadores
representam a ambição e a presunção.
Letra E- O padre faz alusão aos peixes locais e além do mais não demonstrava desinteresse
por temas locais.
Revise no Mapa Mapa Mental: Barroco, tema: “Padre Antônio Vieira”, página 5.
C) São bastante abstratos, pois se dirigiam a uma plateia letrada, que dispensava
exemplos.
D) São escritos em linguagem culta com palavras difíceis, dirigidos à plateia sofisticada
que frequentava a igreja.
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GABARITO: B
COMENTÁRIOS: Letra A- O homem Barroco não se constituía como exemplo de equilíbrio
e simplicidade e, além do mais, os sermãos do padre exibiam mais os exemplos de homens
torpes para que o ouvinte ficasse atento aos caminhos que não deveria seguir.
Letra E- Suas perguntas eram retóricas, ou seja, já vinham imbuídas nelas as respostas.
Não havia calorosos debates com a pregaçã dos sermãos.
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Arcadismo
A obra Paisagem italiana (1805), do pintor alemão Jakob Philipp Hackert (1737-1807),
remete, sobretudo, ao ideário do
A) Realismo.
B) Romantismo.
C) Arcadismo.
D) Barroco.
E) Naturalismo.
GABARITO: C
COMENTÁRIOS: Podemos concluir que é do arcadismo, pois se percebe uma pintura que
repleta de vivências em regiões campestres, ou seja, predominada de paisagens bucólicas
(campestres, rurais). É um lugar calmo, cheio de árvores. Essas características pertencem
ao Arcadismo: vida simples, valorização da natureza e busca da paz.
Letra A – A pintura não demonstra uma cena real, e sim uma cena imaginada, sem um caráter de
denúncia das desigualdades.
Letra B – As pinturas do romantismo se caracterizam por dar atenção aos sentimentos do
artista, além de seguir por caminhos como o nacionalismo, a natureza e a imaginação. Não
era a mera exibição de cenas bucólicas.
LETRA D- A obra não se encaixa no período do Barroco, no qual as pinturas eram intensas,
com cenas marcantes da história brasileira ou de personagens religiosos, com uso de
técnicas específicas de pintura.
Letra E – A obra não é naturalista, pois o Naturalismo busca retratar o meio como determinação do
indivíduo. Na pintura, trouxe quadros realistas passados em cenários naturais, não
bucólicos.
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Texto 1
“Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,
Que vive de guardar alheio gado;
De tosco trato, de expressões grosseiro,
Dos frios gelado e dos sóis queimado.
Tenho próprio casal e nele assisto
Dá-me vinho, legume, fruta, azeite;
Das brancas ovelhinhas tiro o leite,
E mais as finas lãs, de que me visto.
Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela!”
O texto 1 possui traços que caracterizam o período literário ao qual pertence. Uma
característica evidente nesta estrofe é:
A) o bucolismo;
B) o misticismo;
C) o nacionalismo;
D) o regionalismo;
E) o indianismo.
GABARITO: A
COMENTÁRIOS: Marília de Dirceu é uma das mais importantes do movimento árcade no
Brasil. As principais características são: romantismo, bucolismo, pastoralismo, descrição e
culto à natureza e à simplicidade. De caráter autobiográfico, Tomás Antônio Gonzaga
(1744-1810) escreveu essa obra inspirado na sua própria história de amor.
Letra E- O indianismo, assim como nos dois itens anteriores, surge no Romantismo.
Revise no Mapa Mapa Mental: Arcadismo, tema: “Tómas Antônio Gonzaga”, página 5.
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d) O poema épico Caramuru, de Santa Rita Durão, tem como assunto o descobrimento da
Bahia, levado a efeito por Diogo Álvares Correia, misto de missionários e colonos
português.
e) A morte de Moema, índia que se deixa picar por uma serpente, como prova de
fidelidade e amor ao índio Cacambo, é trecho mais conhecido da obra O Uruguai, de
Basílio da Gama.
GABARITO: E
COMENTÁRIOS:
A) Correta: O escritor árcade reaproveita os seres criados pela mitologia greco-romana,
deuses e entidades pagās. Mas esses mesmos deuses convivem com outros seres do
mundo cristão.
B) Correta: A produção literária do Arcadismo brasileiro constitui-se, sobretudo de poesia,
que pode ser lírico-amorosa, épica e satírica.
C) Correta: O árcade recusa o jogo de palavras e as complicadas construções da linguagem
barroca, preferindo a clareza, a ordem lógica na escrita.
D) Correta: O poema épico Caramuru, de Santa Rita Durão, tem como assunto o
descobrimento da Bahia, levado a efeito por Diogo Álvares Correia, misto de missionários e
colonos português.
E) Incorreta: A morte de Moema, índia que se deixa picar por uma serpente, como
prova de fidelidade e amor ao indio Cacambo, é trecho mais conhecido da obra o
Uruguai, de Basílio da Gama.
Revise no Mapa Mapa Mental: Arcadismo, “Santa Rita Durão” página 8 e 9.
4- Banca: UFSC
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1. Simplificação da língua literária – ordem direta – imitação dos antigos gregos e romanos.
5. Sugestões de luz, cor e som – antítese entre a vida e a morte – espírito cristão
antiterreno.
a) 1, 4 e 5
b) 2, 3 e 5
c) 2, 4 e 5
d) 1 e 3
e) 1, 2 e 5
GABARITO: D
COMENTÁRIOS: Dado o entendimento do enunciado, as alternativas 2, 4 e 5
(correspondente às letras A, B, C e E) contêm informações sobre o período Barroco. No
barroco, devido à dualidade de pensamentos entre as visões teocêntrica e antropocêntrica,
há uma oposição entre os ideais do eu lírico, com isso, percebemos a presença de
trocadilhos e figuras de linguagem como antítese e paradoxo, que expressam o contraste
dessas ideias. Além disso, na linguagem barroca, há uma valorização sobre a norma culta e
erudita, com a presença de vocábulos raros.
Já na letra D, os itens 1 e 3 abordam sobre as características árcades, uma vez que há uma
valorização sobre as influências renascentistas e a predominância da harmonização de
ideias, como também a presença de um vocabulário mais simples. Assim sendo:
Letra A- Errada
Letra B- Errada
Letra C- Errada
Letra D- Correta
Letra E- Errada
5- Banca: UEMG
A Lira XIV, reproduzida a seguir, foi extraída da obra Marília de Dirceu, publicada em 1792;
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Tempos Modernos
(Lulu Santos)
www.letras.mus.br/
Por meio de uma leitura comparativa entre os dois textos, é CORRETO afirmar que
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GABARITO: D
COMENTÁRIOS: A questão aborda dois textos, o primeiro é o texto “Lira XIV – parte I”
de autoria de Tomaz Antônio Gonzaga e o segundo texto é “Tempos Modernos” de autoria
de Lulu Santos. Ao realizar a comparação entre os dois textos da questão, temos que:
ambos os textos apontam para a necessidade de se viver o tempo presente, decorrente da
brevidade da existência. Quando realizamos a comparação entre os dois textos, temos que
os dois textos, mesmo possuindo autores diferentes e tendo sido escritos em épocas
diferentes, ressaltam a importância de se viver o presente, o agora.
Letra C- Não há indicação na canção de Lulu Santos que o amor tratado é de cunho carnal.
Revise no Mapa Mapa Mental: Arcadismo, tema: “Tómas Antônio Gonzaga”, página 5.
O uso da palavra “inimigo” (3a estrofe) é explicado pelo fato de que o eu lírico
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aproximar da Pastora.
B) reconhece que teria sido imprudente se não alertasse os Pastores sobre o perigo de se
aproximarem da Pastora.
C) conclui que não é muito amigo aquele que se afasta de seu grupo pelo amor de uma
mulher.
D) admite que, ao contrário do que desejava, não tinha com a Pastora uma relação ideal.
GABARITO: B
Letra D- O eu-lírico não admite que não tinha com a Pastora uma relação ideal.
Revise no Mapa Mapa Mental: Arcadismo, tema: “Cláudio Manoel da Costa”, página 4.
A) na descrição do impasse entre dois mundos igualmente imperfeitos, a tediosa vida dos
pastores e as desventuras da vida amorosa.
B) na utilização da temática pastoril, contrapondo a vida tranquila dos pastores ao
sofrimento e à desilusão amorosa do eu-lírico.
C) no retrato da vida pastoril como tediosa em relação aos atributos positivos da vida
urbana e à intensidade do sentimento amoroso.
D) na configuração de um momento de indecisão entre dois mundos inconciliáveis, a
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GABARITO: B
Letra C- O mesmo ocorre na letra C, não há a visão de que a vida pastoril possa ser
tediosa, muito menos colocando-a em contraponto com a vida na cidade.
Letra D- O poema não trata do contraste entre dois mundos, o campo e a cidade.
Letra E- Apesar de que no Arcadismo se faz elogios à vida bucólica, no poema não se
verifica isso. Seu foco temático é a mulher amada.
Revise no Mapa Mapa Mental: Arcadismo, tema: “Cláudio Manoel da Costa”, página 4.
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Romantismo
Estas palavras ecoavam docemente pelos atentos ouvidos de Guaraciaba, e lhe ressoavam
n’alma como um hino celestial. Ela sentia-se ao mesmo tempo enternecida e ufana por
ouvir aquele altivo e indômito guerreiro pronunciar a seus pés palavras do mais submisso e
mavioso amor, e respondeu-lhe cheia de emoção: – Itajiba, tuas falas são mais doces para
minha alma que os favos da jataí, ou o suco delicioso do abacaxi. Elas fazem-me palpitar o
coração como a flor que estremece ao bafejo perfumado das brisas da manhã. Tu me
amas, bem o sei, e o amor que te consagro também não é para ti nenhum segredo,
embora meus lábios não o tenham revelado. A flor, mesmo nas trevas, se trai pelo seu
perfume; a fonte do deserto, escondida entre os rochedos, se revela por seu murmúrio ao
caminhante sequioso. Desde os primeiros momentos tu viste meu coração abrir-se para ti,
como a flor do manacá aos primeiros raios do sol.
GABARITO: A
COMENTÁRIOS:
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Nos poemas indianistas, o heroísmo dos indígenas em nenhum momento é utilizado como
crítica à colonização europeia, da qual a elite era a herdeira. Ao contrário, pela resistência
ou pela colaboração, os indígenas do passado colonial, do ponto de vista dos nossos
literatos, valorizavam a colonização e deviam servir de inspiração moral à elite brasileira.
(...) Já o africano escravizado demorou para aparecer como protagonista na literatura
romântica. Na segunda metade do século XIX, Castro Alves, na poesia, e Bernardo
Guimarães, na prosa, destacaram em obras suas o tema da escravidão.
(Adaptado de: NAPOLITANO, Marcos e VILLAÇA, Mariana. História para o ensino médio.
São Paulo: Atual Editora, 2013, p. 436-37)
C) se opôs aos rumos tomados pela Abolição, uma vez que se considerava prioritária a
atenção aos indígenas.
E) valorizou a bravura dos nossos indígenas, para melhor sublinhar as fraquezas da cultura
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civilizada.
GABARITO: D
COMENTÁRIOS:
Letra C- A abolição dos negros não foi pauta tratada pelo Indianismo.
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Os versos do famoso poema “Canção do Exílio” evi denciam um grande amor à pátria,
simbolizada por sua natureza. Criado por _________ e pertencente à escola _________, o
poema revela, em tom _________, um eu lírico que exterioriza sua _________.
GABARITO: B
COMENTÁRIOS:
Letra A- Gonçalves de Magalhães escreveu Suspiros Poéticos e Saudades, cujo prefácio
tornou-se um Manifesto do Romantismo brasileiro.
Letra B- Correta. Gonçalves Dias escreveu a Canção do Exílio, um poema com
características da escola romântica, que expressa em tom ufanista a saudade do eu lírico
quando longe de sua pátria.
Letra C- Gregório de Mattos é um poeta do Barroco brasileiro.
Letra D- Casemiro de Abreu pertence à segunda geração romântica.
Letra E- Castro Alves é um poeta da terceira geração romântica.
O romance Iracema, escrito por José de Alencar e publicado em 1865, teve por objetivo
representar:
29
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GABARITO: D
COMENTÁRIOS: José Martiniano de Alencar (1829 —1877-), neto de Bárbara de
Alencar, uma heroína da Revolução Pernambucana, foi um escritor e político
pernambucano. É notável como escritor por ter sido o fundador do romance de temática
nacional, e por ser o patrono da cadeira fundada por Machado de Assis na Academia
Brasileira de Letras. Em 1856 publicou o primeiro romance, "Cinco Minutos", seguido de
"A Viuvinha" em 1857.
Com "O Guarani", de 1857, alcançou notoriedade. Estes romances foram publicados todos
em jornais e só depois em livros. Na carreira política foi notória a sua defesa da
escravidão no Brasil quando ministro da Justiça do segundo reinado (Gabinete Itaboraí de
1868).
Uma das alternativas indica o objetivo do romance Iracema.
A) INCORRETA- A temática da obra é fundamentalmente a cultura nativa do Brasil, ainda
que idealizada.
B) INCORRETA- José de Alencar não apresenta claramente, em suas obras, críticas às
ações dos portugueses no Brasil.
C) INCORRETA- A cultura nativa é apresentada de forma idealizada.
D) CORRETA- Iracema é uma narrativa de fundação, ou seja, seu eixo temático principal
versa sobre a criação de uma identidade cultural. O texto representa a origem da
nacionalidade brasileira, através da ligação entre a nativa Iracema e o português Martim.
E) INCORRETA- O modelo patriarcal pode estar implícito, mas, não é o eixo da obra.
Revise no Mapa Mapa Mental: Romantismo, tema “José de Alencar”, página 25.
I. a figura do protagonista, o índio Peri, que é um típico herói romântico, tanto pela sua
força física como pelo seu caráter;
II. o amor do índio Peri por Cecília, uma moça branca, sendo que esse amor segue o
modelo medieval do amor cortês;
III. o fato de o livro ser ambientado na época da colonização do Brasil pelos portugueses,
dada a predileção dos românticos por narrativas históricas;
IV. o final do livro marca o retorno a um passado mítico, pois Peri e Cecília simbolicamente
regressam à época do dilúvio.
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A) I e II.
B) I, II e III.
C) I, II e IV.
D) I, III e IV.
E) todas.
GABARITO: E
COMENTÁRIOS:
I. Afirmação correta. Peri pode ser caracterizado como um herói idealizado, que segue os
padrões dos cavaleiros medievais europeus.
II. Afirmação correta. Cecília, par romântico de Peri no enredo, é caracterizada, também,
como uma figura romântica, idealizada. O amor entre os dois se adequa a um molde de
amor cortês, herança da Idade Média.
III. Afirmação correta. Todo o caráter romântico da história ajudou a recepção da obra
pelos portugueses.
IV. Afirmação correta. Peri e Cecília desaparecem em meio à tempestade, simbolizando o
retorno ao dilúvio.
Revise no Mapa Mapa Mental: Romantismo, tema: “José de Alencar”, página 24.
“Aurélia sentou-se à mesa de mosaico, voltando as costas ao jardim para não ver a
formosa noite que lhe caíra no desagrado. (...) Havia em cima da mesa uma caixa de jogo,
donde Aurélia tirou um baralho, com que se entreteve a fazer sortes.
– Vamos jogar? disse dirigindo-se ao marido”.
D) Além de Aurélia, Alencar construiu outras fortes personagens femininas que circulam
em ambientes urbanos, como Iracema e Lucíola.
E) Alencar produziu uma vasta obra, da qual fazem parte O sertanejo e O gaúcho,
narrativas de cunho regionalista.
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GABARITO: A
COMENTÁRIOS:
a) O enredo da obra mostra uma sociedade voltada para a aparência e para o status social.
Isso fica evidente na própria história de Aurélia: antes, pobre, é trocada pelo noivo por
outra mulher com um dote melhor. Logo depois, Aurélia recebe uma grande herança, se
tornando a dama mais disputada entre os homens na sociedade carioca. Alternativa
incorreta.
b) No fim da história, ao pagar o dote, Seixas é surpreendido por Aurélia, que revela o seu
amor, sendo este retribuído pelo personagem. Alternativa incorreta.
c) A obra mostra o jogo de poder entre Aurélia e Seixas, principais personagens da história.
Dinheiro e interesse pessoal fazem parte do enredo. Alternativa incorreta.
d) Iracema é o personagem principal, de mesmo nome, de Alencar. A história se passa na
mata, e é uma alegoria do contato entre índios e portugueses, sendo alegoria também da
descoberta da América. Alternativa correta.
e) Alencar se destaca na literatura por ter escrito obras que fazem parte de vários gêneros,
entre eles a prosa romântica, indianista e regionalista. “O sertanejo” e “O gaúcho”, ambos
regionalistas, fazem parte da obra do escritor. Alternativa incorreta.
Revise no Mapa Mapa Mental: Romantismo, tema: “José de Alencar”, página 23.
GABARITO: C
COMENTÁRIOS:
A. o dinheiro e a ambição impedem a realização do amor entre Aurélia e Seixas.
Comentário: alternativa incorreta. O amor entre Aurélia e Seixas ocorre apenas com a
concretização do pagamento completo da dívida de Seixas à Aurélia.
B. Aurélia, moça de origem pobre, conquistou o amor de Seixas só porque enriqueceu.
Comentário: alternativa incorreta. No primeiro momento, por questões amorosas,
Aurélia conquistou Seixas, não estando vinculado pela questão financeira.
C. o amor de Aurélia teve força suficiente para regenerar o caráter de Seixas.
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Acerca da vida social brasileira no período joanino, é possível afirmar que o livro de Manuel
Antônio de Almeida:
GABARITO: C
COMENTÁRIOS:
A) Falsa. O enredo mostra também os valores negativos das classes populares, incluindo
desonestidade.
B) Falsa. As classes populares não são retratadas fielmente e nem com retidão de caráter,
dados os acontecimentos que demonstram ações imorais.
C) Verdadeira. O livro exemplifica, também ironicamente, a influência que o compadre
exerce na vida de Leonardo.
D) Falsa. As classes populares não são retratadas apenas com ações imorais, mas também
morais.
E) Falsa. As classes populares não são exaltadas na obra, suas imoralidades também
aparecem, nem sempre com perseverança e dedicação ao trabalho.
Revise no Mapa Mapa Mental: Romantismo, tema: “Manoel Antônio de Almeida”, página
32.
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Algumas obras de ficção retratam um contexto urbano, sendo por isso consideradas crônica
de costumes. É, por exemplo, o caso de obras dos seguintes autores:
GABARITO: A
COMENTÁRIOS:
Antônio de Alcântara Machado: autor de livros como "Pathé Baby" e "Brás, Bexiga e Barra
Funda", tem seus romances pautados em espaços urbanos.
Joaquim Manuel de Macedo: autor de livros como "A Moreninha" e "O Loiro Moço", tem
seus livros ambientados majoritariamente no espaço urbano do Rio de Janeiro.
Lima Barreto: autor de livros como "Clara dos Anjos" e "O Triste Fim de Policarpo
Quaresma", tem os espaços de suas narrativas em ambientes urbanos.
Graciliano Ramos: autor de livros como "S. Bernardo" e "Vidas Secas", tem seus livros
ambientados no sertão nordestino.
Mário de Andrade: autor de livros como "Macunaíma" e "Pauliceia Desvairada", tem seus
ambientes fora do espaço urbano, variando de narrativa para narrativa.
Logo, a única alternativa que abrange autores que têm cenários nos meios urbanos é a A.
Revise no Mapa Mapa Mental: Romantismo, tema: “Manoel Antônio de Almeida”, página
32.
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GABARITO: B
COMENTÁRIOS:
Leonardo filho, também chamado de Leonardinho, é um anti-herói, por não ter qualidades
morais edificantes e por não querer trabalhar nem estudar. A alternativa A coloca que
Leonardo filho seria o narrador do romance, o que não é verdade, pois a história está em
3ª pessoa, com um narrador que nos conta a história de Leonardo desde sua concepção
até o momento em que ele recebe sua herança. As alternativas C e E colocam Leonardo
como herói, o que não condiz com o livro, como acabamos de ver. A alternativa D parece
entender o anti-heroísmo de Leonardo filho como positivo, mas não existe no livro
nenhum julgamento eufórico, que permita entender a malandragem como um bom valor.
Por isso, a alternativa correta é a B.
Revise no Mapa Mapa Mental: Romantismo, tema: “Manoel Antônio de Almeida”, página
32.
Soneto
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GABARITO: B
COMENTÁRIOS:
a) Alternativa incorreta. O poema não tem como mote a questão da irreversibilidade da
morte, não trata desse tema em si.
b) Alternativa correta. Em trechos como "Volve ao amante os olhos por piedade,/Olhos
por quem viveu quem já nao ̃ vive!" e "O adeus, o teu adeus, minha saudade,/Fazem que
insano do viver me prive/E tenha os olhos meus na escuridade", é possível perceber a
temática da melancolia diante da perda de alguém, do luto.
c) Alternativa incorreta. Não há descontrole das emoções e nenhum traço de
autopiedade.
d) Alternativa incorreta. O eu poético não fala sobre uma desilusão amorosa, mas sim
sobre a morte da pessoa amada e o desnorteamento que segue tal fato.
e) Alternativa incorreta. O eu poético não apresenta a escuridão literal como solução, mas
sim a morte (escuridão como metáfora).
Revise no Mapa Mapa Mental: Romantismo, tema: “Álvares de Azevedo”, página 12.
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Esses versos de Álvares de Azevedo, da Lira dos Vinte Anos, apóiam a seguinte afirmação
sobre o conjunto "Ideias íntimas", de onde foram extraídos:
GABARITO: A
COMENTÁRIOS:
c) alternativa incorreta, pois não é evidente a questão da frustração amorosa por meio da
sátira.
d) alternativa incorreta, pois a descrição do autor pelo sentimento de sua amada não se
passa do autor em se tornar um pintor.
Revise no Mapa Mapa Mental: Romantismo, tema: “Álvares de Azevedo”, página 12.
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I. ele mostra, de forma clara, o forte teor subjetivo e emotivo da poesia romântica, pois é
totalmente centrado no “eu”, na interioridade subjetiva do poeta.
II. o egocentrismo romântico, ligado ao tema da morte, faz com que o poeta lamente de
forma emocionada a própria morte, que imagina estar próxima.
III. a emoção excessiva, explicitada pelo uso recorrente dos pontos de exclamação, revela
um desejo de fuga da realidade; o mergulho no “eu” é uma forma de opor-se ao
problemático mundo exterior.
IV. a obsessão com a morte, tão presente no poema, é uma das formas do escapismo
romântico, comumente aplicado ao tema do amor, o qual também possibilita uma fuga da
problemática existencial.
Estão CORRETAS
A) apenas I e II.
B) apenas I, II e III.
C) apenas I, II e IV
D) apenas III e IV
E) todas
GABARITO: E
COMENTÁRIOS:
I. Correta. O poema focaliza uma experiência totalmente subjetiva: a projeção da própria
morte. A partir disso, a visão do "porvir", ou seja, do futuro que o eu lírico espera para si
mesmo, se dá numa disposição anímica interna com relação ao fim da vida;
II. Correta. O eu lírico de Álvares de Azevedo faz um lamento prévio à própria morte,
afirmando que perderia glória, aurora e manhã. A proximidade da morte pressentida é
assinalada pelo vocábulo "amanhã", ainda que o poema opere no plano da hipótese;
III. Correta. Nota-se, no poema, a recorrência de exclamações, que encerram 50% dos
versos. Esse recurso, tipicamente romântico, marca a expressividade emotiva do poema,
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(Fonte: Massaud Moisés. A literatura brasileira através dos textos, 2004. Adaptado.)
Os versos de Casimiro de Abreu que se aproximam da ideia de saudade, tal como descrita
por Massaud Moisés, encontram-se em:
b) Oh! não me chames coração de gelo! / Bem vês: traí-me no fatal segredo. / Se de ti
fujo é que te adoro e muito, / És bela – eu moço; tens amor, eu – medo!...
d) Minh’alma é triste como a flor que morre / Pendida à beira do riacho ingrato; / Nem
beijos dá-lhe a viração que corre, / Nem doce canto o sabiá do mato!
e) Tu, ontem, / Na dança / Que cansa, / Voavas / Co’as faces / Em rosas / Formosas / De
vivo, / Lascivo / Carmim; / Na valsa / Tão falsa, / Corrias, / Fugias, / Ardente, /
Contente, / Tranquila, / Serena, / Sem pena / De mim!
GABARITO: C
COMENTÁRIOS: As demais alternativas não exprimem saudosismo, mas temática
amorosa (a, b, e) e melancolia (d). O período em si do mal do século idealizava o retorno
ao passado, muita das vezes reviviam isso em seus textos para fugir da realidade atual,
logo a que melhor se encaixa na alternativa relacionada à volta ao passado é a alternativa
C.
Revise no Mapa Mapa Mental: Romantismo, tema: “Casimiro de Abreu”, página 13.
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“Entre os rapazes, porém, há um que não está absolutamente satisfeito: é Augusto. Será
porque no tal jogo da palhinha tem por vezes ficado viúvo?... não! ele esperava isso como
castigo da sua inconstância. A causa é outra: a alma da ilha de ... não está na sala!
Augusto vê o jogo ir seguindo o seu caminho muito em ordem; não se rasgou ainda
nenhum lenço, Filipe ainda não gritou com a dor de nenhum beliscão, tudo se faz em regra
e muito direito; a travessa, a inquieta, a buliçosa, a tentaçãozinha não está aí: D. Carolina
está ausente!...
Com efeito, Augusto, sem amar D. Carolina, (ele assim o pensa) já faz dela ideia
absolutamente diversa da que fazia ainda há poucas horas. Agora, segundo ele, a
interessante Moreninha é, na verdade, travessa, mas a cada travessura ajunta tanta graça,
que tudo se lhe perdoa. D. Carolina é o prazer em ebulição; se é inquieta e buliçosa, está
em sê-lo a sua maior graça; aquele rosto moreno, vivo e delicado, aquele corpinho, ligeiro
como abelha, perderia metade do que vale, se não estivesse em contínua agitação. O
beija-flor nunca se mostra tão belo como quando se pendura na mais tênue flor e voeja
nos ares; D. Carolina é um beija-flor completo.”
Fonte: MACEDO, Joaquim Manuel de. A Moreninha. L&PM: Porto Alegre, 2001.p. 123-124.
GABARITO: D
COMENTÁRIOS: As alternativas estão todas corretas, exceto a D. Conforme vimos antes,
o romance romântico brasileiro tem personagens maniqueístas, ou seja, que são ou
totalmente bons ou totalmente maus. Carolina é a personagem romântica por excelência, e
é uma personagem boa, então ela não poderia ser sedutora e extravagante neste momento
histórico em uma sociedade em que as mulheres eram tão mal-vistas se fossem
independentes, como em Lucíola, de José de Alencar, por exemplo.
Revise no Mapa Mapa Mental: Romantismo, tema: “Joaquim Manuel de Macedo”, página
31.
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—Nem sei como me contenha... Estou cego de raiva... Que presente me mandou o
Chico!... É uma peste, este diabo melado... Vê uma rapariguinha e enche logo
as bochechas para lhe dizer meia dúzia de pachuchadas e graçolas... Não está
má esta!... É um perdido. Nada... Isto não me cheira bem: vou ficar de olho
nele...
—Vejam só, continuou Pereira retendo o seu interlocutor para deixar Meyer
distanciar-se, em boas me fui eu meter! ... Se não fosse a tal carta do mano, o
cujo dançava ao som do cacete... Malcriadaço! Uma mulher que daqui a dois
dias está para receber marido... Deus nos livre que o Manecão o ouvisse...
Desancava-o logo, se não o cosesse a facadas... Vejam só, hem?... Sempre é
gente de outras terras... Cruz! Também vi logo... um latagão bonito... todo
faceiro... haverá por força de ser rufião.
a) Cirino discorda de Pereira, pois tem opinião muito diferente dele sobre as mulheres, mas
o apoia porque foi hospedado por ele e depende de sua proteção.
d) Manecão é um velho capanga de Pereira que conhece Inocência desde que a menina
nasceu e lhe é inteiramente dedicado, por isso seria violento diante de um desrespeito a
ela.
e) O casamento próximo de Inocência, dali a dois dias, torna os ânimos mais exaltados, por
isso Pereira fica tão irritado com Meyer.
GABARITO: C
COMENTÁRIOS:
a) Cirino concorda com a ideia de Pereira por desejar o afastamento de Meyer para ter
mais liberdade para ver Inocência. Porém, as concepções do protagonista são realmente
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O bloco superior, abaixo, lista quatro títulos de romances e seus respectivos autores; o
inferior apresenta resumos de enredo de três desses romances.
( ) Moça órfã de pai recebe herança, que lhe permite comprar o marido, sendo a relação
matrimonial marcada pelos atritos entre o casal.
( ) Moça prometida pelo pai a um sertanejo apaixona-se por outro homem e, a partir
daí, passa a se sentir dividida entre satisfazer a promessa paterna e entregar-se ao amor.
( ) Moça de origem humilde, depois de um longo namoro, casa-se com seu vizinho, que
estava destinado ao seminário por uma promessa de sua mãe.
COMENTÁRIOS:
As mulheres referidas são, respectivamente: Aurélia, Inocência e Capitu.
Prestem atenção aos termos-chave!
( 1 ) Moça órfã de pai recebe herança, que lhe permite comprar o marido, sendo a
relação matrimonial marcada pelos atritos entre o casal.
( 2 ) Moça prometida pelo pai a um sertanejo apaixona-se por outro homem e, a partir
daí, passa a se sentir dividida entre satisfazer a promessa paterna e entregar-se ao amor.
( 3 ) Moça de origem humilde, depois de um longo namoro, casa-se com seu vizinho, que
estava destinado ao seminário por uma promessa de sua mãe.
Revise no Mapa Mapa Mental: Romantismo, tema: “José de Alencar, página 23 e
“Visconde de Taunay”, página 27.
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a) Gonçalves Dias, autor dos célebres Canção do exílio e I-Juca-Pirama, dedicou a maioria
de seus poemas à temática da escravidão.
e) Castro Alves é o principal poeta do indianismo romântico, pois toma o índio como
figura prototípica da nacionalidade.
GABARITO: C
COMENTÁRIOS:
Nessa questão temos alternativas com afirmativas sobre 5 diferentes autores do
Romantismo brasileiro. Então, devemos assinalar a que está correta. É importante que o
estudante conheça sobre esses autores e as obras mencionadas. Vamos analisá-las:
a- Errada: Gonçalves Dias não abordou a temática das escravidão em suas obras, já que
pertenceu à primeira geração do Romantismo;
b- Errada: Joaquim Manuel de Macedo não se afasta, em A Moreninha, da estética do
Romantismo; pelo contrário, é um dos seus principais representantes. Além disso, o tom
paródico não é característico de sua obra;
c- Correta: Álvares de Azevedo pertenceu à segunda geração do Romantismo e, por isso,
se desvinculou dos temas indianistas/nacionalistas. Essa segunda geração ficou
conhecida por uma postura mais melancólica, angustiada e sarcástica em suas obras;
d- Errada: Manuel Antônio de Almeida focou os personagens centrais de “Memórias de um
Sargento de Milícias” nas classes baixas. Além disso, a obra Memórias de um Sargento
de Milícias é percussora do realismo;
e- Errada: Castro Alves pertenceu à terceira geração do Romantismo, então o indianismo
não era tema de suas obras.
Revise no Mapa Mapa Mental: Romantismo, tema: “Gonçalves Dias”, “Joaquim Manoel de
Macedo”, “Álvares de Azevedo”, “Manuel Antônio de Almeida”, “Castro Alves”, páginas 7, 12,
17 e 29.
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CASTRO ALVES. Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1997. v. 1, p. 265.
I - O poema de Castro Alves é marcado pela denúncia da escravidão e pelo elogio ao índio,
elementos típicos do Romantismo brasileiro.
II - O sujeito lírico dirige-se à mãe, aconselhando-a ironicamente a seguir as regras da
sociedade escravocrata.
III - A mãe é apresentada como impotente diante do destino do filho; por isso lhe resta
apenas lamentar sua ausência e chorar sua morte.
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) I, II e III.
GABARITO: B
COMENTÁRIOS:
Afirmativa I: incorreta. A poesia romântica brasileira é dividida três fases: Nacionalista,
Ultra-Romântica e Condoreira. O poeta Castro Alves pertence à terceira fase, que tem a
denúncia da escravidão como tema recorrente. A temática indianista aparece na primeira
fase da poesia romântica, com os poetas Gonçalves de Magalhães e Gonçalves Dias.
Afirmativa II está correta, o sujeito lírico fala para uma mãe de forma irônica, dando
diversos conselhos, como “Ensina-lhe as dores de um fero trabalho... / Trabalho que
pagam com pútrido pão.”
Afirmativa III: incorreta. Como a alternativa II informa, o poema não é sobre nenhuma
mãe específica, mas se dirige a uma mãe, como podemos observar nos vocativos no início
(primeiro verso) e no fim (penúltimo verso) do poema: “Ó Mãe! não despertes est’alma que
dorme,” / Ó Mãe que balanças a rede selvagem”.
Revise no Mapa Mapa Mental: Romantismo, tema: “Castro Alves”, página 16 e 17.
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GABARITO: D
COMENTÁRIOS:
A literatura produzida por Castro Alves representou um momento de maturidade e
transição da Literatura brasileira ao romper com o ideário ultrarromântico. Retratou o lado
feio e obscuro da pátria, como a escravidão dos negros, bem como a opressão e a
ignorância do povo brasileiro. Assim sendo,
Revise no Mapa Mapa Mental: Romantismo, tema: “Castro Alves”, página 16 e 17.
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Realismo e Naturalismo
a) parnasianismo.
b) evolucionismo.
c) romantismo.
d) expressionismo.
e) protestantismo.
GABARITO: B
COMENTÁRIOS:
Ao tratar de questões como a influência do meio na formação do indivíduo, a qual é uma
forte característica desse movimento literário, podemos observar que o realismo é
influenciado pela teoria evolucionista de Charles Darwin.
a) Errada- O parnanianismo foi uma corrente literária que surgiu após o realismo.
c) Errada- O realismo foi bem oposto as ideias pregadas dentro do romantismo.
d) Errada- O expressionismo surgiu após o realismo.
e) Errada- O realismo não teve influência de nenhuma corrente religiosa.
Revise no Mapa Mapa Mental: “Realismo, naturalismo e parnasianismo” tema: “Século XIX”,
página 1.
2- Banca: FUVEST-SP
"Este último capítulo é todo de negativas. Não alcancei a celebridade do emplasto, não
fui ministro, não fui califa, não conheci o casamento. Verdade é que, ao lado dessas
faltas, coube-me a boa fortuna de não comprar o pão com o suor do meu rosto. Mais;
não padeci a morte de Dª Plácida, nem a semidemência do Quincas Borba. Somadas
umas coisas e outras, qualquer pessoa imaginaria que não houve míngua nem sobra, e
conseguintemente que saí quite com a vida. E imaginará mal; porque ao chegar a este
outro lado do mistério, achei-me com um pequeno saldo, que é a derradeira negativa
deste capítulo de negativas: – Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado
da nossa miséria." Trata-se do trecho final de Memórias póstumas de Brás Cubas, de
Machado de Assis. O texto evidencia, com clareza, pelo menos uma das características
principais de Machado de Assis:
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GABARITO: C
COMENTÁRIOS:
A alternativa A está incorreta, pois Machado de Assis não tem um pessimismo ingênuo (é
exatamente o oposto, pois é quase um pessimismo niilista!).
A alternativa B está incorreta, pois a linguagem de Machado de Assis não é tão
rebuscada que impossibilite a leitura de um leitor atual.
A alternativa C, no entanto, traz o pessimismo irônico que parece indiferença, mas de alto
teor crítico, que é exatamente o que nosso autor faz em seus escritos, de uma ironia que
é bastante potente e interessa aos leitores até hoje. Assim, a alternativa que responde
nossa questão é a C.
A alternativa D está incorreta, pois Machado não tem particular gosto por expressões
inusitadas no trecho que nos foi apresentado pela questão, por exemplo, nem em seus
demais textos.
A alternativa E está incorreta porque não há nenhuma tentativa de síntese do enredo do
romance em um parágrafo, pois ficamos sabendo de poucos fatos neste último parágrafo.
( ) Perto de 1980, são comuns as leituras que desviam o foco do debate sentimental para
o social, e a diferença de classe entre o filho do deputado (Bentinho) e a filha do vizinho
pobre (Capitu) passa a figurar como um dos tópicos do romance.
( ) Atualmente, e por obra das muitas adaptações do romance para o cinema e para a
televisão, que revelaram conteúdos da narrativa antes ocultos, é consenso que a traição
de Capitu é o centro do enredo e que esta pode ser comprovada pelas pistas deixadas no
texto por Machado de Assis.
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a) F – F – V – F.
b) V – F – V – V.
c) V – F – F – V
d) F – V – F – F.
e) V – V – V – F.
GABARITO: E
COMENTÁRIOS:
Essa é uma questão que apresenta 4 afirmações sobre a obra Dom Casmurro, de
Machado de Assis. Devemos, então, classificá-las como verdadeiras ou falsas.
Vamos analisá-las:
I - Verdadeira: Até meados da metade do século XX, a traição de Capitu era tida como
certa, com os leitores aceitando sem questionar os fatos narrados por Bentinho, devido à
influência do patriarcado.
III - Verdadeira: Em meados da década de 1980, o foco sentimental das análises de Dom
Casmurro deu lugar às análises sociais, abordando a diferença de classe social entre as
famílias de Bentinho e de Capitu;
A narração dos acontecimentos com que o leitor se defronta no romance Dom Casmurro,
de Machado de Assis, se faz em primeira pessoa, portanto, do ponto de vista da
personagem Bentinho. Seria, pois, correto dizer que ela se apresenta:
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GABARITO: B
COMENTÁRIOS:
Antes comentamos um pouco a respeito do narrador e de como sua narração faz com que
tenhamos acesso a apenas uma parte da história. Por exemplo, podemos estar ouvindo a
história de um ciumento compulsivo, e se acreditarmos totalmente nela podemos assumir
uma verdade ilusória, pois esta verdade é parcial e só diz respeito a uma pessoa. Por isso,
a alternativa que melhor responde nossa questão é a B, pois ela aponta essa perspectiva
unilateral, que só mostra um lado da história, enquanto que as outras propõem que a
perspectiva ou é a "verdade", o que não existe em literatura, ou sugere confusão, o que
não diz respeito ao caso desse romance.
Saí dali a saborear o beijo. Não pude dormir; estirei-me na cama, é certo, mas foi o
mesmo que nada. Ouvi as horas todas da noite. Usualmente, quando eu perdia o sono, o
bater da pêndula fazia-me muito mal; esse tique-taque soturno, vagaroso e seco parecia
dizer a cada golpe que eu ia ter um instante menos de vida. Imaginava então um velho
diabo, sentado entre dois sacos, o da vida e o da morte, e a contá-las assim:
— Outra de menos...
— Outra de menos...
— Outra de menos...
— Outra de menos...
O mais singular é que, se o relógio parava, eu dava-lhe corda, para que ele não deixasse
de bater nunca, e eu pudesse contar todos os meus instantes perdidos. Invenções há,
que se transformam ou acabam; as mesmas instituições morrem; o relógio é definitivo e
perpétuo. O derradeiro homem, ao despedir-se do sol frio e gasto, há de ter um relógio
na algibeira, para saber a hora exata em que morre. Naquela noite não padeci essa triste
sensação de enfado, mas outra, e deleitosa. As fantasias tumultuavam-me cá dentro,
vinham umas sobre outras, à semelhança de devotas que se abalroam para ver o anjo-
cantor das procissões. Não ouvia os instantes perdidos, mas os minutos ganhados.
ASSIS, M. Memórias póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1992 (fragmento).
O capítulo apresenta o instante em que Brás Cubas revive a sensação do beijo trocado
com Virgília, casada com Lobo Neves. Nesse contexto, a metáfora do relógio desconstrói
certos paradigmas românticos, porque
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GABARITO: D
COMENTÁRIOS:
A - Não, porque Virgília não participa da cena, que narra a experiência vivenciada apenas
por Brás Cubas.
B - O foco desse trecho não é o fato de Brás Cubas ser um defunto autor.
E - Não, ele apenas menciona no início do capítulo que “saiu a saborear o beijo”, sem
compará-lo à perpetuidade do relógio.
Talvez pareça excessivo o escrúpulo do Cotrim, a quem não souber que ele possuía um
caráter ferozmente honrado. Eu mesmo fui injusto com ele durante os anos que se
seguiram ao inventário de meu pai. Reconheço que era um modelo. Arguíam-no de
avareza, e cuido que tinham razão; mas a avareza é apenas a exageração de uma
virtude, e as virtudes devem ser como os orçamentos: melhor é o saldo que o déficit.
Como era muito seco de maneiras, tinha inimigos que chegavam a acusá-lo de bárbaro. O
único fato alegado neste particular era o de mandar com frequência escravos ao
calabouço, donde eles desciam a escorrer sangue; mas, além de que ele só mandava os
perversos e os fujões, ocorre que, tendo longamente contrabandeado em escravos,
habituara-se de certo modo ao trato um pouco mais duro que esse gênero de negócio
requeria, e não se pode honestamente atribuir à índole original de um homem o que é
puro efeito de relações sociais. A prova de que o Cotrim tinha sentimentos pios
encontrava-se no seu amor aos filhos, e na dor que padeceu quando morreu Sara, dali a
alguns meses; prova irrefutável, acho eu, e não única. Era tesoureiro de uma confraria, e
irmão de várias irmandades, e até irmão remido de uma destas, o que não se coaduna
muito com a reputação da avareza; verdade é que o benefício não caíra no chão: a
irmandade (de que ele fora juiz) mandara-lhe tirar o retrato a óleo.
Fonte: ASSIS, M. Memórias póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1992.
Obra que inaugura o Realismo na literatura brasileira, Memórias póstumas de Brás Cubas
condensa uma expressividade que caracterizaria o estilo machadiano: a ironia.
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GABARITO: B
COMENTÁRIOS:
Essa questão apresenta um trecho da obra Memórias Póstumas de Brás Cubas, que,
conforme o enunciado afirma, inaugurou o Realismo na literatura brasileira. Nesse trecho,
vemos a descrição que o narrador-personagem faz de seu cunhado, Cotrim, usando a
ironia típica de Machado de Assis. Então, essa é uma questão de interpretação de texto e
devemos assinalar a alternativa que mostra claramente essa percepção irônica do autor.
a - Errada: O narrador fala nas 3 primeiras linhas desse trecho que foi injusto com o
cunhado na divisão da herança paterna;
b - Correta: O narrador é irônico ao atribuir ao "efeito das relações sociais" a barbaridade
de seu cunhado no tratamento com os escravos, relativizando a crueldade da sociedade
escravista;
c- Errada: Ao falar sobre os sentimentos compassivos do cunhado quando a filha dele
faleceu o narrador não expressa ironia;
d- Errada: Não notamos menosprezo por parte do narrador quando ele fala que Cotrim
era tesoureiro de uma confraria e membro remido de várias irmandades, já que o
narrador afirma que esses fatos não são coerentes com a avareza;
e- Errada: Quem mandou fazer um retrato a óleo de Cotrim foi a irmandade da qual ele
era juiz.
Revise no Mapa Mapa Mental: “Realismo, naturalismo e parnasianismo” tema: “Machado
de Assis”, páginas 11, 12, 14.
7- Banca: UFRGS
I - Quando filiado a uma ordem religiosa, Brás contrariou sua natureza interesseira e
sentiu-se verdadeiramente recompensado ao diminuir a desgraça alheia.
II - Baseado na constatação de que, ao olhar para o próprio nariz, o indivíduo deixa de
invejar o que é dos outros, Brás teoriza sobre a utilidade da ponta do nariz para o
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a) Apenas II.
b) Apenas I e III.
c) Apenas I.
d) Apenas I e II.
e) I, II e III.
GABARITO: A
COMENTÁRIOS:
Vamos analisar as alternativas:
I. Incorreta. Brás Cubas, ao filiar-se a uma ordem religiosa, não rompe com sua essência,
sua natureza: superficial e interesseira.
II. Correta.
III. Incorreta. A teoria do Humanitismo de Quincas Borba foi fundamentada no princípio
do forte sobre o fraco: ao vencido, ódio e compaixão; ao vencedor, as batatas.
( ) No início do romance, está o vendeiro português João Romão que, com força de
trabalho e boa dose de oportunismo, constrói o cortiço, seu primeiro caminho para a
ascensão social.
( ) No romance, a ex-escrava Bertoleza é a companheira de João Romão, por ele tratada
com respeito, o que dá mostras do tom conciliatório do livro, que trata a escravidão como
problema resolvido.
( ) No sobrado contíguo ao cortiço de João Romão, vivem Miranda, Dona Estela e a filha
Zulmirinha, família financeiramente confortável, que cria sinceros vínculos de amizade
com João Romão e Bertoleza.
( ) No romance, Dona Estela, sempre descrita pelo narrador como uma dama séria e
decorosa, sofre com as constantes traições de seu marido Miranda.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
a) V – F – V – F.
b) F – V – F – V.
c) V – F – F – F.
d) F – F – V – V.
e) V – V – F – V.
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GABARITO: C
COMENTÁRIOS:
Essa questão apresenta 4 afirmações sobre personagens do romance O cortiço, de Aluísio
de Azevedo. O enunciando pede, então, que essas afirmações sejam classificadas como
verdadeiras ou falsas.
Vamos analisá-las:
I - Verdadeira: Uma das temáticas centras de O cortiço é a ascensão social de João
Romão através da construção do cortiço;
II - Falsa: Bertoleza não é uma ex-escrava, pois não possui sua alforria, e João Romão
não a trata com respeito. Além disso, a escravidão não é mostrada na obra como um
tema resolvido e não há tom conciliatório a respeito dela.
III - Falsa: É correto que Miranda, Dona Estela e a filha Zulmirinha são vizinhos de João
Romão. No entanto, não há sinceros vínculos de amizade entre eles; pelo contrário, são
inicialmente rivais.
IV - Falsa: Na obra, ocorre o oposto dessa afirmação: Dona Estela é quem tem uma
conduta imoral e trai o marido Miranda diversas vezes.
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a) V – V – F – F.
b) F – F – V – V.
c) F – F – F – V
d) F – V – F – V.
e) V – V – V – F
GABARITO: A
COMENTÁRIOS:
Essa questão apresenta um trecho da obra O Cortiço e, em seguida, 4 afirmações sobre
ela. Devemos, então, classificar essas afirmações entre verdadeiras ou falsas.
Vamos analisá-las
I - Verdadeira: Os adjetivos "moleirona e tola", que o narrador usa para descrever uma
personagem negra de origem humilde, são um exemplo das reduções do cientificismo
naturalista típicos da época;
II - Verdadeira: Notamos um tom formal e mais condizente com a norma culta padrão da
língua na linguagem do narrador e um tom informal e mais próximo da língua oral na fala
da personagem Leonor;;
III- Falsa: Bertoleza não se encaixa no ideal de mulata sensual e ociosa, enquanto Rita,
sim, se mostrou uma personagem sensual;
IV - Falsa: O narrador de O Cortiço não se mostra simpatizante com os personagens
populares, os considerando inferiores. Além disso, não há espaço para o diálogo entre
escravos.
GABARITO: B
COMENTÁRIOS:
A letra “A” se mostra inadequada, pois o meio influencia no comportamento do indivíduo
segundo a obra. “O Ateneu” o seu enredo não era convencional, pois se construía por um
acúmulo de fatos que o narrador ia descrevendo de acordo com suas memórias, sem
preocupação com a ordem cronológica dos acontecimentos. Assim sendo, a letra “c” se
mostra inadequada. E a letra “D” está errada, pois o narrador, Sérgio, se atém a reflexões
críticas diante de seu contexto e de suas experiências.
Revise no Mapa Mapa Mental: “Realismo, naturalismo e parnasianismo” tema: “Aluísio
Azevedo”, páginas 20 e 21.
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Simbolismo e Parnasianismo
GABARITO: D
COMENTÁRIOS
I- Correta. São poetas considerados fundadores do simbolismo: Paul Verlaine, Arthur
Rimbaud, Mallarmé.
II- Errada. O movimento simbolista teve poetas representantes no Brasil, especialmente
na região sul do país e por período curto.
III- Correta. O simbolismo é um movimento antiparnasiano.
Revise no Mapa Mapa Mental: “Simbolismo” tema: “Século XIX”, páginas 01 e 02.
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GABARITO: B
COMENTÁRIOS
Como podemos ver na alternativa 1, há alguns indicios opostos aos da estética simbolista,
como a impassibilidade (ser insensível aos sentimentos e sensações) e a objetividade. Por
isso, essa alternativa está incorreta. A alternativa 3 também aponta expressões ousadas e
fidelidade nas observações, que não se relacionam muito com a estética que acabamos
de estudar juntos. A alternativa 4 aponta o realismo cru como característica, e isso
realmente não faz sentido nenhum pelo que vimos até agora, né? A alternativa 5 também
dá umas viajadas, como por exemplo ao apontar o materialismo pornográfico como
característica do simbolismo.
Revise no Mapa Mapa Mental: “Simbolismo” tema: “Século XIX”, páginas 01 e 02.
3 - Banca: PUC-SP
Esse trecho do poema, que abre o livro Broquéis é considerado uma espécie de profissão
de fé simbolista. Reflita sobre as afirmações abaixo:
I. O fragmento revela a preocupação do eu lírico pelas formas caracterizadas pela cor
branca, pelas cintilações, pela vaguidade, pelo diáfano e pelo transparente.
II. O fragmento apresenta uma construção apoiada na justaposição de frases nominais,
com o intuito de descrever os objetos com clareza.
III. O fragmento mostra alguns procedimentos estilísticos do Simbolismo, como por
exemplo, a musicalidade das palavras, o uso das reticências, o emprego de letras
maiúsculas e a indefinição do referente.
Conforme se verifica, está correto o que se afirma:
a) Apenas em I e II.
b) Apenas em I e III.
c) Apenas em II e III.
d) Apenas em I.
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e) Em I, II e III.
GABARITO: B
COMENTÁRIOS:
Você deve estar pensando que acabamos de comentar um pouco a respeito disso em
nossa aula sobre Cruz e Souza, com toda a razão! Vimos que uma das temáticas
recorrentes na obra de nosso autor é a obsessão pela cor branca, que podemos ver
tratada de algumas maneiras neste poema que nossa questão trouxe, e vários elementos
que se relacionam às coisas efêmeras são mencionados, como a vaguidade e o
transparente.
Assim, a afirmação I está correta. A afirmação II, no entanto, nos traz a ideia de que há
várias frases nominais, o que é verdade, e que elas tentam descrever os objetos com
mais clareza. Esta segunda frase não faz muito sentido, ainda mais se pensarmos no
objetivo deste poema. Na sua leitura e pensando nas aulas que acabamos de assistir, este
poema está tentando descrever alguma coisa? Não, você deve estar pensando, pois o
poema quer mais provocar sensações do que simplesmente descrever a realidade.
Por isso, a afirmação II está incorreta. Já a afirmação III comenta que podemos ver neste
poema algumas das características clássicas do Simbolismo, como a musicalidade, o uso
de reticências, etc.. Esta afirmação está correta, pois podemos verificar todas as
características no poema lido. Desta maneira, a afirmação I e III estão corretas.
Revise no Mapa Mapa Mental: “Simbolismo” tema: “Cruz e Souza”, páginas 04 e 05.
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GABARITO: C
COMENTÁRIOS:
A alternativa A de nossa questão aponta uma abordagem simples de algo muito
complexo, pois os temas tratados no poema são bastante filosóficos, e para estes temas é
quase impossível falar uma linguagem simples e direta. A alternativa B não faz sentido, se
relacionada com a temática do poema de nossa questão, que não tem nada de amoroso,
né? A alternativa D também se afasta do poema, pois aponta certa preocupação do eu
lírico com a realidade social, inexistente no que percebemos na leitura do poema. A
alternativa E não tem nenhuma relação com o poema, pois não há liberdade poética tão
grande no poema como a apontada por esta alternativa. Por isso, a alternativa correta de
nossa questão é a C, que aponta o refinamento estético da forma poética e o tratamento
metafísico de algumas questões universais.
Revise no Mapa Mapa Mental: “Simbolismo” tema: “Século Cruz e Souza”, páginas 04 e
05.
5 - Banca: UFES
O ideal parnasiano do culto da "arte pela arte" significa que o objetivo do poeta é criar
obras que expressem:
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GABARITO: E
COMENTÁRIOS:
Como vimos várias vezes nas aulas deste módulo, a arte pela arte é uma busca dos
poetas parnasianos pelo poema esteticamente perfeito, pelo que não há imperfeições.
Tem a metáfora de que o poeta é como um ourives (o cara que faz joias), que fica
lapidando a palavra (ao invés das pedras e metais preciosos). Assim, a alternativa que
responde nossa questão é a E, e as demais não fazem muito sentido em relação à
estética parnasiana.
Revise no Mapa Mapa Mental: “Realismo, naturalismo e parnasianismo” tema:
“Parnasianismo”, páginas 25 e 26.
6 - Banca: PUC-RS
GABARITO: B
COMENTÁRIOS:
Para que a gente possa responder essa questão, precisamos primeiramente ter na nossa
cabeça qual é o principal objetivo do Parnasianismo como estética literária. Vimos que
uma das principais características desta escola literária é a do culto à forma que, dita em
outras palavras, chamamos também de perfeição formal, e se relaciona ao formato do
texto (em geral, a forma preferida é a do soneto) e também se relaciona a maneira como
se descrevem os objetos no mundo.
A partir dessa lógica que acabamos de pensar juntos, você deve ter eliminado as opções
A, D e E, sim? A alternativa A está incorreta porque, ainda que a impessoalidade seja uma
característica que conseguimos identificar nos textos parnasianos, ela não é a grande
característica do texto desta estética.
A alternativa D está errada porque não há nada de psicologismo nem de ilogismo na
estética parnasiana.
A alternativa E está incorreta porque o objetivo do Parnasianismo não é a
impassibilidade, ainda que uma de suas características seja o descritivismo. As opções
que nos restam são a B e a C, certo? A opção C traz o ilogismo resultado da estética
parnasiana. Como vimos, a estética parnasiana tende a ser objetiva, a fim de descrever a
realidade de maneira impessoal, e não de maneira ilógica.
Revise no Mapa Mapa Mental: “Realismo, naturalismo e parnasianismo” tema:
“Parnasianismo”, páginas 25 e 26.
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7 - Banca: UFPA
Língua portuguesa
Olavo Bilac
I - O poema de Olavo Bilac tem como objeto a língua portuguesa. Desse modo, podemos
observar o nacionalismo ufanista e a preocupação com a realidade da sociedade
brasileira.
II - O poema apresentado acima evidencia a característica do nacionalismo ufanista de
Olavo Bilac. Com um objeto banal, a língua portuguesa, ele exalta e elogia um símbolo do
Brasil.
III - Podemos destacar como característica da poesia de Bilac: apreço pela métrica e ideal
de valorização da vida simples.
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GABARITO: B
COMENTÁRIOS:
O poema de Olavo Bilac tem como objeto a língua portuguesa. Desse modo, podemos
observar o nacionalismo ufanista de Olavo Bilac, exaltando e elogiando o Brasil, porém,
sem preocupação com a realidade da sociedade brasileira.
Observando o poema, podemos destacar como característica da poesia de Bilac o apreço
pela métrica, apenas.
Revise no Mapa Mapa Mental: “Realismo, naturalismo e parnasianismo” tema: “Olavo
Bilac”, páginas 27 e 28.
Mal secreto
Se a cólera que espuma, a dor que mora
N’alma, e destrói cada ilusão que nasce,
Tudo o que punge, tudo o que devora
O coração, no rosto se estampasse;
CORREIA, R. In: PATRIOTA, M. Para compreender Raimundo Correia. Brasília: Alhambra, 1995.
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GABARITO: A
COMENTÁRIOS:
Às vezes pode ser difícil de ler um poema parnasiano porque os autores não fazem
questão de que os leitores entendam seu poema, e por isso eles invertem as ordens das
frases. A ordem comum seria sujeito+verbo+objetos e complementos. Para simplificar a
leitura, uma dica é organizar o poema de outro jeito, recompondo a ordem sintática e
tornando-o mais compreensível.
Em nossa organização, tomamos a liberdade de organizar o poema desse jeito (veja se dá
para entender melhor assim): "Se no rosto se estampasse a cólera que espuma, a dor
que mora N’alma, e destrói cada ilusão que nasce/ Tudo o que punge, tudo o que devora
o coração/ Se se pudesse ver através da máscara da face o espírito que chora,/ Quanta
gente, talvez, que inveja nos causa agora, então piedade nos causasse! Quanta gente
que ri consigo, guarda talvez um atroz, recôndito inimigo, como invisível chaga
cancerosa!/ Quanta gente que ri, talvez existe, Cuja ventura única consiste Em parecer
aos outros venturosa!"
Organizando dessa maneira, conseguimos entender o texto de maneira mais clara, não
concorda? A partir da leitura do poema, conseguimos ver que o indivíduo, de acordo com
a voz do poema, precisa agir de uma maneira não autêntica, para que possa ser aceito na
sociedade. Ele não deve mostrar suas fraquezas, tristezas e desgostos para as pessoas,
pois elas precisam parecer pessoas de sucesso para ser integradas ao meio social.
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1. Banca: UFCE
GABARITO: A
COMENTÁRIOS:
O pré-modernismo é marcado por problematizar a realidade social e cultural do Brasil nas
duas primeiras décadas do século XX. No entanto, os autores do pré-modernismo não são
idealizadores do modernismo e ainda estão interligados a alguns aspectos da estética
literária e artística do século XIX. São obras que não são classificadas nas escolas
literárias anteriores, bem como ainda não se encaixam na escola literária modernista.
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O personagem Jeca Tatu é um dos mais famosos da obra de Monteiro Lobato. No livro
Urupês, Lobato desconstrói a imagem idealizada do homem rural
O personagem Jeca Tatu é um dos mais famosos da obra de Monteiro Lobato. No livro Urupês, Lobato desconstrói a imagem
idealizada do homem rural.
a) acesso à escolarização
b) assistência médico-hospitalar
GABARITO: C
COMENTÁRIOS:
A personagem Jeca Tatu simboliza as críticas feitas por alguns escritores do início do
século XX às condições de vida das populações do país, sobretudo às populações rurais,
que sofriam com o atraso e a pobreza. Havia algumas doenças que afetavam
especificamente o ambiente rural e, no anúncio publicitário do Ankilostomina Fontoura, o
escritor recomenda o uso do remédio para que a personagem fique livre de endemias,
entre elas, as verminoses.
3 - Banca: PUC-RS
Na figura de ....., Monteiro Lobato criou o símbolo do brasileiro abandonado ao seu atraso
e miséria pelos poderes públicos.
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a) O Cabeleira.
b) João Miramar.
c) Jeca Tatu.
d) Blau Nunes.
e) Augusto Matraga.
GABARITO: C
COMENTÁRIOS:
De acordo com o que vimos na aula, podemos afirmar que Monteiro Lobato criou Jeca
Tatu, que é um símbolo do atraso e da negligência do sistema social em relação aos
pobres e analfabetos. Os outros personagens não tem relação com o Pré-Modernismo,
exceto Blau Nunes, que foi criado por Simões Lopes Neto, e o Cabeleira, do Franklin
Távora, mas nenhum deles se encaixa ans características pedidas pela questão. Assim, a
resposta mais satisfatória para nossa questão é a 3.
Revise no Mapa Mapa Mental: “Pré-modernismo” tema: “Monteiro Lobato”, páginas 6 e 7.
TEXTO I
Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a história, resistiu até o esgotamento
completo. Vencido palmo a palmo, na precisão integral do termo, caiu no dia 5, ao
entardecer, quando caíram os seus últimos defensores, que todos morreram. Eram quatro
apenas: um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente dos quais rugiam
raivosamente cinco mil soldados.
TEXTO II
a) manipulação e incompetência.
b) ignorância e solidariedade.
c) hesitação e obstinação.
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d) esperança e valentia.
e) bravura e loucura.
GABARITO: E
COMENTÁRIOS:
A Guerra de Canudos foi um conflito interno no país, de cunho socioreligioso. Os
habitantes da comunidade de Canudos tinham em sua liderança o religioso Antônio
Conselheiro. Um conflito entre a população nordestina, em grande maioria ex-escravos e
caboclos, contra o exército brasileiro. A revolta é datada de 1896 a 1897, durante o início
do período da república brasileira, a arrecadação de impostos era muito constante,
aumentando a pobreza na região, e causando desconforto na população. Três expedições
do exército brasileiro saíram derrotadas, o que exalta a bravura dos nordestinos, porém
em sua quarta investida o exército acabou saindo vitorioso.
Historiadores afirmam que esta campanha deixou até 20 mil nordestinos mortos e cerca
de 5 mil membros do exército brasileiro. O primeiro texto da questão justamente retrata
tal bravura da população que enfrentou sem medo de morte o exército brasileiro.
O segundo texto faz referência aos guerreiros populares como “fanáticos”, e com isso o
autor expressa a ideia do estado de loucura em que os quatro “guerreiros” se
encontravam.
Revise no Mapa Mapa Mental: “Pré-modernismo” tema: “Euclides da Cunha”, páginas 4 e
5.
“O sertanejo é, antes de tudo, um forte. Não tem o raquitismo exaustivo dos mestiços
neurastênicos do litoral. A sua aparência, entretanto, ao primeiro lance de vista, revela o
contrário.”
(Os Sertões - Euclides da Cunha)
Observe as afirmativas abaixo e indique a alternativa correta.
I – Em sua obra, Euclides da Cunha descreve o sertanejo como forte, embora tenha
aparência e fisionomia fraca e afirma que somente um homem forte é capaz de
sobreviver às adversidades do sertão.
II – No trecho, podemos perceber que o autor não simpatiza com o sertanejo, destacando
seu raquitismo exaustivo e condenando suas ideologias na Guerra de Canudos.
III – Na primeira parte do livro, o autor destaca o quanto o sertão baiano seria produtivo
se o sertanejo soubesse cultivar a terra.
a) Apenas a afirmativa I está correta.
b) Apenas a afirmativa II está correta.
c) Apenas a afirmativa III está correta.
d) As afirmativas II e III estão corretas.
e) Todas as afirmativas estão corretas.
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GABARITO: A
COMENTÁRIOS:
I- Correta. No trecho, o autor destaca a força do homem que sobrevive a tantas
adversidades existentes no sertão. Afirma que, aparentemente, o sertanejo é fraco, mas
em realidade trata-se de homem forte.
II- Errada. No trecho não percebemos qualquer espécie de crítica ou análise sobre
ideologia do sertanejo, nem mesmo sobre a Guerra de Canudos.
III- Errada. Na primeira parte do livro, o autor destaca que o ambiente (vegetação, solo,
clima, flora, relevo) é de difícil cultivo, especialmente em época de seca, e torna a vida
extremamente difícil no sertão baiano.
GABARITO: B
COMENTÁRIOS:
A alternativa A acaba reduzindo a obra de Euclides da Cunha ao caso de Antônio
Conselheiro. Os Sertões abrange questões para muito além disso, e esta opção está
errada por esse motivo. A alternativa C também aponta apenas um aspecto da questão e
está incompleta se pensarmos o livro como uma unidade com sentido completo. A
alternativa D é parecida com a A e aponta que Os Sertões seria quase uma biografia
sobre Antônio Conselheiro, e este livro não tem essa intenção. A alternativa E está fora da
abrangência do livro porque, se Euclides da Cunha comenta a respeito do exército, é de
maneira lateral, e não com enfoque narrativo. Desta maneira, resta a B como alternativa
correta, que aponta o ponto vital da questão.
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7 - Banca: UFRRJ
"Policarpo era patriota. Desde moço, aí pelos vinte anos, o amor da Pátria tomou-o todo
inteiro. Não fora o amor comum, palrador e vazio; fora um sentimento sério, grave e
absorvente. ( ... ) o que o patriotismo o fez pensar, foi num conhecimento inteiro de
Brasil. ( ... ) Não se sabia bem onde nascera, mas não fora decerto em São Paulo, nem
no Rio Grande do Sul, nem no Pará. Errava quem quisesse encontrar nele qualquer
regionalismo: Quaresma era antes de tudo brasileiro."
Fonte: BARRETO, Lima. "Triste fim de Policarpo Quaresma". São Paulo: Scipione, 1997.
Este fragmento de "Triste Fim de Policarpo Quaresma" ilustra uma das características
mais marcantes do Pré-Modernismo que é o:
GABARITO: A
COMENTÁRIOS:
Uma das discussões que permeia vários momentos da história brasileira, e que é bastante
tematizada nas artes em geral, é a questão da identidade brasileira. Neste momento
histórico, Triste Fim de Policarpo Quaresma pode ser considerado um dos grandes
romances que questionam o que é a identidade brasileira. Isso aparece no trecho
selecionado para compor esta questão, que mostra alguma homogeneidade no conceito
de brasileiro como alguém que nasceu no Brasil, independentemente da região
geográfica. A alternativa B se refere ao Romantismo como ufanista e exagerado, o que
está incorreto, pois esta escola literária teve três tendências e não pode ser entendida
como algo homogêneo, ou seja, nem todas as tendências eram ufanistas, como a geração
ultrarromântica, por exemplo. A alternativa C não se relaciona ao que está sendo
perguntado. Além disso, ela se refere ao Simbolismo, uma escola literária que explorou o
gênero lírico e não tem romances, como esta obra pode ser classificada. A alternativa D
está incorreta porque se refere ao Parnasianismo, que também é uma escola literária de
gêneros prioritariamente poéticos, que cultuavam a forma e a arte pela arte, sem
qualquer motivação social ou identitária envolvida. A alternativa E também não se
relaciona ao trecho selecionado, pois não há nele nenhum esforço para representar uma
visão de um eu, já que quem nos conta a história é um narrador distanciado da matéria
narrada.
Revise no Mapa Mapa Mental: “Pré-modernismo” tema: “Lima Barreto”, páginas 2 e 3.
8 - Banca: UFRGS-RS
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GABARITO: E
COMENTÁRIOS:
A alternativa A está incorreta porque os livros mais conhecidos de Lima Barreto não
tratam especificamente de tipos ligados ao campo, ainda que vários outros autores
considerados pré-modernistas tratem desta temática. A alternativa B também não pode
ser considerada correta porque a literatura desse autor trata da vida cotidiana das
pessoas com bastante simpatia pelas classes populares, da qual em geral provém os
protagonistas dos romances. As alternativas C e D não estão corretas pelo mesmo motivo
anterior. A única alternativa adequada para responder a questão é a E.
Revise no Mapa Mapa Mental: “Pré-modernismo” tema: “Lima Barreto”, páginas 2 e 3.
A estrofe que NÃO apresenta elementos típicos da produção poética de Augusto dos
Anjos é:
c) Meia-noite.
Ao meu quarto me recolho.
Meu Deus! E este morcego!
E, agora, vede:
Na bruta ardência orgânica da sede,
Morde-me a goela ígneo e escaldante molho.
70
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GABARITO: D
COMENTÁRIOS:
Podemos notar nesta alternativa a ausência de elementos típicos da poesia do Augusto
dos Anjos, assim como a linguagem cientificista, a preocupação com a morte e temas
relacionados com a efemeridade do corpo e a sua decomposição. Apesar de Augusto dos
Anjos ter como característica a subjetividade presente no Romantismo, ele não possui
uma abordagem romântica e otimista na sua poesia, assim como vemos na alternativa D.
Revise no Mapa Mapa Mental: “Pré-modernismo” tema: “Augusto dos Anjos”, página 9.
Psicologia de um Vencido
Eu, filho do carbono e do amoníaco,
Monstro de escuridão e rutilância,
Sofro, desde a epigênese da infância,
A influência má dos signos do zodíaco.
Profundissimamente hipocondríaco,
Este ambiente me causa repugnância...
Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia
Que se escapa da boca de um cardíaco.
A poesia de Augusto dos Anjos revela aspectos de uma literatura de transição designada
como pré-modernista. Com relação à poética e à abordagem temática presentes no
soneto, identificam-se marcas dessa literatura de transição, como
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GABARITO: D
COMENTÁRIOS:
Augusto dos Anjos é, como já está afirmado pelo enunciado da questão, um poeta
de transição. Sua obra caracteriza-se pela influência dos movimentos literários
anteriores. Do Parnasianismo, o poema Psicologia de um vencido mantém a métrica
rigorosa dos sonetos e as rimas opostas (A-B-B-A); do Simbolismo,
aproveita a espiritualidade expressa no trecho “A influência má dos signos do zodíaco”.
Embora a questão não considere a influência do Naturalismo,podemos
observar uma aproximação com esse período por meio do vocabulário científico.
Revise no Mapa Mapa Mental: “Pré-modernismo” tema: “Augusto dos Anjos”, página 9.
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GABARITO: E
COMENTÁRIOS:
A) O Surrealismo defendia a criação por meio das experiências nascidas no imaginário e
na atmosfera onírica, sem interferências da razão. B) O Expressionismo valorizava a
subjetividade e buscava transmitir ao mundo a situação do homem, com seus vícios e
horrores. C) O Cubismo evidenciava a decomposição e a fragmentação das formas
geométricas, afirmando que um mesmo objeto poderia ser visto de vários ângulos. D) O
Futurismo apresentava a exaltação da tecnologia, das máquinas, da velocidade e do
progresso.
Revise no Mapa Mapa Mental: “Vanguardas europeias” tema: “Século XX”, página 1.
Essa nova sensibilidade artística, apesar de heterogênea, pode ser resumida através da
atenção à forma e ao tema, assim como ao processo. A forma inclui cores saturadas,
formas simples, contornos relativamente nítidos e supressão do espaço profundo. O tema
deriva de fontes preexistentes e manufaturadas para consumo de massa.
A)
B)
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C)
D)
E)
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GABARITO: A
COMENTÁRIOS:
O texto em destaque refere-se ao Futurismo e a única opção que retrata essa corrente é
o quadro de Andy Warhol. O Futurismo tem as seguintes características: exaltação da
máquina; exaltação da vida moderna; enaltece a guerra, o nacionalismo e o militarismo;
faz culto à velocidade e ao automóvel. As outras imagens não trazem em evidência essas
características do Futurismo.
A) busca retratar o efeito da luz sobre os objetos e as constantes alterações que essa luz
provoca nas cores da natureza.
B) representa as figuras em minúsculos fragmentos e pontos, cabendo ao observador
percebê-las como um todo organizado.
C) objetiva criar uma arte desprovida de sentido para, com isso, apontar para o próprio
não sentido do mundo moderno.
D) recusa-se a uma representação realista utilizando-se de linhas e pontilhados que
sugerem velocidade e exaltação do futuro.
E) fundamenta-se na destruição da harmonia clássica das figuras, na fragmentação da
realidade e na distorção dos volumes.
GABARITO: E
COMENTÁRIOS:
A primeira alternativa diz respeito ao movimento de arte barroca. Na segunda se vê
arte contemporânea (abstrata). Na alternativa C, o que se pode eliminar dela é o
“objetiva criar uma arte desprovida de sentido”, pelo contrário, o Cubismo tem uma arte
repleta de sentido explícito e implícito. E, por fim, a D retrata mais a vanguarda futurista,
já que representa a ideia de velocidade.
Revise no Mapa Mapa Mental: “Vanguardas europeias” tema: “Cubismo”, página 3.
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B)
Meu pai montava a cavalo, ia para o campo.
Minha mãe ficava sentada cosendo.
Meu irmão pequeno dormia.
Eu sozinho menino entre mangueiras
lia a história de Robinson Crusoé.
Comprida história que não acaba mais.
C)
Quando o enterro passou
Os homens que se achavam no café
Tiraram o chapéu maquinalmente
Saudavam o morto distraídos
Estavam todos voltados para a vida
Absortos na vida Confiantes na vida.
D)
Trabalhas sem alegria para um mundo caduco,
onde as formas e as ações não encerram nenhum
[exemplo.
Praticas laboriosamente os gestos universais,
sentes calor e frio, falta de dinheiro, fome e desejo
[sexual.
E)
– Bem me diziam que a terra
se faz mais branda e macia
quanto mais do litoral
a viagem se aproxima.
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(João Cabral de Melo Neto, “O retirante chega à Zona da Mata", em Morte e vida
severina.)
GABARITO: A
COMENTÁRIOS:
O surrealismo foi um movimento literário e artístico, lançado em 1924, pelo escritor
francês André Breton, que se caracterizava pela expressão espontânea e automática do
pensamento (ditada apenas pelo inconsciente) e, deliberadamente incoerente,
proclamava a prevalência absoluta do sonho, do inconsciente, do instinto e do desejo e
pregava a renovação de todos os valores, inclusive os morais, políticos, científicos e
filosóficos. Sendo assim, o surrealismo foi uma das vanguardas que tinha por função
romper com a tradição clássica. Suas características são: poesia onírica, textos sem razão,
escrever o que vem na mente, uma poesia paradoxal que costumava falar do campo dos
sonhos e do pensamento. Dessa forma, o trecho na letra A “Minha memória cheia de
palavras meus pensamentos procurando fantasmas” (expressão pensamento) é o único
que indica a influência do Surrealismo.
Revise no Mapa Mapa Mental: “Vanguardas europeias” tema: “Surrealismo”, página 6.
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GABARITO: C
COMENTÁRIOS:
Lasar Segall se baseou no expressionismo para compor a tela, que retrata o martírio de
pessoas em situação de saída de seu país de origem. A vertente expressionista teve como
características a preocupação em retratar sentimentos de angústia e desespero.
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1. Banca: UFAL
GABARITO: D
COMENTÁRIOS:
Essa questão apresenta 3 afirmações sobre o modernismo brasileiro e a Semana de Arte
Moderna. O enunciado, então, pede que essas afirmações sejam classificadas entre
corretas e erradas.
I - Errada: A Semana de 22 não ocorreu em Salvador, mas em São Paulo. Além disso,
defendia uma evolução das artes, com um viés mais nacionalista, em busca de uma
identidade própria e de uma maneira mais livre de expressão;
II - Correta: A Semana de Arte Moderna representou uma verdadeira renovação da arte,
na busca de experimentação, na liberdade criadora da ruptura com o passado, pois a arte
passou então da vanguarda para o modernismo.;
III - Correta: O modernismo no Brasil foi um movimento artístico, cultural e literário que
se caracterizou pela liberdade estética, com a defesa do nacionalismo, de uma maior
abordagem do cotidiano do país e de uma linguagem mais coloquial.
Revise no Mapa Mapa Mental: “Modernismo 1º fase”, tema: “Semana de Arte Moderna”,
página 1 a 5.
2. Banca: PUC-RJ
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Assinale:
GABARITO: A
COMENTÁRIOS:
A alternativa I está correta porque o modernismo, movimento literário da década de 20,
pretendia abordar conteúdos mais populares em suas diferentes manifestações artísticas.
A alternativa II está incorreta porque, apesar de o modernismo também abordar o índio e
a temática indígena, por serem temas brasileiros, o índio do romantismo brasileiro não é
uma das suas pretensões de abordagem, por mostrar uma forma idealizada do índio e do
Brasil. A alternativa III está incorreta porque o modernismo não pretendia ressaltar o
passado colonial e nem a língua portuguesa de Portugal, pelo contrário, queria afastar-se.
A alternativa IV está correta porque o movimento visava ressaltar a nacionalidade
brasileira, assim como suas peculiaridades. A alternativa V está incorreta porque o
modernismo não propunha a desvalorização das lendas e mitos brasileiros, pelo contrário,
procurava ressaltá-los e valorizá-los.
Revise no Mapa Mapa Mental: “Modernismo 1º fase”, tema: “Semana de Arte Moderna”,
página 1 a 5.
3- Banca: PUC-CAMP
O alpinista
de alpenstock
desceu
nos Alpes
Oswald de Andrade
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GABARITO: A
COMENTÁRIOS:
Lembre-se de que você deve se concentrar no texto das questões e se basear nele para a
resolução, mesmo que não o tenha conhecido previamente. Saber elementos sobre o
autor ou do contexto histórico da época também pode ajudar na resolução das questões.
Então vamos lá. A primeira alternativa, a correta, diz que o autor procura barreiras entre
a poesia e a prosa, o que é verdade até pela estética literária modernista, e que é
utilizado, para isso, a alusão e a elipse. A alusão e a elipse são figuras de linguagem que
"dão a entender alguma coisa", mesmo "essa coisa" não estando explícita. Mesmo não
repetindo a palavra "alpinista", sabemos que quem desceu nos Alpes foi ele. A segunda
alternativa fala sobre explorar o poema em forma de prosa para satirizar a literatura pré-
modernista, que não é contra essa nova forma estética de ruptura. A terceira alternativa é
sobre interpretação lírica do seu país, que, apesar de ser um dos temas do Modernismo
brasileiro, não aparece neste poema – que, pelo contrário, possui estrangeirismos. A
quarta alternativa está incorreta porque um dos princípios do Modernismo não é satirizar,
mas exaltar o que não é nacional. A quinta alternativa está incorreta porque o
Modernismo brasileiro em si não negou a influência das vanguardas europeias, mas se
inspirou nelas.
Revise no Mapa Mapa Mental: “Modernismo 1º fase”, tema: “Oswald de Andrade”, página
9.
4- Banca: FATEC
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GABARITO: D
COMENTÁRIOS:
Mário de Andrade teve uma carreira musical, lecionou História e foi jornalista, não se
dedicando apenas à literatura. O escritor não foi um dos fundadores da Academia
Brasileira de Letras. Todas as obras citadas na alternativa 3 são de autoria de Mário de
Andrade, porém ele não se restringia a abordar temáticas relacionadas à cidade de São
Paulo. A alternativa 4 está inteiramente correta, pois Mário de Andrade teve um papel
importante na Semana de Arte Moderna e foi um artista engajado na deflagração do
movimento Modernista. A alternativa 5 está incorreta, pois ele se inspirou nas vanguardas
europeias para organizar o movimento Modernista no Brasil.
Revise no Mapa Mapa Mental: “Modernismo 1º fase”, tema: “Mário de Andrade”, página
10.
Considere as afirmações abaixo sobre o livro Macunaíma o herói sem nenhum caráter, de
Mario de Andrade.
I - Macunaíma deixa a mata onde nasceu para trabalhar com Venceslau Pietro Pietra, de
quem ganha como prêmio a pedra muiraquitã, um amuleto mágico.
II - A “Carta pras icamiabas”, capítulo IX do livro, é escrita durante a permanência de
Macunaíma na cidade grande e tem por objetivo pedir dinheiro (cacau), daí o tom formal
e os artifícios retóricos, que se diferenciam do restante da narrativa.
III - “Por cá tudo são delícias e venturas, porém nenhum gozo teremos e nenhum
descanso, enquanto não rehouvermos o perdido talismã.” Neste trecho da Carta, o autor
remete ao poema Canção do Exílio, de Gonçalves Dias, num diálogo às avessas, em que
exalta a cidade, o cá.
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.
GABARITO: D
COMENTÁRIOS:
Macunaíma, “o herói sem nenhum caráter”, é preguiçoso e vive em uma tribo na
Amazônia. Ele domina Ci, a rainha das Icamiabas e torna-se imperador do Mato Virgem.
Ao morrer, Ci lhe dá um amuleto, a Muiraquitã, que acaba sendo perdida, mas é
encontrada por Venceslau Pietro Pietra. Macunaíma vai para São Paulo atrás de Pietro
Pietra para conseguir seu amuleto de volta. Ele acaba falhando e viaja por todo o Brasil
em busca de sua pedra. Quando finalmente a resgata, retorna para sua tribo.
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Quase toda a narrativa tem um tom predominantemente oral, com exceção do capítulo
IX, a “Cartã pras Icamiabas”, que usa a forma erudita da língua, mas que acaba sendo
uma sátira da norma culta. Ele pede por dinheiro porque o havia trazido tinha terminado
e ele não queria trabalhar. Essa carta possui como intertexto diferentes obras da história
da literatura brasileira, desde poetas românticos até a Carta de Pero Vez de Caminha. O
resgate de obras da nossa literatura era uma tendência do modernismo, que se iniciara
na Semana de 1922.
Revise no Mapa Mapa Mental: “Modernismo 1º fase”, tema: “Mário de Andrade”, página
10.
Estrada
Esta estrada onde moro, entre duas voltas do caminho,
Interessa mais que uma avenida urbana.
Nas cidades todas as pessoas se parecem.
Todo mundo é igual. Todo mundo é toda a gente.
Aqui, não: sente-se bem que cada um traz a sua alma.
Cada criatura é única.
Até os cães.
Estes cães da roça parecem homens de negócios:
Andam sempre preocupados.
E quanta gente vem e vai!
E tudo tem aquele caráter impressivo que faz meditar:
Enterro a pé ou a carrocinha de leite puxada por um
bodezinho manhoso.
Nem falta o murmúrio da água, para sugerir, pela voz
dos símbolos,
Que a vida passa! que a vida passa!
E que a mocidade vai acabar.
BANDEIRA, M. O ritmo dissoluto. Rio de Janeiro: Aguilar, 1967.
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GABARITO: B
COMENTÁRIOS:
No texto o poeta faz uma comparação entre a cidade e o campo, de maneira que no
primeiro espaço todos os habitantes são iguais, diferente do campo, em que cada ser
humano é diferente, cujo ritmo das coisas e das pessoas leva o eu-lírico a meditar sobre a
brevidade da vida (o poeta faz uma comparação entre duas imagens, a da morte –
“enterro a pé” – e a da vida – “a carrocinha de leite”), e do quanto ela é efêmera, ou
seja, passageira, mensagem corroborada pelos versos “Que a vida passa! que a vida
passa! / E que a mocidade vai acabar!”. De acordo com as alternativas, percebemos que
a letra A está incorreta porque o poeta não apresenta nostalgia à cidade, ao contrário,
apresenta um apreço pela vida no campo. A letra C está incorreta porque a meditação
não é em relação à juventude, e sim à brevidade da vida. A letra D está incorreta porque
o poeta apresenta um comportamento meditativo sobre a passagem da vida, e não
negativo. A letra E também está incorreta porque a sensação de medo não está presente
no texto.
Revise no Mapa Mapa Mental: “Modernismo 1º fase”, tema: “Manuel Bandeira”, página
11.
7- Banca: UM-SP
GABARITO: A
COMENTÁRIOS:
Conforme vimos, uma das grandes preocupações da poesia de Drummond é de âmbito
social. A biografia dele nos dá a informação de como trabalhar no funcionarismo público
mostrou a ele como existiam injustiças sociais e o comoveu a pensar a respeito dessa
temática em sua poesia. Neste sentido, a alternativa A está incorreta. Todas as outras
opções trazem dados importantes para a poesia do autor, como a presença de Itabira em
sua obra e a ironia presente em seus textos.
Revise no Mapa Mapa Mental: “Modernismo 2º fase”, tema: “Carlos Drummond”, página
9.
Procura da poesia
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(...)
(...)
a) praticar a arte pela arte é a maneira mais eficaz de se opor ao mundo capitalista.
b) a procura da boa poesia começa pela estrita observância da variedade padrão da
linguagem.
c) fazer poesia é produzir enigmas verbais que não podem nem devem ser interpretados.
d) as intenções sociais da poesia não a dispensam de ter em conta o que é próprio da
linguagem.
e) os poemas metalinguísticos, nos quais a poesia fala apenas de si mesma, são
superiores aos poemas que falam também de outros assuntos.
GABARITO: D
COMENTÁRIOS:
A opção A está incorreta porque Drummond não escrevia apenas a fim de fazer arte pela
arte, como o teor de seus poemas pode comprovar, por exemplo José, que acabamos de
ler. A opção B está incorreta pois afirma algo em desacordo com o que é afirmado no
trecho que está na questão, pois o poema não afirma que a poesia necessariamente é
apenas o que está alinhado às normas da língua. A opção C está incorreta pelo mesmo
motivo da anterior e também por considerar que poesia é algo que não deve ser
interpretado pela maioria, aludindo a certa tradição parnasianista, anterior ao
Modernismo, que defendia estas ideias. A opção E também aponta uma falsa
superioridade dos poemas que falam a respeito de fazer poemas, o que não é verdade,
pois toda a poesia tem o mesmo valor, diferenciando-se apenas na forma de realização
do poema. Assim, a opção que responde adequadamente à questão é a D, que aponta
justamente que é necessário levar em consideração as duas facetas, tanto o formal e a
linguagem, quanto à intenção social e o que acontece no mundo.
Revise no Mapa Mapa Mental: “Modernismo 2º fase”, tema: “Carlos Drummond”, página
9.
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O farrista
Quando o almirante Cabral
Pôs as patas no Brasil
O anjo da guarda dos índios
Estava passeando em Paris.
Quando ele voltou de viagem
O holandês já está aqui.
O anjo respira alegre:
“Não faz mal, isto é boa gente,
Vou arejar outra vez.”
O anjo transpôs a barra,
Diz adeus a Pernambuco,
Faz barulho, vuco-vuco,
Tal e qual o zepelim
Mas deu um vento no anjo,
Ele perdeu a memória.
E não voltou nunca mais.
A Obra de Murilo Mendes situa-se na fase inicial do Modernismo, cujas propostas estéticas
transparecem, no poema, por um eu lírico que
GABARITO: B
COMENTÁRIOS:
Murilo Mendes traz em seu eu lírico uma retomada ao colonialismo assentado sob um viés
iconoclasta, ou seja, vai ao encontro das características principais da fase inicial do
modernismo devido a ruptura dos movimentos literários anteriores a ele. Assim, o
modernismo surge com a ideia de questionar o que estava presente na arte brasileira
desde os primeiros anos do século XX.
Desse modo, as outras alternativas são incorretas porque não levam em conta as
características desse movimento artístico que não tinha como objetivo inovar o repertório
linguístico, descrever a formação do povo brasileiro, repercutir as manifestações religiosas
e, muito menos, configurar um ideal de nacionalidade.
Revise no Mapa Mapa Mental: “Modernismo 2º fase”, tema: “Murilo Mendes”, página 11.
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Cântico VI
Tu tens um medo de
Acabar.
Não vês que acabas todo o dia.
Que morres no amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que te renovas todo dia.
No amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que és sempre outro.
Que és sempre o mesmo.
Que morrerás por idades imensas.
Até não teres medo de morrer.
E então serás eterno.
GABARITO: A
COMENTÁRIOS:
O tom do poema não é de medo nem de inquietude, parece mais com um #ficaadica de
aceitação para tocar num estado sublime espiritual pela nossa capacidade de se
emocionar - Alternativa A CORRETA.
Não se trata de um desalento, de uma condição de desânimo, como sugere a Alternativa
B ou de uma visão do humano sem crenças (Alternativa C). Há essa crença na
perpetuação do ser pelas emoções, mas nada que se refira especificamente ao estado
adolescente (Alternativa D). Por fim, percebemos que a imprevisibilidade não é um receio
(Alternativa E) e sim uma NECESSIDADE.
>> Nos versos “Que te renovas todo dia./ No amor./ Na tristeza./ Na dúvida./ No desejo.”
O eu lírico introduz a ideia de renovação espiritual através da vivência de emoções. Já nos
versos “Até não teres medo de morrer./ E então serás eterno.” o poema se acaba com a
ideia de que, a partir da falta de medo, o ser humano pode viver os sentimentos a ponto
de ascender espiritualmente.
Revise no Mapa Mapa Mental: “Modernismo 2º fase”, tema: “Cecília Meireles”, página 13.
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Sobre a obra Vidas Secas, de Graciliano Ramos, todas as alternativas estão corretas,
EXCETO:
a) O romance focaliza uma família de retirantes, que vive numa espécie de mudez
introspectiva, em precárias condições físicas e num degradante estado de condição
humana.
b) O relato dos fatos e a análise psicológica dos personagens articulam-se com grande
coesão ao longo da obra, colocando o narrador como decifrador dos comportamentos
animalescos dos personagens.
c) O ambiente seco e retorcido da caatinga é como um personagem presente em todos os
momentos, agindo de forma contínua sobre os seres vivos.
d) A narrativa faz-se em capítulos curtos, quase totalmente independentes e sem ligação
cronológica e o narrador é incisivo, direto, coerente com a realidade que fixou.
e) O narrador preocupa-se exclusivamente com a tragédia natural (a seca) e a descrição
do espaço não é minuciosa; pelo contrário, revela o espírito de síntese do autor.
GABARITO: E
COMENTÁRIOS:
Todas as alternativas de nossa questão estão corretas, menos a E, que aponta um
narrador mais preocupado em descrever situações do que em mostrá-las, o que não é
verdade se pensarmos na obra de Graciliano Ramos (podemos pensar no capítulo que
acabamos de ler de Vidas Secas, em que a maneira em que se narra e o que é narrado
são uma coisa só).
Revise no Mapa Mapa Mental: “Modernismo 2º fase”, tema: “Graciliano Ramos”, página 4.
a) O romance inicia com uma discussão sobre o processo de escrita, que o narrador
delega a pessoas cultas, por julgá-las mais capazes de representar literariamente os
modos de falar da gente do sertão.
b) Paulo Honório, apesar da realidade hostil e da decadência moral e material que se
abate sobre ele, registra, ao escrever suas memórias, as amizades que acumulou ao
longo da vida, o amor e a harmoniosa convivência ao lado da esposa Madalena.
c) O sentimento de posse e de propriedade por bens materiais domina a personalidade de
Paulo Honória, estendendo-se as suas relações afetivas, concretizadas em termos
utilitários.
d) A narrativa de Paulo Honório é objetiva, seca e curta, uma vez que reflete a
personalidade autoritária de seu autor, sem abrir espaço para indagações, hesitações,
negações ou dúvidas.
e) A objetividade e a assertividade da escrita, diante dos fatos duros e cruéis do mundo,
impedem que se desencadeie um processo de tomada de consciência, revelador das
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contradições do narrador.
GABARITO: C
COMENTÁRIOS:
Questão centrada no enredo da obra. Na alternativa A, a incorreção refere-se ao fato de
que Paulo Honório, após consultar algumas pessoas para que escrevam para ele desiste e
escrever por ele mesmo. Na alternativa B, a incorreção refere-se à “harmoniosa
convivência” com a esposa. Quem leu o livro ou conhece a obra que a convivência dos
dois era terrível. A letra C traz a afirmação verdadeira. A lógica da posse e do lucro
domina a personalidade de Paulo Honório. A alternativa D é incorreta, pois encontramos
na narrativa de Paulo muitas dúvidas e muitas negações. Por fim, a alternativa E falseia o
final do romance quando Paulo Honório sofre um processo de tomada de consciência, a
duras penas.
Revise no Mapa Mapa Mental: “Modernismo 2º fase”, tema: “Graciliano Ramos”, página 4.
GABARITO: C
COMENTÁRIOS:
Como podemos ver na nossa questão, as três primeiras alternativas se referem a autores
específicos do romance de 1930. São eles: Raquel de Queiróz, José Lins do Rego e Jorge
Amado, respectivamente. As demais alternativas não correspondem a nenhum autor ou
obra da segunda fase do modernismo. A opção C que é a que melhor responde nossa
questão, trata do romance Terras do Sem-Fim.
Revise no Mapa Mapa Mental: “Modernismo 2º fase”, tema: “Jorge Amado”, página 6.
"Irmão... é uma palavra boa e amiga. Se acostumaram a chamá-la de irmã. Ela também
os trata de mano, de irmão. Para os menores é como uma mãezinha. Cuida deles. Para os
mais velhos é como uma irmã que brinca inocentemente com eles e com eles passa os
perigos da vida aventurosa que levam. Mas nenhum sabe que, para Pedro Bala, ela é a
noiva. Nem mesmo o Professor sabe. E dentro do seu coração Professor também a chama
de noiva."
89
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GABARITO: C
COMENTÁRIOS:
Nessa questão podemos ver que as alternativas todas estão corretas, exceto a C. Lembra
de que comentamos na aula que o cenário em que se passa Capitães da Areia é o do
tapiche, que é uma moradia improvisada de quem não tem condições financeiras (caso
você não tenha visto um tapiche, coloque no Google Imagens, que aparecem algumas
imagens de uma estrutura de madeira, que fica perto de rios e mar). Desta maneira, os
cenários não são das fazendas de cacau (que remete ao romance Terras do Sem-Fim) e
sim são desses tapiches. Outro erro de nossa alternativa é que a narrativa não se trata do
drama de viver em uma fazenda de cacau, e sim de crianças que se tornam
marginalizadas. Por isso, dentre as opções disponíveis, a alternativa C é a vencedora de
nossa questão.
Revise no Mapa Mapa Mental: “Modernismo 2º fase”, tema: “Jorge Amado”, página 6.
90
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GABARITO: E
COMENTÁRIOS:
Vimos que uma das temáticas mais importantes de O quinze é a representação dos
efeitos da seca. Ainda que não tenhamos aprofundado muito na leitura do romance,
podemos pensar que Conceição, por ser uma mulher estudada e cheia de ideais
libertários, provavelmente não estava próxima das questões sociais, o que elimina a
alternativa 3. A alternativa 4 não faz muito sentido, porque não há grandes perspectivas
em um lugar em que a seca é recorrente. As alternativas 1 e 2 são específicas demais, e
não retratam a intenção geral da obra, que é o que a nossa questão nos pede. Desta
maneira, a alternativa que mais se adéqua para responder a questão é a 5.
Revise no Mapa Mapa Mental: “Modernismo 2º fase”, tema: “Rachel de Queiroz”, página
3.
GABARITO: C
COMENTÁRIOS:
Esta questão nos pede para pensar nas características gerais da obra de autor. Neste
sentido, a opção A é muito específica, e coloca algo muito particular, que talvez não
esteja diretamente relacionado à obra de José Lins do Rego, o fato de ser romântico e
sensual, e de como isso talvez tenha afetado na maneira como ele conta histórias.
Sabemos que sua obra não trata de comentar sobre as tradições orais do sertão
nordestino, então a opção A está incorreta. A opção B se aproxima de outro autor que
estudamos um pouco antes, o Euclides da Cunha (se você não viu, que tal dar uma
olhada depois?), que escrevia exatamente sobre a figura do sertanejo em relação ao meio
em que ele vivia, mas que não tem nenhuma relação com nossa questão. A opção D está
bastante afastada de nosso autor porque comenta sobre pequena-burguesia, o que não é
o caso da temática tratada por José Lins do Rego; além disso, nosso autor escreve
romances, e não crônicas. Já a opção E se refere a outro autor, o José Américo de
Almeida, e está incorreta porque não é o que nossa questão nos pede. Nesse sentido, a
única alternativa possível para nossa questão é a C.
Revise no Mapa Mapa Mental: “Modernismo 2º fase”, tema: “José Lins do Rego”, página
5.
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GABARITO: B
COMENTÁRIOS:
Nesta questão, a única resposta que responde adequadamente nossa questão é a B. Veja
que a alternativa A está incorreta, pois vimos que Guimarães Rosa é um escritor original,
diferenciado e inovador em sua literatura, se pensarmos nos demais escritores que
estudamos até aqui. Uma alternativa parecida com a alternativa C apareceu em um
exercício anterior, e está incorreta, pois, como vimos, Guimarães Rosa trata
principalmente a respeito do sertão de Minas Gerais. A alternativa D parece apontar para
uma retomada da tradição da literatura de Euclides da Cunha, o que não e o caso com a
obra de nosso autor. A alternativa E também aponta uma retomada da tradição romântica
iniciada por José de Alencar com o Regionalismo romântico, o que também não tem
relação com nosso autor.
Revise no Mapa Mapa Mental: “Geração de 45”, tema: “Guimarães Rosa”, página 4.
Quem é pobre, pouco se apega, é um giro-o-giro no vago dos gerais, que nem os
pássaros de rios e lagoas. O senhor vê: o Zé-Zim, o melhor meeiro meu aqui, risoinho e
habilidoso. Pergunto: - Zé-Zim, por que é que você não cria galinhas-d'angola, como todo
mundo faz? - Quero criar nada não... - me deu resposta: - Eu gosto muito de mudar...
[...] Belo um dia, ele tora. Ninguém discrepa. Eu, tantas, mesmo digo. Eu dou proteção.
[...] Essa não faltou também à minha mãe, quando eu era menino, no sertãozinho de
minha terra. [...] Gente melhor do lugar eram todos dessa família Guedes, Jidião Guedes;
quando saíram de lá, nos trouxeram junto, minha mãe e eu. Ficamos existindo em
território baixio da Sirga, da outra banda, ali onde o de-Janeiro vai no São Francisco, o
senhor sabe.
Fonte: ROSA, J. G. Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro: José Olympio (fragmento).
Na passagem citada, Riobaldo expõe uma situação decorrente de uma desigualdade social
típica das áreas rurais brasileiras marcadas pela concentração de terras e pela relação de
dependência entre agregados e fazendeiros. No texto, destaca-se essa relação porque o
personagem-narrador
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GABARITO: D
COMENTÁRIOS:
Dê atenção, em primeiro lugar, no texto, para um termo "meeiro". O meeiro é aquele que
trabalha cultivando para um dono de terras e divide o lucro com seu patrão. Nesse
trecho, o Zé-Zim trabalha para a família Guedes. A concentração de terras e a relação de
dependência, que solicita a questão, ficam destacadas pelo fato de, apesar de não ser
escravo, Zé-Zim ter sua liberdade restrita ao ter de se mudar junto com a família dos
patrões: "Gente melhor do lugar eram todos dessa família Guedes, Jidião Guedes; quando
saíram de lá, nos trouxeram junto, minha mãe e eu". Além disso, também há uma relação
de proteção: "Eu dou proteção. [...] Essa não faltou também à minha mãe, quando eu era
menino". Isso é afirmado na alternativa D.
As alternativas A e E não estão certas, pois o narrador de Grandes Sertão Veredas é um
sertanejo sem posses. A alternativa B, por sua vez, está errada, porque não sabemos o
que acaba acontecendo depois com o meeiro. Por último, não há um tom de crítica em
relação ao meeiro, o que faz com que a alternativa C também esteja errada.
Revise no Mapa Mapa Mental: “Geração de 45”, tema: “Guimarães Rosa”, página 4.
GABARITO: B
COMENTÁRIOS:
A poesia de João Cabral de Melo Neto não tem a preocupação de romper com os rigores
formais da criação poética, assim como os primeiros modernistas o tinham. Apesar de
possuir regionalismo nas suas obras, ele não o resgata da mesma maneira que fez José
de Alencar, de uma forma patriótica exagerada, numa tentativa de criar uma identidade
nacional literária.
Revise no Mapa Mapa Mental: “Geração de 45”, tema: “João Cabral de Melo Neto”, página
5.
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Sei que depois de me leres é difícil reproduzir de ouvido a minha música, não é possível
cantá-la sem tê-la decorado. E como decorar uma coisa que não tem história?
(...)
Isto tudo que estou escrevendo é tão quente como um ovo quente que a gente passa
depressa de uma mão para a outra e de novo da outra para a primeira a fim de não se
queimar – já pintei um ovo. E agora como na pintura só digo: ovo e basta.
- O enredo, na narrativa, está a serviço das reflexões e dos sentimentos, motivo pelo qual
é possível chamá-la de prosa poética.
GABARITO: E
COMENTÁRIOS:
Clarice Lispector possui uma narrativa peculiar, em que o conteúdo do texto está sempre
a serviço de alguns procedimentos narrativos, como por exemplo, o monólogo interior e o
fluxo de consciência, resultando em uma narrativa intimista. Algumas obras da autora –
como “Água Viva” – possuem uma prosa que faz uma sondagem psicológica dos
personagens. Assim, o romance pode ser chamado de poema em prosa, ou ainda, de
prosa poética. De acordo com o fragmento, a narradora admite a dificuldade que é
transformar os sentimentos em palavras, por isso sintetiza o que sente na palavra “ovo”.
Revise no Mapa Mapa Mental: “Geração de 45”, tema: “Clarice Lispector”, página 3.
A partida de trem
Marcava seis horas da manhã. Angela Pralini pagou o táxi e pegou sua pequena valise.
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Dona Maria Rita de Alvarenga Chagas Souza Melo desceu do Opala da filha e
encaminharam-se para os trilhos. A velha bem-vestida e com joias. Das rugas que a
disfarçavam saía a forma pura de um nariz perdido na idade, e de uma boca que outrora
devia ter sido cheia e sensível. Mas que importa? Chega-se a um certo ponto — e o que
foi não importa. Começa uma nova raça. Uma velha não pode comunicar-se. Recebeu o
beijo gelado de sua filha que foi embora antes do trem partir. Ajudara-a antes a subir no
vagão. Sem que neste houvesse um centro, ela se colocara do lado. Quando a locomotiva
se pôs em movimento, surpreendeu-se um pouco: não esperava que o trem seguisse
nessa direção e sentara-se de costas para o caminho.
Dona Maria Rita se espantou com a delicadeza, disse que não, obrigada, para ela dava no
mesmo. Mas parecia ter-se perturbado. Passou a mão sobre camafeu filigranado de ouro,
espetado no peito, passou a mão pelo broche. Seca. Ofendida? Perguntou afinal a Angela
Pralini:
Fonte: LISPECTOR, C. Onde estivestes de noite. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1980
(fragmento).
GABARITO: E
COMENTÁRIOS:
Clarice Lispector é conhecida por, com sua literatura, adentrar os lugares mais obscuros
da alma humana. O sentimento de solidão marca todo o parágrafo, mas ele não está
dado explicitamente. No entanto, com um olhar mais atento podemos percebê-lo.
Angela Pralini, por exemplo, está sozinha. Desce do táxi e embarca no trem sem
companhia alguma. Já Dona Maria Rita, apesar de estar acompanhada pela filha, tem
uma relação distante com ela. Observemos o beijo gelado e o fato de a filha ter ido
embora antes de o trem partir.
Podemos imaginar que a simpatia e a delicadeza de Angela para com Maria Rita é a
expressão de um desejo por companhia. Da mesma forma, o espanto de Dona Maria Rita
para com essa delicadeza pode nos dar a ideia de uma mulher acostumada a seres
humanos isolados em suas próprias ilhas, seres que não se conectam, que não estendem
a mão.
Revise no Mapa Mapa Mental: “Geração de 45”, tema: “Clarice Lispector”, página 3.
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GABARITO: E
COMENTÁRIOS:
Não há vagas
O preço do feijão
não cabe no poema. O preço
do arroz
não cabe no poema.
Não cabem no poema o gás
a luz o telefone
a sonegação
do leite
da carne
do açúcar
do pão
O funcionário público
não cabe no poema
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Só cabe no poema
o homem sem estômago
a mulher de nuvens
a fruta sem preço
O poema, senhores,
não fede
nem cheira.
Ferreira Gullar
a) Ao ser aproximada de um ato lúdico como o fazer poesia, a crítica social é atenuada e
perde força.
b) A ruptura com o verso tradicional situa o poema no contexto da primeira geração
modernista.
c) Nota-se uma conjunção entre a reflexão sobre o fazer poético e a preocupação com a
realidade social adversa.
d) A crítica política e a reflexão sobre a literatura presentes no poema configuram
exceção na produção poética de Ferreira Gullar.
e) Trata-se de texto poético que destoa do conjunto da obra Toda poesia por utilizar
redondilhas maiores e menores.
GABARITO: C
COMENTÁRIOS:
A poesia de Ferreira Gullar (Neoconcreta) mostra um estado de alta tensão psíquica e
ideológica: seus textos, independentemente dos temas abordados, são participantes, isto
é, engajados, evidenciando a preocupação do poeta com as mazelas sociais e, sobretudo,
a preocupação em contribuir para a transformação da sociedade brasileira.
Letra A- Errada. A crítica social não perde a força em sua poesia.
Letra B- Errada. O Neconcretismo não faz parte da primeira geração Moderna.
Letra D- Errada. A crítica política e a reflexão sobre a literatura presentes no poema não
configuram exceção na produção poética de Ferreira Gullar. E sim, uma recorrência.
Letra E- Errada. O poema não destoa do livro Toda Poesia, reunião de 10 de suas obras.
Revise no Mapa Mapa Mental: “Literarura Contemporânea”, tema: “Ferreira Gular”, página
6.
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Aqui se acaba
A noite mais braba
A que não queria
Virar puro dia
Somos um outro
Um deus, enfim,
Está conosco.
In: Leminski, Paulo. Toda Poesia. São Paulo: Companhia das Letras.
GABARITO: A
COMENTÁRIOS:
A opção A está incoerente. O poema está completamente interligado. Podemos imaginar,
no entanto, que a ordem cronológica não é linear. No início, temos o eu-lírico tranquilo,
abrindo uma toalha limpa sobre a mesa. Limpa como sua mente que está em paz. No
entanto, anteriormente parece que não havia tranquilidade e que uma tormenta demorou
a ir embora como vimos na segunda estrofe: “a noite mais braba que não queria virar
puro dia”.
Revise no Mapa Mapa Mental: “Literarura Contemporânea”, tema: “Poesia Marginal”,
página 10.
c) O uso da linguagem pop, que pode ser atestada inclusive na capa do álbum Tropicália,
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ou Panis et Circensis.
d) Ruptura total com a tradição da música brasileira, como o samba e a bossa nova.
GABARITO: C
COMENTÁRIOS:
A linguagem pop (como o cinema e a música americana) e a propaganda foram de
fundamental importância para o tropicalismo. Essa ideia de incluir elementos pop em arte
já havia sido disseminada no Brasil com o Movimento Concretista nos anos 1950. Os
tropicalistas foram influenciados por concretistas, como Décio Pignatari, os irmãos
Augusto e Haroldo de Campos e Hélio Oiticica, e agregaram essas influências à sua
proposta estética. O tropicalismo não pregava ruptura com outras tendências, como o
Samba e a bossa nova. A ideia era usar essas tendências, inclusive o rock. Assim, a
questão correta é a letra C.
Revise no Mapa Mapa Mental: “Literatura Contemporânea”, tema: “Tropicália”, página 10.
Sobre Mário Quintana e sua obra, analise as afirmações seguintes como falsas (F) ou
verdadeiras (V).
I. Vindo de um mundo destruído em sua grandeza, Mário constrói, a princípio, uma poesia
eminentemente crepuscular, percorrida por uma constante amargura e articulada em
torno da morte e da tristeza das coisas.
II. O poeta também escreve poemas curtos em prosa. Lembram epigramas, pois são
apresentados em prosa, mas com dimensão e densidade poéticas e, por isso,
necessariamente curtos e geralmente irônicos.
a) F – V – F
b) V – V – V
c) F – V – V
d) F – F – F
e) V – F – F
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GABARITO: B
COMENTÁRIOS:
Resolução: V – V – V
I. Vindo de um mundo destruído em sua grandeza, Mário constrói, a princípio, uma poesia
eminentemente crepuscular, percorrida por uma constante amargura e articulada em
torno da morte e da tristeza das coisas.
II. O poeta também escreve poemas curtos em prosa. Lembram epigramas, pois são
apresentados em prosa, mas com dimensão e densidade poéticas e, por isso,
necessariamente curtos e geralmente irônicos.
III. A manutenção de uma lírica tradicional é contrabalançada por uma linguagem de
absoluta simplicidade, como se em Quintana houvesse a fusão do subjetivismo
crepuscular, de origem simbolista, com o estilo coloquial da poesia moderna.
Revise no Mapa Mapa Mental: “Literatura Contemporânea”, tema: “século XIX”, página 7.
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a) Apenas I.
b) Apenas I e II.
c) I, II e III.
d) Apenas II.
e) Apenas I e III.
GABARITO: B
COMENTÁRIOS:
Vamos analisar as alternativas:
I. Correta! O eu-lírico assume postura confessional, atento aos elementos desconexos do
cotidiano. Podemos ver isso na estrutura sintática do poema, escrito em primeira pessoa
do singular.
II. Correta! ("ai que estranheza e que lusitano torpor me atira de braços abertos / sobre
as ripas do cais ou do palco ou do quartinho").
III. Incorreta. O eu lírico não demonstra sofrimento palpável no poema, é apenas um
confissão, angustiada, sim, de certo ponto de vista, mas não há sofrimento. O eu lírico
sente-se fragmentado em relação às diversas situações cotidianas em que se insere,
entretanto, não há como inferir sofrimento descontrolado do poema.
Revise no Mapa Mapa Mental: “Literarura Contemporânea”, tema: “Século XIX”, página 7.
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Parabéns!
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