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Prof.

Alexandre Flores
Aula 02
- PERIODIZAÇÃO

ENEM, - QUINHENTISMO
- BARROCO
VESTIBULAR,
EsSA e EsPCEx
PERIODIZAÇÃO
OS PERÍODOS LITERÁRIOS
DA LITERATURA
BRASILEIRA
•As escolas literárias ou
correntes literárias no
Brasil
TEXTOS CONTEXTO ESTILO DE PÚBLICO
(ESCRITORES) HISTÓRICO ÉPOCA LEITOR
ERA
COLONIAL
caráter
luso-brasileiro

Independência do Brasil
ERA
NACIONAL
busca do
caráter
nacionalista
QUINHENTISMO
1500 – “A CARTA” DE PERO VAZ DE CAMINHA A EL REI D. MANUEL
A LITERATURA DOS CONQUISTADORES
“LITERATURA” INFORMATIVA
QUEM ESCREVE?
aventureiros, marinheiros, escrivães, religiosos,
antropólogos... “CRONISTAS DE VIAGENS”

O QUE ESCREVEM?
cartas, relatórios, tratados, diários de bordo...
“CRÔNICAS DE VIAGENS”

INTENÇÃO:
informar, relatar, textos referenciais, maior valor histórico
que literário, textos descritivistas, sem intenção artística
“A carta” de Pero Vaz de Caminha
a El Rei D. Manuel
•Carta-relatório
•Descreve a viagem de Cabral, desde a partida até
a chegada em novas terras
•Relata o “achamento” do Brasil
•Olhar deslumbrado e encantamento do escrivão
(ufanista)
•Visão edênica (do paraíso) da terra
•Linguagem formal
INTENÇÃO MERCANTILISTA
•De exploração econômica da terra
•Destaque para suas potencialidades
•A quantidade de terra e água
•A fertilidade da terra
•As possíveis riquezas (ouro, prata e
pedras preciosas)
“De ponta a ponta é toda praia... muito chã e muito
fremosa. (...) Nela até agora não pudemos saber
que haja ouro nem prata... porém a terra em si é
de muitos bons ares assim frios e temperados
como os de Entre-Doiro-e-Minho. Águas são
muitas e infindas. E em tal maneira é graciosa que.
querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo por bem
das águas que tem, porém o melhor fruto que nela
se pode fazer me parece que será salvar esta
gente e esta deve ser a principal semente que
vossa alteza em nela deve lançar.”
INTENÇÃO MISSIONÁRIA
•Postura salvacionista
•Intenção de salvar os índios (silvícola,
gentio, selvagem), converter ao
cristianismo
•A simpatia pelo índio (belos, inocentes,
inteligentes, pacíficos)
•Não reconhece as crenças indígenas
•Descrição maliciosa das índias
“Andam nus sem nenhuma cobertura, nem
estimam nenhuma cousa de cobrir nem mostrar
suas vergonhas e estão acerca disso com tanta
inocência como têm de mostrar no rosto.(...) Eles
porém contudo andam muito bem curados e muito
limpos e naquilo me parece ainda mais que são
como as aves ou alimárias monteses que lhes faz
o ar melhor pena e melhor cabelo que as mansas,
porque os corpos seus são tão limpos e tão gordos
e tão fremosos que não pode mais ser.”
LITERATURA JESUÍTICA OU DE CATEQUESE
QUEM ESCREVE? PADRES JESUÍTAS DA
COMPANHIA DE JESUS
O QUE ESCREVEM? POEMAS E AUTOS
(TEATRO)
INTENÇÃO: CONVERTER, CATEQUIZAR OS
ÍNDIOS, CARÁTER DIDÁTICO E PEDAGÓGICO,
DISSEMINAR A FÉ CRISTÃ, ENSINAR A PALAVRA
DE CRISTO
JOSÉ DE ANCHIETA
•Uma produção refinada: poemas e
monólogos em latim que parecem
destinadas a satisfazer suas necessidades
espirituais mais profundas;
•Uma produção didática - hinos, canções e
especialmente autos, que visavam infundir
o pensamento cristão nos índios.
Os autos de José de Anchieta
•Peças de teatro de caráter religioso
•Intenção moralizante (luta do BEM x o MAL)
•Incorpora a cultura indígena (ornamentos, músicas,
danças, pinturas...)
•Ator = índio (maioria homens)
•Público (mulheres e crianças)
•Inspirado em Gil Vicente
•Escrito em português, latim, espanhol e tupi-guarani
Os poemas de José de Anchieta
• Linguagem simples e versos curtos
• A presença da oralidade (os poemas eram decorados)
• Temática religiosa (de inspiração bíblica)
• Representa o amor e o temor a Deus
• A consciência da mortificação do humano (o homem
não é eterno)
• O cotidiano na colônia
• A devoção à Virgem Maria (“De beate Dei Matre Virgine
Maria”)
EM DEUS, MEU CRIADOR
DO SANTÍSSIMO SACRAMENTO
Não há cousa segura.
Tudo quanto se vê Oh que pão, oh que comida,
se vai passando. oh que divino manjar
A Vida não tem dura. se nos dá no santo altar cada dia.
O bem se vai gastando.
Toda criatura Este dá vida imortal,
passa voando. este mata toda fome,
porque nele Deus e homem
Contente assim. minh ‘alma, se contém.
do doce amor de Deus
toda ferida, Que este manjar tudo gasta,
o mundo deixa em calma, porque é fogo gastador
buscando a outra vida, que com seu divino ardor
na qual deseja ser tudo abrasa.
absorvida.
(ENEM 2013)
TEXTO II
TEXTO I

Andaram na praia, quando saímos, oito ou dez


deles; e daí a pouco começaram a vir mais. E
parece-me que viriam, este dia, à praia,
quatrocentos ou quatrocentos e cinquenta. Alguns
deles traziam arcos e flechas, que todos trocaram
por carapuças ou por qualquer coisa que lhes
davam. […] Andavam todos tão bem-dispostos,
tão bem feitos e galantes com suas tinturas que
muito agradavam.

CASTRO, S. A carta de Pero Vaz de Caminha.


Porto Alegre: L&PM, 1996 (fragmento). PORTINARI, C. O descobrimento do Brasil.
1956. Óleo sobre tela, 199 x 169 cm
Pertencentes ao patrimônio cultural brasileiro, a carta de Pero Vaz de Caminha e a
obra de Portinari retratam a chegada dos portugueses ao Brasil. Da leitura dos
textos, constata-se que

a) a carta de Pero Vaz de Caminha representa uma das primeiras manifestações


artísticas dos portugueses em terras brasileiras e preocupa-se apenas com a
estética literária.
b) a tela de Portinari retrata indígenas nus com corpos pintados, cuja grande
significação é a afirmação da arte acadêmica brasileira e a contestação de uma
linguagem moderna.
c) a carta, como testemunho histórico-político, mostra o olhar do colonizador sobre
a gente da terra, e a pintura destaca, em primeiro plano, a inquietação dos nativos.
d) as duas produções, embora usem linguagens diferentes – verbal e não verbal –,
cumprem a mesma função social e artística.
e) a pintura e a carta de Caminha são manifestações de grupos étnicos diferentes,
produzidas em um mesmo momentos histórico, retratando a colonização.
Pertencentes ao patrimônio cultural brasileiro, a carta de Pero Vaz de Caminha e a
obra de Portinari retratam a chegada dos portugueses ao Brasil. Da leitura dos
textos, constata-se que

a) a carta de Pero Vaz de Caminha representa uma das primeiras manifestações


artísticas dos portugueses em terras brasileiras e preocupa-se apenas com a
estética literária.
b) a tela de Portinari retrata indígenas nus com corpos pintados, cuja grande
significação é a afirmação da arte acadêmica brasileira e a contestação de uma
linguagem moderna.
c) a carta, como testemunho histórico-político, mostra o olhar do colonizador sobre
a gente da terra, e a pintura destaca, em primeiro plano, a inquietação dos nativos.
d) as duas produções, embora usem linguagens diferentes – verbal e não verbal –,
cumprem a mesma função social e artística.
e) a pintura e a carta de Caminha são manifestações de grupos étnicos diferentes,
produzidas em um mesmo momentos histórico, retratando a colonização.
(EsPCEx 2002) Assinale a alternativa correta em relação ao Quinhentismo
brasileiro.

a) É um período bastante produtivo da literatura brasileira, com importantes


poetas exaltando as qualidades da nova terra.
b) É o primeiro movimento literário ocorrido no Brasil, tendo como destaque
o poeta Basílio da Gama. É uma escola de exaltação do sentimento de
brasilidade.
c) É um período em que não se pode falar numa literatura brasileira, e sim
em literatura ligada ao Brasil mas que reflete as ambições e intenções do
homem europeu.
d) É composta de crônicas de viagem e de uma vasta produção jesuítica,
com objetivos de descrever o interior do Brasil e converter índios e negros à
fé católica.
e) É uma fase inicial da nossa literatura, mas essencial para a formação
cultural brasileira pela qualidade dos poemas e romances nela produzidos.
(EsPCEx 2002) Assinale a alternativa correta em relação ao Quinhentismo
brasileiro.

a) É um período bastante produtivo da literatura brasileira, com importantes


poetas exaltando as qualidades da nova terra.
b) É o primeiro movimento literário ocorrido no Brasil, tendo como destaque
o poeta Basílio da Gama. É uma escola de exaltação do sentimento de
brasilidade.
c) É um período em que não se pode falar numa literatura brasileira, e sim
em literatura ligada ao Brasil mas que reflete as ambições e intenções do
homem europeu.
d) É composta de crônicas de viagem e de uma vasta produção jesuítica,
com objetivos de descrever o interior do Brasil e converter índios e negros à
fé católica.
e) É uma fase inicial da nossa literatura, mas essencial para a formação
cultural brasileira pela qualidade dos poemas e romances nela produzidos.
(ESA 2012) Leia o texto:

“A feição deles é serem pardos, quase avermelhados, de rostos regulares e narizes


bem feitos; andam nus sem nenhuma cobertura; nem se importam de cobrir nenhum a
coisa, nem de mostrar suas vergonhas.”

Essa passagem pertence à Carta de Pero Vaz de Caminha, primeiro texto escrito no
Brasil, no qual eram descritos a terra e o povo que a habitava. A respeito da Literatura
Quinhentista, é correto afirmar que

a) os textos dessa época têm grande valor literário.


b) registra apenas o choque cultural entre coloniza dores e colonizados.
c) toda essa produção está diretamente relacionada à intenção de catequizar os
selvagens.
d) os textos quinhentistas fazem parte do movimento literário intitulado Poesia Pau-
Brasil.
e) a literatura da época está relacionada ao espírito aventureiro da expansão marítima
e comercial portuguesa.
(ESA 2012) Leia o texto:

“A feição deles é serem pardos, quase avermelhados, de rostos regulares e narizes


bem feitos; andam nus sem nenhuma cobertura; nem se importam de cobrir nenhum a
coisa, nem de mostrar suas vergonhas.”

Essa passagem pertence à Carta de Pero Vaz de Caminha, primeiro texto escrito no
Brasil, no qual eram descritos a terra e o povo que a habitava. A respeito da Literatura
Quinhentista, é correto afirmar que

a) os textos dessa época têm grande valor literário.


b) registra apenas o choque cultural entre coloniza dores e colonizados.
c) toda essa produção está diretamente relacionada à intenção de catequizar os
selvagens.
d) os textos quinhentistas fazem parte do movimento literário intitulado Poesia Pau-
Brasil.
e) a literatura da época está relacionada ao espírito aventureiro da expansão marítima
e comercial portuguesa.
BARROCO
1601 – “Prosopopeia” de Bento
Teixeira Pinto
página 37
“uma pérola de
forma irregular”
Contexto histórico e cultural
•Século XVII
•Reforma Protestante e Contrarreforma Católica
•Brasil
- A colonização no nordeste
- As invasões holandesas
- Exploração da cana-de-açúcar
“O homem do Barroco é um saudoso da
religiosidade medieval e, ao mesmo
tempo, um seduzido pelas solicitações
terrenas e valores mundanos, amor,
dinheiro, luxo, posição; que a
Renascença e o Humanismo puseram
em relevo. Desse dualismo nasceu a
arte barroca.” (Afrânio Coutinho)
CONCEITUAÇÃO – “A ARTE DO CONFLITO”
• Os impulsos contraditórios
• CULTO DO CONTRASTE, DO CONFLITO e DA CONTRADIÇAO,
• Na Literatura, pela frequência das antíteses e paradoxos;
• Na pintura, pelo jogo de massas e pelo centraste
claro/escuro;
• Na escultura, pelo exagero do alto/baixo relevo, como se vê
nos profetas de Aleijadinho, com os queixos pontiagudos e as
órbitas oculares exageradamente côncavas (MG – séc. XVIII);
• Na música, pela presença do canto/contra-canto, do
contraponto e da fuga.
“Nasce o Sol, e não dura mais que um dia,
Depois da Luz se segue a noite escura,
Em tristes sombras morre a formosura,
Em contínuas tristezas a alegria.

Porém, se acaba o Sol. por que nascia?


Se é tão formosa a Luz, por que não dura?
Como a beleza assim se transfigura?
Como o gosto da pena assim se fia?
(...)
Antônio Francisco Lisboa – O Aleijadinho
CARACTERÍSTICAS:
a) Dualismo – tenta-se aproximar polos
opostos - fusionismo
b) Antropocentrismo x Teocentrismo
-Humanismo - Contrarreforma
-Renascimento
c) Valores subjetivos e espirituais. (marcada
pela religiosidade)
d) Abundância de figuras de linguagem na poesia:
antíteses, metáforas, paradoxos, etc. (carregado
de significados)
e) Forma pomposa, ornamentada, grandiosa.
(rebuscamento)
f) Gosto por raciocínios complexos e intrincados.
(argumentação)
g) Inversões sintáticas. (anástrofes, hipérbatos)
h) Uso de silogismos. (a lógica)
“Mui grande é o vosso amor e o meu delito
Porém pode ter fim todo o pecar,
E não o vosso amor, que é infinito

Essa razão me obriga a confiar


Que, por mais que pequei, neste conflito
Espero em vosso amor me salvar.”
ESTILOS DO BARROCO
Cultismo ou Gongorismo
-Divulgado por Luís de Gôngora
-excessivamente rebuscado
-o culto da palavra
-busca a perfeição formal
-Predomina na poesia
Conceptismo ou Quevedismo
-Divulgado por Francisco de Quevedo
-criação de conceitos
-arte de bem falar e convencer as pessoas
-estilo dos púlpitos
-Predomina nos sermões de Padre Antônio
Vieira
GREGÓRIO DE MATOS
(“BOCA DO INFERNO”)
LÍRICA AMOROSA
PLANO E FILOSÓFICA
PROFANO
(pro=fora + fano=templo)
POESIA
DOIS SATÍRICA
PLANOS
PLANO POESIA
SACRO RELIGIOSA
(sagrado)
A LÍRICA AMOROSA OU FILOSÓFICA
- Temática do amor
- O galanteio, os elogios à mulher amada
- Representação da mulher (comparada com a
natureza)
- O amor descamba para o erotismo (reação aos
falsos valores morais)
- Consciência da vida efêmera (a brevidade da
vida e do carpe diem)
A MESMA D. ÂNGELA

Anjo no nome, Angélica na cara!


Isso é ser flor, e Anjo Juntamente:
Ser Angélica flor, e Anjo florente,
Em quem. senão em vós, se uniformara:

Quem vira uma tal flor, que a não cortara,


De verde pé, da rama florescente;
E quem um Anjo vira tão luzente.
Que por seu Deus O não idolatrara?

Se pois como Anjo sois dos meus altares,


Fôreis o mau Custódia e a minha guarda,
Livrara eu de diabólicos azares.

Mas veio. que por bela, e por galharda.


Posto que os Anjos nunca dão pesares,
Sois Anjo, que me tenta, e não me guarda.
ADMIRÁVEL EXPRESSÃO QUE FAZ O POETA
DE SEU ATENCIOSO SILÊNCIO

Largo em sentir, em respirar sucinto,


Peno, e calo, tão fino, e tão atento,
Que fazendo disfarce do tormento,
Mostro que o não padeço, e sei que o sinto.

O mal, que fora encubro, ou que desminto,


Dentro no coração é que o sustento:
Com que, para penar é sentimento,
Para não se entender é labirinto.

Ninguém sufoca a voz nos seus retiros;


Da tempestade é o estrondoso efeito:
Lá tem ecos a terra, o mar suspiros.

Mas oh do meu segredo alto conceito!


Pois não me chegam a vir à boca os tiros
Dos combates que vão dentro no peito.
POESIA SATÍRICA
- Crítica política e social
- Ataca diversas classes sociais
- Linguagem agressiva (grosseira e vulgar)
- Intensa ironia
- A poesia de maledicência
- A poesia encomiástica (de encomenda)
- A poesia burlesca (o cotidiano na colônia, critica
os desvios morais dos moradores da Bahia)
CONTEMPLANDO NAS COUSAS DO MUNDO

Neste mundo é mais rico, o que mais rapa:


Quem mais limpo se faz, tem mais carepa:
Com sua língua ao nobre o vil decepa:
O Velhaco maior sempre tem capa.

Mostra o patife da nobreza o mapa:


Quem tem mão de agarrar, ligeiro trepa;
Quem menos falar pode, mais increpa:
Quem dinheiro tiver, pode ser Papa.

A flor baixa se inculca por Tulipa;


Bengala hoje na mão, ontem garlopa:
Mais isento se mostra, o que mais chupa.

Para a tropa do trapo vazio a tripa,


E mais não digo, porque a Musa topa
Em apa, epa, ipa, opa, upa.
A OUTRA FREYRA, QUE SATYRIZANDO
A DELGADA FIZIONOMIA DO POETA
LHE CHAMOU PICAFLOR.

Se Pica-flor me chamais,
Pica-flor aceito ser,
mas resta agora saber,
se no nome, que me dais,
meteis a flor, que guardais
no passarinho melhor!
se me dais este favor,
sendo só de mim o Pica,
o mais vosso, claro fica,
que fico então Pica-flor.
POESIA RELIGIOSA
-A consciência do poder de Deus (o amor e o
temor a Deus)
-Reconhece seus erros, seus pecados
-Busca a salvação, o perdão
-A temática religiosa (questiona-se a
sinceridade do arrependimento)
A JESUS CRISTO NOSSO SENHOR

Pequei, Senhor; mas não porque hei pecado,


Da vossa alta clemência me despido:
Porque, quanto mais tenho delinquido,
Vos tenho a perdoar mais empenhado.

Se basta a vos irar tanto pecado,


A abradar-vos sobeja um só gemido:
Que a mesma culpa, que há ofendido,
Vos tem para o perdão lisonjeado.

Se uma ovelha perdida, e já cobrada


Glória tal e prazer tão repentino
Vos deu, como afirmais na sacra história:

Eu sou, Senhor, ovelha desgarrada;


Cobrai-a; e não queirais, pastor divino,
Perder na vossa ovelha a vossa glória.
Padre
Antônio Vieira
•Sermões (textos de caráter literário)
- Intenção moralizante
- De doutrinação (inspiração bíblica)
- De caráter religioso, teocêntrico
•A estrutura dos sermões:
- Introito ou exórdio: a introdução do tema
- Argumentação ou desenvolvimento: desenvolve o
tema e faz citações
- Peroração ou epílogo: chega a suas conclusões
Os recursos dos sermões
•argumentação sutil: segue o conceptismo
•sintaxe rebuscada: os exageros de figuras
•método parenético: estratégia do discurso,
provocar a necessidade e interesse dos fiéis
•erudição: linguagem culta
•observação constante do auditório: a
teatralidade, a dramatização da leitura dos
sermões
Sermão pelo bom sucesso das armas de Portugal contra as de
Holanda
Critica as invasões holandesas
Defende os preceitos católicos
Sermão da Sexagésima ou do Evangelho
Sermão metalinguístico
Questiona o pouco fruto da palavra de Deus (De que é a culpa?)
fiéis, palavra ou pregadores
Sermão do bom ladrão ou da audácia
Sermão de critica política
Reis, príncipes e administradores da colônia são os verdadeiros
ladrões
(ESA 2018) Leia:

Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado,


de vossa alta clemência me despido;
porque quanto mais tenho delinquido,
vos tenho a perdoar mais empenhado.

Gregório de Matos Guerra. Soneto. (fragmento)

Nessa estrofe, o eu lírico expressa uma construção de linguagem típica do


Barroco, conhecida como:

a) Conceptismo b) Gongorismo c) Cultismo d) Cubismo e) Maneirismo


(ESA 2018) Leia:

Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado,


de vossa alta clemência me despido;
porque quanto mais tenho delinquido,
vos tenho a perdoar mais empenhado.

Gregório de Matos Guerra. Soneto. (fragmento)

Nessa estrofe, o eu lírico expressa uma construção de linguagem típica do


Barroco, conhecida como:

a) Conceptismo b) Gongorismo c) Cultismo d) Cubismo e) Maneirismo


(EsPCEx 2000) Considerando as características das escolas
literárias no Brasil, pode-se afirmar que o(a)
a) Arcadismo abordou temas religiosos, revelando profunda angústia
existencial.
b) poesia romântica da 2ª fase apresentou exclusivamente uma
tendência nacionalista.
c) Barroco se destacou pelo jogo de palavras e raciocínio,
predominando a linguagem figurada.
d) Literatura Informativa tratava de textos escritos pelos jesuítas
sobre as facilidades de conversão dos índios.
e) simbolista não se preocupava com a forma e seus textos são mais
narrativos que poéticos.
(EsPCEx 2000) Considerando as características das escolas
literárias no Brasil, pode-se afirmar que o(a)
a) Arcadismo abordou temas religiosos, revelando profunda angústia
existencial.
b) poesia romântica da 2ª fase apresentou exclusivamente uma
tendência nacionalista.
c) Barroco se destacou pelo jogo de palavras e raciocínio,
predominando a linguagem figurada.
d) Literatura Informativa tratava de textos escritos pelos jesuítas
sobre as facilidades de conversão dos índios.
e) simbolista não se preocupava com a forma e seus textos são mais
narrativos que poéticos.
(ENEM 2018 - PPL)

Quantos há que os telhados têm vidrosos


E deixam de atirar sua pedrada,
De sua mesma telha receiosos.

Adeus, praia, adeus, ribeira,


De regatões tabaquista,
Que vende gato por lebre
Querendo enganar a vista.

Nenhum modo de desculpa


Tendes, que valer-vos possa:
Que se o cão entra na igreja,
É porque acha aberta a porta.

GUERRA, G. M. In: LIMA, R. T. Abecê de folclore. São Paulo: Martins Fontes, 2003
(fragmento)
Ao organizar as informações, no processo de construção do texto, o
autor estabelece sua intenção comunicativa. Nesse poema, Gregório de
Matos explora os ditados populares com o objetivo de

a) enumerar atitudes.
b) descrever costumes.
c) demonstrar sabedoria.
d) recomendar precaução.
e) criticar comportamentos.
Ao organizar as informações, no processo de construção do texto, o
autor estabelece sua intenção comunicativa. Nesse poema, Gregório de
Matos explora os ditados populares com o objetivo de

a) enumerar atitudes.
b) descrever costumes.
c) demonstrar sabedoria.
d) recomendar precaução.
e) criticar comportamentos.

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