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1.

ITER CRIMINIS

Forma do Aparecimento do Crime

Em princípio, os Crimes são tidos como tal quando sejam consumados. A parte especial do
Código se desdobra em caracterizar os comportamentos que se mostram ilícitos a luz de uma
conduta devidamente começada até a sua finalização.

Mas, na caracterização do tipo criminoso, se devem também ter em conta os actos que mediam o
mero pensamento da prática do acto criminal até a sua consumação. A esse conjunto de actos se
chama iter criminis.

Assim, o longo processo de que separa a fase do pensamento criminoso dos actos de execução,
inicia com o que juridicamente se tem designado por Nuda Cogitatio.

Iter criminis: é o conjunto de fases pelas quais passa o delito. Compõe-se das seguintes etapas:

 Nuda Cogitatio – pensamento criminoso

 Actos preparatório

 Tentativa

 Frustração

 Consumação

1.1. Nuda Cogitatio

Este é o primeiro estágio do iter criminis. Que em traços gerais cone no mero pensamento
criminoso. Antes do agente passar pela fase dos externos (que à luz do nosso sistema jurídico-
penal não são puníveis) passa necessariamente por passa necessariamente por um processo de
cogitação da sua vontade mesmo da melhor forma da qual vai levar avante as suas actividades
futuras.

Vários os autores se debruçam acerca da punibilidade Nuda Cogitatio (mero pensamento


criminoso) mas as conclusões foram na sua maioria pela não punibilidade desses actos.

1.2. Actos Preparatórios

São actos preparatórios, todos aqueles que estejam para além da Nuda Cogitatio, portanto
externos, mas que não constituem começo da tentativa ou dos actos de execução nos termos do
art.22
1.3. Tentativa

É a realização incompleta do comportamento típico de um determinado tipo de crime previsto na


lei. Em direito penal deve ser considerada tentativa a interrupção involuntária dos actos de
execução nos termos do art.17 e ss. o código penal.

1.4. Frustração

O Crime frustrado estava previsto nos termos do art.° 13 e a punição se encontra no art." 130
ambos da antiga lei penal (lei 35/2014). Nesta novo código penal o legislador já não trás o
conceito do crime frustrado, ficando a doutrina que considera crime frustrado, todo o acto em
que o agente com intenção de cometer um determinado crime (homicídio) pratica todos Os actos
conducentes (v. g. pancadas fortes nas zonas vitais: tiro na cabeça) ao alcance do resultado típico
(morte da vítima) mas que este não se verifica por circunstâncias alheias a vontade deste mesmo
agente (porque a vitima resistiu a bala na cabeça ou aos golpes contra ele desferidos).

1.5. Consumação/consumado

São consumados todas as actividades criminalmente censuráveis das quais todos os processos
prescritos na lei foram completados pelo agente sem ter havido qualquer interrupção no processo
de execução art16. Assim, salvo algumas excepções, O Código Penal, na sua parte especial, pune
por regra os crimes Consumados, portanto, praticados na sua forma perfeita no sentido da prática
de todos os actos conducentes ao alcance do resultado e que o resultado de facto se verifica.
Assim, serão considerados actos praticados na forma imperfeita os casos em que os actos
conducentes a verificação do crime são interrompidos involuntariamente.

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