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→ Conceito - Os princípios do Direito Administrativo servem como pilares que dão estrutura
e impõe limites aos poderes que auxiliam a atuação do Estado. A partir deles é possível que o
administrador analise e interprete cada caso concreto, o que lhe permite utilizar a aplicação
do princípio que melhor se adeque.
De acordo com Celso Antônio Bandeira de Mello a base e a caracterização do Direito
Administrativo é regido por dois princípios fundamentais, os quais ele denomina como
pedras de toque ou supraprincípios: a supremacia do interesse público e a indisponibilidade
do interesse público. Segundo ele, essa é a condição de existência do Direito Administrativo.
→ O que é o interesse público?
O interesse público é entendido como uma somatória, o conjunto de interesses
individuais dos cidadãos que resulta no interesse coletivo social, ou seja, a vontade da
maioria.
Este também pode ser caracterizado como primário: isso quando há a vontade do povo.
E secundário: quando há a vontade do Estado - enquanto pessoa jurídica -. Ambos devem
caminhar juntos, isto é, a vontade do povo deve ser, em regra, a vontade do Estado.
Entretanto, isso pode sofrer alterações caso a vontade do povo venha ferir o texto
constitucional, então, nesse caso, o interesse secundário poderá agir e intervir para que a
constituição continue sendo respeitada.
→ Princípios Pedra de Toque ou Supraprincípios:
A supremacia do interesse público, diz respeito à superioridade do interesse público
sobre o particular, ou seja, a administração precisa agir de maneira eficaz para representar os
interesses coletivos.
Esse princípio, por sua vez, não está positivado em lei, ele não aparece de forma
expressa na Constituição, contudo é possível, através de interpretação do texto
Constitucional, observar a existência dele. Para isso, é possível citar o Art. 5° da Constituição
Federal, em seu inciso XXIV onde fala sobre a desapropriação para uso público, ou seja,
nesse inciso é notório a supremacia do interesse coletivo sobre o privado. Nessa mesma
perspectiva, vale citar o inciso XXV também do art. 5° da CF, o qual defende o uso da
propriedade privada (assegurada ao proprietário indenização), caso haja perigo público.
Assim, ao longo do texto constitucional, é possível encontrar vários artigos que sobrepõem o
interesse coletivo ao privado através de interpretações.
Vale ressaltar, ainda, que esse princípio só poderá ser utilizado em favor do interesse
público, só será legítimo para alcançar e efetivar os interesses coletivos da sociedade.
Já o princípio da indisponibilidade do interesse público, diz respeito a limitação do
agente público. Quer dizer que o administrador pode atuar de maneira quase livre, contudo
não pode abrir mão do interesse coletivo em hipótese alguma. Atuar na defesa dos direitos
coletivos é uma obrigação do administrador, esse tem o dever de assegurar tudo o que é de
interesse público.
De acordo com o artigo 37° da Constituição Federal, existem alguns princípios
mínimos que precisam ser seguidos, são eles: Legalidade, Impessoalidade, Moralidade,
Publicidade e Eficiência (LIMPE). E além desses, há ainda outros demais princípios que
serão vistos ao longo do presente trabalho.
→ Princípio da eficiência - Vai tratar e dizer que a prestação de serviço deve ocorrer
perfeitamente e com um bom rendimento funcional, isto é, a administração deve se atentar
para que os serviços sejam bons e econômicos.
Diferente do que muitos imaginam, esse princípio não está totalmente ligado a
economia. É claro que a administração preza isso também, contudo além dessa característica
é indispensável pensar na qualidade do produto.
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