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DIREITOS ADMINISTRATIVO

1. O que se entende por bem de interesse público indisponíveis?


SÂO AQUELES QUE NÂO PODEM SER ALIENADOS. O administrador não goza de
livre disposição dos bens, quem é titular é o povo, ele é mero administrador
desses bens.

2. O que é o princípio da segurança jurídica no direito administrativo?


Visa assegurar a estabilidade das relações jurídicas, a interpretação deverá ser
feita a fatos futuros, não prejudicando o direito adquirido, ato jurídico perfeito e
coisa julgada.

3. Quais os elementos são insanáveis e não passíveis de convalidação?


São os elementos finalidade, motivo e objeto.

O FOCO se convalida = FORMA e COMPETENCIA


Tem natureza DISCRICIONARIA
E tem EFEITO RETROATIVO

4. Para a identificação da função administrativa, autores têm se valido de


critérios de três ordens, quais seriam?
Critério subjetivo, objetivo e critério formal.

5. Fale sobre cada um deles.


Critério subjetivo ou orgânico-avaliado a partir do sujeito/agente da função

Critério objetivo ou material-examina o conteúdo da atividade exercida

Critério formal-examina o regime jurídico aplicável.

6. Qual o conceito e função do direito administrativo?


Estudar a função administrativa, atividade administrativa exercida tipicamente
pelo Executivo e atipicamente pelos demais poderes, gestão do interesse público,
proteção e concretização dos direitos fundamentais dos indivíduos atuando mais
para o cidadão do que para o estado.

7. Qual o sentido objetivo da Administração Pública?


Corresponde à própria atividade administrativa exercida pelo Estado por seus
órgãos e agentes, caracterizando a função administrativa; é a gestão dos interesses
públicos executada pelo Estado.

8. Qual o sentido subjetivo da Administração Pública?


Corresponde ao conjunto de agentes, órgãos e pessoas jurídicas que possuem a
incumbência de executar as atividades administrativas.

9. Modernamente, entende-se que à Administração Pública cabe o exercício de


quais funções ou tarefas?
Poder de polícia, Serviço Público, atividades de fomento e de intervenção.
10. Quais são as fontes do direito administrativo?
Excelência, como fonte primária temos somente a lei. Como fonte secundária
teremos a doutrina, jurisprudência e costumes.

11. Quais são os sistemas de controle?


Modelo inglês de jurisdição una e modelo francês de contencioso administrativo.

12. Qual o sistema de controle adotado pelo Brasil?


Modelo inglês de jurisdição una: todas as causas são apreciadas pelo Poder
Judiciário, ainda que envolvam como parte a Administração Pública. É o modelo
adotado pelo Brasil, consubstanciado no art. 5º, XXXV, da Constituição Federal
(princípio da inafastabilidade da jurisdição). 5 Responsáveis pelo material: Daniel
Mena Barreto e Pauline Louise Mena Barreto
13. O que são as pedras de toque do Direito Administrativo?
São os alicerces, a base da disciplina administrativa como um todo, são a
supremacia do interesse público e a indisponibilidade do interesse público.

14. O que seria o interesse público primário e secundário?


Primário é a vontade do povo, são os anseios gerais da sociedade.

Secundário é definido pelos anseios do Estado considerado como pessoa jurídica,


interesses patrimoniais, aumentar a receita, diminuir os gastos, etc. POREM SÒ
SERÂO VALIDOS se forem em prol dos interesses PRIMARIOS.

15. Conceitue a Supremacia do Interesse Público.


Significa que o interesse da coletividade está acima de interesses particulares, que
o interesse público é maior e prevalecerá sobre o individual, e isso expressa
prerrogativas para a adm, tem relação com as prerrogativas do estado: presunção
de legitimidade, desapropriação, autoexecutoriedade e imperatividade.

Visa satisfazer o interesse público propriamente dito, concedendo à Administração


Pública algumas prerrogativas. Não está expresso na CF. Exemplos de aplicação:
atributos dos atos administrativos (presunção de legitimidade,
autoexecutoriedade e imperatividade), Poderes da Administração (poder de
polícia), contratos administrativos.

16. Conceitue a Indisponibilidade do interesse público.


Expressa que os administradores atuam representando o interesse da coletividade
e que não são donos do “interesse público”, são apenas gestores e não podem
dispor de algo que não lhe pertence, devem visar o interesse público sempre.

É consequência da própria supremacia do interesse público. O interesse público


não está à livre disposição do administrador, não há liberalidade. É um
contrapeso/limitação ao princípio da supremacia do interesse público. O
administrador exerce um encargo, uma obrigação, um múnus público e tem o
dever de bem servir, não pode comprometer o futuro da nação e criar entraves.
Exemplos de aplicação: é violação à indisponibilidade ao interesse público a fraude
à licitação, a fraude ao concurso público. O administrador não pode criar entraves,
obstáculos ao sucessor.

17. Quais são os princípios mínimos ou expressos da Administração Pública?


Conforme o artigo 37 da Constituição Federal é o princípio da legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

18. Cabe alguma exceção ao princípio da legalidade?


Excelência, é possível apontar três restrições excepcionais ao princípio da
legalidade: medida provisória, estado de defesa e estado de sítio.

19. Fale sobre cada princípio.


Legalidade- É a base do Estado Democrático de Direito e garante que todos os
conflitos serão solucionados pela lei.
O administrador pode fazer apenas o que a lei permite e o administrado tudo que
a lei não proíbe.
Impessoalidade- Dever de impessoalidade, igualdade e isonomia, vedando
discriminações, benefícios, favoritismos ou promoções pessoal e de propaganda,
trazendo relação com o princípio da finalidade, visando sempre o interesse
público. Obras e serviços devem ter caráter educativo, informativo ou orientação
social.

O administrador não pode buscar interesses próprios, pessoais. Para Celso


Antônio: “traduz a ideia de que a Administração tem que tratar a todos sem
discriminações, benéficas ou detrimentos, nem favoritismos nem perseguições são
toleráveis, simpatias ou animosidades pessoais, políticas ou ideológicas não podem
interferir na atividade administrativa”.

Moralidade- Traduz a ideia de honestidade, obediência a princípios éticos, boa-fé,


lealdade, boa administração, correção de atitudes. Sujeito a punição da lei de
improbidade administrativa, PRIS.
Trazendo também vedação ao nepotismo.

Publicidade- Os atos só começam a produzir efeitos a partir de sua publicidade.

O administrador exerce função pública em nome do povo, motivo pelo qual deve
dar ciência ao titular do direito (o povo) do que está ocorrendo.

São invioláveis a intimidade, a vida privada, a imagem, a honra garantindo


indenização moral e material. Exceção: informações sigilosas que envolvam a
segurança da sociedade.

Eficiência- Segundo esse princípio, o agente público deve se emprenhar em obter o


melhor resultado com o mínimo de recursos, agindo com presteza e rendimento
funcional.

20. Explique o que são extunc e exnunc?


Extunc retroage e o que foi feito não vale mais.

Exnunca não retroage e o que foi feito é valido.

21. Quais os remédios administrativos?


Direito de petição
Direito de certidão

22. A nomeação do cônjuge de prefeito para o cargo de Secretário Municipal por


se tratar de cargo público de natureza política caracteriza ato de improbidade
administrativa?
Não, excelência. Em regra, a proibição da SV 13 não se aplica para cargos públicos
de natureza política como por exemplo, Secretário Municipal. Assim, a
jurisprudência do STF, em regra, tem excepcionado a regra sumulada e garantido a
permanência de parentes de autoridades públicas em cargos políticos, sob o
fundamento de que tal prática não configura nepotismo.
23. No entendimento do STF, caracteriza nepotismo a nomeação de pessoa que
possui parente no órgão, quando este não tem influência hierárquica sobre a
nomeação?
Nesse caso, não caracteriza.

24. O que se entende por Transnepotismo?


Seria uma troca de favores “entre os poderes”, a migração de indivíduos não
concursados de um Poder para outro.

25. Qual a diferença de cargo em comissão e função de confiança?


Ambos servem para direção, chefia e assessoramento, porem cargo em comissão
pode ser exercido por qualquer pessoa, atendidas as condições mínimas, já a
função de confiança somente pode ser atribuída a quem detém cargo efetivo
(acréscimo de responsabilidade).

26. Conceitue o princípio da Proporcionalidade e da Razoabilidade.


A razoabilidade e proporcionalidade é a coerência, lógica, congruência, equilíbrio,
tendo sempre por base o padrão do homem médio. Ela proíbe os excessos, as
condutas insensatas. O administrador tem que agir com bom senso.

27. Conceitue o princípio do contraditório e da ampla defesa.


Estão previstos no art. 5º, LV, CF. Os processos administrativos e judiciais estão
sujeitos ao contraditório e à ampla defesa. Contraditório é ciência, conhecimento
da existência do processo, já a ampla defesa é a oportunidade da parte se
defender.

28. O que diz o princípio da continuidade.


O serviço público tem que ser prestado de forma ininterrupta.

29. Fale sobre o princípio da Autotutela.


A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os
tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada,
em todos os casos, a apreciação judicial.

30. Conceitue o princípio da Especialidade.


Quando as pessoas da administração direta forem criar as pessoas da
administração indireta, devem fazer através de lei, que irá tratar da sua finalidade
específica, que irá vincular as atividades da pessoa criada.

31. Princípio da intranscendência subjetiva das sanções.


O Princípio da Intranscendência Subjetiva das Sanções proíbe a aplicação de
sanções às administrações atuais por atos de gestão praticados por administrações
anteriores, ou seja, ele impede que a administração atual seja punida com a
restrição de recebimento de repasses de outras esferas, por exemplo.

32. Conceitue o princípio da segurança jurídica.


Fundamenta-se na previsibilidade dos atos administrativos e estabilização das
relações jurídicas. Limita a prática de atos pela Administração, tais como:
irretroatividade da lei, coisa julgada, respeito aos direitos adquiridos, respeito ao
ato jurídico perfeito, outorga de ampla defesa e contraditório aos acusados em
geral.

33. Como funciona o poder de controle da Administração Pública?


A Administração Pública, no exercício de suas funções, sujeita-se ao controle por
parte dos poderes LEGISLATIVO e JUDICIÁRIO, além de exercer, ela mesma, o
controle sobre os próprios atos através do princípio da AUTOTUTELA, a
administração tem o poder/dever de controlar seus próprios atos.

34. Como é realizado o controle interno?


É a própria Administração Pública, como dever-poder de autotutela, abrange
legalidade e mérito, atua sob as formas de fiscalização hierárquica, supervisão
ministerial e recursos administrativos.

35. Como é realizado o controle externo exercido pelo legislativo?


Controle político, tem a prerrogativa de sustar atos do poder executivo que
exorbitem o exercício do poder regulamentar.

Controle financeiro, compete a fiscalização contábil, orçamentaria e financeira da


adm publica, com auxílio do tribunal de contas.

O controle legislativo ou parlamentar é aquele exercido pelo Poder Legislativo


sobre os atos do Poder Executivo, a partir de critérios políticos ou financeiros e nos
limites fixados pelo texto constitucional.

Insere-se entre os mecanismos constitucionais de pesos e contrapesos pelos quais


cada Poder Orgânico do Estado recebe competência para interferir na ação dos
demais.

36. Como funciona o controle de legalidade realizado pelo Poder Judiciário?


Excelência, o controle de legalidade exercido pelo Poder Judiciário sobre os atos
administrativos diz respeito ao seu amplo aspecto de obediência aos postulados
formais e materiais presentes na Carta Magna, sem, contudo, adentrar o mérito
administrativo.

37. Qual o conceito de controle administrativo?


É a prerrogativa reconhecida à Administração Pública para fiscalizar e corrigir, a
partir dos critérios de legalidade ou de mérito, a sua própria atuação. Decorre do
poder de autotutela que permite à Administração Pública rever os próprios atos
quando ilegais, inoportunos ou inconvenientes (hierarquia).

38. É necessário esgotar os recursos possíveis no controle interno para depois


acionar o controle externo?
Segundo o modelo de jurisdição una ou inglês, não, por conta do princípio da
inafastabilidade de jurisdição.
39. O que é reversão ex-officio?
É o retorno do servidor quando:
Não tiverem motivos para manter aposentadoria por invalidez

40. O que é reversão?


Retorno do FB após ilegalidade na demissão.

41. O que é a Tutela Administrativa?


É o controle exercido pela Administração Direta sobre os atos praticados pelas
entidades que integram a Administração Indireta.

42. O que é a Autotutela?


É o controle administrativo interno, exercido por determinada entidade
administrativa sobre seus próprios órgãos. Nesse caso, o controle é justificado pela
HIERARQUIA ADMINISTRATIVA inerente à estruturação interna das pessoas
administrativas e, por essa razão, independe de previsão legal.

43. O que é o processo de accountability?


Trata-se de um termo da língua inglesa que pode ser traduzido como
responsabilidade com ética e remete à obrigação, à transparência, de membros de
um órgão administrativo ou representativo de prestar contas a instâncias
controladoras ou a seus representados.

44. A doutrina aponta três tipos de accountability, quais seriam?


Vertical: controle realizado pela população (através de referendo, plebiscito, voto,
ação popular); Horizontal: Sistemas de freios e contrapesos; Social (societal):
processo de controle não eleitoral, representa as diversas entidades sociais, como
associações.

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