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Universidade Federal do Amapá

Disciplina História do Brasil República


Professora: Maura
Discente: Francelson Martins do Carmo

Atividade 3 - Analise o golpe de 2016 conforme o texto do historiador Tiago Oliveira

MACAPÁ-AP
SETEMBRO, 2022
Universidade Federal do Amapá
Disciplina História do Brasil República
Professora: Maura
Discente: Francelson Martins do Carmo

Atividade 3 - Analise o golpe de 2016 conforme o texto do historiador


Tiago Oliveira

Trabalho apresentado a disciplina História do Brasil


República para obtenção de nota.

MACAPÁ-AP
SETEMBRO, 2022.
O autor se propõe a tecer argumentos a respeito dos eventos hitóricos (imediados)
que cuminaram no processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff no ano de 2016
que segundo visão do autor trata-se de um golpe de Estado, no sentido que muda uma
ordem institucional por via diversa da regra normal, sem as devidas formalidades como
eleições para escolha dos representantes da sociedade nos diversos cargos políticos.
Também procura analisar o aspécto dos eventos recentes sob o enfoque da pautas
neoliberais em voga na decada de 1990 cujas foram interrrumpidas ou retardadas por
governos ditos progressistas,os quais não rompem com o status co do modelo de auteridade
pregado pelo liberalismo econômico, que pregava o estado mínino, liberdade econômica e
redução de políticas sociais nos países periféricos como o caso brasileiro, no entanto,
provocam mudanças sensíveis ao tentar oportunizar melhorias das condições de vida da
classe trabalhadora por meio de políticas de caráter de assistência emergencial, concessão
de crédito facilitado e valorização real do salário mínimo e de seu poder de compra.
Para tentar esplanar sobre o aspecto dos eventos se constituirem num golpe de
Estado, o autor procure fazer uma definição de golpe conforme classificação que não se
restringe a tomado do poder pela força ou com uso de tropas militares, Álvaro Bianchi fez
um resumo da definição de golpe de Estado no transcurso da história a partir do século
XVII o conceito de golpe de estado relacionava-se conspirações contra os soberanos.
Com o surgimento dos Estados modernos, a conceituação definição é mais complexa,
com participação maior de agentes políticos, como assembleias nacionais e facções de
exércitos, e outros setores sociais.
Já a partir do século XX, golpes de Estado se relacionava a participação frequente
das Forças Armadas e por conta dessa lógica, o conceito se associava a tomada do poder
pelos militares. No entanto, essas características não limitam e conseguem explicar
fenômenos como o golpe de estado de 2016, haja vista, que muda uma ordem institucional
com participação de diversos agentes políticos como políticos, juízes do ministério
público, grande mídia e demais atores sociais envolvidos no momento histórico que
culminou no impeachment da presidente Dilma Rousseff no ano de 2016.
Nesse contexto, ações de grupos dentro do poder legislativo, poder judiciário e
ministério público federal, no âmbito da operação lavajato ganhou noteriedade por
escancarar e expor casos de corrupção associado aos governos do PT retroalimentada pela
grande mídia, principalmente, pelo império midiático da Globo, que inflamou a opinião
pública contra os governos petistas.
O autor destaca que a corrupção é histórica e permia quase todos os governos
anteriores do PT com participação de quase todas as legendas partidárias, só que o enfoque
recaiu sobre o PT numa construção de uma narrativa de demoninazação desse partido
política. Assim, a seletividade foi intencional e foi uma articulação para minar a base do
governo da Presidente Dilma Rousseff, com objetivo de fragilizar a governabilidade ainda
que o processo do impeachment não se relacionasse com as ações da operação Lavajato
restringia a operações contábeis conhecidas como “pedaladas fiscais”, prática costumeira de
vários governantes do país para adequar os gastos com o orçamento.
Assim, a síntese do golpe se resumia:
“E este é, em síntese, o propósito do golpe de 2016 e de sua natureza de classe:
aplicar essas contrarreformas que beneficiam diretamente o grande capital em
detrimento dos trabalhadores. É difícil conceber que uma agenda assim pudesse
ter sido aprovada por via eleitoral. Daí o golpe”. pp28

Segundo o autor, o processo que cuminou no impeachment de Dilma Rousseff está


associada a pautas neoliberalismo, que esteve em voga na década de 1990, mas que foi
retardada com a eleição de governos progressistas conhecidos como estado de bem estar
social ao implimentar politicas sociais que tivceram impactos sensiveis na vida das classes
sociais menos favorecidas, ou seja, o processo de impeachment está inserido no contexto
de ações de contrareformas contra os trabalhadores e benéficas ao mercado financeiro
mundial.
A cartilha neoliberal exigia governos comprometidos com as pautas com as esta
perspectiva e pelas agências financeiras internacionais, que via de regra, impuseram a
política econômica e social como contenção dos gastos públicos, redução das funções do
Estado com finalidade do estado mínimo que teve como consequência o aumento radical
das desigualdades sociais e empobrecimento das classes trabalhadoras.
Logo após do impeachment o governo Temer tem como prioridade as reformas
liberais como a reforma previdenciária e trabalhista, ditas como “necessárias” para a
modernização do capitalismo brasileiro que tinha uma influência muito forte nas relações
de trabalho por parte do governo e essa interferência não agradava o mercado especulativo
financeiro mundial e um entrave ao “desenvolvimento” econômico do país.
Em suma, o processo impeachment de Dilma Rousseff está estritamente relacionado
as contrareformas liberais do século XX e XXI num contexto de uma agenda global
imposta pelas grandes potênciais mundiais encabeçadas pelo império norte americano, os
quais exigem pautas voltadas a redução de interferência do estado no mercado financeiro e
também nas relações sociais com redução de participação nas politicas sociais afirmativas.

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