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Interesse público e a sua realização

Aquela pretensão que a lei ( artigo 112º da CRP) ( " norma jurídica superior") define
como necessidade fundamental da comunidade e cuja realização é atribuída ao
Estado- Administrativo: Vieira de Andrade - definição importante.
Esta é a razão e o fundamento da existência da AP.

PRIVADOS COM PREVILÉGIO DE DIREITO PÚBLICO, exemplo: brisa das


autoestradas.

Atos materialmente administrativos

Código dos contratos públicos ( +20 revisões )


A atividade administrativa concretiza-se através de atos administrativos, normas
jurídicas gerais e abstratas- regulamentos administrativos e ainda com instrumentos
consensuais - contratos administrativos.
Entidades adjudicantes: quem pode fazer contratos públicos.

Desenvolvimento do interesse público


A AP só pode agir conforme o interesse público, sendo esse interesse o início, meio e
fim do IP.

Os privados podem participar na consagração do interesse público.

Concessão em DP, significa que

AA ou contrato mediante o qual o EA ( estado ad) vai permitir a um privado o


desenvolvimento de uma atividade ou a exploração de um bem de titularidade
pública, por sua conta e risco e sujeitos ao ditames ( condicionamentos) impostos
pelo interesse público. Concessão há atividade ou bem público que continuam no
domínio público.

O Domínio publico não pode nunca deixar de ser público. Exemplo: jardins de Braga.
Propriedade de bem ou atividade que não pode deixar de ser pública. Contudo, o bem
ou atividade pode ser concessionado ( segundo a lei).

Entende-se que a atividade fica melhor aos privados, desde que obedeçam a
condições impostas.

Interesse público:
Primário- corresponde aos grandes anseios de uma comunidade, que são tão grandes
(em tamanho e essencialidade- são abrangentes ( paz ( última Guerra Civil
1828 - Absolutistas vs Liberais, desembarcaram em Matosinhos os Liberais; a
paz também se relaciona com as taxas de criminalidade e por isso, a segurança
pública é fundamental) , bem comum,...) Estes anseios têm de ser
segmentados. Direito público é filho do Princípio da Legalidade. A lei define o
interesse primário; É o poder legislativo que faz a segmentação e que atribui
Às pessoas coletivas o interesse secundário
Secundário- É aquilo a que chamamos de atribuições dadas por lei às pessoas
coletivas públicas e privadas. As entidades só podem realizar atos conforme a
lei prescreve. Toda e qualquer atividade que uma entidade prossiga sem constar
das suas atribuições, é nula. As suas atribuições estão presentes na lei.

Primário: anseios: paz, tranquilidade púb, saúdem desenvolvimento económico,


ambiente ( Artigo 9º)- vasto e denso de tal modo que é impossível de levar a cabo. A
lei segmenta estes anseios e entrega-os a entidades pubs ou priv como forma de
atribuições.

Atribuições: fins de interesse pub secundário dados por lei às pessoas coletivas
publicas ou privadas que integram o EA ( estado administrativo). A partir do
momento em que a lei dá atribuições à pessoa coletivas esta, só pode agir conforme
essas atribuições com pena de nulidade.

As Atribuições são poderes das pessoas coletivas públicas e privadas


As competências pertencem a órgãos das pessoas coletivas que pertencem ao Estado
Administrativo.

Princípios Constitucionais- Artigo 267º da CRP.


Todas as normas que fazem parte da administração têm de ser conformes aos
Princípios que incidem sobre o sistema.

Os princípios traduzem ideias que são mais sedimentados e permanentes no tempo.


Os princípios tendem a permanecer no tempo, contrariamente às normas que variam
mais regularmente.

Alguns princípios dizem respeito à estruturação e ainda " dão um pezinho" na


Administração.

1º Alguns princípios da Administração não constam na CRP ( nomeadamente


administração digital)
2º Os próprios princípios, que tendem a permanecer no tempo, também mudam.

A administração será estruturada de modo a evitar a burocratização.

Artigo 267º CRP- (Estrutura da Administração)


1. A Administração Pública será estruturada de modo a evitar a burocratização, a
aproximar os serviços das populações e a assegurar a participação dos interessados na
sua gestão efectiva, designadamente por intermédio de associações públicas,
organizações de moradores e outras formas de representação democrática.
2. Para efeito do disposto no número anterior, a lei estabelecerá adequadas formas de
descentralização e desconcentração administrativas, sem prejuízo da necessária
eficácia e unidade de acção da Administração e dos poderes de direcção,
superintendência e tutela dos órgãos competentes.
3. A lei pode criar entidades administrativas independentes.
4. As associações públicas só podem ser constituídas para a satisfação de
necessidades específicas, não podem exercer funções próprias das associações
sindicais e têm organização interna baseada no respeito dos direitos dos seus
membros e na formação democrática dos seus órgãos.
5. O processamento da actividade administrativa será objecto de lei especial, que
assegurará a racionalização dos meios a utilizar pelos serviços e a participação dos
cidadãos na formação das decisões ou deliberações que lhes disserem respeito.
6. As entidades privadas que exerçam poderes públicos podem ser sujeitas, nos
termos da lei, a fiscalização administrativa.

Occasio legis: É a ocasião da lei, isto é, entender o conjunto de circunstâncias que


foram determinantes para a formatação daquela norma jurídica é imprescindível.
Exemplo: para uma boa compreensão da legislação covid, é necessário entender em
que consistia a covid.

Há entidades administrativas mais próximas e mais longes do Gov. Há ainda


entidades independentes do Gov.

Decisões: emanações de órgão singular


Deliberações: decisões de um órgão coletivo

Princípios da organização administração


Desburocratização- antigo "aproximação "
Aproximação dos serviços às populações
Participação dos interessados na gestão efetiva dos serviços públicos
Subsidiariedade
Desconcentração administrativa
Descentralização admnistrativa
Unidade de ação administrativa + Princípio da Imparcialidade
A administração burocratizada é morosa, dispendiosa . O inimigo da
desburocratização é a enorme quantidade de passos.

Astérix e os 12 Trabalhos
Impressão do CPA ( código do procedimento administrativo)

A burocracia continua, nos dias de hoje, na Administração.

Devem evitar-se passos administrativos inúteis e redundantes.


A organização deve ser relizada não apenas pela ótica da AP mas também pela
perspetiva do administrado.

Administração Europeia: mais demorada, mais dispendiosa (estudo ... Sousa) ; Peru,
Egito e Canadá
Exemplo:
Compra de terreno, registo do terreno, licença de construção, licença de
habitabilidade
Canadá- 6 meses
Egito- 20 anos

Tinha-se a ideia de que: Quanto menor a distância, mais rápida a decisão.


Lei de Bronze das decisões públicas: Regra Geral
A decisão pública tende a decidir melhor sobre os problemas que estão de si mais
próximos. As decisões tendem a favorecer os lugares geográficos mais próximos do
julgador.

• O princípio da aproximação dos serviços às populações esteve ligado à


Desconcentração:
Hoje não significa a menor distância geográfica entre os serviços e os administrados.
Relaciona-se também com:
• O Princípio da Administração Eletrónica- A relação entre AP e administrado é
feita por dispositivos eletrónicos
• O Princípio da Administração Aberta
• Sobretudo com a Administração Digital- acesso eletrónico do cidadão- A
decisão também é tomada pela AP e recebida de forma eletrónica.
A Administração Digital está, de certo modo, a retomar com a burocracia ( exemplo:
contrato público). O relacionamento com a AP era difícil a uns anos atrás dada as
elevadas taxas de analfabetismo. Hoje em dia, com a enorme quantidade de
plataformas digitais, retoma a dificuldade de acesso à AP, devida à iliteracia digital.
Se a maioria da população é analfabeta digital, significa que há cidadãos mais aptos
para lidar com a AP do que outros.
LADA- Lei do Acesso aos Documentos Administrativos- os interessados tem direito
a saber informações salvo excecções previstas na lei ( os segredos reconhecidos na
Lei).

O Princípio da Colaboração entre administrados e a AP.

A administração da autoridade é a que se preocupa com o interesse pub. Enquanto


cidadão tenho o dever de colaborar com a Adm, tal como a Adm tem o dever de
colaborar comigo.
Compliance há uma autoverificação da legalidade e do mérito dos procedimentos.

• Subsidiariedade é uma lógica ( nasceu na Escolástica Medieval) que se aplica


às situações em que existem poderes comuns de várias entidades- quem atua e
quando?
• A intervenção deverá permanecer prioritariamente à entidade que se encontra
mais próxima do problema- apenas quando esta já não estiver em condições
para atuar é que a entidade superior passa a ser competente.
• E assim sucessivamente na estrutura da AP.

Desconcentração- Existe quando o poder de decisão ( embora pertença a uma


entidade) é transmitida para outras no sentido de aproximar a AP ao cidadão. Esse
processo designa-se por delegação de poderes e consubstancia-se pela relação entre
órgão delegante e órgão delegado.

Território de competência administrativo- circunscrição.


Território do Gov- Portugal; Território Municipal- Município.

Problema da desconcentração- perfusão de erros.


A descentralização é diferente de desconcentração.

Desconcentração- o órgão empresta o seu poder, atribui a sua competência a outrem


mediante regras. A empresta a B
Descentralização- o órgão transmite o seu poder de decidir e, desse modo, deixa de o
deter. Aliena/ Transpassa o seu poder. A dá a B.

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