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DIREITO ADMINISTRATIVO

Conceito e Objetivo do Direito Administrativo


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CONCEITO E OBJETIVO DO DIREITO ADMINISTRATIVO

O Direito Administrativo está presente em provas de concurso público devido à importân-


cia que tem no dia a dia, pois aborda questões a respeito de situações corriqueiras, como
situação funcional, multas de trânsito, INSS, dentre outros assuntos comuns a todo e qual-
quer indivíduo.
Quando se fala de qualquer ciência, é preciso entender primeiramente o objetivo dela,
para que serve. Dessa maneira, aqui serão abordados alguns conceitos do Direito Admi-
nistrativo.
De acordo com Hely Lopes Meirelles:

Direito Administrativo é o conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem os órgãos, os


agentes e as atividades públicas tendentes a realizar, concreta, direta e imediatamente, os fins
desejados pelo Estado. (Hely Lopes Meirelles)

Aqui vale a observação de que Direito Administrativo é um conjunto harmônico de princí-


pios jurídicos que regem os órgãos públicos, e, quando se fala em “órgãos”, deve-se pensar
em sentido amplo, englobando as entidades que fazem parte da Administração Indireta.
Para o professor Hely Lopes Meirelles, o Direito Administrativo é um conjunto harmô-
nico de princípios jurídicos, um conjunto de princípios e regras que regem os órgãos – em
sentido lato – sem esquecer das entidades que integram a Administração Pública Indireta,
as autarquias, fundações e empresas públicas, sociedades de economia mista e as ativida-
des administrativas tendentes a realizar concreta, direta e imediatamente os fins desejados
pelo Estado.

ATENÇÃO
Para fins de prova de concurso, é importante lembrar qual é o objeto de estudo do Direito
Administrativo. No Direito Administrativo, estuda-se os órgãos e as entidades, bem como
os agentes públicos e as atividades administrativas praticadas pelo Estado, abordando
também a prática de serviço público, polícia administrativa, fomento e intervenção.

É importante ainda salientar que o Direito Administrativo, por vezes, perpassa o meio em
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que é desenvolvido e pode estar presente em outros ramos do direito, trabalhado por outros
ANOTAÇÕES

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poderes, tratando-se de atos atípicos praticados pelo Poder Legislativo e pelo Poder Judiciá-
rio, tomando como exemplo a ação do Poder Judiciário quanto à contratação de servidor ou
quando o Poder Legislativo faz licitação para contratar.
Já na visão da professora Di Pietro, tem-se por conceito:

O ramo do direito público que tem por objeto os órgãos, agentes e pessoas jurídicas administra-
tivas que integram a Administração Pública, a atividade jurídica não contenciosa que exerce e os
bens e meios de que se utiliza para a consecução de seus fins, de natureza pública. (Di Pietro)

Lembrando que, quando se fala em Direito Público, deve-se lembrar das prerrogativas da
Administração Pública em relação ao particular, que é uma relação vertical. Percebe-se que
as normas de Direito Público geram um certo privilégio para a Administração Pública.
Quanto ao objeto de estudo, vale lembrar que são:
• órgãos públicos;
• agentes públicos;
• pessoas jurídicas administrativas – temos como exemplos de pessoas jurídicas admi-
nistrativas: a autarquia (INSS, IBAMA), fundação pública (CESPE), empresa pública
(CEF) e sociedade de economia mista (BANCO DO BRASIL, PETROBRAS).

Quanto à atividade jurídica:


• Atividade Jurídica Contenciosa: gera coisa julgada. São as atividades realizadas pelo
Poder Judiciário. São matérias as quais não cabem mais recursos, o último dizer
do direito.
• Atividade Jurídica não Contenciosa: não é definitiva, é uma atividade que não gera
coisa julgada, não é definitiva, porque o interessado pode recorrer a outros poderes,
como, por exemplo, a decisão de um recurso de multa, o processo administrativo dis-
ciplinar, entre outros.

Trata-se de um julgamento meramente administrativo, cabendo recurso.


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Ainda a respeito dos conceitos, segue o apresentado por Marçal Justen Filho:

É o conjunto das normas jurídicas que disciplinam a função administrativa do Estado e a organiza-
ção e o funcionamento dos sujeitos e órgãos encarregados de seu desempenho. (Marçal Justen
Filho)

Vale lembrar que, quando se fala em normas, pode-se também entender princípios.
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Para finalizar, o objeto de estudo do Direito Administrativo é um conjunto de normas e


princípios que regem os agentes públicos, os órgãos e as entidades, além das atividades
administrativas praticadas pelo Estado.

CARACTERÍSTICAS DO DIREITO ADMINISTRATIVO

• A natureza de Direito Público;


• O complexo de princípios e normas: existem vários princípios e normas que regula-
mentam o Direito Administrativo; por exemplo, aqueles princípios expressos na Consti-
tuição Federal, no artigo 37, que tratam do princípio da legalidade, princípio da impes-
soalidade, princípio da publicidade, da moralidade e da eficiência. São princípios que
regem toda atividade administrativa e também regem um conjunto de normas.

São várias as leis que regulamentam a matéria do Direito Administrativo, tomando-se


como exemplo, no âmbito Federal, a Lei n. 8112/1990 – Estatuto dos Servidores Públicos
Federais, também a Lei n. 9784/1991, Lei de Processo Administrativo Federal, ou então a Lei
do Serviço Público (Lei n. 8987/1995). Essas leis são de extrema importância, pois o Direito
Administrativo não é codificado, ou seja, não há um código específico, mas sim um apanhado
de leis esparsas que formam um conjunto de normas, um conjunto de leis, doutrinas e juris-
prudências.
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• A função administrativa: órgãos, agentes e pessoas da Administração (entidades).

DIRETO DO CONCURSO
1. (CESPE/STJ/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2015) Conceitualmente, é correto considerar que o
Direito Administrativo abarca um conjunto de normas jurídicas de Direito Público que dis-
ciplina as atividades administrativas necessárias à realização dos direitos fundamentais
da coletividade.

REGIME JURÍDICO-ADMINISTRATIVO

O regime jurídico-administrativo representa um conjunto de princípios que colocam a


Administração Pública em uma posição de supremacia, em posição privilegiada. No Direito
Civil, na relação entre os particulares, não há qualquer tipo de hierarquia – a atividade é hori-
zontal. Se um indivíduo compra um carro, está em igualdade em relação ao outro indivíduo.
Já quando o Estado faz uma contratação ou quando o Estado compra alguns veículos, nessa

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relação contratual – como é regida pelo Direito Público –, o Estado vai ter certa supremacia
em relação àquele particular que assinou o contrato administrativo. Dessa forma, o regime
jurídico representa um conjunto de normas, um conjunto de princípios que colocam a Admi-
nistração Pública numa posição de supremacia.
O professor Celso Antônio Bandeira de Mello, muito importante para o Direito Administra-
tivo, discorre sobre os Princípios Pedras de Toque, que são os princípios quiçá mais impor-
tantes que formam este regime jurídico administrativo. Para o autor, todos os demais princí-
pios decorrem destes.
Para o autor, estes são considerados super ou supraprincípios.
São princípios Pedras de Toque:
• Princípio da Supremacia do Interesse Público: são prerrogativas, direitos da Admi-
nistração Pública. O administrador, quando for julgar ou decidir, deverá sempre aten-
der ao interesse público, sem atender a interesses pessoais ou então beneficiar ou
prejudicar alguém de maneira indevida.
O Princípio da Supremacia gera direitos à Administração Pública, como, por exemplo,
a possibilidade de interditar estabelecimento comercial, aplicar uma multa, derrubar
uma obra que está sendo construída de maneira irregular, entre outros.
• Princípio da indisponibilidade do interesse público: representa sujeições, obriga-
ções ou mesmo restrições para Administração Pública.
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A coisa pública não está disponível, o agente público não pode dispor de direitos da cole-
tividade nem de bens. O recurso público não é particular, sendo indisponível na supremacia
das prerrogativas.
O Princípio da Indisponibilidade do Interesse Público trata de sujeições, obrigações, res-
trições para Administração Pública. Tomando o exemplo de quando Administração Pública
for contratar pessoal, havendo sempre a necessidade de concurso público: o administrador
fica sujeito à realização de concurso para contratar uma obra, um objeto, um serviço, tendo
que licitar sempre.
Também a fiscalização do Tribunal de Contas representa uma sujeição da Administra-
ção Pública.
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DIRETO DO CONCURSO
2. (IBFC/EMDEC/ADVOGADO/2019) Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro (2018), “a ex-
pressão regime jurídico administrativo é reservada tão somente para abranger o conjunto
de traços, de conotações, que tipificam o Direito Administrativo, colocando a Administra-
ção Pública numa posição privilegiada, vertical, na relação jurídico administrativa.” Sobre
o assunto, analise as afirmativas abaixo e dê valores de Verdadeiro (V) ou Falso (F).
 (  ) Para assegurar-se a autoridade da Administração Pública, necessária à consecu-
ção de seus fins, são outorgados prerrogativas e privilégios que lhe permitem asse-
gurar a supremacia do interesse público sobre o particular.
 (  ) São exemplos de restrições aplicáveis à Administração Pública a imunidade tribu-
tária, prazos dilatados em juízo, juízo privativo, processo especial de execução,
presunção de veracidade de seus atos.
 (  ) São exemplos de prerrogativas ou privilégios da Administração Pública a autoexe-
cutoriedade, a autotutela, o poder de expropriar, o de requisitar bens e serviços,
o de ocupar temporariamente o imóvel alheio, o de instituir servidão, o de aplicar
sanções administrativas.
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Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.


a. V, V, V
b. V, F, V
c. F, F, V
d. F, V, F

COMENTÁRIO
A primeira afirmativa trata sobre a supremacia do interesse público sobre o particular, em
que a Administração Pública tem essa prerrogativa.
A segunda afirmativa versa sobre restrições, o que remete ao Princípio da Indisponibilidade
do interesse público.
Não são exemplos de restrições aplicáveis à Administração Pública a imunidade tributária,
pois isso se trata de um privilégio, o que representa o princípio da supremacia da
Administração Pública. Também é tratado na afirmativa que haverá prazo processual em
dobro para o Estado e a Fazenda Pública, quando estas praticarem ato processual. Será
sempre prazo em dobro para recorrer e prazo em dobro para contestar.
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Na última afirmativa, fala-se de autoexecutoriedade, que é colocar em prática os próprios


atos, sem pedir autorização para o poder judiciário.
A autotutela é a possibilidade de anular, revogar um ato administrativo, o poder de expropriar.
Toma-se como, por exemplo, o ato da Administração Pública fazer uma desapropriação.
Trata-se de privilégio e tem como base o princípio da supremacia de requisitar bens e
serviços, de ocupar temporariamente o imóvel alheio, por exemplo, se um prédio corre o
risco de desabamento, a Administração Pública utiliza-se do lote ao lado para fazer uma
escora. Essa também é uma forma de prerrogativa da administração utilizar o bem privado.
É preciso sempre lembrar das prerrogativas da Administração Pública e das sujeições. A
Administração fica sujeita à lei, fica sujeita aos princípios, à fiscalização do Tribunal de
Contas, à realização de concurso, de procedimento licitatório. São várias as obrigações e
também vários privilégios.

30m
3. (QUADRIX/CRO-AM/ADMINISTRADOR/2019) É inaceitável que o Estado possua poderes
administrativos como prerrogativas de direito público, sendo correto que as prerrogativas
do Estado sejam de direito privado para que não ocorra desigualdade entre os cidadãos
e o Poder Estatal.

COMENTÁRIO
O Estado pode possuir poderes administrativos como prerrogativas de Direito Público.
As prerrogativas do Estado são baseadas no Direito Público e não no Direito Privado.
Além disso, não pode haver igualdade no Direito Público, pois, para a Administração
desempenhar suas funções, há de ter essas desigualdades. Se a Administração fosse
igual ao particular, não seria possível vários trabalhos, como, por exemplo, interditar um
estabelecimento por falta de higiene. O Estado deve ficar na posição de supremacia.

4. (CESPE/MPE-PI/ANALISTA/2018) Conforme o regime jurídico administrativo, apesar de


assegurada a supremacia do interesse público sobre o privado, à Administração Pública
é vedado ter privilégios não concedidos a particulares.
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COMENTÁRIO
Aqui se fala do princípio trabalhado anteriormente, porém a norma versa que a Administração
tem um privilégio, um direito que não é concedido ao particular. Trata-se de um direito
público, que justamente concede direitos a mais ao Poder Público, à Administração. Se
não houvesse esses privilégios, não haveria como a Administração defender o interesse
público.

5. (COMPERVE/TJ-RN/JUIZ/2018) Celso Antônio Bandeira de Mello, em artigo científico da-


tado da década de 60, discorre sobre a supremacia do interesse público sobre o privado
e sobre a indisponibilidade do interesse público de modo a denominá-las como Pedras
de Toque do Direito Administrativo. Extremamente relevantes para a sistematicidade e a
unidade do direito administrativo brasileiro, as Pedras de Toque em questão:
a. São hoje alvos de inúmeras críticas e já têm sido substituídas, no dia a dia, pela aplica-
ção da proporcionalidade, de modo que perderam o seu protagonismo prático, apenas
mantendo importância no universo teórico.
b. Estão previstas expressamente no texto constitucional de 1988 e servem de matriz
para o nascimento de inúmeros outros princípios do direito administrativo.
c. Não são hoje alvos de críticas e dão base para o surgimento de inúmeros outros prin-
cípios do direito administrativo.
d. Não estão previstas expressamente no texto constitucional de 1988 e são percebidas
como bases fundantes de inúmeros dispositivos constitucionais, a exemplo dos que
tratam do tema da desapropriação.

COMENTÁRIO
A alternativa A apresenta os princípios de Pedra de toque, que são respeitados até hoje.
Não há um princípio mais importante que outro, porém fundamentam, dão origem aos
demais princípios, sendo considerados super ou supra princípios.
35m
Na alternativa B, os princípios expressos na Constituição Federal são os seguintes:
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. São eles que constam
no artigo 37.
Já a alternativa C apresenta uma assertiva, pois é exatamente o que se tem sobre os
princípios de Pedras de Toque, porém, ainda são alvos de críticas.
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Os Princípios de Pedras de Toque não estão previstos expressamente no texto constitucional


de 1988 e são percebidos como base fundamental de dispositivos constitucionais, a
exemplo dos que tratam do tema da desapropriação. A desapropriação é uma atividade
vertical.

6. (FAPEMS/PC-MS/DELEGADO DE POLÍCIA/2017) De acordo com o texto a seguir, o direi-


to público tem como objetivo primordial o atendimento ao bem-estar coletivo.
[...] em primeiro lugar, as normas de direito público, embora protejam reflexamente o
interesse individual, têm o objetivo primordial de atender ao interesse público, ao bem-
-estar coletivo. Além disso, pode-se dizer que o direito público somente começou a se
desenvolver quando, depois de superados o primado do Direito Civil (que durou muitos
séculos) e o individualismo que tomou conta dos vários setores da ciência, inclusive a do
Direito, substituiu-se a ideia do homem como fim único do direito (própria do individualis-
mo) pelo princípio que hoje serve de fundamento para todo o direito público e que vincula
a Administração em todas as suas decisões [...].
Dl PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 30. ed. São Paulo: Atlas, 2017, p. 96.
40m

Diante disso, as "pedras de toque" do regime jurídico-administrativo são:


a. A supremacia do interesse público sobre o interesse privado e a impessoalidade do
interesse público.
b. A supremacia do interesse público sobre o interesse privado e a indisponibilidade do
interesse público.
c. A indisponibilidade do interesse público e o princípio da legalidade.
d. A supremacia da ordem pública e o princípio da legalidade.
e. A supremacia do interesse público e o interesse privado e o princípio da legalidade.

COMENTÁRIO
Esta questão tem um texto introdutório extenso, o que não significa que se trata de uma
questão difícil, pois quem planeja questão quer valorizar o trabalho e, por vezes, cansar o
candidato.
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7. (VUNESP/PREFEITURA DE POÁ-SP/PROCURADOR/2019) O interesse público pode ser


classificado em primário e secundário, sendo correto afirmar que:
a. O interesse público secundário pode ser compreendido como o interesse da coletivi-
dade.
b. Quando a Administração invocar o interesse público primário, este tem que ter como
finalidade atingir o interesse público secundário, ou seja, aquele sempre deve ser ins-
trumental para atingir este.
c. O interesse público primário decorre do fato de que o Estado também é uma pessoa
jurídica que pode ter interesses próprios, particulares.
d. O interesse público primário tem cunho patrimonial.
e. O interesse público primário é o verdadeiro interesse a que se destina a Administração
Pública, pois este alcança o interesse da coletividade e possui supremacia sobre o
particular.

COMENTÁRIO
A questão fala do interesse público, que este pode ser classificado em primário e secundário.
Há uma distinção que deve ser feita. O princípio da supremacia do interesse público é
classificado como interesse primário e interesse secundário.
O interesse primário representa as necessidades da sociedade, e o interesse secundário
é a vontade da Administração como pessoa jurídica. Aqui devemos lembrar de "interesse
patrimonial do Estado", ou seja, um benefício para o Estado.
Há o princípio da supremacia do interesse público: parte da doutrina trata do interesse
primário do Estado e o interesse secundário. Há de considerar-se que o interesse primário
se sobrepõe ao secundário, pois são mais importantes as necessidades da coletividade.
Quando o Estado pratica uma ação para proteger a coletividade, pratica-se o interesse
primário, porém, por vezes, o Estado pratica atos para proteger o seu próprio interesse,
sendo aí um interesse secundário, pois há o interesse do Estado como uma máquina
estatal, como uma pessoa jurídica.
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8. (CESPE/PREFEITURA DE FORTALEZA/PROCURADOR/2017) Acerca do direito adminis-


trativo, julgue o item que se segue:
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A possibilidade de realização de obras para a passagem de cabos de energia elétrica


sobre uma propriedade privada, a fim de beneficiar determinado bairro, expressa a con-
cepção do regime jurídico-administrativo, o qual dá prerrogativas à administração para
agir em prol da coletividade, ainda que contra os direitos individuais.

COMENTÁRIO
Aqui se fala da supremacia da Administração, pois a servidão é obrigatória, e o particular
tem que aceitar para atender à coletividade. Trata-se do interesse primário, pois, pelas
prerrogativas, a Administração pode agir em prol da coletividade, ainda que contra os
direitos individuais.

GABARITO
1. C
2. b
3. E
4. E
5. d
6. b
7. e
8. C

��������������������������������������������������������������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Rodrigo Cardoso.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.

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