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AULA 1 - ESTADO, GOVERNO E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


1.1 ESTADO
1.1.1. CONCEITO
Direito administrativo é um ramo do Direito Público. Quando se fala em Direito Público
estamos falando de um conjunto de normas (Direito = normas, leis) que rege relações
onde o Estado está presente. Assim, o Direito Administrativo é um conjunto de normas
que rege relações em que o Estado está presente. E quando se fala em Estado, estamos
nos referindo ao país, ao Estado Brasileiro. Logo, o Direito Administrativo é um conjunto
de normas que envolve a figura do Estado, do país.
Assim, podemos conceituar Estado (um país) como sendo uma sociedade organizada po-
lítica e juridicamente. Todo Estado é uma sociedade organizada. A função do Estado é or-
ganizar a visa em sociedade. Perceba que tudo que as pessoas fazem ou deixam de fazer
é definido pelo Estado. A título de exemplo, o Estado determina que para dirigir temos
que ter uma Carteira de Habilitação emitida por ele, onde ele apura se a pessoa está apta
ou não para dirigir.
Dessa forma, é necessário entender que todo Estado é uma sociedade organizada. To-
davia, essa organização deve se dar de duas formas: política e juridicamente. Logo, todo
Estado é uma sociedade (conjunto de pessoas) organizada política e juridicamente. Polí-
tico é sinônimo de “poder” e jurídico é sinônimo de “lei”. Logo, Estado é uma sociedade
organizada, onde alguém exerce o poder, mas exerce de acordo com a lei.

1.1.2 ELEMENTOS DO ESTADO


O Estado possui três elementos na sua formação: povo, território e governo soberano.

TOME NOTA: O povo é o elemento humano de um Estado. É um grupo de pessoas que


mantém um vínculo jurídico-político com o Estado, se tornando parte deste; são os nacionais
de um Estado.
O território é a base física onde o Estado exerce a sua jurisdição, a sua soberania sobre bens
e pessoas.
E governo soberano é a expressão de comando e condução do Estado. O governo é
responsável pelo planejamento, fixação de metas e objetivos a serem alcançados pelo Estado.

DICA DE PROVA: Não confunda o conceito de povo, população e cidadão. Como já vimos,
povo é o conjunto de nacionais de uma Estado. No caso do Brasil, são os brasileiros natos
e naturalizados.
População é um conceito demográfico, de quantidade de pessoas. Assim, quem quer que
se encontre no território brasileiro, faz parte de população brasileira.
Já cidadão é que detém direito políticos, ou seja, o direito de votar e/ou ser votado.

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1.1.3 FORMA DE ESTADO (ORGANIZAÇÃO)


Um Estado pode adotar a forma unitária ou federada.
Estado Unitário é aquele onde há uma centralização política, ou seja, o poder está concen-
trado em uma única pessoa ou órgão. Há uma unidade do poder político interno, como
ocorre, por exemplo, na China.
Já o Estado federado é aquele onde há uma descentralização política (uma divisão de po-
deres). O Brasil adota a forma FEDERADA (também chamada de FEDERATIVA ou FEDE-
RAÇÃO). Por isso o nosso pais se chama “República Federativa do Brasil”. Descentralizar é
dividir, distribuir. E político como já vimos é o mesmo que “poder”. Dessa forma, um Esta-
do Federado é aquele cujo poder é dividido, distribuído. Não está centralizado nas mãos
de uma única pessoa ou entidade.
Por ser um Estado Federado, o Brasil tem o poder dividido entre União, Estado, DF e Mu-
nicípios.
Visualizando:

Quando se afirma que o Brasil é uma Federação, onde o poder é dividido entre União,
Estados, Distrito Federal e Municípios, o que queremos afirmar é que no Brasil o poder é
dividido entre presidente, governadores e prefeitos. Perceba que no âmbito federal cabe
ao Presidente tomar as decisões, em âmbito federal é o presidente que exerce o poder.
Mas nos Estados e no DF quem exerce o poder são os governadores. E nos Municípios o
poder é do prefeito.

1.1.4 PODERES DO ESTADO


Ainda falando do Estado é importante destacar que o Estado brasileiro adotou também
uma teoria, chamada teoria da tripartição dos poderes. Essa teoria que foi concebida por
Charles Montesquieu e adotada no Brasil é a que divide os poderes em três: Legislativo,
Executivo e Judiciário.
A teoria da tripartição de poderes define que cada um dos poderes do Estado exerce uma
função típica, própria:
- O poder Legislativo exerce tipicamente a função de legislar e fiscalizar;
- O poder Executivo exerce tipicamente a função de executar (também chamada de ad-
ministrar);

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- O poder Judiciário exerce tipicamente a função de julgar (também chamada de função


jurisdicional).
Montesquieu, um pensador francês, como já dito, concebeu essa teoria da tripartição dos
poderes. Ocorre que na visão de Montesquieu cada um dos poderes tem a sua função tí-
pica, porem um poder não poderia exercer as funções do outro. Na visão de Montesquieu,
o Legislativo somente poderia legislar; o Executivo somente poderia executar; e o Judi-
ciário somente poderia julgar. Montesquieu pregava uma divisão rígida das funções dos
poderes, uma divisão absoluta, onde cada um exercia a sua função e não poderia exercer
função que fosse de outro poder.
O Brasil adotou a teoria do Montesquieu, mas não de forma rígida, absoluta, e sim de for-
ma harmônica, de modo que cada Poder tem sua função típica, mas nada impede que
um poder exerça funções que são típicas de outros.
Assim, restou definido na nossa Constituição que cada poder teria sua função típica, mas
poderia exercer também funções atípicas. Logo, o Legislativo é quem possui a função
típica de legislar, mas atipicamente o Legislativo pode julgar (como faz quando julga os
crimes de responsabilidade do Presidente da República). De igual forma, o Executivo tem
por função típica executar, mas pode, atipicamente, legislar quando o Presidente da Re-
pública edita uma medida provisória, e etc.
RESUMINDO: A constituição Federal no seu art. 2ª dispõe que “são Poderes da União inde-
pendentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário”. Todavia, não se
pode afirmar existir uma separação absoluta desses três Poderes. Cada um dos poderes,
conforme visto, exerce uma atividade preponderante, precípua, TÍPICA: o Poder Legislati-
vo realiza de forma típica a função legislativa; o Poder Judiciário realiza de forma típica a
função judicial ou jurisdicional; e o Poder Executivo realiza de forma típica a função admi-
nistrativa. Todavia, é possível que um poder exerça funções que originalmente pertencem
a outro poder (função atípica).

1.1.4.1 A FUNÇÃO ADMINISTRATIVA DO ESTADO


Conforme já destacamos, o Estado tem uma divisão em três poderes (legislativo, Execu-
tivo e Judiciário) cada um exercendo uma função típica. Logo, conforme visto, podemos
afirmar que o Estado Brasileiro exerce três funções básicas: legislar, executar e julgar (que
corresponde aos três poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário).
Perceba que essa é uma divisão bem coerente: O poder Legislativo é responsável por criar
as leis. Todavia, não cabe ao Poder Legislativo executar o que está na lei. Exemplificando:
Consta expressamente na lei que “educação é um direito de todos e dever do Estado”. Ou
seja, o legislativo criou uma lei estabelecendo que a educação é um direito de todos. Só
que não é o deputado, o senador ou o vereador que vai para a escola pública dar aula para
as crianças.
Não cabe ao Poder Legislativo (deputados, senadores e vereadores) executar a lei. Quem
vai executar a lei é quem faz parte do Poder Executivo que literalmente é chamado de
Poder Executivo por que é quem vai pegar a lei (feita pelo Poder Legislativo) e executar,
colocar em prática. Assim, caberá ao professor executar a educação nos termos que cons-
ta na lei.

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De igual forma, consta na lei “saúde é um direito de todos e dever do Estado”. Só que
quem vai executar também não é o deputado, o senador ou o vereador. Quem vai execu-
tar é o médico, o enfermeiro, etc.
Assim, temos uma organização em que um Poder cria as leis (Legislativo) e o outro as exe-
cuta (Executivo). E se por um acaso surgir um conflito na hora de executar a lei, seja por
que ela não está sendo executada ou não executada completamente, haverá a necessi-
dade da intervenção de um outro poder que será responsável por solucionar os conflitos,
decidir quem está com a razão, qual seja, o Poder Judiciário.
Cada um dos poderes tem a sua função e elas se complementam.
Das três funções estatais básicas (legislar, executar e julgar) a que mais interessa ao Direi-
to Administrativo é a função de executar. Todavia, costumamos chamar essa função de
executar o que está na lei (a saúde, a educação, a segurança pública, o fornecimento de
agua e energia, etc) de função de administrar.
Função de executar é sinônimo de função de administrar. Portanto, podemos afirmar que
o Estado exerce três funções básicas: legislar, administrar (ou executar) e julgar.
Diante disso, é imperioso destacar que o Direito Administrativo é o ramo do direito que
trata da função administrativa do Estado. Ao Direito Administrativo não interessa muito a
função de legislar e julgar (não que elas não sejam importantes, mas elas não são o objeto
do Direito Administrativo que é o que nos interessa estudar no momento). O que interes-
sa ao Direito Administrativo, o que é o seu objeto de estudo é a função administrativa do
Estado.
ATENÇÃO: O objeto do Direito Administrativo é o estudo da função administrativa do Es-
tado.

AULA 2 - CONCEITOS DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.


2. CONCEITOS DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Como vimos Administração Pública é toda a estrutura administrativa que o Estado tem
para executar as políticas públicas, ou seja, é o conjunto de órgãos, entidades e agentes
públicos que desempenham a função administrativa do Estado.
Todavia, a expressão “administração Pública” compreende alguns sentidos. Podemos fa-
lar em administração pública em sentido subjetivo ou em sentido objetivo; em sentido
amplo ou sentido estrito; administração introversa e administração extroversa.
Com o intuito de facilitar a compreensão vamos separar esses conceitos:

2.1 ADMINISTRAÇÃO EM SENTIDO SUBJETIVO (ORGÂNICO OU FORMAL) E SENTIDO


OBJETIVO (FUNCIONAL OU MATERIAL)
Em sentido subjetivo (também chamado de orgânico ou formal), a expressão adminis

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tração pública se refere ao conjunto de pessoas jurídicas (entidades), órgãos e agentes


públicos que desempenham uma função administrativa.
Quando se fala em “administração pública em sentido subjetivo (orgânico ou formal) es-
tamos nos referindo a QUEM desempenha a função administrativa, ou seja, às pessoas
jurídicas, órgãos e agentes públicos. Por esse sentido a gente se refere a QUEM executa,
quem desempenha a função.

MACETE: para memorizar “administração em sentido subjetivo, orgânico ou formal”, cha-


mamos de administração SOF (subjetivo, orgânico ou formal).
Diferentemente do sentido subjetivo de administração pública (que se refere a QUEM
exerce a função administrativa). A expressão administração pública em sentido objetivo
(também chamado de funcional ou material)se refere à atividade administrativa, à função
de administrar (O QUE).
Por um sentido a gente se refere a “quem faz” (sentido subjetivo) por outro sentido a gen-
te se refere a “o que se faz” (sentido objetivo).
O sentido objetivo se refere a OQUE se faz dentro da administração pública. E o que se faz
lá é administrar ou seja executar a função administrativa. Diante disso podemos afirmar
que n o horário de expediente de um policial, em que ele está desempenhando a função
administrativa, esse policial pode afirmar que durante o expediente “ele está exercendo
administração pública”. Ao afirmar que está “exercendo administração pública”, o que ele
está querendo dizer é que está exercendo a função administrativa.

MACETE: para memorizar “administração em sentido objetivo, funcional ou material”,


chamamos de administração MOF (material, objetivo ou funcional).
A administração pública em sentido objetivo, ou seja, a atividade administrativa se divide
em 4 tipos: fomento, policia administrativa, serviços públicos e atividade de intervenção.
Vamos ao conceito delas:
-fomento: ______________________________________________________________________________
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- policia administrativa:
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- serviços público:
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________________________________________________________________________________________

- intervenção:
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________________________________________________________________________________________
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________________________________________________________________________________________

2.3 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM SENTIDO AMPLO E SENTIDO ESTRITO


Ainda podemos utilizar a expressão “administração pública em sentido amplo e em sen-
tido estrito. Em sentido amplo podemos utilizar a expressão “administração pública” para
nos referirmos ao governo e a administração pública. Em sentido amplo (extenso, alarga-
do) a administração pública engloba o governo (função política) e a administração públi-
ca (função administrativa).
Por outro lado quando nos referimos ao sentido estrito (reduzido, curto) estamos nos re-
ferido apenas a Administração Pública e sua função administrativa, excluído o governo (e
sua função política).

2.4 ADMINISTRAÇÃO INTROVERSA E ADMINISTRAÇÃO EXTROVERSA


Administração Introversa designa as relações internas da Administração, no âmbito da
estrutura interna administrativa, com seu quadro pessoal, seus agentes públicos ou rela-
ções entre os órgãos, as entidades. Trata-se, assim, das relações jurídicas administrativas
realizadas internamente,

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Administração Extroversa designa as relações da Administração com os administrados


(particulares). São as relações externas da Administração. Por exemplo, quando o Estado
atende um particular que deseja obter um alvará de funcionamento pois pretende abrir
um estabelecimento comercial. Essa relação da Administração para com o particular é
uma relação de administração pública extroversa.

AULA 3 - ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA: ADMINIS-


TRAÇÃO DIRETA E INDIRETA I.
Como já exposto, atividade administrativa é aquela voltada à execução de atividades ad-
ministrativas, ou seja, realizar, colocar em prática a educação, a saúde, a segurança públi-
ca, o transporte, o fornecimento de energia elétrica, de agua, etc.
Assim, dentro do Estado existem os agentes públicos responsáveis por legislar (deputa-
dos, senadores e vereadores) e agentes público que exercem função de julgar, função
jurisdicional (juiz, desembargadores e ministros de tribunais superiores), bem como os
agentes públicos responsáveis por administrar, executar, tais como professores, policiais,
bombeiros, enfermeiros, etc.
Exemplificando: o legislador dispôs na Constituição Federal que “educação é um direi-
to de todos e dever do Estado”. Logo, os deputados/senadores/vereadores determinaram
que a educação é um dever do Estado, como já dito, mas não são os deputados/senado-
res/vereadores que irão para as salas de aula executar, dar aulas. Desta feita, são os profes-
sores que irão executar, realizar, ou seja, exercer atividade administrativa.
Por outro lado, o Estado pode decidir que, ao invés dele mesmo executar o serviço dire-
tamente através de seus órgãos e agentes públicos, o serviço será transferido para ser
executado por uma autarquia, uma fundação pública, uma empresa pública ou por uma
sociedade de economia mista, estaremos diante de uma administração pública sendo
feita de forma indireta.
A título de exemplo, vamos pegar novamente o Distrito Federal (governador) que decidiu
transferir os serviços de fornecimento de energia elétrica para uma outra entidade exe-
cutar, qual seja, CEB (Companhia Energética de Brasília), uma sociedade de economia
mista. Assim, no âmbito do Distrito Federal o serviço de fornecimento de energia elétrica
não é prestado diretamente pelo próprio Distrito Federal e sim por uma outra entidade;
e como o serviço está sendo executado para uma outra entidade, podemos afirmar que
esse serviço está sendo executado pela administração pública indireta.
IMPORTANTE: o termo “entidades” se refere às pessoas que possuem personalidade
jurídica, ou seja, que assumem direitos e deveres; que respondem pelos seus atos, em
seu próprio nome.
Assim, é preciso administrar (executar)a saúde, a educação, a segurança, o transporte, a
coleta de lixo domiciliar, a fiscalização de trânsito, etc. e para tanto é necessário organizar
essa administração, ou seja, definir quem cuida de cada um desses setores públicos. E
para o exercício de atividades administrativas, o Estado dispõe de toda uma estrutura,

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chamada ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.


IMPORTANTE! Quando se fala em estrutura, o que se quer dizer de forma bem sim-
ples, é o conjunto de órgãos, tais como escola, hospitais, delegacias, quarteis de po-
lícia, secretarias, postos de saúde, ministérios, etc, e entidades, tais como o INSS, o
IBAMA, o DETRAN, a FUNAI, o Banco do Brasil, etc. Logo, para executar serviços públi-
cos o Estado precisa de toda uma estrutura (órgãos e entidades) onde o serviço será
executada.
Perceba que essa estrutura (chamada administração pública) é enorme, gigante. Quan-
tos órgãos e entidades são necessários para executar a infinidade de serviços públicos
que o Estado deve prestar à sociedade? Muitos, né! Portanto, o Estado precisa organizar
essa estrutura para executar os serviços da melhor forma possível, definindo quem faz o
que dentro da administração pública.
Desta feita, essa estrutura chamada “administração pública” precisa ser organizada. O
Estado precisa organizar a sua administração pública para que ela possa executar com
eficiência os serviços públicos ou de utilidade pública. Para organização da estrutura é
necessário dividi-la em “administração pública direta e administração pública indireta”.
A administração pública direta é composta por UNIÃO, ESTADOS, DISTRITO FEDERAL E
MUNICÍPIOS (chamadas de entidades políticas). A administração pública indireta é com-
posta por AUTARQUIAS, FUNDAÇÕES PÚBLICAS, EMPRESAS PÚBLICAS E SOCIEDADES
DE ECONOMIA MISTA (chamadas entidades administrativas).
Explicando detalhadamente: os serviços públicos podem ser executados diretamente
pelo próprio Estado (quando se fala em Estado estamos nos referindo a União, Estados,
DF e Municípios). Assim, alguns serviços públicos serão executados diretamente pelo pró-
prio Estado, através de seus órgãos e agentes públicos. Por exemplo, saúde e educação no
âmbito do Distrito Federal são serviços prestados diretamente pelo Distrito Federal atra-
vés de seus órgãos e agentes públicos. O governador do DF é diretamente responsável
por esses serviços e para tanto criou órgãos, tais como hospitais e escolas para executar
esses serviços em seu nome e dentro dessas escolas e hospitais encontram-se os agentes
públicos do próprio Distrito Federal que irão executar os serviços.
Assim, quando os serviços são executados diretamente pelo Estado como no exemplo
acima, chamamos essa administração (execução) de direta.
Por outro lado, o Estado pode decidir que, ao invés dele mesmo executar o serviço dire-
tamente através de seus órgãos e agentes públicos, o serviço será transferido para ser
executado por uma autarquia, uma fundação pública, uma empresa pública ou por uma
sociedade de economia mista, estaremos diante de uma administração pública sendo
feita de forma indireta.
 A título de exemplo, vamos pegar novamente o Distrito Federal (governador) que decidiu
transferir os serviços de fornecimento de energia elétrica para uma outra entidade exe-
cutar, qual seja, CEB (Companhia Energética de Brasília), uma sociedade de economia
mista. Assim, no âmbito do Distrito Federal o serviço de fornecimento de energia elétrica
não é prestado diretamente pelo próprio Distrito Federal e sim por uma outra entidade;
e como o serviço está sendo executado para uma outra entidade, podemos afirmar que
esse serviço está sendo executado pela administração pública indireta.

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IMPORTANTE: o termo “entidades” se refere às pessoas que possuem personalidade


jurídica, ou seja, que assumem direitos e deveres; que respondem pelos seus atos, em
seu próprio nome.

1. ENTIDADES POLÍTICAS (também chamadas de entes ou pessoas políticas, ou ain-


da entes federativos ou estatais): Trata-se da UNIÃO, ESTADOS-MEMBROS, DISTRITO
FEDERAL E MUNICÍPIOS.
Tais entidades estão previstas diretamente no texto da Constituição Federal; possuem
personalidade jurídica de direito público; possuem autonomia política, administrativa, fi-
nanceira, orçamentária e patrimonial. A autonomia política de tais entidades se caracteri-
za principalmente pelo fato de poderem legislar.

UNIÃO FEDERAL

MINISTÉRIO DA MINISTÉRIO DA
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO JUSTIÇA
SAÚDE

Assim, a entidade política (União, estados-membros, distrito federal e municípios) cria, por
meio de lei, órgãos públicos, para que estes desempenhem as funções administrativas
em nome da entidade política criadora do órgão. Desta feita, a presidência da república e
os ministérios sãos órgãos da União Federal. De igual modo, as secretarias são órgãos do
Distrito Federal.

VISUALIZANDO:
RESSALTE-SE QUE O DF É UMA ENTIDADE POLÍTICA QUE POSSUI PERSONALIDADE JU-
RÍDICA DE DIREITO PÚBLICO (ou seja, que assume direitos e deveres). PARA PODER AD-
MINISTRAR PRECISA CRIAR ÓRGÃOS PÚBLICOS (secretarias, escolas, hospitais, postos de
saúde, delegacias, conselhos tutelares, etc.)
MEGA IMPORTANTE: A GRANDE CARACTERÍSTICA DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS É QUE ELES
NÃO POSSUEM PERSONALIDADE JURÍDICA.
Explicando um pouco melhor: Sabemos que personalidade jurídica significa a possibili-
dade de assumir direitos e obrigações. Assim, pegue-se por exemplo, um hospital público,
que é um órgão público. Caso um paciente seja vítima de um erro médico, esse paciente
passa a ter direito à indenização por danos morais ou materiais. Todavia, a ação judicial de
indenização não pode ser proposta contra o hospital público, já que se trata de um órgão
e órgãos não possuem personalidade jurídica própria, não respondem em seu próprio
nome. Eventual ação judicial de indenização deve ser proposta contra a entidade política

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criadora do órgão, quais sejam, União, estados, DF ou municípios.


ATENÇÃO AQUI!
Órgãos públicos são criados e extintos através de lei. Órgãos não possuem personalidade
jurídica que, como já vimos é a capacidade de assumir direitos e deveres em nome pró-
prio. Numa associação boba e simples, órgãos seriam como crianças que não assumem
obrigações em nome próprio, caso causem algum dano, cabe aos pais se responsabili-
zarem. Assim se dá com os órgãos públicos. Caso o agente público de uma órgão cause
alguma dano, a vítima não pode se voltar com o órgão e sim contra a entidade criado do
órgão.
TODAVIA, é imperioso destacar que alguns órgãos são dotados do que chamamos de
CAPACIDADE PROCESSUAL OU PERSONALIDADE JUDICIÁRIA (que é diferente de perso-
nalidade jurídica). Alguns órgãos (não todos) possuem capacidade para defenderem suas
prerrogativas em juízo. Alguns órgãos podem ingressar com ações judiciais em nome
próprio para pleitear prerrogativas a que fazem jus. Mas tais órgãos só possuem capacida-
de processual ativa, ou seja, para serem autores de ações judiciais, nunca para serem réus
em uma ação.
Assim nenhum órgão tem personalidade jurídica própria, porém, alguns possuem capa-
cidade processual para defenderem suas prerrogativas, ok!

2. ENTIDADES ADMINISTRATIVAS (também chamadas de pessoas administrativas):


são as AUTARQUIAS, FUNDAÇÕES PÚBLICAS, EMPRESAS PÚBLICAS e SOCIEDADES DE
ECONOMIA MISTA. São criadas pelas entidades políticas para o desempenho de ativida-
des administrativas; possuem personalidade jurídica própria; possuem autonomia admi-
nistrativa, financeira, orçamentária e patrimonial; apesar de serem criadas pelas entida-
des políticas não estão subordinadas a elas; não há hierarquia entre entidades políticas e
administrativas e sim vinculação.
Assim, pegue por exemplo, a situação em que a União (entidade política) cria uma AU-
TARQUIA (entidade administrativa) para transferir a essa autarquia uma atividade admi-
nistrativa: Ao criar o INSS (autarquia, entidade administrativa) a União transferiu para ele a
titularidade e a execução de uma atividade administrativa, qual seja, a previdência e assis-
tência social. Por ser entidade, dotada de personalidade jurídica própria, o INSS assume
direitos e obrigações. Caso faça um atendimento que prejudique alguém, esse alguém
pode processar o próprio INSS (e não a União), já que o INSS por ser uma entidade (autar-
quia) tem personalidade jurídica própria.

AULA 4 - ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA: ADMINIS-


TRAÇÃO DIRETA E INDIRETA II
CENTRALIZAÇÃO, DESCENTRALIZAÇÃO, DESCONCENTRAÇÃO E CONCENTRAÇÃO
Para o desempenho de suas funções o Estado se organiza com o intuito de prestar o ser-
viço pública da melhor forma possível. Para tanto se utiliza das técnicas de organização

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administrativa: centralização, descentralização, desconcentração e concentração.


Ocorre a centralização quando o Estado exerce suas atividades diretamente através de
seus órgãos e agentes. Os serviços são prestados diretamente pelo próprio Estado (União,
Estados, DF e Municípios) através de seus órgãos públicos que são unidades de atuação
despersonalizadas, ou seja, não têm personalidade jurídica própria (não possuem direitos
e deveres, não respondem por si próprios) mas integram uma pessoa política - União, Es-
tados, Distrito Federal e Municípios - estes sim com personalidade jurídica, detentores de
direitos e obrigações.
Ocorre descentralização quando o Estado desempenha suas funções de forma indireta,
ou seja, por meio de outras pessoas/entidades (autarquias, fundações públicas, empresas
públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista). Logo, a descentralização
se dá quando o Estado (União, Estados, DF e Municípios) transfere o serviço público que
eles deveriam executar para uma outra entidade (outra pessoa), quais sejam, autarquias,
fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista.

ATENÇÃO, ISSO É IMPORTANTE:


Na descentralização é possível vislumbrar duas pessoas: a pessoa política (União, Estados,
Distrito Federal e Municípios) e a pessoa que executará o serviço, por ter recebido da pes-
soa política essa atribuição (autarquias, fundações públicas, empresas públicas, empresas
públicas e sociedades de economia mista). Na descentralização pode ocorrer de duas for-
mas: outorga ou delegação. Na descentralização por outorga (ou descentralização por
serviços) o Estado cria uma entidade (autarquias, fundações públicas, empresas públicas,
empresas públicas e sociedades de economia mista) e transfere a ela a titularidade e a
execução de um serviço público, por meio de lei.
Na descentralização por delegação (ou descentralização por colaboração)o Estado trans-
fere só a execução de um serviço público a um particular (chamado popularmente de
TERCEIRIZADO) por meio de ato ou contrato. Esse particular executa o serviço público por
sua conta e risco, mas sob fiscalização do Estado. São os contratos de concessão e permis-
são de serviço público. Nesse caso, a Administração só transfere a execução da atividade,
permanecendo consigo a titularidade do serviço e essa transferência se dá por um prazo
determinado.
Veja um esquema simples da centralização e da descentralização:
Assim, é preciso administrar (executar)a saúde, a educação, a segurança, o transporte, a
coleta de lixo domiciliar, a fiscalização de trânsito, etc. e para tanto é necessário organi-
zar essa administração, ou seja, definir quem cuida de cada um desses setores públicos.
E para o exercício de atividades administrativas, o Estado dispõe de toda uma estrutura,
chamada ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.
IMPORTANTE! Quando se fala em estrutura, o que se quer dizer de forma bem simples, é
o conjunto de órgãos, tais como escola, hospitais, delegacias, quarteis de polícia, secreta-
rias, postos de saúde, ministérios, etc, e entidades, tais como o INSS, o IBAMA, o DETRAN,
a FUNAI, o Banco do Brasil, etc. Logo, para executar serviços públicos o Estado precisa de

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toda uma estrutura (órgãos e entidades) onde o serviço será executada.


Temos ainda a técnica da desconcentração. A desconcentração é técnica de criação de
órgãos. Por meio da desconcentração ocorre a distribuição de competências dentro de
uma mesma pessoa jurídica. É técnica utilizada para tornar mais ágil e eficiente a presta-
ção do serviço.
A pessoa (entidade) política (União, Estados, Distrito Federal ou Município) ou a pessoa
(entidade) administrativa (autarquias, fundações públicas, empresas públicas, empresas
públicas e sociedades de economia mista) cria órgãos distribuindo para eles as compe-
tências (os serviços públicos). Assim, a desconcentração se dá quando a entidade na sua
estrutura interna vai distribuindo os serviços para os seus órgãos e isso tem por conse-
quência a melhoria dos serviços, eis que sua prestação se dará de forma mais ágil e efi-
ciente.
Como já dito, como resultado da desconcentração temos o surgimento dos órgãos pú-
blicos. Ante o fato de que a desconcentração ocorre no mesmo âmbito da pessoa jurídica,
surge uma relação de hierarquia, de subordinação. A desconcentração pressupõe a exis-
tência de hierarquia, de subordinação (o que não ocorre na descentralização). Haverá na
desconcentração um controle hierárquico, compreendendo poderes de comando, fiscali-
zação, revisão, punição, etc.
Resumindo: os órgãos são unidades (divisões) internas da União, Estados, DF e Municí-
pios. E esses órgãos por não possuírem personalidade jurídica própria são subordinados,
existe relação de hierarquia. Assim, perceba que os ministérios e seus ministros são su-
bordinados ao presidente da república, assim como os secretários são subordinados aos
governadores.
ATENÇÃO, MUITA ATENÇÃO, TODA ATENÇÃO DO MUNDO AGORA: é normal associar a
criação de órgãos somente à Administração Direta. Porém, é possível que uma entidade
administrativa (autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de eco-
nomia mista) também crie seus órgãos. Dessa forma, é possível visualizarmos órgãos da
Administração Direta (o que é mais comum) e órgãos na Administração Indireta.
Veja essa tabela:

ADMINISTRAÇÃO DIRETA OU ADMINISTRAÇÃO INDIRETA OU


CENTRALIZADA DESCENTRALIZADA

Pode criar seus órgãos Pode criar seus órgãos


(desconcentração) (desconcentração)

Assim, é possível desconcentrar (criar órgãos) na Administração Direta (centralizada) e na


Administração Indireta (descentralizada).
 Por fim, segue uma tabela diferenciando a desconcentração da descentralização:

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DESCONCENTRAÇÃO DESCENTRALIZAÇÃO
Distribuição dentro da mesma pessoa Deslocamento para uma nova pessoa
jurídica (pode ser física ou jurídica)
Baseia-se na hierarquia Não existe hierarquia, mas há
(subordinação) vinculação e controle
Ex: transferência (ou distribuição) dos Ex: transferência (ou distribuição) dos
serviços entre órgãos da mesma serviços para as pessoas da
pessoa jurídica Administração Indireta ou para
particulares.
Por fim, temos o conceito de concentração. Na concentração, a função administrativa é
exercida no âmbito interno de cada entidade (política ou administrativa), por apenas um
órgão público, sem qualquer divisão.

AULA 5 - ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA: ADMINIS-


TRAÇÃO DIRETA E INDIRETA III.

-Entidades Políticas__________________________________(________________)

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

- Entidades Administrativas: ______________________________(_______________)

A organização administrativa do Estado é composta por entida-


des_____________________________ e entidades ______________________________________.

PERGUNTAS BÁSICAS:
1. Serviço centralizado é aquele exercido de que forma?
2. O que é a descentralização?
3. Quais são as formas de descentralização?
4. Se o serviço é outorgado está sendo prestado por quais entidades?
5. Se o serviço é delegado está sendo prestado por quem?
6.Desconcentração é ___________________________________________________

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AUTARQUIA FUNDAÇÃO PÚBLICA EMPRESA PÚBLICA SOC. ECONOMIA MISTA

Criação

Atividade

Fim lucrativo
Personalidade Jurídica
Pessoal
Bens

Imunidade de impostos
sobre patrimônio, renda e
serviços, desde que
vinculados às finalidades
Foro privativo

Capital
Forma jurídica/Tipo de -

sociedade

CARACTERÍSTICAS COMUNS ÀS ENTIDADES DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA:


1. Exigência de concurso público para ingresso de pessoal;
2. proibição de acumulação de cargos, empregos e funções;
3. exigência de licitação pública;
4. controle finalístico ou tutela pela Administração Direta;
5. Controle externo pelo Poder legislativo, com auxílio do TCU;
6. Não são subordinadas aos órgãos da Administração Direta;
7. Não se sujeitam à falência;
8. As autarquias possuem privilégios processuais;
9. possuem autonomia administrativa, financeira, orçamentária e patrimonial
10. São baseadas no princípio da especialização

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AUTARQUIAS FUNDAÇÕES PÚBLICAS


- Possui personalidade jurídica de Direito Público - Podem possuir personalidade jurídica de direito público ou de direito
- Criada por lei ordinária específica de iniciativa do chefe do Poder Executivo (art. 37, XIX) privado. Se for de direito público será uma espécie de autarquia, chamada
- Criada sem objetivo de lucro; trata-se de um serviço público personificado autarquia fundacional possuindo todas as características das autarquias.
- realizam atividades típicas de Estado (atividades em que, geralmente, o Estado se utiliza de Sendo constituída como fundações públicas de direito privado,
supremacia) caracteriza-se por:
- possuem autonomia administrativa, financeira, orçamentária e patrimonial - criação autorizada por lei ordinária específica;
- Seu pessoal é servidor público - necessidade de lei complementar definindo sua área de atuação;
- Gozam de alguns privilégios ou prerrogativas: - possuem autonomia administrativa, financeira, orçamentária e
1. Imunidade de impostos sobre patrimônio, renda e serviços– desde que vinculados à suas patrimonial
atividades essenciais (finalidades) - Criadas sem objetivo de lucro; trata-se de patrimônio personificado
• 2. Impenhorabilidade e imprescritibilidade de seus bens - Realizam atividades atípicas de Estado: atividades na ordem social
• 3. Prerrogativas processuais: (saúde, educação, cultura, pesquisa, etc.)
• 3.1 juízo privativo para julgar suas causas: justiça federal; - Seu pessoal é regido pela CLT
• 3.2 Possuem prazo em dobro para recorrer e em quádruplo para contestar; - Não gozam de privilégios ou prerrogativas, eis que regidas
• 3.3 Processo especial de execução por meio de precatórios predominantemente pelo Direito Privado; todavia, não deixa de integrar a
- Estão vinculadas aos órgãos da Administração Direita administração Pública, de modo que em determinadas situações lhes
- Sofrem controle ou tutela administrativa ou ainda supervisão ministerial (sofrem controle, serão aplicadas normas de Direito Público. Vejamos:
inclusive dos tribunais de contas) a) seus bens não são bem públicos, todavia, gozam de impenhorabilidade
- Sujeitam-se à Lei de licitações em face do princípio da continuidade dos serviços públicos.
- Não se sujeitam à falência b) Possuem, por força constitucional, imunidade de impostos sobre
- Existem autarquias classificadas como de regime especial, tais como as agências reguladoras. patrimônio, renda e serviços– desde que vinculados à suas atividades
Ex: INSS, BACEN, CVM, EMBRATUR, IBAMA, etc essenciais (finalidades)
- Estão vinculadas aos órgãos da Administração Direta;
- Sofrem controle ou tutela administrativa ou supervisão ministerial
(sofrem controle, inclusive dos tribunais de contas);
- Sujeitam-se à Lei de licitações
- Não se sujeitam à falência
- Tem suas causas julgadas na justiça comum estadual;

EMPRESAS PÚBLICAS E SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA


- São espécies de empresas estatais DISTINÇÕES:
- a criação é autorizada por lei específica, necessitando da inscrição de seus atos constitutivos
no registro competente (Registro Civil das pessoas jurídicas, junta comercial) 1. capital:
- Possuem personalidade jurídica de direito privado, com regime híbrido ou misto (aplicação do As empresas públicas são formadas com capital integralmente público.
direito privado e em algumas situações do direito público Podem ser unipessoal ou pluripessoal
- Realizam atividades atípicas de Estado: Sociedades de economia mista: o Estado detém maioria do capital votante
* Prestam serviço público ou exploram atividade econômica (50% + 1 das ações ordinárias)
- Poderão ter lucro 2. forma de constituição
- Seu pessoal é regido pela CLT As empresas públicas podem ser constituídas sob qualquer forma admitida
- Seus bens não são bens públicos, todavia, se prestarem serviços públicos seus bens serão em direito: SA, LTDA, em nome coletivo, etc
impenhoráveis Sociedades de economia mista: constituída somente sob a forma de
- Poderão gozar de privilégios fiscais, desde que extensivos ao setor privado Sociedade Anônima
- STF: reconheceu somente para as prestadoras de serviços públicos (seja empresa pública ou 3. foro privativo
sociedade de economia mista) a imunidade de impostos sobre a renda, patrimônio e serviços – As empresas públicas: justiça federal
desde que vinculados à suas atividades essenciais (finalidades) Sociedades de economia mista: justiça comum estadual
- sofrem controle finalístico ou supervisão ministerial (sofrem controle, inclusive dos tribunais
de contas)
- sujeitas à Lei de licitações
- não se sujeitam à falência
-Ex:
EP: Correios, Infraero, CEF, Embrapa, SERPRO, etc
SEM: Banco do Brasil, Petrobrás, bancos estaduais, etc

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AULA 6 - AGENTES PÚBLICOS.


AGENTES PÚBLICOS
Como já vimos, o Direito Administrativo é um ramo do Direito cujo objeto de estudo é a
função administrativa do Estado. Função administrativa é a função de executar, colocar
em prática os serviços públicos ou de utilidade pública e, para tanto, além de órgãos e
entidades, o Estado precisa de agentes públicos.

“agente público é toda e


qualquer pessoa física que
exerce uma função pública, seja
em caráter permanente ou de
forma temporária, seja ainda
essa função remunerada ou
não.”

Observe que o conceito de agente público é bem amplo: qualquer pessoa física que de-
sempenhe uma função pública, não importando se será por muito tempo ou por alguns
dias. Também não importa se essa pessoa será remunerada ou não. Basta desempenha
uma função pública que já é possível considerar como agente público.
Diante disso, considera-se agente público como um gênero que possui várias espécies.
Nessa esteira, os agentes públicos são classificados em:
1. agentes políticos: são os agentes públicos que ocupam os mais altos escalões do Go-
verno, em todos os seus Poderes, desempenhando atribuições próprias previstas direta-
mente pela Constituição Federal. São os representantes dos três Poderes do Estado: Le-
gislativo, Executivo e Judiciário, além do Ministério Público e dos Tribunais de Contas.

- Presidente, governadores, prefeitos, ministros e


secretários.
- Deputados Federais, Senadores, Deputados
Estaduais, Deputados Distritais e Vereadores.
- Juízes, Desembargadores, Ministros de Tribunais
Superiores.
- Promotores e Procuradores do Ministério
Público.
- Ministros e Conselheiros dos Tribunais de
Contas.

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Os agentes políticos possuem um pagamento diferenciado. Eles não recebem por re-
muneração e sim por subsidio ou estipêndio. Subsidio é o pagamento feito em “parcela
única, vedado acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de
representação ou outra espécie remuneratória”.
 
Todos os agentes políticos são remunerados por subsídio.
 
Por fim, é importante destacar que, nos termos da Constituição Federal, determinados
agentes políticos (magistrados, membros do Ministério Público e Tribunais de Contas)
possuem as prerrogativas da vitaliciedade, a inamovibilidade e a irredutibilidade de sub-
sídios.

2. agentes honoríficos: são aqueles que, em função de sua condição cívica, são convo-
cados a prestar determinados serviços relevantes ao Estado, tais como o mesário elei-
toral, o jurado no tribunal do júri, dentre outros. Não possuem nenhum vínculo com a
Administração, em virtude da transitoriedade do serviço e não são remunerados.

3. agentes delegados: são particulares que, por delegação do Estado, executam ativida-
de ou serviço público em nome próprio, por sua conta e risco, mas sempre sob fiscaliza-
ção da Administração. São os concessionários e permissionários de serviço público, den-
tre outros. Não atuam em nome do Estado, apenas colaboram com ele.

Os agentes delegados
são chamados
popularmente de
“terceirizados”.

4. agentes credenciados: segundo Hely Lopes Meirelles “são os que recebem a incum-


bência da administração para representa-la em determinado ato ou praticar certa ativi-
dade específica, mediante remuneração do poder público credenciante”.
 
A título de exemplo, podemos citar os atletas brasileiros em competições mundiais.

5. agentes administrativos: são aqueles que se vinculam à Administração Pública por


relações profissionais continuadas, sujeitando-se a regime próprio da entidade. Exercem
atividade pública de natureza profissional e remunerada; são os ocupantes de cargos
públicos, empregos públicos e de funções púbicas.
São classificados em:
a) servidores públicos ou servidores públicos em sentido estrito: agentes administrativos
investidos em cargo público, sujeitos a regime estatutário, ou seja, legal, baseado na lei.
Os servidores podem ser efetivos (quando ocupam cargo efetivo através de concurso
público) ou podem ser servidores comissionados (quando ocupam cargo em comissão,

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de livre nomeação e exoneração).


b) empregados públicos: agentes administrativos que mantém relação contratual com a
administração, regida por normas da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). O empre-
gado público não adquire estabilidade no serviço público, como ocorrer com o servidor
público. Além disso, o empregado público está sujeito ao Regime Geral da Previdência
Social (INSS), e o servidor público possui regime próprio de Previdência Social. Todavia,
ambos necessitam de aprovação em concurso público.
c) temporários: contratados para atender necessidade temporária de excepcional inte-
resse público. Não ocupam cargo nem emprego público, apenas exercem uma função
pública temporariamente.

6. Militares (art. 142, §3° e 42 da Constituição Federal) 


São pessoas físicas que prestam serviços às Forças Armadas (art. 142 da CF): marinha,
exército e aeronáutica (§3°), e; as Polícias e Corpos de Bombeiros Militares dos Estados,
Distrito Federal e dos Territórios (art. 42).
Têm vínculo estatutário sujeito a regime jurídico definido por legislação própria para mi-
litares, que estabelecem normas de ingresso, estabilidade, prerrogativas etc. (art. 142, §3°,
X, e 42, §1°, da Constituição Federal).

7. Agentes necessários: são pessoas (que não foram investidas em função pública, são
pessoas comuns) que praticam atos e executam atividades em situações excepcionais,
como, por exemplo, as de emergência, em colaboração com o poder Público e como se
fossem agentes de direito.

8. Agentes putativos: São os que desempenham uma atividade pública na presunção


de que há legitimidade, embora não tenha havido investidura dentro do procedimento
legalmente exigido. Os agentes putativos foram investidos em uma função pública, mas
de forma irregular, como por exemplo, quem ingressa na Administração Pública me-
diante fraude em concurso público. 

UMA OBSERVAÇÃO MUITO


IMPORTANTE!!!!!!!!!
USURPADOR DE FUNÇÃO PÚBLICA é a pessoa
que se apodera indevidamente das atribuições
dos agentes públicos sem que, no entanto,
tenha sido investida no cargo, emprego ou
função. Um exemplo de usurpador seria a
pessoa que se passa por policial, finde ser
policial para obter alguma vantagem com isso.
O USURPADOR DE FUNÇÃO NÃO É
CONSIDERADO AGENTE PÚBLICO.

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AULA 7 - PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.


PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Vamos iniciar nosso estudo nessa aula com um conteúdo que é a cara do Direito Admi-
nistrativo: princípios da Administração Pública. Esse conteúdo já foi muito cobrado em
provas, mas ultimamente já não cai tanto como antes, porém não podemos negligenciar
o seu estudo.
Vamos contextualizar: nós já sabemos que o foco do Direito Administrativo é o desempe-
nho da função administrativa pelo Estado e vimos que essa função está ligada a execução
dos serviços públicos ou de utilidade pública.
Desta feita, para executar os serviços a Administração Pública (ou seja, os órgãos, entida-
des e agentes públicos), devem seguir alguns princípios.
Princípios são regras de conduta, ou seja, é aquela regra que você utiliza para as suas
condutas, os seus atos. Por exemplo, um dos meus princípios é a honestidade. Assim,
a honestidade é uma regra para as minhas condutas. Eu conduzo minha vida com
honestidade. Se alguém me incentivar a “passar a perna” em outro alguém, eu logo
responderia: não, pois isso fere os meus princípios!!!
Todos nós temos os nossos princípios, as nossas regras de conduta, as quais não violamos
e pelas quais conduzimos nossos atos. Da mesma forma é a Administração Pública. Ela
tem os princípios dela, as regras de conduta dela, os quais não podem ser violados.
A Constituição Federal no caput do art. 37 elenca os princípios expressos da Administra-
ção pública:

Art. 37. A administração pública direta e indireta de


qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência

São cinco princípios expressos na Constituição Federal, como visto acima: legalidade, im-
pessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, de modo que utilizamos uma expres-
são mnemônica com cada uma de suas iniciais para facilitar a memorização: LIMPE.
Agora vamos entender melhor: o Estado ao executar os serviços públicos, ou seja, ao exer-
cer a função administrativa precisa obedecer aos princípios da Administração (ou seja,
princípios da execução; pra executar é necessário seguir essas regras de conduta).

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Assim, vejamos o exemplo de um professor da Secretaria de Educação de um Estado:


esse professor desempenha uma função administrativa e na hora que estiver lá na escola
executando a educação precisa obedecer aos princípios da Administração: deve ministrar
suas aulas sempre observando o disposto em lei (legalidade), deve atuar de acordo com
a impessoalidade (ou seja, no desempenho da função o professor deve ser o máximo im-
pessoal, imparcial, sem privilegiar ou prejudicar algum aluno), deve observar a moralida-
de (a ética, a honestidade), deve dar publicidade (transparência) aos atos que praticar e
deve trabalhar buscando sempre a eficiência do seu serviço.
Entendeu?
Os princípios são as regras que o agente público deve seguir sempre que estiver desem-
penhando a função, mesmo que no seu íntimo ele discorde com esses princípios. Não
cabe ao agente publico discordar e agir de modo diverso dos princípios. Não esqueça
que no desempenho da função não é “o João, o Pedro ou a Maria” que está ali. É o Estado
e o Estado tem seus princípios que devem ser obedecidos pelo agente público que esta
atuando em seu nome.
E o que acontece com o agente público que viola esses princípios?
A violação aos princípios da Administração Pública é considerada como ato de improbi-
dade administrativa e acarreta na demissão do servidor e dependendo da situação ele
não poderá retornar mais ao serviço público.

Diante dessa introdução, vamos estudar um a um os princípios expressos da Admi-


nistração Pública.

1. Legalidade
A legalidade é a base da atuação de toda a Administração. O princípio implica a subor-
dinação completa do administrador à lei, de modo que o administrador público só pode
atuar se a lei permitir ou autorizar. A regra é clara: só se pode fazer aquilo que estiver pre-
visto em lei.
ATENÇÃO, ATENÇÃO: não há uma hierarquia entre os princípios da Administração Públi-
ca. Todavia, o princípio da Legalidade é o que precede todos os demais. Antes de observar
os demais princípios, deve-se priorizar a legalidade. Algumas questões costumar afirmar
que “poderá o administrador agir em desacordo com a lei caso verifique ser mais útil ao
interesse público”.

2. Impessoalidade
O princípio da impessoalidade é utilizado no âmbito da Administração Pública em três
sentidos:
PRIMEIRO SENTIDO: no primeiro sentido, o princípio da impessoalidade significa que os
atos praticados pelos agentes públicos devem ser atribuídos ao Estado. Assim, caso um

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agente público cause dano a um particular, a ação deve ser proposta diretamente contra
o Estado e não contra o agente público.
Assim, no exercício da fundação pública, considera-se que quem praticou o ato foi o Esta-
do, portanto, é este quem deve responder. Posteriormente o Estado regressivamente irá
cobrar do servidor internamente.
SEGUNDO SENTIDO: Também se considera como decorrência do princípio da impes-
soalidade a atuação do administrador de maneira totalmente impessoal, imparcial, não
sendo possível ao agente conceder tratamento diferenciado a qualquer pessoa, seja no
intuito de beneficiar ou prejudicar alguém. Desta feita, o agente público deve tratar de
forma igualitária a todos que atender, sem qualquer direcionamento para uns ou para
outros. Deve agir de maneira totalmente imparcial com todos.
TERCEIRO SENTIDO: Ainda com base no princípio da impessoalidade é vedado ao ad-
ministrador público se utilizar da Administração Pública para se autopromover. Nessa
esteira, não pode haver nenhuma promoção pessoal do agente pela realização de suas
atividades públicas, ou seja, os servidores e as autoridades não podem tentar se promo-
ver, citando seus nomes, colocando seus símbolos ou suas imagens na divulgação das
realizações, obras públicas, serviços públicos e na publicidade em geral.
Desta feita, a Constituição Federal no art. 37, § 1º:

A publicidade dos atos programas, obras, serviços e


campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter
educativo, informativo ou de orientação social, dela não
podendo constas nomes, símbolos, ou imagens que
caracterizem promoção pessoal de autoridades ou
servidores públicos.

ALGUMAS INFORMAÇÕES MUITO IMPORTANTES!


Em razão do princípio da impessoalidade não é permitida homenagens a administrado-
res públicos com o intuito de colocar seu nome em avenidas, ruas, praças, monumentos,
etc. Assim, não é possível batizar uma avenida com o nome de um administrador público,
como por exemplo, Avenida Fulano de tal. As homenagens só podem póstumas.

3. Moralidade
O princípio da moralidade impõe ao administrador que não se desvie de princípios éticos.
A atuação do agente público deve sempre se pautar pela ética, pela probidade, pela leal-
dade, boa-fé, bons costumes, justiça e pela honestidade.

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Nem todo ato legal é moral. É possível que o agente público pratique um ato de acordo
com a lei, mas que seja considerado violador da moral administrativa. Quer ver um exem-
plo?

4. Publicidade
Os atos administrativos são, em regra, públicos, transparentes, ou seja, de conhecimento
de todos. Todavia, não se pode esquecer que esse princípio não tem aplicação absoluta na
Administração Pública. Excepcionalmente, é necessário que alguns atos sejam mantidos
em sigilo.

Atos que são exceção ao princípio da publicidade, ou seja, que devem ser mantidos em sigilo:
- atos ligados a segurança pública, segurança nacional e da sociedade;
- atos ligados a intimidade vida privada, hora e imagem das pessoas.
Logo, o agente público da área de segurança, bem como todos os demais que no exercício de sua
função tenham acesso a informações ligadas à vida privada, honra e imagem das pessoas deve manter
isso em sigilo.

IMPORTANTE: não se deve confundir publicidade com publicação. A publicação de um


ato significa que ele deve ser veiculado no Diário Oficial. Nem tudo que é feito pela Ad-
ministração deverá sair no Diário Oficial, ou seja, nem tudo deve ser publicado, mas em
regra tem que ter publicidade. A título de exemplo, veja um aviso colocado no mural do
órgão público. Esse aviso teve publicidade, pois está lá pra quem quiser ver, mas não teve
publicação (divulgação no Diário Oficial).

 Para dar publicidade não é


necessário ter publicação!!

5. Eficiência
O princípio da eficiência foi incorporado na Constituição Federal só em 1998 por meio
da Emenda Constitucional n.º 19/98. Logo, esse princípio não estava no texto original da
Constituição em 1988.
Tal princípio visa a exigir que a Administração Pública como um todo funcione de forma
bem mais eficiente. Assim, a Administração Pública deve buscar sempre alcançar resulta-
dos positivos, com base em maior produtividade, abandonando velhos hábitos e rotinas
burocráticas.
A eficiência está ligada a uma noção de Administração Pública mais moderna, mais ge-
rencial, preocupada com resultados. Serviço eficiente é aquele que atende as necessida-
des da sociedade. Se um cidadão está preciso de atendimento médico, só podemos falar
em eficiência do serviço público se ele for realmente atendido e no menor tempo possível.

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NEPOSTISMO
O nepotismo é a conduta em que um agente público nomeia para um cargo em comis-
são (de livre nomeação e exoneração) ou função de confiança, seu cônjuge ou compa-
nheiro ou parentes até o terceiro grau ou quando combina com outra autoridade para um
nomear os parentes do outro (nepotismo cruzado).

De acordo com a súmula vinculante n.º


13 do STF a prática do nepostimo fere
os princípios da IMPESSOALIDADE,
MORALIDADE E EFICIENCIA.

Veja que a famosa prática do nepostismo (totalmente reprovável) fere justamente o três
dos cinco princípios expressos da Administração Pública, como visto acima. Todavia, há
uma exceção ao nepotismo, ou seja, uma situação em que o agente público nomeia seus
parentes, mas isso não será considerado violação aos princípios da Administração Pública.
Vejamos:

Agentes políticos podem nomear seus parentes para cargos políticos.


Traduzindo: cargos políticos são os cargos de Ministro e Secretário de Estado. Assim, o
Presidente, Governadores e Prefeitos podem nomear seus parentes para os cargos de mi-
nistros e secretários (por isso que toda primeira-dama é secretaria de alguma pasta social).
Não será considerado nepotismo.

PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS
Além dos princípios expressos da Administração Pública que já estudamos, o famoso LIM-
PE (Legalidade, impessoalidade, moralidade e eficiência), a Administração Pública adota
também outros princípios que estão previstos em diversas leis ou decorrem de entendi-
mento doutrinário. Tais princípios são considerados como princípios implícitos. Os princi-
pais princípios implícitos seguem abaixo:
1. Supremacia do interesse público sobre o interesse privado
Uma vez que o Estado representa toda a coletividade, o interesse da Administração deve
ser entendido como o interesse de todos e, portanto, deve prevalecer quando em conflito
com interesses de particulares, desde que respeitados os direitos individuais destes.

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 INTERESSE PÚBLICO

INTERESSE PRIVADO

2. Indisponibilidade do interesse público
Por esse princípio, a Administração Pública não pode dispor (decidir o que fazer por con-
ta própria) dos bens ou interesses públicos. Isto por que os bens e os interesses são de
toda a coletividade, logo, são indisponíveis, cabendo à Administração tão somente admi-
nistrá-los para satisfazer a vontade da coletividade.

 ULTRA MEGA DICA DE PROVA

Os princípios da Supremacia do Interesse Público e o da


Indisponibilidade dos bens e interesses públicos formam o REGIME
JURIDICO ADMINISTRATIVO. Esses dois princípios são muito
importantes no Direito Administrativo, por isso, eles formam o Regime
Jurídico Administrativo. Regime jurídico é um conjunto de normas,
então, esses dois princípios são considerados como se fossem normas
administrativas, logo devem ser seguidos estritamente pela
Administração, apesar de não estarem expressos em lei.

3. Razoabilidade e proporcionalidade
Tais princípios impõe à Administração Pública a adequação entre os meios e os fins, ve-
dada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estri-
tamente necessárias ao entendimento do interesse público.

Explicando melhor: os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade estão ligados


ao bom senso. Eles são utilizados, por exemplo, na aplicação de penalidade ao servidor
que cometer infração administrativa. Podemos exemplificar utilizando a aplicação de
uma suspensão. De acordo com a Lei 840/11 ou com a Lei 8.112/90 a suspensão pode
ser de até 90 dias. Veja que o prazo é de até 90 dias, portanto, a autoridade poderá fixar
o prazo de 10 dias, 20 dias, 30 dias, 45 dias, etc., desde que não ultrapasse os 90 dias. E
quantos dias deverão ser fixados? Qual o critério para definir se serão 10 ou 20 dias? A
definição da quantidade de dias de suspensão deverá ser fixada com base nos princípios

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da razoabilidade e proporcionalidade, ou seja, por meio do bom senso.

4. Autotutela
O princípio da autotutela é aquele que permite à Administração Pública rever seus pró-
prios atos controlando-os.

AUTO TUTELA

si próprio

Cuidar de si
mesmo, si
próprio
Pelo princípio da autotutela a Administração “cuida dela própria”, revendo seus atos e
anulando se forem ilegais ou revogando se forem inoportunos ou inconvenientes. Pela
autotutela a própria Administração tem poder para rever os atos que pratica e sendo o
caso, proceder à sua anulação ou revogação.

Assim,

Sobre tal princípio o STF editou a súmula n.º 473:


Súmula 473 STF: “a Administração pode anular seus próprios atos, quando eiva-
dos de vícios que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos; ou
revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos
adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial”.

5. Continuidade dos serviços públicos


Os serviços públicos são serviços prestados no interesse da coletividade, para a satisfa-
ção de suas necessidades e de seus interesses e por isso a atividade administrativa não
pode parar. Em face disso, a prestação de serviços públicos (saúde, educação, segurança,
transporte, etc) não pode sofrer interrupções, eis que prejudica toda a coletividade que
dele depende para a satisfação de suas necessidades e de seus interesses.

Todavia, o princípios da continuidade dos serviços públicos não tem aplicação absoluta.
A Lei nº 8.987/95 prevê algumas exceções em que poderá haver a interrupção dos servi-
ços públicos:

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6. Segurança jurídica
O princípio da segurança jurídica está relacionado à necessidade de respeito, pela Admi-
nistração, à boa fé dos administrados que com ela interagem, no sentido de que, quan-
do esses têm um determinado direito reconhecido pela Administração, não podem vir a
ser prejudicados posteriormente por mudanças de entendimento da própria Adminis-
tração sobre a matéria.

Desta feita, pelo princípio da segurança jurídica, a Administração, ao alterar um entendi-


mento que possui sobre uma determinada matéria, só poderá aplicar esse novo enten-
dimento para os fatos praticados a partir daí, desse novo entendimento, não podendo
aplicar o novo entendimento de forma retroativa, as situações pretéritas, eis que ocasio-
naria uma situação de total insegurança para os administrados.

AULA 8 - PODERES ADMINISTRATIVOS


PODERES ADMINISTRATIVOS
Os poderes administrativos são prerrogativas inerentes à Administração Pública que per-
mitem o cumprimento de suas finalidades em proveito do interesse público. Esses pode-
res são utilizados no âmbito da Administração Pública para desempenhar suas funções.
Para fins de prova, os poderes administrativos são classificados em quatro categorias: hie-
rárquico, disciplinar, de polícia e regulamentar.

1 Poder Hierárquico
O Poder Hierárquico serve como fundamento para que órgãos e agentes públicos atuem
em relação a seus subordinados, conforme escala hierárquica. Hierarquia é a existência de
níveis de subordinação entre órgãos e agentes públicos.
 Doutrinariamente, é o poder de que dispõe a Administração Pública para distribuir e es-
calonar as funções de seus órgãos, rever a atuação de seus agentes, estabelecendo a rela-
ção de subordinação entre os servidores do seu quadro de pessoal. Trata-se de um poder

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utilizando apenas no âmbito interno da Administração Pública entre órgãos e agentes


públicos.

Consequências do poder hierárquico:


- dar ordens aos subordinados, que deverão ser cumpridas por estes desde que não sejam
manifestamente ilegais.
- rever os atos praticados pelos subordinados, podendo desfazê-los por motivo de ilegalidade
ou mesmo por motivo de inconveniência;
- coordenar as atividades e ordenar, organizar a atuação dos órgãos subordinados;
- poder disciplinar, que é poder de aplicar sanções em caso de infrações disciplinares;
- delegar competências
- avocar competências.

OBS: O poder hierárquico é exercido somente no âmbito interno da Administração


Pública, entre órgãos e agentes da Administração Pública, eis que para que haja hie-
rarquia é necessária a existência de subordinação. Não existe incidência do poder
hierárquico da Administração sobre particulares, tampouco da Administração Direta
sobre a Administração Indireta.

2. Poder Disciplinar
É aquele que tem a Administração para apurar as faltas e, conforme o caso, aplicar as de-
vidas punições a seus servidores públicos e demais pessoas sujeitas à disciplina interna da
Administração. Assim, esse poder é utilizado para punir os servidores (através da demis-
são, advertência, suspensão, etc.), mas também pode ser utilizado para punir particula-
res desde que vinculados à Administração, sujeitos à disciplina interna da Administração,
como por exemplo, um terceirizado.
ATENÇÃO: para o exercício do poder disciplinar, deve haver a prévia instauração de pro-
cesso administrativo no intuito de garantir a ampla defesa e o contraditório. Nesse sen-
tido, o artigo 5°, incisos LV e LIV, da Constituição Federal, assegura que “o processo admi-
nistrativo com contraditório, ampla defesa com os meios e recursos a ela inerentes para
todos os litigantes e acusados”.
Desta feita, é pressuposto para o exercício do poder disciplinar a instauração de processo
administrativo.

3. Poder de Polícia
O poder de polícia é aquele no qual a Administração interfere na órbita do interesse pri-

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vado, restringindo direitos individuais em prol da coletividade. Assim, nas lições de Hely
Lopes Meirelles o poder de polícia consiste “na faculdade de que dispõe a administração
pública de condicionar ou restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais
em benefício da coletividade ou do próprio Estado.”
CUIDADO! O poder de polícia está relacionado à restrição ou limitação de direitos indivi-
duais, JAMAIS podendo alterar ou extinguir (suprimir totalmente) os direitos individuais.

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:
- o poder de polícia é baseado no princípio da supremacia do interesse público sobre o
interesse privado.
- aplica-se aos particulares em geral (particulares sem vínculo profissional ou contratual
com a Administração). Não há aplicação do poder de polícia no âmbito interno da Admi-
nistração, sobre servidores públicos, por exemplo. Esse poder é exercido sobre particulares
no geral.
- segundo o STF, o poder de polícia não pode ser delegado a particulares (terceirizados).

ALTERAÇÃO RECENTE DA MATÉRIA


- segundo entendimento já ultrapassado, o STF entendia que o poder de polícia só pode-
ria ser exercido por entidades da Administração Pública com personalidade jurídica de
direito público (União, Estados, DF, Municípios, Autarquias e fundações públicas de direito
público). Todavia, em recente decisão, datada de 23 de outubro de 2020, em regime de
repercussão geral, nos autos do RE 633782 o STF decidiu que:  “É constitucional a delega-
ção do poder de polícia, por meio de lei, a pessoas jurídicas de direito privado integrantes
da Administração Pública indireta de capital social majoritariamente público que prestem
exclusivamente serviço público de atuação própria do Estado e em regime não concor-
rencial”. Assim, mudando totalmente seu posicionamento de décadas, o STF permitiu a
delegação do poder de polícia a empresas públicas e sociedades de economia mista
prestadoras de serviços públicos, cujo capital seja majoritariamente público.
EM RESUMO: o STF possibilitou que o poder de polícia seja exercido por empresas públi-
cas e sociedades de economia mista prestadoras de serviços públicos.
Essa alteração do posicionamento do STF, com certeza, será cobrada nas provas de con-
curso público.

- O poder de polícia pode ser exercido através da edição de atos normativos, ou seja, atra-
vés da edição de leis, decretos, resoluções, portarias, etc., mas também pode ser exercido
através de atos concretos, como por exemplo, fiscalizações de trânsito.
- o poder de polícia em regra tem o caráter preventivo), mas é possível que tenha caráter
repressivo.
 

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3.1 Características do poder de polícia


O poder de polícia possui como características a discricionariedade, a auto-executorieda-
de e a coercibilidade.

3.2 Polícia Administrativa e Polícia Judiciária


O poder de polícia é utilizado nas atividades de polícia administrativa. Todavia, o poder
de polícia é diferente do poder da polícia que é utilizado na atividade de polícia judiciária.
Explicando melhor: o poder DE polícia (policia administrativa) é diferente do poder DA
polícia (polícia judiciária). Em resumo, o poder de polícia incidirá sobre ilícitos meramen-
te administrativos. Já o poder da polícia (também chamada de polícia judiciária) incidirá
sobre ilícitos penais.

POLICIA POLÍCIA JUDICIÁRIA


ADMINISTRATIVA
Ilícitos Administrativos Penais
Aplicação de de Direito Administrativo de Direito Processual Penal
normas

Incidência Bens, direitos e atividades Somente sobre pessoas


sobre
Exercida por Diversos órgãos Somente por órgãos de segurança

4 Poder Regulamentar
Poder Regulamentar é aquele que permite ao Chefe do Poder Executivo a editar atos
normativos. O exercício do poder regulamentar, em regra, se materializa na edição de
decretos e regulamentos, nos termos do art. 84, IV da Constituição Federal. Esses decretos
e regulamentos são expedidos pelo Chefe do Poder Executivo (Presidente, governadores
e prefeitos) cujo objetivo é apenas possibilitar a fiel execução de uma lei. Não tem como
objetivo inovar na ordem jurídica, criar direitos, obrigações; deve restringir-se apenas aos
limites e ao conteúdo da lei, explicitando-a, detalhando e explicando o sentido de seus
dispositivos.

5. Abuso depoder
O exercício ilegítimo das prerrogativas conferidas à Administração Pública configura ABU-
SO DE PODER. Desta feita, a utilização indevida dos poderes administrativos é considera-
da abuso de poder, que pode ocorrer através de condutas comissivas (ação) ou omissivas
(omissão).

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O abuso de poder desdobra-se em três categorias:

5.1 Excesso de Poder: quando o agente público atua fora dos limites de sua competência.
Ou seja, pratica ato que não compete a ele. Ao gente pública exorbita ou extrapola o limite
de sua competência.

5.2 Desvio de Poder ou Desvio de Finalidade: quando a atuação do agente público,


embora dentro de sua órbita de competência, contraria a finalidade do ato administra-
tivo (que é sempre o interesse público). Em resumo, o agente pratica o ato pensando no
interesse pessoal ou particular, se desviando da finalidade pública, da finalidade prevista
em lei.

5.3 Omissão:  há o abuso  pela omissão quando o agente público tem o dever de agir,
mas deixa de praticar ato, não exercendo os poderes que lhe foram outorgados. Ocorre
quando o agente tem o dever de praticar um ato administrativo, mas acaba se omitindo
e ferindo o interesse público, coletivo.

AULA 9 - ATOS ADMINISTRATIVOS I


ATO ADMINISTRATIVO
I - Conceito
Ato administrativo é “toda manifestação unilateral de vontade da Administração Públi-
ca que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir,
modificar, extinguir e declarar direitos ou impor obrigações aos administrados ou a si
própria.”

PONTOS IMPORTANTES:
1. Os atos administrativos são regidos pelo direito público, ou seja, são atos dotados de
prerrogativas
2. Os atos administrativos são praticados pelo Estado ou por quem o represente, desde
que estejam exercendo uma função administrativa. Assim, há atos administrativos prati-
cados pelo Poder Executivo (Administração Pública Direta ou Indireta), pelo Poder Legis-
lativo, Judiciário (estes quando do exercício de função atípica, qual seja, a administrativa)
e até por particulares (prestadores de serviços públicos – concessionários e permissioná-
rios).

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II - Elementos necessários à formação do ato administrativo

CO FI FO MO OB
II.1 Competência (QUEM?): é a capacidade atribuída, por lei, ao agente público para o
exercício de suas atribuições.
É o poder atribuído, por lei, aos órgãos e agentes para o desempenho específico de suas
atribuições. Por ser prevista em lei a competência é sempre um elemento vinculado do
ato administrativo. Características da competência:
- é de exercício obrigatório para órgãos e agentes públicos;
- é irrenunciável.
- é intransferível.
- é imodificável pela vontade do agente.
- é imprescritível, pois o não exercício de uma competência não acarreta a sua extinção.
Todavia, a competência é passível de delegação e avocação (artigos 11 a 15 da Lei n.º
9.784/99).

II.1.1 Delegação
Delegar competência é transferir de forma temporária parte das atribuições de um agen-
te (chamado delegante) para outro agente (chamado agente delegado). A delegação de
competência pode ser feita de um superior para um subordinado ou ainda de uma gente
para outro agente, mesmo não havendo subordinação hierárquica.
- É ato discricionário e revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante;
- As decisões tomadas por delegação são consideradas como do agente delegado.

IMPORTANTE: O art. 13 da Lei n.º 9.784/99 enumera as situações em que não é


possível a delegação:
I – edição de atos normativos
II – decisão de recursos administrativos
III – matérias de competências exclusivas
II.1.2 Avocação
Avocar é o ato pelo qual o superior hierárquico traz para si o exercício temporário de uma
determinada competência atribuída a um subordinado. É medida excepcional e deve ser
fundamentada. O instituto da avocação está previsto no art. 15 da Lei n.º 9.784/99.
ATENÇÃO: vício que recaia sobre o elemento competência configura ABUSO DE PO-
DER, na modalidade EXCESSO DE PODER
 

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II.2 Finalidade (PARA QUE?): de TODO ato administrativo é sempre o interesse público,
jamais podendo ser praticado com a finalidade de atender o interesse privado.
A finalidade de um ato administrativo é sempre elemento vinculado, eis que não é o
agente público que determina a finalidade de um ato administrativo, mas sim a lei. Logo,
a finalidade de todo ato administrativo deve estar voltada para a satisfação do interesse
público.

II.3. Forma (COMO?): é o modo através do qual se exterioriza o ato administrativo. Adota-
-se, via de regra, a forma escrita para os atos administrativos, e, excepcionalmente, outras
formas, como a verbal e até mesmo gestual, sinais.
A forma é a exteriorização do ato administrativo. Adota-se, via de regra, a forma escri-
ta para os atos administrativos, e, excepcionalmente, outras formas, como a verbal e até
mesmo gestual, sinais.

II.4. Motivo (POR QUE? ): é a circunstancia de fato e de direito que autoriza a prática de
um ato administrativo
O motivo é o razão de fato e de direito que autoriza a prática de um ato administrativo. A
razão de fato é aquela situação concreta que (de fato) está ocorrendo e justifica a necessi-
dade daquele ato, enquanto a razão de direito é a razão que a lei estipula para o ato.

II.4.1 MOTIVO & MOTIVAÇÃO


Não se deve confundir motivo com motivação. O motivo, conforme já visto, é razão de fato
e de direito que autoriza a prática de um ato administrativo. A motivação é a demonstra-
ção por escrito que os pressupostos autorizadores para a prática do ato realmente estão
presentes.

II.5 Objeto (OQUE?) – O QUE se busca produzir. É o conteúdo do ato; é o resultado dele,
é o efeito gerado por ele
O objeto ou conteúdo do ato administrativo é o resultado dele, é o efeito gerado por ele.
Assim, no ato de concessão de uma licença o objeto é a própria concessão de licença.
Num ato de demissão o objeto é a própria demissão, etc. O objeto de todo ato administra-
tivo deve ser sempre lícito, possível e moral.

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TESTE SEU CONHECIMENTO


1. Analise o seguinte ato administrativo:
O Governador do Estado Y baixa Decreto declarando um imóvel urbano de utilidade pública, para fins
de desapropriação, para a construção de uma cadeia pública, por necessidade de vagas no sistema
prisional.
Identifique os elementos desse ato, correlacionando as duas colunas.
1. Governador do Estado
2. Interesse Público
3. Decreto
4. Necessidade de vagas no sistema prisional
5. Declaração de utilidade pública
( ) finalidade
( ) forma
( ) motivo
( ) objeto
( ) competência
a) 4/3/5/2/1
b) 4/3/2/5/1
c) 2/3/4/5/1
d) 5/3/2/4/1
e) 2/3/5/4/1

3. ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO – PODEM ESTAR PRESENTES OU NÃO)


 
- Presunção de legitimidade ou veracidade: presumem-se legais ou verdadeiros os atos
administrativos. Presunção relativa (ou juris tantum) admite prova em contrário, porém o
ônus é do particular.
- AUTO-EXECUTORIEDADE: os atos administrativos podem ser implementados direta-
mente pela própria Administração, independente de ordem judicial. Tal atributo está
presente quando:
- a lei prevê expressamente
- em caso de providencias urgentes.
- IMPERATIVIDADE: os atos administrativos são imperativos (impostos pela Administra-
ção, independem da concordância do particular), deriva do princípio da supremacia do
interesse público sobre o interesse privado.
- TIPICIDADE: os atos administrativos devem corresponder a figuras previamente defini-
das na lei;
- EXIGIBILIDADE: os atos administrativos, em alguns casos, não podem ser implementa-
dos pela própria Administração e nesses casos, ela EXIGE que o particular faça algo.

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AULA 10 - ATOS ADMINISTRATIVOS II


4. FORMAS DE EXTINÇÃO DE UM ATO ADMINISTRATIVO
4.1 Anulação
Ocorre a anulação de um ato administrativo quando há vícios no ato que afetem a sua
legalidade (o ato está contra a lei). A anulação sempre se reporta à legalidade do ato, à sua
conformação ou não com os comandos legais.
Tanto atos vinculados como atos discricionários são passíveis de anulação, desde que tal
anulação decorra do exame da legalidade do ato administrativo, nunca do exame do mé-
rito (oportunidade e conveniência). A anulação retira do mundo jurídico um ato defeituo-
so, contrário à lei. Os efeitos dessa anulação retroagem à data em que o ato foi praticado,
é que a doutrina chama de efeitos “ex tunc”, ou seja, efeitos retroativos.
Todavia, devem ser resguardados os efeitos já produzidos para os terceiros de boa-fé.
Destarte, a anulação de um ato administrativo pode ser feita tanto pela Administração
(de ofício, sem provocação), como corolário do princípio da auto-tutela, como pelo Poder
Judiciário.
O art. 54 da Lei n.º 9784/99 estabelece prazo prescricional de cinco anos para a anulação
de atos ilegais, seja qual for o vício, quando os efeitos do ato forem favoráveis ao adminis-
trado. De modo que a partir de então, tais atos não poderão ser anulados. Salvo se restar
comprovada a má-fé do administrado.
 
4.2 Revogação
A revogação é a retirada do mundo jurídico de um ato administrativo legal (ou seja, que
não contém vícios, que está de acordo com a lei) por motivos de conveniência e oportuni-
dade. O ato, mesmo legal, não é mais oportuno e conveniente para a Administração.
Os efeitos da revogação de um ato administrativo são prospectivos, ou seja, a revogação
só produzirá efeito da extinção do ato para frente, efeitos “ex nunc”, proativos, de modo
que a revogação deve resguardar os direitos consolidados durante a vigência do ato, os
direitos adquiridos.
Por envolver exame de mérito, a revogação de um ato administrativo só pode ser feita
pela própria Administração, não cabendo ao Poder Judiciário revogar um ato administra-
tivo exarado pela Administração Pública.
IMPORTANTE - Não poderão ser revogados:
- atos que geram direitos subjetivos aos administrados (por força do ato jurídico perfeito
e da coisa julgada);
- atos que exauriram seus efeitos
- atos vinculados
- atos declaratórios.

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4.3 Outras formas de extinção do ato


4.3.1 Cassação
É a extinção ou retirada do ato em virtude do descumprimento pelo beneficiário de uma
condição imposta pela Administração. Ex: a cassação de um alvará de construção, tendo
em visa o fato do particular não ter permanecido atendendo seus requisitos.

4.3.2 Caducidade
É a retirada do ato administrativo em razão da superveniência da norma jurídica que im-
pede a sua
manutenção. Ex: a permissão para realizar certa atividade concedida a um particular mas
que o advento de uma lei torna aquela atividade proibida. Assim, a permissão acaba ca-
ducando.
 
4.3.3 Contraposição
É a extinção de um ato em virtude da edição de outro ato que impede a manutenção do
ato até então vigente, por ser contraposto a ele Ex: a demissão é contraria a posse. A de-
missão por si só desfaz a posse, por ser contraposta a ela.

5. CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS


Classificar é agrupar. Assim, temos a classificação dos atos administrativos em grupos,
critérios. Segue abaixo os critérios de classificação dos atos administrativos:

QUANTO AOS DESTINATÁRIOS:


Atos Gerais – não possuem destinatários determinados, possuem a finalidade normativa;
produzem efeitos externos. Ex.: decretos
Atos Individuais – possuem destinatários determinados ou determináveis, criando-lhes
uma situação particular; produzem efeitos internos ou externos. Ex.: nomeação, multa,
etc.

QUANTO AO ALCANCE:
Atos Internos – produzem efeitos apenas no âmbito da Administração. Não obrigam e
nem geram direitos para os administrados. Ex.: portarias, circulares, etc.
Atos Externos – produzem efeitos que atingem os administrados em geral. Ex: concessão
de um alvará de construção, etc.
 

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QUANTO AO OBJETO:
Atos de Império – são aqueles que a Administração impõe coercitivamente ao adminis-
trado, usando de sua supremacia estatal. São praticados de ofício. Ex.: desapropriação,
interdição de atividade, etc.
Atos de Gestão – são aqueles que a Administração pratica sem utilizar sua supremacia
estatal. Ex.: autorização para portar uma arma.
Atos de Expediente – são aqueles que visam dar andamento a processos e papéis que
tramitam na Administração. Exemplo: a juntada de documentos para despacho da auto-
ridade competente.

QUANTO AO REGRAMENTO:
Atos Vinculados – são aqueles que a lei estabelece todos os elementos, sem deixar qual-
quer margem de liberdade ao administrador para escolha de conveniência e oportunida-
de para a pratica do ato. Ex.: licença.
Atos Discricionários – são aqueles que a lei estabelece margem de liberdade ao adminis-
trador para escolha de conveniência e oportunidade para a pratica do ato.
Ex.: autorização.

QUANTO À FORMAÇÃO:
Atos Simples – são os que resultam da manifestação de vontade de um único órgão, uni-
pessoal ou colegiado. Ex.: exoneração de servidor comissionado
Atos Complexos – são os que resultam da manifestação de vontade de dois ou mais ór-
gãos, cuja vontade se fundem formando um único ato. Ex.: portarias conjuntas de dois
ministérios.
Atos Composto – são os que resultam da manifestação de vontade de um órgão, depen-
dendo para ter validade da aprovação de outro órgão, formando-se, assim, dois atos. Ex.:
nomeação do Procurador Geral da República (Senado Federal aprova, Presidente nomeia).

 ATENÇÃO, ATENÇÃO, ATENÇÃO: Para o Supremo Tribunal Federal, a concessão de


aposentadoria para servidor público que depende do deferimento do seu órgão de
origem do servidor, bem como do Tribunal de Contas é considerada ato complexo.
Para José dos Santos Carvalho Filho, a nomeação de autoridades que dependem de
sabatina feita pelo Poder Legislativo, como por exemplo, nomeação do Procurador
Geral da República pelo Presidente da República, mas que depende da sabatina feita
pelo Senado Federal é um ato complexo. Para Maria Sylvia Zanela Di Pietro é um ato
composto. A resposta na prova dependerá do doutrinador que a banca costuma
utilizar. No caso do CESPE/CEBRASPE é comum cobrarem itens relativos a esse
assunto baseado na doutrina do Jose do Santos Carvalho Filho.

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QUANTO AO CONTEÚDO:
Atos Constitutivos – criam uma situação jurídica. Ex.: nomeação, concessão de licença,
etc.
Atos Desconstitutivos ou Extintivos – põem fim a uma situação jurídica. Ex.: demissão
Atos Declaratórios – apenas declaram uma situação preexistente, reconhece um direito
que já existia. Ex.: certidão
Atos Alienativos – transferem bens e direitos. Ex.: doação, venda, permuta, etc.
Atos Modificativos – alteram situações preexistentes, sem por fim nelas. Ex.: mudança de
horário de trabalho na repartição.
Atos Abdicativos – por meio do qual o titular de um direito abre mão de seu exercício.

QUANTO À VALIDADE:
Atos Válidos – aqueles que estão de acordo com todas as exigências legais.
Atos Nulos – aqueles que não estão de acordo com as exigências legais. É vicio insanável,
não podendo ser convalidado, logo, tem vício nos elementos motivo, finalidade, objeto,
competência se ela for exclusiva e forma, se esta for essencial ao ato.
Atos Anuláveis – quando há, apenas, uma nulidade relativa, podendo o vicio ser sanado,
no caso, quando o vício for na competência (desde que não exclusiva) e forma (desde que
a forma não seja essencial a validade do ato).
Atos Inexistentes – são aqueles que parecem ser atos, tem a aparência de ser atos admi-
nistrativos, mas são totalmente irregulares. Ex: os atos praticados pelo usurpador de fun-
ção pública. Não gera responsabilidade para o Estado.

QUANTO À EFICÁCIA OU EXEQÜIBILIDADE:


Atos Perfeitos – são aqueles que tiveram sua formação concluída, valido ou invalido; aque-
les que concluíram todo o seu ciclo de formação.
Atos Imperfeitos – são aqueles que, ainda, não completaram seus ciclos de formação.
Não passaram por todas as fases de sua elaboração.
Atos Pendentes – são aqueles que, embora perfeitos, estão sujeitos a condição ou termo
para que possam produzir efeitos, sendo, portanto, ineficazes. Ex.: ato não publicado.
Atos Consumados – são aqueles que já produziram todos os seus efeitos. Uma licença
para construir após o termino de toda a construção.

6. ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS


A) ATOS NORMATIVOS – são atos que advém do Poder Normativo, constituindo-se num

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comando geral e abstrato, aplicáveis a todos os administrados que se enquadrarem nas


situações neles previstas. São análogos à lei, mas são diferentes pois não tem caráter ino-
vador. Visam a possibilitar a fiel execução da lei (Decreto de Execução) ou a regulamenta-
ção de matérias não previstas em lei (Decreto Autônomo). Ex.: Decretos, Regulamentos,
Regimentos, Instruções Normativas, etc.

B) ATOS ORDINATÓRIOS – são atos que advém do Poder Hierárquico, constituindo-se


num comando interno, aplicáveis aos servidores públicos, com o fim de disciplinar o fun-
cionamento da Administração. Somente vinculam os servidores que se encontram subor-
dinados àqueles que o expediu. Não atingem os administrados. Ex.: instruções, circulares,
avisos, portarias, ofícios, etc.

AULA 11 - CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO


1. CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
É o conjunto de instrumentos que o ordenamento jurídico estabelece afim de que a pró-
pria administração pública, os Poderes Judiciário e Legislativo, e ainda o povo, diretamen-
te ou por meio de órgãos especializados, possam exercer o poder de fiscalização, orienta-
ção e revisão da atuação administrativa de todos os órgãos e agentes públicos, em todas
as esferas de Poder.
1.2. FORMAS DE CONTROLE (classificação)
A) QUANTO À ORIGEM:
Interno – realizado pela entidade ou órgão responsável pela atividade. Exercido dentro
de um mesmo Poder (quando, por exemplo, o diretor do setor de recursos de multas do
DETRAN anula uma multa aplicada por agente de trânsito do próprio DETRAN).
Externo – realizado por quem não é o responsável pela atividade. Exercido por um Poder
sobre os atos dos outros (quando, por exemplo, o Poder Judiciário anula um ato da Admi-
nistração Pública) ou pela Administração Direta sobre a Administração Indireta.
B) QUANTO AO MOMENTO DE EXERCÍCIO:
Prévio ou preventivo: ocorre antes do ato ser praticado. Ex.: autorização do Congresso Na-
cional para o Presidente da República se ausentar do país.
Concomitante: ocorre durante a realização do ato. Ex.: fiscalização da execução de um
contrato administrativo.
Superveniente, corretivo ou posterior: ocorre após a conclusão do ato. Ex.: homologação
de licitação ou concurso.
D) QUANTO À AMPLITUDE:
Hierárquico: é sempre um controle interno do órgão, onde o superior fiscaliza e controla
os atos dos subordinados. Resulta da relação de hierarquia dos órgãos da administração
direta ou indireta. Esse controle pode verificar tanto a legalidade quanto o mérito, de for-

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ma a acarretar a sua anulação ou a sua revogação.


Não hierárquico, finalístico, controle de resultados ou supervisão ministerial: realizado pe-
los poderes Judiciário e Legislativo sobre a Administração Pública ou o controle realizado
pela Administração Direta sobre a Administração Indireta.
C) QUANTO AO ASPECTO CONTROLADO:
De Legalidade ou Legitimidade: é o controle em que se verifica se o ato está de acordo
com a lei e os princípios da Administração. Pode ser realizado pelos três Poderes. Terá
como consequência a anulação do ato.
De Mérito: é o controle feito sobre o ato analisando a sua oportunidade e a conveniência.
Pode levar a revogação do ato. Esse controle é pela Administração sobre seus atos, mas
também poderá ser feita pelo poder Legislativo sobre a Administração. O Poder Judiciário
não pode controlar o mérito dos atos da Administração. O Poder Judiciário somente con-
trola a legalidade dos atos da Administração.
D) QUANTO À AMPLITUDE:
Hierárquico: é sempre um controle interno do órgão, onde o superior fiscaliza e controla
os atos dos subordinados. Resulta da relação de hierarquia dos órgãos da administração
direta ou indireta. Esse controle pode verificar tanto a legalidade quanto o mérito, de for-
ma a acarretar a sua anulação ou a sua revogação.
Não hierárquico, finalístico, controle de resultados ou supervisão ministerial: realizado pe-
los poderes Judiciário e Legislativo sobre a Administração Pública ou o controle realizado
pela Administração Direta sobre a Administração Indireta.

1.3. Controle administrativo (controle exercido pela administração sobre seus próprios
atos)
O controle administrativo é aquele exercido pelo Poder Executivo sobre os atos de seus
próprios órgãos e entidades. O Poder Legislativo e Judiciário também realizam controle
administrativo, quando exercem função administrativa, fiscalizando os atos administrati-
vos editados por seus próprios órgãos.
O controle administrativo é sempre um controle interno (por que é feito dentro de cada
poder). Poder ser sobre a LEGALIDADE do ato ou sobre seu MÉRITO. Deriva do princípio
da AUTOTUTELA, expressa na súmula 473 do STF:

A ADMINISTRAÇÃO PODE ANULAR SEUS


PRÓPRIOS ATOS, QUANDO EIVADOS DE
VÍCIOS QUE OS TORNAM ILEGAIS, PORQUE
DELES NÃO SE ORIGINAM DIREITOS; OU
REVOGÁ-LOS, POR MOTIVO DE
CONVENIÊNCIA OU OPORTUNIDADE,
RESPEITADOS OS DIREITOS ADQUIRIDOS, E
RESSALVADA, EM TODOS OS CASOS, A
APRECIAÇÃO JUDICIAL.

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O controle administrativo pode ser ainda HIERÁRQUICO ou NÃO HIERÁRQUICO. O con-


trole hierárquico é feito entre órgãos e entidades que estejam escalonados verticalmen-
te. O controle hierárquico é aquele feito entre entidades do mesmo poder, porém sem
relação de hierarquia entre eles, como ocorre no controle feito pela Administração Direta
sobre a Indireta.

1.4 CONTROLE LEGISLATIVO OU PARLAMENTAR


É o controle que o Poder Legislativo exerce sobre a Administração Pública (controle ex-
terno), possuindo natureza política ou financeira, restrito às hipóteses previstas na Cons-
tituição Federal.
Existem duas formas de controle legislativo: controle político e financeiro.

O controle político é exercido pelo Legislativo sobre os atos administrativos. Ex:


art. 49, V – sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regula-
mentar
art. 49, X – fiscalizar os atos do Poder Executivo
art. 51, II – tomada de contas do Presidente
art. 52, III – aprovar previamente a escolha de algumas autoridades
art. 58, § 3º - comissão parlamentar de inquérito.

O controle financeiro é realizado pelo Congresso Nacional, com auxílio do TCU nos ter-
mos da Constituição Federal:
A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e
das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, eco-
nomicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Con-
gresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada
Poder.

1.5. CONTROLE JUDICIAL OU JUDICIÁRIO


É o exercido pelos órgãos do Poder Judiciário sobre os atos administrativos quanto a sua
legalidade, acarretando na sua anulação. Para que seja feito, é necessário que o Judici-
ário seja provocado por meio de ações judiciais, tais como habeas corpus, habeas data,
mandado de segurança, mandado de injunção, ação popular, dentre outros.

1.6. SISTEMAS ADMINISTRATIVOS


É o regime adotado pelo Estado para a fiscalização e correção dos atos administrativos.
São de dois tipos:
 
A) SISTEMA DO CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO (OU SISTEMA FRANCÊS): Por esse
sistema o controle feito somente pela própria Administração, de modo que não cabe ao
Poder Judiciário analisar os atos da administração pública. Esse controle não é adotado
pelo Brasil.
 
B) SISTEMA DE JURISDIÇÃO ÚNICA (OU SISTEMA DE CONTROLE JUDICIAL OU SISTE-
MA INGLÊS): A justiça comum tem a competência de apreciar os litígios envolvendo a
Administração. É o controle feito pelo Judiciário, com separação do administrador e do
juiz. É o controle adotado no Brasil nos termos do artigo 5º, inciso XXXV, da Constituição
Federal vigente, que dispõe: “a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou

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ameaça a direito”.

AULA 12 - RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO


8. RESPONSABILIDADE CIVIL OU EXTRACONTRATUAL DO ESTADO
8.1 CONCEITO
Responsabilidade civil é o dever que tem o Estado de reparar os danos patrimoniais e mo-
rais causados por seus agentes a seus administrados. Os danos indenizáveis são aqueles
causados por agentes públicos, NA QUALIDADE DE AGENTES PÚBLICOS.

- O particular tem o prazo de cinco anos para buscar a reparação pelos danos que sofreu,
exceto em se tratando de danos decorrentes do regime militar que serão imprescritíveis.
8.2 TEORIAS (EVOLUÇÃO)
A responsabilização do Estado pelos danos que seus agentes causaram a terceiro passou
por intensa evolução no decorrer dos tempos até chegarmos ao contexto atual baseado
na Constituição Federal de 1988. Partimos da total não responsabilização do Estado até a
atual teoria, da Responsabilidade Civil Objetiva, vejamos:
A) TEORIA DA IRRESPONSABILIDADE – Pela concepção absolutista de Governo, impera-
va a doutrina da irresponsabilidade estatal, consubstanciada na expressão “The king can
do no wrong” (“O rei não erra”).
B) TEORIA CIVILISTA – Da completa irresponsabilidade se partiu para uma visão civilista
de reparação de danos, vigorando a responsabilidade subjetiva, ou seja, a Administração
respondia civilmente pelos danos que tivesse causado por sua culpa ou dolo, competindo
ao administrado comprovar os mesmos.
C) TEORIA DA CULPA ADMINISTRATIVA OU CULPA DO SERVIÇO – É o estágio de transi-
ção entre a responsabilidade subjetiva e a objetiva. Se traduz no binômio: falta do serviço
– culpa da Administração. O administrado deve provar, penas, a falta do serviço (inexistên-

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cia, mau funcionamento ou retardamento do serviço) para surgir a obrigação do Estado


indenizar.
D) TEORIA DA RESPONSABILIDADE OBJETIVA – A obrigação de reparar o dano indepen-
de da comprovação de dolo ou culpa da Administração. Se subdivide em duas teorias:
D.1) TEORIA DO RISCO INTEGRAL – A Administração é responsável por todo e qualquer
dano, ainda que resulte de culpa exclusiva da vítima. Ex.: dano nuclear.
D.2) TEORIA DO RISCO ADMINISTRATIVO – A Administração tem que indenizar os danos
causados ao administrado, independente de dolo ou culpa. Para a responsabilidade se
perquire apenas: fato + dano + nexo = indenização. Entretanto, se exime da responsabili-
dade se provar alguma excludente, como a culpa exclusiva da vítima.

8.3 TEORIA ADOTADA NO DIREITO BRASILEIRO


O Direito Brasileiro adota a TEORIA DA RESPONSABILIDADE OBJETIVA (art. 37, § 6º/CF),
vejamos:

Art. 37 § 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de


serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causa-
rem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo
ou culpa.

Assim, a teoria da responsabilidade objetiva possui como elementos:


A) ocorrência de um fato
B) que esse fato tenha ocasionado um dano patrimonial e moral.
C) nexo de causalidade (vinculo) entre o dano e a atuação do Estado;

ATENÇÃO, MUITA ATENÇÃO: na teoria da responsabilidade objetiva que é a atualmente


aditada pelo ordenamento jurídico brasileiro, a vítima não precisa provar que o agente pú-
blico causador do dano agiu com dolo (intenção) ou culpa (negligencia, imprudência ou
imperícia). Basta que ela prove que houve um fato, que esse fato causou um dano e que
tem um nexo causal (uma ligação) com o Estado. Vejamos em esquema:

FATO + DANO + NEXO CAUSAL = RESPONSALIBIDADE CIVIL DO ESTADO

A título de exemplo, podemos citar o fato de uma viatura policial em perseguição bater no
carro de um particular. Nesse caso, perceba que é irrelevante se a batida se deu por que
estava em perseguição ou não, a única coisa que se deve avaliar para que o Estado seja
civilmente responsabilizado é se houve um fato (a batida) se esse fato causou um dano
(amassou o veículo do particular) e se há um nexo causal (uma ligação entre o fato, o dano

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e o Estado – e tem, pois, quem causou o dano foi um agente público no desempenho da
função). Diante disso, o Estado deve indenizar a vítima.
É imperioso destacar que a teoria da responsabilidade objetiva se divide: RISCO ADMI-
NISTRATIVO ou RISCO INTEGRAL. Como regra, o ordenamento jurídico brasileiro adota
atualmente a teoria da responsabilidade objetiva na modalidade RISCO ADMINISTRATI-
VO.
Pela Teoria da responsabilidade objetiva com base no risco administrativo o Estado res-
ponde, independe de dolo ou culpa do agente público, porém é possível que o Estado
venha a se eximir dessa responsabilidade se restar comprovada três excludentes: caso
fortuito, força maior e culpa exclusiva da vítima ou de terceiros. Se umas dessas três exclu-
dentes estiverem presentes na situação, o Estado não será obrigado a indenizar.

8.4 EXCLUDENTES DA RESPONSABILIDADE


São fatos que retiram do Estado o dever de indenizar. Se divide em três espécies.
A) FORÇA MAIOR – evento da natureza, imprevisto e inevitável (ex: enchentes, inunda-
ções)
B) CASO FORTUITO – evento humano (ex.: greve).
C) CULPA DA VÍTIMA – sendo a culpa exclusiva da vítima, gera total irresponsabilidade do
Estado.

 IMPORTANTE! Em pode ser culpa concorrente da vítima não haverá a exclusão da


responsabilidade do Estado, mas atenuará a responsabilidade de modo que o Estado
responda proporcional a sua participação no evento danoso.

Excepcionalmente no Brasil será adotada a teoria da responsabilidade civil objetiva do


Estado com base no risco integral. Com base nessa teoria não há excludente de responsa-
bilidade do Estado e ele responderia integral, independe de quem tenha causado o dano.
Ocorrerá nos casos de dano nuclear, guerra, terrorismo e danos ambientes. Ocorrendo
algumas dessas situações o Estado será integralmente responsabilizado não podendo se
eximir em nenhuma hipótese.

8.5 ASPECTOS DA TEORIA DA RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA


A Teoria Objetiva do Risco Administrativo possui alguns aspectos que devem ser analisa-
dos:

1. Só se aplica aos danos causados por atos comissivos, ou seja, danos


que decorreram da AÇÃO de um agente público. Exemplo: um motorista
de uma viatura em uma perseguição atinge um veículo particular. Veja
que o dano decorreu de uma ação do agente público, no caso, dirigir,
então será aplicada a responsabilidade objetiva.

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2. Quando se trata de dano que decorre da omissão do Estado (como por


exemplo, quando ciente de que uma árvore está prestes a cair em uma
área de grande circulação de pessoas e o Estado nada faz para impedir), a
responsabilidade será SUBJETIVA. Responsabilidade subjetiva é aquela em
que a vítima, para poder ter direito à indenização, precisa provar que
houve um fato, que esse fato causou um dano e que houve dolo (intenção)
ou culpa (negligencia, imprudência ou imperícia) do agente público.

Todavia, há uma exceção ao afirmado acima, vejamos:

ATENÇÃO: A RESPONSABILIDADE DO ESTADO POR DANOS CAUSADOS POR SUA OMIS-


SÃO PARA AQUELES QUE ESTÃO SOB SUA CUSTÓDIA (COMO POR EXEMPLO, OS PRE-
SOS) SERÁ PELA FORMA OBJETIVA.

3. A teoria da Responsabilidade objetiva só se aplica às pessoas jurídicas de


Direito Público (União, Estados, DF, Municípios, Autarquias e Fundações
Públicas de Direito Público) e as pessoas jurídicas de Direito Privados desde
que sejam prestadores de serviços públicos (fundações públicas de direito
privado, empresas públicas e sociedades de economia mista prestadoras
de serviços públicos).

Diante do disposto acima:

ATENÇÃO: tal teoria (da responsabilidade objetiva) não se aplica às Empresas Públicas e
as Sociedades de Economia Mista exploradoras de atividade econômica. Para tais entida-
des a responsabilidade é subjetiva.
Segundo o Informativo nº 557/09 do STF a responsabilidade das Concessionárias e Per-
missionárias de serviço público é objetiva tanto nas relações com os seus usuários quan-
to em relação aos terceiros não usuários.

8.6. AÇÃO DE REGRESSO


É a ação intentada contra o agente público, pelo prejuízo causado por seu ato ilícito (pra-
ticado de forma dolosa ou culposa), baseada na Responsabilidade Subjetiva do Agente.

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É a ação do Estado contra o agente público causador do dano. Após indenizar a vítima, o
Estado regressivamente vai cobrar do agente público através da ação de regresso, desde
que fique comprovado que o agente agiu de forma dolosa ou culposa.

ESTADO AGENTE PÚBLICO

Não ocorre nos atos lícitos praticados pelo agente, aqueles em que o agente causou o
dano, mas agiu sem dolo e sem culpa, não teve intenção, nem negligencia, imprudência
ou imperícia. Pode ser intentada mesmo após cessar o vínculo entre o agente e a Admi-
nistração. O ônus da prova é da Administração, que para intentar a ação de regresso tem
que ter sido condenada a indenizar o administrado, com base na Responsabilidade Ob-
jetiva.

É uma ação civil, e, por isso, se transmite aos sucessores, até o limite da herança transferi-
da. É uma ação imprescritível.

8.7. RESPONSABILIDADE SUBJETIVA DO ESTADO


Ocorre nos casos de OMISSÕES do Estado. Segundo entendimento do STF, o adminis-
trado (a vítima, o particular) deve provar: a omissão + o dano + a intenção ou negligencia,
imprudência ou imperícia do agente pública em se omitir. Sem a demonstração da in-
tenção do Estado em se omitir ou de sua negligencia, imprudência ou imperícia, não há
indenização.

A título de exemplo, podemos citar grandes buracos em avenidas que causam prejuízos
aos motoristas. Pela omissão do Estado, caberá a sua responsabilização, porém com base
na teoria da responsabilidade subjetiva.

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ATENÇÃO, ATENÇÃO, ATENÇÃO! Conforme já dito, caso por conta de uma omissão do
Estado seja causado um dano para aqueles que se encontram sob sua custódia, a respon-
sabilidade é objetiva e não subjetiva.

Assim, a teoria da responsabilidade subjetiva possui como elementos:


a) ocorrência de dano em razão da omissão;
b) nexo de causalidade entre o dano e a atuação ou omissão do Estado;
c) Dolo ou culpa do agente.

8.8 RESPONSABILIDADE POR ATOS LEGISLATIVOS


Muito se questiona se o Estado deve ser responsabilizado pelos atos legislativos, quais
sejam, as leis no geral. Todavia, regra geral, os atos Legislativos típicos (as leis formais)
não geram responsabilidade, exceto se forem declaradas inconstitucionais e causarem
prejuízo a alguém. Também pode haver responsabilização do Estado no tocante às leis
de efeitos concretos – se lesivas, geram responsabilidade, por serem atos administrativos
normativos destinados à pessoas determinadas.

8.9 RESPONSABILIDADE POR ATOS JUDICIAIS


Também há uma grande discussão quanto a responsabilização do Estado pelos atos judi-
ciais, tais como sentença, decisões, medidas cautelares, etc. Todavia, em regra, não cabe
responsabilização pelas decisões judiciais contrárias aos interesses das partes, exceto se
se trata de condenado por ERRO JUDICIÁRIO, assim como o do que ficar preso além do
tempo fixado na sentença, conforme o art. art. 5º, LXXV/CF, em que haverá a responsabili-
zação do Estado e o dever de indenizar.

AULA 12 - RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO


8. RESPONSABILIDADE CIVIL OU EXTRACONTRATUAL DO ESTADO
8.1 CONCEITO
Responsabilidade civil é o dever que tem o Estado de reparar os danos patrimoniais e mo-
rais causados por seus agentes a seus administrados. Os danos indenizáveis são aqueles
causados por agentes públicos, NA QUALIDADE DE AGENTES PÚBLICOS.

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EXERCÍCIOS - AULA 1 E 2 (FUNDEC – TRT)


4. A nomeação de um servidor no âmbito do
TESTE SEU CONHECIMENTO: poder judiciário é regulado pelo Direito Ad-
(Quadrix – 2019 - Conselho Regional de ministrativo.
Odontologia de Goiás)
No que se refere ao Estado e a seus Pode-
res, julgue o item.
(CESPE - 2012 - DPE-RO - Defensor Público)
1. Quando atua na elaboração de regimen-
tos internos dos tribunais, o Poder Judiciário 5. O conceito de povo, um dos elementos
desempenha função típica. constitutivos do Estado, está relacionado ao
conjunto de brasileiros e estrangeiros que se
encontrem em território nacional, ainda que
transitoriamente.

(FCC - 2010 - SEFAZ-SP - Analista em Plane-


jamento, Orçamento e Finanças Públicas -
Prova 1)
2. O Brasil é uma federação composta pela (ESAF- PGDF Procurador)
União, Estados-membros, Distrito Federal e 6. O conceito estrito de Administração Públi-
Municípios. ca abarca os Poderes estruturais do Estado,
sobretudo o Poder Executivo.

(FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2019 -


Prefeitura de Uberlândia - MG - Fiscal de (Quadrix - 2021 - CRF-AP - Assistente Admi-
Defesa do Consumidor) nistrativo)

No que diz respeito à organização dos Po- 7. A tripartição de Poderes estabelecida pela
deres e ao sistema de freios e contrapesos Constituição Federal tem caráter absoluto,
previstos na Constituição da República Fe- de forma que a harmonia constitucional dos
derativa do Brasil de 1988, julgue o item Poderes da União depende da atuação ex-
abaixo. clusiva de cada Poder em suas funções típi-
cas.
3. A República Federativa do Brasil adota a
teoria da tripartição de funções do Estado,
sistematizada por Montesquieu, possuindo
três poderes independentes e harmônicos
entre si, a saber: o Executivo, o Legislativo e (Quadrix - 2019 - CRA-PA - Administrador)
o Judiciário. No que concerne aos conceitos de Estado,
governo e Administração Pública, julgue o
item.
8. A tripartição de Poderes estabelecida pela

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Constituição Federal tem caráter absoluto, adotada no Brasil, não é absoluta, visto que
de forma que a harmonia constitucional dos a própria Constituição Federal de 1988 au-
Poderes da União depende da atuação ex- toriza o desempenho, por Poder diverso, de
clusiva de cada Poder em suas funções típi- funções que originalmente pertencem a de-
cas. terminado Poder.

(ESAF-Procurador Rio Grande do Norte) (CESPE – 2016 – DPU - Técnico em Assun-


tos Educacionais).
9. A função administrativa existe exclusiva-
mente no seio do Poder Executivo, único a Em relação à administração pública direta
editar atos administrativos. e indireta e às funções administrativas, jul-
gue o item a seguir.
12. A administração pública em sentido for-
mal, orgânico ou subjetivo, compreende o
conjunto de entidades, órgãos e agentes pú-
(CESPE/SEFAZ-ES CONSULTOR) blicos no exercício da função administrativa.
10. Embora a função de administração públi- Em sentido objetivo, material ou funcional,
ca seja exercida precipuamente pelo Poder abrange um conjunto de funções ou ativida-
Executivo, os poderes Judiciário e Legislati- des que objetivam realizar o interesse públi-
vo, relativamente a seus atos administrati- co.
vos, também a exercem.

(FUNIVERSA – 2015 - Secretaria da Criança


(CESPE/CORREIOS ADMINISTRADOR 2011) – DF - Técnico Socioeducativo - Adminis-
trativo)
11. A clássica teoria da tripartição dos Pode-
res do Estado, concebida por Montesquieu e 13. A Administração Pública, no sentido ob-
adotada no Brasil, não é absoluta, visto que jetivo, constitui a própria atividade adminis-
a própria Constituição Federal de 1988 au- trativa exercida pelo Estado, por seus órgãos
toriza o desempenho, por Poder diverso, de e agentes, caracterizando a função adminis-
funções que originalmente pertencem a de- trativa.
terminado Poder.

(CESPE – 2017 - TRF - 1ª REGIÃO - Analista


(CESPE – 2016 – DPU - Técnico em Assuntos Judiciário - Área Judiciária)
Educacionais) Em relação à administração No que se refere à teoria do direito admi-
pública direta e indireta e às funções ad- nistrativo, julgue o item a seguir, consi-
ministrativas, julgue o item a seguir. derando o posicionamento majoritário da
11. A clássica teoria da tripartição dos Pode- doutrina.
res do Estado, concebida por Montesquieu e 14. A administração pública, em seu sentido

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material, compreende as pessoas jurídicas, (MPE-SC – 2016 - Promotor de Justiça - Ma-


os órgãos e os agentes que exercem função tutina)
administrativa. Por outro lado, em seu sen-
18. A administração pública, no sentido
tido formal, designa a natureza da atividade
subjetivo, designa o conjunto de órgãos e
exercida por esses entes.
agentes estatais responsáveis por funções
administrativas. No sentido objetivo, a ad-
ministração pública é um complexo de ativi-
dades concretas visando o atendimento do
interesse público.
(CESPE – 2017 - Prefeitura de Belo Horizon-
te – MG - Procurador Municipal)
15. Em sentido objetivo, a administração pú-
blica se identifica com as pessoas jurídicas,
os órgãos e os agentes públicos e, em senti- (IBADE – 2017 - PC-AC - Escrivão de Polícia
do subjetivo, com a natureza da função ad- Civil)
ministrativa desempenhada
19. Fala-se em Administração Pública Extro-
versa para frisar a relação existente entre Ad-
ministração Pública e seu corpo de agentes
públicos.
(CESPE – 2017 TRF - 1ª REGIÃO - Analista
Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador Fe-
deral)
Tendo como referência a doutrina jurídica (Concurso Milagres/2018)
majoritária, julgue o item a seguir, a res-
peito de conceitos, princípios e classifica- 20. Sobre a administração pública é correto
ções do direito administrativo. afirmar:

16. O conceito de administração pública, em a) A administração pública em sentido am-


seu aspecto orgânico, designa a própria fun- plo só incluí os órgãos e pessoas jurídicas que
ção administrativa que é exercida pelo Po- exercem função meramente administrativa,
der Executivo. de execução dos programas de governo.
b) O conceito de Administração pública em
sentido objetivo adota como referência a ati-
vidade, não obrigatoriamente quem a exer-
ce.
(CESPE – 2017 - Prefeitura de Belo Horizon-
te – MG) c) O fomento faz parte das atividades da ad-
ministração pública em sentido material,
17. Em sentido objetivo, a administração pú- sendo este, restrições ou condicionamentos
blica se identifica com as pessoas jurídicas, impostos ao exercício de atividades privadas
os órgãos e os agentes públicos e, em senti- em benefício do interesse público.
do subjetivo, com a natureza da função ad-
ministrativa desempenhada. d) Em sentido estrito, abrange os órgãos
de governo, que exercem função política, e
também os órgãos e pessoas jurídicas que
exercem função meramente administrativa.

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e) Em sentido material, a administração pú- (Quadrix - CRO GO - Assistente Adminis-


blica, exerce suas atividades por meio da po- trativo - 2019)
lícia administrativa que abrange toda inter-
3. A descentralização administrativa trata da
venção do Estado no setor privado, exceto a
distribuição interna de competências dentro
sua atuação direta como agente econômico.
de uma pessoa jurídica.

(CESPE – 2015 - TRE-MT - Analista Judiciá- (Quadrix - CRESS GO - Auxiliar Administra-


rio - Administrativa) tivo – 2019)
Com relação ao direito administrativo e à 4. A desconcentração de atividades median-
administração pública, julgue o item abai- te delegação à entidade da administração
xo. indireta obedece a juízo de conveniência e
21. A administração pública em sentido es- oportunidade, autorizando, por exemplo, a
trito abrange os órgãos governamentais, en- criação de pessoa jurídica com atribuições
carregados de traçar políticas públicas, bem genéricas, com vistas a desafogar a adminis-
como os órgãos administrativos, aos quais tração direta.
cabe executar os planos governamentais.

(Quadrix - CRECI GO - Profissional de Fis-


calização - 2018)
EXERCÍCIOS - AULAS 3, 4 E 5
5. A administração indireta deriva de des-
(Quadrix - CRESS GO - Agente Fiscal – 2019) centralização, que se dá por razões de or-
1. Os órgãos públicos, a exemplo dos minis- dem administrativa e segundo juízo de con-
térios, são criados a partir da desconcentra- veniência e de oportunidade.
ção, constituindo, por isso, novas pessoas ju-
rídicas.

(Quadrix - CRECI GO - Profissional de Fis-


calização - 2018)
(Quadrix - CREA TO - Agente de Fiscaliza- 6. A descentralização pode se dar em caráter
ção – 2019) genérico, com atividades abrangentes, que
2. Vinculada ao princípio da eficiência, a des- poderão ser mais bem concretizadas segun-
concentração administrativa é caracterizada do a interpretação do administrador.
como a distribuição interna de competên-
cias entre os diversos órgãos de um ente pú-
blico.

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(Quadrix - CREF 13 - Assistente Administra- (Quadrix - IDURB - Técnico Administrativo


tivo – 2018) - Área Administrativa – 2020)
7. Na descentralização administrativa, não 12. Descentralização é a distribuição inter-
há hierarquia. na de competência, fundada na hierarquia,
dentro de uma mesma pessoa jurídica, por
meio de especialização interna.

(Quadrix - CFO - Técnico Administrativo –


2017)
(Quadrix - CRMV AM - Auxiliar Administra-
8. Suponha-se que a União tenha criado um tivo/Financeiro - 2020 )
órgão no âmbito de um determinado minis-
tério de forma a melhorar a prestação de um 13. Todas as entidades criadas pela Adminis-
serviço público de sua competência. Nesse tração Pública para prestação descentraliza-
caso, tem-se uma hipótese de descentraliza- da dos serviços devem gozar de personali-
ção do serviço público. dade jurídica. Dessa forma, a personalidade
jurídica é comum a todos os entes da admi-
nistração indireta.

(Quadrix - CRESS SE - Assistente Adminis-


trativo – 2021)
(Quadrix - CRESS GO - Coordenador Execu-
9. A descentralização está fundada no insti- tivo – 2019)
tuto da hierarquia, mas a desconcentração,
não. 14. Entre os planos pelos quais a descentra-
lização na Administração Federal poderá ser
colocada em prática, destaca‐se a transfe-
rência na execução de atividades do setor
privado para o público e dos entes federados
(Quadrix - CFO - Técnico Administrativo – para a esfera nacional.
2020)
10. Descentralização e desconcentração são
expressões sinônimas, referentes à organiza-
ção da Administração Pública. (Quadrix - CREA TO - Agente Administrati-
vo – 2019)
15. Vinculada ao princípio da eficiência, a
desconcentração administrativa é caracteri-
(Quadrix - IDURB - Técnico Administrativo zada como a distribuição interna de compe-
- Área Administrativa – 2020) tências entre os diversos órgãos de um ente
público.
11. A descentralização pode ser realizada por
meio da outorga e da delegação de serviços,
sendo esta última a transferência da execu-
ção dos serviços públicos, com a manuten-
ção da titularidade sob custódia do Estado.

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(Quadrix - CRF BA - Assistente Técnico Ad- (Quadrix - CRA GO - Assistente Administra-


ministrativo – 2019) tivo – 2016)
16. A desconcentração desloca a esfera de 20. As autarquias integram a administração
responsabilização da entidade para o órgão pública indireta. Tais organizações têm como
criado em razão dela. funcionários os servidores públicos. Julgue o
item abaixo.
A autarquia é forma de centralização admi-
nistrativa, através da personificação de um
(Quadrix - CRF BA - Assistente Técnico Ad- serviço retirado da Administração descen-
ministrativo – 2019) tralizada.

17. A Administração Pública é executora, pois


ela pode ser direta ou indireta, centralizada
ou descentralizada.
(Quadrix - CRA GO - Assistente Administra-
tivo – 2016)
21. As autarquias integram a administração
(Quadrix - CRO PE - Auxiliar Administrativo pública indireta. Tais organizações têm como
- 2016) funcionários os servidores públicos. Julgue o
item abaixo.
18. As empresas públicas e as sociedades de
economia mista são empresas estatais, isto
é, sociedades empresariais de que o Estado
tem controle acionário. Julgue o item.
Empresa pública é Pessoa Jurídica de Direi- (Quadrix - CRMV TO - Advogado – 2015)
to Privado, constituída por capital exclusiva- Relativamente às entidades da Adminis-
mente público. Aliás, sua denominação de- tração Pública indireta, julgue o item abai-
corre justamente da origem de seu capital, xo.
isto é, público, e poderá ser constituída em
qualquer uma das modalidades empresa- 22. As autarquias são pessoas jurídicas de di-
riais. reito privado, criadas por lei para exploração
de atividade econômica.

(Quadrix - CRO PE - Auxiliar Administrativo


(Quadrix - CRO PR - Assessor Jurídico –
- 2016)
2016)
19. As empresas públicas e as sociedades de
Sobre as entidades da Administração Pú-
economia mista são empresas estatais, isto
blica indireta, julgue o item.
é, sociedades empresariais de que o Estado
23. As sociedades de economia mista são
pessoas jurídicas de direito privado, instituí-
das por lei para exploração de atividade eco-

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nômica, ou atividades típicas da administra- (Quadrix - 2018 - CREF - 13ª Região (BA-SE) -
ção pública. Agente de Orientação e Fiscalização)
Quanto à organização administrativa e aos
atos administrativos, julgue o item.
27. A autarquia, criada para desempenhar
(Quadrix - 2014 - SERPRO - Analista - Enge- funções típicas do Estado, apenas existirá
nharia Elétrica) após a devida inscrição, no registro próprio,
dos seus atos constitutivos.
Sobre a organização da administração pú-
blica no Brasil, julgue os itens a seguir.
24. Autarquia é uma entidade auxiliar da ad-
ministração pública indireta. Ela é estatal,
autônoma e descentralizada. Seu patrimô- (Quadrix - 2019 - CREA-TO - Agente Admi-
nio e receita são próprios, porém tutelados nistrativo)
pelo Estado.
No que concerne à administração direta e
indireta, julgue o item.
28. As sociedades de economia mista criadas
pelo Distrito Federal podem adotar a forma
(Quadrix - 2014 - SERPRO - Analista - Enge- de sociedades por ações ou de responsabili-
nharia Elétrica) dade limitada, dependendo do setor econô-
mico em que exercerão suas atividades.
Sobre a organização da administração pú-
blica no Brasil, julgue os itens a seguir.
25. Fundações Públicas podem ser de direito
público ou privado, tendo personalidade ju-
rídica. Elas não possuem fins lucrativos. (Quadrix - 2019 - CREA-TO - Agente de Fis-
calização)
No que concerne à administração direta e
indireta, julgue o item.
(Quadrix - 2014 - SERPRO - Analista - Enge- 29. Ainda que a empresa pública seja dotada
nharia Elétrica) de personalidade jurídica de direito privado,
seu regime de pessoal poderá ser celetista
Sobre a organização da administração pú-
ou estatutário, dependendo da regulamen-
blica no Brasil, julgue os itens a seguir.
tação da lei que a criou.
26. Empresa Pública é uma entidade em-
presarial de personalidade jurídica com par-
ticipação do poder privado e público no seu
capital e em sua direção

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EXERCÍCIOS - AULAS 7 E 8 é toda pessoa física que presta serviços ao


Estado e às pessoas jurídicas da adminis-
(Quadrix - 2021 - CRF-AP - Assistente Admi- tração indireta.
nistrativo)
Maria Sylvia Zanella Di Pietro. Direito admi-
Com relação aos cargos e aos agentes pú- nistrativo. 33.a ed. Rio de Janeiro: Forense,
blicos (aqueles que exercem funções pú- 2020.
blicas e agem em nome do Estado), julgue
o item. Tendo o texto acima como referência ini-
cial, julgue o item.
1. Nos casos específicos previstos em lei, são
considerados como servidores temporários 3. Para o exercício de uma função pública, é
todos os contratados por tempo determina- necessária a ocupação de um cargo público
do para atender à necessidade temporária efetivo.
de excepcional interesse público.

(Quadrix - 2021 - CRMV - AP - Agente Admi-


nistrativo)
(Quadrix - 2021 - CRMV - AP - Agente Admi-
nistrativo) O Estado manifesta sua vontade por meio
dos agentes públicos. De acordo com Ma-
O Estado manifesta sua vontade por meio
ria Sylvia Zanella Di Pietro, agente público
dos agentes públicos. De acordo com Ma-
é toda pessoa física que presta serviços ao
ria Sylvia Zanella Di Pietro, agente público
Estado e às pessoas jurídicas da adminis-
é toda pessoa física que presta serviços ao
tração indireta.
Estado e às pessoas jurídicas da adminis-
tração indireta. Maria Sylvia Zanella Di Pietro. Direito admi-
nistrativo. 33.a ed. Rio de Janeiro: Forense,
Maria Sylvia Zanella Di Pietro. Direito admi-
2020.
nistrativo. 33.a ed. Rio de Janeiro: Forense,
2020. Tendo o texto acima como referência ini-
cial, julgue o item.
Tendo o texto acima como referência ini-
cial, julgue o item. 4. Os chefes do Poder Executivo são conside-
rados como agentes políticos e como agen-
2. O vínculo profissional existente entre o
tes públicos. Dessa forma, é correto afirmar
agente público, regido pela Consolidação
que todo agente político é agente público,
das Leis do Trabalho, e a Administração Pú-
mas nem todo agente público é agente po-
blica é denominado emprego público.
lítico.

(Quadrix - 2021 - CRMV - AP - Agente Admi-


(Quadrix - 2021 - CRMV - AP - Agente Admi-
nistrativo) )
nistrativo)
O Estado manifesta sua vontade por meio
O Estado manifesta sua vontade por meio
dos agentes públicos. De acordo com Ma-
dos agentes públicos. De acordo com Ma-
ria Sylvia Zanella Di Pietro, agente público

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ria Sylvia Zanella Di Pietro, agente público (Quadrix - 2021 - CRMV - AP - Agente Admi-
é toda pessoa física que presta serviços ao nistrativo)
Estado e às pessoas jurídicas da adminis-
A respeito da Administração Pública, jul-
tração indireta.
gue o item.
Maria Sylvia Zanella Di Pietro. Direito admi-
7. Os militares não podem ser considerados
nistrativo. 33.a ed. Rio de Janeiro: Forense,
como agentes públicos.
2020.
Tendo o texto acima como referência ini-
cial, julgue o item.
5. Um particular em colaboração com o Po- (Quadrix - 2021 - CRT - RN - Agente de Fis-
der Público, como, por exemplo, um mesário, calização)
não poderá ser considerado como agente
público, uma vez que não recebe remunera- Acerca da Administração Pública e dos
ção nem foi submetido a processo seletivo princípios que a regem, julgue o item.
para exercer suas funções.
8. O núcleo do princípio da eficiência é a pro-
cura de produtividade e economicidade e, o
que é mais importante, a exigência de redu-
zir os desperdícios de dinheiro público, o que
impõe a execução dos serviços públicos com
(Quadrix - 2021 - CRMV - AP - Agente Admi-
presteza, perfeição e rendimento funcional.
nistrativo)
O Estado manifesta sua vontade por meio
dos agentes públicos. De acordo com Ma-
ria Sylvia Zanella Di Pietro, agente público
é toda pessoa física que presta serviços ao (Quadrix - 2021 - CRT - RN - Agente de Fis-
Estado e às pessoas jurídicas da adminis- calização)
tração indireta.
Acerca da Administração Pública e dos
Maria Sylvia Zanella Di Pietro. Direito admi- princípios que a regem, julgue o item.
nistrativo. 33.a ed. Rio de Janeiro: Forense,
9. O direito de petição, por exigir a iniciativa
2020.
do interessado, não pode ser indicado como
Tendo o texto acima como referência ini- um dos instrumentos de concretização do
cial, julgue o item. princípio da publicidade.
6. As pessoas físicas que desempenham suas
funções prestando serviços às pessoas jurídi-
cas de direito privado, como, por exemplo, a
empresas públicas e a sociedades de econo-
(Quadrix - 2021 - CRT - RN - Agente de Fis-
mia mista, são consideradas como agentes
calização)
públicos.
Acerca da Administração Pública e dos
princípios que a regem, julgue o item.
10. Os princípios da moralidade e da legali-

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dade são equivalentes entre si. (Quadrix - 2021 - CRT - RN - Agente Admi-
nistrativo)
Acerca dos poderes administrativos, jul-
gue o item.

(Quadrix - 2021 - CRT - RN - Agente de Fis- 14. Desvio de poder é a forma de abuso pró-
calização) pria da atuação do agente fora dos limites de
sua competência administrativa.
Acerca da Administração Pública e dos
princípios que a regem, julgue o item.
11. O princípio da impessoalidade objetiva a
igualdade de tratamento que a Administra-
ção deve dispensar aos administrados que (Quadrix - 2021 - CFT - Técnico Industrial
se encontrem em idêntica situação jurídica. Júnior)
Com relação aos poderes administrativos,
julgue o item.
15. O agente público que, se utilizando das
(Quadrix - 2021 - CRESS - SE - Coordenador prerrogativas inerentes ao cargo que ocupa,
Geral) praticar um ato diverso do interesse público
se enquadra nas hipóteses de abuso de po-
A respeito dos princípios fundamentais da der.
Administração Federal, julgue o item.
12. A nomeação de parente da autoridade
nomeante até o 3.º grau, para cargo perma-
nente de órgão da Administração, em razão
de concurso público, constitui violação ao (Quadrix - 2021 - CFT - Técnico Industrial
princípio da impessoalidade. Júnior)
Com relação aos poderes administrativos,
julgue o item.
16. É consectária legal do poder hierárquico
(Quadrix - 2021 - CRESS - SE - Coordenador a impossibilidade, em quaisquer hipóteses,
Geral) de delegação e avocação de competência.

A respeito dos princípios fundamentais da


Administração Federal, julgue o item.
13. A colocação de uma placa divulgando a
realização de uma obra pública e identifi- (Quadrix - 2021 - CRP -MS - Auxiliar Admi-
cando o órgão responsável por sua execução nistrativo de Secretaria)
é compatível com o princípio da publicidade. Acerca dos poderes e dos deveres do ad-
ministrador público, julgue o item.
17. Não há que se falar em poder hierárquico
quando se trata das relações entre a União e
suas entidades administrativas.

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(Quadrix - 2021 - CRP -MS - Auxiliar Admi- atos administrativos.


nistrativo de Secretaria)
1. Uma nomeação, uma exoneração e um
Acerca dos poderes e dos deveres do ad- decreto de desapropriação são exemplos de
ministrador público, julgue o item. atos administrativos individuais.
18. A sanção aplicada a uma empresa con-
tratada pelo Poder Público por falhas na exe-
cução de um contrato representa o exercício
do poder de polícia. (Quadrix - 2021 - CRESS-PB - Assistente Ad-
ministrativo)
No que se refere a atos administrativos,
julgue o item.
(Quadrix - 2021 - CRP -MS - Auxiliar Admi-
2. O cadastramento de um processo nos sis-
nistrativo de Secretaria)
temas informatizados de um órgão público
Acerca dos poderes e dos deveres do ad- é um ato de império.
ministrador público, julgue o item.
19. Ao exercer o poder de polícia, o Estado in-
vade a esfera privada, não para pôr à dispo-
sição da população utilidades ou comodida- (Quadrix - 2022 - CRF-GO - Agente Admi-
des, mas para restringir, limitar, condicionar nistrativo
ou ordenar o exercício de atividades desem-
penhadas pelos particulares. 3. Pode-se conceituar o ato administrati-
vo como sendo a exteriorização da vontade
de agentes da Administração Pública ou de
seus delegatários, nessa condição, que, sob
regime de direito público, vise à produção de
(Quadrix - 2021 - CORE-PR - Assistente Ad- efeitos jurídicos, com o fim de atender ao in-
ministrativo Júnior) teresse público.
Julgue o item, relativo ao poder de polícia
da Administração.
20. De acordo com sua conceituação clássi-
ca, o poder de polícia é a atividade do Estado (Quadrix - 2021 - CRESS - RO - Agente Fis-
consistente em limitar o exercício dos direi- cal)
tos individuais em benefício do interesse pú- Com relação aos atributos e aos elemen-
blico. tos do ato administrativo, julgue o item
abaixo.
4. Segundo a doutrina majoritária, a exterio-
rização do ato administrativo será sempre de
EXERCÍCIOS DAS AULAS 9, forma escrita, com a assinatura da autorida-
de responsável.
10, 11 E 12
(Quadrix - 2021 - CRESS-PB - Agente Fiscal)
Tendo o texto acima como referência ini-
cial, julgue o item no que diz respeito a

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(Quadrix - 2021 - CRESS - RO - Agente Fis- sentido contrário.


cal)
Com relação aos atributos e aos elementos
do ato administrativo, julgue o item abaixo
5. Os atributos de presunção de veracidade (Quadrix - 2021 - CRESS - RO - Agente Fis-
e de legitimidade afastam a possibilidade de cal)
controle judicial dos atos administrativos. Com relação aos atributos e aos elemen-
tos do ato administrativo, julgue o item
abaixo.
9. Os atos administrativos apenas enuncia-
(Quadrix - 2021 - CRESS - SE - Assistente tivos (certidão, atestado, parecer) possuem
Administrativo) atributos de presunção de veracidade e im-
peratividade.
A respeito do direito administrativo, julgue
o item.
6. Os atos administrativos são dotados de
imperatividade, autoexecutoriedade e pre-
sunção de legitimidade. (Quadrix - 2022 - CRF-GO - Agente Admi-
nistrativo)
10. De acordo com a teoria da responsabili-
dade objetiva, o Estado somente pode ser
responsabilizado se houver comprovação
(Quadrix - 2021 - CAU-AP - Assistente Ad- de que houve culpa grave ou dolo de seus
ministrativo) agentes.
Quanto aos atos administrativos, julgue o
item.
7. Imperatividade é a qualidade por meio da
qual os atos administrativos se impõem a (Quadrix - 2021 - CRBM - 4 - Agente Admi-
terceiros, desde que estes tenham expresso nistrativo)
sua concordância.
Acerca de atos administrativos e de con-
trole e responsabilização da Administra-
ção, julgue o item.
11. Na modalidade de risco administrativo, a
(Quadrix - 2021 - CAU-AP - Assistente Ad- Administração tem o dever de indenizar os
ministrativo) prejuízos causados por seus agentes, não
Quanto aos atos administrativos, julgue o cabendo, em nenhuma hipótese, a alegação
item. de culpa exclusiva da vítima.

8. A presunção de legitimidade é a qualida-


de dos atos administrativos que faz com que
estes sejam presumidos verdadeiros e de
acordo com o ordenamento jurídico, inde- (Quadrix - 2022 - CRF-GO - Agente Admi-
pendentemente da existência de prova em nistrativo)

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12. O Estado, segundo o direito positivo atual, (Quadrix - 2021 - CRBM - 4 - Agente Admi-
não é obrigado a responder pelos danos que nistrativo)
seus agentes causarem a terceiros.
Acerca de atos administrativos e de con-
trole e responsabilização da Administra-
ção, julgue o item.
16. A responsabilidade civil do Estado, na
(Quadrix - 2021 - CRT - RN - Agente de Fis- modalidade de risco integral, não admite a
calização) alegação das excludentes de responsabili-
dade, razão pela qual os prejuízos causados
No que se refere à responsabilidade civil
a terceiros devem ser indenizados indepen-
do Estado, julgue o item .
dentemente de sua origem.
13. A culpa exclusiva da vítima é uma das
causas excludentes da responsabilidade civil
do Estado.
(Quadrix - 2021 - CRBM - 4 - Agente Admi-
nistrativo)
Acerca de atos administrativos e de con-
(Quadrix - 2021 - CFT - Técnico Industrial trole e responsabilização da Administra-
Júnior) ção, julgue o item.
A respeito do controle e da responsabiliza- 17. A responsabilidade civil dos servidores
ção da Administração, julgue o item. públicos é subjetiva, ou seja, deve-se de-
14. A teoria da responsabilidade civil do Es- monstrar se a sua conduta decorreu de dolo
tado, adotada pelo ordenamento jurídico ou culpa.
brasileiro, é objetiva, na modalidade do risco
administrativo.

(Quadrix - 2021 - CRT - RN - Agente de Fis-


calização)
(Quadrix - 2021 - CRESS - SE - Assistente
A respeito do controle da Administração
Administrativo)
Pública, julgue o item.
A respeito do direito administrativo, julgue
18. Controle administrativo é o poder de fis-
o item.
calização e correção que a Administração
15. Para que seja caracterizada a responsa- Pública, em sentido amplo, exerce sobre sua
bilidade civil do Estado, são três os pressu- própria atuação, sob os aspectos de legali-
postos: fato administrativo; dano causado a dade e mérito, por iniciativa própria ou me-
particular; e nexo causal entre o fato admi- diante provocação.
nistrativo e o dano. Dessa forma, entende-se
que a responsabilidade do Estado é subjeti-
va.

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(Quadrix - 2021 - CRESS-PB - Agente Fiscal) (Quadrix - 2021 - CRESS-PB - Agente Fiscal)
A responsabilidade civil, também denomi- A responsabilidade civil, também denomi-
nada responsabilidade extracontratual, nada responsabilidade extracontratual,
tem sua origem no direito civil e consubs- tem sua origem no direito civil e consubs-
tancia-se na obrigação de indenizar um tancia-se na obrigação de indenizar um
dano patrimonial ou moral decorrente de dano patrimonial ou moral decorrente de
um fato humano. um fato humano.
Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo. Direi- Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo. Direi-
to administrativo descomplicado. 16.ª ed. to administrativo descomplicado. 16.ª ed.
São Paulo: Método, 2008. p. 599 (com adap- São Paulo: Método, 2008. p. 599 (com adap-
tações). tações).
Tendo o texto acima como referência ini- Tendo o texto acima como referência ini-
cial, julgue o item acerca de controle e res- cial, julgue o item acerca de controle e res-
ponsabilização da Administração. ponsabilização da Administração.
19. A homologação de procedimento licita- 21. A sustação, pelo Congresso Nacional, de
tório ou de concurso público consiste em atos normativos do Poder Executivo que
controle concomitante, exercido durante a exorbitem do poder regulamentar é um
realização do ato. exemplo de controle interno.

(Quadrix - 2021 - CRESS-PB - Agente Fiscal) (Quadrix - 2021 - CORE-PR - Assistente Ad-
ministrativo Júnior )
A responsabilidade civil, também denomi-
nada responsabilidade extracontratual, Quanto ao controle e à responsabilização
tem sua origem no direito civil e consubs- da Administração, julgue o item.
tancia-se na obrigação de indenizar um
22. Conforme o aspecto da atividade admi-
dano patrimonial ou moral decorrente de
nistrativa a ser controlada, o controle pode
um fato humano.
ser de legalidade ou de mérito, podendo, em
Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo. Direi- ambos os casos, ser realizado pelos Poderes
to administrativo descomplicado. 16.ª ed. Executivo, Legislativo e Judiciário.
São Paulo: Método, 2008. p. 599 (com adap-
tações).
Tendo o texto acima como referência ini-
cial, julgue o item acerca de controle e res-
ponsabilização da Administração.
20. A aprovação, pelo Senado Federal, da es-
colha de ministros dos tribunais superiores e
do procurador-geral da República são exem-
plos de controle prévio ou preventivo.

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