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CONTRIBUIÇÃO À TOMADA DE SUBSÍDIOS N°

13/2022 – ANEEL
Processo nº: 48500.006028/2021-89.
Assunto: Abertura de Tomada de Subsídios para o debater o
aprimoramento na regulamentação da apuração das perdas técnicas
regulatórias.

Setembro de 2022

Tomada de Subsídios n° 13/2022 – Processo 48500.006028/2021-89


Posicionamento da AMAZONAS ENERGIA em relação à tomada de subsídios
instaurada pela ANEEL para obtenção de subsídios para aprimoramentos na
regulamentação que define a metodologia adotada pela ANEEL para o cálculo
de perdas na distribuição das concessionárias de distribuição.

Foram apresentadas manifestações para as questões: 02, 03, 04,


05,06,07,08, 12, 13, 14, 15, 16, 21, 22, 26, 28, 29, 30, 31, 32, 33 e 34.

QUESTÕES APRESENTADAS

1. Quais os principais pontos a serem aprimorados na metodologia de


cálculo de perdas na distribuição? Por quais razões?

2. A metodologia de cálculo de perdas do SDAT, que utiliza o sistema de


medição, é a mais adequada para obtenção das perdas nesse
segmento?
Sim, a metodologia utilizada atualmente pela distribuidora é a mais
adequada. Conforme as exigência do PRODIST – Módulos 2 e 7: as perdas
para o SDAT são obtidas pela diferença entre a energia injetada e fornecida
medidas na fronteiras dos sistemas com agentes de transmissão, geração e
consumidores.
O procedimento de cálculo no SDAT continua com a obtenção das perdas para
cada transformador de potência.

3. Existem aspectos a serem aperfeiçoados na metodologia de cálculo


do SDAT? Caso positivo, quais?
Não, entende-se que a atual metodologia já consolidada, apresenta
confiabilidade e precisão das perdas técnicas no SDAT.
A obrigatoriedade do sistema de medição no SDAT permitiu a
consolidação das perdas. A distribuidora utiliza a metodologia vigente
descrita no item 2.2 deste documento. Com essa metodologia é possível
avaliar o nível de perdas do SDAT e analisar a evolução das perdas no SDAT.

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Utilizando a presente metodologia conclui-se que o percentual de
perdas correlacionado a energia injetada apresenta resultados dentro do
esperado, portanto permanecerá a regra vigente.

4. Os níveis de perdas no SDAT estão adequados?


As perdas no SDAT por meio do sistema de medição apresentam
resultados de níveis de perdas adequados.

5. Como auditar as perdas apuradas por medição do SDAT? Um eventual


procedimento de auditagem deveria ser aplicado a todas as
distribuidoras ou apenas em casos específicos? Qual critério deveria
ser usado para estabelecer a aplicação de um eventual procedimento
de auditagem?
Para auditagem no SDAT, conforme o módulo 10 do PRODIST –
Sistema de Informação Geográfica Regulatório. As informações contidas no
SIG-R são aplicadas para atividades vinculadas e fiscalização conduzida pela
ANEEL, de forma que a auditagem das perdas apurados por medição no
Sistema de Distribuição de Alta Tensão – SDAT, deve-se basear na BDGD.
Para estabelecer o critério para o procedimento de auditagem, a
distribuidora entende que seja avaliado de acordo com a configuração do
sistema de alta tensão de cada distribuidora, visto que existem
particularidades para cada concessionária, o que torna a padronização
inviável.
Para o procedimento de auditagem, entende-se que deve ser realizado
em casos específicos, desde que previamente seja definido os critérios
objetivos da avaliação, com vistas a garantir a integridade das informações
que se vinculam com as perdas apuradas no SDAT, esclarecendo que todas
as informações referentes a essa apuração estejam contidas na BDGD.

6. O envio de dados padronizados por ponto de medição seria uma


possibilidade? Quais os aspectos positivos e negativos dessa
abordagem?

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O envio de dados padronizados por ponto de medição é uma
possibilidade, porém esses dados podem variar devido os diferentes tipos de
medição da distribuidora.
Como aspecto positivo é entendível que seja realizado uma
constatação da consistência dos dados.
Como aspecto negativo, a padronização pode gerar atualização da
configuração da BDGD e possíveis custos com a implementação de dados
padronizados.
7. A confiabilidade dos dados de medição – principalmente os que não
pertencem ao Sistema de Medição de Faturamento (SMF) – é
adequada?
Sim, a metodologia de utilização das medições em alimentadores é
adequada, dessa forma permite a confirmação dos montantes de energia
medidos pelos transformadores nas subestações.

8. Em caso de falhas na apuração da medição de algum ponto de


medição, quais são os procedimentos adotados? Tais procedimentos
deveriam ser detalhadamente definidos?
A ocorrência de falhas é acompanhada rigorosamente pela
distribuidora, e no caso de falhas adota-se a metodologia mais adequada para
cada tipo de problema que ocorre.
Em caso de falhas no sistema de medição atual, a perda calculada é
considerando a estimativa da energia passante no equipamento e subtraída
da perda das redes de um dos níveis de tensão onde se encontra conectado
o transformador.

9. Na maioria dos casos são significativas as variações diárias das


unidades geradoras nos alimentadores de distribuição?

10. As distribuidoras possuem os dados de medição dos geradores


conectados aos circuitos de média tensão com injeção de potência
significativa?

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11. Caso opte-se por calcular as perdas dos circuitos que possuem
geração, qual seria a alternativa mais adequada para a curva de
carga? Teriam outras opções além das anteriormente elencadas?

12. A distribuidora possui sistema de subtransmissão que interliga


SED? Caso positivo, a distribuidora dispõe de medição de modo a
totalizar as perdas desse sistema?
Não, a distribuidora não possui sistema de distribuição que interligue
a alguma SED.

13. O tratamento dispensado ao Sport Network pela metodologia


de perdas é adequado?
A distribuidora não utiliza a configuração spot network em seu sistema.

14. O tratamento dispensado a redes subterrâneas reticuladas pela


metodologia de perdas é adequado?
A distribuidora não possui redes subterrâneas reticuladas.
.
15. A incorporação da microgeração e minigeração distribuída ao
modelo de cálculo de perdas é necessária?
Para a distribuidora, o momento não se vê necessário a incorporação
da microgeração e minigeração no modelo do cálculo de perdas, pois a
porcentagem de clientes incorporados nesse modelo ainda é baixa.
Portanto para a concessionária o atual modelo das informações
contidas na BDGD serve para acompanhamento dessas unidades de
microgeração e minigeração, posteriormente pode ser discutido novamente
este tópico de acordo com o futuro crescimento da microgeração e
minigeração.

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16. Considerando o número de unidades com geração e o acréscimo
de complexidade ao cálculo, é importante considerar as demais
fontes de geração no cálculo de perdas?

Em virtude de da sua participação extremamente baixa dentro do


contesto de geração acreditamos que a complexidade que será adicionada ao
cálculo não é justificativa suficiente para colocar, neste momento, a micro e
minigeração no cálculo. No entanto, não podemos deixar de estarmos atentos
ao crescimento deste mercado, pois o mesmo tem crescido
consideravelmente na distribuidora e provavelmente que é questão de tempo
até que este passe a ser relevante.
Portanto, nossa proposta é que a micro e minigeração poderia ser
estipulado um percentual mínimo para que quando essa energia atingisse
esse percentual de relevância, passasse a ser incorporado ao calculo de perda
técnica.
17. Qual a melhor opção para se obter a energia mensal gerada:
utilizando-se o OpenDSS como um estágio que precede o cálculo ou
por meio da formulação descrita anteriormente nessa seção? Existem
outras opções a serem

18. Existe outra base de dados que poderia ser utilizada para a
obtenção da irradiância solar, além da base de dados do Atlas
Brasileiro de Energia Solar desenvolvido pelo INPE?

19. Qual a periodicidade para a consideração da irradiância e da


temperatura, tendo em vista a disponibilidade de informação: diária,
mensal, anual ou alguma outra forma?

20. Como considerar a irradiância e a temperatura tendo em conta


a localização geográfica da unidade com geração: i) usar a localização
geográfica unidade com geração sem qualquer simplificação; ii) por

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conjunto de unidade consumidora; iii) por área de concessão; iv) por
região ou alguma outra forma?

21. Qual das opções deve ser adotada para representar as


características elétricas das linhas do SDMT e SDBT? Existiria outra
forma não abordada nesse documento?
Para representação do cálculo de perdas elétricas das linhas do SDMT
e SDBT utiliza-se: a impedância de sequência positiva (R1 e X1) e as de
sequência zero (R0 e X0), as capacitâncias (C1 e C0), as matrizes de
resistência em série, de reatância em série e a geometria dos dados.

22. A solução implementada para considerar o neutro com a


inserção do quarto condutor nas linhas do SDMT e SDBT é adequada?
A solução de considerar a inserção do neutro nas linhas de SDMT e
SDBT é adequada.

23. Realizar o aterramento do neutro através do objeto Reactor é a


melhor opção? Ou seria mais adequada a modelagem em que a
resistência do neutro não seria considerada?

24. A representação da reatância de magnetização se faz


necessária?

25. Para considerar essa reatância basta adicionar o parâmetro


%imag quando da definição do objeto Transformer?

26. Deve-se proceder à limitação da carga quando exceder a


potência nominal do transformador de distribuição em um
determinado montante?
A limitação de carga quando exceder a potência nominal do
transformador só poderá ser considerada quando exceder 40%.
Atualmente, o procedimento do cálculo de perdas para o carregamento
excessivo em um determinado transformador de distribuição, é realizado um

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tratamento regulatório que visa minimizar os erros causados pela sobrecarga
que poderia inviabilizar os cálculos das perdas, portanto deve-se continuar o
procedimento realizado atualmente.

27. O limite de 140% está adequado para essa finalidade?


O limite de 140% está adequado. Na avaliação do carregamento
máximo dos transformadores de distribuição é considerado o somatório das
demandas máximas de todas as cargas conectadas no equipamento, levando
em consideração a parcela da perda não técnica, a proposta continua sendo
que se a demanda ultrapassar 40% da potência nominal, a carga (técnica e
não técnica) seja limitada para não ultrapassar os 140% da potência nominal
do equipamento.

28. Deve-se proceder à limitação da carga quando exceder a


máxima capacidade de condução dos condutores? Qual limite deve-
se estabelecer para essa finalidade?
Para a distribuidora não deve proceder à limitação da carga quando
exceder a capacidade máxima de condução dos condutores, visto que a
limitação de carga empregada atualmente ou a limitação do carregamento
dos transformadores limita o carregamento dos condutores.

29. Deve-se proceder à redistribuição das cargas entre as fases do


circuito quando o desbalanceamento ultrapassar um determinado
valor?
Sabe-se que para o cálculo de perdas técnicas os aspectos físicos da
rede devem ser fidedignos. Portanto, no caso de redistribuição das cargas
entre as fases para viés de tratamento regulatório não é interessante. Nesse
caso a modelagem do cálculo de perdas técnicas deve considerar as
informações contidas na BDGD.

30. Qual a melhor forma de ser determinar um limite para o


desbalanceamento de carga ao longo do alimentador?

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Não é preciso determinar um limite para desbalanceamento de carga
ao longo do alimentador, visto que a BDGD reflete a realidade das redes
elétricas.

31. As definições de energia injetada e de energia fornecida


apresentadas descrevem adequadamente o que deve ser considerado
no computo desses montantes para fins do cálculo de perdas?
A energia injetada e fornecida compõe o balanço de energia da
distribuidora, a partir desses dados são realizados os cálculos de perdas
totais, perdas técnicas e não técnicas. Para acompanhar a veracidade dos
dados do cálculo das perdas é feita uma comparação dessa energia do
balanço que após o processo do cálculo é inserida dentro da BDGD com a
energia informada no Sistema de Acompanhamento de Informações de
Mercado para Regulação Econômica – SAMP. Essas definições descrevem
adequadamente o que é considerado no computo dos montantes para o
cálculo de perdas.

32. Há correspondência que permita a comparação entre os valores


informados na BDGD e no SAMP Balanço Energético? Caso negativo,
qual a diferença entre as fontes de informação.
Com certeza a correspondência sim entre as informações da BDGD e SAMP,
no entanto, a de especificarmos que o SAMP trabalha o mercado de forma
consolidada e a BDGD precisa de outras informações de forma mais detalhada
em sua composição, como as energias de todos os alimentadores para que
possa compor sua base de dados.

33. A segregação da energia fornecida: em energia fornecida ao


mercado livre, energia fornecida ao mercado cativo e energia
fornecida à outras distribuidoras contempla todas as situações
presentes no sistema de distribuição? Seria necessária a abertura de
outros tipos de energia?

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Acredito que que essas segregações atendem bem o mercado da
distribuidora, mais somente pontuar que deve-se levar em consideração a
energia de fornecimento do mercado de micro e mini geração e entendo como
um agregado e nos conceitos de fornecimento ele não é mencionado.
34. Quais as vantagens e desvantagens de se adotar a interface
DSS Extensions comparativamente à interface COM?
A interface DSS Extensions realiza diversas modificações de acordo
com os interesses dos usuários, porém os desenvolvedores nunca
conseguiriam antecipar as necessidades dos usuários, o que abriu novas
possibilidades para recursos de modo a suportar as pesquisas e
desenvolvimento dos estudos. Para que fosse permitido os usuários
desenvolver e executar novas e diferentes soluções, o openDSS disponibiliza
a interface Component Object Model (COM). As vantagens da interface COM
é que o programa pode realizar a leitura de qualquer banco de dados ou
arquivo de texto que defina algum circuito. Portanto a interface COM
disponibiliza recursos externos e forma gráficas dos resultados, pois permite
que o cálculo de perdas na distribuição seja realizado de forma interativa.

35. Há algum ponto de atenção em se empregar essa nova


interface?

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