Você está na página 1de 22

AULA 6

CERTIFICAÇÕES AMBIENTAIS
E ANÁLISE DE DESEMPENHO
ENERGÉTICO

Profª Giselle Dziura


INTRODUÇÃO

Nesta aula daremos continuidade aos estudos sobre as categorias 4 a 14


correspondentes à Certificação AQUA-HQE, sendo:

a) Categoria 4 – Energia
b) Categoria 5 – Água
c) Categoria 6 – Resíduos
d) Categoria 7 – Manutenção
e) Categoria 8 – Conforto higrotérmico
f) Categoria 9 – Conforto acústico
g) Categoria 10 – Conforto visual
h) Categoria 11 – Conforto olfativo
i) Categoria 12 – Qualidade dos espaços
j) Categoria 13 – Qualidade do ar
k) Categoria 14 – Qualidade da água

Lembramos que há o referencial técnico para edifícios residenciais e não


residenciais. Aqui, abordaremos a estrutura de edifícios não residenciais em
construção aplicáveis no Brasil, com base em Fundação Vanzolini (2016).

TEMA 1 – CERTIFICAÇÃO AQUA-HQE – CATEGORIA 4 – ENERGIA

A categoria 4 corresponde aos critérios relacionados à energia e faz parte


do Grupo Energia e Economias. Para os edifícios não residenciais, essa
categoria estrutura-se da seguinte forma (Vanzolini, 2016, p. 43): “redução do
consumo de energia por meio da concepção arquitetônica; redução do consumo
de energia primária1; redução das emissões de poluentes na atmosfera”.
Como itens BASE em edifícios não residenciais, tem-se que:

a) propor edifícios cuja concepção bioclimática leve em conta o nível “C” com
base no Regulamento Técnico da Qualidade para o Nível de Eficiência
Energética de Edifícios Comerciais, de Serviços e Públicos (RTQ-C)2

1 O consumo de energia de uma construção é expresso em energia primária (Cep).


2 O Regulamento Técnico da Qualidade para o Nível de Eficiência Energética de Edifícios
Comerciais, de Serviços e Públicos (RTQ-C) teve a primeira versão regulamentada pela Portaria
Inmetro n. 53, de 27 de fevereiro de 2009, posteriormente sucedida pela Portaria Inmetro n. 163,
de 8 de junho de 2009. Tem como objetivo criar condições para etiquetagem do nível de eficiência
energética de edifícios comerciais, de serviços e públicos quanto à eficiência energética, os quais
são avaliados três requisitos principais: sistema de iluminação, sistema de ar-condicionado e
envoltória do edifício.
2
publicado pelo Inmetro/Procel (Programa Nacional de Conservação de
Energia Elétrica). As justificativas a serem analisadas no projeto
arquitetônico consideram a volumetria, a orientação das superfícies
envidraçadas e os componentes bioclimáticos;
b) aplicar técnicas, sistemas construtivos e equipamentos que comprovem
10% de ganho com relação a um consumo de referência, utilizando uma
base de simulação energética, relacionado a aquecimento, resfriamento,
aquecimento da água, ventilação, iluminação e equipamentos auxiliares;
c) aplicar limite “C” conforme o RTQ-C do Inmetro para a iluminação dos
espaços;
d) empregar energias renováveis com elaboração de estudo de viabilidade,
demonstrando a utilização de modalidades energéticas locais de origem
renovável e a expressão do percentual de cobertura da demanda de
energia por energias locais de origem renovável;
e) utilizar sistemas de ar-condicionado com eficiência mínima segundo
regulamento RTQ-C publicado pelo Inmetro/Procel, nível “C”;
f) apresentar o cálculo das quantidades de CO2 (eq-CO2) emitidas pela
utilização da energia nos sistemas levados em consideração no item b).

Saiba mais
Recomendamos a leitura do estudo sobre o método de avaliação do
sistema de iluminação do RTQ-C, conduzido por Greici Ramos e Roberto
Lamberts. Ele está disponível no seguinte link:
<http://www.cbcs.org.br/userfiles/comitestematicos/energia/Relatorio-
Iluminacao_RTQ-C.pdf>.
Também é importante conhecer o Regulamento Técnico da Qualidade para
o Nível de Eficiência Energética de Edificações Comerciais, de Serviços e
Públicas. O acesso é possível por meio do link:
<http://www.pbeedifica.com.br/sites/default/files/projetos/etiquetagem/comercial/
downloads/Port372-2010_RTQ_Def_Edificacoes-C_rev01.pdf>.

A seguir, vamos apresentar algumas pontuações de 1 a 4 em cada


subcategoria, para que você possa perceber como é possível ir além, até chegar
a uma “boa prática” ou “melhor prática”. Então, confira exemplos do que é preciso
para se obter 1 a 3 pontos na categoria 4:

3
a) reduzir a demanda de energia do edifício por meio de simulação
termodinâmica, seja de aquecimento, seja de resfriamento, seja de
iluminação (1 ponto);
b) adotar medidas para melhorar a permeabilidade ao ar da envoltória,
contendo os defeitos de estanqueidade (2 pontos);
c) aplicar técnicas, sistemas construtivos e equipamentos que comprovem
20% de ganho com relação a um consumo de referência, utilizando uma
base de simulação energética, relacionado a aquecimento, resfriamento,
aquecimento da água, ventilação e equipamentos auxiliares (5 pontos);
d) aplicar medidas de potência instalada ou gestão artificial para limitar o
consumo de energia relacionada à iluminação artificial de estacionamento
cujo fim não se relaciona ao conforto visual dos usuários (2 pontos);
e) aplicar limite “B” (1 ponto) e “A” (2 pontos) conforme o RTQ-C do Inmetro
para a iluminação dos espaços;
f) utilizar energias renováveis demonstrando a demanda total do edifício em
relação a aquecimento, resfriamento, iluminação artificial e aquecimento da
água sendo coberta: até 10% pontua 1; 20%, pontua 2; 30%, pontua 3; e
40%, pontua 4;
g) demonstrar, por meio de cálculos e justificativas satisfatórias, que a escolha
energética – quantidades de CO2 (eq-CO2) emitidas pelas diferentes
alternativas de energia – condiz com o melhor compromisso entre tais
emissões de CO2 e os objetivos ambientais do empreendedor.

Para essa categoria, e para edifícios não residenciais que não sejam
frigoríficos, a pontuação é da seguinte forma:

 Nível B – respeito ao nível BASE;


 Nível BP – respeito ao nível BASE E ≥ 30% dos pontos aplicáveis, sendo 1
ponto na exigência referente à demonstração de redução de demanda de
energia por meio de simulação energética e 5 pontos na exigência referente
ao ganho proveniente da avaliação do desempenho energético do edifício;
 Nível MP – respeito ao nível BASE E Soma dos pontos ≥ 50% dos pontos
aplicáveis, sendo 1 ponto na exigência referente à demonstração de
redução de demanda de energia por meio de simulação energética e 6
pontos na exigência referente ao ganho proveniente da avaliação do
desempenho energético do edifício;

4
 Número de pontos disponíveis: BP = 15 e MP = 26.

Saiba mais
Se você deseja ler mais sobre a contribuição do setor da construção civil à
redução de emissões e de uso de fontes renováveis de energia, vale conferir o
material “Energia nas construções”, elaborado pela Câmara Brasileira da Indústria
da Construção (CBIC). Ele está disponível em: <https://cbic.org.br/wp-
content/uploads/2017/11/Energia_na_Construcao_2017-1.pdf>.

TEMA 2 – CERTIFICAÇÃO AQUA-HQE – CATEGORIA 5 – ÁGUA

A categoria 5 corresponde aos critérios relacionados à água e faz parte do


Grupo Energia e Economias. Para os edifícios não residenciais, essa categoria
estrutura-se da seguinte forma (Fundação Vanzolini, 2016, p. 52): “redução do
consumo de água potável; gestão das águas pluviais no terreno; gestão das águas
servidas”.

Como itens BASE em edifícios não residenciais, tem-se que:

a) propor que no edifício o limite de vazão de utilização na pressão do sistema


seja de máximo 300 kPa;
b) limitar a demanda de água no uso sanitário como chuveiros, torneiras,
lavatórios, válvulas de descarga, considerando valor menor ou igual as
referências abaixo, com base em Fundação Vanzolini (2016, p. 54):
 válvula de descarga: 6,8 litros/fluxo
 mictório: 3 litros/fluxo
 torneira de pia de banheiro: 10 litros/minuto
 chuveiro: 12 litros/minuto
c) estabelecer o limite de consumo de água potável distribuída, e em caso de
uso de água não potável deve-se respeitar a regulamentação vigente;
d) calcular a estimativa do consumo global de água e de água potável
distribuída (em m3/ano e m3/UF/an) – UF (Unidade Funcional);
e) atender à regulamentação local sobre a permeabilidade do solo (após
execução);
f) propor medida para armazenamento temporário e escoamento de água de
chuva no terreno;

5
g) elaborar estudo do saneamento não coletivo e estudo do solo, com objetivo
de garantir o tratamento das águas servidas, além de adotar medidas de
acordo com as recomendações norma NBR 13969, que dispõe sobre
“Tanques sépticos – Unidades de tratamento complementar e disposição
final dos efluentes líquidos – Projeto, construção e operação”;

A seguir, vamos citar alguns exemplos de pontuações para que você possa
observar algumas estratégias para ser uma “boa prática” ou “melhor prática”.
Acompanhe o que é preciso realizar para se conseguir entre 1 a 4 pontos na
categoria 5 para edifícios não residenciais:

a) limitar a demanda de água em usos sanitários para menor ou igual a 0,7


vezes o valor de referência, com exceção de hotéis (2 pontos);
b) limitar a permeabilidade do solo cujo coeficiente seja menor ou igual a 80%
(2 pontos);
c) ao gerenciar as águas pluviais, elaborar estudo de viabilidade da infiltração
no terreno e, caso seja positivo, implementar medidas técnicas para infiltrar
parte da água de chuva armazenada (2 pontos);
d) elaborar um estudo de viabilidade para instalação de um sistema inovador
de tratamento das águas servidas para o local do empreendimento,
garantindo vantagens ambientais e outras características positivas (4
pontos);
e) elaborar estudo de viabilidade a fim de garantir o tratamento e a reciclagem
de águas cinzas para usos potenciais como banheiros, irrigação e lavagem
dos pisos, entre outros (4 pontos);
f) elaborar cálculo que cruza as informações da impermeabilização do terreno
e da reciclagem eventual das águas pluviais para determinar o percentual
anual de água pluvial não descartada na rede. A partir do desempenho
obtido, pode-se obter 1, 2 e 4 pontos (20, 40 e 60% de desempenho obtido).

Para essa categoria, e para edifícios não residenciais, a pontuação


ocorre da seguinte forma:
 Nível B – respeito ao nível BASE;
 Nível BP – respeito ao nível BASE E ≥ 15% dos pontos aplicáveis;
 Nível MP – respeito ao nível BASE E Soma dos pontos ≥ 30% dos
pontos aplicáveis;
 Número de pontos disponíveis: BP = 6 e MP = 12.

6
TEMA 3 – CERTIFICAÇÃO AQUA-HQE – CATEGORIAS 6 E 7 – RESÍDUOS E
MANUTENÇÃO

3.1 Categoria 6 – Resíduos

A categoria 6 corresponde aos critérios relacionados a resíduos e faz parte


do Grupo Meio Ambiente. Para os edifícios não residenciais, essa categoria
estrutura-se da seguinte forma (Fundação Vanzolini, 2016, p. 60): “otimização da
valorização dos resíduos de uso e operação do edifício; e qualidade do sistema
de gerenciamento dos resíduos de uso e operação do edifício”.

Como itens BASE em edifícios não residenciais, tem-se que:

a) identificar as atividades no edifício e os resíduos que estas geram;


b) classificar os resíduos de acordo com a NBR 10004:2004 “Resíduos
Sólidos: Classificação”, a qual identifica os resíduos sólidos quanto aos
potenciais riscos ao meio ambiente e à saúde pública; para efeitos da
norma, o item 4.2 classifica os resíduos em duas classes: classe I
(perigosos) e classe II (não perigosos) – este último pode ser classe II A
(não inertes) e classe II B (inertes);
c) especificar as cadeias de valorização que se encontram acessíveis – tanto
públicas quanto privadas –, estudando-se a viabilidade financeira e
econômica aos associados;
d) propor espaços no edifício que sejam adequados para garantir o
armazenamento de resíduos, contendo sistemas de limpeza, hidráulica,
ventilação e proteção das intempéries.

A seguir, apresentaremos possibilidades de pontuações para que você


verifique algumas estratégias que sejam “boas práticas” ou “melhores práticas”.
Acompanhe exemplos do que é preciso realizar para se conseguir entre 1 a 2
pontos na categoria 6 para edifícios não residenciais:

a) escolher uma alternativa de remoção de resíduos do ponto de vista técnico,


econômico e ambiental, escolhendo uma cadeia de valorização para pelo
menos 50% dos resíduos (2 pontos);
b) propor medidas que permitam utilizar e valorizar os resíduos orgânicos em
fase de uso e operação do edifício (2 pontos) – válido para edifícios em que
essa atividade é uma prioridade;

7
c) propor espaços arquitetônicos que permitam a inserção de equipamentos
para compactação e/ou moagem a fim de reduzir o volume de resíduos no
uso e operação do edifício – válido para edifícios que essa atividade é uma
prioridade como hotéis, edifícios comerciais ou que tenham atividade
logística (1 ponto);
d) propor espaços no edifício que sejam adequados para garantir o
armazenamento de resíduos, melhorando a ergonomia (2 pontos);
e) propor espaços de armazenamento e triagem de resíduos cuja localização
facilite as entradas de caminhões de remoção (2 pontos).

Para essa categoria, e para edifícios não residenciais, a pontuação se dá


do seguinte modo:

 Nível B – respeito ao nível BASE;


 Nível BP – respeito ao nível BASE E ≥ 40% dos pontos aplicáveis;
 Nível MP – respeito ao nível BASE E Soma dos pontos ≥ 50% dos
pontos aplicáveis;
 Número de pontos disponíveis: BP = 6 e MP = 8.

Saiba mais
Conheça mais sobre a NBR 10004:2004, que dispõe a respeito da
classificação de resíduos sólidos. Acesse:
<http://www.suape.pe.gov.br/images/publicacoes/normas/ABNT_NBR_n_10004_
2004.pdf>.

3.2 Categoria 7 – Manutenção

A categoria 7 corresponde aos critérios relacionados à manutenção e faz


parte do Grupo Energia e Economias. Para os edifícios não residenciais, essa
categoria estrutura-se da seguinte forma (Fundação Vanzolini, 2016, p. 65):
“otimização da concepção dos sistemas do edifício para simplificar a conservação
e a manutenção; concepção do edifício para o acompanhamento e o controle dos
consumos; concepção do edifício para o acompanhamento e o controle do
desempenho dos sistemas e das condições de conforto”.
Como itens BASE em edifícios não residenciais, tem-se que:

a) propor espaços arquitetônicos que permitam acesso aos sistemas


aquecimento/resfriamento, ventilação, transformadores e grupos geradores

8
de energia, assim como aos equipamentos de distribuição e gestão de
água;
b) propor acessibilidade a todos os locais de ocupação permanente em que
estejam os sistemas técnicos e equipamentos;
c) oferecer dispositivos de medição para que o consumo de energia seja
monitorado nos usos relacionados a aquecimento, resfriamento, ventilação,
iluminação e água quente;
d) oferecer dispositivos de medição para monitoramento do consumo da água,
seja no acompanhamento do consumo, seja no reconhecimento de
vazamentos, considerando a rede de distribuição como um todo.

A seguir, observe alguns exemplos de pontuações, para que você possa


identificar alternativas de melhorias no processo de certificação. Veja algumas
amostras do que é indispensável para se conseguir entre 1 a 5 pontos na categoria
7 para edifícios não residenciais:

a) propor espaços arquitetônicos que tenham, além do acesso aos sistemas


aquecimento/resfriamento, ventilação, transformadores e grupos geradores
de energia, equipamentos de distribuição e gestão de água, a possibilidade
em conceder intervenções de substituição desses equipamentos sem
danificar a construção (2 pontos);
b) conceber as redes AVAC (aquecimento, ventilação e ar-condicionado) de
modo setorizado e ao mesmo tempo possibilitar acesso às caixas de
distribuição (2 pontos);
c) oferecer dispositivos de medição para que o consumo de energia seja
monitorado além do nível BASE, aos usos relacionados a equipamentos
eletromecânicos, produção de frio, iluminação externa e de
estacionamentos (3 pontos);
d) oferecer dispositivos de medição para que o consumo de energia seja
monitorado além do nível BASE, aos usos relacionados à automação de
escritórios, piscinas ou spas, cozinha, lavanderia, iluminação de produtos
e outros equipamentos energéticos (5 pontos);
e) disponibilizar um sistema autônomo de acompanhamento do consumo de
energia, com armazenamento de informações, históricos, análises e
estatísticas (2 pontos);
f) oferecer dispositivos de medição para monitoramento do consumo da água,
seja no acompanhamento do consumo, seja no reconhecimento de
9
vazamentos, considerando o uso em sanitários, cozinhas, lavanderias,
piscinas, irrigação, de modo individual (1 ponto);
g) disponibilizar um sistema autônomo de acompanhamento do consumo de
água, com armazenamento de informações, históricos, análises e
estatísticas (1 ponto);
h) oferecer dispositivos de medição para acompanhamento e monitoramento
dos sistemas de aquecimento e resfriamento por ambiente com foco em
conforto aos usuários (4 pontos);
i) instalar dispositivos para acompanhamento e controle de iluminação
artificial em função da iluminação natural, com objetivo de controlar a
iluminação artificial – aplicado ambiente por ambiente (2 pontos).

Para essa categoria, e para edifícios não residenciais, a pontuação ocorre


da seguinte maneira:

 Nível B – respeito ao nível BASE;


 Nível BP – respeito ao nível BASE E ≥ 30% dos pontos aplicáveis;
 Nível MP – respeito ao nível BASE E Soma dos pontos ≥ 60% dos pontos
aplicáveis;
 Número de pontos disponíveis: BP = 17 e MP = 33.

TEMA 4 – CERTIFICAÇÃO AQUA-HQE – CATEGORIAS 8, 9, 10 E 11

4.1 Categoria 8 – Conforto higrotérmico

A categoria 8 corresponde aos critérios relacionados a conforto


higrotérmico e faz parte do Grupo Conforto. Para os edifícios não residenciais,
essa categoria estrutura-se da seguinte forma (Fundação Vanzolini, 2016, p. 73):

implementação de medidas arquitetônicas para otimizar o conforto


higrotérmico;
criação de condições de conforto higrotérmico por meio de aquecimento;
criação de condições de conforto higrotérmico em ambientes que não
dispõem de sistema de resfriamento;
criação de condições de conforto higrotérmico por meio de resfriamento.

Como itens BASE em edifícios não residenciais, tem-se que:

a) propor espaços arquitetônicos que proporcionem aos usuários condições


confortáveis quanto ao nível higrométrico, o qual, conforme destacam a
Fundação Vanzolini e Cerway (2018, p. 69) corresponde à

10
porcentagem de vapor d’água que o ar absorve comparada ao máximo
que pode ser absorvido em uma dada temperatura. Recomenda-se,
geralmente, um nível de higrometria entre 30% e 70% (a comunidade
médica recomenda entre 40% e 60%). A melhor forma de regular o nível
de higrometria é a abertura das janelas. Se, apesar disto, o ar
permanecer seco demais, é aconselhável o uso de um umidificador do
ar; se ele permanecer úmido demais, deve ser usado um
desumidificador.

Algumas estratégias arquitetônicas passivas podem ser aplicadas como


orientação das aberturas, utilização adequada de proteção solar como brises
soleils, utilização de materiais com inércia térmica adequada (nesse caso, a
simulação energética é fundamental) e estudo da implantação do edifício para
melhor aproveitamento da insolação e ventilação no verão e inverno, entre tantas
outras.
b) propor espaços arquitetônicos que atendam aos níveis adequados de
temperatura interna conforme as atividades desenvolvidas, mantendo a
estabilidade de acordo com os horários de ocupação;
c) propor espaços de banhos internos em que a umidade seja controlada;
d) garantir o conforto térmico com nível mínimo “C”, conforme regulamento
RTQ-C publicado pelo Inmetro/Procel para ambientes naturalmente
ventilados ou não condicionados3, e obter nível adequado de temperatura
nos ambientes.

Para que seja possível melhores resultados nessa categoria, a seguir


apresentamos alguns exemplos de pontuações de 1 a 5 na categoria 8 para
edifícios não residenciais:

a) realizar estudos arquitetônicos aprofundados (condicionantes, forças e


deficiências) para justificar as características aerodinâmicas do edifício com
relação ao atendimento ao conforto higrotérmico (5 pontos);
b) empregar ações para gerenciar picos de calor e frio, de modo a controlar o
desconforto higrotérmico em ambientes sensíveis (2 pontos);
c) instalar dispositivos sensoriais para controlar e monitorar os níveis
adequados de temperatura interna nos espaços de acordo com as

3 Conforme salientam a Fundação Vanzolini e Cerway (2018, p. 78): “Se todos os ambientes forem
condicionados de modo a garantir a temperatura de referência, esta subcategoria não se aplica”.
De acordo com Brasil (2010, p. 81), “para edifícios naturalmente ventilados ou que possuam áreas
de longa permanência não condicionadas, é obrigatório comprovar por simulação que o ambiente
interno das áreas não condicionadas proporciona temperaturas dentro da zona de conforto durante
um percentual das horas ocupadas”. Há uma tabela nesse documento que indica o equivalente
numérico a ser utilizado e que varia de acordo com o percentual de horas ocupadas em conforto
(POC) pelos usuários. Para o nível “A”, o POC deve ser ≥ 80%, o nível “B” corresponde a 70% ≤
POC < 80%, e o nível “C” equivale a 60% ≤ POC < 70%.
11
atividades desenvolvidas pelas pessoas, com o objetivo de registrar as
temperaturas (1 ponto);
d) garantir a taxa de umidade apropriada em outros espaços do edifício, além
dos espaços de banho (2 pontos);
e) garantir o conforto térmico com nível “B” (3 pontos) e nível “A” (4 pontos),
conforme RTQ-C publicado pelo Inmetro/Procel para ambientes
naturalmente ventilados ou não condicionados. Há 1 ponto de acréscimo
se se evidenciar percentual de horas de desconforto de verão e inverno.

Para essa categoria, e para edifícios não residenciais que não sejam
frigoríficos, a pontuação é da seguinte forma:

 Nível B – respeito ao nível BASE;


 Nível BP – respeito ao nível BASE E ≥ 25% dos pontos aplicáveis;
 Nível MP – respeito ao nível BASE E Soma dos pontos ≥ 50% dos pontos
aplicáveis dos quais 3 pontos para a exigência correspondente ao nível
mínimo de conforto térmico, para ambientes sem sistema de resfriamento;
 Número de pontos disponíveis: BP = 10 e MP = 20.

4.2 Categoria 9 – Conforto acústico

A categoria 9 corresponde aos critérios relacionados a conforto acústico e


faz parte do Grupo Conforto.
Para os edifícios não residenciais, essa categoria estrutura-se da
seguinte forma (Fundação Vanzolini, 2016, p. 81): “criação de uma qualidade de
meio acústico apropriada aos diferentes ambientes”.
Como itens BASE em edifícios não residenciais, tem-se que propor
soluções em espaços arquitetônicos que proporcionem qualidade acústica
eficiente aos ambientes, considerando os incômodos acústicos externos e
internos ao edifício, além de otimizar os ambientes. Exemplos de impactos aos
ruídos e vibrações internas: equipamentos, pessoas etc.
Há possibilidade em pontuar entre 1 a 2 pontos nessa categoria. Como
exemplo de pontuação para edifícios não residenciais, cita-se a realização de
estudos acústicos aprofundados e a implementação deles, considerando o
isolamento acústico ponderado em relação aos ruídos externos, nível de ruído de
impacto, acústica interna, isolamento ao ruído aéreo, ruído ao caminhar.

12
Para essa categoria, e para edifícios não residenciais que não sejam
frigoríficos, a pontuação é da seguinte forma:

 Nível B – respeito ao nível BASE;


 Nível BP – respeito ao nível BASE E ≥ 50% dos pontos aplicáveis por tipo
de espaço;
 Nível MP – respeito ao nível BASE E Soma dos pontos ≥ 75% dos pontos
aplicáveis por tipo de espaço;
 Número de pontos disponíveis: variável de acordo com a tipologia dos
espaços (escritórios com divisórias, escritórios moduláveis, áreas de
vendas, galpões etc.).

4.3 Categoria 10 – Conforto visual

A categoria 10 corresponde aos critérios relacionados a conforto visual e


faz parte do Grupo Conforto. Para os edifícios não residenciais, essa categoria
estrutura-se da seguinte forma (Fundação Vanzolini, 2016, p. 98): “otimização da
iluminação natural; iluminação artificial confortável”.
Como itens BASE em edifícios não residenciais categoria escritórios tem-
se que:

a) propor espaços arquitetônicos que proporcionem aos usuários o acesso à


luz do dia em todos os ambientes, com percentual de 100% de espaços
com acesso direto ou indireto à luz natural;
b) propor espaços arquitetônicos que proporcionem aos usuários o acesso a
vistas para o espaço exterior no plano horizontal de visão em 100% dos
ambientes;
c) propor espaços arquitetônicos e lumínicos respeitando os valores
estabelecidos na norma NBR ISO/CIE 8995-1:2003 – Iluminação de
ambientes de trabalho – Parte 1: Interior, com relação à capacidade de
iluminância mínima, tipo, dimensão e ocupação do espaço e atividade a ser
realizada;
d) propor espaços que evitem ofuscamento advindos da iluminação artificial,
procurando equilíbrio das luminâncias do ambiente luminoso interno e
respeitando as recomendações da norma NBR ISO/CIE 8995-1:2003.

13
Para que seja possível alcançar melhores resultados nessa categoria, a seguir
citamos alguns exemplos de pontuações de 1 a 5 na categoria 10 para edifícios
não residenciais categoria escritórios:

a) propor espaços de escritórios com iluminação natural mínima que estejam


diretamente expostos às fachadas externas, considerando o fator de luz do
dia mínimo (FLD) ≥ 1,2% para 80% da superfície da zona em primeira linha,
em um percentual de 80% dos ambientes em superfície (1 ponto). Pode-se
chegar até 5 pontos de acordo com o FLD e percentual dos ambientes
aplicados;
b) a partir do estudo de ofuscamento de espaços sensíveis, utilizar medidas
projetuais e práticas a fim de proteger os espaços da luz natural direta ou
indireta (1 ponto);
c) elaborar estudos sobre as condições de equilíbrio das luminâncias nos
espaços internos em relação à iluminação mista artificial e natural (3
pontos);
d) realizar um estudo de iluminação levando em consideração o nível de
iluminância ótimo (em lux), as condições de ofuscamento da iluminação
artificial, as situações de equilíbrio das luminâncias no ambiente interno e
a qualidade da luz emitida (temperatura de cor e índice de reprodução de
cores), com objetivo de certificar-se sobre a qualidade da luz emitida (3
pontos);
e) instalar dispositivos sensoriais para que os usuários possam ter acesso à
iluminação nos ambientes (2 pontos).

Para essa categoria, e para edifícios não residenciais, a pontuação é da


seguinte forma:

 Nível B – respeito ao nível BASE;


 Nível BP – respeito ao nível BASE e ≥ 50% dos pontos aplicáveis por tipo
de espaço com relação à otimização da iluminação natural e ≥ 50% dos
pontos aplicáveis com relação ao conforto da iluminação artificial;
 Nível MP – respeito ao nível BASE E Soma dos pontos ≥ 75% por tipo de
espaço com relação à otimização da iluminação natural e ≥ 75% dos pontos
aplicáveis com relação ao conforto da iluminação artificial;

14
 Número de pontos disponíveis: variável de 6 a 10 de acordo com a tipologia
dos espaços (escritórios, hotéis, halls de exposições, salas de aula,
frigoríficos etc.).

4.4 Categoria 11 – Conforto olfativo

A categoria 11 corresponde aos critérios relacionados a conforto olfativo e


faz parte do Grupo Conforto. Para os edifícios não residenciais, essa categoria
estrutura-se da seguinte forma (Fundação Vanzolini, 2016, p. 118): “controle das
fontes de odores desagradáveis”.
Para essa categoria, e para edifícios não residenciais, a pontuação
acontece com base na identificação de fontes que possam ser produtoras de
odores internas ou externas ao longo do ciclo de vida do edifício.
Com vistas a atingir melhores resultados nessa categoria, a seguir
apresentamos alguns exemplos de pontuações de 2 a 3 na categoria 11 para
edifícios não residenciais:

a) tomar medidas para reduzir as fontes que possam ser produtoras de odores
internas ou externas ao longo do ciclo de vida do edifício (2 pontos);
b) adotar medidas para tratamento de resíduos que produzem odores
negativos (3 pontos).

Para essa categoria, e para edifícios não residenciais, a pontuação


acontece da seguinte forma:

 Nível B – respeito ao nível BASE da categoria 13 com objetivo relacionado


à ventilação eficaz;
 Nível BP – respeito ao nível BASE da categoria 13 com objetivo relacionado
à ventilação eficaz e ≥ 30% dos pontos aplicáveis na subcategoria
relacionado à ventilação eficaz e ≥ 30% dos pontos aplicáveis;
 Nível MP – respeito ao nível BASE da categoria 13 com objetivo
relacionado à ventilação eficaz e ≥ 60% dos pontos aplicáveis na
subcategoria relacionado à ventilação eficaz e ≥ 60% dos pontos aplicáveis;
 Número de pontos disponíveis na categoria 11: BP = 2 e MP = 3;
 Número de pontos disponíveis na categoria 13 item ventilação eficaz: BP =
4 e MP = 8.

15
TEMA 5 – CERTIFICAÇÃO AQUA-HQE – CATEGORIAS 12, 13 E 14

5.1 Categoria 12 – Qualidade dos espaços

A categoria 12 corresponde aos critérios relacionados à qualidade dos


espaços e faz parte do Grupo Saúde e Segurança. Para os edifícios não
residenciais, essa categoria estrutura-se da seguinte forma (Fundação Vanzolini,
2016, p. 121): “redução da exposição magnética; criação de condições de higiene
específicas”.
Como itens BASE em edifícios não residenciais categoria escritórios,
tem-se que:

a) identificar as fontes de emissão de ondas eletromagnéticas de baixa


frequência existentes no empreendimento e no entorno e as fontes de
radiofrequências existentes no entorno;
b) propor espaços arquitetônicos relacionados a alimentos que permitam a
adequada preparação destes e que obedeçam à norma NBR ISO
22000:20184 – Sistema de gestão da segurança de alimentos,
principalmente no que se refere ao método APPCC (Análise de Perigos e
Pontos Críticos de Controle), na fase de uso e operação do
empreendimento;
c) propor espaços arquitetônicos destinados à conservação do edifício.

Para que seja possível alcançar melhores resultados nessa categoria, a


seguir listamos alguns exemplos de pontuações de 2 a 3 na categoria 12 para
edifícios não residenciais:

a) além de identificar as fontes de radiofrequências existentes no entorno, é


necessário estimar os campos eletromagnéticos do entorno e do
empreendimento e manifestar como o empreendimento pode contribuir em
relação a essa exposição global (3 pontos);
b) adotar medidas para reduzir o impacto das fontes de emissões
eletromagnéticas (2 pontos);
c) propor espaços arquitetônicos relacionados a alimentos em que sejam
aplicadas condições ótimas de higiene nas zonas e ambientes sensíveis
(2 pontos);

4ISO 22000:2018 refere-se à melhoria contínua no sistema de gestão de segurança de alimentos


e abrange prevenção, eliminação e controle de riscos alimentares, da produção ao consumo.
16
d) selecionar materiais que sejam antifúngicos e antibacterianos (2 a 4
pontos).

Para esta categoria, e para edifícios não residenciais (com exceção de


galpões), a pontuação é da seguinte forma:

 Nível B – respeito ao nível BASE;


 Nível BP – respeito ao nível BASE e ≥ 50% dos pontos aplicáveis;
 Nível MP Respeito ao nível BASE e ≥ 75% dos pontos aplicáveis;
 Número de pontos disponíveis na categoria 12: BP = 10 e MP = 15.

5.2 Categoria 13 – Qualidade do ar

A categoria 13 corresponde aos critérios relacionados à qualidade do ar e


faz parte do Grupo Saúde e Segurança. Para os edifícios não residenciais, essa
categoria estrutura-se da seguinte forma (Fundação Vanzolini, 2016, p. 125):
“garantia de uma ventilação eficaz; controle das fontes de poluição internas”.
Como itens BASE em edifícios não residenciais categoria escritórios,
tem-se que:

a) propor espaços arquitetônicos que assegurem vazões de ar adequadas às


atividades dos ambientes, por meio de estratégias de ventilação natural ou
mecânica, atendendo às recomendações em nível “1” da norma NBR
16401-3:2017 – Instalações de ar-condicionado – Sistemas centrais e
unitários, a qual especifica os parâmetros básicos e os requisitos mínimos
para sistemas de ar-condicionado, visando à obtenção aceitável de
qualidade de ar interior para conforto;
b) no caso da utilização de ventilação mecânica, assegurar a estanqueidade
do ar da tubulação das redes de distribuição ou exaustão de acordo com a
norma NBR 16401-3:2017;
c) identificar e acionar medidas para reduzir fontes de poluição internas e
externas que não estejam relacionadas à construção do empreendimento.

Para que seja possível atingir melhores resultados nessa categoria, a


seguir apresentamos alguns exemplos de pontuações de 2 a 5 na categoria 13
para edifícios não residenciais:

a) propor espaços arquitetônicos que assegurem vazões de ar adequadas às


atividades dos ambientes, por meio de estratégias de ventilação natural ou

17
mecânica, atendendo às recomendações em nível “2” da norma NBR
16401-3:2017, e outras medidas (até 3 pontos);
b) elaborar estudo de condicionantes, forças e fraquezas, assim como acionar
medidas para otimizar a circulação do ar interno nos ambientes (5 pontos);
c) efetuar o controle à exposição aos poluentes do ar interno pelos usuários
do edifício; caso o risco radônico5 seja identificado, deve ser realizada
medição e controle. Se quantificado < 400 Bq/m3, a pontuação é 1; para <
300 Bq/m3, a pontuação é 2; para < 200 Bq/m3, a pontuação é 3; e para <
100 Bq/m3, a pontuação é 4;
d) efetuar medidas da qualidade do ar, considerando os poluentes: dióxido de
azoto (NO2), monóxido de carbono (CO), partículas (PM2.5 e PM10),
benzeno, formaldeído, COVT (3 pontos).

Para essa categoria, e para edifícios não residenciais (com exceção de


galpões), a pontuação é da seguinte forma:

 Nível B – respeito ao nível BASE;


 Nível BP – respeito ao nível BASE e ≥ 35% dos pontos aplicáveis na
subcategoria relacionada à escolha de produtos, visando limitar os
impactos da edificação na saúde humana, e ≥ 30% dos pontos aplicáveis
na categoria 13;
 Nível MP – respeito ao nível BASE e ≥ 50% dos pontos aplicáveis na
subcategoria relacionada à escolha de produtos visando limitar os impactos
da edificação na saúde humana E ≥ 60% dos pontos aplicáveis, dos quais
3 pontos obrigatórios para a exigência relacionada à vazão do ar e 4 pontos
para a exigência relacionado ao controle da exposição dos ocupantes aos
poluentes do ar interno (exceto radônio);
 Número de pontos disponíveis na categoria 13: BP = 7 e MP = 14.

5.3 Categoria 14 – Qualidade da água

A categoria 14 corresponde aos critérios relacionados à qualidade da água


e faz parte do Grupo Saúde e Segurança. Para os edifícios não residenciais,
essa categoria estrutura-se da seguinte forma (Fundação Vanzolini, 2016, p. 132):

5 O gás radônio é um gás nobre radioativo, advindo da desintegração de urânio, do rádio e do


tório, e está contido na água, no solo e nos materiais de construção, como a pozolana, tufo, pórfiro
e granito. Pode provocar câncer e outros graves problemas à saúde.
18
“qualidade da concepção da rede interna; controle da temperatura na rede interna;
controle dos tratamentos; qualidade da água nas áreas de banho”.
Como itens BASE em edifícios não residenciais categoria escritórios,
tem-se que:

a) selecionar materiais compatíveis com a rede de distribuição de água para


consumo humano de acordo com a regulamentação e fornecedor m
conformidade com o Programa Setorial da Qualidade (PSQ)
correspondente ou pelo Sistema Nacional de Avaliação Técnica (Sinat) do
Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H);
b) instalar as tubulações em conformidade com os procedimentos de
execução;
c) propor sistema de estrutura e sinalização da rede interna para os diferentes
usos da água;
d) garantir a temperatura em todas as redes de água quente a fim de prevenir
o risco de legionelose;
e) em áreas de banho, deve-se prover a qualidade das águas.

Para alcançar um bom resultado nessa categoria, seguem alguns exemplos


de pontuações de 1 a 2 na categoria 14 para edifícios não residenciais:

a) quando houver água para consumo humano, escolher materiais que


propiciem tratamento curativo térmico ou químico da rede de água fria (2
pontos);
b) projetar e executar projetos adequados de redes de água fria e quente de
modo isolado e evitar o aquecimento de tubulações das redes de água fria
(1 ponto);
c) limitar o risco sanitário relacionado à recuperação e à reutilização no
empreendimento de água não potável recuperada, além de tratar as águas
reutilizadas frias (2 pontos).

Para essa categoria, e para edifícios não residenciais (exceto para áreas
de banho, com exceção de galpões), a pontuação é da seguinte forma:

 Nível B – respeito ao nível BASE;


 Nível BP – respeito ao nível BASE e ≥ 50% dos pontos aplicáveis;
 Nível MP – respeito ao nível BASE e ≥ 75% dos pontos aplicáveis;
 Número de pontos disponíveis na categoria 14: BP = 10 e MP = 14.

19
Saiba mais
Saiba mais sobre o Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do
Habitat (PBQP-H). Neste site, você encontra um banco de dados alimentado por
instituições que gerenciam os Programas Setoriais da Qualidade (PSQs) e tem
como objetivo disponibilizar informações sobre materiais e seus índices de
conformidade. Acesse em: <http://pbqp-
h.cidades.gov.br/projetos_simac_psqs.php>.

20
REFERÊNCIAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10004. Resíduos


sólidos – classificação. Rio de Janeiro: ABNT, 2004. Disponível em:
<http://www.suape.pe.gov.br/images/publicacoes/normas/ABNT_NBR_n_10004_
2004.pdf>. Acesso em: 11 dez. 2019.

BRASIL. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Instituto


Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro). Portaria
n. 372, de 17 de setembro de 2010. Disponível em:
<http://www.pbeedifica.com.br/sites/default/files/projetos/etiquetagem/comercial/
downloads/Port372-2010_RTQ_Def_Edificacoes-C_rev01.pdf>. Acesso em: 11
dez. 2019.

______. Ministério do Desenvolvimento Regional. Programa Brasileiro da


Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H). Brasília, [s.d.]. Disponível em:
<http://pbqp-h.cidades.gov.br/projetos_simac_psqs.php>. Acesso em: 11 dez.
2019.

______. Ministério do Meio Ambiente. Conselho Nacional de Meio Ambiente.


Resolução n. 469, de 29 de julho de 2015. Diário Oficial da União, Brasília, 30
jul. 2015. Disponível em:
<http://www2.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=714>. Acesso em:
11 dez. 2019.

CBIC – Câmara Brasileira da Indústria da Construção. Energia nas construções.


uma contribuição do setor à redução de emissões e de uso de fontes renováveis
de energia. Brasília, 2017. Disponível em: <https://cbic.org.br/wp-
content/uploads/2017/11/Energia_na_Construcao_2017-1.pdf>. Acesso em: 11
dez. 2019.

FUNDAÇÃO VANZOLINI. Certificação AQUA-HGE. 2014. Disponível em:


<https://vanzolini.org.br/aqua/certificacao-aqua-hqe/>. Acesso em: 11 dez. 2019.

FUNDAÇÃO VANZOLINI; CERWAY. Edifícios não residenciais em


construção. AQUA-HQE™ Certificado pela Fundação Vanzolini e CERWAY –
Referencial de Avaliação da Qualidade Ambiental de Edifícios Não Residenciais
em Construção. São Paulo, 2016. Disponível em:
<https://vanzolini.org.br/aqua/wp-content/uploads/sites/9/2015/11/RT_AQUA-
HQE-Edificios_nao-residenciais-2016-04.pdf>. Acesso em: 11 dez. 2019.
21
______. Edifícios residenciais em construção. AQUA-HQE™ Certificado pela
Fundação Vanzolini e Cerway – Referencial de Avaliação da Qualidade Ambiental
de Edifícios Residenciais em Construção. São Paulo, 2016. Disponível em:
<https://vanzolini.org.br/aqua/wp-content/uploads/sites/9/2015/11/RT_AQUA-
HQE-Edificios_residenciais-2016-04.pdf>. Acesso em: 11 dez. 2019.

______. Edifícios residenciais em construção. AQUA-HQE™ Certificado pela


Fundação Vanzolini e Cerway – Referencial de Avaliação da Qualidade Ambiental
de Edifícios Residenciais em Construção. São Paulo, 2018. Disponível em:
<https://vanzolini.org.br/aqua/wp-content/uploads/sites/9/2018/08/RT_AQUA-
HQE-Edificios_residenciais-2016-ad2018-08-03.pdf>. Acesso em: 11 dez. 2019.

22

Você também pode gostar