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Conjunto de indicadores de sustentabilidade de empreendimentos -

uma proposta para o Brasil

Comitê Técnico de Avaliação


27 de agosto de 2014

INTRODUÇÃO

Já há no Brasil um bom número de empreendimentos com práticas sustentáveis, certificados ou não. No


entanto, continua inexistindo referências de desempenho de seus edifícios e, tampouco, uma estrutura
única de indicadores socioambientais que permita posicionar de forma quantificada o seu padrão de
desenvolvimento e, sobretudo, que mostre a evolução da produção setorial como um todo ao longo do
tempo, no sentido de se ter edifícios mais sustentáveis.
Esse documento visa à proposição de um conjunto de indicadores de sustentabilidade socioambiental
mensuráveis para os empreendimentos do setor da construção civil.
O objetivo desse conjunto não é criar uma nova metodologia de certificação, e sim uma base de dados
pública na qual os agentes do setor da construção possam informar o desempenho de seus
empreendimentos em relação a cada indicador.
A alimentação desta base de dados por um conjunto de agentes do setor criará uma massa crítica de
dados que permitirá situar o desempenho socioambiental de cada empreendimento em relação aos
níveis médio e de excelência praticados pelo mercado, servindo como instrumento de apoio à tomada
de decisão.
As informações da base de dados permitirão também fornecer um diagnóstico da sustentabilidade da
cadeia produtiva como um todo e indicar as suas evoluções das práticas do mercado ao longo do tempo.
Uma das premissas é a de que tal mecanismo estimulará ações de melhorias no desempenho dos
empreendimentos brasileiros.
Uma vez aceitos tais indicadores, o Comitê Brasileiro de Construção Sustentável - CBCS propõe-se criar e
gerenciar uma base de dados. Os empreendedores serão cadastrados na base e alimentarão as
informações de seus empreendimentos. Para os usuários externos, os empreendimentos e os
empreendedores não serão identificados. Somente o empreendedor poderá emitir relatórios de síntese
dos desempenhos de seus empreendimentos cadastrados na base, posicionando-os em relação ao nível
médio e ao nível de excelência praticados pelo mercado.
Parte dos indicadores será particularizada pelo uso do empreendimento – habitacional unifamiliar,
habitacional multifamiliar, escritórios comerciais, hotel, etc.; pela configuração do edifício – edifício
térreo, edifício de múltiplos pavimentos, conjunto de edifícios, etc.; pelo padrão do edifício: econômico,
médio, elevado; por cidade e por zona bioclimática, dentre outros critérios. Isso levará a uma

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Conjunto de indicadores de sustentabilidade de empreendimentos - uma proposta para o Brasil 27/8/2014

simplificação de escopo por indicador – por exemplo, indicador na escala do usuário focado apenas em
edifícios habitacionais e indicador na escala empreendedor focado apenas em edifícios de escritório
dotados de ar condicionado.
Deverá também se armazenar na base de dados algumas características específicas dos
empreendimentos – presença ou não de ar condicionado e de que tipo; existência ou não de piscina;
etc.
Para cada indicador, definiu-se três níveis de agregação dos empreendimentos para fins de comparação,
baseados em variáveis como as acima mencionadas:
 Nível 1 – variáveis de agregação de implantação imediata com o sistema.
 Nível 2 – variáveis de agregação de implantação de curto a médio prazo, em função da quantidade
de empreendimentos da base de dados do sistema.
 Nível 3 – variáveis de agregação de implantação de médio a longo prazo, em função da
quantidade de empreendimentos da base de dados do sistema.
A existência do conjunto de indicadores de sustentabilidade socioambiental pressupõe a elaboração de
um método objetivo e facilmente incorporado de medição de cada indicador, para que possa ser
reprodutível e comparável, assegurando a harmonia do seu cálculo e uso pelos interessados.
Um pressuposto do trabalho do Comitê Temático foi o da definição de indicadores alinhados com os
adotados em outros países e, para tanto, foram analisadas as metodologias de avaliação ambiental de
edifícios, em especial as existentes no Brasil.
A definição dos indicadores foi realizada coletivamente durante as reuniões do Comitê, envolvendo
debate e consenso entre os participantes. Ela iniciou-se com a definição dos temas de avaliação para a
estruturação dos indicadores de sustentabilidade dos empreendimentos:
1. Qualidade do ambiente externo
Conjunto de indicadores para a avaliação da qualidade do ambiente externo, considerando a
presença de áreas descobertas de convívio, as superfícies externas vegetalizadas e a
permeabilidade do solo.
2. Qualidade das infraestruturas
Conjunto de indicadores para a avaliação da qualidade das infraestruturas do local do
empreendimento, considerando a facilidade de acesso dos usuários a serviços urbanos
pertinentes e os investimentos em melhorias em infraestruturas e equipamentos urbanos
executados pelo empreendedor.
3. Seleção e consumo de materiais, componentes e sistemas
Conjunto de indicadores para a avaliação das práticas de seleção e consumo de materiais,
componentes e sistemas para estrutura e envelope (fachadas e coberturas), considerando a
parcela em custo inspecionada quanto à qualidade, ao respeito à normalização técnica, à
formalidade e à legalidade; as distâncias entre fabricantes fornecedores da obra e o
empreendimento; e as perdas de concreto no canteiro de obras.
4. Gestão do canteiro de obras
Conjunto de indicadores para a avaliação das práticas sustentáveis no canteiro de obras,
considerando a revalorização dos resíduos inertes gerados durante a obra; a existência de canal

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de comunicação específico com a vizinhança implantado na obra; o consumo de água durante a


execução; e o volume de resíduos descartados.
5. Gestão da água
Conjunto de indicadores para a avaliação da gestão da água, destacando os consumos de água
potável e a capacidade de retenção de águas pluviais do empreendimento. São previstos dois
conjuntos de indicadores, um para as etapas de Concepção/Projeto e Execução e outro para as
de Operação e Manutenção.
6. Eficiência energética1
Conjunto de indicadores para a avaliação de eficiência energética, considerando o consumo
energético e a potência instalada. São previstos dois conjuntos de indicadores, um para as etapas
de Concepção/Projeto e Execução e outro para as de Operação e Manutenção.
7. Qualidade do ambiente interno e saúde dos usuários
Conjunto de indicadores para a avaliação da qualidade do ambiente interno, considerando os
confortos térmico no verão, acústico e visual dos usuários, bem como sua saúde, expressa pela
qualidade do ar interno.
8. Operação e manutenção
Conjunto de indicadores para a avaliação das atividades decorrentes do uso, operação e
manutenção dos sistemas prediais, considerando os custos condominiais relacionados ao
consumo de água e energia nas áreas comuns e o esforço para reciclagem ou reutilização de
resíduos gerados. São previstos dois conjuntos de indicadores, um para as etapas de
Concepção/Projeto e Execução e outro para as de Operação e Manutenção.
9. Social
Conjunto de indicadores para a avaliação dos benefícios sociais do empreendimento na sua
etapa de execução, considerando as ações sociais direcionadas aos trabalhadores do canteiro de
obras (educação formal, afastamentos do trabalho por acidentes e capacitação profissional e
formação sobre sustentabilidade) e ao entorno do empreendimento e à cidade.
10. Poluição por emissões
Conjunto de indicadores para a avaliação da poluição por emissões de gases de efeito estufa
causada pelo empreendimento, devidas ao consumo de diferentes formas de energia (elétrica,
gás e combustível), nas etapas de Operação e Manutenção (previsto e real) e de Execução (real).
No processo de elaboração dos indicadores, percebeu-se que os mesmos poderiam ser endereçados a
diferentes partes interessadas. Assim, contrariamente à proposta inicial do Comitê, que era a de definir
um indicador por tema, a prática de trabalho levou à proposição de indicadores para as escalas:
 Escala Usuário – indicador que representa o desempenho do empreendimento sob o ponto de
vista do seu usuário (ligado, por exemplo, a custo, qualidade, conforto, saúde, formação e
capacitação, etc.).
 Escala Bairro (Cidade) – indicador que representa o impacto do empreendimento no seu entorno
imediato (por exemplo: inundação, incômodos dos canteiros de obras, melhorias no entorno,
etc.).

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Não incluído – aguardando informações do CT Energia.

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 Escala Sociedade - indicador que representa o impacto do empreendimento na sociedade e sob


um ponto de vista global (por exemplo: escassez de água e de recursos não renováveis, poluição,
segurança no trabalho, etc.).
 Escala Empreendedor - indicador que representa o impacto do empreendimento, normalmente
de natureza econômica, para o seu empreendedor, ou que este possa usar como argumento de
mercado (por exemplo: custo de construção, operacional e de manutenção; produtividade;
imagem, etc.).
Os indicadores foram propostos para as etapas de Concepção/Projeto e Execução dos
empreendimentos; excepcionalmente, para os temas 5. Gestão da água, 6. Eficiência energética,
8. Operação e manutenção e 10. Poluição por emissões, foram também definidos indicadores para a
etapas de Operação e Manutenção.
Os indicadores foram validados em reuniões com a presença dos coordenadores dos Comitês Temáticos
do CBCS com interesse mais direto: Urbano, Materiais, Água e Energia.
Com os indicadores propostos não se pretende esgotar o assunto, mas consolidar uma leitura inicial de
um modo de avaliação e acompanhamento da qualidade socioambiental dos empreendimentos
disponíveis no mercado. Para cada tema de avaliação, há uma vasta possibilidade de criação de
indicadores, e o trabalho do Comitê foi definir aqueles mais significativos; outro pressuposto foi o da
possibilidade do seu cálculo e medição.
Em várias situações, há a indicação “Não definido”, significando que a proposição do indicador é não
pertinente ou prematura, tendo em vista o estado de evolução tecnológica do setor.
O próximo desafio será a criação de uma base de dados e de uma interface para que os agentes do setor
a alimentem com os indicadores alcançados em seus empreendimentos. A utilização dos dados dessa
base permitirá se ter informações como o desempenho socioambiental de cada empreendimento em
relação aos níveis médio e de excelência praticados pelo mercado, servindo como instrumento de apoio
à tomada de decisão, e para que se tenha o diagnóstico da sustentabilidade da cadeia produtiva como
um todo e das evoluções das práticas do mercado ao longo do tempo.
O Comitê está aberto a receber novos participantes. Vai em breve procurar patrocinadores para a
elaboração e implementação da base de dados. Contamos com o apoio de todos.

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Quadro dos indicadores
Tema Escala usuário Escala Bairro Escala Sociedade Escala Empreendedor

1. Qualidade do ambiente 1.1. Áreas descobertas de 1.2. Superfícies externas 1.3. Permeabilidade do solo
1.4. Não definido
externo convívio (%) vegetalizadas (%) (%)
2.1. Proximidade dos 2.3. Investimentos em
usuários do melhorias em
2. Qualidade da infraestrutura empreendimento a 2.2. Não definido infraestruturas e 2.4. Não definido
serviço urbano equipamentos urbanos
pertinente (km) pelo empreendedor (%)
3.3. Distâncias entre o
empreendimento e os
fabricantes fornecedores
3.1. Inspeção em obra dos
3. Seleção e consumo de da obra considerando as
produtos do envelope 3.4. Perdas em obra de
materiais, componentes e 3.2. Não definido massas a serem
(fachadas e coberturas) concreto estrutural (%)
sistemas transportadas e o modal
(%)
de transporte (t x km /
m2, por modal de
transporte)
4.2. Presença em obra de 4.4. Volume de resíduos
4.3. Consumo total de água
4.1. Resíduos inertes gerados canal de comunicação descartados pelo
4. Gestão do canteiro de obras potável em obra (m3 /
em obra valorizados (%) bidirecional com a 2 canteiro de obras (m3 /
m)
vizinhança (sim / não) m2)
Responsabilida-
de do 5.1. Consumo diário 5.2. Capacidade de retenção
empreendedor estimado diário de água de água do
5.3. Não definido 5.4. Não definido
(etapas de por usuário (m3 / usuário empreendimento -
Concepção/Proj x dia) (l / min)
5. Gestão da eto e Execução)
água
Responsabilida-
de do gestor do 5.5. Consumo diário real de
edifício (etapas água por usuário (m3 / 5.6. Não definido 5.7. Não definido 5.8. Não definido
de Operação e usuário x dia)
Manutenção)

Responsabilida-
6.4. (kWh estimados por uso
de do 6.1. Consumo de energia 6.3. (kWh estimados de
final / área atendida
empreendedor elétrica mensal estimado 6.2. Potência instalada por energia primária / área
pelo sistema relacionado
por usuário (kWh área do terreno (kW / construída (m2)) / ano -
(etapas de ao uso final (m2)) / mês -
estimados / (usuário x m2) (kWhep estimados / m2) /
Concepção/Proj (kWh estimados por uso
mês)) ano
6. Eficiência eto e Execução) final / m2) / mês
energética
Responsabilida- 6.8. (kWh consumidos por
6.7. (kWh consumidos de
de do gestor do uso final / área atendida
6.5. kWh mensal consumido 6.6. Potência instalada por energia primária / área
pelo sistema relacionado
edifício (etapas / usuário (kWh / (usuário área do terreno (kW / construída (m2)) / ano -
ao uso final (m2)) / mês –
de Operação e x mês) m2) (kWhep estimados / m2) /
(kWh estimados por uso
Manutenção) ano
final / m2) / mês

Conforto
térmico no 7.1. Uso de ferramentas de
simulação de conforto 7.2. Não definido 7.3. Não definido 7.4. Não definido
verão dos
térmico (sim / não)
7. Qualidade usuários
do
ambiente Conforto 7.5. Realização de estudo de
interno e acústico dos conforto acústico (sim / 7.6. Não definido 7.7. Não definido 7.8. Não definido
saúde dos usuários não)
usuários
7.9. Realização de projeto
Conforto visual integrado de iluminação
7.10. Não definido 7.11. Não definido 7.12. Não definido
dos usuários natural e artificial (sim /
não)

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Tema Escala usuário Escala Bairro Escala Sociedade Escala Empreendedor

7.13. Consideração da
Qualidade do ar qualidade do ar interno
nas etapas de projeto, 7.14. Não definido 7.15. Não definido 7.16. Não definido
interno
execução e entrega da
obra (sim / não)
Responsabilida- 8.1. Despesas anuais
de do estimadas com os
empreendedor consumos de água e 8.3. Previsão de local
energia pelas áreas 8.2. Não definido adequado para gestão 8.4. Não definido
(etapas de
comuns do de resíduos (sim / não)
Concepção/Pro- empreendimento (R$ /
8. Operação e jeto e Execução)
manuten- (ano x m2))
ção
Responsabilida- 8.5. Despesas anuais reais
de do gestor do com o consumo de água 8.7. Resíduos gerados nas 8.8. Despesas anuais com
e energia pelas áreas etapas de Operação e rotinas de manutenção
edifício (etapas 8.6. Não definido
comuns do Manutenção reciclados preventiva em áreas
de Operação e
empreendimento (R$ / ou reutilizados (%) comuns (R$ / (ano x m2))
Manutenção) (ano x m2))
9.2. Investimentos ou 9.4. Capacitação profissional
dispêndios em ações e formação sobre
9.1. Educação formal
sociais além das exigidas 9.3. Afastamento do sustentabilidade
oferecida aos
9. Social pela legislação com trabalho por acidentes oferecidas aos
trabalhadores do
impactos no entorno do ocorridos em obra (‰) trabalhadores do
canteiro de obras (%)
empreendimento ou na canteiro de obras, além
cidade (%) das exigências legais (%)
10.1. Emissão estimada
Responsabilida- 10.3. Emissão real de
anual de gases de efeito
de do gases de efeito estufa
estufa nas etapas de
empreendedor em obra considerando
Operação e Manutenção
10.2. Não definido consumo de energia 10.4. Não definido
(etapas de considerando o consumo
elétrica, gás e
Concepção/Pro- de energia elétrica, gás e
combustível
jeto e Execução) combustível
10. Po (tCO2,equivalente / m2)
(tCO2,equivalente / m2 / ano)
-luição por
10.5. Emissão anual real
emissões
Responsabilidad de gases de efeito estufa
e do gestor do nas etapas de Operação
e Manutenção
edifício (etapas 10.6. Não definido 10.7. Não definido 10.8. Não definido
considerando o consumo
de Operação e
de energia elétrica, gás e
Manutenção) combustível
(tCO2,equivalente / m2 / ano)
Total: 30 (+9 para as etapas de 13 (+4 para as etapas de 5 (+1 para as etapas de 8 (+2 para as etapas de 4(+2 para as etapas de
Operação e Manutenção) Operação e Manutenção) Operação e Manutenção) Operação e Manutenção) Operação e Manutenção)

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Lista de Variáveis de Agregação
Informações qualitativas sobre o empreendimento:
 Cidade
 CEP
 Zona bioclimática
 Caracterização:
o Empreendimento novo
o bReabilitação (reformas, retrofit e outros)
 Configuração do edifício:
o Edifício térreo
o Edifício de dois pavimentos
o Edifício de múltiplos pavimentos
o Conjunto de edifícios térreos ou de até dois pavimentos
o Conjunto de edifícios de mais de dois pavimentos
 Uso do empreendimento:
o Habitacional unifamiliar
o Habitacional multifamiliar
o Escritórios comerciais
o Consultórios e clínica médica
o Hospital
o Lojas, galeria e centro comercial
o Restaurante e estabelecimentos similares
o Escola
o Hotel, motel e outros tipos de alojamentos
o Igreja e outras construções para fins religiosos
 Padrão do edifício:
o Econômico
o Médio
o Elevado
 Método Construtivo:
o Estrutura reticulada de concreto armado com vedações internas em alvenaria
o Estrutura reticulada de concreto armado com vedações internas em drywall
o Alvenaria estrutural
o Estrutura em parede maciça de concreto
o Estrutura em aço
o Estrutura mista aço e concreto
o Light Steel Framing
 Natureza do empreendimento:
o Obra pública
o Obra privada
 Tipo de sistema de climatização do ar das áreas comuns:
o Sistema central de água gelada com fan-coil
o Sistema central por termo acumulação
o Sistema central do tipo VAV (Volume de Ar Variável)

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o Sistemas do tipo self-contained conectado a sistema de dutos
o Sistema individual do tipo Split
o Sistemas individuais de janela
 Tipo de sistema de aquecimento de água nas áreas comuns:
o Eletricidade
o Gás Natural (GN)
o GLP
o Energia Solar
o Energia Solar e eletricidade
o Energia Solar e Gás Natural
o Energia Solar e GLP
o Painel fotovoltaico
 Emprego de medidor de água setorizado para diferentes áreas comuns e sistemas
 Sistema de reaproveitamento de água:
o Águas pluviais
o Águas cinzas
 Existência de piscina

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Lista de informações sobre o empreendimento e agente responsável
sugerido
Informações quantitativas sobre o empreendimento fornecidas pelo empreendedor:
 Custos de investimento total do empreendimento (R$)
 Custos de investimentos com a construção e manutenção de infraestrutura urbana e
equipamentos urbanos (R$)
 Valor total (nominal) dos investimentos ou dispêndios em ações sociais além das exigidas pela
legislação realizados com impactos no entorno do empreendimento ou na cidade (melhoria nos
espaços públicos e equipamentos), ou que melhorem a qualidade de vida e serviços das pessoas
que vivem nas vizinhanças do empreendimento (R$)

Informações quantitativas e qualitativa sobre o empreendimento fornecidas pelos projetistas:


 Área construída total do empreendimento (m2)
 Total de áreas construídas comuns do empreendimento (m2)
 Área do terreno (m²)
 Distâncias do centro geométrico do terreno do empreendimento aos serviços urbanos
pertinentes para o seu uso disponíveis na proximidade que atendem a limites pré-estabelecidos
(km)
 Consumo estimado diário de água (m3)
 Número estimado diário de usuários de água (usuários)
 Total de áreas de convivência externas do empreendimento (m²)
 Total de áreas de convivência internas descobertas do empreendimento (m²)
 Total de áreas superficiais cobertas por vegetação do empreendimento (m²)
 Total de superfícies permeáveis remanescentes no terreno após a construção do
empreendimento (m²)
 Valor anual estimado da taxa condominial referente às despesas de energia elétrica nas áreas
comuns (R$/ano)
 Valor anual estimado da taxa condominial referente às despesas com consumo de gás natural
(GN) nas áreas comuns (R$/ano)
 Valor anual estimado da taxa condominial referente às despesas com consumo de gás liquefeito
de petróleo (GLP) nas áreas comuns (R$/ano)
 Valor anual estimado da taxa condominial referente às despesas com consumo de combustível
nas áreas comuns (R$/ano)
 Valor anual estimado da taxa condominial referente às despesas de água nas áreas comuns
(R$/ano)
 Local para separação, armazenamento e coleta de resíduos (Sim ou Não)
 Volume estimado de retenção de água do local do empreendimento (l/min por m 2)
 Volume de diesel estimado para consumo anual por equipamentos instalados no
empreendimento (l)
 Volume de gás natural estimado para consumo anual dos equipamentos instalados (m³)
 Massa ou volume de GLP estimado para consumo anual dos equipamentos instalados (kg ou m³)
 Consumo anual de energia elétrica estimado nas áreas comuns do empreendimento e das
unidades individuais (kWh/ano)

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Informações qualitativas sobre o empreendimento fornecidas por projetista ou consultor:
 Utilização de ferramentas de simulação de conforto térmico para a tomada de decisões na
concepção técnica e arquitetônica do empreendimento e aplicação das recomendações (Sim ou
Não)
 Utilização de informações obtidas a partir de estudo de conforto acústico para a tomada de
decisão com relação à concepção técnica e arquitetônica do empreendimento e aplicação das
recomendações (Sim ou Não)
 Utilização de projeto integrado de iluminação natural e artificial que contemple eficiência
energética e conforto visual para a tomada de decisões na concepção técnica e arquitetônica do
empreendimento e aplicação das recomendações (Sim ou Não)
 Consideração da qualidade do ar interno nas tomadas de decisão relativas às soluções
arquitetônicas e técnicas do projeto, às práticas de obra e à documentação e aos procedimentos
de entrega e aplicação das recomendações nas etapas de projeto, execução e entrega da obra
(Sim ou Não)

Informações quantitativas e qualitativas sobre o empreendimento fornecidas pela obra:


 Existência de processo formalizado para monitoramento de demandas da comunidade e retorno
específico ao reclamante, com responsabilidades definidas (Sim ou Não)
 Número de trabalhadores do canteiro de obras do empreendimento formados no Ensino
Fundamental I graças a ações promovidas pelo empreendedor ou por empresa construtora
contratada (trabalhadores)
 Número total de trabalhadores do canteiro de obras, próprios e de fornecedores, sem formação
no Ensino Fundamental I (trabalhadores)
 Número de dias de afastamento do trabalho por acidentes ocorridos no canteiro de obras de
funcionários ou de pessoas que trabalharam em atividades relacionadas ao canteiro de obras,
considerando tanto a mão de obra do empreendedor como a de empresas construtoras ou de
empresas terceirizadas (dias)
 Número médio de horas diárias trabalhadas por trabalhador na obra (por exemplo, 8 horas)
(horas /dia útil)
 Número total de horas trabalhadas no canteiro de obras até o final da etapa de execução
(hora.homem)
 Número de trabalhadores do canteiro de obras que receberam capacitação profissional além das
exigências legais ao longo da obra (trabalhadores)
 Número de trabalhadores do canteiro de obras formados sobre sustentabilidade além das
exigências legais ao longo da obra (trabalhadores)
 Número total de trabalhadores que trabalharam no canteiro de obras, próprios e de
fornecedores (trabalhadores)
 Volume de concreto da estrutura adquirido externamente, entregue e aceito em obra (m³)
 Volume de concreto da estrutura produzido em obra (m³)
 Volume total de consumo de água potável no canteiro de obras (m3)
 Volume total de resíduos retirados da obra, independentemente de sua destinação (m3)
 Volume total de resíduos inertes classe A e B retirados da obra e destinados à valorização
(reciclagem, reutilização e outros), excluído solo (m3)
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 Volume total de resíduos inertes classe A e B valorizados na própria obra, excluído solo (m3)
 Volume total de resíduos inertes classe A e B gerados no canteiro de obras, excluído solo (m 3)
 Volume de diesel consumido por veículos e equipamentos durante a obra (l)
 Volume de gás natural (GN) consumido por veículos e equipamentos durante a obra (m³)
 Massa ou volume de GLP consumido por veículos e equipamentos durante a obra (kg ou m³)
 Consumo real de eletricidade no canteiro de obras (kWh)
 Uso de gerador diesel durante a obra (Sim ou Não)

Informações quantitativas e qualitativa sobre o empreendimento fornecidas pela equipe de


suprimentos:
 Produtos da estrutura, do envelope e das vedações horizontais internas empregados no
empreendimento (produtos)
 Massa por unidade funcional dos produtos da estrutura, do envelope e das vedações horizontais
internas não constantes da base de dados (kg/UF)
 Quantidade em uso no empreendimento de cada produto e fornecedor, por modal de
transporte, em função da unidade funcional (UF)
 Fornecedores de cada produto e distância entre cada um e o canteiro de obra, por modal de
transporte (km)

Informações quantitativas sobre o empreendimento fornecidas pela equipe de orçamento:


 Custo total dos produtos (materiais, componentes, equipamentos e sistemas) empregados no
envelope (fachadas e coberturas) (R$)
 Custo total dos produtos (materiais, componentes, equipamentos e sistemas) empregados no
envelope (fachadas e coberturas) que passaram por inspeção em obra, previamente à aplicação
(R$)
 Volume de concreto da estrutura estimado em projeto (m³)

Informações quantitativas sobre o empreendimento fornecidas pelo gestor predial e usuários:


 Consumo real de água no período de atividades (m3) - Gestor predial e usuários
 Número de dias efetivamente com consumo real de água no período de atividades (dias) - Gestor
predial e usuários
 Número real de pessoas consumidoras da água no período de atividades (usuários) - Gestor
predial e usuários
 Valor anual real da taxa condominial referente às despesas de energia elétrica nas áreas comuns
(R$/ano) - Gestor predial
 Valor anual real da taxa condominial referente às despesas com consumo de gás natural (GN) nas
áreas comuns (R$/ano) - Gestor predial
 Valor anual real da taxa condominial referente às despesas com consumo de gás liquefeito de
petróleo (GLP) nas áreas comuns (R$/ano) - Gestor predial
 Valor anual real da taxa condominial referente às despesas com consumo de combustível nas
áreas comuns (R$/ano) - Gestor predial
 Valor anual real da taxa condominial referente às despesas de água nas áreas comuns (R$/ano) -
Gestor predial

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 Volume anual de resíduos gerados durante as etapas de Operação e Manutenção efetivamente
reciclados ou reutilizados (m3) - Gestor predial
 Volume anual de resíduos totais gerados durante as etapas de Operação e Manutenção (m 3) -
Gestor predial
 Despesas anuais com empresas de manutenção terceirizadas (R$/ano) - Gestor predial
 Despesas anuais próprias com produtos de consumo e reposição e com manutenção e
atualização de equipamentos e sistemas (R$/ano) - Gestor predial
 Despesas anuais com efetivo próprio para gerenciamento de facilidades (operação, manutenção
e fiscalização de empresas terceirizadas) (R$/ano) - Gestor predial
 Volume de diesel real consumido por equipamentos instalados no empreendimento (l)
 Volume de gás natural (GN) real consumidos pelos equipamentos instalados (m³)
 Massa ou volume de GLP real consumido pelos equipamentos instalados (kg ou m³)
 Consumo real anual de energia elétrica nas áreas comuns do empreendimento e das unidades
individuais (kWh/ano)

Informações quantitativas disponíveis na base de dados do sistema:


 Massas por unidade funcional de produtos da estrutura, do envelope e das vedações horizontais
internas
 Fator de emissão de CO2 do diesel brasileiro (k1)
 Fator de emissão de CO2 do gás natural (GN) (k2)
 Fator de emissão de CO2 do GLP (k3)
 Fator de emissão médio de CO2 da eletricidade brasileira (k4)

Informação sobre o momento da entrada de dados


 Projeto Executivo (ao final do)
 Execução (ao final da)

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INDICADORES
1. Qualidade do ambiente externo
1.1. Qualidade do ambiente externo - Escala Usuário
Indicador: Áreas descobertas de convívio (%)

1.1.1. Justificativa perante a categoria e ao público alvo


Entende-se que, para os usuários, a existência de espaços externos aos edifícios seja relevante,
tais como áreas de convivência, de contemplação, de prática esportiva, de relaxamento, etc.,
mas desde que assegurem condições adequadas de conforto e saúde.
Embora seja necessário estabelecer critérios específicos para definir tais condições de conforto e
saúde, isso não foi feito até o momento. No entanto, define-se desde já que somente devem ser
computadas as áreas de convivência que atendam parâmetros julgados mínimos pelo
empreendedor e sua equipe de projeto, considerando as condições climáticas e a possibilidade
de uso destes locais em boa parte do ano, estando estes espaços protegidos de emissões de
ruídos, odores e poluentes provenientes do entorno e do próprio empreendimento.

1.1.2. Objetivo do indicador


Indicar a fração de áreas de convívio descobertas com condições adequadas de conforto e saúde
em relação à área construída total.

1.1.3. Cálculo do indicador


Fração (%) entre a somatória do total de áreas de convivência externas e do total de áreas de
convivência internas descobertas e a área construída total do empreendimento:
100 x (A + B) / C

1.1.4. Coleta de dados


A - Total de áreas de convivência externas (m²) - Todos os espaços descobertos que sirvam ao
usuário como local de socialização e convivência entre ocupantes do empreendimento,
contemplação, prática esportiva, relaxamento, etc., e com possibilidade de uso em boa parte do
ano. Locais apenas para circulação de pessoas, sem ponto de parada, não são considerados áreas
externas de convívio. Locais não adequadamente protegidos de emissões de ruídos, odores e
poluentes provenientes do entorno e do próprio empreendimento, que não ofereçam condições
mínimas de saúde e conforto, devem ser desconsiderados.

B - Total de áreas de convivência internas descobertas (m²) - Espaços internos descobertos e


destinados aos mesmos usos relacionados acima.

C - Área construída total do empreendimento (m2).

Agente responsável sugerido pelo fornecimento das informações: Projetista.

13
1.1.5. Variáveis para agregação do Indicador
NÍVEL 1: Não há.
NÍVEL 2: Uso do empreendimento.
NÍVEL 3: Zona bioclimática.

1.2. Qualidade do ambiente externo - Escala Bairro


Indicador: Superfícies externas vegetalizadas (%)

1.2.1. Justificativa perante a categoria e ao público alvo


Para a escala do bairro e mesmo das cidades, é preciso estimular a criação de superfícies
vegetalizadas, indo além do simples atendimento a exigências legais relacionadas a índices de
coeficiente de impermeabilização e a eventuais áreas de preservação ambiental. A presença da
vegetalização também é capaz de proporcionar melhoria do microclima local e agradabilidade
visual.

1.2.2. Objetivo do indicador


Indicar a fração de superfícies externas vegetalizadas em relação às superfícies externas totais
disponíveis.

1.2.3. Cálculo do indicador


Fração (%) entre o total de áreas superficiais cobertas por vegetação e o total de áreas
superficiais passíveis de receberem cobertura vegetal:
100 x [A / (B + C)]

1.2.4. Coleta de dados


A - Total de áreas superficiais cobertas por vegetação (m²) – Somatória das superfícies das
coberturas, pisos externos, fachadas e muros, elementos das construções que devem ser
considerados para esse cálculo.

B - Total de áreas superficiais da fachada e de muros (m²) – Incluem as áreas dos vãos.

C – Área do terreno (m2) – Supõe-se que corresponda à soma das áreas de coberturas e pisos
externos.

Agente responsável sugerido pelo fornecimento das informações: Projetista.

1.2.5. Variáveis para agregação do Indicador


NÍVEL 1: Não há.
NÍVEL 2: Uso do empreendimento.
NÍVEL 3: Cidade.

1.3. Qualidade do ambiente externo - Escala Sociedade


Indicador: Permeabilidade do solo (%)
14
1.3.1. Justificativa perante a categoria e ao público alvo
Para a sociedade, a busca pela manutenção do ciclo natural da água é relevante, permitindo a
alimentação de lençóis freáticos e outros mananciais e, também, favorecendo a percolação das
águas no solo. Estes aspectos contribuem para a melhoria das condições de conforto ambiental
exterior e, especialmente, inibem a ocorrência de inundações nas cidades, reduzindo as
situações de risco e de insalubridade para a sociedade, evitando também impactos econômicos
negativos.

1.3.2. Objetivo do indicador


Indicar a fração de áreas permeáveis em relação à área total do terreno.

1.3.3. Cálculo do indicador


Fração (%) entre o total de superfícies permeáveis no terreno e a área total do terreno:
100 x (A / B)

1.3.4. Coleta de dados


A - Total de superfícies permeáveis remanescentes no terreno após a construção do
empreendimento (m²) - São consideradas superfícies permeáveis todas as superfícies que
tenham comprovada capacidade de infiltração de água no solo, demonstrada por bibliografia ou
ficha técnica de caracterização do produto ou sistema empregado, também sendo considerada a
natureza do solo e a possibilidade de percolação vertical de água.

B - Área total do terreno (m²).

Agente responsável sugerido pelo fornecimento das informações: Projetista.

1.3.5. Variáveis para agregação do Indicador


NÍVEL 1: Não há.
NÍVEL 2: Uso do empreendimento.
NÍVEL 3: Cidade.
NÍVEL 3: CEP.

1.4. Qualidade do ambiente externo - Escala Empreendedor


Indicador: não definido.

2. Qualidade da infraestrutura
2.1. Qualidade da infraestrutura – Escala Usuário
Indicador: Proximidade dos usuários do empreendimento a serviço urbano pertinente (km)

2.1.1. Justificativa perante a categoria e ao público alvo


Questões como mobilidade urbana e acesso ao lazer, saúde e educação são temas de
sustentabilidade urbana e podem ser trabalhados sob a ótica da disponibilidade de serviços
urbanos na área circunvizinha ao empreendimento. Estes aspectos estão diretamente ligados à
15
qualidade de vida das pessoas e, em se tratando de uso de veículos para os deslocamentos, de
evitar a queima de combustíveis fósseis e consequente a emissão de gases de efeito estufa. Este
indicador representa a disponibilidade de serviços urbanos a uma distância menor do que uma
pré-determinada como sendo satisfatória do ponto de vista dos usuários dos diversos usos,
incluindo, além dos serviços acima, serviços de natureza comercial julgados relevantes.

2.1.2. Objetivo do indicador


Verificar a proximidade por caminhada da população usuária de cada uso de edifício a um dos
serviços urbanos considerados relevantes disponíveis.

2.1.3. Cálculo do indicador


Menor distância dentre as distâncias do empreendimento aos diferentes serviços urbanos
pertinentes, em função do uso do empreendimento, atendendo aos valores máximos do quadro
abaixo (km).

2.1.4. Coleta de dados


Serviços urbanos disponíveis na proximidade do empreendimento – Identificação dos serviços
urbanos de proximidade disponíveis aos usuários do empreendimento situados a distâncias,
medidas a partir do centro geométrico do terreno do empreendimento, menores ou iguais às do
quadro a seguir, em função do uso:

rota de pedestres (locais de encontro,


conveniência, agência bancária, posto
de correios, restaurantes e comércio

academias, parques, pistas de skate,


Equipamento de lazer acessível por

Equipamento cultural acessível por


rota de pedestres (cinema, teatro,
Atividades de comércio e serviços

Equipamento de saúde (posto de


pedestres de linha de transporte

Escola de ensino fundamental

Distâncias máximas ao
praças, quadras de esportes,
básicos (mercado/feira livre,
Parada acessível por rota de

Completar eventualmente
farmácia, padaria, lojas de

empreendimento dos
Escola de ensino médio

diferentes serviços

sala de concerto, etc.)


urbanos considerados
saúde ou hospital)

válidos, em função do
playground, etc.)
público regular

uso do
empreendimento (km)
em geral)

Habitacional unifamiliar 1,0 1,0 1,5 2,5 2,5 2,5 2,5


Habitacional
0,75 0,75 1,25 2,0 2,0 2,5 2,5
multifamiliar
Escritórios comerciais 1,25 0,75 - - 2,0 1,25 2,0
Consultórios e clínica
1,0 - - - - - -
médica
Hospital 0,75 0,75 - - - - -
Lojas, galeria e centro
1,25 - - - 2,0 - -
comercial
Restaurante e
estabelecimentos 1,0 - - - 2,0 - -
similares
Escola 0,75 - - - 1,5 - -
Hotel, motel e outros
0,75 - - - 2,5 - -
tipos de alojamentos
Igreja e outras
construções para fins 0,75 - - - 2,0 - -
religiosos
Selo Azul Caixa 1,0 1,0 1,5 - 2,5 2,5 -
16
(Habitacional)
Nota: Considerou-se uma velocidade média ao caminhar de 5 km/h. Por exemplo, isso significa que em 15 minutos
de caminhada percorre-se uma distância de 1,25 km.

Somente podem ser considerados os serviços urbanos ativos por ocasião do prazo previsto para
a entrega da obra e de níveis de desempenho avaliados como satisfatórios.

Agente responsável sugerido pelo fornecimento da informação: Projetista.

2.1.5. Variáveis para agregação do Indicador


NÍVEL 1: Não há.
NÍVEL 2: Uso do empreendimento.
NÍVEL 3: Cidade.

2.2. Qualidade da infraestrutura – Escala Bairro


Indicador: Não definido.

2.3. Qualidade da infraestrutura – Escala Sociedade


Indicador: Investimentos em melhorias em infraestruturas e equipamentos urbanos pelo
empreendedor (%)

2.3.1. Justificativa perante a categoria e ao público alvo


A sociedade carece de empreendedores com práticas de responsabilidade social empresarial; em
especial no caso de empreendedores da área imobiliária, devem ser valorizadas práticas que
impactem positivamente a comunidade do entorno do empreendimento, além das exigidas pela
legislação. Ao desenvolver um empreendimento, o empreendedor deve assim analisar o entorno
em que ele estará inserido e identificar carências e oportunidades de melhoria em termos de
infraestrutura e de disponibilidade de equipamentos urbanos. Deve então, considerando os
pontos de melhoria que sua ação possa ter influência, estabelecer prioridades e realizar
investimentos que ajudem a superar as carências identificadas.

2.3.2. Objetivo do indicador


Quantificar a relação entre o volume de investimento proporcionado à comunidade local do
empreendimento e o investimento direto total nele feito, desconsiderados os exigidos pela
legislação.

2.3.3. Cálculo do indicador


Fração (%) entre os custos dos investimentos em melhorias de infraestrutura e equipamentos
urbanos e os custos dos investimentos totais do empreendimento:
100 x (A / B)

17
2.3.4. Coleta de dados
A – Custo de investimentos com a construção e manutenção de infraestrutura urbana e
equipamentos urbanos (R$) - São considerados os custos de investimentos (R$) aplicados na
construção e na manutenção de redes viárias, calçamentos, travessias, praças, sistemas de
drenagem, coleta de esgoto, abastecimento de água, dentre outras infraestruturas urbanas,
assim como na construção ou renovação de equipamentos urbanos locais como pequenos
comércios, postos de saúde, escolas, espaços de cultura e lazer, dentre outros. Apenas devem
ser consideradas as despesas com ações praticadas que forem além das exigidas no processo de
licenciamento ambiental, de construção e de operação do empreendimento.

B – Custo de investimento total do empreendimento (R$).

Agente responsável sugerido pelo fornecimento das informações: Empreendedor.

2.3.5. Variáveis para agregação do Indicador


NÍVEL 1: Não há.
NÍVEL 2: Uso do empreendimento.
NÍVEL 3: Cidade.

2.4. Qualidade da infraestrutura – Escala Empreendedor


Indicador: não definido.

3. Seleção e consumo de materiais, componentes e sistemas


3.1. Seleção e consumo de materiais, componentes e sistemas – Escala Usuário
Indicador: Inspeção em obra dos produtos do envelope (fachadas e coberturas) (%)

3.1.1. Justificativa perante a categoria e ao público alvo


A qualidade e a vida útil dos edifícios dependem de seus materiais, componentes, equipamentos
e sistemas, e dos corretos procedimentos de execução, uso e manutenção. A inspeção desses
produtos na obra, previamente à aplicação, assegura que estejam de acordo com as
especificações de projeto, respeitem a normalização técnica e sejam providos por fornecedores
legais e formais e, desta forma, atendam às exigências legais, regulamentares e de projeto.
A necessidade de substituição de produtos por inadequação e perda de vida útil gera impactos
ambientais e econômicos adicionais pela antecipação da substituição; para o empreendedor,
aumenta os custos totais do empreendimento, caso seja acionada no período de garantia do
comprador.
Dentre os sistemas do edifício, os relacionados ao seu envelope (fachadas e coberturas), como
vedações verticais, revestimentos de fachada, esquadrias externas, telhados, coberturas
impermeabilizadas, etc., estão sujeitos a agentes externos agressivos, que aceleram os
mecanismos de deterioração e acarretam a perda das condições de habitabilidade e de higiene
do ambiente construído, em particular a água. Por essa razão, esse indicador foca-se,
inicialmente, apenas no envelope do edifício.

18
3.1.2. Objetivo do indicador
Mensurar o esforço dos empreendedores no emprego de produtos conformes pela estimativa da
parcela dos custos dos produtos (materiais, componentes, equipamentos e sistemas)
empregados no envelope (fachadas e coberturas) que passou por inspeção em obra,
previamente à aplicação, em relação ao custo total dos produtos empregados no envelope.

3.1.3. Cálculo do indicador


Fração (%) entre o custo total dos produtos (materiais, componentes, equipamentos e sistemas)
empregados no envelope (fachadas e coberturas) que passaram por inspeção em obra,
previamente à aplicação e o custo total dos produtos (materiais, componentes, equipamentos e
sistemas) empregados no envelope (fachadas e coberturas):
100 x (A/B)

3.1.4. Coleta de dados


A - Custo total dos produtos (materiais, componentes, equipamentos e sistemas) empregados no
envelope (fachadas e coberturas) que passaram por inspeção em obra, previamente à aplicação
(R$) – Identificação dos produtos inspecionados quanto ao respeito às normas técnicas e
eventuais exigências adicionais da empresa, dentre os produtos indicados abaixo, e somatória de
seus custos de aquisição.

B - Custo total dos produtos (materiais, componentes, equipamentos e sistemas) empregados no


envelope (fachadas e coberturas) (R$) – São consideradas todas as fachadas (inclusive paredes
geminadas) e a cobertura do último pavimento:
 Cobertura plana: sistema de impermeabilização e de proteção mecânica;
 Cobertura em telhado: estrutura portante e telhamento;
 Na cobertura, incluir isolamentos e forros;
 Na cobertura, excluir captação de águas pluviais, coletores solares, terra e vegetação,
entre outros;
 Fachada: vedo, revestimento e acabamento externo e interno da fachada, em suas
diversas camadas (inclui esquadrias e seus acessórios, isolamento e pintura externa e
interna);
 Na fachada, excluir brises e demais proteções solares, grades e parapeitos.

Agente responsável sugerido pelo fornecimento da informação: Orçamento.

3.1.5. Variáveis para agregação do Indicador


NÍVEL 1: Caracterização.
NÍVEL 2: Cidade.
NÍVEL 3: Natureza do empreendimento.

3.2. Seleção e consumo de materiais, componentes e sistemas – Escala Bairro


Indicador: Não definido.

19
3.3. Seleção e consumo de materiais, componentes e sistemas – Escala Sociedade
Indicador: Distâncias entre o empreendimento e os fabricantes fornecedores da obra
considerando as massas a serem transportadas e o modal de transporte (t x km / m2, por modal
de transporte).

3.3.1. Justificativa perante a categoria e ao público alvo


A energia incorporada a um produto está relacionada com toda a demanda energética do seu
processo produtivo. A seleção de materiais com menores consumos de energia na fabricação e
menores distâncias de transporte entre o fabricante e o empreendimento depende basicamente
de profissionais e consumidores, que devem ser incentivados a fazer escolhas com menor
impacto ambiental. Atualmente são escassos os dados de consumo energético na fase de
fabricação. Portanto, a distância de transporte foi selecionada como indicador deste impacto,
relacionado à massa de produto, pois ambos estão diretamente ligados ao consumo total de
energia no deslocamento. Como o consumo de energia e, por conseguinte, a emissão de CO 2
depende do modal de transporte utilizado - por rodovia, ferrovia, hidrovia, marítimo e aéreo -,
essa informação deve também ser considerada.
Dentre os sistemas do edifício, os relacionados a estrutura, envelope (fachadas e coberturas) e
vedações horizontais internas são os que apresentam maior massa. Por essa razão, esse
indicador foca-se, incialmente, apenas neles.

3.3.2. Objetivo do indicador


Ter uma escala da somatória das distâncias, ponderadas pelas massas e modais de transporte, a
que os produtos da estrutura portante, envelope (fachadas e coberturas) e vedações horizontais
internas, que contabilizam a maior parte da massa do edifício, são transportados entre fábrica e
canteiro de obras, por unidade de área construída.
Esses dados podem ser convertidos em consumo de energia e emissão de CO2 sabendo-se o tipo
de veículo e combustível utilizado. Por exemplo, no caso do transporte ser por rodovia e uso de
caminhões, o consumo médio é de 0,013 l/t.km (variando de 0,06 a 0,022), o que representa
uma emissão de CO2 de 35 gCO2/t.km (variando de 17 a 62).

3.3.3. Cálculo do indicador


Relação entre a somatória das distâncias transportadas dos produtos da estrutura, do envelope e
das vedações horizontais internas a partir do fabricante até a obra, por modal de transporte
(km), multiplicada pelas massas desses produtos (t), e a área construída (m2):
 para cada produto e fornecedor, e por modal de transporte: Fi = [(Ai e Bi) x Ci] / 1.000 (t)
 para cada produto e fornecedor, e por modal de transporte: Gi = Di x Fi (t x km)
 somatória de Gi para um mesmo modal de transporte pela área construída: ∑Gimodalj / E (t
x km / m2)

3.3.4. Coleta de dados


A - Produtos da estrutura, do envelope e das vedações horizontais internas empregados no
empreendimento (tabela da base de dados) (produtos).
Agente responsável sugerido pelo fornecimento da informação: Suprimentos.

20
Massa
Produto UF
/ UF
Estrutura
2
Bloco estrutural 14 cerâmico kg/m
2
Bloco estrutural 9 cerâmico kg/m
2
Bloco estrutural 14 concreto kg/m
2
Bloco estrutural 19 concreto kg/m
3
Aço (CA e CP) kg/m
3
Aço (perfil e lajes steel deck) kg/m
3
Concreto usinado kg/m
3
Concreto pré-moldado kg/m
Vedação vertical
2
Bloco 9 cerâmico kg/m
2
Bloco 14 cerâmico kg/m
2
Bloco 19 cerâmico kg/m
2
Bloco 9 concreto kg/m
2
Bloco 14 concreto kg/m
2
Bloco 19 concreto kg/m
2
Drywall kg/m

Pedra (parede externa)


Telha
Esquadria (fachada)
Argamassas
Cerâmica (piso e parede)
Pedra (piso e parede)

Esquadria (porta e janela)


2
Complementar a tabela indicando, para cada produto de uso corrente, o valor da massa por unidade funcional (m, m
3
ou m ):

B – Massas por unidade funcional dos produtos da estrutura, do envelope e das vedações
horizontais internas não constantes da tabela empregados no empreendimento, que tenham
massa representativa, e, para cada um, massa por unidade funcional, completando a tabela
considerando as especificidades do empreendimento (kg/UF).
Agente responsável sugerido pelo fornecimento da informação: Suprimentos.

C - Quantidade em uso no empreendimento de cada produto e fornecedor, por modal de


transporte, em função da unidade funcional (UF).
Agente responsável sugerido pelo fornecimento da informação: Suprimentos.

D- Fornecedores de cada produto e distância entre cada um e o canteiro de obras, por modal de
transporte (km).
Agente responsável sugerido pelo fornecimento da informação: Suprimentos.

E - Área construída total do empreendimento (m2).


Agente responsável sugerido pelo fornecimento da informação: Projetista.

3.3.5. Variáveis para agregação do Indicador


NÍVEL 1: Cidade.
NÍVEL 1: Método Construtivo.

21
3.4. Seleção e consumo de materiais, componentes e sistemas – Escala
Empreendedor
Indicador: Perdas em obra de concreto estrutural (%)

3.4.1. Justificativa perante a categoria e ao público alvo


Perda de material é uma das formas de geração de resíduos e perdas econômicas na fase de
execução da obra; contribui também negativamente para o esgotamento de jazidas e aterros.
Como são muitos os produtos empregados no empreendimento, optou-se por se voltar, ao
menos inicialmente, ao concreto estrutural. Isso se justifica pelos elevados volumes consumidos
desse material, sua massa a ser transportada, sua perda ainda significativa e pelo uso do
cimento, um dos produtos com maiores emissões de CO2 empregados nos edifícios.
No caso do concreto, o descarte do produto ocorre devido a atrasos na entrega de concreto
usinado, desperdícios na aplicação (perda incorporada), sobras, uso de material em retrabalho
para recuperação e reforços no caso de má qualidade e erros de execução, dentre outras causas.

3.4.2. Objetivo do indicador


Estimar a parcela de concreto utilizada no sistema estrutural do empreendimento acima da
quantidade prevista em projeto, o que significa a demanda além da necessária para sua
execução.

3.4.3. Cálculo do indicador


Percentual (%) de perdas no canteiro de obras de concreto usado na produção da estrutura,
medido pela diferença entre a soma dos volumes do concreto estrutural adquirido externamente
com o produzido em obra e o volume de concreto estrutural estimado em projeto, dividido pelo
volume de concreto estrutural estimado em projeto:
100 x [(A + B) – C] / C

3.4.4. Coleta de dados


A - Volume de concreto estrutural adquirido externamente, entregue e aceito em obra (m³).
Agente responsável sugerido pelo fornecimento da informação: Obra.

B - Volume de concreto estrutural produzido em obra (m³).


Agente responsável sugerido pelo fornecimento da informação: Obra.

C - Volume de concreto estrutural estimado em projeto (m³).


Agente responsável sugerido pelo fornecimento da informação: Orçamento.

3.4.5. Variáveis para agregação do Indicador


NÍVEL 1: Método Construtivo.
NÍVEL 2: Configuração do edifício.
NÍVEL 3: Natureza do empreendimento.

22
4. Gestão do canteiro de obras
4.1. Gestão do canteiro de obras – Escala Usuário
Indicador: Resíduos inertes gerados em obra valorizados (%)

4.1.1. Justificativa perante a categoria e ao público alvo


A construção civil é um dos setores industriais que mais consomem recursos naturais. Em termos
de volume e massa, os produtos inertes, produzidos a partir de calcários (cimento, argamassas e
gesso), argilas (componentes cerâmicos de alvenaria, revestimentos e coberturas) e metais (aço
e outros), bem como materiais com areia e brita, estão entre os mais empregados. Para todos
eles, a questão do esgotamento das jazidas naturais, bem como das distâncias de transporte e
seus impactos negativos, têm ganhado relevância.
Além disso, a massa de resíduos gerados nos canteiros de obras também é muito elevada. O
Panorama Nacional de Resíduos Sólidos no Brasil de 2007 (ABRELPE) mostrou que cerca de 50%
dos resíduos gerados na Região Sudeste advêm de atividades da construção e demolição. A
degradação causada torna-se um problema cada vez maior, principalmente pelo fato das áreas
receptoras serem insuficientes, não possuírem preparo adequado para o recebimento desses
materiais e pela existência de inúmeras áreas de disposição irregulares. Por outro lado, a maior
parte desses resíduos é inerte, em especial de Classe A conforme a Resolução Conama 307, que
podem ser valorizados de modo econômico como agregados.
O indicador proposto engloba os resíduos inertes gerados em todas as etapas da construção,
Classes A e B, pois em várias os volumes são relevantes, e alinha-se com elementos da legislação
e normativos, como a Resolução Conama 307, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei
12.305/10) e a NBR 10004 – Classificação de resíduos sólidos. Ele considera as diferentes formas
de valorização do material, como reuso (mesmo uso), reutilização (uso diferente), reciclagem e
regeneração (inclusive energética - recuperação de calorias por combustão). Ele serve também
como indicador indireto do esforço das empresas construtoras de racionalização da produção,
de organização do canteiro de obras e de melhoria das condições de higiene e segurança.
O solo retirado dos empreendimentos devido a serviços como escavação é também um resíduo
inerte. No entanto, optou-se por não considerá-lo no indicador. As razões principais disso são a
de que os volumes retirados, que são considerados resíduos, dificilmente podem ser diminuídos
como influenciados por esforços de valorização pela equipe de obra, principalmente nas áreas
urbanas centrais, como também não obedecem à mesma lógica de valorização dos demais
resíduos de Classe A. Poderá, em um segundo momento, se criar outro indicador específico para
solo.

4.1.2. Objetivo do indicador


Indicar o esforço dos agentes do setor (empresas construtoras) de valorização dos resíduos
inertes gerados nos canteiros de obras (reuso, reutilização, reciclagem e regeneração),
contribuindo para evitar a escassez dos materiais e reduzir a sobrecarga aos aterros sanitários.
A escala de medida é o volume (m³), e a retirada do canteiro de obras pode ser realizada de
diversas formas - caçambas, bags, baias, caminhões, etc. – mas sempre medidos em volume,
unificando o indicador. A opção pela medida em volume e não em massa, mais empregada
mundialmente, de acordo com indicadores do GRI - Global Reporting Initiative, é pela dificuldade
em medi-la, já que a grande maioria dos canteiros de obras não dispõe de balança.

23
4.1.3. Cálculo do indicador
Fração (%) entre o volume total de resíduos inertes classe A e B valorizados e o volume total de
resíduos inertes classe A e B gerados no canteiro de obras:
100 x [(A + B) / C ]

4.1.4. Coleta de dados


A - Volume total de resíduos inertes classe A e B retirados da obra e destinados à valorização
(reciclagem, reutilização e outros), excluído solo (m3).

B - Volume total de resíduos inertes classe A e B valorizados na própria obra, excluído solo (m 3).

C - Volume total de resíduos inertes classe A e B gerados no canteiro de obras, excluído solo (m3)
– São resíduos classe A os resíduos inertes recicláveis como agregados tais como o concreto,
blocos e argamassas e são resíduos classe B os resíduos inertes recicláveis de diversas naturezas
tais como o plástico, papel, papelão, aço, metais, madeira e gesso.

Agente responsável sugerido pelo fornecimento da informação: Obra.

4.1.5. Variáveis para agregação do Indicador


NÍVEL 1: Cidade.
NÍVEL 2: Caracterização.

4.2. Gestão do canteiro de obras – Escala Bairro


Indicador: Presença em obra de canal de comunicação bidirecional com a vizinhança (sim / não)

4.2.1. Justificativa perante a categoria e ao público alvo


Em função do impacto no entorno durante a construção (incômodos, poluição, etc.), torna-se
importante se estabelecer um canal de comunicação bidirecional específico com a comunidade
vizinha. Isso permite identificar suas demandas e tomar medidas como informá-la sobre as
etapas da obra, esclarecer dúvidas, buscar maior rapidez na identificação e solução de
problemas, diminuir incômodos (material particulado, ruído, circulação de veículos, etc.), dentre
outros. Exemplos de medidas nesse sentido vão da colocação na placa da obra com e-mail ou
telefone para comunicação à criação de um call center, sendo fundamental, em ambos os casos,
a criação de um canal de retono da comunicação.

4.2.2. Objetivo do indicador


Indicar a preocupação do empreendedor ou seu preposto (empresa construtora) com a
comunidade vizinha, a partir da criação de um canal de comunicação bidirecional específico com
ela.

4.2.3. Cálculo do indicador


Pergunta objetiva com opção de resposta: sim ou não.

24
4.2.4. Coleta de dados
Resposta ao questionamento: Existe processo formalizado para monitoramento de demandas
da comunidade e retorno específico ao reclamante, com responsabilidades definidas?

Agente responsável sugerido pelo fornecimento da informação: Obra.

4.2.5. Variáveis para agregação do Indicador


 NÍVEL 1: Caracterização.
 NÍVEL 2: Configuração do edifício.

4.3. Gestão do canteiro de obras – Escala Sociedade


Indicador: Consumo total de água potável em obra (m3 / m2)

4.3.1. Justificativa perante a categoria e ao público alvo


A construção civil utiliza em suas atividades uma quantidade grande de água potável. De acordo
com os dados da Agência Nacional de Águas (ANA), o setor urbano é responsável por 26% do
consumo de toda água bruta do País e a construção civil responsável por 16% de toda a água
potável. Mesmo não havendo estudos aprofundados sobre o consumo de água durante as obras,
sabe-se que ele ocorre em volumes significativos em atividades de produção (produção de
concretos, produção de argamassas, cura úmida, contenções e fundações usando lama
bentonítica, lavagem de ferramentas, veículos e equipamentos, etc.), de consumo humano
(higiene e cocção), de rega, dentre outras; sabe-se também que há desperdício desse recurso.

4.3.2. Objetivo do indicador


Mensurar o esforço dos agentes do setor (empresas construtoras) de redução do consumo e
desperdício de água potável nos canteiros de obras, contribuindo para evitar a escassez desse
recurso.
A escala de medida é o volume (m³), que é padrão para monitoramento (concessionária,
caminhões pipa e poço artesiano), desconsiderando o consumo humano, em galões e garrafas,
em função do volume pequeno.

4.3.3. Cálculo do indicador


Relação entre o consumo total de água potável em obra pelo total de área construída do
empreendimento:
A/B

4.3.4. Coleta de dados


A - Volume total de consumo de água potável no canteiro de obras ao longo dos meses a partir
do início da obra (m3) - Informações provenientes das contas da concessionária e de notas fiscais
de compra de caminhão pipa de água potável. No caso do abastecimento por poço, deve ser
estimado o volume total consumido, que será acrescido aos anteriores.
Agente responsável sugerido pelo fornecimento das informações: Obra.

B - Área construída total do empreendimento (m2).


25
Agente responsável sugerido pelo fornecimento da informação: Projetista.

4.3.5. Variáveis para agregação do Indicador


NÍVEL 1: Caracterização.
NÍVEL 2: Método construtivo.
NÍVEL 3: Cidade.

4.4. Gestão do canteiro de obras – Escala Empreendedor


Indicador: Volume de resíduos descartados pelo canteiro de obras (m 3 / m2)

4.4.1. Justificativa perante a categoria e ao público alvo


Esse indicador complementa o também voltado aos resíduos, mas proposto para a escala
usuário, que foca na revalorização dos resíduos inertes. A preocupação aqui se amplia, para
cobrir todos os resíduos descartados, mais uma vez excluindo o solo, mas o foco passa a ser a
redução do transporte para sua destinação e a redução do volume de resíduos descartados em
aterros e outras áreas de destinação final. Canteiros de obras que tenham menor quantidade de
resíduos descartados por área construída podem ser considerados mais eficientes, para a
sociedade haverá menor impacto com as reduções do transporte e do volume de resíduos
descartados, entre outros benefícios. Pode significar, igualmente, reduzir a produção de
resíduos, ou seja, de perdas não incorporadas. Para o empreendedor, representa menor custo
de descarte e, possivelmente, de insumos utilizados na obra.
O indicador engloba os resíduos inertes, perigosos e orgânicos gerados em todas as etapas do
canteiro de obras, e alinha-se com elementos da legislação e normativos, como a Resolução
CONAMA 307, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/10) e a NBR 10004 –
Classificação de resíduos sólidos. Ele serve como indicador indireto do esforço das empresas
construtoras de racionalização da produção, de organização do canteiro de obras e de melhoria
das condições de higiene e segurança.
O solo retirado dos empreendimentos devido a serviços como escavação é também um resíduo a
ser descartado. No entanto, optou-se por não considerá-lo no indicador. As razões principais
disso são a de que os volumes retirados dificilmente podem ser diminuidos como influenciados
por esforços de revalorização pela equipe de obra, principalmente nas áreas urbanas centrais,
como também podem representar volumes significativamente maiores dos que os gerados pelos
outros resíduos, distorcendo o indicador e sua utilidade para gestão quotidiana do canteiro de
obras. Pode-se em um segundo momento criar outro indicador específico para solo.

4.4.2. Objetivo do indicador


Indicar o esforço dos agentes do setor (empresas construtoras) de diminuição dos resíduos
descartados, seja pela redução da sua geração, seja pela sua valorização (reuso, reutilização
reciclagem e regeneração) na própria obra, contribuindo para reduzir os impactos negativos
gerados pela sua destinação a aterros e a outras áreas de destinação final.
A escala de medida é o volume (m³), e a retirada do canteiro de obras pode ser realizada de
diversas formas - caçambas, bags, baias, caminhões, etc. – mas sempre medidos em volume,
unificando o indicador. A opção pela medida em volume e não em massa, mais empregada
mundialmente, de acordo com indicadores do GRI - Global Reporting Initiative, é pela dificuldade
em medi-la, já que a grande maioria dos canteiros de obras não dispõe de balança.
26
4.4.3. Cálculo do indicador
Relação entre o volume total de resíduos descartados pelo canteiro de obras, excluído solo, pelo
total de área construída do empreendimento:
A/B

4.4.4. Coleta de dados


A - Volume total de resíduos retirados da obra, independentemente de sua destinação (m 3) – São
excluídos do cálculo o volume dos materiais revalorizados na própria obra, por exemplo, na
produção de concreto, argamassa, blocos (sub-base), etc.
Agente responsável sugerido pelo fornecimento das informações: Obra.

B - Área construída total do empreendimento (m2).


Agente responsável sugerido pelo fornecimento da informação: Projetista.

4.4.5. Variáveis para agregação do Indicador


NÍVEL 1: Caracterização.
NÍVEL 1: Método Construtivo.
NÍVEL 2: Cidade.

5. Gestão da água
Indicadores sob a responsabilidade do empreendedor (etapas de Concepção/Projeto e Execução)

5.1. Gestão da água - etapas de Concepção/Projeto e Execução - Escala Usuário


Indicador: Consumo diário estimado de água por usuário ((m3 / usuário) x dia)

5.1.1. Justificativa perante a categoria e ao público alvo


O indicador de consumo é utilizado para o gerenciamento do uso da água, pois possibilita uma
avaliação do sistema em relação a ele mesmo ou em relação a outro com as mesmas
características físicas e funcionais. Assim, permite a verificação dos impactos de redução de
consumo após uma ação implantada como, por exemplo, a troca de um equipamento na etapa
de projeto.
Outra contribuição do indicador de consumo é no dimensionamento do sistema de reservação.

5.1.2. Objetivo do indicador


Indicar objetivo.

5.1.3. Cálculo do indicador


Indicador de consumo estimado de água:
A/B

5.1.4. Coleta de dados


A - Consumo estimado diário de água (m3/dia).

27
B - Número estimado diário de pessoas consumidoras da água (usuários).

A unidade do indicador de consumo estimado de água adotada é em m3/usuário.dia. Ela é


adequada, por exemplo, para empreendimentos habitacionais e comerciais, mas outros tipos de
empreendimentos podem ter unidades mais adequadas, como m3/aluno.dia para uma escola ou
m3/leito.dia para um hospital; no entanto esta unidade foi julgada a mais adequada porque
considera o agente consumidor mais representativo do edifício.

Agente responsável sugerido pelo fornecimento das informações: Projetista.

5.1.5. Variáveis para agregação do Indicador


NÍVEL 1: Uso do empreendimento.
NÍVEL 2: Zona bioclimática.
NÍVEL 3: Padrão do edifício.

5.2. Gestão da água - etapas de Concepção/Projeto e Execução - Escala Bairro2


Indicador: Capacidade de retenção de água do empreendimento (l/min)

5.2.1. Justificativa perante a categoria e ao público alvo


Considerando-se que o desenvolvimento urbano produz cada vez mais o aumento da vazão de
escoamento superficial devido a crescente impermeabilização das superfícies, a proposta do
Plano Municipal de Gestão do Sistema de Águas Pluviais de São Paulo (PMAPSP, 2012) é que o
controle do impacto gerado para as áreas de jusante seja realizado na fonte, ou no próprio
terreno do empreendimento. Desta forma, as novas construções não ampliariam o efeito da
ocupação para jusante. Desse modo, devem ser valorizadas iniciativas que levem o
empreendimento a reter água.
O conhecimento do indicador capacidade de retenção de águas pluviais (IRAP) é necessário para
a previsão da vazão de água pluvial efluente dos empreendimentos para o sistema de drenagem
urbana.
A adoção de uma vazão de pré-desenvolvimento tem o objetivo estabelecer um critério simples
e geral mesmo que aproximado, para a cidade de São Paulo. Por razões práticas admitiu-se não
ser razoável que seja realizado um estudo hidrológico para cada novo empreendimento, e seja
adotada a proposta do Plano paulista em todo o País.
A vazão de pré-desenvolvimento é obtida através da fórmula do Método Racional, conforme
sugere Tucci (2000):
 admite-se que a área máxima do terreno do empreendimento seja de 100 ha, ou 1 km 2
(área retangular, com o comprimento igual ao dobro da largura);
 admite-se que o tempo de concentração para uma bacia desta ordem de grandeza é igual
a 1 hora, o que resulta em uma velocidade média do escoamento de 0,4 m/s;
 adota-se um tempo de retorno igual a 10 anos; este risco é compatível com os critérios
adotados para controle da microdrenagem;

2
Aguardando validação do CT Água. Há uma incoerência no texto. O indicador proposto deve ou não ser dividido pela área
2
do terreno (por m )?
28
 a intensidade de precipitação é obtida da relação intensidade x duração x frequência do
município a ser analisado; adota-se duração igual ao tempo de concentração da bacia
hidrográfica e período de retorno de 10 anos;
 para o coeficiente de escoamento C do método racional adotou-se um valor padrão único
para toda a cidade igual a 0,15;
 toda ocupação que resulte em superfície impermeável, deverá possuir uma vazão máxima
específica de saída para a rede pública de águas pluviais, menor ou igual a vazão de pré-
desenvolvimento.
A intensidade de precipitação, em mm/h, determinada para São Paulo, considerando um período
de retorno de 10 anos e duração de 1 hora, é igual 60,1 mm/h. O coeficiente de escoamento é
admitido igual a 0,15 conforme apresentado anteriormente. Substituindo-se estes valores na
equação da vazão específica natural, resulta em 25 l/s/ha ou 0,15 l/min por m 2.

5.2.2. Objetivo do indicador


Medir a capacidade de retenção (IRAP) de água de um empreendimento, em escala de bairro.

5.2.3. Cálculo do indicador


Diferença entre a vazão de escoamento prevista para o empreendimento e a vazão de
escoamento correspondente ao um terreno não impermeabilizado, somada à retenção a partir
de um disposto de retardo:
[(D – C) x 0,15] + (C x 1) – [(somatória de A x coeficientes de escoamento) + B x 0,15]

5.2.4. Coleta de dados


A - Áreas pavimentadas e respectivos coeficientes de escoamento. (m2) (litros / min x m2)

B – Áreas permeáveis com coeficiente de escoamento 85% = 0,15 l/min por m 2 (cidade de São
Paulo).

C - Área de incidência pluvial direcionada a dispositivo de retardo. (m2)

D - Área total do terreno (m²).

A unidade do indicador capacidade de retenção (IRAP) é em: l/min por m 2.


O valor máximo de vazão admitido para São Paulo é de 0,15 l/min por m2. Os empreendimentos
devem utilizar este valor como referência, sendo melhores aqueles que apresentarem valor
vazão nula.

Agente responsável sugerido pelo fornecimento da informação: Projetista

5.2.5. Variáveis para agregação do Indicador


NÍVEL 1: Cidade.
NÍVEL 2: Uso do empreendimento.

29
5.3. Gestão da água - etapas de Concepção/Projeto e Execução - Escala Sociedade
Indicador: não definido.

5.4. Gestão da água - etapas de Concepção/Projeto e Execução - Escala


Empreendedor
Indicador: não definido.

Indicadores sob a responsabilidade do gestor do edifício (etapas de Operação e Manutenção)

5.5. Gestão da água - etapas de Operação e Manutenção - Escala Usuário


Indicador: Consumo diário real de água por usuário ((m3 / usuário) x dia)

5.5.1. Justificativa perante a categoria e ao público alvo


O indicador de consumo é utilizado para o gerenciamento do uso da água, pois possibilita uma
avaliação do sistema em relação a ele mesmo ou em relação a outro com as mesmas
características físicas e funcionais. Assim, permite a verificação dos impactos de redução de
consumo após uma ação implantada como, por exemplo, a troca de um equipamento ou a
mudança de algum procedimento relacionado ao uso da água.
Outra contribuição do indicador de consumo é no dimensionamento do sistema de reservação.

5.5.2. Objetivo do indicador


Indicar objetivo.3

5.5.3. Cálculo do indicador


Indicador de consumo real diário de água:
A / (B x C)

5.5.4. Coleta de dados


A - Consumo real de água no período de atividades (m3).

B – Número de dias efetivamente com consumo real de água no período de atividades (dias)

C - Número real de pessoas consumidoras da água no período de atividades (usuários).

Agente responsável sugerido pelo fornecimento da informação: Gestor predial e usuários

5.5.5. Variáveis para agregação do Indicador


NÍVEL 1: Uso do empreendimento.
NÍVEL 2: Zona bioclimática.
NÍVEL 3: Padrão do edifício.

3
Aguardando redação pelo CT Água.
30
5.6. Gestão da água - etapas de Operação e Manutenção - Escala Bairro
Indicador: não definido.

5.7. Gestão da água - etapas de Operação e Manutenção - Escala Sociedade


Indicador: não definido.

5.8. Gestão da água - etapas de Operação e Manutenção - Escala Empreendedor


Indicador: não definido.

6. Eficiência energética4
Indicadores sob a responsabilidade do empreendedor (etapas de Concepção/Projeto e Execução)

6.1. Eficiência energética - etapas de Concepção/Projeto e Execução - Escala


Usuário
Indicador: Consumo de energia elétrica mensal estimada por usuário (kWh estimados / (usuário
x mês))

6.1.1. Justificativa perante a categoria e ao público alvo

6.1.2. Objetivo do indicador

6.1.3. Cálculo do indicador

6.1.4. Coleta de dados

Agente responsável sugerido pelo fornecimento da informação:

6.1.5. Variáveis para agregação do Indicador

6.2. Eficiência energética - etapas de Concepção/Projeto e Execução - Escala


Bairro
Indicador: Potência instalada por área do terreno ((kW/m2)

6.2.1. Justificativa perante a categoria e ao público alvo

4
Não incluído – aguardando informações CT Energia.
31
6.2.2. Objetivo do indicador

6.2.3. Cálculo do indicador

6.2.4. Coleta de dados

Agente responsável sugerido pelo fornecimento da informação:

6.2.5. Variáveis para agregação do Indicador

6.3. Eficiência energética - etapas de Concepção/Projeto e Execução - Escala


Sociedade
Indicador: (kWh estimados de energia primária / área construída (m2)) / ano ((kWhep estimados /
m2) / ano)

6.3.1. Justificativa perante a categoria e ao público alvo

6.3.2. Objetivo do indicador

6.3.3. Cálculo do indicador

6.3.4. Coleta de dados

Agente responsável sugerido pelo fornecimento da informação:

6.3.5. Variáveis para agregação do Indicador

6.4. Eficiência energética - etapas de Concepção/Projeto e Execução - Escala


Empreendedor
Indicador: (kWh estimados por uso final / área atendida pelo sistema relacionado ao uso final
(m2)) / mês ((kWh estimados por uso final / m2) / mês)

6.4.1. Justificativa perante a categoria e ao público alvo

32
6.4.2. Objetivo do indicador

6.4.3. Cálculo do indicador

6.4.4. Coleta de dados

Agente responsável sugerido pelo fornecimento da informação:

6.4.5. Variáveis para agregação do Indicador

Indicadores sob a responsabilidade do gestor do edifício (etapas de Operação e Manutenção)

6.5. Eficiência energética - etapas de Operação e Manutenção - Escala Usuário


Indicador: kWh mensal consumido / usuário (kWh / (usuário x mês))

6.5.1. Justificativa perante a categoria e ao público alvo

6.5.2. Objetivo do indicador

6.5.3. Cálculo do indicador

6.5.4. Coleta de dados

Agente responsável sugerido pelo fornecimento da informação:

6.5.5. Variáveis para agregação do Indicador

6.6. Eficiência energética - etapas de Operação e Manutenção - Escala Bairro


Indicador: kW de potência instalada / m2 de Área do terreno (kW/m2) IGUAL AO INDICADOR DA
FASE DE PROJETO ...

6.6.1. Justificativa perante a categoria e ao público alvo

6.6.2. Objetivo do indicador

33
6.6.3. Cálculo do indicador

6.6.4. Coleta de dados

Agente responsável sugerido pelo fornecimento da informação:

6.6.5. Variáveis para agregação do Indicador

6.7. Eficiência energética - etapas de Operação e Manutenção - Escala Sociedade


Indicador: kWh consumido de energia primária / área construída (m 2) / ano ((kWhep consumidos
/ m2) / ano)

6.7.1. Justificativa perante a categoria e ao público alvo

6.7.2. Objetivo do indicador

6.7.3. Cálculo do indicador

6.7.4. Coleta de dados

Agente responsável sugerido pelo fornecimento da informação:

6.7.5. Variáveis para agregação do Indicador

6.8. Eficiência energética - etapas de Operação e Manutenção - Escala


Empreendedor
Indicador: (kWh consumidos por uso final / área atendida pelo sistema relacionado ao uso final
(m2)) / mês ((kWh por uso final / m2) / mês)

6.8.1. Justificativa perante a categoria e ao público alvo

6.8.2. Objetivo do indicador

34
6.8.3. Cálculo do indicador

6.8.4. Coleta de dados

Agente responsável sugerido pelo fornecimento da informação:

6.8.5. Variáveis para agregação do Indicador

7. Qualidade do ambiente interno e saúde dos usuários


Conforto térmico no verão dos usuários

7.1. Qualidade do ambiente interno e saúde dos usuários – conforto térmico no


verão dos usuários – Escala Usuário
Indicador: Uso de ferramentas de simulação de conforto térmico (sim / não)

7.1.1. Justificativa perante a categoria e ao público alvo


A sustentabilidade não deve focar apenas no menor consumo de recursos e na minimização de
emissões, mas também na criação de ambientes construídos saudáveis e confortáveis para a
melhor qualidade de vida do ser humano.
O ambiente interno, que acolhe grande parte das atividades humanas, possui variáveis que
podem ser controladas para propiciar ao usuário conforto térmico, acústico e visual, e qualidade
do ar interno.
Os indicadores associados à qualidade do ambiente interno verificam em que medida os agentes
do setor estão mobilizando esforços para aprimorar o processo decisório das soluções de projeto
para melhorar o conforto e qualidade sanitária dos ambientes internos.

7.1.2. Objetivo do indicador


Indicar a preocupação dos empreendedores em edificar espaços termicamente confortáveis,
mesmo quando não há obrigatoriedade legal em fazê-lo. A simulação computacional é uma
ferramenta que auxilia no diagnóstico de possíveis falhas de projeto, e pode ser utilizado desde a
fase de concepção; por essa razão, optou-se por associar esse indicador ao seu uso.

7.1.3. Cálculo do indicador


Pergunta objetiva com opção de resposta: sim ou não.

7.1.4. Coleta de dados


Resposta ao questionamento: Foram utilizadas ferramentas de simulação de conforto térmico
para a tomada de decisões na concepção técnica e arquitetônica do empreendimento e as
recomendações foram aplicadas?

Agente responsável sugerido pelo fornecimento da informação: Projetista ou Consultor.

35
7.1.5. Variáveis para agregação do Indicador
NÍVEL 1: Padrão do edifício.
NÍVEL 1: Uso do empreendimento.

7.2. Qualidade do ambiente interno e saúde dos usuários – conforto térmico no


verão dos usuários – Escala Bairro
Indicador: não definido.

7.3. Qualidade do ambiente interno e saúde dos usuários – conforto térmico no


verão dos usuários – Escala Sociedade
Indicador: não definido.

7.4. Qualidade do ambiente interno e saúde dos usuários – conforto térmico no


verão dos usuários – Escala Empreendedor
Indicador: não definido.

Conforto acústico dos usuários

7.5. Qualidade do ambiente interno e saúde dos usuários – conforto acústico dos
usuários – Escala Usuário
Indicador: Realização de estudo de conforto acústico (sim / não)

7.5.1. Justificativa perante a categoria e ao público alvo


A sustentabilidade não deve focar apenas no menor consumo de recursos e na minimização de
emissões, mas também na criação de ambientes construídos saudáveis e confortáveis para a
melhor qualidade de vida do ser humano.
O ambiente interno, que acolhe grande parte das atividades humanas, possui variáveis que
podem ser controladas para propiciar ao usuário conforto térmico, acústico e visual, e qualidade
do ar interno.
Os indicadores associados à qualidade do ambiente interno verificam em que medida os agentes
do setor estão mobilizando esforços para aprimorar o processo decisório das soluções de projeto
para melhorar o conforto e qualidade sanitária dos ambientes internos.

7.5.2. Objetivo do indicador


Indicar a preocupação dos empreendedores em edificar espaços acusticamente confortáveis,
mesmo quando não há obrigatoriedade legal em fazê-lo. A realização de estudo de conforto
acústico colabora com a concepção de ambientes mais apropriados acusticamente para o fim a
que se destinam. Por essa razão, optou-se por associar esse indicador à sua realização.

7.5.3. Cálculo do indicador


Pergunta objetiva com opção de resposta: sim ou não.

36
7.5.4. Coleta de dados
Resposta ao questionamento: Foi utilizado estudo acústico para a tomada de decisões na
concepção técnica e arquitetônica do empreendimento e as recomendações foram aplicadas?

Agente responsável sugerido pelo fornecimento da informação: Projetista ou Consultor.

7.5.5. Variáveis para agregação do Indicador


NÍVEL 1: Padrão do edifício.
NÍVEL 1: Uso do empreendimento.

7.6. Qualidade do ambiente interno e saúde dos usuários – conforto acústico dos
usuários – Escala Bairro
Indicador: não definido.

7.7. Qualidade do ambiente interno e saúde dos usuários – conforto acústico dos
usuários – Escala Sociedade
Indicador: não definido.

7.8. Qualidade do ambiente interno e saúde dos usuários – conforto acústico dos
usuários – Escala Empreendedor
Indicador: não definido.

Conforto visual dos usuários

7.9. Qualidade do ambiente interno e saúde dos usuários – conforto visual dos
usuários – Escala Usuário
Indicador: Realização de projeto integrado de iluminação natural e artificial (sim / não)

7.9.1. Justificativa perante a categoria e ao público alvo


A sustentabilidade não deve focar apenas no menor consumo de recursos e na minimização de
emissões, mas também na criação de ambientes construídos saudáveis e confortáveis para a
melhor qualidade de vida do ser humano.
O ambiente interno, que acolhe grande parte das atividades humanas, possui variáveis que
podem ser controladas para propiciar ao usuário conforto térmico, acústico e visual, e qualidade
do ar interno.
Os indicadores associados à qualidade do ambiente interno verificam em que medida os agentes
do setor estão mobilizando esforços para aprimorar o processo decisório das soluções de projeto
para melhorar o conforto e qualidade sanitária dos ambientes internos.

37
7.9.2. Objetivo do indicador
Identificar a importância dada pelos empreendedores à adoção de projetos que consideram
soluções integradas de iluminação natural e artificial, objetivando eficiência energética e
conforto visual. Por essa razão, optou-se por associar esse indicador à sua realização.

7.9.3. Cálculo do indicador


Pergunta objetiva com opção de resposta: sim ou não.

7.9.4. Coleta de dados


Resposta ao questionamento: Foi utilizado projeto integrado de iluminação natural e artificial
que contemple eficiência energética e conforto visual para a tomada de decisões na concepção
técnica e arquitetônica do empreendimento e as recomendações foram aplicadas?

Agente responsável sugerido pelo fornecimento da informação: Projetista ou Consultor.

7.9.5. Variáveis para agregação do Indicador


NÍVEL 1: Padrão do edifício.
NÍVEL 1: Uso do empreendimento.

7.10. Qualidade do ambiente interno e saúde dos usuários – conforto visual


dos usuários – Escala Bairro
Indicador: não definido.

7.11. Qualidade do ambiente interno e saúde dos usuários – conforto visual


dos usuários – Escala Sociedade
Indicador: não definido.

7.12. Qualidade do ambiente interno e saúde dos usuários – conforto visual


dos usuários – Escala Empreendedor
Indicador: não definido.

Qualidade do ar interno

7.13. Qualidade do ambiente interno e saúde dos usuários – qualidade do ar


interno – Escala Usuário
Indicador: Consideração da qualidade do ar interno nas etapas de projeto, execução e entrega
da obra (sim / não)

38
7.13.1. Justificativa perante a categoria e ao público alvo
A sustentabilidade não deve focar apenas no menor consumo de recursos e na minimização de
emissões, mas também na criação de ambientes construídos saudáveis e confortáveis para a
melhor qualidade de vida do ser humano.
O ambiente interno, que acolhe grande parte das atividades humanas, possui variáveis que
podem ser controladas para propiciar ao usuário conforto térmico, acústico e visual, e qualidade
do ar interno.
Os indicadores associados à qualidade do ambiente interno verificam em que medida os agentes
do setor estão mobilizando esforços para aprimorar o processo decisório das soluções de projeto
para melhorar o conforto e qualidade sanitária dos ambientes internos. E, com relação à
qualidade do ambiente interno também devem ser consideradas as práticas de obra e os
procedimentos de entrega da obra.

7.13.2. Objetivo do indicador


Indicar a preocupação dos empreendedores em edificar espaços que assegurem a obtenção e
manutenção da qualidade do ar interno, mesmo quando não há obrigatoriedade legal em fazê-
lo, incluindo na etapa de obra e sua entrega. Optou-se assim por associar esse indicador à
consideração da qualidade do ar interno nas etapas de projeto, execução e entrega da obra.

7.13.3. Cálculo do indicador


Pergunta objetiva com opção de resposta: sim ou não.

7.13.4. Coleta de dados


Resposta ao questionamento: A qualidade do ar interno foi considerada nas tomadas de decisão
relativas às soluções arquitetônicas e técnicas do projeto, às práticas de obra e à documentação
e aos procedimentos de entrega e as recomendações foram aplicadas nas etapas de projeto,
execução e entrega da obra?

Agente responsável sugerido pelo fornecimento da informação: Projetista ou Consultor.

Em uma segunda etapa, o indicador poderá evoluir para levantar os aspectos considerados:
 Emissões de Compostos Orgânicos Voláteis (selantes, juntas e mastiques; tintas e
vernizes; colas e adesivos; materiais de revestimentos);
 Posicionamento das tomadas de ar externo;
 Cuidados durante a etapa de obra quanto ao armazenamento e à instalação de
equipamentos e materiais para que não comprometam a qualidade do ar interno;
 Inclusão no manual de operação e manutenção de recomendações para a continuidade
da qualidade do ar interno do ambiente em uso.

Agentes responsáveis sugerido pelo fornecimento das informações: Projetista e Obra.

7.13.5. Variáveis para agregação do Indicador


NÍVEL 1: Padrão do edifício.
NÍVEL 1: Uso do empreendimento.

39
7.14. Qualidade do ambiente interno e saúde dos usuários – qualidade do ar
interno – Escala Bairro
Indicador: não definido.

7.15. Qualidade do ambiente interno e saúde dos usuários – qualidade do ar


interno – Escala Sociedade
Indicador: não definido.

7.16. Qualidade do ambiente interno e saúde dos usuários – qualidade do ar


interno – Escala Empreendedor
Indicador: não definido.

8. Operação e Manutenção
Indicadores sob a responsabilidade do empreendedor (etapas de Concepção/Projeto e Execução)

8.1. Operação e Manutenção - etapas de Concepção/Projeto e Execução - Escala


Usuário
Indicador: Despesas anuais estimadas com os consumos de água e energia pelas áreas comuns
do empreendimento (R$ / (ano x m2))

8.1.1. Justificativa perante a categoria e ao público alvo


A água potável é um recurso finito; seu reuso e tratamento são tecnicamente possíveis, mas sua
viabilidade está condicionada a diversos fatores referentes a cada empreendimento. A energia é
um recurso para o qual a disponibilidade varia segundo a localização do empreendimento; mais
ainda, sua produção no País tem cada vez mais levado à emissão de gases de efeito estufa. Além
disso, consumos excessivos geram impactos econômicos no valor dos condomínios.
O bom uso desses recursos depende não somente do comportamento dos usuários e do gestor
do edifício, como das características intrínsecas do empreendimento, definidas em projeto.

8.1.2. Objetivo do indicador


Disponibilizar informações aos futuros usuários e gestor do edifício sobre os prováveis gastos
anuais decorrentes dos consumos de água e energia em suas áreas comuns durante o período de
operação e manutenção, e, indiretamente, o provável desempenho ambiental do edifício com
relação ao consumo destes recursos.

8.1.3. Cálculo do indicador


Relação entre as despesas anuais previstas e o total de áreas construídas comuns do
empreendimento:
(A + B + C + D + E) / F

40
8.1.4. Coleta de dados
A - Valor anual estimado da taxa condominial referente às despesas com consumo de energia
elétrica nas áreas comuns - Estimativa dos custos anuais baseada nos equipamentos e sistemas
de áreas comuns (kwh / mês) x tarifa x 12 = R$/ano.

Agente responsável sugerido pelo fornecimento da informação: Projetista.

B - Valor anual estimado da taxa condominial referente às despesas com consumo de gás natural
(GN) nas áreas comuns - Estimativa dos custos anuais baseada nos equipamentos e sistemas de
áreas comuns (m3 / mês) x tarifa x 12 = R$/ano.

Agente responsável sugerido pelo fornecimento da informação: Projetista.

C - Valor anual estimado da taxa condominial referente às despesas com consumo de gás
liquefeito de petróleo (GLP) nas áreas comuns - Estimativa dos custos anuais baseada nos
equipamentos e sistemas de área comuns (m3 / mês) x tarifa x 12 = R$/ano.

Agente responsável sugerido pelo fornecimento da informação: Projetista.

D - Valor anual estimado da taxa condominial referente às despesas com consumo de


combustível nas áreas comuns - Estimativa dos custos anuais baseada nos equipamentos e
sistemas de áreas comuns (l / mês) x tarifa x 12 = R$/ano.

Agente responsável sugerido pelo fornecimento da informação: Projetista.

E - Valor anual estimado da taxa condominial referente às despesas com consumo de água nas
áreas comuns - Estimativa dos custos anuais baseada nos equipamentos e sistemas de áreas
comuns (m3 / mês) x tarifa x 12

Agente responsável sugerido pelo fornecimento da informação: Projetista.

F - Total de áreas construídas comuns do empreendimento (m2).

Agente responsável sugerido pelo fornecimento da informação: Projetista.

8.1.5. Variáveis para agregação do Indicador


NÍVEL 1: Uso do empreendimento.
NÍVEL 1: Cidade.
NÍVEL 3: Tipo de sistema de climatização do ar das áreas comuns.
NÍVEL 3: Tipo de sistema de aquecimento de água nas áreas comuns.
NÍVEL 3: Emprego de medidor de água setorizado para diferentes áreas comuns e sistemas.
NÍVEL 3: Sistema de reaproveitamento de água.
NÍVEL 3: Existência de piscina.

41
8.2. Operação e Manutenção - etapas de Concepção/Projeto e Execução - Escala
Bairro
Indicador: não definido.

8.3. Operação e Manutenção - etapas de Concepção/Projeto e Execução - Escala


Sociedade
Indicador: Previsão de local adequado para gestão de resíduos (sim / não)

8.3.1. Justificativa perante a categoria e ao público alvo


A geração de resíduo é uma ação impactante e inerente à atividade humana, mas muito pode ser
feito para diminuí-la.
Por sua vez, a correta destinação e os corretos reuso ou reciclagem dos resíduos gerados
dependem de todos os atores da sociedade e podem ser facilitados por políticas públicas e
privadas que promovam e incentivem a gestão adequada de resíduos sólidos. Estas podem
contemplar incentivos a empresas e cooperativas de reciclagem; educação ambiental; ecodesign;
compostagem; logística reversa; e incineração com produção de energia. Com tais ações, há o
potencial de se destinar corretamente 95% dos resíduos que a sociedade produz. Isto resultaria
na redução do consumo dos recursos naturais, na diminuição da poluição do solo, da água e do
ar, na economia de energia e de água, na possibilidade de vida útil dos aterros, na diminuição
dos custos da produção e do desperdício, na melhoria da limpeza e higiene da cidade, na
prevenção de enchentes, na redução dos gastos com a limpeza urbana e na oportunidade de
fortalecer cooperativas e gerar emprego e renda pela comercialização dos recicláveis, dentre
outros benefícios.
No entanto, tudo isso se torna mais difícil se o empreendimento não for propício, por exemplo,
prevendo local adequado para separação, armazenamento e coleta de resíduos que possam ser
corretamente manuseados e destinados para cadeias de valorização.

8.3.2. Objetivo do indicador


Identificar a previsão de local adequado para gestão dos resíduos nos empreendimentos,
incluindo locais para separação, armazenamento e coleta de resíduos reaproveitados e rejeitos,
mesmo quando não há obrigatoriedade legal em fazê-lo.

8.3.3. Cálculo do indicador


Pergunta objetiva com opção de resposta: sim ou não.

8.3.4. Coleta de dados


Resposta ao questionamento: O projeto prevê local adequado para separação, armazenamento
e coleta de resíduos?

Agente responsável pelo fornecimento desta informação: Projetista.

8.3.5. Variáveis para agregação do Indicador


NÍVEL 1: Não há.
NÍVEL 2: Uso do empreendimento.
42
NÍVEL 2: Cidade.

8.4. Operação e Manutenção - etapas de Concepção/Projeto e Execução - Escala


Empreendedor
Indicador: não definido.

Indicadores sob a responsabilidade do gestor do edifício (etapas de Operação e Manutenção)

8.5. Operação e Manutenção - etapas de Operação e Manutenção - Escala Usuário


Indicador: Despesas anuais reais com o consumo de água e energia pelas áreas comuns do
empreendimento (R$ / (ano x m2))

8.5.1. Justificativa perante a categoria e ao público alvo


A água potável é um recurso finito; seu reuso e tratamento são tecnicamente possíveis, mas sua
viabilidade está condicionada a diversos fatores referentes a cada empreendimento. A energia é
um recurso para o qual a disponibilidade varia segundo a localização do empreendimento; mais
ainda, sua produção no País tem cada vez mais levado à emissão de gases de efeito estufa.
O bom uso desses recursos depende não somente das características intrínsecas do
empreendimento, definidas em projeto, como do comportamento dos usuários e do gestor do
edifício. Além disso, consumos excessivos geram impactos econômicos no valor dos
condomínios.

8.5.2. Objetivo do indicador


Informar usuários e gestor do edifício os gastos anuais reais decorrentes do consumo de água e
energia em suas áreas comuns durante o período de operação e manutenção, e, indiretamente,
o desempenho ambiental do edifício com relação ao consumo destes recursos.

8.5.3. Cálculo do indicador


Relação entre as despesas anuais reais e o total de áreas construídas comuns do
empreendimento:
(A + B + C + D + E) / F

8.5.4. Coleta de dados


A - Valor anual real da taxa condominial referente às despesas com consumo de energia elétrica
nas áreas comuns - Estimativa dos custos anuais baseada nos equipamentos e sistemas de áreas
comuns (kwh / mês) x tarifa x 12 = R$/ano.

B - Valor anual real da taxa condominial referente às despesas com consumo de gás natural (GN)
nas áreas comuns - Custos anuais reais baseados nos equipamentos e sistemas de área comuns
(m3 / mês) x tarifa x 12 = R$/ano.

43
C - Valor anual real da taxa condominial referente às despesas com consumo de gás liquefeito de
petróleo (GLP) nas áreas comuns - Custos anuais reais baseados nos equipamentos e sistemas de
área comuns (m3 / mês) x tarifa x 12 = R$/ano.

D - Valor anual real da taxa condominial referente às despesas com consumo de combustível nas
áreas comuns - Custos anuais reais baseados nos equipamentos e sistemas de áreas comuns (l /
mês) x tarifa x 12 = R$/ano.

E - Valor anual real da taxa condominial referente às despesas com consumo de água nas áreas
comuns - Custos anuais reais baseados nos equipamentos e sistemas de áreas comuns (m3 / mês)
x tarifa x 12

Agente responsável sugerido pelo fornecimento da informação: Gestor do edifício.

F - Total de áreas construídas comuns do empreendimento (m2).

Agente responsável sugerido pelo fornecimento da informação: Projetista.

8.5.5. Variáveis para agregação do Indicador


NÍVEL 1: Uso do empreendimento.
NÍVEL 1: Cidade.
NÍVEL 3: Tipo de sistema de climatização do ar das áreas comuns.
NÍVEL 3: Tipo de sistema de aquecimento de água nas áreas comuns.
NÍVEL 3: Emprego de medidor de água setorizado para diferentes áreas comuns e sistemas.
NÍVEL 3: Sistema de reaproveitamento de água.
NÍVEL 3: Existência de piscina.

8.6. Operação e Manutenção - etapas de Operação e Manutenção - Escala Bairro


Indicador: não definido.

8.7. Operação e Manutenção - etapas de Operação e Manutenção - Escala


Sociedade
Indicador: Resíduos gerados nas etapas de Operação e Manutenção reciclados ou reutilizados
(%)

8.7.1. Justificativa perante a categoria e ao público alvo


A geração de resíduo é uma ação impactante e inerente à atividade humana, mas muito pode ser
feito para diminuí-la.
Por sua vez, a correta destinação e os corretos reuso ou reciclagem dos resíduos gerados
dependem de todos os atores da sociedade e podem ser facilitada por políticas públicas e
privadas que promovam e incentivem a gestão adequada de resíduos sólidos. Estas podem
contemplar incentivos a empresas e cooperativas de reciclagem; educação ambiental; ecodesign;
compostagem; logística reversa; e incineração com produção de energia. Com tais ações, há o

44
potencial de destinar corretamente 95% dos resíduos que a sociedade produz. Isto resultaria na
redução do consumo dos recursos naturais, na diminuição da poluição do solo, da água e do ar,
na economia de energia e de água, na possibilidade de vida útil dos aterros, na diminuição dos
custos da produção e do desperdício, na melhoria da limpeza e higiene da cidade, na prevenção
de enchentes, na redução dos gastos com a limpeza urbana e na oportunidade de fortalecer
cooperativas e gerar emprego e renda pela comercialização dos recicláveis, dentre outros
benefícios.
Isso significa que não basta o empreendimento ser propício, por exemplo, prevendo local
adequado para separação, armazenamento e coleta de resíduos que possam ser corretamente
manuseados e destinados para cadeias de valorização, para que a prática se estabeleça durante
a sua operação.

8.7.2. Objetivo do indicador


Identificar o esforço de usuários e gestor predial para reciclagem ou reutilização de resíduos
gerados durante as etapas de Operação e Manutenção.
Este esforço, em um primeiro momento, é refletido pelo percentual de resíduos gerados
efetivamente reciclados ou reutilizados em relação ao volume de resíduos totais gerados.

8.7.3. Cálculo do indicador


Fração (%) entre o volume anual de resíduos efetivamente reciclados ou reutilizados e o volume
anual de resíduos totais gerados:
100 x A / B

8.7.4. Coleta de dados


A - Volume anual de resíduos gerados durante as etapas de Operação e Manutenção
efetivamente reciclados ou reutilizados (m3).

B - Volume anual de resíduos totais gerados durante as etapas de Operação e Manutenção (m 3).

Agente responsável pelo fornecimento desta informação: Gestor predial.

8.7.5. Variáveis para agregação do Indicador


NÍVEL 1: Não há.
NÍVEL 2: Uso do empreendimento.
NÍVEL 2: Cidade.

8.8. Operação e Manutenção - etapas de Operação e Manutenção - Escala


Empreendedor
Indicador: Despesas anuais com rotinas de manutenção preventiva em áreas comuns (R$ / (ano /
m 2)

45
8.8.1. Justificativa perante a categoria e ao público alvo
As rotinas de manutenção têm relação direta com a vida útil dos edifícios, bem como com a
valorização do bem imobiliário. Por isso, interessam tanto aos usuários como ao empreendedor,
sobretudo no caso, por exemplo, de edifícios corporativos ou que atuem em setores de bens de
base imobiliária (hotéis, centros comerciais, etc.). A complexidade e variabilidade dos
equipamentos e sistemas empregados no edifício são fatores a considerar.

8.8.2. Objetivo do indicador


Indicar o esforço para a realização das rotinas de manutenção preventiva de componentes,
equipamentos e sistemas das áreas comuns do empreendimento, expresso pelas despesas
anuais investidas por unidade de superfície das áreas comuns.

8.8.3. Cálculo do indicador


Relação entre a somatória das despesas anuais para a realização das rotinas de manutenção
preventiva considerando os diversos equipamentos instalados nas áreas comuns, incluindo com
empresas terceirizadas, e as áreas construídas comuns do empreendimento:
(A + B + C) / D.

8.8.4. Coleta de dados


Identificação dos equipamentos instalados nas áreas comuns, sua complexidade, disponibilidade
de peças no mercado, rotina de manutenção preventiva, frequência de intervenções corretivas e
vidas úteis estimadas. Refletir sobre as manutenções corretivas e a vida útil dos equipamentos e
sistemas.

A - Despesas anuais com empresas de manutenção terceirizadas (R$/ano).

B - Despesas anuais próprias com produtos de consumo e reposição e com manutenção e


atualização de equipamentos e sistemas (R$/ano).

C - Despesas anuais com efetivo próprio para gerenciamento de facilidades (operação,


manutenção e fiscalização de empresas terceirizadas) (R$/ano).

Agente responsável sugerido pelo fornecimento destas informações: Gestor predial.

D - Total de áreas construídas comuns do empreendimento (m2).

Agente responsável sugerido pelo fornecimento desta informação: Projetista.

8.8.5. Variáveis para agregação do Indicador


NÍVEL 1: Uso do empreendimento.

9. Social
9.1. Social – Escala Usuário
Indicador: Educação formal oferecida aos trabalhadores do canteiro de obras (%)
46
9.1.1. Justificativa perante a categoria e ao público alvo
Os trabalhadores que atuam nos canteiros de obras apresentam um perfil educacional aquém
das necessidades do mercado, com consequências sociais e econômicas. Trata-se de uma
população que, em parte, ingressa no setor sem ter concluído sequer o Ensino Fundamental I.
Deve-se portanto valorizar ações que forneçam condições para que os trabalhadores tenham
formação educacional básica para fins de promoção de cidadania e aperfeiçoamento pessoal e
profissional, além das ações obrigatórias por legislação. Considera-se o trabalhador da obra
como se fosse um “usuário” da empresa ou público-alvo importante para o empreendedor
durante a etapa de execução.

9.1.2. Objetivo do indicador


Identificar o percentual do número de trabalhadores do canteiro de obras que concluem
programas de Educação de Jovens e Adultos (EJA) ou similar promovidos pelo empreendedor ou
por construtora contratada sobre o total de trabalhadores do canteiro de obras com carências de
formação educacional básica.

9.1.3. Cálculo do indicador


Fração (%) entre o número de trabalhadores formados no Ensino Fundamental I promovidos pelo
empreendedor ou empresa construtora e o número total de trabalhadores do canteiro sem
formação no Ensino Fundamental I:
100 x A / B.

9.1.4. Coleta de dados


A - Número de trabalhadores do canteiro de obras do empreendimento, próprios e de
fornecedores, formados no Ensino Fundamental I graças a ações promovidas pelo empreendedor
ou por empresa construtora contratada (trabalhadores)

B - Número total de trabalhadores do canteiro de obras, próprios e de fornecedores, sem


formação no Ensino Fundamental I (trabalhadores)

Agente responsável sugerido pelo fornecimento das informações: Obra.

9.1.5. Variáveis para agregação do Indicador


NÍVEL 1: Não há.
NÍVEL 2: Cidade.
NÍVEL 3: Caracterização.

9.2. Social – Escala Bairro


Indicador: Investimentos ou dispêndios em ações sociais além das exigidas pela legislação com
impactos no entorno do empreendimento ou na cidade (%)

47
9.2.1. Justificativa perante a categoria e ao público alvo
A responsabilidade social das empresas deve estar incorporada nas diretrizes estratégicas e
operacionais de atuação empresarial e deve se refletir em ações que tenham impactos sociais,
além das exigidas pela legislação.
Um empreendimento de construção sempre causa impacto no seu entorno. Por outro lado, este
entorno, do ponto de vista físico, como de serviços disponíveis, assim como a população da
vizinhança e a própria cidade de sua implantação, podem ter carências de diversas naturezas.
O empreendedor e seus parceiros no empreendimento devem praticar os princípios da
responsabilidade social empresarial para compensar seus eventuais impactos negativos, de
forma a ampliar seus impactos positivos.

9.2.2. Objetivo do indicador


Identificar o percentual de investimentos ou dispêndios em ações sociais promovidos pelo
empreendedor (ou por seus parceiros) na melhoria da qualidade de vida da população do
entorno e dos serviços de que ela dispõe ou da própria cidade onde se localiza o
empreendimento, em relação ao custo total de construção do empreendimento.

9.2.3. Cálculo do indicador


Percentual (%) de investimentos ou dispêndios em ações sociais promovidos pelo empreendedor
(ou por seus parceiros) na melhoria da qualidade de vida da população do entorno e dos serviços
de que ela dispõe ou da própria cidade onde se localiza o empreendimento, em relação ao seu
custo total de construção:
100 X (A / B)

9.2.4. Coleta de dados


(A) Valor total (nominal) dos investimentos ou dispêndios em ações sociais além das exigidas
pela legislação realizados com impactos no entorno do empreendimento ou na cidade (melhoria
nos espaços públicos e equipamentos), ou que melhorem a qualidade de vida e serviços das
pessoas que vivem nas vizinhanças do empreendimento (R$).

No cálculo do indicador, os dispêndios devem ser realmente apropriados em termos contábeis


exclusivamente no centro de custo do empreendimento e não podem ser consequência de
obrigatoriedade legal ou utilizarem incentivos fiscais ou tributários.
Não considerar no cálculo as ações sociais exigidas por lei ou por contrapartidas de legislação
urbanística; também não considerar ações relacionadas ao aumento da produtividade direta do
trabalho no canteiro de obras.
Pode-se decompor as ações efetuadas em dois tipos: aquelas cujos efeitos se concentram no
momento de sua execução ou durante o período da obra, daquelas ações cujos impactos podem
ser considerados de médio e longo prazo (com efeitos após o final da obra). Ambas devem ser
consideradas.
Por ação social pode-se entender auxílios para órgãos públicos e comunitários e organizações
não governamentais.
Devem ser incluídas ações sociais voltadas à melhoria nos espaços públicos e equipamentos.
Considerar os gastos do empreendedor e de seus parceiros no empreendimento (empresa
construtora, por exemplo).

48
B - Custo de investimento total na construção do empreendimento (R$).

Agente responsável sugerido pelo fornecimento das informações: Empreendedor.

Somente se incorporam as ações que envolvam desembolsos financeiros por parte do


empreendedor e seus parceiros no empreendimento.
Destaca-se que há ações que possuem impactos sociais que não envolvem gastos monetários,
mas que podem beneficiar pessoas ou entorno do empreendimento ou a própria cidade onde se
localiza o empreendimento. Exemplo: cessão de área do imóvel não ocupado pela obra para uso
da comunidade local para prática de lazer, esportes ou cultura nos finais de semana.

9.2.5. Variáveis para agregação do Indicador


NÍVEL 1: Não há.
NÍVEL 2: Cidade.
NIVEL 3: Uso do empreendimento.
NIVEL 3: Caracterização.

9.3. Social – Escala Sociedade


Indicador: Afastamento do trabalho por acidentes ocorridos em obra (‰)

9.3.1. Justificativa perante a categoria e ao público alvo


Cuidado e respeito em relação à qualidade e às condições do ambiente de trabalho no canteiro
de obras são comportamentos essenciais, que se espera do empreendedor e de seu preposto, a
empresa construtora. Estes podem ser avaliados por meio do número de dias de afastamento do
trabalho por motivo de acidentes de trabalho. Esses acontecimentos prejudicam não somente o
desenrolar do empreendimento como, e especialmente, os trabalhadores em suas atividades
pessoais, familiares e sociais, e também podem ter efeitos sobre o aumento dos gastos do
governo em pagamento de dias trabalhados e despesas hospitalares.

9.3.2. Objetivo do indicador


Caracterizar a proporção e ilustrar o impacto dos acidentes de trabalho ocorridos com
profissionais atuantes no canteiro de obras, medidos pelo número de horas de afastamento do
trabalho, em relação ao número total de homens-horas trabalhadas durante a obra.

9.3.3. Cálculo do indicador


Proporção (‰) entre o número de horas de afastamento do trabalho por acidentes ocorridos no
canteiro de obras e o número total de homens-horas trabalhadas durante a obra:
1.000 x [ (A x B) / C ]

9.3.4. Coleta de dados


A - Número de dias totais de afastamento do trabalho por acidentes ocorridos no canteiro de
obras de funcionários ou de pessoas que trabalharam em atividades relacionadas ao canteiro de
obras, considerando tanto a mão de obra do empreendedor como a de empresas construtoras
ou de empresas terceirizadas (dias).

49
Considera-se no cálculo do indicador dias de afastamento efetivamente registrados e
contabilizados no departamento responsável pelo gerenciamento dos recursos humanos de cada
empresa envolvida.

B - Número médio de horas diárias trabalhadas por trabalhador na obra, por exemplo, 8
horas/dia útil.

C - Número total de horas trabalhadas no canteiro de obras até o final da etapa de execução
(hora.homem) – Soma do número de horas trabalhadas por todas as pessoas atuantes no
canteiro de obra.

Agente responsável sugerido pelo fornecimento das informações: Obra.

9.3.5. Variáveis para agregação do Indicador


NÍVEL 1: Não há.
NÍVEL 2: Configuração do edifício.
NÍVEL 2: Caracterização.

9.4. Social – Escala Empreendedor


Indicador: Capacitação profissional e formação sobre sustentabilidade oferecidas aos
trabalhadores do canteiro de obras, além das exigências legais (%)

9.4.1. Justificativa perante a categoria e ao público alvo


Os trabalhadores que atuam nos canteiros de obras apresentam um perfil educacional aquém
das necessidades do mercado, incluindo de seu nível de capacitação profissional. Isso influencia
diretamente a sua capacidade de produção. Melhorar as competências de seus trabalhadores,
por meio de um maior investimento na capacitação profissional, é uma estratégia importante
para o próprio crescimento sustentado do setor da construção.
Deve-se portanto valorizar ações que forneçam condições para que os trabalhadores tenham
formação profissional para fins de aumento da produtividade, bem como para a promoção de
cidadania e aperfeiçoamento pessoal, além das ações obrigatórias por legislação.
Por outro lado, o engajamento do empreendedor e de seu parceiro no empreendimento, a
empresa construtora, aos princípios e práticas de sustentabilidade, pode ser estimado por meio
do investimento (monetário) que faz em seu quadro de recursos humanos e colaboradores,
medido pelo percentual do número de trabalhadores do canteiro de obras do empreendimento
capacitados profissionalmente ou formados sobre sustentabilidade além das exigências legais.
Essas ações repercutem na melhor compreensão dos trabalhadores sobre relações
socioambientais e sustentabilidade.
São considerados os trabalhadores próprios e os de fornecedores (subcontratados).

50
9.4.2. Objetivo do indicador
Identificar o percentual do número de trabalhadores do canteiro de obras capacitados
profissionalmente ou formados sobre sustentabilidade além das exigências legais sobre o total
de trabalhadores do canteiro de obras.

9.4.3. Cálculo do indicador


Fração (%) entre o número de trabalhadores capacitados profissionalmente ou formados sobre
sustentabilidade além das exigências legais e o número total de trabalhadores do canteiro de
obras:
100 x [(A + B) / C]

9.4.4. Coleta de dados


A - Número de trabalhadores do canteiro de obras que receberam capacitação profissional além
das exigências legais ao longo da obra (trabalhadores).

B - Número de trabalhadores do canteiro de obras formados sobre sustentabilidade além das


exigências legais ao longo da obra (trabalhadores).

Consideram-se somente ações, eventos ou cursos proporcionados para os trabalhadores do


canteiro de obras cujos respectivos gastos tenham efetivamente sido contabilizados e
apropriados no centro de custo específico do empreendimento e que não decorram de
obrigatoriedade legal.

C - Número total de trabalhadores que trabalharam nbo canteiro de obras, próprios e de


fornecedores (trabalhadores).

Agente responsável sugerido pelo fornecimento das informações: Obra.

9.4.5. Variáveis para agregação do Indicador


NÍVEL 1: Não há.
NÍVEL 2: Cidade.
NÍVEL 3: Caracterização.

10. Poluição por emissões


Indicadores sob a responsabilidade do empreendedor (etapas de Concepção/Projeto e Execução)

10.1. Poluição por emissões - etapas de Concepção/Projeto e Execução -


Escala Usuário
Indicador: Emissão estimada anual de gases de efeito estufa nas etapas de Operação e
Manutenção considerando o consumo de energia elétrica, gás e combustível (tCO2,equivalente / m2 /
ano)

51
10.1.1. Justificativa perante a categoria e ao público alvo
Com as evidências da responsabilidade antrópica sobre as mudanças climáticas, a geração de
dióxido de carbono (CO2) tornou-se um importante quesito a ser gerenciado em qualquer
atividade humana. A construção civil é considerada um dos setores mais impactantes, pela
escala da demanda de materiais, alguns com elevado fator de emissão em sua fabricação, e pelo
seu consumo direto e indireto de energia em atividades como iluminação, aquecimento de água,
condicionamento de ar e acionamento de equipamentos individuais e coletivos e motores
elétricos e a diesel, em parte de origem fóssil.

10.1.2. Objetivo do indicador


Estimar a provável emissão de CO2 anual nas etapas de Operação e Manutenção do
empreendimento, em atividades como iluminação, aquecimento de água, condicionamento de
ar e acionamento de equipamentos individuais e coletivos e motores elétricos e a diesel, de
modo a que o empreendedor possa tomar medidas para diminuí-la nas etapas de concepção e
projeto.

10.1.3. Cálculo do indicador


Relação entre a emissão provável estimada de gases de efeito estufa pelo empreendimento
emitidos anualmente nas etapas de Operação e Manutenção e a sua área construída:
[(A x k1) + (B x k2) + (C x k3) + (D x k4)] / E

10.1.4. Coleta de dados


A - Volume de diesel estimado para consumo anual por equipamentos instalados no
empreendimento (l)
Agente responsável sugerido pelo fornecimento da informação: Projetista.

K1 - Fator de emissão do diesel brasileiro (a constar na base de dados)


2,67 x10-3 tCO2/l (Cetesb, 2010)
Fonte: w.mma.gov.br/estruturas/163/_publicacao/163_publicacao27072011055200.pdf

B - Volume de gás natural estimado para consumo anual dos equipamentos instalados (m³)
Agente responsável sugerido pelo fornecimento da informação: Projetista .

K2 - Fator de emissão do gás natural (GN) (a constar na base de dados)


GN - 2,2 x10-3 tCO2/m³ (IA, 2005)
GN - 1,99 x10-3 tCO2/m³ (IPCC, 2006)

C - Massa ou volume de GLP estimado para consumo anual dos equipamentos instalados (kg ou
m³)
Agente responsável sugerido pelo fornecimento da informação: Projetista.

K3 - Fator de emissão do GLP (a constar na base de dados)


GLP - 3,0 x10-3 tCO2/kg
GLP - 1,22 x10-3 tCO2/m³

52
D - Consumo anual de energia elétrica estimado nas áreas comuns do empreendimento e das
unidades individuais (kWh/ano)
Deve ser considerado o consumo de eletricidade de áreas comuns (iluminação, aquecimento de
água, condicionamento de ar e acionamento de equipamentos coletivos e motores elétricos);
não considerar serviços ou comércios da área coletiva. Considerar o consumo de eletricidade de
áreas privativas (iluminação, aquecimento de água, condicionamento de ar e acionamento de
equipamentos individuais).5
Origem do dado: simulação ou outro método de cálculo.
Agente responsável sugerido pelo fornecimento da informação: Projetista.

K4 - Fator de emissão médio da eletricidade brasileira (a constar na base de dados)


29,2 x10-6 tCO2/kWh (MCT, 2011)
51,2 x10-6 tCO2/kWh (MCT, 2010)
24,6 x10-6 tCO2/kWh (MCT, 2009)
48,4 x10-6 tCO2/kWh (MCT, 2008)
29,3 x10-6 tCO2/kWh (MCT, 2007)
Fonte: www.mct.gov.br/index.php/content/view/321144.html#ancora

E - Área construída total do empreendimento (m2)


Agente responsável sugerido pelo fornecimento das informações: Projetista.

10.1.5. Variáveis para agregação do Indicador


NÍVEL 1: Uso do empreendimento.
NÍVEL 2: Zona Bioclimática.
NÍVEL 3: Padrão do edifício.
NÍVEL 3: Configuração do edifício.
NÍVEL 3: Tipo de sistema de climatização do ar.

10.2. Poluição por emissões - etapas de Concepção/Projeto e Execução -


Escala Bairro
Indicador: Não definido.

10.3. Poluição por emissões - etapas de Concepção/Projeto e Execução -


Escala Sociedade
Indicador: Emissão real de gases de efeito estufa em obra considerando consumo de energia
elétrica, gás e combustível (tCO2,equivalente / m2)

10.3.1. Justificativa perante a categoria e ao público alvo


Com as evidências da responsabilidade antrópica sobre as mudanças climáticas, a geração de
dióxido de carbono (CO2) tornou-se um importante quesito a ser gerenciado em qualquer
atividade humana. A construção civil é considerada um dos setores mais impactantes, pela
escala da demanda de materiais, alguns com elevado fator de emissão em sua fabricação, e pelo
5
Considerar ou não as áreas de uso privativo?
53
seu consumo direto e indireto de energia em atividades como iluminação, aquecimento de água,
condicionamento de ar e acionamento de equipamentos individuais e coletivos e motores
elétricos, em parte de origem fóssil. A etapa de execução (canteiro de obras), embora de
duração menor, também contribui para essas emissões, pelo consumo de combustíveis fósseis e
de energia elétrica e de gás. Apesar dessa fase do ciclo de vida do edifício poder ser admitida
como a menos relevante, do ponto de vista de CO2, pelo baixo fator de emissão da atual matriz
elétrica brasileira, a tendência é de incremento do fator de emissão devido ao acionamento de
termelétricas e outras fontes de energia fóssil para geração de eletricidade.

10.3.2. Objetivo do indicador


Estimar a provável emissão de CO2 advinda do consumo de energia elétrica e da queima direta
de combustíveis fósseis por veículos e equipamentos do canteiro de obras durante a execução da
obra.

10.3.3. Cálculo do indicador


Relação entre a emissão provável real de gases de efeito estufa do canteiro de obras e a área
construída do empreendimento:
[(A x K1) + (B x K2) + (C x K3) + (D x K4)] / E

10.3.4. Coleta de dados


A - Volume de diesel consumido por veículos e equipamentos durante a obra (l)
Origem do dado: controle da área de suprimentos (nota fiscal, planilha)
Agente responsável sugerido pelo fornecimento da informação: Obra.

K1 - Fator de emissão do diesel brasileiro (a constar na base de dados)


2,67 x10-3 tCO2/l (Cetesb, 2010)
Fonte: w.mma.gov.br/estruturas/163/_publicacao/163_publicacao27072011055200.pdf

B - Volume de gás natural (GN) consumido por veículos e equipamentos durante a obra (m³)
Origem do dado: controle da área de suprimentos (nota fiscal, planilha)
Agente responsável sugerido pelo fornecimento da informação: Obra.

K2 - Fator de emissão do gás natural (GN) (a constar na base de dados)


GN - 2,2 x10-3 tCO2/m³ (IA, 2005)
GN - 1,99 x10-3 tCO2/m³ (IPCC, 2006)

C - Massa ou volume de GLP consumido por veículos e equipamentos durante a obra (kg ou m³)
Origem do dado: controle da área de suprimentos (nota fiscal, planilha)
Agente responsável sugerido pelo fornecimento da informação: Obra.

K3 - Fator de emissão do GLP (a constar na base de dados)


Origem do dado: controle da área de suprimentos (nota fiscal, planilha)
GLP - 3,0 x10-3 tCO2/kg
GLP - 1,22 x10-3 tCO2/m³

D - Consumo real de eletricidade no canteiro de obras (kWh)


54
Origem do dado: contas de energia elétrica do canteiro de obras ao longo de toda a duração da
obra
Agente responsável sugerido pelo fornecimento da informação: Obra.

K4 - Fator de emissão médio da eletricidade brasileira (a constar na base de dados)


29,2 x10-6 tCO2/kWh (MCT, 2011)
51,2 x10-6 tCO2/kWh (MCT, 2010)
24,6 x10-6 tCO2/kWh (MCT, 2009)
48,4 x10-6 tCO2/kWh (MCT, 2008)
29,3 x10-6 tCO2/kWh (MCT, 2007)
Fonte: www.mct.gov.br/index.php/content/view/321144.html#ancora

E - Área construída total do empreendimento (m2)


Agente responsável sugerido pelo fornecimento das informações: Projetista.

10.3.5. Variáveis para agregação do Indicador


NÍVEL 1: Uso ou não de gerador diesel durante a obra.
NÍVEL 2: Configuração do edifício.
NÍVEL 2: Uso do empreendimento.
NÍVEL 3: Caracterização.

10.4. Poluição por emissões - etapas de Concepção/Projeto e Execução -


Escala Empreendedor
Indicador: não definido.

Indicadores sob a responsabilidade do gestor predial (etapas de Operação e Manutenção)

10.5. Poluição por emissões - etapas de Operação e Manutenção - Escala


Usuário
Indicador: Emissão anual real de gases de efeito estufa nas etapas de Operação e Manutenção
considerando o consumo de energia elétrica, gás e combustível (tCO2,equivalente / m2 / ano)

10.5.1. Justificativa perante a categoria e ao público alvo


Com as evidências da responsabilidade antrópica sobre as mudanças climáticas, a geração de
dióxido de carbono (CO2) tornou-se um importante quesito a ser gerenciado em qualquer
atividade humana. A construção civil é considerada um dos setores mais impactantes, pela
escala da demanda de materiais, alguns com elevado fator de emissão em sua fabricação, e pelo
seu consumo direto e indireto de energia em atividades como iluminação, aquecimento de água,
condicionamento de ar e acionamento de equipamentos individuais e coletivos e motores
elétricos e a diesel, em parte de origem fóssil.

10.5.2. Objetivo do indicador


Estimar a real emissão de CO2 anual nas etapas de Operação e Manutenção do edifício, em
atividades como iluminação, aquecimento de água, condicionamento de ar e acionamento de
55
equipamentos individuais e coletivos e motores elétricos e a diesel, de modo a que o gestor do
empreendimento e seus usuários possam tomar medidas para diminui-la nas etapas de uso,
operação e manutenção.

10.5.3. Cálculo do indicador


Relação entre a emissão provável real de gases de efeito estufa pelo empreendimento emitidos
anualmente nas etapas de Operação e Manutenção e a sua área construída:
[(A x K1) + (B x K2) + (C x K3) + (D x K4)] / E

10.5.4. Coleta de dados


A - Volume de diesel real consumido por equipamentos instalados no empreendimento (l)
Agente responsável sugerido pelo fornecimento da informação: Gestor predial.

K1 - Fator de emissão do diesel brasileiro (a constar na base de dados)


2,67 x10-3 tCO2/l (Cetesb, 2010)
Fonte: w.mma.gov.br/estruturas/163/_publicacao/163_publicacao27072011055200.pdf

B - Volume de gás natural real consumidos pelos equipamentos instalados (m³)


Agente responsável sugerido pelo fornecimento da informação: Gestor predial.

K2 - Fator de emissão do gás natural (GN) (a constar na base de dados)


GN - 2,2 x10-3 tCO2/m³ (IA, 2005)
GN - 1,99 x10-3 tCO2/m³ (IPCC, 2006)

C - Massa ou volume de GLP real consumido pelos equipamentos instalados (kg ou m³)
Agente responsável sugerido pelo fornecimento da informação: Gestor predial.

K3 - Fator de emissão do GLP (a constar na base de dados)


GLP - 3,0 x10-3 tCO2/kg
GLP - 1,22 x10-3 tCO2/m³

D – Consumo real anual de energia elétrica nas áreas comuns do empreendimento e das
unidades individuais (kWh/ano) – Deve ser considerado o consumo de eletricidade de áreas
comuns (iluminação, aquecimento de água, condicionamento de ar e acionamento de
equipamentos coletivos e motores elétricos); não considerar serviços ou comércios da área
coletiva. Considerar o consumo de eletricidade de áreas privativas (iluminação, aquecimento de
água, condicionamento de ar e acionamento de equipamentos individuais).
Origem do dado: conta de energia elétrica ou medidor de eletricidade.
Agente responsável sugerido pelo fornecimento da informação: Gestor predial (e indiretamente
usuários do edifício).

K4 - Fator de emissão médio da eletricidade brasileira (a constar na base de dados)


29,2 x10-6 tCO2/kWh (MCT, 2011)
51,2 x10-6 tCO2/kWh (MCT, 2010)
24,6 x10-6 tCO2/kWh (MCT, 2009)
48,4 x10-6 tCO2/kWh (MCT, 2008)
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29,3 x10-6 tCO2/kWh (MCT, 2007)
Fonte: www.mct.gov.br/index.php/content/view/321144.html#ancora

E - Área construída total do empreendimento (m2)


Agente responsável sugerido pelo fornecimento das informações: Projetista.

10.5.5. Variáveis para agregação do Indicador


NÍVEL 1: Uso do empreendimento.
NÍVEL 2: Zona bioclimática.
NÍVEL 3: Configuração do edifício.
NÍVEL 3: Padrão do edifício.
NÍVEL 3: Tipo de sistema de climatização do ar.

10.6. Poluição por emissões - etapas de Operação e Manutenção - Escala


Bairro
Indicador: não definido.

10.7. Poluição por emissões - etapas de Operação e Manutenção - Escala


Sociedade
Indicador: não definido.

10.8. Poluição por emissões - etapas de Operação e Manutenção - Escala


Empreendedor
Indicador: não definido.

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