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HABILIDADE
Empregar, nas interações sociais, a variedade e o estilo de língua adequados à situação
comunicativa, ao(s) interlocutor(es) e ao gênero do discurso, respeitando os usos das línguas por
esse(s) interlocutor(es) e combatendo situações de preconceito linguístico.
Aprendizagens esperadas
• Refletir as consequências sociais, culturais e ambientais do desmatamento da floresta Amazônica.
Buscar informação a partir de uma pergunta que se formulou sobre o tema.
Diante de uma dificuldade, avançar no texto buscando elementos que permitam compreender
melhor ou voltar atrás quando se perdeu uma informação relevante.
Anotar para entender melhor, para reter informações importantes ou para poder voltar a localizar
uma informação.
Assinalar o que se considera relevante por meio de marcas ou sublinhado.
Registrar conhecimentos a respeito do desmatamento da floresta Amazônica.
Atuar com diferentes fontes de leitura e pesquisa para ampliação do repertório sócio cultural.
Controlar a própria compreensão distinguindo o que se entende do que não se entende e
detectando incongruências.
• Compreender como o desmatamento pode contribuir para o aumento da temperatura média do
planeta e repensar a importância mundial da Amazônia.
• Identificar o papel do Governo Brasileiro na proteção da floresta Amazônica e na demarcação de
terras indígenas e refletir sobre como o desmatamento pode causar o desaparecimento de aldeias
inteiras.
• Compreender, por meio da termoquímica, a combustão como uma reação exotérmica que tem
como produto o CO2 e, assim, refletir papel negativo das queimadas na Amazônia para o aumento
do aquecimento global.
• Compreender, por meio da termoquímica, a fotossíntese como uma reação endotérmica que tem
como reagente o CO2 e, assim, refletir o importante papel da Amazônia na diminuição do
aquecimento global.
• Produzir artesanalmente papel reciclado e utilizá-lo para criar pôsteres lambe-lambe com o tema
do desmatamento da Amazônia.
JUSTIFICATIVA
A Amazônia é o maior bioma brasileiro e a maior floresta tropical do mundo, possuindo atualmente uma
área de 5.500.000 km2 que abrange nove estados brasileiros: Acre, Amapá, Pará, Amazonas,
Rondônia, Roraima, Mato Grosso, Tocantins e Maranhão. Segundo o Ministério de Meio Ambiente [1],
na região amazônica cresce um terço de toda madeira tropical mundial, em 2.500 diferentes espécies
de árvores.
A relevância e a importância da floresta amazônica para o meio ambiente vêm sendo estudadas e
discutidas nas últimas décadas. Além de ser uma fonte de muitos produtos naturais, que vão desde
madeira e resina a remédios, a floresta ainda presta diversos serviços ambientais para os seres
humanos e o planeta terra. Estes “serviços”, que são atributos/benefícios intrínsecos da própria
existência da floresta, incluem proteger o solo da erosão, manter o ciclo da água na região e influenciar
no controle do clima local e regional. Dentre os principais atributos da floresta Amazônica, o controle
das condições climáticas, sem dúvida, é um dos mais importantes. Por meio da fotossíntese, a floresta
consegue transformar dióxido de carbono (CO2) presente na atmosfera em oxigênio (O2). Nesta
transformação, o CO2 é absorvido pelas plantas, tornando a floresta um “depósito” natural de carbono.
Com isto, um dos principais gases causadores do efeito estufa é removido da atmosfera, contribuindo
para a manutenção da temperatura média adequada do planeta e para o abrandamento dos efeitos
nocivos do aquecimento global. Em tempos de aumento nas concentrações de CO2 na atmosfera - a
maior em cerca de três milhões de anos, segundo estudo de 2019 [2] - o mecanismo de remoção deste
gás na atmosfera torna-se ainda mais relevante.
Grande parte do desmatamento da floresta amazônica é causado por meio de queimadas. Ao queimar
as árvores, além da destruição da floresta juntamente com suas riquezas, durante a combustão da
biomassa, ocorre também a emissão na natureza do gás CO2, contribuindo, assim, para a acentuação
do efeito estufa. Portanto, o desmatamento por meio de queimadas é duplamente prejudicial ao meio
ambiente: mata as árvores que são consumidoras do CO2 presente na atmosfera e, ao mesmo tempo,
emite mais CO2 para a natureza.
No entanto, os impactos do desmatamento da floresta Amazônica não estão restritos à questão
ambiental; existem também os impactos culturais e sociais. Segundo o site do Museu do Índio [3], na
região coberta pela Amazônia vive um número muito grande de índios de diferentes povos, como por
exemplo: Deni (Acre), Karipuna (Amapá), Korubo (Amazonas), Kayapó (Pará), Guarani (Tocantins) e
tantos outros, inclusive povos que nunca tiveram contato com indivíduos que vivem fora de suas
aldeias. Cada povo carrega uma riqueza cultural inestimável e única.
Segundo o censo do IBGE de 2010 [4], 360 mil índios habitavam a floresta Amazônica, no entanto,
esses números devem ter diminuído muito, uma vez que as tribos indígenas vêm sofrendo bastante
com a exploração ilegal de terras para realização da agropecuária, obtenção de madeira, construção de
hidroelétricas etc. Além de desmatar a floresta e acabar com sua biodiversidade, essas atividades
podem matar aldeias inteiras, extinguindo assim a rica cultura desses povos e dizimando suas línguas.
Diante do exposto, a problemática do desmatamento da Amazônia permite explorar o conteúdo
proposto para o ensino médio em praticamente todas as áreas do conhecimento. Na Química, que no
ensino médio é insistentemente transmitida de forma fragmentada, pode-se construir uma sequência
que apresenta e correlaciona os conteúdos, discutindo-se as transformações da matéria, objeto
principal da Química, sob diversas perspectivas (ou conteúdos), colocando em prática o disposto nos
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN).
A questão ambiental exposta pode ser melhor entendida usando a Química como ferramenta. A
discussão da diferença entre processos físicos e químicos e o estudo da termoquímica permitirão maior
entendimento da fotossíntese, principal reação química que ocorre na floresta Amazônica, a da reação
de combustão, que ocorre durante as queimadas. O que levará à compreensão de como as queimadas
aumentam a concentração do dióxido de carbono na atmosfera, enquanto o processo de fotossíntese
diminui. Esta sequência didática foi elaborada para estudantes do segundo ano do ensino médio e traz
como assunto principal de Química a Termoquímica. A termoquímica estuda as trocas de calor das
reações químicas, sendo um assunto essencial para a compreensão da Química e da natureza de
forma geral. Ao abordar o conteúdo de termoquímica, serão estudados importantes conceitos, como por
exemplo: sistema, vizinhança, entalpia, reações exotérmicas, reações endotérmicas e lei de Hess.
Portanto, uma vez que o desmatamento da floresta Amazônica, uma atividade nociva ao meio ambiente
e às pessoas que habitam a floresta, é executada por mãos humanas, faz-se necessário formar
cidadãos críticos e sensíveis a essa questão. Desta forma, é possível associar os conteúdos não
somente à mera aprovação em vestibulares, mas ao mundo físico real, levando os alunos a refletirem a
respeito de questões importantes para o planeta, utilizando-se de conteúdos aprendidos em sala de
aula como ferramenta. E, assim, espera-se que os alunos se tornem cidadãos críticos, capazes de
interferir positivamente no mundo.
ATIVIDADES
7. Definir uma agenda de produção para os pôsteres lambe-lambe. Completar a tabela abaixo com a
ajuda dos alunos:
Aula 03 04 05 06
8. Mostrar um vídeo no youtube sobre a produção de papel reciclado artesanal, reafirmando para os
alunos que os pôsteres lambe-lambe serão produzidos com este papel reciclado:
https://www.youtube.com/watch?v=fjt5gWCx120 (“Como fazer papel reciclado em casa (Experimentos
de Química)”)
9. Após assistir o vídeo, definir uma agenda para produção do papel reciclado. Completar a tabela
abaixo com a ajuda dos alunos:
Aula 02 03 04
10. Discutir a diferença entre processos físicos e químicos, para que os alunos cheguem à conclusão de
que a experiência de transformar papéis antigos em papel reciclado consiste em um processo físico.
11. Explicar que na floresta Amazônica ocorrem muitos processos físicos e químicos. Exibir no slide
alguns processos que ocorrem na Amazônia e pedir que os estudantes digam se o processo é físico ou
químico:
• “Evaporação da água dos rios.” (Processo físico)
• “Transformação de dióxido de carbono e água em oxigênio e açúcar.” (Processo químico)
• “Condensação da água, no estado de vapor presente nas nuvens, em forma de chuva.” (Processo
físico)
• “Queimada natural de madeira formando dióxido de carbono e água.” (Processo químico)
12. Em seguida, o(a) professor(a) deverá prosseguir a aula perguntando se eles esperam que durante o
processo de produção de papel reciclado haverá mudança na temperatura do sistema (papel + água),
relacionando isso à absorção ou liberação de calor, que é o principal objeto de estudo da termoquímica.
Os alunos devem chegar à conclusão de que não haverá nenhuma mudança perceptível, com o auxílio
do(a) professor(a) se necessário.
13. Explicar que, mesmo sendo muitas vezes imperceptível, todas as reações químicas envolvem perda
ou ganho de energia. Deve-se apresentar exemplos do cotidiano que envolvam reações química que
absorvam/liberam calor.
14. Ao final da aula os papéis picotados trazidos pelos alunos serão colocados em baldes contendo
água.
Os baldes devem ser tampados para evitar a proliferação de mosquitos.
Aula 03 – Combustão: uma reação exotérmica (Ícaro Vinícius)
1. Iniciar a aula reapresentando o pôster lambe-lambe c que foi mostrado na aula. 2. Questionar aos
alunos qual a relação existente entre o desmatamento da floresta Amazônica e o aumento da
concentração de CO2 na atmosfera. Pedir que eles correlacionem suas respostas com o pôster lambe-
lambe apresentado.
Pôster (c)
2. Apresentar uma notícia referente aos níveis de CO2 na atmosfera. Inicialmente, apresentar o título da
notícia: “Concentração de gás carbônico na atmosfera é a maior em 3 milhões de anos”. Projetar o texto
da notícia, retirada do site g1.com, ressaltando a data em que a matéria foi publicada (maio de 2019),
para que os alunos tomem conhecimento de que trata-se de um tema bastante atual. Destacar também
que o estudo foi realizado pelo Instituto de Pesquisa Potsdam, da Alemanha, com o intuito de avaliar a
qualidade do ar atmosférico.
3. Distribuir cópias do texto aos alunos e dizer que a leitura da matéria ajudará a entender a importância
da Amazônia do ponto de vista ambiental, pois a floresta pode contribuir tanto sendo causa como sendo
parte da resolução do problema central destacado no texto (aumento da concentração de CO2), como
deve ser discutido nesta e nas próximas aulas (a aula 4 será fundamental para entender como a floresta
pode contribuir positivamente).
4. Pedir que os alunos destaquem palavras/frases que puderam ser entendidas devido a
conhecimentos
de Química adquiridos anteriormente.
5. Além disso, o(a) professor(a) deve incentivar os alunos a lerem o texto de forma crítica, pedindo que
registrem informações que eles consideram importantes para informar a população sobre o
desmatamento da Amazônia. O(A) professor(a) deve salientar a importância de embasar os textos dos
pôsteres lambe-lambe com informações, pois isso aumentará o potencial de convencimento e facilitará
a transmissão das ideais.
6. Na sequência, fazer uma leitura compartilhada do texto com os alunos.
Concentração de gás carbônico na atmosfera é a maior em 3 milhões de anos A concentração de CO2 -
o principal responsável pelo aquecimento global - atingiu o nível mais alto dos últimos três milhões de
anos. O alerta é feito por cientistas do Instituto de Pesquisa Potsdam para o Impacto Climático, na
Alemanha. A conclusão é feita com base em um novo modelo climático desenvolvido pela instituição
alemã. Os cientistas imaginavam até hoje que a atual concentração de dióxido de carbono na
atmosfera, de 400 partes por milhão (ppm), não era maior do que a observada há 800 mil anos, em um
período marcado por ciclos naturais de aquecimento e resfriamento da Terra. No entanto, amostras de
gelo e sedimentos marinhos retirados do local considerado como o mais frio do planeta mostra, no
entanto, que o nível de CO2 que existe atualmente foi pior há 3 milhões de anos, no período chamado
de Plioceno. Nesta época, as temperaturas eram, em média, de 3°C a 4°C superiores às de hoje,
vegetação crescia na Antártida e o nível dos oceanos era 15 metros mais alto. Segundo o coordenador
deste estudo, o pesquisador Matteo Willeit, o fim do Plioceno está relativamente próximo do período
atual em termos de concentração de gás carbônico. "Nosso modelo mostra que no Plioceno não havia
calotas glaciais no Hemisfério Norte. O CO2, muito elevado, e as temperaturas eram muito altas para
que isso acontecesse", afirma.
Lição a aprender Para os pesquisadores, há uma lição importante para ser aprendida com a descoberta
da concentração de gás carbônico no Plioceno similar à de hoje. Atualmente, com 1°C a mais do que na
época pré-industrial, a Terra já sofre o impacto da desregulação climática. Segundo Martin Siegert,
professor de geociência do Imperial College de Londres, baseando-se nesses dados de 3 milhões de
anos atrás, os cientistas preveem um aumento do nível dos oceanos entre 50 centímetros e um metro
até o fim deste século. "A 400 ppm, estamos na trajetória de um clima similar ao do Plioceno", previne
Tina van De Flierdt, professora de geoquímica isotópica no Imperial College de Londres.
Aquecimento de 3°C a 4°C será inevitável Os pesquisadores afirmam que a atmosfera já teve níveis de
CO2 muito superiores a 400 ppm, mas o gás levou milhões de anos para se acumular na atmosfera. Já
as emissões relacionadas à atividade humana aumentaram o nível de CO2 em mais de 40% em um
século e meio. Com a atual concentração de CO2 em progressão, muitos cientistas acreditam que um
aquecimento de 3°C a 4°C será inevitável. O Acordo de Paris Sobre o Clima, assinado em 2015, tem o
objetivo de limitar o aquecimento do planeta entre 2°C a 1,5°C em relação à era pré-industrial. No
entanto, em 2017, as emissões de gases de efeito estufa bateram o recorde da história da
humanidade.
Disponível em: <https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2019/04/06/concentracao-de-gas-
carbonico-na-atmosfera-e-a-maior-em-3-milhoes-de-anos.ghtml> Acessado em 09/05/2019.
7. Incentivar os alunos a compartilharem suas palavras/frases e dizerem em quais conteúdos de
Química eles tiveram contato com estas palavras/frases. A cada palavra/frase, perguntar aos demais
alunos se concordam com a escolha e a explicação do colega que compartilhou.
Exemplos: CO2 - Primeiro ano do ensino médio, ao falar de substâncias compostas. concentração -
Segundo ano do ensino médio, no conteúdo “soluções”. ppm - Segundo ano do ensino médio, no
conteúdo “comportamento dos gases”.
8. O(a) professor(a) deve expor o texto com suas próprias marcações, mostrando as respectivas e
possíveis “fontes” para o conhecimento. O objetivo é salientar a importância dos conteúdos de Química
para um melhor entendimento do mundo físico, incluindo problemáticas ambientais como o
desmatamento da Amazônia.
9. Perguntar aos alunos como eles acham que o desmatamento da Amazônia pode influenciar no
aumento das concentrações de CO2, conforme lido no texto e visto no lambe-lambe apresentado.
10. O(a) professor(a) deve incentivar os alunos a compartilharem as informações que eles consideraram
relevantes e discutir como estas podem ser incluídas nos pôsteres lambe-lambe que serão
confeccionados.
11. Na sequência, o(a) professor(a) deve introduzir o conceito de combustão, processo que ocorre
durante as queimadas, afirmando que nesta reação um dos produtos é o gás monóxido de carbono.
12. Escrever no quadro as equações I e II, referentes às reações de combustão incompleta e completa
do
carbono, respectivamente.
Equação I: 2C(s) + O2(g) → 2CO(g) + energia Equação II: C(s) + O2(g) → CO2(g) + energia
13. Apresentar aos alunos o conceito de reação exotérmica, atentando ao fato de que ambas as
reações descritas anteriormente são reações que produzem ou liberam energia e são, portanto,
exotérmicas. Em seguida, introduzir o conceito de equação termoquímica, reescrevendo as equações I
e II:
Equação I: 2C(s) + O2(g) → 2CO(g) ΔH = -395 kJ/mol Equação II: C(s) + O2(g) → CO2(g) ΔH = -242
kJ/mol
14. Ler ambas as equações, termo a termo, com os alunos. Em seguida, incentivá-los a destacar o que
seria a novidade para eles: o valor de ΔH. Explicar o significado físico e químico do ΔH (variação de
entalpia), introduzindo os conceitos de sistema, vizinhança e entalpia. Adicionalmente, salientar que
reações exotérmicas apresentam valor de ΔH negativo.
15. Apresentar slide com a figura abaixo, para ajudar os alunos a entenderem melhor o significado do
ΔH
por meio de uma analogia com conteúdo visto no ano letivo anterior, em Física.
16. Na sequência, apresentar o conceito de entalpia de combustão, colocando em foco a equação II,
que representa a combustão completa do carbono. Ajudar os alunos a relacionarem, por meio de uma
discussão, a reação de combustão completa do carbono (e a liberação de CO2 na reação) com as
queimadas na floresta e o aumento da concentração de CO2 na atmosfera.
17. Após associação das queimadas com o aumento da concentração de CO2 na atmosfera, distribuir a
letra impressa da música “Amazônia” para os alunos. Se possível, tocar a música para os alunos
acompanharem juntos.
Amazônia - Roberto Carlos (1989)
Tanto amor perdido no mundo Verdadeira selva de enganos A visão cruel e deserta De um futuro de
poucos anos Sangue verde derramado O solo manchado Feridas na selva A lei do machado
Avalanches de desatinos Numa ambição desmedida Absurdos contra os destinos De tantas fontes de
vida Quanta falta de juízo Tolices fatais Quem desmata, mata Não sabe o que faz Como dormir e
sonhar Quando a fumaça no ar Arde nos olhos de quem pode ver Terríveis sinais, de alerta, desperta
Pra selva viver
Amazônia, insônia do mundo Amazônia, insônia do mundo
Todos os gigantes tombados Deram suas folhas ao vento Folhas são bilhetes deixados Aos homens do
nosso tempo Quantos anjos querido Guerreiros de fato De morte feridos Caídos no mato Como dormir e
sonhar Quando a fumaça no ar Arde nos olhos de quem pode ver Terríveis sinais, de alerta, desperta
Pra selva viver Amazônia, insônia do mundo Amazônia, insônia do mundo
18. Pedir aos alunos que destaquem qualquer parte da música que eles acreditem estar relacionada
com
o processo de emissão de CO2 devido às queimadas.
19. Solicitar aos alunos que compartilhem a(s) parte(s) destacada(s) com os colegas. Caso o trecho
grifado em verde não apareça, o(a) próprio(a) professor(a) deve destacar.
20. Solicitar aos alunos que voltem à letra da música e procurem novas ideias relacionadas à
problemática do desmatamento na Amazônia.
21. Representar o lambe-lambe d exposto na aula 2 e solicitar aos alunos que voltem à letra da música
e procurem novas ideias relacionadas à problemática do desmatamento na Amazônia que tenham
relação com o pôster lambe-lambe mostrado.
22. Em seguida, o(a) professor(a) deve pedir para que os alunos compartilhem estas novas ideias e
incentivar o debate em cima das “pautas” destacadas. Neste momento, o debate deve ser encaminhado
pelo(a) professor(a) para um cunho mais social. Caso o trecho em vermelho não tenha sido destacado,
o(a) professor(a) deve destacá-lo e incentivar os alunos a se perguntarem como as pessoas (índios,
comunidades etc) podem ser afetadas pelo desmatamento.
23. Questionar os alunos se a letra da música pode incentivar a produção de novos pôsteres lambe-
lambe e encorajá-los a buscar outras músicas que possam servir como inspiração para as mensagens
que serão confeccionadas.
24. Finalizar o debate colocando em foco o papel do governo na preservação da floresta e na proteção
dos povos indígenas da região (principalmente com relação à demarcação das terras).
25. Solicitar que na aula seguinte os quartetos tragam ideias de frases que estarão presentes no
pôsteres
lambe-lambe.
26. Dar prosseguimento à produção do papel reciclado: os papéis picotados serão retirados dos baldes
contendo água, batidos no liquidificador, colocados em moldes e mantidos em um local para que a água
evapore.
3. Apresentar aos alunos o livro “A fotossíntese e o aquecimento global” que é o Documento de número
234 da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), escrito por Moacyr Dias-Filho, no ano
de 2006. Projetar a capa e a contra-capa do livro. Explicar que durante a aula será realizada a leitura de
um trecho desse livro que detalha a relação entre o CO2 e o efeito estufa e como a reação de
fotossíntese (que ocorre na floresta Amazônica em pé) contribui para a diminuição do CO2 na
atmosfera.
11. Perguntar se por meio dos esquemas feitos é possível extrair informações sobre como a floresta
Amazônica pode contribuir para a diminuição da concentração de CO2 na atmosfera por meio da
reação de fotossíntese.
12. Após respostas e discussão, exibir um modelo de pôster lambe-lambe que apresenta um
esquema ilustrado da reação de fotossíntese:
13. Ainda com o pôster lambe-lambe exposto no slide, escrever no quadro a equação da reação de
fotossíntese, chamar a atenção para a necessidade de fornecimento de energia (luz solar) para que a
reação ocorra e, assim, classificar o processo como endotérmico.
Equação da reação de fotossíntese: 6CO2 + 6H2O → C6H12O6 + 6O2
14. Mostrar os dados de quantidade de árvores na floresta Amazônica e levar os alunos a refletirem
a grande quantidade de CO2 que é capturado pela floresta.
15. Introduzir a Lei de Hess, exibindo no slide a definição e propriedades. Definir ΔH padrão de
formação, ressaltando que é possível calcular o ΔH da reação por meio dos valores de ΔH padrão de
formação de cada reagente ou produto.
16. Ainda com a equação da reação de fotossíntese no quadro, apresentar a equação de formação de
cada reagente e produto e o respectivo valor de ΔH padrão de formação:
Equação 1: C(s) + O2(g) → CO2(g) ΔH°f = -395 kJ/mol Equação 2: H2(g) + 1⁄2 O2(g) → H2O(l) ΔH°f = -
287 kJ/mol Equação 3: 6 C(s) + 6H2(g) + 3 O2(g) → C6H12O6(s) ΔH°f = -1260 kJ/mol Equação 4: 6
O2(g) → 6 O2(g) ΔH°f = 0 kJ/mol
17. Dividir a turma em quatro grupos, entregar um pedaço de papel grande a cada equipe e pedir que
cada uma delas ajuste o sentido, a estequiometria e o valor de ΔH°f de uma das equações.
18. Colar as equações ajustadas no quadro:
Equação 3: 6 C(s) + 6H2(g) + 3 O2(g) → C6H12O6(s) ΔH°f = - 1260 kJ/mol Equação 4: 6 O2(g) → 6 O2(g) ΔH°f = 0
kJ/mol
19. Obter, utilizando as equações coladas no quadro, a equação da reação de fotossíntese. Calcular,
utilizando a Lei de Hess, a variação de entalpia total da reação de fotossíntese.
Equação da reação de fotossíntese: 6CO2 + 6H2O → C6H12O6 + 6O2
Cálculo da variação de entalpia: ∆H°f global = ∆H°f1 + ∆H°f2 + ∆H°f3 + ∆H°f4 = (2364) + (1422) + (-
1360) + 0 = + 2456 kJ/mol
20. Ressaltar que uma reação que apresenta ∆H padrão de formação positivo é uma
reação endotérmica.
21. O(A) professor(a) deverá direcionar a turma para o laboratório de informática.
22. Pedir que os quartetos exibam as ideias de frases que foram solicitadas na aula anterior. Discutir as
frases e fazer as devidas correções.
23. Apresentar aos estudantes o site Canva: uma plataforma digital de design para iniciantes. Neste site
os estudantes poderão criar os pôsteres de forma simples e rápida. Além de pôsteres é possível criar
também convites, imagens para publicações diversas, currículos, mapa mental, cartão de visita e muitas
outras coisas. O(A) professor(a) deverá exibir o site para os alunos e construir, explicando as
funcionalidades e ferramentas do site, um exemplo de design para pôster lambe-lambe (como
exemplificado a seguir). Endereço do site: https://www.canva.com
24. Após construção do design, com instrução do(a) professor(a), cada quarteto deverá criar uma conta
no Canva. O(a) professor(a) deve solicitar que na aula seguinte eles tragam em um pendrive esboços
dos pôsteres lambe-lambe da atividade proposta, contendo as ideias de frase criadas durante as aulas.
25. Dar prosseguimento à produção do papel reciclado: os papéis reciclados artesanais serão retirados
dos moldes e guardados.
Aula 05 – Produção dos pôsteres lambe-lambe
1. Iniciar a aula solicitando que os estudantes apresentem os esboços dos pôsteres solicitados na aula
anterior. Esta aula deverá ser realizada no laboratório de informática da escola ou em um ambiente
correspondente.
2. Após discussão com a turma, feita ao fim de cada apresentação, o(a) professor(a) deve fazer as
correções necessárias e sugestões para cada pôster.
3. Uma hashtag será escolhida pela turma para estar presente em todos os pôsteres.
4. Os pôsteres deverão ser corrigidos e a hashtag escolhida deverá ser incorporada ao design. O(A)
professor(a) deverá auxiliar os estudantes durante o processo de aperfeiçoamento do design dos
pôsteres lambe-lambe.
5. Reapresentar o vídeo assistido na aula 2 intitulado “Como fazer lambe-lambe” (link:
https://www.youtube.com/watch?v=YbNF67dMkMY), focando na parte onde é ensinado como colar os
pôsteres lambe-lambe.
6. Os pôsteres serão impressos. Os quartetos ficarão responsáveis por colar os pôsteres lambe-lambe,
conforme visto no vídeo, em áreas externas e fotografá-los.
7. As fotos deverão ser postadas pelos alunos em suas redes sociais, contendo na legenda a hashtag
escolhida pela turma.
Aula 06 – Reflexão e Compartilhamento
A aula deverá ser iniciada com o(a) professor(a) reprojetando e refazendo as cinco perguntas da
primeira aula da sequência didática. O procedimento de registro das respostas deve acontecer
novamente. Em seguida, o professor deverá projetar o slide com as respostas registradas na primeira
aula da sequência. Espera-se que as discussões e reflexões ocorridas ao longo das aulas, assim como
o contato com o conteúdo de Química ministrado e a construção dos pôsteres lambe-lambe, permitam
aos alunos ter uma visão mais clara e embasada a respeito da problemática do desmatamento.
Após reflexão a respeito das respostas novas e antigas dos alunos e sobre como eles puderam evoluir
com tudo que foi construído nas aulas, o(a) professor(a) deve agora focar nos resultados gerados por
meio dos pôsteres lambe-lambe produzidos, incitando os alunos a compartilharem as experiências
vivenciadas durante a realização da atividade, destacando principalmente o alcance dos pôsteres na
sociedade, tanto com relação à colagem dos cartazes em áreas externas, quanto com relação às
postagens feitas nas redes sociais.
REFERÊNCIAS
[1] Ministério do meio Ambiente. Amazônia. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/biomas/amaz
%C3%B4nia>. Acesso em 23 de abril de 2019.
[2] G1 Globo. Concentração de gás carbônico na atmosfera é a maior em 3 milhões de anos. Disponível
em <https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2019/04/06/concentracao-de-gas-carbonico-na-
atmosfera-e-a-maior-em-3-milhoes-de-anos.ghtml>. Acesso em 09 de maio de 2019.
[3] Site Museu do Índio. Índios da Amazônia. Disponível em <https://www.museudoindio.org.br/indios-
da- amazonia/>. Acesso em 24 de abril de 2019.
[4] IBGE. Censo Demográfico 2010. Disponível em: <https://censo2010.ibge.gov.br/>. Acesso em 20 de
abril de 2019.
[5] FELTRE, R. Fundamentos de Química: vol. único. 4a. ed. São Paulo: Moderna, 2005.
[6] DIAS, M. B. A Fotossíntese e o Aquecimento Global. Embrapa. 2006. Disponível em:
<https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/387686/1/OrientalDoc234.pdf> Acesso em 10 de
maior de 2019.
[7] BROWN, T.; LEMAY, H. E.; BURSTEN, B. E. Química: a ciência central. 9 ed. Prentice-Hall, 2005.