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AUTORAS E AUTORES
RAQUEL FREITAS REIS – LILIAM GLEICY DE SOUZA OLIVEIRA – ALAN
DOS SANTOS FERREIRA – NEWTON SILVA DE LIMA – ELIANA DE MELO
MOUTINHO – GABY INÁCIO DE OLIVEIRA – SIMONE DAS NEVES SOARES
– VIVIAN PEREIRA MIQUILES – JOÃO ALVES PEREIRA JÚNIOR – RENATA
MATOS CASTRO – ALINE SANTOS DA SILVA – DANIEL MACIEL PAZ –
LUCAS PEIXOTO DOS SANTOS
2
Dedicatória
As autoras e os autores.
3
SUMÁRIO
4
CAPÍTULO 1
ABSTRACT
1
Graduanda de Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Universitário Luterano de Manaus. E-mail:
alinesantos@rede.ulbra.br
2
Graduanda de Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Universitário Luterano de Manaus. E-mail:
alinesantos@rede.ulbra.br
3
Docente Orientador do Curso Superior de Engenharia Ambiental e Sanitária, CEULM/ULBRA. E-mail:
alan.ferreira@ulbra.br
4
Docente Coorientador do Curso Superior de Engenharia Ambiental e Sanitária, CEULM/ULBRA. E-mail:
newton.lima@ulbra.br
5
The Amazon biome plays a crucial role as a natural climate regulator, providing essential ecosystem
services such as carbon sequestration and water vapor regulation. However, environmental impacts, such
as forest fires, are compromising its hydrological functions and increasing economic losses, affecting
human health, and amplifying carbon emissions. The escalation of these fire outbreaks in the Amazon
rainforest is linked to extreme drought events, rendering areas with thin-barked trees more vulnerable.
Deforestation also contributes significantly to the fires, as fire is often employed to manage already cleared
areas. This poses threats to adjacent regions, leading fires into the interior of the forests, escalating carbon
emissions, and compromising biodiversity. Studies indicate that climate change is increasing the forest's
vulnerability, with events like El Niño associated with periods of extreme drought and deforestation. The
projection for 2050 suggests a reduction in the Amazon's wetland area, increasing the risks of fires and
impacting ecosystem functions. The municipality of Humaitá in southern Amazonas is highlighted as an
area known as the "deforestation arc" due to the loss of vegetation cover since the mid-1990s. Data reveals
a significant increase in fires between September 2022 and October 2023, with affected areas and losses of
native vegetation. The analysis indicates the continuity of fires in already impacted territories, suggesting
illegal deforestation practices for agricultural expansion. Comparing affected regions with environmental
infractions, a substantial portion of the fires occurs in areas without recorded infractions, underscoring the
need to reinforce monitoring and control measures. The study emphasizes the importance of integrated
approaches to fire management, considering environmental factors, agricultural practices, and climate
change
1 INTRODUÇÃO
Na floresta amazônica o fogo apresenta um padrão com características de uma
linha de chamas de movimento lento nos sub-bosques, espalhando-se nas florestas da
Amazônia (CARRERO ET AL., 2020). Muitas árvores sofrem pelas queimadas à medida
que o fogo se prolonga. A espécies arbóreas, principalmente, não são adaptadas ao fogo
ocasionando um quantitativo preocupante ao indicador de mortalidade logo no primeiro
incêndio produzindo combustível e secura necessária para incêndios subsequentes mais
danosos ao meio, logo, os incêndios florestais podem ser classificados como: incêndio
subterrâneo e ou "incêndio de solo", incêndio superficial e incêndio aérea ou de copa.
6
folhas, galhos, e outros, localizados até a altura de 1,80 m do solo caracterizando uma
propagação relativamente rápida, abundante e bastante calor, não sendo difíceis de
combater (DICK ET al., 2018).
2 REFERENCIAL TEÓRICO
7
considerados evento raros com tempo de regeneração de centenas de milhares de anos
(BUSH 2008). Os impactos ambientais diretos causados pelo homem como incêndios
florestais em florestas húmidas onde tradicionalmente considera-se resistente ao fogo e
as alterações climáticas vêm aumentando a cada ano (BARNI, 2021; TURUBANOVA,
2018).
Estudo apresenta valores estimados que 58% da Amazônia esteja úmida para
controlar incêndios e consequentemente as alterações climáticas podem reduzir para 37%
no ano de 2050. Uma das causas do aumento dos incêndios florestais na floresta
Amazônica está ligado as condições extremas dos eventos de seca levando incêndios para
regiões onde encontra-se árvores características de cascas finas tornando vulneráveis aos
impactos no ambiente causados por incêndios (FEARNSIDE, 2008). O desmatamento
também é considerado um impacto ambiental de porte e nível alto, e ainda, considerado
protagonista porque o fogo é praticado para o manejo de áreas já desmatadas, e limpeza
de terrenos pós supressão vegetal de áreas de floresta nativa (SILVA, 2019; SILVEIRA,
2020).
Outro dado que chama a atenção são as terras públicas. Dutra et al., (2023),
avaliaram entre 2003 a 2019 a extensão espacial e padrões das áreas queimadas em uma
nova fronteira de desmatamento no estado do Amazonas. Os resultados mostraram que a
tendência de aumento do desmatamento ocorreu principalmente em terras públicas,
principalmente após o novo código florestal, levando a um aumento dos incêndios de 66%
para 84% em 2019, complementam ainda, que as decisões políticas que afetam a floresta
amazônica devem incluir estimativas de combater os riscos de incêndios.
9
3 MATERIAIL E MÉTODO
10
Os dados de identificação e interpretações aos eventos temporais dos incêndios
florestais com o objetivo de correlacionar a perda de biomassa vegetal a cobertura
florestal foi classificada em duas categorias: (1) Floresta de terra firme = cobertura
florestal no município de Humaitá, e (2) floresta de várzea. A identificação foi realizada
no período de 2022 e 2023, nos meses de setembro e outubro como base os dados do
Projeto de Mapeamento Anual da Cobertura e Uso do Solo no Brasil – (Projeto
MapBiomas 2021) por meio de métodos de classificação em imagens dos satélites
LandSat, além de planilhas com dados estatísticos com relações de cobertura e uso do
solo e formação florestal.
11
Figura 02: Fluxograma das etapas metodológicas do estudo
ESTRUTURA BÁSICA
DO SIG
PROCESSAMENTO
PRÉ PÓS
DO SIG PROCESSAMENTO
PROCESSAMENTO DO
SIG DO SIG
Essa fase é considerada suporte para as demais, sendo dividida em três partes:
c) Apoio das imagens de satélites para definição das classes de uso do solo
para obtenção de dados reais e atuais da área de estudo. Para os componentes
de identificação dos eventos temporais dos incêndios florestais e dos fatores
ambientais e antrópicos foram utilizadas imagens do satélite Land Remote
Sensing Satellite (LANDSAT), com baixa obstrução por cobertura de nuvens
(máximo 30%) no intervalo de tempo 2019 a 2023 correlacionado aos
períodos de cheia e seca para a região do município de Humaitá (Tabela 3).
12
As imagens foram obtidas de forma gratuita do banco de dados do Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE e do Projeto de Mapeamento anual
do uso e cobertura do solo - MapBiomas.
O satélite (LANDSAT) tem sua operação a uma altitude de 705 km, atualmente
encontra-se na órbita heliosincrona, inclinação de 98,2° e contempla todo o globo
terrestre, realiza varreduras capturando cenas de 170 km (norte-sul) e 183 km (leste-
oeste). Tem uma estrutura de resolução temporal de (16 dias) e resolução radiométrica de
(16 bits), na projeção UTM (polar estereográfica para a Antártida) e na projeção Datum
(WGS1984) e na projeção SIRGAS 2000 para o hemisfério Sul.
Contempla resolução espacial de (30 metros), podendo chegar a (15 metros) após
a “fusão” com a Banda Pancromática (PAN) possibilitando o ortorretificação de imagens
(L1T1), dados de referência de pontos de controle do terreno e altitudes baseadas em
Modelos Digitais de Elevação (MDE), como exemplo Shuttle Radar Topography Mission
(SRTM) (USGS, 2018). O Landsat opera com dois instrumentos imageadores:
Operacional Land Imager (OLI) contendo nove (09) bandas espectrais contend a banda
Pancromática e Thermal Infrared Sensor (TIRS) com duas (02) bandas (USGS, 2018). O
espectro e comprimento de onda das imagens de satélite (LANDSAT) podem ser
observados na (Tabela 01).
13
Tabela 01. Perfil do sensor imageador OLI e TIRS do satélite (LANDSAT), contendo o nome da banda,
espectro e comprimento de onda (µm). Fonte: USGS, 2018.
14
Apresentação das fontes e informações oriundas dos mapas temáticos convencionais que
serão processados e transformados em formato digital.
15
comunidade acadêmica, por meio das audiências públicas, congressos, simpósios e outros
similires.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
16
área que mais sofreu com desmatamento em 2022 encontra-se ao sul do município, com
uma extensão de queimada equivalente a 4728,5 ha.
De acordo com os dados obtidos pelo satélite AQUA Tarde (INPE, 2023), no ano
de 2023, foi observado um total de 3.858 focos de incêndio. Este número representa a
maior incidência registrada para o mês de outubro desde 1998, colocando-o como 8ª
posição com maior quantidade de focos de incêndio entre os municípios do estado do
17
Amazonas. Durante o mesmo período, o satélite AQUA Tarde (INPE, 2023) também
registrou 18 casos de queimadas, resultando em uma perda total de vegetação
correspondente a 8713,2 ha. A região mais impactada, identificada ao sul do município
de Humaitá, abrange uma extensão de 4017,4 hectares.
18
Figura 5: Mapa comparativo – Área Queimada (2022-2023) x Sobreposição (2023)
19
de as queimadas serem desencadeadas por atividades de desmatamento ilegal, visando a
expansão territorial para práticas agropecuárias ou invasões de propriedades privadas.
20
de haver uma diminuição desses incidentes em 2023 em comparação a 2022, são regiões
que não possuem histórico de infrações autuadas pelo órgão federal, como evidenciado
na figura 6.
5 CONCLUSÃO
21
agricultura e condições climáticas propícias ao alastramento do fogo. O mapeamento das
áreas queimadas também destaca a presença de incêndios recorrentes, indicando uma falta
de controle e medidas preventivas eficazes. A sobreposição das áreas queimadas em 2023
com aquelas registradas em 2022 sugere que algumas regiões continuam sendo afetadas
repetidamente, contribuindo para a degradação contínua do ecossistema local.
É importante ressaltar que os incêndios florestais não afetam apenas a cobertura
vegetal, mas também têm impactos significativos na biodiversidade, na qualidade do ar e
na saúde humana. Além disso, a fragmentação do habitat, causada pelo desmatamento e
pelos incêndios, pode levar à perda de biodiversidade e alterações nos processos
ecossistêmicos. O aumento dos incêndios florestais na Amazônia está relacionado a uma
série de fatores, incluindo o desmatamento, as práticas agrícolas inadequadas, as
condições climáticas extremas e as alterações climáticas. A utilização do fogo para
manejo agrícola, em especial nas áreas de expansão do agronegócio, contribui para a
propagação dos incêndios para o interior da floresta.
O estudo também destaca a vulnerabilidade da floresta amazônica às alterações
climáticas, com a ocorrência de incêndios florestais associados a anos de seca extrema
induzida pelo fenômeno El Niño. Isso ressalta a importância de considerar não apenas as
práticas locais, mas também os fenômenos climáticos globais na compreensão e no
enfrentamento dos incêndios florestais na região.
A relação entre o desmatamento da floresta amazônica e a transição para savanas
destaca as graves consequências do desmatamento contínuo, essa transição teria impactos
significativos na biodiversidade, no armazenamento de carbono e no bem-estar humano.
Além disso, o estudo ressalta os efeitos do desmatamento nas áreas aquáticas,
evidenciando alterações na abundância e estrutura das comunidades de peixes em
igarapés da Amazônia. Isso destaca a interconexão entre os ecossistemas terrestres e
aquáticos, ressaltando a necessidade de uma abordagem integrada na gestão ambiental.
Em relação à metodologia utilizada, a combinação de sensoriamento remoto,
geoprocessamento e análise espacial mostrou-se eficaz na identificação e caracterização
das áreas queimadas. A utilização de dados de satélite, como Landsat, permitiu uma
avaliação abrangente das mudanças na cobertura do solo ao longo do tempo. No entanto,
é crucial destacar a importância da implementação de estratégias de prevenção, controle
e educação ambiental para lidar com os incêndios florestais na Amazônia. Isso inclui a
promoção de práticas agrícolas sustentáveis, o fortalecimento da fiscalização e a
conscientização da comunidade sobre os impactos ambientais negativos associados aos
22
incêndios florestais. Em suma, o estudo destaca a complexidade dos incêndios florestais
na Amazônia, evidenciando a necessidade urgente de abordagens integradas e
sustentáveis para preservar esse ecossistema vital. A conservação da floresta amazônica
não apenas depende da mitigação do desmatamento, mas também exige ações
coordenadas para enfrentar as causas subjacentes dos incêndios florestais.
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23
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Disponível em: http://terrabrasilis.dpi.inpe.br/queimadas/situacao-
atual/estatisticas/estatisticas_estados/
24
CAPÍTULO 2
25
ABSTRACT
The population increase and the expansion of industries have caused a notable reduction
in water quality in several urban basins and micro-basins, resulting in open sewage,
contributing to the proliferation of vectors that can put the health of the population at risk,
in addition to causing damage to the environment. The main purpose of this research is
to analyze the water quality of a stretch of the tributary of the Igarapé do Forty, called the
ULBRA/SEDUC igarapé located in a University Center in Manaus/AM. To this end,
visits to the site took place to collect water samples and carry out physical-chemical
analyzes of these samples (pH, alkalinity, chlorides, floating materials, odor, appearance,
oils and greases, sedimentation, total phenols and dissolved oxygen). To define the tests
and value parameters, the tributary was classified considering CONAMA Resolution
357/2005, as fresh water, class 4, intended for navigation and landscape harmony. Some
of the data were outside the acceptability levels, indicating possible contamination at the
analyzed collection point. It is important to investigate the origin of these floating
materials and odorous substances to identify and remediate the environmental impact.
Keywords: Water. Analysis. Urbanization. Water resources. Conama.
1 INTRODUÇÃO
Nos últimos anos, a urbanização e industrialização das regiões
metropolitanas têm causado impactos negativos nos recursos hídricos; a má
gestão do solo e o uso inadequado são fatores cruciais, ameaçando tanto a
disponibilidade quanto a qualidade da água (SANTOS, 2016).
É importante destacar que os espaços ocupados nos centros urbanos são
resultado do desmatamento de vastas áreas causando impermeabilização do
solo, contaminação dos lençóis freáticos e das águas superficiais e outros
problemas ambientais que afetam a saúde humana (FAUSTINO et al, 2014).
Os recursos hídricos no Brasil adquiriram significativa importância com a
promulgação da Lei Nº 9.433, em 08 de janeiro de 1997, conhecida como a
Política Nacional de Recursos Hídricos. Além disso, a legislação também aborda
a questão dos impactos ambientais que esses corpos d'água têm enfrentado.
Na cidade de Manaus, há inúmeras reservas hídricas naturais, tais como
rios, lagos e lagoas, as quais acabam tornando-se locais de despejo não
somente de resíduos industriais, como também dos resíduos domésticos
próprios dos moradores do entorno, o que contribui, de maneira ostensiva, com
o fenômeno da poluição. No contexto dos ambientes aquáticos, essa
contaminação é preocupante, uma vez que a água é essencial para a vida e o
progresso socioeconômico (RODRIGUES, 2016).
Isso ressalta a importância da investigação da qualidade da água, a partir
de ensaios e a aplicação de métodos de prevenção e outras formas de mitigação
ao combate à poluição hídrica presente em diversas áreas da cidade de Manaus.
Um destes ambientes, cujo quadro de poluição já se apresenta nítido, é o Igarapé
ULBRA/SEDUC.
26
O igarapé ULBRA/SEDUC está localizado na Área de Proteção Ambiental
Floresta Manaós, no bairro Japiim, zona centro-sul da cidade de Manaus.
O tema proposto parte das inquietações acerca da falta de saneamento
adequado na área de estudo, ausência de infraestrutura e ao descarte irregular
de resíduos sólidos e líquidos despejados diretamente nas águas superficiais,
podendo conter patógenos nocivos à saúde da população e a todo ecossistema.
Para tanto, o objetivo geral deste estudo consiste em analisar a qualidade
da água de um trecho do curso do igarapé ULBRA/SEDUC localizado dentro de
um Centro Universitário da cidade de Manaus/AM.
Como objetivos específicos realizaram-se os seguintes desdobramentos:
Realizar visitas in loco na área de estudo coletar amostras de água de um ponto
do igarapé ULBRA/SEDUC; Realizar ensaios físico-químicos das amostras de
água (pH, alcalinidade, cloretos, materiais flutuantes, odor e aspecto, óleos e
graxas, sedimentação, fenóis totais e oxigênio dissolvido); Analisar os dados
considerando os parâmetros de classificação da água doce do trecho em estudo
como classe 4, conforme a Resolução CONAMA 357/2005.
Este trabalho desempenha um papel fundamental na promoção da saúde
a partir da utilização de técnicas de saneamento, cumprindo os Objetivos do
Desenvolvimento Sustentável (3 - Saúde e bem estar; 6 - Água potável e
saneamento; 11 - Cidades e comunidades sustentáveis; 14 - Vida na água e 15
- Vida terrestre) e contribuindo para a busca de soluções mais sustentáveis para
a descontaminação de águas, atendendo às necessidades prementes de
preservação dos recursos hídricos e da saúde humana.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 ESPAÇOS URBANOS E OS CURSOS D’ÁGUA
27
Os corpos d'água que compõem a paisagem urbana, têm importante
contribuição no transporte de detritos. Após a disposição inadequada de
resíduos no ambiente, os rios de amplas bacias hidrográficas atuam como
receptores desses poluentes, resultantes do escoamento urbano, através de
diversos afluentes (LUO et al, 2019).
Para Souza (2020), as bacias hidrográficas de Manaus possuem grande
contribuição na deposição de poluentes no rio Negro, influenciados pelos níveis
de profundidade dos cursos d’água, topografia da cidade e características da
população local.
O crescimento urbano de Manaus ocorreu de maneira desordenada, com
um aumento significativo a partir do final da década de 1960, quando o Polo
Industrial de Manaus foi estabelecido. Isso resultou na ocupação de áreas de
igarapés e florestas nativas, levando à descaracterização da paisagem natural
em decorrência do desflorestamento para dar espaço a novas estruturas
urbanas (CALDAS, 2016).
Segundo o censo do IBGE (2022), a população de Manaus estimada é de
2.063.689 pessoas, com densidade demográfica de 181,01 hab/Km². A cidade
possui vários pontos turísticos com reconhecimento nacional e internacional.
O estudo conduzido por Souza, Nascimento e Alvalá (2015), investigou a
expansão da área urbana de Manaus referente ao período de 1973 a 2008,
utilizando a análise de imagens captadas pelo sensor TM do satélite Landsat 5;
os resultados da pesquisa apontaram que o crescimento da cidade ocorreu
predominantemente na direção norte e nordeste, áreas que hoje correspondem
às zonas Norte e Leste, durante esse período, a área urbana aumentou em 153
km², acompanhada de um crescimento populacional de mais de 500%. A Figura
1 mostra a bacia hidrológica do Amazonas em áreas urbanas.
28
Figura 1 - Imagem que representa as bacias hidrográficas do Amazonas.
29
diretrizes de implementação e suas ações no gerenciamento de seus corpos
hídricos.
A referida Lei, que carrega os dispositivos legais da Lei 9.433/97
conhecida como “Lei da Águas”, tem como princípio básico fundamentar
diretrizes e ações que definem os recursos hídricos, atendendo às
particularidades sociais, econômicas e ambientais. Da mesma forma objetiva
garantir o uso múltiplo da água.
30
A presença da Zona Franca de Manaus trouxe um importante impulso
econômico para a cidade, conferindo-lhe destaque e protagonismo. Contudo,
esse crescimento econômico também gerou desigualdades sociais e impôs
demandas crescentes por saneamento básico, como o fornecimento de água e
infraestrutura de esgoto. Essas necessidades têm se expandido para atender ao
aumento da população e às migrações cada vez mais expressivas na cidade
(STAVIE, 2015).
31
2.4 QUALIDADE DA ÁGUA
32
Classe 2 a) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento
convencional;
c) à pesca amadora;
e) à dessedentação de animais.
Classe 4 a) à navegação; e
b) à harmonia paisagística.
De acordo com Von Sperling (2014), a qualidade da água pode ser avaliada por
meio de vários parâmetros que evidenciam suas principais características
físicas, químicas e biológicas.
V - Fenóis totais (substâncias que reagem com 4 - aminoantipirina) até 1,0 mg/L
de C6H5OH;
Uma causa importante dos maus odores nos corpos d’água poluídos por
esgotos é atribuída à geração do sulfeto de hidrogênio, H2S. Embora esse gás
seja o composto odorante predominante nos esgotos, não é possível caracterizá-
lo como o único causador do problema (MANCUSO, 2019), havendo outros
compostos como as mercaptanas, sulfetos orgânicos e aminas que podem
também gerar odores desagradáveis.
34
2.4.1.5 Fenóis totais
35
Para Von Sperling (2014), valores baixos de pH tornam a água corrosiva,
enquanto valores elevados indicam que a água é alcalina. Em termos de saúde,
apenas águas extremamente ácidas ou básicas têm potencial para causar
irritação na pele e nos olhos. A variação no pH de um corpo d'água ocorre
naturalmente devido à dissolução de rochas, absorção de gases atmosféricos,
oxidação da matéria orgânica ou através da fotossíntese. Além disso, ações
antropogênicas, como despejos domésticos e industriais, também podem alterar
o pH.
3 METODOLOGIA
Para a realização deste trabalho seguiram-se as seguintes etapas
metodológicas apresentadas no fluxograma da Figura 3.
36
(Avenida Solimões): 3° 6'26"S 59°58'39"W; Leste (Rua Cônego Walter
37
Figura 5 - Margem do igarapé
In Loco:
38
Laboratoriais:
39
Os procedimentos de coletas podem ser visualizados na Figura 5a, 5b e 5c.
40
Figura 5B e 5C – Preparação e coleta de amostras
B C
FONTE: Autores (2023)
Parâmetro Limite
41
Fenóis totais Até 1,0 mg/L de
C6H5OH
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 VISITAS IN LOCO
Nas visitas in loco realizadas na área de estudo foram observadas a
ausência de infraestrutura de saneamento básico, o curso d’agua recebe cargas
difusas e pontuais das residências; o solo se apresenta sem exaustão e com
cobertura de floresta nativa satisfatória e fauna com presença de pequenos
répteis. Pôde-se observar, ainda que em pequena quantidade, a presença de
resíduos sólidos urbanos no entorno do igarapé. Por outro lado, há conservação
da vertente em toda a seção fluvial correspondente a área de estudo.
4.2 ENSAIOS
Sim Não
42
Substâncias <5 Virtualmente ausentes X
sedimentáveis
Os resultados obtidos da análise de fenóis totais (< 0,12), bem como para
o parâmetro óleos e graxa (< 5) e as substâncias facilmente sedimentáveis,
43
mostram um valor abaixo do limite máximo permitido para a classificação da
água como classe IV, pela resolução CONAMA 357 (Brasil, 2005).
Com relação ao pH, verificou-se, que o valor obtido de 7,0, está de acordo
com a Resolução CONAMA n° 357/2005, que define, entre outros parâmetros,
uma faixa de pH de enquadramento entre 6 a 9, esse resultado, portanto, está
de acordo com o estabelecido pela referida legislação.
5 CONCLUSÃO
44
Em síntese, a qualidade da água é uma questão complexa e
multidisciplinar que demanda a cooperação de diversos setores para garantir a
segurança hídrica e a preservação do meio ambiente. É essencial direcionar
investimentos em pesquisas, desenvolvimento e inovação para aperfeiçoar
tecnologias e práticas de gestão da água, com o objetivo de garantir a
preservação dos ecossistemas aquáticos.
REFERÊNCIAS
45
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qualidade da água de poços tubulares em aldeias indígenas na região da
Amazônia Central. 2018. 74 f. Dissertação (Mestrado em Geociências) -
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48
CAPÍTULO 3
ABSTRACT
Guarana (Paullinia cupana Kunth, Sapindaceae) is a plant native to the Amazon,
which has several pharmacological properties, being intensively used in the food
and pharmaceutical industries. According to information released by the Brazilian
Institute of Geography and Statistics (IBGE), in the publication Municipal
Agricultural Production, the national production of guarana in 2022 stood at 2.4
thousand tons, with the states of Bahia and Amazonas as the main national
producers.
49
1
Graduando de Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Universitário Luterano de Manaus. E-mail:
lucaspeixoto@rede.ulbra.br
²Docente orientador do Curso Superior de Engenharia Ambiental e Sanitária, CEULM/ULBRA. E-mail:
alan.ferreira@ulbra.br
³
Docente Coorientador do Curso Superior de Engenharia Ambiental e Sanitária, CEULM/ULBRA. E-mail:
newton.lima@ulbra.br
During the roasting of guarana, the almond shrinks a little due to dehydration and
the skin of the seed (pericarp), called the casquilho, is loosened, and due to the
fact that it is poorly soluble in water and bitter, it becomes a residue of the final
product. Biomass waste is increasingly being used in the production of biochar
for the remediation of environmental samples. Biocarvão, or biochar, is a carbon-
rich, sustainable, low-cost material derived from biomass, it has attractive
characteristics to be applied in the most different areas of research. No studies
were found in the literature with the use of the bushing as biochar for water
remeasurement, thus, this work proposes to obtain
and characterize the biochar from the residue of the guarana bushing for use in
the remeasurement of inorganic dyes in water, thus presenting a new destination
for this waste.
Key words: Residue, bushing, guarana, water.
1 INTRODUÇÃO
50
A adsorção é um método de descoloração confiável com as vantagens de
operação simples, conveniência e bom efeito de descoloração. Nos últimos
anos, muitas tentativas foram feitas para desenvolver novos materiais de
adsorção com baixo custo e alta eficiência de remoção, além do carvão ativado
comercial. O Biochar apresenta um meio adsorvente mais ideal e
ecologicamente correto e pode ser preparado a partir de diversos resíduos
agrícolas e florestais gerados pelas atividades humanas como matéria-prima
(PANG et al., 2019).
Analisando a grande quantidade de resíduo de guaraná produzido todos
os anos, assim como, a capacidade de utilizar resíduos de biomassas na
produção de biochar para o tratamento de amostras ambientais, este trabalho se
propõe a produzir, caracterizar e aplicar biochar a base de resíduo de guaraná
na remediação de corantes inorgânicos em água, propiciando um destino mais
vantajoso a esse resíduo.
O objetivo geral desta pesquisa é produzir e caracterizar biochar a partir
do casquilho do guaraná para aplicação como material adsorvedor.
Consequentemente, os objetivos específicos é obter biochar a partir de resíduo
do guaraná, em seguida, caracterizar estruturalmente e morfologicamente o
biochar produzido e ainda realizar testes de adsorção do biocarvão com o
corante alaranjado de metila.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 ORIGEM E APLICAÇÃO DO GUARANÁ
51
da produção total em 2022, havendo produzido 686 toneladas. Isso representa
um aumento de 6,7% em comparação com o ano anterior. (CONAB, 2023).
A comercialização do guaraná envolve a venda em ramas (sementes
torradas), tanto para exportação quanto para sua agroindustrialização. A partir
desta última, é possível obter: Xarope (concentrado) destinado ao consumo
direto como bebida energética, ao ser misturado à água, ou para a produção
industrial de bebidas refrigerantes gaseificadas; bastão (também conhecido
como rolo ou barra), utilizado para ralar e obter o pó, que pode ser misturado à
água e consumido; próprio pó, já acondicionado em frascos, cápsulas
gelatinosas ou sachês. Este formato é utilizado tanto na preparação caseira de
uma bebida energética quanto ingerido puro, como tônico. (SEBRAE, 2005).
As diversas etapas do processamento para a obtenção do produto final
aqui considerado, com alto grau de qualidade, são descritas como se seguem:
Recepção e pesagem: os sacos contendo as ramas são recepcionados na
fábrica e passam pelo processo de pesagem. Caso a empresa receba guaraná
já beneficiado de outros produtores, ou seja, em ramas acondicionadas em
sacos de aniagem, esses sacos são pesados e conduzidos diretamente à etapa
de moagem. Descascamento mecanizado: Consiste na retirada do pericarpo da
semente torrada do guaraná, o qual representa 20% de seu peso. Este processo
é realizado por meio de uma máquina despolpadeira, a mesma utilizada no
descascamento da mamona, com um rendimento de aproximadamente 800
kg/dia (SEBRAE, 2005). Em alguns casos os beneficiadores locais aproveitam o
pericarpo ou “casquilho” (casca retirada dos grãos de guaraná antes de moer ou
pilar) para produzir o xarope, mas sem valor comercial na região (SILVA et al.,
2018).
52
resultará em diferenças notáveis. O conteúdo de cada elemento depende
principalmente da matéria-prima da biomassa (LIAN et al., 2023).
Pesquisas recentes têm utilizado biochar na remediação de água, e uma
dessas aplicações está relacionada com a descoloração de amostras ambientais
com o processo de adsorção. Os corantes são compostos orgânicos
amplamente utilizados nas indústrias têxtil, cosmética e alimentícia como
agentes corantes, podendo chegar até os corpos hídricos e causar sua
contaminação. Essa água contendo corante possui maior cromaticidade e
dificulta a propagação da luz, inibindo assim o crescimento de plantas aquáticas.
Além disso, os corantes sintetizados artificialmente não são apenas tóxicos para
os animais na água, mas também cancerígenos e teratogênicos para os
humanos (YANG et al., 2023).
A adsorção é um método de descoloração confiável com as vantagens de
operação simples, conveniência e bom efeito de descoloração. Nos últimos
anos, muitas tentativas foram feitas para desenvolver novos materiais de
adsorção com baixo custo e alta eficiência de remoção, além do carvão ativado
comercial. O Biochar apresenta um meio adsorvente mais ideal e
ecologicamente correto e pode ser preparado a partir de diversos resíduos
agrícolas e florestais gerados pelas atividades humanas como matéria-prima
(PANG et al., 2019).
3. METODOLOGIA
3.1 MATERIAIS
53
posteriormente o biocarvão obtido foi macerado com o auxílio de um almofariz e
pistilo por um período de 15min. O processo de obtenção do biocarvão está
resumido no desenho esquemático da Figura 01.
54
Para o estudo de adsorção do corante na presença do biocarvão, foi
utilizado uma solução de 100 ml do corante na concentração de 50 mg.L-1 em
água deionizada na presença de 50 mg.L-1 do biochar, essa solução foi
submetida a uma mesa agitadora em rotação fixa de 160 rpm durante 2 horas.
Alíquotas foram coletadas em intervalos de tempos, com valores de 20, 40, 60,
80, 100 e 120 min. Todas as alíquotas coletadas em triplicatas foram submetidas
a uma centrifuga para se obter o sobrenadante que foi analisado em
Espectrofotômetro UV/Vis da marca Shimadzu modelo UV1800 localizado no
Laboratório LSCN-IFAM Campus Distrito Industrial.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
55
A Figura 03 apresenta os gráficos de DRX referentes ao casquilho (a) e
ao biocarvão (b). Os padrões de difração de raios X foram medidos para
investigar as composições das fases cristalinas do casquilho e do seu biocarvão.
Os padrões de difração em ambas as amostras não apresentam claramente
fases cristalinas bem definidas, evidenciando dessa forma que tanto o casquilho
como seu biocarvão apresentam estrutura amorfa. Essa característica é
interessante para estudos de adsorção, visto que, esse tipo de estrutura mais
desorganizada, com mais espaços vazios, sulcos, poros e microporos, permite
acomodação das grandes moléculas de corante na superfície adsorvente.
1400
800
1200
a b
1000 600
Intensidade (u.a.)
Intensidade (u.a.)
800
400
600
400
200
200
0 0
10 20 30 40 50 60 70 80 10 20 30 40 50 60 70 80
2 2
Fonte: O Autor.
56
Figura 04: (a) Curva de Calibração para o Alaranjado de Metila em um comprimento de
onda de 464 nm. (b) Espectro UV-Vis da diminuição da banda de absorção em 464 nm
na presença do biocarvão.
a b
Absorbância
0,3
0,3 0,2
0,2
0 min
Absorbância
Absorbância
0,2 0,1
20 min
0 20 40 60 80 100
Concentração Alaranjado de Metila (mg/L)
0,1 40 min
100 mg/L
60 min
0,1
75 mg/L 80 min
50 mg/L 100 min
25 mg/L
10 mg/L 120 min
0,0 0,0
300 400 500 600 700 800 300 400 500 600 700 800
Comprimento de onda (nm) Comprimento de onda (nm)
Fonte: O Autor.
5 REFERÊNCIAS
57
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58
CAPÍTULO 4
RESUMO
O objetivo desse trabalho é mostrar fatos atuais consequentes do desmatamento da
Amazônia, apresentando números específicos do estado do Amazonas e comparando a
situação com os estados que apresentam os maiores indicies de desmatamento na
Amazônia Legal. Comparando a evolução do desmatamento e suas consequências no
estado do Amazonas, ressaltar a importância de se tomar atitudes enquanto ao tema, para
que o futuro seja saudável para a vida no planeta. Para esse fim, foram utilizados dados
divulgados em sites oficiais de informações ambientais, ONGs, Jornais locais. O estudo
mostrou o quanto é importante conter o desmatamento na Amazônia, pois, mais do que o
equilíbrio ambiental em um estado da Amazônia legal, sua preservação contribui com o
equilíbrio ambiental mundial
6
Graduanda de Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Universitário Luterano de Manaus. E-mail:
renatacastro@rede.ulbra.br
²
Docente Orientador do Curso Superior de Engenharia Ambiental e Sanitária, CEULM/ULBRA. E-mail:
alan.ferreira@ulbra.br
³
Docente Coorientador do Curso Superior de Engenharia Ambiental e Sanitária, CEULM/ULBRA. E-mail:
newton.lima@ulbra.br
59
1. INTRODUÇÃO
60
Temos como exemplo prático e recente a forte e histórica estiagem registrada no
estado do amazonas em 2023, que acabou afetando desde abastecimento de cidades de
forma geral quanto a vida de espécies em geral.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
A partir da década de 90 em função da “explosão” madeireira na região
Amazônica e houve grande procura e uso de seus recursos naturais, somado a três fatores
como a escassez de madeira nas florestas das regiões Sul e Sudeste, abundancia de
florestas com quase nenhuma restrição para exploração predatória e a localização que
facilitava a relação aos mercados internos e externos (VERISSIMO; PEREIRA, 2014).
Na metade da década seguinte, houve um grande crescimento no desmatamento
da Amazônia, causando grandes preocupações, sendo uma região importante por abranger
as regiões que possuem a vegetação sensível a bruscas mudanças no período de estiagem
e consequente possuem o período mais longo de seca na Amazônia (DEBORTOLI, 2013).
Atualmente o governo brasileiro tem se esforçado para conter o desmatamento na
região, mas suas ações têm se mostrado relativamente sem efeitos, demostrando que seus
índices variam para mais ou para menos independentemente do sistema de
monitoramento e controle empregado, evidenciando que ações são tomadas sem a certeza
da identificação da cauza raíz do problema. Há no Brasil ao menos cinco sistemas de
monitoramento via satélite todos elaborados pelo INPE (Sistema Nacional de Pesquisa
Espaciais) tais como: PRODES, DETER, DEGRAD, TerraClass e Queimadas dos quais
também são utilizadas outras ferramentas para aferir e realizar estimativas das emissões
de gases tóxicos (MMA, 2016).
O desmatamento na floresta Amazônica tem maior concentração no espaço
denominado de “arco do desmatamento”. Que abrange áreas do sudeste do Estado de
Maranhão, norte do Tocantins, sul do Pará, norte do Mato Grosso, Rondônia, sul do
Amazonas e sudeste do Acre, como ilustrado na figura abaixo:
61
De acordo com a figura 3 os estados que mais desmataram foram o Pará, Mato
Grosso e Rondônia totalizando 80,72% de área desmatada (TERRABRASILIS/
PRODES, 2019). Em seguida temos o estado do Amazonas com 7.12% contribuindo
significativamente para a estatística de desmatamento da Amazônia Legal.
62
o desmatamento é o de Tardin et al. (1979). Embora alguns apontem enfaticamente para
fatores específicos, como a construção e pavimentação de estradas (Laurance et al., 2004;
Soares Filho et al., 2005;
Diante de problemas que o desmatamento traz ao meio ambiente, surgem
trabalhos que visam oferecer sustentabilidade ambiental para as atividades econômicas
na região (Reydon, 1997) e, numa escala mais ampla, que propõem o zoneamento
ecológico e econômico da região (Rebello; Homma, 2005).
3. METODOLOGIA
Para Gil (2002) pesquisa pode ser entendida como um processo de busca de
informações para solucionar o problema proposto através de procedimentos científicos
de aspecto racional e sistêmico.
Pode-se afirmar quanto a esta pesquisa que a mesma apresentou abordagem
quantitativa buscando apresentar e analisar os dados quantificados quanto a realidade do
contexto estudado, e quanto aos objetivos trata-se de uma pesquisa exploratória (GIL,
2002).
Este trabalho foi norteado a partir da revisão bibliográfica em artigos publicados,
monografias, jornais, dados de órgãos e sites oficiais que tratam sobre o tema abordado,
como Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e o Projeto de Monitoramento
Legal por Satélite (PRODES). A partir dos dados obtidos foi possível analisar o
porcentual de desmatamento e verificar as oscilações periódicas do aumento e diminuição
do desmatamento pelo período de 2022 à 2023.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
A perda de florestas tem um efeito imediato e direto no estilo de vida que nós, nas
partes altamente industrializadas do mundo, apesar de nossa própria dependência do que
a floresta tropical fornece. O gráfico da Figura 3 demonstra o tamanho de áreas
desmatadas em Km².
Figura 3 – Taxas de desmatamento (km²) no estado do Amazonas desde 1988
63
praticadas pelo governo para reduzir e eliminar o desmatamento não são eficazes e que o
desmatamento tem forte tendência a piorar a cada ano.
Como consequência clara, direta e objetiva dos efeitos do desmatamento,
podemos citar a severa estiagem que atingiu o estado do Amazonas e afetou
significativamente a vida da população inteira do maior estado da nação. Famílias ficaram
isoladas, cidades tiveram dificuldades de abastecimento, morte de animais, saúde das
pessoas afetadas pela incidência de fumaças provenientes das queimadas, escassez de
chuvas, etc.
5. CONCLUSÃO
Com a realização dessa pesquisa foi possível entender que o combate ao
desmatamento na Amazônia de forma geral é um dos grandes desafios que vamos
enfrentar no futuro.
A Floresta Amazônica é essencial, frente aos benefícios que proporciona, não só
para o planeta, como para a vida humana, afetando diretamente na qualidade de vida.
Deve-se exigir dos órgãos ambientais competentes que promovam vistorias in
loco, posteriores a execuções de planos de manejo e de autorizações de supressão vegetal,
bem como exijam, quando for o caso, auditoria independente sobre tais planos e
autorizações, a fim de que as fraudes em tais execuções sejam corretamente identificadas.
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65
CAPÍTULO 5
ABSTRACT
The objective of this article is to examine the feasibility of implementing a landfill
in the municipality of Iranduba-AM, located on the left bank of the Solimões River.
The study assesses the viability of this solid waste disposal technique and its
influence on mitigating environmental impacts and reducing costs through
sustainable practices. The research approach was quantitative, employing
methods from Economic Engineering. Essential information for the analysis was
gathered through bibliographic research. It was observed that the municipality
lacks a proper landfill, with waste disposal currently taking place in an extensive
"dump." In conclusion, it is evident that the construction of a landfill in Iranduba
represents the most sustainable and economically viable alternative.
Keywords: Landfill, Waste, Management, Environmental.
7
Graduanda de Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Universitário Luterano de Manaus.
E-mail: vivian.miquiles@rede.ulbra.br
8
Engenheira Civil, Engenheira de Segurança do Trabalho e Docente do Centro Universitário
Luterano de Manaus. E-mail: raquel.reis@ulbra.br
3
Engenheiro Civil e Graduando de Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Universitário
Luterano de Manaus. E-mail: joaoalves@rede.ulbra.br
66
1. INTRODUÇÃO
67
avaliar os custos associados à implementação e operação do aterro sanitário,
incluindo a projeção dos custos do empreendimento, desde a construção até o
encerramento.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
68
pode ter sérios impactos ambientais, como a contaminação do solo e da água,
além de contribuir para a emissão de gases de efeito estufa. Também representa
um risco à saúde pública, visto que pode atrair vetores de doenças e causar
poluição do ar.
71
2.4 Regulamentação
72
ordem de prioridade que inclui não geração, redução, reutilização, reciclagem,
tratamento e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos. Dessa
forma, as normas legais evidenciam a necessidade imperativa de cuidado no
manejo do lixo, alinhando-se aos princípios da sustentabilidade e preservação
ambiental.
73
integrada e ambientalmente adequada dos resíduos sólidos em Iranduba,
contribuindo para a preservação do meio ambiente e o bem-estar da comunidade
local.
3. METODOLOGIA
3.1 Área de Estudo
2
= −1
1
= . .( )
75
Considerando as diretrizes estipuladas pela Associação Brasileira de
Empresas de Tratamento de Resíduos (ABETRE), pelo Ministério do Meio
Ambiente (MMA) e dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza
Pública e Resíduos Especiais (ABELPRE), que indicam a vida útil de um aterro
sanitário ao longo de 42 anos, sendo os últimos 20 anos destinados às fases de
encerramento e pós-encerramento, é essencial projetar a evolução populacional
para os próximos 22 anos. Esse período é considerado significativo para análise
de viabilidade de investimentos equivalentes ao tempo em que o aterro estará
em operação efetiva, segundo estudos. Para realizar tal projeção, foram
consultados os dados do banco de dados do IBGE que forneceram informações
detalhadas sobre o crescimento populacional do município em estudo, conforme
demonstrado na Quadro 1.
76
resíduos não perigosos - critérios para projeto, implantação e operação, e na
NBR 8419/92 (ABNT, 1992), bem como a consideração de particularidades
locais, a fim de garantir que o aterro fosse projetado de maneira apropriada e
sustentável.
3.3 Procedimentos
78
2040 125240 0,904 113.275,03 113,28 41.345,38
2041 130327 0,905 117.922,14 117,92 43.041,58
2042 135621 0,905 122.759,90 122,76 44.807,36
2043 141129 0,906 127.796,13 127,80 46.645,59
2044 146862 0,906 133.038,98 133,04 48.559,23
Total gerado em 22 anos 743.398,66
Fonte: Autores (2023)
79
Figura 4: Gráfico de crescimento exponencial da população e geração de RSU
para os próximos 22 anos
140000
120000
100000
80000
60000
40000
20000
4.2 Custos
80
Quadro 3: Custos de viabilização de um aterro sanitário de médio porte
5. CONCLUSÃO
81
possibilidade de compartilhamento desse espaço com municípios vizinhos para
divisão dos custos operacionais do aterro de médio porte, considerando a
disposição compartilhada de resíduos sólidos.
REFERÊNCIAS
82
COSTA, Amanda Maria Coura Dias; CONSTANTE, Ana Michelle Gomez;
MELLO, Maísa. Dimensionamento de Diferentes Cenários na Destinação de
Resíduos Sólidos no Aterro Sanitário–CPGRS. Revista Brasileira de Energias
Renováveis, v. 5, n. 3, p. 343-355, 2016.
83
financeiros da implantação e operação de aterros sanitários. Rio de Janeiro:
FGV, 2009.
84