Você está na página 1de 4

Ana Luiza Alves Ferreira – 19/0102136

Fundamentos de Física – Turma B

Resumo 4 – Capitulo 12: Fontes Convencionais de Energia


O termo fontes convencional de energia é usado para designar aquelas cujas tecnologias
de conversão de uma forma de energia em outra estão desenvolvidas, e os custos são
considerados economicamente aceitáveis, são utilizadas na produção de energia para o
consumo comercial. Em contrapartida, por fontes não-convencionais entendem-se aquelas
cujas tecnologias podem estar ou não completamente desenvolvidas, e que apresentam
problemas de aceitação pela sociedade industrializada por razões quase sempre
econômicas.
A renovabilidade de uma fonte é medida em relação à escala temporal do ser humano.
Assim, uma fonte será considerada renovável se ela puder ser reabastecida, ou se
desenvolver, ou existir dentro de um intervalo de tempo significativo para as pessoas.
Como a comida, ou a água que são consideradas fontes renováveis. Uma fonte será
chamada não-renovável se sua formação for tão lenta ou sua existência tão curta a ponto
de se tornar esgotável num intervalo de tempo pequeno. O carvão mineral e o petróleo são
exemplos de fontes não-renováveis.
CONSIDERAÇÕES SOBRE O CONSUMO DE ENERGIA
Quase todos os aspectos da civilização moderna estão ligados ao uso de energia. Só para
dar uma ideia do aumento do seu consumo, basta dizer que metade da energia total
utilizada pelo ser humano foi consumida durante os últimos 100 anos. Consequentemente,
o fornecimento de energia tornou-se uma das preocupações primárias da sociedade.
Segundo dados publicados pelo Ministério das Minas e Energia em 1980, o consumo de
energia primária per capita no Brasil duplicou de 1969 a 1979, enquanto que a população
aumentou em cerca de 30%. Entende-se por energia primária aquela produzida por
combustíveis fósseis, combustíveis oriundos de produtos vegetais e seus resíduos,
combustíveis minerais, e a energia hidráulica. Esses dados mostram ainda que o consumo
do petróleo corresponde a aproximadamente 41% do consumo total de energia, enquanto
que os da lenha e da energia hidráulica somam cerca de 46% do total, e o restante é
totalizado pelo uso do carvão mineral e outros combustíveis vegetais e seus resíduos.
No âmbito internacional, o consumo energético do Brasil é relativamente pequeno. De
modo geral, o consumo de energia está diretamente ligado ao grau de industrialização do
país. Por exemplo, comparando a Alemanha e a França, que possuem aproximadamente o
mesmo PNB per capita, pode-se ver que a primeira consome cerca de 50% a mais de
energia que a segunda, fato que se deve à diferença de nível de industrialização entre
elas. Até pouco tempo atrás, a atividade agrícola era a base da economia francesa,
enquanto que a Alemanha já havia investido na industrialização do país. Os Estados
Unidos, sendo o país mais industrializado, consomem cerca de um terço da energia total
produzida no mundo, enquanto que a sua população é aproximadamente 6 % da mundial.
Numa sociedade industrializada, pode-se dizer que quatro setores utilizam a maior parte
da energia produzida: o setor industrial, o de transporte, o setor comercial-doméstico e as
companhias geradoras de energia elétrica. É importante notar que esses setores interagem
entre si, pois mesmo que uma redução de 50% no consumo doméstico só acarrete 10 %
de redução no consumo energético total do país, essa redução pode significar uma menor
demanda de produtos industriais que, pode diminuir a energia utilizada pelo setor
industrial.
No Brasil, o setor industrial consome cerca de 30% de energia, enquanto que o de
transporte utiliza cerca de 20 % e os setores comercial-doméstico e de produção de
energia elétrica totalizam cerca de 50%.
O consumo de energia pela população e as fontes produtoras dessa energia estão
fortemente relacionados à renda familiar.
A FONTE PRIMÁRIA DE ENERGIA DA TERRA: O SOL
A principal fonte de energia da Terra é o Sol, que é responsável por mais de 99% do seu
balanço energético. Da energia solar incidente decorrem os combustíveis fósseis e
vegetais, a biomassa, as energias hidráulica e eólica etc. O Sol, como as demais estrelas,
é extremamente quente. A temperatura em sua superfície á da ordem de 6 000K e chega a
aproximadamente 2x 107 K na região central. A essa temperatura, a matéria solar não é
mais constituída de átomos, mas de núcleos e elétrons separados, num estado chamado
plasma. Dessa maneira, a origem da energia solar são as reações nucleares.
Cerca de 30% a 35% da energia solar incidente é diretamente refletida e espalhada de
volta ao espaço, como radiação ultravioleta. Aproximadamente 47% dela é absorvida pela
atmosfera, pela superfície terrestre e pelos oceanos, e convertida em calor, determinando
a temperatura ambiente. Outros 23% são consumidos na evaporação, convecção,
precipitação e circulação superficial da água, formando o ciclo hídrico. Uma pequena
fração, 0,2%, provoca convecções e circulações atmosférica e oceânica, produzindo ondas
oceânicas, e é dissipada sob forma de calor devido ao atrito. Por fim, uma fração
minúscula, cerca de 0,02%, é absorvida pela clorofila das plantas e de alguns
microrganismos, iniciando o processo da fotossíntese que, é a base energética do mundo
vivo. Uma pequena parte da matéria orgânica produzida, plantas e pequenos animais, fica
depositada em ambientes onde existe deficiência de oxigênio, como areia sedimentar,
lama, turfa, etc., prevenindo, sua degradação total e a perda de energia, dando origem aos
combustíveis fósseis. Dessa forma, o carvão mineral, o petróleo e o gás natural são
combustíveis que contêm energia solar armazenada durante 600 milhões de anos. Esse
processo ainda está ocorrendo, talvez com velocidade menor, visto que o meio ambiente
está sendo continuamente alterado pela sociedade industrializada.
ENERGIA HIDRÁULICA
Uma fonte tradicional de energia é a água, tanto a proveniente de rios, lagos e cachoeiras,
como a do mar. A potencialidade da água para fins de irrigação, fazendo uso de desníveis
naturais já era conhecida pelos povos primitivos. A roda d'água horizontal surgiu,
aproximadamente, no século 1. Por volta do século 4, a roda d'água vertical aumenta sua
potência para cerca de 2 kW. As rodas d'água eram usadas, para moer cereais. Por volta
do século 16, a roda d'água era a máquina mais importante e desempenhou um papel
fundamental na industrialização da Europa. No século 17, a potência das rodas d'água já
atingira níveis bastante elevados.
Um terço da energia elétrica do mundo é produzida por meios hidroelétricos.
Conversão hidromecânica: A maneira mais comum de converter energia hidráulica em
energia mecânica é através da roda d'água. Existem rodas horizontais e verticais. As
atuais turbinas são rodas modificadas de modo a aumentar a eficiência da máquina. Hoje
em dia, as turbinas hidráulicas chegam a ter uma eficiência de 95%, isto é, 95% da energia
hidráulica é convertida em energia mecânica.
Conversão hidroelétrica: Essa conversão é feita em duas etapas: na primeira, a energia
hidráulica é transformada em energia mecânica rotacional da turbina, e na segunda, ocorre
a conversão mecanoelétrica. A transformação da energia mecânica em energia elétrica se
baseia no fenômeno de indução eletromagnética, descoberto por Michael Faraday em
1831.
Em geral, a tensão alternada produzida pelos geradores é relativamente baixa.
De toda energia elétrica produzida no Brasil, a hidroelétrica corresponde a cerca de 90%.
Como a demanda da energia elétrica não é constante, existem períodos em que a energia
produzida se torna ociosa, ou mesmo perdida. Assim, foram projetadas as usinas de
bombeamento, que aproveitam esses períodos para operar bombas que transferem a água
já circulada pelas turbinas a reservatórios adicionais à represa principal. Dessa forma, em
períodos de demanda máxima a água desses reservatórios extras também pode ser
aproveitada para impulsionar turbinas geradoras. Em muitas usinas de bombeamento, as
turbinas geradoras são projetadas de tal modo que elas podem ser utilizadas também
como bombas, as mesmas turbinas servem tanto para produzir eletricidade como para
bombear água para os reservatórios extras.
De modo geral, as usinas de pequeno porte, onde se aproveita uma queda d'água natural,
produzem poucos impactos ambientais, uma vez que não há construção de represas. As
usinas com reservatórios de acumulação e as de bombeamento, entretanto, causam
alteração não desprezível ao meio ambiente e ao ser humano. Isso porque sua construção
requer o represamento das águas de um ou mais rios. Entre as alterações provocadas pela
construção de uma usina de grande porte estão os impactos geomórficos (erosão,
assoreamento), climatológicos, hídricos, geopolíticos; os efeitos no ambiente biológico
como as modificações nas macros e microfloras terrestre e aquática, na fauna terrestre e
ictiológica fluvial e na ecologia do sistema biótico; e possíveis efeitos socioeconômicos e
culturais.
ENERGIA DE COMBUSTÍVEIS: Combustão é a reação em que átomos de um material se
combinam quimicamente com átomos de oxigênio do ar, é a queima do material. Essa
reação é exotérmica, há liberação de energia, principalmente na forma de luz e calor. Essa
energia liberada pode ser aproveitada para aquecimento, cozimento, produção de energia
elétrica, movimentação de meios de locomoção, funcionamento de máquinas etc. Os
combustíveis, materiais que são passíveis de ser queimados, podem ser vegetais ou
fósseis. Os combustíveis vegetais constituem, os mais antigos conhecidos pelo ser
humano. Desde a descoberta do fogo, foram utilizados como combustíveis folhas, galhos,
troncos de plantas etc. Os combustíveis fósseis, constituídos basicamente por gás natural,
carvão mineral e petróleo, são, atualmente, a mais importante fonte de energia direta da
sociedade industrializada.
Combustíveis vegetais: A lenha, o carvão vegetal e as plantas constituem fontes de
energia tradicionais. Até o século 19, a madeira era a principal fonte de energia de
combustão, seguida de refugos de fazendas, como excremento de animais, palha, casca e
talo de cereais, mato seco etc. O carvão vegetal também é bastante utilizado em
siderurgias. Os combustíveis vegetais constituem uma fonte energética essencial,
principalmente nos países em desenvolvimento. A lenha e o carvão vegetal constituíam
cerca de 40% de sua fonte energética disponível. Os combustíveis vegetais constituem
uma fonte de energia renovável. Entretanto, devido a sua fácil extração, quase nunca
acompanhada do replante, sua renovabilidade pode se tornar precária. Além disso, o
desmatamento traz grandes mudanças climáticas, inutilização das terras para agricultura,
alterações na fauna e flora assim como um possível desequilíbrio entre as quantidades de
oxigênio e dióxido de carbono. Uma outra forma de se usar vegetais como combustíveis é
a produção de álcool, que será apresentada no próximo capítulo.
Combustíveis fósseis: Os combustíveis fósseis se formaram há centenas de milhões de
anos, originando-se da decomposição incompleta de materiais orgânicos como planta,
pequenos animais etc. Esses combustíveis começaram a ser usados intensamente no
início do século 20 e hoje eles constituem mais da metade das fontes de energia primárias.
No Brasil, essas fontes produzem cerca de 47% da energia total, enquanto que nos
Estados Unidos, elas produzem mais de 75% da energia consumida.
Carvão mineral: O carvão mineral foi usado inicialmente pelos chineses antes da viagem
de Marco Polo ao Oriente, realizada em 1271. Seu uso como fonte primária de energia na
Inglaterra começou por volta do século 12, quando se descobriu que pedaços de rochas
negras podiam ser queimados. Os sedimentos comprimem a turfa, forçando os gases para
fora e aumentando mais ainda a proporção de carbono. Dessa forma, a turfa é convertida
em linhita ou carvão marrom. Com o aumento das camadas sedimentares e a consequente
compressão, a linhita se transforma em carvão betuminoso ou carvão mole. Devido ao
aumento da temperatura e da pressão das camadas da crosta terrestre, a água e os
compostos voláteis são removidos, transformando o carvão betuminoso em antracito, o
carvão duro. A linhita e o carvão mole são fáceis de incendiar e eliminam muita fumaça ao
se queimarem, devido à presença de maior quantidade de componentes voláteis. O carvão
duro, por sua vez, contém muito pouca substância volátil, de maneira que sua ignição é
mais difícil, e também é menos poluente.

Você também pode gostar