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Apresentação

CURSO DE TRATAMENTO DE ÁGUA INDUSTRIAL


INSTRUTOR: SÍLVIO MEIRA
FUNÇÃO: ESPECIALISTA - CENG

MARÇO / 2011
Agenda

1.Conceitos Básicos
2.Tratamento Primário
3.Problemas com o uso de água industrial
4.Tratamento de água industrial
5.Equipamentos do circuito de água industrial
6.Tratamento químico
7. Análise e monitoramento
1. CONCEITOS BÁSICOS

Vantagens do Uso da Água:


• Inerte, Inodora e Estável
• Fácil Manuseio
• Transporta Grande Quantidade de Energia
• “Solvente Universal”
• Barata e Disponível (????)
1. CONCEITOS BÁSICOS

O Ciclo hidrológico

Chuva
Precipitação Vegetação
(Evaporação transpiração)

Lagoas e lagos
Solo

Rios

Ar úmido para o
continente
1. CONCEITOS BÁSICOS

A água contém vários tipos de impurezas

AR
MINERAIS TERRA

Oxigênio
Cálcio Monóxido Argila
Magnésio de carbono Sedimento
Sódio Dióxido de Areia
Ferro carbono

a. Sólidos dissolvidos b. Gases dissolvidos c. Matéria suspensa


1. CONCEITOS BÁSICOS

Águas de superfície:
• Pobre em sólidos dissolvidos
• Rica em sólidos suspensos
• A qualidade muda rapidamente com as estações e o clima.

Águas de profundidade:
• Rica em sólidos dissolvidos
• Pobre em sólidos suspensos
• Pode conter Fe, Mn e H2S
• Pobre em oxigênio
• Qualidade e temperatura relativamente constantes.
1. CONCEITOS BÁSICOS

Solubilidade:
É a quantidade de um soluto (sal) que um solvente (água) consegue manter dissolvido.

Cátions:

São partículas que quando dissolvidas água apresentam carga positiva.


Exemplo: Na+, K+, Ca++, Mg++, Al+++

Ânions:

São partículas que quando dissolvidas na água apresentam carga negativa.


_ _ = = 3_
Exemplo: Cl , Br , CO3 , SO4 , PO4 ,

Quando solubilizado em água um sal se dissocia formando partículas carregadas:

Ex: NaCl → Na+ + Cl-


1. CONCEITOS BÁSICOS

Como expressar a quantidade de impurezas na água?


Através de unidades de concentração
ppm – parte por milhão.

1 ppm = 1g em 1.000.000g

Para a água, sabemos que 1 mL = 1g.

Assim, 1 ppm = 1g em 1.000.000 mL

Como 1.000.000 mL = 1m³

Então, quando dizemos que uma determinada solução tem 1 ppm, quer dizer que em 1m³ de
solvente estão dissolvidos 1g do soluto.

1 ppm = 1,0 g/m³ = 1,0 mg/L


1. CONCEITOS BÁSICOS

Principais parâmetros para monitorar a qualidade da água:


• pH
• Condutividade
• Dureza
• Alcalinidade
• Turbidez
• Cor
1. CONCEITOS BÁSICOS

pH (potencial hidrogeniônico)
É o logarítimo negativo do íon hidroxônio.
pH = - log [H+]
Indica se uma solução é ácida, neutra ou básica.
É medido em uma escala de 0 a 14.

0 7 14
Acidez Neutro Basicidade

HCl → H+ + Cl- (solução ácida)


NaOH → Na+ + OH- (solução básica)
1. CONCEITOS BÁSICOS

pHmetro:

O pHmetro é o equipamento utilizado para medir o pH da água

Faixa de pH aceitável:

Água potável 7 a 8,5


Água para torres de refriamento 6a8
Água para PZ’s de garrafas 7,5 a 8,5
Água para PZ’s de latas 6,5 a 7
Água para caldeiras 10,5 a 11,5
1. CONCEITOS BÁSICOS

Condutividade:
É uma medida indireta da quantidade de sólidos totais dissolvidos na água. Dada em µS.
A solução A tem uma quantidade menor de sólidos dissolvidos, portanto sua condutividade é
menor do que a da solução B

Na+ Cl- Na+


A Na+ Cl- Na+ Cl-
B
Na+ Cl- Na+ Cl- Cl- Na+ Cl- Na+ Cl-
1. CONCEITOS BÁSICOS

Condutivimetro:
É o aparelho utilizado para medir a condutividade da água. O resultado é expresso com
Microsiemens (μS).

Água industrial < 150 μS


Água de torre < 1200 μS
Água de caldeira < 1400 a 2800 μS
Água desmineralizada < 5 μS
1. CONCEITOS BÁSICOS

Dureza:
A dureza de uma água é a medida da presença de sais de cálcio (Ca++) e magnésio(Mg++).

Pode se expressa como:

Dureza total = cálcio + magnésio


Dureza cálcio = sais de cálcio
Dureza magnésio = sais de magnéso

Uma água que apresente 45 ppm de dureza cálcio indica que:


Em cada m³ desta água temos 45g de íons cálcio dissolvidos.

O mesmo raciocínio para um água com 15ppm de dureza magnésio indica:


Que em cada m³ desta água temos 15g de íons magnésio dissovidos.

A dureza total desta água seria de 60 ppm.


1. CONCEITOS BÁSICOS

Alcalinidade:
É uma medida da presença de gás carbônico (CO2), bicarbonatos (HCO3-), carbonatos
(CO3=) e hidroxilas (OH-) na água. Estas substâncias promovem alteração do pH da
água em faixas características.

0 4,3 7 8,3 9,4 14


H+ HCO3- CO3= OH-
1. CONCEITOS BÁSICOS

Turbidez:
A turbidez indica a redução da transparância de uma água. É uma característica física
que decorre da presença de substâncias em suspensão, quer sejam sólidos
suspensos, sobstâncias no estado colóidal, e organismos microscópicos.

Pode se expressa como UNT (unidade Nefelométrica de Turbidez) ou NTU em inglês.


É medida com a utilização de um Turbidímetro (Nefelômetro).

Valores usuais para a água:

Água filtrada < 0,2 UTN


Água potável < 5 UTN
Água sedimentada < 30 UTN
Água de lavagem < 100 UTN
Água de reposiçao para torres < 50 UTN
Água da torre < 250 UTN
1. CONCEITOS BÁSICOS

Cor:
O desenvolvimento de cor em uma água é resultado de substância disssolvidas. Quando pura
em grandes volumes a água é ligeiramente azulada. A presença de contaminantes conferem
cor à água.

Ferro = arroxeada.
Manganês = negra.
Ácidos humicos = amarelada
A determinação da cor em uma amostra de água é feita pela comparação da cor com a
desenvolvida pro uma oslução padrão de sais de platina/cobalto.
O aparelho utilizado para a medição da cor é o colorímetro, a unidade de madia é a unidade de
cor – UC.

Água potável < 15 U.C


Água de reposição para torre < 75 U.C.
Água da torre < 350 U.C.
Agenda

1.Conceitos Básicos
2.Tratamento Primário
3.Problemas com o uso de água industrial
4.Tratamento de água industrial
5.Equipamentos do circuito de água industrial
6.Tratamento químico
7. Análise e monitoramento
2. TRATAMENTO PRIMÁRIO

Tratamento primário da água (Clarificação):


Os processos de purificação da água são:
a) Aeração
b) Coagulação
c) Floculação
d) Sedimentação ou Decantação
e) Filtração
f) Desinfecção ou Esterilização

A clarificação é o meio mais eficaz e de maior aplicação nas estações de tratamento de água.
2. TRATAMENTO PRIMÁRIO

Tratamento primário da água (Clarificação):


2. TRATAMENTO PRIMÁRIO

Aeração:
É o processo onde ocorre a troca de gases entre a água e o ar. O objetivo principal neste processo é a
remoção dos gases dissolvidos. compostos orgânicos voláteis e remoção de bactérias que oxidam com
facilidade. O processo é realizado com a transferência de ar para a água, aumentando o s teores de
Oxigênio e nitrogênio na água e simultaneamente reduzindo os teores de gás carbônico, gás sulfídrico
metano e substâncias aromáticas voláteis, promovendo também a oxidação e precipitação de compostos
Indesejáveis como o ferro e manganês. Os métodos utilizados para aeração são realizados através da:
gravidade, aspersão, difusão de ar e difusão forçada de ar.
2. TRATAMENTO PRIMÁRIO

Coagulação:
Nesta etapa do tratamento,substâncias coagulantes são adicionadas na água com a finalidade de reduzir as
forças eletrostáticas de repulsão, que mantém separadas as partículas em suspensão, as coloidais e parcela
das dissolvidas. Desta forma, eliminando-se ou reduzindo-se a "barreira de energia" que impede a
aproximação entre as diversas partículas presentes, criam-se condições para que haja aglutinação das
mesmas, facilitando sua posterior remoção por sedimentação e/ou filtração. Os coagulantes mais utilizados
são o sulfato de alumínio e o cloreto férrico, sais que, em solução, liberam espécies químicas de alumínio ou
ferro com alta densidade de cargas elétricas, de sinal contrário às manifestadas pelas partículas presentes
na água bruta, eliminando, assim, as forças de repulsão eletrostática originalmente presentes na água
bruta.
2. TRATAMENTO PRIMÁRIO

Coagulação:
As partícula presentes em suspensão (colóides, substância húmicas, microorganismos) geralmente tem carga
negativa na água, o que gera um “força de repulsão entre elas” o que as mantem em suspensão. O adição
de um coagulante permite a e neutralização destas cargas, permitindo que estas partículas se aglomerem
formando um conjunto maior de partículas.
2. TRATAMENTO PRIMÁRIO

Coagulação:
Os coagulantes podem ser substâncias orgânicas ou inorgânicas:
Coalgulantes inorgânicos: Cogulantes orgânicos:
Sulfato de alumínio – Al2(SO4)3 Sintéticos
Cloreto férrico – FeCl3 Polímeros catiônicos
Sulfato de ferrico – Fe2(SO4)3 Polímeros aniônicos
Policloreto de alumínio – AlCl3 Naturais
Taninos

Vantagens Desvantagens
Possibilidade de dosagem ampla Volume de Lodo produzido
Coagulante Inorgânico Custo do produto Redução do pH
Tratamento de uma grande variedade de águas Pós- precipitação do produto
Menor produção de Lodo Faixa de dosagem mais estreita
Coagulante Orgânico Impacto mínimo sobre o pH Determinar qual o produto mais adequado para a aplicação
Custo do uso mais baixo
2. TRATAMENTO PRIMÁRIO

Floculação:
Na floculação, as partículas coaguladas presentes na água movimentam-se de tal forma dentro dos tanques
que os flocos são misturados permitindo uma aglutinação que faz com que ganhem peso, consistência e
volume e decantem numa velocidade maior. A floculação pode ser acelerada pela adição de produtos
químicos.
2. TRATAMENTO PRIMÁRIO

Sedimentação:
É o processo onde as partículas coaguladas e floculadas irão separar da água.
Geralmente este processo ocorre com as partículas saindo pela região inferior e a água pela parte superior.
2. TRATAMENTO PRIMÁRIO

Filtração:
É o processo onde a água clarificada irá passar por um meio para remoção dos sólidos suspensos mais finos
ou aqueles que passaram pelo sistema de decantação. Geralmente este processo ocorre com a utilização de
equipamentos que operam por gravidade, ou em casos específicos, filtros pressurizados.
2. TRATAMENTO PRIMÁRIO

Cloração:
Para o consumo e utilização em processos industriais como componente do produto final, é necessário que
A água seja desinfectada. A cloração é um dos processos mais utilizados para este propósito. O cloro é um
dos biocidas mais eficientes, mais baratos e por estes motivos mais aplicados em tratamento de águas.
A cloração após o processo de filtração é chamdo de pós-cloração, existem sistemas que geralmente operam
Com pré-cloração da água, com o objetivo de oxidar a matéria orgânica presente na água bruta e permitir
a remoção deste material posteriormente durante a clarificação.

Pode-se utilizar:
Cloro gasoso (sistemas de grande vazão) , hipoclorito de sódio (maioria dos sistemas – sol 12%), dióxido de
Cloro (gerado in loco).

O controle de qualidade da água clorada é feito pela medição da concentração de cloro residual que deve ser
De 0,5 ppm.

Outtros processo podem ser utilizados para a desinfecção: ozonização, radiação ultra violeta, calor,
pasteurização, sais de prata,
2. TRATAMENTO PRIMÁRIO

Cloração:
Agenda

1.Conceitos Básicos
2.Tratamento Primário
3.Problemas com o uso de água industrial
4.Tratamento de água industrial
5.Equipamentos do circuito de água industrial
6.Tratamento químico
7. Análise e monitoramento
3. PROBLEMAS COM O USO DE ÁGUA INDUSTRIAL

Incrustação:
3. PROBLEMAS COM O USO DE ÁGUA INDUSTRIAL

Incrustação:
São depósitos aderentes, precipitados ou cristalizados que se acumulam na superfície de troca térmica dos
equipamentos.

Problemas decorrentes: diminui a troca térmica, atundo como “isolante” restringindo o fluxo de calor entre
o lado água e lado processo. Minimiza o fluxo de água e causa perda de carga por diminuição do diâmetro
de tubos e dutos. Em caldeiras ocorre a queda da produção de vapor e ruptura dos tubos, ou fornalha.

Tipos de depósitos:
CaCO3 Carbonato de Cálcio
CaSO4 Sulfato de Cálcio
Ca3(PO4)2 Fosfato de Cálcio
MgSiO3 Silicato de Magnésio
CaO.MgO.2(SiO2) Silicato de Cálcio Magnésio
Al2O3.SiO2 Silicato de Alumínio
Zn3(PO4)2 Fosfato de Zinco
FePO4 Fosfato de Ferro
SiO2 Sílica
3. PROBLEMAS COM O USO DE ÁGUA INDUSTRIAL

Incrustação:
Mecanismo da incrustação:

1. Supersaturação do meio.
2. Formação de micro cristais.
3. Crescimento dos cristais (macrocristais).
4. Incrustação do tubo.

Contribuem para a formação da incrustação:

1. Aumento do pH.
2. Aumento de temperatura (diminuição de solubilidade)
3. Baixo fluxo de velocidade.
4. Corrosão (efeito semente).
5. Fouling.
6. Desing do sistema.
7. Sólidos suspensos.
3. PROBLEMAS COM O USO DE ÁGUA INDUSTRIAL

Incrustação:
Efeito na diminuição da troca térmica em trocadores de calor em função da espessura da incrustação.
3. PROBLEMAS COM O USO DE ÁGUA INDUSTRIAL

Incrustação:
Efeito no aumento do consumo de combustível com a diminuição da troca térmica em geradores de vapor
3. PROBLEMAS COM O USO DE ÁGUA INDUSTRIAL

Corrosão:
A corrosão pode ser definida como a deterioração de um metal ou das suas propriedades provocada por
uma reação com o ambiente onde está inserido, podendo estar associado ou não a esforços mecânicos.

Pode ser classificada em:

Corrosão química
Corrosão eletroquímica ( + comum na natureza, para que ocorra é necessário a presença de água em
temperatura menor que a do ponto de orvalho, isto é no estado líquido).

O processo se inicia com a formação de uma célula eletrolítica.

Ocorre a transferência de elétros do ânodo (oxidação) para o catodo (redução).

O meio deve ser condutor de corrente.


3. PROBLEMAS COM O USO DE ÁGUA INDUSTRIAL

Corrosão:
É um processo natural, ou seja espontâneo.
Exemplo: Reação de oxi-redução do ferro com formação de óxido de ferro.


Reação na metalurgia: Fe2O3 + 3/2 C 2 Fe0 + 3/2 CO2
Reação de corrosão: 2 Fe0 + 3/2 O2 Fe2O3
3. PROBLEMAS COM O USO DE ÁGUA INDUSTRIAL

Corrosão:
A seguir é demonstrada uma clássica célula de corrosão:

Reações do anodo: (1) Fe0 Fe2+ + 2 e-


Reação do catodo: (2) 2 e- + H2O + ½ O2 2 OH-
Reações globais: (3) Fe0 + H2O + ½ O2 Fe(OH)2
(4) Fe(OH)2 + H2O + ½ O2 2 Fe(OH)3 ou Fe2O3.3 H2O
3. PROBLEMAS COM O USO DE ÁGUA INDUSTRIAL

Corrosão:
Fatores que influenciam na taxa de corrosão:
pH
Condutividade
Oxigênio dissolvido
Temperatura

Medidas de proteção adequadas:


Projeto e fabricação
Metalurgia
Cobertura protetora
Proteção por eletrodo de sacrifício
Tratamento químico
Ajuste de pH
Inibidores de corrosão
3. PROBLEMAS COM O USO DE ÁGUA INDUSTRIAL

Corrosão:
Tipos de corrosão:
Localizada Pitting Uniforme Galvânica

Sob depósito Dezinficação Erosão Microbiológica


3. PROBLEMAS COM O USO DE ÁGUA INDUSTRIAL

Contaminação microbiológica:
Este tipo de problema é observado em sistemas de resfriamento (torres e condensadores evaporativos) e
Pasteurizadores. Estes sitemas representam um ambiente ideal para a proliferação de microorganismos
A presença de nutrientes (N, P, matéria orgânica fonte de C, CO2), temperatura adequada (-10 a 93°C), luz
solar propiciam condições ótimas para o desenvolvimentos de bactérias, fungos, e algas.

Fonte dos nutrientes:


Água de reposição (lagos, rios, poços), água de reaproveitamento, vazamentos de processo, contaminação
do ar.

Característica dos microorganismos:


Tamanho Pequeno Missão!!!!!!
Elevado Potencial de Crescimento
Grandes Populações
Comer
Ambientalmente Flexíveis Crescer
Nutricionalmente Versáteis
Multiplicar
3. PROBLEMAS COM O USO DE ÁGUA INDUSTRIAL

Contaminação microbiológica:
Tipos de microoganismos presentes nos sistemas:

Algas Fungos Bactérias


3. PROBLEMAS COM O USO DE ÁGUA INDUSTRIAL

Contaminação microbiológica:
Tipos de microoganismos presentes nos sistemas:

Algas (400X) Fungos (400X) Bactérias redutora de Fe

Sphaerotilus

Bactérias redutora de Fe Bactérias redutoras de sulfato Bactérias redutoras de sulfato

Crenothrix Thiothrix Beggiatoa


3. PROBLEMAS COM O USO DE ÁGUA INDUSTRIAL

Lama (Fouling):
Depósitos de lama em sistemas de resfriamento (torres de resfrimaneto, condensadores evaporativos) e
pasteurizadores são formados pela deposição de material que estão em suspensão e assim diferem
das incrustações que são formadas pela deposição de sais dissolvidos na água. Observamos que na lama dos
sistemas de resfriamento podem ser encontrados resíduos de incrustação, corrosão associados com resíduos
de crescimento microbiológico.

As substânicas que forma lama podem ser oriundas de:


Água de reposição (particulas orgânicas coloidais, areia, ferro insolúvel, contaminação microbiológica.
Ar atmosférico (poeira, gases como amônia, gás sulfídrico, contaminação atmosférica).
Agua de recirculação (incrustação desprendidas, óleos, produtos de corrosão, fugas de processo).

Problemas decorrentes de formação de lama no sistema:


1. Formam-se nas regiões de baixa velocidade
2. Reduz a eficiência de troca térmica
3. Reduz o fluxo de fluidos no processo
4. Reduz produtividade.
5. Aumento de paradas no processo
6. Aumento do custo de manutenção..
3. PROBLEMAS COM O USO DE ÁGUA INDUSTRIAL

Lama (Fouling):
Trocador casco tubo trocador de placas recheio de torre
3. PROBLEMAS COM O USO DE ÁGUA INDUSTRIAL

Biofilme:
Biofilmes são pequenos depósitos de microorganismos e substâncias extracelulares em sistemas de
tubulação e tanques. Estes depósitos são base de procriação para vários germes patogênicos, como E.
coli ou Legionella, e também os protege contra influências químicas e físicas. Microorganismos que
surgem em biofilmes são extremamente resistentes a desinfetantes comuns.
Os biofilmes são encontrados até na parte interior de tubos componentes de sistemas de desinfecção.
Muitos desinfetantes não têm capacidade suficiente para eliminar os biofilmes - e nem de removê-lo, a
manutenção do residual de cloro na água de processo é importante para minimizar a proliferação do
biofilme. A utilização de biocidas não oxidantes também auxilia no combate ao crescimento do biofilme.
Agenda

1.Conceitos Básicos
2.Tratamento Primário
3.Problemas com o uso de água industrial
4.Tratamento de água industrial
5.Equipamentos do circuito de água industrial
6.Tratamento químico
7. Análise e monitoramento
4. TRATAMENTO DE ÁGUA INDUSTRIAL

Tratamento secundário:
Dependendo das condições requeridas para a utilização de água nos processo industriais, um tratamento
secundário torna-se necessário.

Algumas utilizações típicas para água industrial:

1. Como matéria prima para o processo produtivo.


2. Como fluido refrigerante em sistemas de resfriamento.
3. Como fluído térmico em sistemas de aquecimento.
3. Para a alimentação de geradores de vapor.

Os requisitos para a água industrial são definidos pelos fabricantes de equipamentos, especificações de
fabricação, órgãos governamentais e boas práticas de fabricação e aplicação.
4. TRATAMENTO DE ÁGUA INDUSTRIAL

Decloração (Filtragem em carvão ativo):


Em algumas etapas do processo industrial a presença de cloro livre e/ou matéria orgânica na água é
indesejável. Para a remoção do residual de cloro da água industrial, é utilizado um filtro de carvão ativo.
O cloro livre e de matéria orgânica, podem causar gosto e cor na água filtrada e podem eventualmente
oxidar as resinas de troca iônica utilizadas em tratamento de água para geradores de vapor. O filtro é
constituído por um vaso metálico à pressão com uma camada de carvão ativado, disposto internamente
sobre um fundo falso provido de coletores plásticos ou em inox. Na parte externa, a operação de filtragem ou
lavagem, é feita através de manobra de válvulas, que podem ter acionamento manual ou pneumático.
A limpeza do filtro é feita por retrolavagem, passando-se água filtrada em contracorrente.
FILTRO DE CARVÃO ATIVO

A - Corpo em aço com tampos


B - Niples para pressão diferencial
C - Tela de proteção e dissipador de energia
D - Niple de entrada - rosca BSP
E - Boca de visita superior
F - Boca de visita lateral
G - Boca de visita inferior
H - Niple de saída
J - Crepina de alto desempenho
K – Indicador de nível de carvão ativado
4. TRATAMENTO DE ÁGUA INDUSTRIAL

Abrandamento:
É o tratamento de água com a finalidade de remoção de “dureza” da água. A dureza é conferida à água pela
presença de sais de cálcio e magnésio dissolvidos no meio. O abrandador é o equipamento utilizado para a
remoção da dureza. O processo ocorre mediante a passagem da água industrial em um leito de resinas de
troca iônica, do tipo catiônica. Neste leito os íons Ca++ e Mg++ são trocados por íons Na+ que não formam
incrustação nos sistemas. De tempos em tempos (campanha) o leito de resinas é regenerado com solução de
NaCl.

ABRANDADOR
4. TRATAMENTO DE ÁGUA INDUSTRIAL

Desmineralização:
É o processo aplicado para retirar os sais e minerais dissolvidos na água (cátions e ânions) além de sílica,
produzindo água deionizada,de pureza e qualidade superiorà da água bi-destilada. O equipamento utilizado
neste rocesso é o desmineralizador, que é composto por dois ou mais tanques contendo resinas de troca
iônica. As resinas são do tipo catiônia (trocam cátions por íons H+) e aniônica (trocam ânionas por íons OH-).
A água produzida tem baixíssima condutividade (< 1 μS). A regeneração dos leitos de resinas é feita com
lavagem em contra-corrente utilizando solução de HCl 33% para as resinas catiônicas e com NaOH 50% para
as resinas aniônicas.
DESMINERALIZADOR
4. TRATAMENTO DE ÁGUA INDUSTRIAL

Osmose Reversa:
A Osmose é um fenômeno natural físico-químico. Quando duas soluções, com diferentes concentrações, são
colocadas num mesmo recipiente separados por uma membrana semi-permeável, ocorre naturalmente a
passagem do solvente da solução mais diluida para a solução mais concentrada, até que se encontre um
equilíbrio. Neste ponto a coluna de solução do lado da solução mais concentrada estará acima da coluna do
lado da solução mais diluída.Esta diferença entre colunas de solução se denominou Pressão Osmótica. A
Osmose Reversa é obtida através da aplicação mecânica de uma pressão superior à Pressão Osmótica do
lado da solução mais concentrada.
4. TRATAMENTO DE ÁGUA INDUSTRIAL

Desinfecção:
A água bruta que contém impurezas bacteriológicas é utilizada em processos de recuperação de água
potável. Neste caso, a desinfecção é extremamente necessária. A escolha de um método de desinfecção
apropriado deve ser adaptado aos requisitos locais com o objetivo de alcançar a maior segurança
microbiológica e o menor risco de sub-produtos de desinfecção indesejáveis. Além disso, as leis que
permitem somente desinfetantes específicos para a utilização em água potável deve ser levada em conta.

ULTRAVIOLETA OZONIZADOR
4. TRATAMENTO DE ÁGUA INDUSTRIAL

Desaeração mecânica:
A água de alimentação de caldeira contém gases dissolvidos ( O2 , CO2 , NH3 ) que podem criar condições
para a ocorrência de corrosão na interior da caldeira. Desta forma, torna-se necessária a remoção desses
gases dissolvidos para a proteção do sistema. Esta remoção pode ocorrer por reação química ou por
remoção mecânica com a utilização de um desaerador. Neste processo o condensado e a água de
alimentação são aquecidos até a temperatura de saturação para reduzir a solubilidade do gás, posssibilitando
a dissipação para o meio ambiente.
Agenda

1.Conceitos Básicos
2.Tratamento Primário
3.Problemas com o uso de água industrial
4.Tratamento de água industrial
5.Equipamentos do circuito de água industrial
6.Tratamento químico
7. Análise e monitoramento
5. EQUIPAMENTOS DO CIRCUITO DE ÁGUA INDUSTRIAL

Torres de resfriamento:
5. EQUIPAMENTOS DO CIRCUITO DE ÁGUA INDUSTRIAL

Torres de resfriamento:
5. EQUIPAMENTOS DO CIRCUITO DE ÁGUA INDUSTRIAL

Condensadores evaporativos:
5. EQUIPAMENTOS DO CIRCUITO DE ÁGUA INDUSTRIAL

Condensadores evaporativos:
5. EQUIPAMENTOS DO CIRCUITO DE ÁGUA INDUSTRIAL

Pasteurizadores:
5. EQUIPAMENTOS DO CIRCUITO DE ÁGUA INDUSTRIAL

Pasteurizadores:
Problemas nas zonas 1, 2, 3, 6, 7 e 8:

Intensa proliferação microbiológica.


Entupimento de bicos distribuidores.
Entupimento dos filtros.
Processo corrosivo intenso.
Formação de mal cheiro

Problemas nas zonas 4 e 5:

Proliferação microbiológica.
Entupimento dos bicos distribuidores.
Entupimento dos filtros.
Quebra de garrafas.
Processo corrosivo.
5. EQUIPAMENTOS DO CIRCUITO DE ÁGUA INDUSTRIAL

Caldeiras:

Fogotubular Aquatubular

Biomassa
Agenda

1.Conceitos Básicos
2.Tratamento Primário
3.Problemas com o uso de água industrial
4.Tratamento de água industrial
5.Equipamentos do circuito de água industrial
6.Tratamento químico
7. Análise e monitoramento
6. TRATAMENTO QUÍMICO

Tratamento químico de água industrial:


No tratamento de água industrial, são utilizados produtos químicos como auxiliares de tratamento para
mitigar os problemas oriundos da água como fluído de resfriamento, aquecimento ou geração de vapor.
Tais produtos tem ações específicas, e na seleção do químico adequado, analisa-se as condições do meio
e os resultados que se pretende atingir. No geral utilizamos nos sistemas:

Pasteurizadores Caldeira
Torres e Condensadores
Inibidor de corrosão
Inibidor de corrosão Inibidor de corrosão
Dispersante
Dispersante Dispersante
Biocida oxidante
Biocida oxidante Sequestrante de O2
Biocida não oxidante

Biocida não oxidante Neutralizante de CO2


Biodispersante

Biodispersante Anti-espumante Antiespumante


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1.Conceitos Básicos
2.Tratamento Primário
3.Problemas com o uso de água industrial
4.Tratamento de água industrial
5.Equipamentos do circuito de água industrial
6.Tratamento químico
7. Análise e monitoramento
7. ANÁLISE E MONITORAMENTO

Monitoramento do sistema
Uma etapa importante na operação de tratamento de água industrial é o monitoramento dos sistemas, uma
atividade que deve ser tornar rotina das unidades para garantir o sucesso do programa de tratamento e a
Consequente proteção dos nossos sistemas. Dentre as ações para o monitoramento se destacam?
Análises Químicas Relatórios Técnicos Taxa de corrosão Manutenção de equipamentos

Inspeção de equipamentos Registro das inspeções Reuniões semanais


Finalização

Obrigado pela atenção de todos!!!

Até a próxima oportunidade.

Contato: cg3sms@ambev.com.br
Telefone: (12)8142-1041

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