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PRÁTICA

S
CORPOR
AIS DE
AVENTU
RA

As práticas corporais de aventura integram o ser humano e a sua


tecnologia ao meio natural e urbano. Seus adeptos procuram relacionar
características e concepções do jogo no contexto do lazer, da competição e do
lúdico com atividades de risco controlado e com a conscientização da
necessidade de preservação ambiental, utilizando, principalmente, as energias da
natureza como desafios a serem vencidos (FRANCO, 2008).
PAR
KOUR

Essa definição sintetiza a amplitude de um conteúdo diferente dos


tradicionais e que, por ser ainda recente nas escolas, inspira muitos cuidados e
atenção. Em razão disso, decidimos iniciar a abordagem por meio do parkour,
uma modalidade simples e que exige pouco equipamento.
Na roda inicial, antes de realizar as atividades práticas, pergunte aos
alunos se eles já ouviram falar sobre o tema e se conhecem o significado da
palavra parkour – termo que vem do francês e significa “percurso”.
“Correr, suspender-se, saltar, dependurar, rastejar… O parkour é uma
atividade que desenvolve essas habilidades e devolve ao praticante a capacidade
de, através de seus usos, movimentar-se livremente no ambiente em que se
encontra.
A ideia é traçar um percurso ou objetivo e, por meios próprios, alcançá-lo
independentemente dos obstáculos que surgirem no caminho. Durante esse
deslocamento, o praticante aprende a fazer uso de artifícios que vão desde a
exploração da sua condição física até o discernimento de quais métodos de
transposição oferecem menor risco ou maior eficiência durante esse trajeto.
A prática recebeu esse nome por volta de 1998 quando David Belle, juntamente
com os praticantes de vanguarda, trouxeram para as ruas francesas uma
adaptação para o meio urbano das técnicas de salvamento e resgate utilizadas em
treinos militares.[...]”
Práticas corporais de aventura e preservação ambiental

Das unidades temáticas de Educação Física, as práticas corporais de


aventura são as que mais se aproximam das discussões sobre preservação
ambiental e sustentabilidade, porque a maioria das modalidades é realizada na
natureza, utilizando a energia eólica, a gravidade ou as águas (marés, ondas,
corredeiras etc.). A natureza também é utilizada como local para dar a essas
práticas corporais emoções e sensações que vão além das vivenciadas nos
esportes de quadra ou campo. As práticas relacionadas com essa unidade
temática na escola podem conduzir às questões de educação ambiental. De
acordo com a Política Nacional de Educação Ambiental (Lei nº 9.795/1999, Art
1º):
“Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o
indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos,
habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio
ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua
sustentabilidade” (BRASIL, 2018)22.
Portanto, quando falamos em educação ambiental, vamos além das
questões de preservação da natureza. Podemos situar as discussões de
conservação do local onde habitamos e convivemos e estender para a
conservação dos materiais pedagógicos e reutilização daqueles que seriam
descartados, como cordas, papel, bolas, garrafas plásticas, adaptando-os para
outras práticas.
As práticas corporais de aventura urbanas, como o parkour, adentram na
discussão do respeito e da preservação de estátuas e monumentos públicos,

praças e parques das cidades.

Referências Bibliográficas:

Associação Brasileira de Parkour. Disponível em: <http://www.abpk.org.br/entendendo-o-parkour/>. Acesso em:


14 jun. 2018

FRANCO, L. C. P. Atividades físicas de aventura na escola: uma proposta pedagógica nas três dimensões do
conteúdo. 134 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Motricidade). Instituto de Biociências, Universidade
Estadual Paulista. Rio Claro, São Paulo, 2008.

Darido. S. C. et al. Práticas corporais – Educação Física. 6º a 9º anos. Componente curricular: Educação Física.
Manual do Professor. Ed. Moderna. São Paulo: 2018.

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