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PADRÃO DE QUALIDADE DA ÁGUA EM

PORTUGAL
RAFAEL DE MORAIS MARQUES

PALMAS
2015
BRUNO SOARES MENDES
RAFAEL DE MORAIS MARQUES

PADRÃO DE QUALIDADE DA ÁGUA EM


PORTUGAL

Trabalho apresentado ao Professor


Rodrigo Meireles da disciplina de
Hidrogeologia da turma 3736, turno
vespertino do curso de Engenharia de
Minas.

CEULP ULBRA
Palmas - 18/06/2016
Sumário
INTRODUÇÃO...............................................................................................................................4
OBJETIVOS....................................................................................................................................5
HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA EM PORTUGAL.................................................................6
EXEMPLO DE TRATAMENTO DE DESPOLUIÇÃO............................................................................8
PADRÕES DE QUALIDADE DA ÁGUA ( tabela)...............................................................................9
CONCLUSÃO...............................................................................................................................10
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................................11
INTRODUÇÃO

Uma água é dita potável quando é inofensiva a saúde do homem,


agradável aos sentidos e adequada aos usos domésticos. Nestes termos, por
exemplo, uma água quente, embora possa ser inofensiva a saúde, não pode
ser considerada potável, da mesma maneira que uma água com elevado teor
de dureza que, nestas condições, irá atrapalhar significativamente o
desempenho das tarefas domésticas. É importante para que uma água seja
considerada potável, que na fase de tratamento eliminem-se todas as
substâncias originalmente presentes que lhe confiram algum gosto ou
cheiro peculiar. Paralelamente também não devem resultar alguma turbidez
ou cor visuais. No entanto os parâmetros de qualidade da agua mudam de
país para país. Sabe-se que com o avanço da tecnologia e com o aumento
da consciência ambiental, a água proveniente do uso doméstico, comercial,
industrial e agrícola passou a ser desviada para um sistema de drenagem a
que damos o nome de esgoto. Devido ao fato destas acumulações de
resíduos serem ricas em organismo patogénicos como vírus, bactérias,
protozoários e fundos é de primordial importância o seu tratamento.
De acordo com os estudos, Portugal é um dos países europeus mais
preocupados com poluição química da água, eles acreditam que é a maior
ameaça à qualidade da água subterrânea, de rios e lagos.
O trabalho a seguir compara os parâmetros de qualidade da água para
o consumo humano adotados em Portugal com os parâmetros brasileiros.
OBJETIVOS

Comparar os parâmetros de qualidade da agua para consumo


humano do Brasil com Portugal.
HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA EM
PORTUGAL

Antes de 1993, a situação global dos serviços de abastecimento


público de água e saneamento de águas residuais em Portugal era bastante
deficiente e apresentava dificuldades em responder aos novos desafios
impostos pela União Europeia. Nesse mesmo ano, o Governo português
comprometeu-se com a reorganização do setor de forma a garantir um
acesso universal e contínuo da população aos serviços, elevados níveis de
qualidade de serviço, nomeadamente em termos de qualidade da água,
acessibilidade económica aos serviços e a promover a sustentabilidade
ambiental.
Atualmente, Portugal possui serviços de abastecimento de água e de
drenagem e tratamento de águas residuais em geral modernos, fiáveis e
com garantia de qualidade de serviço aceitável. A qualidade da água para
consumo humano em Portugal continua a apresentar boa qualidade, de
acordo com o relatório anual sobre o “Controlo da Qualidade da Água para
Consumo Humano” divulgado pela Entidade Reguladora dos Serviços de
Águas e Resíduos (ERSAR).
A percentagem de água segura (indicador de água controlada e de
boa qualidade) tem vindo a crescer de uma forma contínua. Se em 1993
apenas cerca de 50% da água era controlada e revelava boa qualidade, em
2013 este indicador atingiu o valor de 98,2%, ou seja, manteve os níveis de
excelência verificados nos últimos anos. A estes resultados continua
associado um controlo da qualidade mais exigente, traduzido num
crescente rigor no acompanhamento da implementação da
legislação. Como mostra o atual gráfico abaixo:
EXEMPLO DE TRATAMENTO DE
DESPOLUIÇÃO

O rio Tejo tem a mesma extensão do rio Tietê, 1040 km, e foram
investidos 800 milhões de euros para despoluir esse famoso rio. A
revitalização, que se encerrou em 2012, incluiu obras de saneamento e
renovação da rede de distribuição de águas e esgotos, visto que os dejetos
eram depositados diretamente nas águas do rio – isso não lembra o que
acontece com a maior cidade do Brasil? Foram beneficiados com o projeto
3,6 milhões de habitantes.
O Tejo é o maior rio da Europa ocidental e passou a ser despoluído
com a criação da Reserva Natural do Estuário do Tejo, em 2000. O plano
envolveu a construção de infraestrutura de saneamento de águas residuais e
renovação de condutas de abastecimento de água. Hoje, até golfinhos
voltaram a saltar nas águas do rio europeu.
Foto: Rio Tejo, Lisboa (Portugal).

PADRÕES DE QUALIDADE DA ÁGUA

Água tratada é a água que tenha sido submetida a algum tipo de


tratamento, buscando torná-la adequada para o consumo humano. Mas
apesar de a água potável ser a água adequada para consumo humano isso
não significa que ela seja totalmente pura, quimicamente falando. Os
limites em algumas substâncias podem estar presentes na água potável são
fixados pelo padrão de potabilidade que existe em cada país. A água
própria para o consumo, ou água potável, deve obedecer certos requisitos
na seguinte ordem:
 organolética: não possui odor e sabor objetáveis;
 física: ser de aspecto agradável; não ter cor e turbidez acima do
padrão de potabilidade;
 química: não conter substâncias nocivas ou tóxicas acima dos limites
de tolerância para o homem;
 biológica: não conter germes patogênicos.
Deste modo, fica clara a importância de parametrizar a quantidade de
cada componente da água, estabelecendo limites de tolerância que não
coloquem em risco a vida e a saúde.
Cada substância que estiver presente na água pode lhe conferir alguma
propriedade, como por exemplo:
 Turbidez - A turbidez das águas é devida à presença de partículas em
estado coloidal, em suspensão, matéria orgânica e inorgânica
finamente dividida, plancton e outros organismos microscópios.
 Alcalinidade - De modo geral, a alcalinidade das águas naturais está
relacionada com a presença de sais de ácidos fracos, especialmente
bicarbonatos. O termo alcalinidade traduz, para os profissionais que
lidam com a potabilização de águas, a capacidade de certa água em
neutralizar ácidos Padrões de potabilidade da água.
 Dureza - Denomina-se genericamente de águas duras aquelas que
necessitam de grandes quantidades de sabão para produzirem
espuma, e que, além disto, incrustam caldeiras, aquecedores,
tubulações de água quente e outras unidades em que a água escoa
submetida a temperaturas elevadas. De modo geral, ela é devida à
presença de cálcio e magnésio. Entretanto, podem ocorrer casos
devidos à ocorrência de estrôncio, ferro ferroso e manganês
manganoso;
 Ferro - Quando presente na água em sua forma solúvel, ele é
incolor. Porém, se, por alguma razão, ele é oxidado (devido à
aeração ou cloração da água), ele se precipita na água.
 Manganês - Quando presente na água em sua forma solúvel, ele é
incolor. Porém, se, por alguma razão, ele é oxidado (devido à
aeração ou cloração da água, por exemplo, ele se precipita na água.
Esse precipitado tem cor negra e tende a assustar os consumidores.
Não existem estudos conclusivos capazes de associar a presença de
manganês à saúde humana.
 Cloretos - Concentrações excessivas de cloretos aceleram a corrosão
dos metais. No caso de sistemas distribuidores construídos utilizando
tubulações metálicas, cloretos em excesso aumentarão a
concentração dos metais na água potável, em virtude da corrosão das
canalizações.
 Sulfatos - O íon sulfato é pouco tóxico, mas pode ter efeito
purgativo. Diversos minerais presentes na natureza contém sulfatos,
podendo, por este motivo, atingir as águas. Entretanto, eles podem
estar presentes em efluentes de diversas atividades industriais,
especialmente químicas.

A tabela a seguir estabelece uma comparação entre os valores paramétricos


estabelecidos no Brasil e os utilizados em Portugal.
TABELA DE COMPARAÇÃO ENTRE OS VALORES PARAMÉTRICOS DA
QUALIDADE DA ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO DO BRASIL E DE PORTUGAL
SUBSTÂNCIA PARÂMETROS DO PARÂMETROS DE
BRASIL PORTUGAL
Escherichia coli ou Ausência em 100ml 0 (N/100ml)
coliformes termotolerantes(3)
Coliformes totais Ausência em 100ml 0 (N/100ml)

INORGÂNICAS
Antimônio 0,005 mg/L 5,0 µg/l
Arsênio 0,01 mg/L 10 µg/l
Bário 0,7 mg/L N INFORMADO
Cádmio 0,005 mg/L 5,0 µg/l
Cianeto 0,07 mg/L 50 µg/l
Chumbo 0,01 mg/L 10 µg/l
Cobre 2 mg/L 2,0 mg/l
Cromo 0,05 mg/L 50 µg/l
Fluoreto(2) 1,5 mg/L 1,5 mg/l
Mercúrio 0,001 mg/L 1,0 µg/l
Nitrato (como N) 10 mg/L 50 mg/l
Nitrito (como N) 1 mg/L 0,50 mg/
Selênio 0,01 mg/L 10 µg/l

ORGÂNICAS
Acrilamida 0,5 µg/L N INFORMADO
Benzeno 5 µg/L 1,0 µg/l
Benzo[a]pireno 0,7 µg/L 0,01 µg/l
Cloreto de Vinila 5 µg/L N INFORMADO
1,2 Dicloroetano 10 µg/L N INFORMADO
1,1 Dicloroeteno 30 µg/L N INFORMADO
Diclorometano 20 µg/L N INFORMADO
Estireno 20 µg/L N INFORMADO
Tetracloreto de Carbono 2 µg/L N INFORMADO
Tetracloroeteno 40 µg/L 10 µg/l
Triclorobenzenos 20 µg/L N INFORMADO
Tricloroeteno 70 µg/L 10 µg/l
AGROTÓXICAS
Alacloro 20,0 µg/L 0,10 µg/l
Aldrin e Dieldrin 0,03 µg/L N INFORMADO
Atrazina 2 µg/L 0,10 µg/l
Bentazona 300 µg/L 0,10 µg/l
Clordano (isômeros) 0,2 µg/L N INFORMADO
2,4 D 30 µg/L N INFORMADO
DDT (isômeros) 2 µg/L N INFORMADO
Endossulfan 20µg/L N INFORMADO
Endrin 0,6 µg/L N INFORMADO
Glifosato 500 µg/L N INFORMADO
Heptacloro e Heptacloro epóxido 0,03 µg/L N INFORMADO
Hexaclorobenzeno 1 µg/L N INFORMADO
Lindano (-BHC) 2 µg/L N INFORMADO
Metolacloro 10 µg/L N INFORMADO
Metoxicloro 20 µg/L N INFORMADO
Molinato 6 µg/L N INFORMADO
Pendimetalina 20 µg/L N INFORMADO
Pentaclorofenol 9 µg/L N INFORMADO
Permetrina 20 µg/L N INFORMADO
Propanil 20 µg/L N INFORMADO
Simazina 2 µg/L N INFORMADO
Trifluralina 20 µg/L N INFORMADO
DESINFETANTES E PRODUTOS DESINFETANTES E
SECUNDÁRIOS DA DESINFECÇÃO PRODUTOS
SECUNDÁRIOS DA
DESINFECÇÃO
Bromato 0,025 mg/L 10 µg/l
Clorito 0,2 mg/L N INFORMADO
Cloro livre 5 mg/L N INFORMADO
Monocloramina 3 mg/L N INFORMADO
2,4,6 Triclorofenol 0,2 mg/L N INFORMADO
Trihalometanos Total 0,1 mg/L 100 µg/l
Padrão de Padrão de
aceitação para consumo aceitação para consumo
humano humano

Alumínio 0,2 mg/L 200 µg/l


Amônia (como NH3) 1,5 mg/L 0,50 mg/l
Cloreto 250 mg/L 250 mg/l
Cor Aparente 15 uH(2) -
Dureza 500 mg/L -
Etilbenzeno 0,2 mg/L N INFORMADO
Ferro 0,3 200 µg/l
mg/L
Manganês 0,1 50 µg/l
mg/L
Monoclorobenzeno 0,12 N INFORMADO
mg/L
Odor Não objetável(3) N INFORMADO
-
Gosto Não objetável(3) N INFORMADO
-
Sódio 200 mg/L 200 mg/l
Sólidos dissolvidos totais 1.000 mg/L N INFORMADO
Sulfato 250 mg/L 250 mg/l
Sulfeto de Hidrogênio 0,05 mg/L N INFORMADO
Surfactantes 0,5 mg/L N INFORMADO
Tolueno 0,17 mg/L N INFORMADO
Turbidez 5 UT(4) 4 UNT
Zinco 5 mg/L N INFORMADO
Xileno 0,3 mg/L N INFORMADO
CONCLUSÃO

Após a realização deste trabalho concluímos que devido à grande


importância da água para todo o mundo, cabe a cada país administrar a
água que está sobre o seu território, para que ela esteja em condições
adequadas para o uso pessoal, agropecuário ou até industrial.
A conscientização também se dá por meio do tratamento da água
após o seu uso nas áreas citadas anteriormente, porque vai demonstra se o
país se preocupa mesmo com esse recurso tão importante para a sua
população, e que um dia ele vai usá-la novamente.
Vimos que Portugal fez com o Rio Tejo, um rio que antes era
poluído pela própria população, e hoje após o tratamento feito sobre ele, a
mesma que poluí usufrui de suas águas. Mais o cuidado e fiscalização é
maior nos dias de hoje, do que antes do tratamento, e que isso sirva de
exemplo para nós de Palmas-TO, que moramos onde há um grande lago,
mais é inapropriado para o uso devido a existência de bactérias em suas
águas, resultante dos maus tratos da população em jogar dejetos em suas
águas.
Enfim, pode-se concluir que existem diferenças de pesquisas entre os
dois países, e consequentemente os valores paramétricos apresentam
diferenças de um país para outro, o que não é diferente com Portugal e
Brasil.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

http://agrotudo.pt/2015/07/
http://aguaglobal.aeportugal.pt/Documentos/Encerramento/Setor
%20Portugu%C3%AAs%20da%20%C3%81gua.pdf
http://www.agronegocios.eu/noticias/setores-da-agricultura-e-pecuaria-
consomem-74-7-da-agua-em-portugal/
http://www.portugal-live.net/P/essential/economy-agriculture.html
https://otrecocerto.com/tag/rio-tejo/
https://prezi.com/vw4agvqlll6c/tratamento-de-aguas-residuais/
https://www.aquaporservicos.pt/uploads/attachments/568/ivo_braga.pdf
http://wiki.urca.br/dcc/lib/exe/fetch.php?media=qualidade-tratamento-
agua.pdf

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