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ANEXO 2-5
LOTE 5
CARACTERÍSTICAS
E
REQUISITOS TÉCNICOS ESPECÍFICOS
EDITAL DE LEILÃO NO 02/2022-ANEEL
ANEXO 2-05 – LOTE 5
ÍNDICE
1 DESCRIÇÃO ................................................................................................... 5
1.1 DESCRIÇÃO GERAL .......................................................................................................... 5
1.2 GLOSSÁRIO...................................................................................................................... 5
1.3 CONFIGURAÇÃO BÁSICA ................................................................................................. 7
1.4 REQUISITOS GERAIS ...................................................................................................... 10
2 LINHA DE TRANSMISSÃO AÉREA – LTA ......................................................... 14
2.1 CAPACIDADE DE CORRENTE DO CONDUTOR ................................................................ 14
2.2 CAPACIDADE DE CORRENTE DOS CABOS PARA-RAIOS.................................................. 14
2.3 EMISSÃO ELETROMAGNÉTICA ...................................................................................... 15
3 SUBESTAÇÕES – PÁTIOS EM CA .................................................................... 17
3.1 RESUMO DAS OBRAS MÍNIMAS NECESSÁRIAS ............................................................. 17
4 SUBESTAÇÕES – PÁTIO EM CC E EQUIPAMENTOS ......................................... 19
4.1 RESUMO DAS OBRAS MÍNIMAS NECESSÁRIAS ............................................................. 19
4.2 DISPONIBILIDADE E CONFIABILIDADE DAS ESTAÇÕES CONVERSORAS ......................... 19
4.3 OPERAÇÃO DO ELO CC – INTERAÇÃO CA-CC-CA ............................................................ 19
5 CONTROLES DOS ELOS CC ............................................................................ 21
5.1 FILOSOFIA DO CONTROLE ............................................................................................. 21
5.2 DESEMPENHO DO SISTEMA DE CONTROLE DO ELO CC ................................................. 24
6 LINHAS DE TRANSMISSÃO EM CORRENTE CONTÍNUA – LT-CC ....................... 27
7 SISTEMAS DE PROTEÇÃO ............................................................................. 28
7.1 DEFINIÇÕES BÁSICAS ..................................................................................................... 28
7.2 REQUISITOS GERAIS PARA PROTEÇÃO, REGISTRADORES DE PERTURBAÇÕES E
TELECOMUNICAÇÕES ............................................................................................................... 28
7.3 REQUISITOS GERAIS DE PROTEÇÃO .............................................................................. 29
7.4 LINHA DE TRANSMISSÃO .............................................................................................. 29
7.5 UNIDADES DE TRANSFORMAÇÃO DE POTÊNCIA ........................................................... 29
7.6 TRANSFORMADORES DE ATERRAMENTO ..................................................................... 29
7.7 REATORES EM DERIVAÇÃO ........................................................................................... 29
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EDITAL DE LEILÃO NO 02/2022-ANEEL
ANEXO 2-05 – LOTE 5
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EDITAL DE LEILÃO NO 02/2022-ANEEL
ANEXO 2-05 – LOTE 5
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EDITAL DE LEILÃO NO 02/2022-ANEEL
ANEXO 2-05
1 DESCRIÇÃO
1.1 DESCRIÇÃO GERAL
Este anexo apresenta as características e os requisitos técnicos básicos para a Prestação do Serviço de
Transmissão de Energia Elétrica, incluindo operação, manutenção e modernizações das instalações
discriminadas neste Anexo 2-05.
1.2 GLOSSÁRIO
CA Corrente Alternada
CC Corrente Contínua
CCC Capacitor Commutated Converter, tecnologia de conversoras CA/CC
CEPEL Centro de Pesquisas de Energia Elétrica
Conseil International des Grands Reseaux Electriques, Conselho
CIGRE Internacional de Grandes Redes Elétricas, responsável pela publicação de
materiais técnicos de engenharia.
DENTEL Departamento Nacional de Telecomunicações
DTHT Distortion Harmonics Total, Valor Global de Distorção Harmônica
FAT Factory Acceptance Test, Teste de Aceitação de Fábrica
Fox Sistema de comunicação e teleproteção entre subestações
FST Factory System Test,Teste de Sistema.
HMI Human Machine Interface, Interface Homem Máquina
HV Link Solução compacta para disjuntores da Hitachi-ABB
High Voltage Direct Current, mesmo que CCAT - Corrente Contínua em
HVDC
Alta Tensão.
International Electrotechnical Commission, Comissão Internacional de
IEC
Eletrotécnica
LCC Line Commutated Converter, tecnologia de conversoras CA/CC
LT (LT-CC) Linha de Transmissão (Linha de Transmissão em Corrente Contínua)
LTA Linha de Transmissão de Corrente Alternada
Programa de finalidade genérica para simulação no domínio do tempo de
PSCAD-EMTDC
sistemas de potência multifásicos e de sistemas de controle
SE Subestação de energia elétrica
SPCS Sistema de Proteção, Controle e Supervisão
TC Transformador de Corrente
TIF Telephone Interference Factor, Fator de Interferência Telefônica
Temporary Overvoltage Capability, onde mencionado no texto diz
respeito à suportabilidade de para-raios (Metal Oxide Arresters) a
TOV Capability solicitações advindas de sobretensões temporárias, que aumentam a
corrente e a dissipação de energia nestes elementos, aumentando a sua
temperatura
Empresa vencedora da vencedora do Leilão deste Lote 5 que celebrar o
TRANSMISSORA
respectivo Contrato de Concessão.
VCU Valve Control Unit, Unidade de Controle de Válvula
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EDITAL DE LEILÃO NO 02/2022-ANEEL
ANEXO 2-05
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ANEXO 2-05
A Transmissora deverá assumir a responsabilidade pela prestação de serviço público de transmissão, incluindo
operação e manutenção das instalações discriminadas nas Tabelas 1.3.1 e 1.3.2:
• SE Garabi, com capacidade total de 2.200MW, localizada no município de Garruchos/RS, Figura 1,
composta por duas estações conversoras CA/CC/CA, Back to Back, tipo CCC, de 50/60 Hz (em operação
respectivamente desde junho/2000 e agosto/2002), cada uma com 1.100MW de capacidade dividida
em 2 blocos de 550 MW.
TABELA 1.3.1 – OBRAS DE LINHAS DE TRANSMISSÃO
Subestação (SE) Subestação (SE) Circuito Tensão Frequência Extensão
(kV) (Hz) (km)
Garabi (1) Santo Ângelo C1 - Simples 525 60 132
Garabi (2) Santo Ângelo C2 - Simples 525 60 139
Santo Ângelo Itá C1 - Simples 525 60 222,5
Santo Ângelo Itá C2 - Simples 525 60 237
Fronteira Brasil –
Garabi (3) C1 – Simples 500 50 6
Argentina
Fronteira Brasil –
Garabi (3) C2 – Simples 500 50 6
Argentina
Observações:
(1) Esta linha de transmissão foi originalmente implantada sob a denominação de LT 525kV Conversora Garabi
1 – Santo Ângelo C1;
(2) Esta linha de transmissão foi originalmente implantada sob a denominação de LT 525kV Conversora Garabi
2 – Santo Ângelo C1;
(3) Trata-se de dois trechos de linha de transmissão desde a conexão nas Conversoras Garabi 1 e 2 na SE Garabi
até a fronteira entre Brasil e Argentina no rio Uruguai. Não integra o objeto deste Contrato de Concessão o
restante das linhas de transmissão desde a fronteira entre Brasil e Argentina no rio Uruguai até a SE Rincón
Santa Maria, localizada na cidade de Ituzaingó, província de Corrientes, Argentina, com extensão aproximada
de 130 km.
Observação:
(1) a SE Garabi possui a infraestrutura necessária para integração dos barramentos de 500kV 50Hz das
Estações Conversoras Garabi 1 e 2;
(2) a SE Garabi possui a infraestrutura necessária para integração entre os barramentos de 525kV 60Hz
das Estações Conversoras Garabi 1 e 2.
1
Em operação comercial desde junho de 2000.
2
Em operação comercial desde agosto de 2002.
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EDITAL DE LEILÃO NO 02/2022-ANEEL
ANEXO 2-05
A Figura 1 apresenta uma vista aérea das instalações da SE Garabi, composta pela Conversoras Garabi 1 e 2.
TABELA 1.3.3 – ATIVIDADES DE RESPONSABILIDADE DA TRANSMISSORA PARA MODERNIZAÇÃO DAS CONVERSORAS GARABI I E II
Subestação Atividades
Sistema de Proteção, Controle e Supervisão (SPCS) de Garabi I e II, incluindo o
Garabi
HMI1)
Sistema de Controle de Válvula (VCU) de Garabi I e Garabi II 2)
HV Link, que incluiu a substituição da parte eletrônica do DOCT (Digital Optical
Current Transformer) e a substituição da fibra que leva os sinais do DOCT até o
painel de controle dos disjuntores compactos
Sistema de Telecomunicação FOX
Reatores reservas para o circuito das válvulas (limitação de corrente) – 16
unidades
Réplicas do novo Sistema de Supervisão, Controle e Proteção (SSPC)3) e recursos
de hardware e software compatíveis para simulação em escala real de tempo
Alimentação em corrente contínua 48 Vcc dos serviços auxiliares4)
Novo sistema de proteção e controle aderente aos Procedimentos de Rede (5) e
implementação do sistema de medição fasorial
Substituição dos equipamentos terminais (TCs) para eliminação dos fatores
limitantes das LTs 525 kV Garabi - Santo Ângelo C1 e C2 e Santo Ângelo – Itá C1,
nas SEs Garabi e Santo Ângelo (6)
Notas:
1)
A Figura 2 apresenta um diagrama esquemático das partes componentes de um SPCS com tempos de modernização
recomendados, onde o escopo principal dessa licitação está delimitado;
2)
Substituição completa apenas de partes que possam impactar em redução de confiabilidade, permanecendo a
necessidade de garantia de desempenho durante todo o prazo de operação;
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EDITAL DE LEILÃO NO 02/2022-ANEEL
ANEXO 2-05
3)
Trata-se de item necessário para permitir a realização de simulações em escala real de tempo para analisar possíveis
necessidades de alteração de ajustes, a serem implementados em campo, bem como de avaliações sistêmicas
regularmente realizadas pelo ONS;
4)
A modernização do SPCS trará demandas que necessitarão ser equacionadas, complementadas pela própria
obsolescência do sistema atual;
5)
Atender aos critérios estabelecidos no item 3 deste Anexo 2-6;
Nos termos do Anexo 1-06, as instalações descritas nas Tabelas 1.3.1 e 1.3.2 deste Anexo 2-05 serão transferidas
da ENEL CIEN S.A. para a TRASMISSORA, que passará a ser a responsável pela Operação e Manutenção destas
instalações.
Nos termos do Anexo 1-06, os Módulos de Entrada de Linha na SE Santo Ângelo das LTAs 525 kV 60Hz Garabi –
Santo Ângelo C1 e C2 e das LTAs 525kV 60Hz Santo Ângelo – Itá C1 e C2 deverão ser transferidos da Eletrobras
Eletrosul para a TRANSMISSORA, que passará a ser a responsável pela Operação e Manutenção destas
instalações.
Nos termos do Anexo 1-06, os equipamentos de proteção, supervisão e controle que compõem os Módulos de
Entrada de Linha na SE Itá das LTAs 525kV 60Hz Santo Ângelo – Itá C1 e C2 deverão ser transferidos da Eletrobras
Eletrosul para a TRANSMISSORA, que passará a ser a responsável pela Operação e Manutenção destas
instalações.
O empreendimento objeto do Leilão compreende a implementação e/ou substituição dos equipamentos e
subsistemas detalhados neste Anexo, incluindo ainda os equipamentos terminais de manobra, módulos de
interligação de barras, proteção, supervisão e controle, telecomunicações e todos os demais equipamentos,
serviços e facilidades necessários à prestação do SERVIÇO PÚBLICO DE TRANSMISSÃO, ainda que não
expressamente indicados neste Anexo. Portanto, a TRANSMISSORA será responsável por todas as ações
necessárias para permitir a continuidade da prestação de serviço público de transmissão das instalações que
compõem o Contrato de Concessão, atendendo às condições do Edital, Procedimentos de Rede e
Regulamentação vigente.
A configuração básica supracitada constitui-se na alternativa de referência, incluindo a tecnologia LCC/CCC para
as conversoras Garabi I e II. Os requisitos técnicos deste anexo caracterizam o padrão de capacidade e
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EDITAL DE LEILÃO NO 02/2022-ANEEL
ANEXO 2-05
desempenho mínimo a ser atingido por qualquer solução proposta. Este desempenho deverá ser demonstrado
mediante justificativa técnica comprobatória.
A utilização pelo empreendedor de outras soluções, que não a de referência, fica condicionada à aprovação da
ANEEL caso fique demonstrado que a mesma apresente desempenho elétrico equivalente ou superior àquele
proporcionado pela alternativa de referência.
Figura 2: Diagrama esquemático das partes componentes de um SPCS com seus tempos de vida útil estimados,
sendo a parte hachurada o escopo principal mínimo dessa licitação.
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EDITAL DE LEILÃO NO 02/2022-ANEEL
ANEXO 2-05
do empreendimento. Esta especificação será parte integrante da documentação do projeto básico a ser
entregue para análise.
Devem ser respeitados os Procedimentos de Rede, em sua versão vigente na data de publicação do Edital. Em
caso de conflito, os requisitos estabelecidos neste ANEXO terão precedência.
A demonstração da conformidade deste empreendimento com os requisitos deste ANEXO e com os
Procedimentos de Rede, mediante a apresentação do Projeto Básico, está definida no item 11 deste Anexo.
1.4.1 HARDWARE E SOFTWARE
Os hardwares e softwares deverão ser fornecidos conforme as mais modernas tecnologias disponíveis no
mercado, de forma que a solução não seja concebida com tecnologia defasada ou em fase de obsolescência.
Salienta-se que todos os componentes deverão estar disponíveis para aquisição, como sobressalentes, por um
período mínimo de 15 anos. Os hardwares que integrarão o SPCS (Sistema de Proteção, Controle e Supervisão)
deverão possuir automonitoramento e estar em conformidade com todas as normas pertinentes à isolação
elétrica, compatibilidade eletromagnética e demais normativas inerentes à concepção intrínseca dos
equipamentos que irão integrar o SPCS.
Deverão ser fornecidos todos os softwares e hardlocks utilizados pelo sistema, com suas respectivas licenças,
inclusive aquelas que possibilitem compilar todos os programas-fonte dos aplicativos do sistema de proteção,
controle e supervisão, sendo eles principais ou secundários. A demanda pertinente ao fornecimento de licenças
e hardlocks também se aplica aos IEDs, IHMs, firewalls, gateways, antivírus, etc.
É atribuição da TRANSMISSORA a elaboração e a implementação de todas as lógicas necessárias para a
operacionalização das funções de controle, estando incluso a realização de estudos adicionais, para a
fundamentação das lógicas em questão, as quais deverão ser submetidas para aprovação do ONS.
Todos os sistemas integrantes da proteção, controle e supervisão das conversoras de Garabi deverão possuir
redundância física e lógica, conforme estabelecido nos Procedimentos de Rede. Os equipamentos em questão
irão operar em regime de hot-standby, podendo ser chaveados de forma automática ou manual. A
TRANSMISSORA deverá informar o tempo mínimo para o chaveamento automático do sistema de controle.
1.4.2 SISTEMA DE PROTEÇÃO
O sistema de proteção deverá ser fornecido conforme as premissas estabelecidas nesse Anexo Técnico, nos
submódulos pertinentes dos Procedimentos de Rede, outras normas aplicáveis e funcionalidades do sistema
existente.
O sistema de proteção deverá ser implementado conforme solução da TRANSMISSORA, em adequação aos
novos equipamentos fornecidos e filosofias e requisitos estabelecidos em Procedimentos de Rede. Enfatiza-se
que não será permitida a perda de performance operativa. A solução a ser concebida para o sistema de proteção
deverá ser submetida à aprovação do ONS.
1.4.3 SISTEMA DE CONTROLE
O sistema de controle deverá ser fornecido conforme as premissas estabelecidas nesse Anexo Técnico, nos
submódulos pertinentes dos Procedimentos de Rede, outras normas aplicáveis e funcionalidades do sistema
existente.
O sistema de controle deverá ser implementado conforme solução da TRANSMISSORA, em adequação aos
novos equipamentos fornecidos e filosofias e requisitos estabelecidos em Procedimentos de Rede. Enfatiza-se
que não será permitida a perda de performance operativa. A solução a ser concebida para o sistema de proteção
deverá ser submetida à aprovação do ONS.
1.4.4 SISTEMA DE SUPERVISÃO
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EDITAL DE LEILÃO NO 02/2022-ANEEL
ANEXO 2-05
O sistema de supervisão deverá ser fornecido conforme as premissas estabelecidas nesse Anexo Técnico, nos
submódulos pertinentes dos Procedimentos de Rede, outras normas aplicáveis e funcionalidades do sistema
existente.
É escopo da TRANSMISSORA o fornecimento / configuração de todos os equipamentos necessários para a
supervisão dos sistemas existentes, mesmo que eventualmente não estejam incluídos no escopo da
modernização, mas que demandem supervisão para o funcionamento satisfatório das conversoras de Garabi,
tais como válvulas, transformadores conversores, equipamentos de pátio CA, equipamentos CC, etc.
1.4.5 SISTEMA DE SUPERVISÃO
Deverão ser fornecidos sistemas de IHM (Interface Homem-Máquina), que serão instalados em Garabi 1 e 2.
Será requerida redundância dos mesmos, contemplando, dentre outros, alimentação CC, infraestrutura de
comunicação, servidores, etc. A manutenção em um sistema não poderá acarretar perda na confiabilidade
operacional do sistema a ser fornecido pela TRANSMISSORA.
A IHM deverá disponibilizar completa interação do operador com os sistemas que compõem as conversoras de
Garabi. A IHM deverá possuir funcionalidades, disponíveis em cada servidor, pertinentes ao monitoramento de
estados, sequenciamento de eventos, gráficos de tendência, condições de intertravamentos, hierarquias de
usuário (com utilização de senha) que determinem o grau de intervenção nas instalações (visualização,
operação e engenharia), recursos de engenharia da IHM (ajustes da base de dados, interfaces de comunicação,
adição / classificação de usuários, configuração de cores, textos, etc), impressão / armazenamento de telas, etc.
A IHM deverá ser provida de recursos operativos que propiciem o monitoramento dos hardwares e softwares
que integram o sistema IHM, sincronização entre os diferentes servidores de IHM, etc. A arquitetura de
comunicação dos servidores de IHM, que possuirá redundância de rede, deverá prever a ligação dos mesmos
com servidores de oscilografia, sistemas de sincronismo, sistemas de controle e proteção, elementos externos
(através de gateway), etc.
As estações de engenharia deverão possuir funcionalidades que permitam a execução de atividades de
manutenção e análise de ocorrências, tais como acesso a log de eventos, oscilografias, arquivamentos de
ocorrências, mudanças de ajustes, etc. Dentre os hardwares que constituem a estação de engenharia estão o
servidor, monitor, mouse, impressora, etc. Deverão ser instalados na estação de engenharia, todos os
softwares, em versão editável necessários para alteração de lógicas e ajustes no SPCS (Sistema de Proteção,
Controle e Supervisão), visualização de oscilografias e demais funcionalidades relacionadas à manutenção.
1.4.6 SISTEMA DE COMUNICAÇÕES
A TRANSMISSORA deverá fornecer painéis redundantes de comunicação que abrigarão os switches e os
acessórios que irão compor as arquiteturas de comunicação das conversoras de Garabi, sendo escopo da
TRANSMISSORA todas as atividades necessárias para concepção das redes de comunicação.
É escopo da TRANSMISSORA o fornecimento / configuração de todos os equipamentos necessários para a
integração da nova estrutura de comunicação do elo CC e o sistema existente.
1.4.7 ENSAIOS
Serão realizados de acordo com as normativas técnicas descritas na IEC 61975 e IEEE Std 1378-1997. Todos os
equipamentos, softwares e demais dispositivos integrantes do fornecimento deverão ter seu desempenho
comprovado por meio de ensaios, a serem realizados em fábrica e no campo. Estes ensaios têm por objetivo
verificar o perfeito atendimento de todos os requisitos técnicos especificados, bem como avaliar as facilidades
de manutenção e de expansão.
O SPCS (Sistema de Proteção, Controle e Supervisão) das conversoras de Garabi deverá ser submetido a
ensaios de modelo e testes de desempenho funcional e dinâmico, sendo os mesmos realizados utilizando
plataforma de simulação em tempo real (RTS).
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EDITAL DE LEILÃO NO 02/2022-ANEEL
ANEXO 2-05
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EDITAL DE LEILÃO NO 02/2022-ANEEL
ANEXO 2-05
Tempera- Tempera-
tura Curta tura
Longa duração
máxima do duração - máxima do
Linha ou trecho(s) de linha de transmissão - LD
condutor CD condutor
(A)
em LD (A) em CD
(ºC) (ºC)
LTAs 525 kV Garabi – Santo Ângelo C1 e C2 2.778 65 3.157 75
LTAs 525kV Santo Ângelo – Itá C1 e C2 2.778 65 3.157 75
Trechos de LTAs 500 kV em 50Hz, dos circuitos
1 e 2 de interligação Brasil e Argentina, entre a 2.741 ND 2.741 75
SE Garabi e a fronteira Brasil - Argentina
Na eventual impossibilidade de validação dos valores das capacidades operativas, acima estabelecidos, por
motivo de ultrapassagem de, ao menos, um dos limites de temperatura máxima do condutor ou por outro
motivo relevante que restrinja as referidas capacidades da LT, exceto fator limitante, a TRANSMISSORA deverá
elaborar parecer técnico contendo a motivação, a justificativa técnica, os dados representativos da região de
implantação das LT, as premissas, critérios e metodologia de cálculo adotados, bem como os novos valores das
capacidades operativas sugeridos para as LT e encaminhar o parecer técnico para avaliação e aprovação do
ONS.
Os valores das capacidades operativas sazonais de longa e curta duração das LT são definidas com base nas
capacidades operativas do CPST e determinadas de acordo com a metodologia estabelecida na REN 191/2005
e detalhada na Nota Técnica ONS NT 094/2016, disponível no portal do ONS – www.ons.org.br – “Metodologia
para cálculo da capacidade sazonal de projeto de linhas de transmissão a serem licitadas”. Na tabela abaixo
constam os valores mínimos das capacidades operativas sazonais de longa e curta duração a serem confirmadas
pela Transmissora.
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EDITAL DE LEILÃO NO 02/2022-ANEEL
ANEXO 2-05
A TRANSMISSORA deverá verificar a capacidade de corrente dos arranjos de cabos para-raios existentes nas
citadas linhas, quando da ocorrência de curto-circuito para a terra em qualquer ponto da LT. Nessa verificação,
deverão ser adotados os valores de corrente de curto-circuito fase-terra, nas barras de 525 kV das subestações
terminais da LT, indicados na Tabela 2.1 – Correntes de curto-circuito nas SE terminais para a verificação e
redimensionamento dos cabos para-raios existentes (coluna verificação).
Caso a verificação da capacidade de corrente constate a superação de trechos de cabos para-raios existentes,
a TRANSMISSORA deverá dimensionar e implantar as adequações necessárias, sem possibilidade de pleito de
receita adicional à ANEEL, um novo arranjo de cabos para-raios que suporte, sem danos, a circulação de
corrente quando da ocorrência de curto-circuito, de forma a garantir, ao menos, o desempenho original das LT
em toda a sua extensão. Nesse redimensionamento deverão ser adotados os valores de corrente de curto-
circuito fase-terra, nas novas subestações terminais, conforme indicado na Tabela 2.1 – Correntes de curto-
circuito nas novas SE terminais para a verificação e redimensionamento dos cabos para-raios existentes (coluna
redimensionamento).
TABELA 2.1 – CORRENTES DE CURTO-CIRCUITO NAS NOVAS SE TERMINAIS PARA A VERIFICAÇÃO E REDIMENSIONAMENTO DOS CABOS PARA-RAIOS
EXISTENTES DA LTA A SER SECCIONADA
Valor da corrente de
Nível de curto-circuito fase-
Subestação tensão do terra (kA)
Linha de transmissão
terminal barramento
de referência Redimensio-
Verificação
namento
Garabi 10 50
LTAs 525 kV Garabi -
525 kV
Santo Ângelo C1 e C2
Santo Ângelo 10 50
Santo Ângelo 10 50
LTAs 525 kV Santo
525 kV
Ângelo – Itá C1 e C2
Itá 35 50
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EDITAL DE LEILÃO NO 02/2022-ANEEL
ANEXO 2-05
Se não for possível demonstrar a conformidade das LTA de 525 kV às restrições básicas, é necessário
providenciar um plano de adequação das instalações .
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ANEXO 2-05
3 SUBESTAÇÕES – PÁTIOS EM CA
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ANEXO 2-05
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EDITAL DE LEILÃO NO 02/2022-ANEEL
ANEXO 2-05
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ANEXO 2-05
Durante o processo de modernização e sua operação por todo o prazo de operação, devem ser atendidos os
requisitos para elos CC constantes das últimas revisões das normas técnicas nacionais e internacionais,
especialmente das recomendações das normas IEC 60919-1, 60919-2 e 60919-3.
A operação do elo CC não deve causar perturbação na Rede Básica que se traduza em: degradação da qualidade
da energia fornecida, em dificuldades no controle de oscilações de tensão e frequência ou em riscos de
danificação de equipamentos e instalações dessa rede, assim como em perturbações em seus sistemas de
telecomunicações.
Adicionalmente:
• A operação das conversoras não deve restringir a utilização de religamento monopolar ou tripolar rápido
nas linhas de CA da Rede Básica, exceto se existir apenas uma linha de corrente alternada conectada à
subestação.
• A operação das conversoras, durante os processos de partida ou de recuperação após faltas, não deve
produzir oscilações perturbadoras na potência transmitida, na tensão ou na frequência.
Para possibilitar a operação adequada da rede básica, o elo CC deve atender às seguintes condições e requisitos:
(a) Operar sem restrições, dentro da faixa operativa de potência especificada para as configurações descritas
no item Erro! Fonte de referência não encontrada., durante todas as etapas de implantação da m
odernização licitada, sem provocar oscilações perturbadoras de potência, tensão ou frequência.
(b) Auxiliar a Rede Básica no controle de oscilações eletromecânicas, por meio da modulação da potência ativa
e/ou potência reativa.
(c) Não submeter o sistema CA adjacente a instabilidades eletromecânica e de tensão, em qualquer condição
operativa do elo CC, conforme descrito no item 12.2, inclusive na ocorrência de faltas CA no sistema.
(d) Possibilitar a manobra automática de elementos da compensação reativa pertencentes ao elo CC para
atingir os objetivos de controle de tensão e níveis de harmônicos no ciclo de carga diário da conversora.
Deve ser evitado hunting entre controles internos e/ou externos ao elo que venha a produzir manobras
intermitentes dos elementos de compensação reativa.
(e) Não causar perturbações de origem harmônica nas barras de CA de conexão das conversoras acima dos
limites individuais especificados no Submódulo 2.9 dos Procedimentos de Rede, para qualquer ponto de
operação e/ou falha de componentes individuais do elo CC, com o elo operando até a potência nominal.
(f) Manter, ao longo do contrato de concessão, o desempenho harmônico requerido para as condições de
máxima dissintonia dos filtros CA associadas às condições mais severas de geração de correntes harmônicas
pelos conversores. Nos casos de filtros ativos ou passivos de sintonia automática, devem ser considerados
os erros de controle. O desempenho harmônico deve ser mantido para qualquer configuração normal ou
em contingência e/ou falha individual de componentes individuais do elo CC, com o elo operando até a
potência nominal.
(g) O elo CC não deve permitir que operações do sistema de controle, manual ou automático, de elementos
manobráveis e/ou de comutadores automáticos de transformadores deem origem a manobras
intermitentes ou a oscilações anômalas na potência, na tensão ou na frequência, em qualquer condição de
configuração ou de operação da rede CA.
(h) O elo CC deve manter a transferência de potência, bem como a operação dos conversores, estáveis para
variações de frequência na faixa de 56 a 66 Hz, no lado brasileiro, e para qualquer distorção da forma de
onda da tensão de CA causada pela dissintonia dos filtros de CA ou pela perda de um banco de filtros.
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EDITAL DE LEILÃO NO 02/2022-ANEEL
ANEXO 2-05
(i) Não devem ocorrer interações perturbadoras na coordenação do controle de ambos os lados do elo CC,
advindas da utilização dos recursos de alteração de ângulo para efeito de controle de tensão/fluxo.
4.3.1 INTERAÇÃO CC – CC (MULTI-INFEED)
As conversoras de Garabi I e II não devem prejudicar o desempenho normal e transitório de outras conversoras
eletricamente próximas já existentes no SIN, como os sistemas de Itaipu, Madeira, Belo Monte, Rivera,
Uruguaiana e Melo. Estudos específicos podem ser requisitados para demonstrar a viabilidade da operação
conjunta das conversoras afetadas (multi-infeed) e que considerem:
• A possibilidade de defeitos nas proximidades, levando a instabilidade ou colapso de tensão;
• A recuperação simultânea de potência nos elos CC envolvidos, após a eliminação de faltas na rede CA;
• A recuperação simultânea após faltas internas às conversoras de Garabi I e II, como falhas no controle
CC e/ou faltas nos componentes CC.
4.3.2 OPERAÇÃO DOS CONVERSORES DURANTE DEFEITOS NO SISTEMA
O elo CC deve ser capaz de se manter em operação com potência reduzida nas seguintes condições de tensão
no lado CA da conversora, conforme descrito no item 12.2:
• Tensão zero na fase sob defeito, para defeitos monofásicos, com duração máxima de 0,5 segundos;
• Tensão maior que 30% da nominal, para defeitos trifásicos, com uma duração máxima de 0,25 segundos.
4.3.3 FALHAS DE COMUTAÇÃO
Devem ser implementadas no controle do elo CC estratégias para minimizar o risco de ocorrência de falhas de
comutação:
• A abertura intempestiva do maior banco, mesmo para as condições mais degradadas da rede CA, não
deve causar falhas de comutação.
• Não deve haver falha de comutação para variações instantâneas de tensão CA do terminal inversor
inferiores a 7% da tensão pré-distúrbio, considerando que a tensão pré-distúrbio se encontra dentro da
faixa de tensão operativa;
• As manobras de energização e abertura de equipamentos no pátio CA e de linhas CA conectadas à
subestação de Garabi não devem provocar falhas de comutação;
• Não poderão ocorrer falhas de comutação durante o restabelecimento da tensão CA, após a eliminação
de falta ocorrida nesse sistema, devendo a recuperação da potência CC se dar conforme descrito em
12.2, com um tempo máximo de 200 ms para a maioria dos casos estudados.
• O elo CC não deve apresentar, sob nenhuma hipótese de tensão CA dentro da faixa operativa definida
no item 12.2, falhas de comutação repetidas, em um mesmo evento.
21
EDITAL DE LEILÃO NO 02/2022-ANEEL
ANEXO 2-05
• Controle de Conversores
Todos os níveis do sistema de controle devem ter redundância mínima de 100%, considerando os requisitos de
confiabilidade descritos no item 5.2.6. Esta redundância se aplica também aos serviços auxiliares de
alimentação CC e CA. Tanto os painéis alimentados pelos serviços auxiliares CC quanto àqueles alimentados
pelos serviços auxiliares CA devem ser completamente independentes.
O Controle deverá ser dimensionado para desempenhar as seguintes funções principais sem, no entanto,
limitar-se a elas, conforme item 12.2:
(a) Avaliar, implementar e comandar, com base nas topologias do SIN e nas ordens de potência dos
conversores I e II, a colocação ou retirada de filtros e compensação reativa;
(b) Avaliar e implementar ações de controle visando a correta operação do sistema, com base em sinais
provenientes do estado de linhas CA adjacentes, que possam influenciar na potência transmitida pelos
conversores I e II. A TRANSMISSORA será responsável pela aquisição remota destes sinais;
(c) Comandar as ações de controle dos conversores I e II para a modulação da potência CC para auxiliar no
processo de estabilização de frequência dos sistemas CA;
(d) Efetuar ações de runback (redução de potência automática) ou run forward (aumento de potência
automática) para evitar variações de tensão e/ou frequência no sistema coletor (associado ao retificador),
ou para fazer frente a perda de linhas nos sistemas CA adjacentes às estações conversoras, retificadora ou
inversora, ou perda de elementos que compõem o sistema de geração, que impossibilite a manutenção do
nível de potência transmitido pelos elos CC.
(e) Comandar as ações para amortecimento de oscilações dos sistemas CA;
(f) Em caso de perda de conversores deverá supervisionar a retirada automática de filtros CA e/ou capacitores
para reduzir as sobretensões nos sistemas CA para os níveis estipulados pelos Procedimentos de Rede;
(g) Efetuar redistribuição de potência entre os polos ou bipolos nos casos de perda de conversores.
5.1.1 PRINCÍPIOS BÁSICOS EXISTENTES
De maneira a prover um controle estável na transferência de potência ativa mantendo a tensão requerida em
Garabi e garantindo o intercâmbio de potência reativa em Rincón e Itá dentro dos limites definidos, os seguintes
princípios básicos são ora utilizados:
I. Controle dos ângulos de disparo do retificador e do inversor;
II. O comutador sob carga dos transformadores conversores.
As funções de controle podem ser divididas nos seguintes blocos:
III. O controle de potência CC calcula a ordem de corrente correspondente à tensão CC atual;
IV. O controle de corrente, normalmente localizado no lado argentino, controla o ângulo de disparo para
atingir a ordem de corrente definida pelo controle de potência;
V. O controle de tensão CC, normalmente localizado no lado brasileiro, controla o comutador sob carga de
maneira a manter a tensão CC nominal.
VI. O controle da tensão CA controle a tensão das barras nos lados brasileiro e argentino dentro dos
respectivos limites de regime permanente. Possui dois modos diferentes de operação, dependendo da
situação do sistema:
• A ação primária na situação de tensão CA na barra excessiva é aumentar o ângulo de referência de
maneira a aumentar o consumo de potência reativa;
22
EDITAL DE LEILÃO NO 02/2022-ANEEL
ANEXO 2-05
• A ação secundária quando o comutador sob carga está inibido de manter o ângulo ou tensão CC
requirida, por limitações na tensão ou mesmo do HAS (High Angle Supervision), é reduzir a tensão CC
de maneira a obter o consumo de potência reativa requisitada através do aumento da corrente CC.
VII. O controle do comutador sob carga está projetado para manter a tensão CC ou o ângulo de disparo,
dependendo do modo de operação, no valor de referência definido pelo controle da tensão CA.
Uma imagem esquemática da configuração existente está mostrada abaixo.
Figura 2: Vista geral dos equipamentos do SPCS existente em Garabi (fonte: ABB Power Systems)
5.1.2 MODOS DE CONTROLE EXISTENTES
A direção normal de potência indica um fluxo de energia da Argentina (retificador) para o Brasil (inversor). Isso
é representado por uma ordem de potência positiva no sistema de controle. A direção da potência inversa é,
portanto, definida do Brasil para a Argentina, sendo indicada por uma ordem de potência negativa.
5.1.3 CONTROLE DE POTÊNCIA CONSTANTE
O Controle de Potência Constante mantém a potência CC transmitida igual à ordem de potência dada pelo
operador. A potência é medida no lado CC. A ordem de potência e a ordem de rampa de potência são dadas na
Stepping Logic Function, que inicia a rampa de potência. Para manter a potência constante, variações na tensão
CC são compensadas através do ajuste da corrente CC. Para obter a ordem de potência total, são adicionadas
contribuições. Um exemplo para Garabi é o desvio de freqüência em uma das redes. A ordem de corrente é
obtida pela divisão da ordem de potência total pela tensão contínua. Este é o principal modo de operação.
5.1.4 CONTROLE DE POTÊNCIA MONOBLOCO
O Controle de Potência Constante é o modo normal de operação da transmissão HVDC. No Controle de Potência
Monobloco, as ordens são dadas separadamente para cada bloco. A potência transmitida é mantida igual à
ordem de potência especificada pelo operador com a contribuição das várias modulações de potência, caso
estejam ativadas. Para manter a potência constante, variações na tensão CC são compensadas através do ajuste
da corrente CC. A ordem de potência é definida como uma referência (MW) e uma velocidade de rampa
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EDITAL DE LEILÃO NO 02/2022-ANEEL
ANEXO 2-05
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EDITAL DE LEILÃO NO 02/2022-ANEEL
ANEXO 2-05
O controle deve ser capaz de alterar, automaticamente, o modo de controle de potência para controle de
corrente após perda da telecomunicação, problemas no suporte de reativos, proximidade de condições de
instabilidade de tensão ou falha de comutação, retornando ao modo de controle de potência imediatamente
após a estabilização do sistema.
Deve ser possível ao operador exercer as seguintes funções:
• Selecionar o modo de operação, entre os definidos no item Erro! Fonte de referência não encontrada.;
• Selecionar o local de controle do despacho, seja no retificador, seja no inversor;
• Selecionar potência total, taxa de variação, sentido do fluxo e distribuição de potência nos polos;
• Ligar ou desligar filtros e capacitores em derivação e posicionar comutadores de derivação em carga;
• Comandar partida e parada do elo CC, parada do sistema em emergência e alteração de tomada de
carga.
O sistema deve ter um controle que use os comutadores de derivação em carga dos transformadores
conversores para auxiliar no controle das válvulas, otimizando o uso de potência reativa, bem como a margem
do ângulo alfa e o nominal de gama.
Além dos controles convencionais, o sistema de controle deve possibilitar, no mínimo:
• A minimização do consumo de potência reativa das conversoras;
• O controle da frequência por meio da variação da corrente ou da potência ativa, no lado retificador,
para fazer frente a perdas de geração ou a rejeição de carga no elo CC;
• A modulação da potência ativa para estabilização do sistema CA e para reduzir instabilidades angulares;
• O amortecimento de ressonâncias subsíncronas, devendo dispor de uma função SSDC (Subsynchronous
Damping Controller);
• A redução temporária da potência ou da corrente para controlar contingências no sistema CA, a fim de
evitar instabilidade de tensão e falhas de comutação no inversor, incluindo ações de runback a partir de
eventos na rede de geração no lado argentino das conversoras. A informação de abertura das linhas de
transmissão em CA que partem das subestações conversoras deve ser processada pelo controle do
bipolo, que definirá o limite máximo de injeção de potência suportável pela rede CA, de forma que a
redução da potência ou da corrente usada para controlar contingências no sistema CA (run back limiter)
seja efetiva;
• A eliminação do fenômeno de autoexcitação em geradores próximos as conversoras, por meio de ações
de controle do montante de potência reativa advinda de seus filtros e da potência reativa injetada sobre
as unidades geradoras em caso de reduções drásticas da potência transmitida pela linha CC.
• Identificar a possibilidade de injeção de potência das pontes conversoras, operando como inversores,
sobre os filtros CA, em caso de isolamento do elo CC após abertura dos disjuntores de qualquer terminal
da última linha CA, efetuando o bloqueio dos filtros imediatamente.
5.2.2 TEMPOS DE RESPOSTA
Os tempos de resposta devem ser atendidos considerando as configurações de rede previstas no item 12.2,
considerando a possibilidade de operação do elo CC com fluxo de potência nos dois sentidos.
• O erro do controle de potência não deve ser superior a 1,5%.
• O erro do controle de corrente não deve ser superior a 0,7%.
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EDITAL DE LEILÃO NO 02/2022-ANEEL
ANEXO 2-05
Em caso de recuperação após qualquer falta transitória, no lado CA, o elo CC deve recuperar a potência
transmitida para o valor de 90% daquela transmitida antes da falta em, no máximo, 220 ms, sem posterior
redução da potência. Durante o período de recuperação não deve ocorrer nenhuma falha de comutação. Estão
incluídos nesse caso os religamentos com ou sem sucesso.
Em caso de aplicação de degrau na corrente ou na potência, deve-se atender aos requisitos abaixo:
(a) Resposta da corrente CC ao degrau
Para operação em qualquer nível de potência, a corrente CC deve responder a um degrau de aumento ou de
diminuição na ordem, atingindo 90% do valor final, sem redução posterior, da seguinte forma:
• Para um degrau aplicado à ordem de corrente inferior à margem de corrente do projeto, já considerando
as tolerâncias e erros de medição da corrente, em até 30 ms;
• Para um degrau de 30% na ordem de corrente, em até 70 ms.
(b) Resposta da potência CC ao degrau
O controlador de potência CC deve ser ajustado de tal maneira que o sistema CC tenha as características de um
sistema de corrente constante para defeitos nos sistemas CA, seguidos de oscilações amortecidas de tensão e
de potência de baixa frequência na faixa de 0,2 a 2 Hz.
A resposta do controlador de potência para um degrau de aumento ou diminuição na ordem de potência de
50%, deve ser tal que, em até 150 ms, 90% do valor na nova ordem, sem redução posterior, seja atingida.
(c) Resposta da tensão CC
A resposta da tensão CC deve ser tal que para qualquer degrau de corrente, potência ou tensão CA, a tensão
CC não seja superior a 71,3 kV.
5.2.3 INVERSÃO DO FLUXO DE POTÊNCIA NA LINHA CC
Os controles devem ser capazes de reverter o fluxo de potência do elo CC, que deve operar com qualquer
potência entre a potência mínima e a capacidade de transmissão do elo CC estabelecida no item 12.2, assim
como nas condições de sobrecarga estabelecidas no item 12.2.
5.2.4 LIMITADOR DE CORRENTE
O sistema de controle do elo CC deve ser provido de um limitador da ordem de corrente, dependente da tensão
CC, para limitar transitoriamente a ordem de corrente no retificador durante abaixamento da tensão CC. Esse
limitador deve ser dimensionado com base nos estudos de sistema.
5.2.5 TELECOMUNICAÇÃO
Falhas do sistema de comunicações não devem causar operação incorreta do sistema de controle do elo CC.
Caso ocorra falha da comunicação entre as estações, a transmissão de potência deve ser mantida no mesmo
nível existente antes da falha.
Durante falha de telecomunicação entre as estações, deve ser possível partir, operar e parar manualmente o
elo da sala de controle local de uma das estações. Nesse caso, a comunicação entre os operadores das estações
conversoras é mantida por telefone ou por outro meio de comunicação.
5.2.6 CONFIABILIDADE DO SISTEMA DE CONTROLE
Os sistemas de controle devem ser projetados para que, durante operação do elo CC, se mantenham
com redundância integral, mesmo sob situações de testes ou reparos de um dos sistemas. Esta situação
não poderá afetar o funcionamento dos sistemas de controle, nem reduzir a redundância de 100%. A
perda de um dos dois sistemas de controle não deve causar distúrbio na potência transmitida nem a perda de
um polo.
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ANEXO 2-05
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EDITAL DE LEILÃO NO 02/2022-ANEEL
ANEXO 2-05
7 SISTEMAS DE PROTEÇÃO
7.1 DEFINIÇÕES BÁSICAS
Componente do sistema de potência ou componente: é todo equipamento ou instalação delimitado por um
ou mais disjuntores.
Sistema: quando aplicado à proteção, à supervisão e controle ou a telecomunicações, significa o conjunto de
equipamentos e funções requeridas e necessárias para seu desempenho adequado na operação da instalação
e da rede básica.
Sistema de proteção: conjunto de equipamentos e acessórios destinados a realizar a proteção em caso de
falhas elétricas, tais como curtos-circuitos, e de outras condições anormais de operação dos componentes de
um sistema elétrico.
Proteção unitária ou restrita: destina-se a detectar e eliminar, seletivamente e sem retardo de tempo
intencional, falhas que ocorram apenas no componente protegido. São exemplos os esquemas com
comunicação direta relé a relé, os esquemas de teleproteção, as proteções diferenciais, os esquemas de
comparação de fase etc.
Proteção gradativa ou irrestrita: destina-se a detectar e eliminar falhas que ocorram no componente protegido
e a fornecer proteção adicional para os componentes adjacentes. Em sua aplicação como proteção de
retaguarda, sua atuação é coordenada com a atuação das proteções dos equipamentos adjacentes por meio de
retardo de tempo intencional. São exemplos as proteções de sobrecorrente e as proteções de distância.
Proteção de retaguarda: destina-se a atuar quando da eventual falha de outro sistema de proteção. Quando
esse sistema está instalado no mesmo local do sistema de proteção a ser coberto, trata-se de retaguarda local;
quando está instalado em local diferente daquele onde está o sistema de proteção a ser coberto, trata-se de
retaguarda remota.
Proteção principal: esquema de proteção composto por um sistema de proteção unitária ou restrita e um
sistema de proteção gradativa ou irrestrita.
Proteção alternada: esquema composto por um sistema de proteção unitária ou restrita e por um sistema de
proteção gradativa ou irrestrita, funcionalmente idêntico à proteção principal e completamente independente
desta.
Proteção intrínseca: conjunto de dispositivos de proteção normalmente integrados aos equipamentos, tais
como relés de gás, válvulas de alívio de pressão, sensores de temperatura, sensores de nível etc.
SIR: relação entre a impedância de fonte e a impedância da linha de transmissão (SIR), é definida por meio da
divisão da impedância da fonte atrás do ponto de aplicação de um relé pela impedância total da linha de
transmissão protegida:
SIR = ZS / ZL
Onde, ZS = Impedância da Fonte e ZL = Impedância da linha de transmissão.
Comprimento relativo de linha de transmissão: determinado em função do SIR e utilizado para a seleção do
tipo de proteção mais indicado. No âmbito do presente ANEXO, as linhas de transmissão classificam-se como:
Linhas de transmissão curtas, as que apresentam SIR > 4;
Linhas de transmissão longas, as que apresentam SIR ≤ 0,5.
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EDITAL DE LEILÃO NO 02/2022-ANEEL
ANEXO 2-05
Os secundários de TC poderão ser compartilhados para uso de proteções de funções de transmissão adjacentes,
desde que essa solução atenda aos requisitos de independência e redundância, entre as proteções principal e
alternada de cada função de transmissão, definidos no Submódulo 2.11 - Revisão 2020.12 dos Procedimentos
de Rede.
O item também se aplica aos novos trechos de linhas resultantes de seccionamento de linha de transmissão
existente.
7.12 BARRAMENTOS
Atender ao Submódulo 2.11 - Revisão 2020.12 dos Procedimentos de Rede.
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EDITAL DE LEILÃO NO 02/2022-ANEEL
ANEXO 2-05
Atender ao Submódulo 2.11 - Revisão 2020.12 dos Procedimentos de Rede, devendo esta proteção ser
duplicada (principal e alternada).
Os Relés IED, os CLPs e os dispositivos específicos responsáveis pelo processamento das lógicas do SEP devem
ser dedicados a esta função, sendo independentes em hardware de demais equipamentos do sistema de
Proteção, Controle e Supervisão (SPCS), podendo, no entanto, receber insumos de sistemas de Proteção e
Controle ou enviar comando para estes, se necessário. Estas unidades devem estar conectadas ao sistema
supervisório das subestações e dos Centros de Operação, somente para enviar informações pertinentes à
atuação do SEP.
As especificações descritas a seguir deverão ser previstas para a implantação do SEP e devem ser rigidamente
observadas pela TRANSMISSORA.
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EDITAL DE LEILÃO NO 02/2022-ANEEL
ANEXO 2-05
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EDITAL DE LEILÃO NO 02/2022-ANEEL
ANEXO 2-05
• Requisitos gerais de supervisão e controle dos agentes, detalhados em requisitos gerais, interligação de
dados e, recursos de supervisão e controle dos agentes.
• Requisitos para a supervisão e controle de equipamentos pertencentes à rede de operação, divididos
em interligação de dados, informações requeridas para a supervisão do sistema elétrico, informações e
telecomandos requeridos para o Controle Automático de Geração (CAG), requisitos de qualidade de
informação e, parametrizações.
• Requisitos para o sequenciamento de eventos (SOE), divididos em informações requeridas para o
sequenciamento de eventos e requisitos de qualidade dos eventos.
• Requisitos de supervisão do agente proprietário de instalações (subestações) compartilhadas da rede
de operação.
• Avaliação da disponibilidade e da qualidade dos recursos de supervisão e controle.
• Requisitos de atualização das bases de dados dos sistemas de supervisão e controle do ONS.
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EDITAL DE LEILÃO NO 02/2022-ANEEL
ANEXO 2-05
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EDITAL DE LEILÃO NO 02/2022-ANEEL
ANEXO 2-05
Observa-se na figura acima que a interconexão com o Centro do ONS se dá através das seguintes interligações
de dados:
• Interconexão com o Centro Regional de Operação Sul (COSR-S), para o atendimento aos requisitos de
supervisão e controle dos equipamentos das linhas de transmissão e subestações objeto deste edital,
através de dois sistemas de aquisição de dados, um local (SAL) e outro remoto (SAR).
Alternativamente, a critério da TRANSMISSORA, a interconexão com os Centros do ONS poderá se dar por meio
de um centro de operação próprio da TRANSMISSORA ou contratado de terceiros, desde que sejam atendidos
os requisitos descritos para supervisão e controle e telecomunicações. Neste edital, este centro é
genericamente chamado de “Concentrador de Dados”. Neste caso, a estrutura dos centros apresentada na
figura anterior seria alterada com a inserção do concentrador de dados num nível hierárquico situado entre as
instalações e os COSR do ONS e, portanto, incluído no objeto desta licitação.
A figura a seguir ilustra uma possível configuração.
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EDITAL DE LEILÃO NO 02/2022-ANEEL
ANEXO 2-05
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EDITAL DE LEILÃO NO 02/2022-ANEEL
ANEXO 2-05
8.9 REQUISITOS PARA A ATUALIZAÇÃO DE BASES DE DADOS DOS SISTEMAS DE SUPERVISÃO E CONTROLE
8.9.1 CADASTRAMENTO DOS EQUIPAMENTOS
Atender item 11.1 do submódulo 2.12 Revisão 2020.12.
8.9.2 TESTE DE CONECTIVIDADE E TESTE PONTO A PONTO
Atender item 11.2 do submódulo 2.12 Revisão 2020.12.
8.10 AVALIAÇÃO DA DISPONIBILIDADE E DA QUALIDADE DOS RECURSOS DE TELECOMUNICAÇÕES
Atender o submódulo 2.15 Revisão 2021.06.
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EDITAL DE LEILÃO NO 02/2022-ANEEL
ANEXO 2-05
cálculo dos sincrofasores de corrente, as PMUs deverão utilizar as medições disponibilizadas pelos
enrolamentos dos TCs do Sistema de Proteção.
(c) Medição de módulo, ângulo, frequência e taxa de variação de frequência da fase da tensão da seção
de barra onde o terminal de linha se conecta à Rede de Operação. Essas medições poderão ser
obtidas através de canais disponíveis em PMU existente na SE sem necessidade de instalação de
PMU adicional.
(d) Sinais digitais com registros de falha de comutação;
(e) Adicionalmente deve ser realizado o cálculo e o envio dos valores de THD das correntes e tensões
trifásicas dos transformadores conversores, nos lados de AT, com a estampa de tempo compatível
com a dos sincrofasores.
8.11.3 MONITORAÇÃO
Todos os circuitos de telecomunicações utilizados para o tráfego de medidas sincrofasoriais devem ser
monitoráveis. Os protocolos SNMP e ICMP devem ser habilitados em ambos os roteadores de borda do Agente
no circuito de telecomunicações estabelecido com o ONS.
8.11.4 AQUISIÇÃO E INSTALAÇÃO DAS PMUS
(a) O Agente de operação detentor do ativo no qual será feita a monitoração, deverá adquirir as PMUs
e providenciar a sua instalação.
(b) O Agente deverá providenciar os canais de telecomunicação necessários à disponibilização dos
sincrofasores das PMUs até os concentradores de dados do ONS localizados no Rio de Janeiro e em
Brasília.
8.11.5 AQUISIÇÃO E INSTALAÇÃO DO PDC
(a) O Agente de operação detentor do ativo no qual será feita a monitoração, deverá adquirir e
providenciar a sua instalação um PDC para de subestação Garabi sendo backup de armazenamento
de dados no caso de falhas em links de comunicação durante variações de tensão (VTCD) em grandes
perturbações.
8.11.6 IEDS COM FUNÇÃO PMU
(a) Os IEDs com função PMU devem ter recursos que possibilitem a intervenção das equipes de
manutenção sem desligamento de componentes primários. Os materiais e equipamentos a serem
utilizados devem ser projetados, fabricados, montados e ensaiados em conformidade com as
últimas revisões das normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT no que for
aplicável, e, na falta destas, com as últimas revisões das normas da International Electrotechnical
Commission – IEC ou da American National Standards Institute – ANSI, nessa ordem de preferência.
(b) Todos os equipamentos e sistemas digitais devem atender aos requisitos das normas para
compatibilidade eletromagnética aplicáveis nos graus de severidade adequados para instalação em
subestações de extra-alta-tensão.
(c) Os IEDs com a função PMU deverão ser passíveis de update de firmware para correções e melhorias
a qualquer momento quando solicitado pelo ONS. Os IEDs com a função PMU deverão ser
independentes dos IEDs de Proteção.
8.11.7 TESTES DE VALIDAÇÃO DAS MEDIDAS SINCROFASORIAIS RECEBIDAS NO ONS
Todas as medidas recebidas de novas PMUs pelo ONS serão testadas e validadas em termos qualitativos e
quantitativos, confrontando-se os novos valores com os valores das demais PMUs já validadas e em operação
no SMSF (Sistema de Medição Sincronizada de Fasores), para que as mesmas sejam aceitas.
8.11.8 RELAÇÃO DE DOCUMENTOS PARA ACEITAÇÃO DAS PMUS
Os seguintes documentos são necessários para que o ONS possa iniciar o processo de análise qualitativo e
quantitativo das PMUs do Agente:
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EDITAL DE LEILÃO NO 02/2022-ANEEL
ANEXO 2-05
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EDITAL DE LEILÃO NO 02/2022-ANEEL
ANEXO 2-05
Lista-se abaixo os registros mínimos necessários ao sistema de corrente contínua, que não estão descritos nesta
versão do Submódulo 2.11.
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ANEXO 2-05
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EDITAL DE LEILÃO NO 02/2022-ANEEL
ANEXO 2-05
10 SISTEMA DE TELECOMUNICAÇÕES
10.1 REQUISITOS GERAIS
Os sistemas de telecomunicações das subestações, integrantes deste empreendimento, devem atender aos
sistemas de comunicação de voz operativa e administrativa, teleproteção, supervisão e controle elétrico,
supervisão de telecomunicações, controle de emergência, medição e faturamento, entre as subestações de
energia elétrica envolvidas e destas aos centros de operação do sistema elétrico envolvidos.
O sistema de telecomunicações para a comunicação de voz deve ser implantado para atender a troca de
informações em tempo real entre o interlocutor designado pela TRANSMISSORA e o Centro de Operação
Regional Sul (COSR-S) do ONS, com dois canais independentes para as interconexões, atendendo o estabelecido
nos Submódulos 5.1 e 2.15, dos Procedimentos de Rede.
Adicionalmente à comunicação de voz entre a TRANSMISSORA e o ONS, deverão haver canais de voz dedicados
para a troca de informações operacionais em tempo real entre a TRANSMISSORA das estações conversoras e a
TRANSMISSORA responsável pela linha CC. Estes canais deverão ser implantados pela TRANSMISSORA da linha
CC.
10.1.1 DISPONIBILIDADE
Atender item 2 do SM 2.15 Revisão 2021.06.
10.1.2 QUALIDADE
Atender item 3 do SM 2.15 Revisão 2021.06.
Adicionalmente, para que o ONS possa supervisionar o atendimento dos requisitos do item 3 do SM 2.15
Revisão 2021.06, os equipamentos de telecomunicações do agente de operação, utilizados para comunicação
de dados e voz, devem suportar o monitoramento via protocolos ICMP (Internet Control Message Protocol) e
SNMPv3 (Simple Network Management Protocol version 3).
10.1.3 SISTEMA DE TELEPROTEÇÃO
Para o SISTEMA de teleproteção também devem ser seguidos os requisitos das normas IEC 834-1, IEC 870-5 e
IEC 870-6 onde aplicável.
10.1.4 REQUISITOS DE CONFIGURAÇÃO DE VOZ E DE DADOS
Atender item 4 do SM 2.15 Revisão 2021.06.
10.1.5 SISTEMA DE ENERGIA
O Sistema de energia para todos os equipamentos de telecomunicações fornecidos deverá ter as seguintes
características:
• Unidade de supervisão e, no mínimo, duas unidades de retificação;
• Dois bancos de baterias com autonomia total de no mínimo 12 horas 3, dimensionados para a carga
total de todos os equipamentos de telecomunicações instalados;
• No caso de utilização de baterias do tipo chumbo-ácido, os bancos de baterias deverão estar
acondicionados em ambiente especial, isolado das demais instalações e com sistema de exaustão de
gases;
• As unidades de retificação deverão ter a capacidade de alimentar, simultaneamente, o banco de
baterias em carga e todos os equipamentos de telecomunicações;
• O Sistema de energia deverá estar dimensionado para uma carga adicional de pelo menos 30%.
3
Observação: este critério prevalece em detrimento do estabelecido no Anexo Geral do Leilão nº 02/2022.
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EDITAL DE LEILÃO NO 02/2022-ANEEL
ANEXO 2-05
10.1.6 SUPERVISÃO
Os equipamentos de telecomunicações devem ser supervisionados local e remotamente. Os alarmes e
eventuais medidas analógicas deverão ser apresentados nas instalações onde se encontram os equipamentos
e também permitir a transmissão para um Centro de Supervisão remoto.
Os equipamentos digitais devem permitir remotamente o gerenciamento, diagnóstico e parametrização.
10.1.7 INFRAESTRUTURA
A TRANSMISSORA será responsável pela total operacionalização dos SISTEMAS de comunicações devendo ser
prevista toda a infraestrutura necessária para implantação do SISTEMA de telecomunicações, tais como:
edificações, alimentação de corrente contínua, aterramento, bem como qualquer outra infraestrutura que se
identificar necessária para o pleno funcionamento do SISTEMA de telecomunicações.
10.1.8 ÍNDICES DE QUALIDADE
A TRANSMISSORA será responsável pela manutenção dos índices de qualidade e de disponibilidade dos serviços
de comunicação de dados e voz que se interligam com o ONS e as demais TRANSMISSORAS envolvidas, tais
como, àquela(s) proprietária(s) de ativos de função transmissão localizados na(s) subestação(ões) deste lote e
as demais que se interliguem, por meio de linha(s) de transmissão ou outro equipamento de função
transmissão, com a(s) subestação(ões) deste lote.
Em caso de indisponibilidade programada de quaisquer serviços de comunicação de dados ou de voz de
interesse do ONS e/ou dos demais agentes interligados, a TRANSMISSORA deve manter entendimentos com o
ONS e/ou os Centros de Operação das demais TRANSMISSORAS envolvidas.
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EDITAL DE LEILÃO NO 02/2022-ANEEL
ANEXO 2-05
Adicionalmente, devem ser adequados o sistema de teleproteções das LT 525 kV Garabi – Santo Ângelo C1 e
C2 e LT 525 kV Santo Ângelo – Itá C1 e C2 de forma a que atender aos requisitos de independência e
redundância, conforme disposto no Submódulo 2.11 - Revisão 2020.12 dos Procedimentos de Rede.
Os sistemas de telecomunicação, utilizados para teleproteção de linhas de transmissão, poderão ser
compartilhados para uso de diferentes funções transmissão, desde que a solução atenda aos requisitos de
independência e redundância, entre as teleproteções principal e alternada de cada função transmissão.
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EDITAL DE LEILÃO NO 02/2022-ANEEL
ANEXO 2-05
FIGURA 10.1 - CONFIGURAÇÕES POSSÍVEIS PARA OS SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES DE VOZ E /OU DE DADOS, CONSIDERANDO OS
CENTROS DE OPERAÇÃO DO ONS
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EDITAL DE LEILÃO NO 02/2022-ANEEL
ANEXO 2-05
Para comunicação com o(s) centro(s) de operação do ONS, responsável(is) pela operação da região de
instalação do empreendimento, e Centros de Operação das demais concessionárias que detenham concessão
de equipamentos/instalações de fronteira com o empreendimento deste lote, a TRANSMISSORA deve dispor
de serviço de telefonia comutada Classe C, no mínimo, em seu centro de operação local próprio ou contratado
para suporte às atividades das áreas de normatização, pré-operação, pós-operação e apoio e coordenação dos
serviços de telecomunicações.
Para comunicação com o escritório central do ONS, a TRANSMISSORA deve dispor de serviço de telefonia
comutada classe C, no mínimo, em seu centro de operação local próprio ou contratado para suporte às
atividades das áreas de planejamento e programação da operação.
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ANEXO 2-05
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ANEXO 2-05
Diagramas:
• D1 - Diagrama unifilar geral (pátios CA e CC)
• D2 - Diagramas de proteção, controle e medição (pátios CA e CC)
• D3 - Planta e Corte das subestações (em caso de alterações na parte civil e elétrica fora do escopo
dessa licitação)
Relatórios de Estudos de Sistema
• R18 - Estudos a frequência fundamental - sobretensões e estabilidade
• R19 - Estudos de desempenho dinâmico-DPS (considerando interações multi-infeed, se necessário)
Relatório de Controle de Conversores, Polo e Bipolo
• R20 – Relatório de Concepção – Filosofia, atributos, sequenciamentos (com os respectivos tempos
envolvidos em cada operação) e linhas gerais de atuação
Relatórios de Outros Estudos
• R25-A - Supervisão e Interfaces (Filosofia)
• R25-B - Sistema de Telecomunicações (de acordo com os requisitos do Capítulo 10)
• R26 – Controle e Proteção (Descrição, estrutura, hierarquias, funções redundâncias e interfaces do
sistema e Diagramas Unifilares)
Especificações
• Se necessário, de equipamentos principais, definidos pela TRANSMISSORA
As especificações, diagramas e relatórios de estudos apresentados para análise devem manter a coerência de
premissas, dados e informações entre eles.
A definição e o escopo dos relatórios supra mencionados é discriminada no item 11.3.
Para os relatórios que implicam apenas na apresentação das premissas e filosofia de implementação não foram
detalhados os seus respectivos escopos. Se enquadram nesta categoria os relatórios R20, R25-A, R25-B e R26.
O ONS emitirá um Parecer de Conformidade sobre cada um dos relatórios solicitados neste Capítulo. É facultada
à TRANSMISSORA a interação com o ONS, durante o desenvolvimento dos trabalhos, com o intuito de dirimir
dúvidas e obter esclarecimentos. A TRANSMISSORA deverá revisar a documentação naquilo que lhe for
solicitado diretamente pelo ONS, enquanto perdurarem pendências em cada relatório.
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ANEXO 2-05
Somente serão considerados para efeito de aprovação de conformidade dos documentos analisados pela
ANEEL/ONS, aqueles revisados pela TRANSMISSORA, que contemplem todas as solicitações efetuadas nos
Pareceres de Conformidade encaminhados pelo ONS à TRANSMISSORA.
Ao final das análises, com base no Parecer de Conformidade sem pendências, emitido pelo ONS, a ANEEL emitirá
o Despacho de Aprovação.
O Termo de Liberação, em qualquer de suas modalidades, será emitido após a emissão pelo ONS do Parecer de
Conformidade, sem pendências.
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ANEXO 2-05
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ANEXO 2-05
(c) Manual de usuário para simulação de manobras e defeitos nas redes CA e CC.
Adicionalmente, os modelos acima referidos deverão ser fornecidos, também, em modo que permita sua
incorporação à base de dados do SIN, a qual todos os agentes setoriais terão acesso. Os modelos que forem
fornecidos para esta finalidade, caso sejam protegidos com relação ao acesso às suas características, deverão
ter o mesmo nível de detalhamento funcional dos modelos fornecidos de acordo com os requisitos acima
descritos.
Todos os modelos computacionais em Anatem e PSCAD-EMTDC utilizados na representação dos vários
equipamentos deverão ser compatíveis com as versões correntes dessas ferramentas à respectiva época do seu
encaminhamento. Do mesmo modo, as ferramentas computacionais empregadas na configuração e utilização
dos modelos (compiladores e suítes de desenvolvimento/programação dos controladores CC) deverão ser
fornecidas em suas versões atualizadas.
Os modelos computacionais deverão ser codificados atendendo a padrão de portabilidade de modo a que sua
migração possa ser realizada, sem necessidade de recodificação, na medida da evolução das versões das
ferramentas de simulação e acessórias (compiladores e suítes de desenvolvimento/programação dos
controladores CC).
Ao final do processo de aprovação dos modelos computacionais pelo ONS, a TRANSMISSORA também deverá
fornecer esses modelos consolidados para a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), para fins dos seus estudos
de planejamento da expansão.
11.2.1 SIMULADOR DE SISTEMAS DE CORRENTE CONTÍNUA
A TRANSMISSORA deverá fornecer ao ONS uma ferramenta digital para simulação de redes elétricas CA/CC na
escala real de tempo, doravante denominado de Simulador, visando à execução dos estudos elétricos
(transitórios eletromagnéticos e desempenho dinâmico) de integração e operação do elo CC de Garabi. A
constituição desse Simulador é descrita no item a seguir.
11.2.2 COMPONENTES DO SIMULADOR
A ferramenta utilizada para a simulação do sistema de transmissão em corrente contínua e respectivo sistema
em corrente alternada adjacente na escala real de tempo é constituída de três elementos:
(a) Simulador digital de redes elétricas em escala real de tempo (como por exemplo, RTDS ou Opal-RT)
constituído por módulos de processamento, comunicação e interfaces de entrada/saída digitais e/ou
analógicas;
(b) Uma réplica correspondente aos cubículos de controle e proteção (C&P) da instalação do campo acrescida
do conjunto de sobressalentes essenciais a sua disponibilidade ininterrupta no decorrer de todo o prazo de
operação a partir do início de operação comercial da instalação;
(c) Consoles de comando e PCs utilizados para monitoramento, controle e programação dos dispositivos dos
itens a) e b).
Nesse sentido, reforça-se que, além das réplicas do novo SPCS (Sistema de Proteção, Controle e Supervisão), o
escopo de fornecimento para a complementação do ambiente RTDS já disponível nas instalações do ONS,
deverá ficar limitado aos itens apresentados abaixo:
- Um (01) chassis Novacor com dez (10) núcleos habilitados
- Dois (02) módulos GT-FPGA
- Conjunto de doze (12) cartões I/O para conexão às réplicas C&P
11.2.3 CESSÃO DE USO E MANUTENÇÃO DE COMPONENTES DO SIMULADOR
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ANEXO 2-05
Os recursos para simulação em escala real de tempo a serem disponibilizados pela TRANSMISSORA conforme
item 11.2.2 deverão ser doados ao ONS por meio de cessão não onerosa.
A Transmissora deverá arcar com os custos do contrato de suporte e manutenção das réplicas C&P, consoles
de comando e respectivos PCs, na modalidade que lhe for mais conveniente, à semelhança da mesma cobertura
que aplicará a seus equipamentos de campo para essa instalação.
O ONS deverá arcar com os custos do contrato de suporte e manutenção do simulador digital de redes elétricas,
bem como dos custos referentes a atualização desse hardware se julgar da sua conveniência.
11.2.4 DIMENSIONAMENTO DO SIMULADOR DIGITAL DE REDES ELÉTRICAS
O simulador digital a ser fornecido pela TRANSMISSORA deverá ser capaz de representar, com suficiente
detalhe, os sistemas CA conectados aos terminais inversor e retificador do elo CC. Para tal, deverão ser
fornecidos os módulos necessários à representação de linhas de transmissão, transformadores, capacitores,
reatores e equivalentes contidos na rede CA retida, no mínimo, iguais as representações utilizadas no Relatório
R19 e conforme a rede CA mínima dimensionada para esse fim.
Adicionalmente, o simulador digital deverá prover os recursos necessários para a representação elétrica e
dinâmica da parcela da rede reduzida a equivalentes, por meio do hardware baseado em CPU (padrão regular)
ou por hardware programável do tipo FPGA
A topologia da rede a ser representada no simulador será discutido oportunamente.
11.2.5 REQUISITOS TÉCNICOS DO SIMULADOR DIGITAL DE REDES ELÉTRICAS
O simulador digital deverá atender aos seguintes requisitos técnicos:
(a) Plena integração aos simuladores de redes elétricas de potência, de fabricação RTDS Tech Inc. e Opal-RT
Tech, atualmente em uso pelo ONS (plena integração significa utilização cooperativa e simultânea em
mesma referência ou base de tempo de relógio);
(b) Capacidade de processamento adequada à solução da rede simulada em escala real de tempo com passo
de integração igual ou inferior a 50 µs (cinquenta microssegundos);
(c) Capacidade para incorporação de modelos de equipamentos e/ou dispositivos complementares à
biblioteca padrão, elaborados em linguagem de programação de alto nível.
(d) Interface de suporte à programação de modelos de equivalentes elétricos e eletromecânicos do tipo
multiporta e equipamentos/dispositivos com eletrônica de potência em hardware comercial com
arquitetura do tipo FPGA.
(e) Interface programável para conexão a padrão comercial de simulação em escala real de tempo de outro(s)
fabricante(s);
(f) Referência de tempo de relógio controlada por equipamento do tipo GPS.
11.2.6 REQUISITOS DAS RÉPLICAS C&P
(a) As réplicas de controladores dos conversores poderão incorporar as interfaces analógicas e digitais de
entrada/saída do simulador aos seus respectivos cubículos, a fim de minimizar a quantidade de cabos de
conexão. Entretanto, essa configuração não poderá restringir a separação dos terminais retificador e
inversor em subsistemas elétricos de solução independente.
(b) As ferramentas computacionais empregadas na configuração e utilização das réplicas (compiladores e
suítes de desenvolvimento/programação dos controladores CC) deverão ser fornecidas em suas versões
atualizadas, com previsão de suporte e atualização por um período correspondente a todo o prazo de
operação.
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ANEXO 2-05
(c) Em havendo a necessidade de desbloqueio via chaves de hardware (dongle ou hardlock) para habilitação
ao uso das ferramentas computacionais citadas no item (b), essas chaves deverão ser fornecidas em
complemento ao respectivo software.
(d) O sistema supervisório associado às réplicas C&P deverá ser passível de operação por terminal remoto
(habilitado à exportação da interface visual), de forma a possibilitar o seu controle por comandos oriundos
de usuários autorizados fora dos escritórios do ONS.
11.2.7 INSTALAÇÃO E COMISSIONAMENTO DO SIMULADOR
Caberá a TRANSMISSORA o ônus da instalação da ferramenta de simulação digital para a simulação do elo CC
em escala real de tempo nos escritórios do ONS, realizando todos os testes necessários ao seu funcionamento.
A TRANSMISSORA deverá efetuar todas as simulações necessárias para demonstrar, à satisfação do ONS, o
desempenho adequado da ferramenta digital para a simulação do elo CC em escala real de tempo, em conjunto
com a(s) rede(s) CA correspondente.
11.2.8 DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA ASSOCIADA
A TRANSMISSORA deverá fornecer a documentação técnica de suporte a operação do Simulador, a saber:
Descrição das partes componentes das réplicas C&P, indicando a função dos dispositivos e cartões eletrônicos;
manual das rotinas para identificação/diagnóstico de falha nos componentes; manual de utilização do sistema
supervisório.
A TRANSMISSORA deverá disponibilizar os modelos de representação dos equipamentos CA e CC utilizados nas
simulações citadas no item anterior, acompanhados de sua respectiva documentação. Esses modelos deverão
possuir nível de detalhamento similar aos empregados nas simulações em ferramenta PSCAD-EMTDC.
11.2.9 ATUALIZAÇÕES DE SOFTWARE E HARDWARE
Por ocasião do comissionamento, em períodos de ensaios realizados em campo ou outra atividade que
demande alteração de parâmetros ou de estrutura nos sistemas de corrente contínua, a TRANSMISSORA deverá
providenciar a correspondente atualização nas réplicas dos controles que integrarem o simulador de CC.
11.2.10 PLANILHAS DE DADOS DO PROJETO:
A TRANSMISSORA deverá encaminhar as planilhas disponíveis no site da ANEEL nos Adendos da documentação
do Leilão, sob o título “Planilha de Dados do Projeto”, preenchidas com dados requeridos, no que couber, do
empreendimento em licitação.
Cabe à TRANSMISSORA se certificar de que as informações constantes nestas planilhas correspondam àquelas
informadas nas especificações que forem necessárias no projeto, devidamente complementadas naquilo que
adicionalmente for solicitado pela planilha.
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ANEXO 2-05
Estes estudos a serem executados no programa ANATEM, também devem demonstrar que o desligamento dos
filtros e capacitores, após bloqueio da conversora, será possível e suficiente para a redução das sobretensões
no sistema CA para níveis aceitáveis.
Devem ser avaliadas configurações do sistema CA, com diferentes níveis de curto-circuito, diferentes níveis de
carga, nos horizontes da operação e do planejamento. Deve ser levada em conta variação do número de
máquinas na área do sistema coletor (se houver), bem como diferentes situações de staging do
empreendimento como um todo.
Aspectos relativos a possível auto-excitação de unidades geradoras também deverão ser investigados.
Desta forma, estes estudos também contribuirão para demonstrar que a modularização adotada para os filtros
e outros blocos de reativos, atende aos requisitos estabelecidos neste ANEXO, no que diz respeito ao impacto
no sistema CA (variação de tensão, intercâmbio de reativo, entre outros).
Este estudo deverá também apresentar as simulações que permitam identificar o tempo de resposta e o
comportamento dinâmico do elo CC frente a faltas na rede CA ou na linha CC.
Como o SIN estará completamente representado nestas simulações, os outros elos CC próximos estarão, por
conseguinte, incluídos. A TRANSMISSORA deverá fazer uso desta representação global para já nesta etapa
identificar preliminarmente possíveis interações multi-infeed.
11.3.2 ESTUDO DESEMPENHO DINÂMICO CA/CC (DYNAMIC PERFORMANCE) – RELATÓRIO 19
Deverá considerar a representação da rede elaborada pela TRANSMISSORA (rede equivalente), bem como uma
representação preliminar do Elo CC e seus controles, incluindo uma representação do disparo e dos filtros CA.
Tem por finalidade principal demonstrar que o controle projetado, mesmo com ajustes preliminares, é estável
para as condições operativas previstas, incluindo as mudanças entre os modos de operação disponíveis. Deve
também demonstrar que os requisitos relacionados ao tempo de recuperação do elo CC após aplicação de
defeito e aqueles relacionados à minimização da ocorrência de falhas de comutação foram atendidos.
As avaliações compreenderão bloqueios de bipolo, perdas de geração e início/eliminação de faltas em linhas
CA além de falhas de disparo no controle CC (misfiring). Os resultados permitirão também avaliar a envoltória
de sobretensão temporária ao qual ficarão sujeitas as estações conversoras.
Este estudo deverá também, mesmo que de forma ainda preliminar, abordar as interações multi-infeed,
adotando para estas avaliações os equivalentes elaborados pela TRANSMISSORA. A representação dos demais
elos CC deverá ser feita com base na experiência da TRANSMISSORA em estudos similares. Deverão ser
avaliados defeitos internos que possam provocar falhas de comutação nas demais conversoras.
As simulações devem ser realizadas na ferramenta PSCAD-EMTDC, considerando um sistema de controle com
ajustes preliminares, baseados na experiência dos provedores de equipamentos selecionados pela
TRANSMISSORA.
Este estudo deve demonstrar que abertura intempestiva do maior banco (vide item 4.3.3) não deve causar
falhas de comutação no elo CC.
Posteriormente, com a finalização do desenho do novo SPCS, deverá ser realizado o aprofundamento deste
estudo de Desempenho Dinâmico, que terá então por finalidade identificar os parâmetros necessários a
otimização de todo o sistema de controle, de forma a atender os requisitos estabelecidos tanto para
desempenho em regime permanente quanto para desempenho após aplicação e eliminação de defeitos, CA e
CC, minimizando possíveis instabilidades, falhas de comutação e interações indesejáveis com o sistema CA.
11.3.3 RELATÓRIO DE CONTROLE DE CONVERSORES, POLO (BLOCO) E BIPOLO (BI-BLOCO) – RELATÓRIO 20
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ANEXO 2-05
O Relatório R20 deverá conter, como mínimo, a seguinte organização e conjunto de informações, além dos
especificado no seu caput: Filosofia, atributos, sequenciamentos (com os respectivos tempos envolvidos em
cada operação) e linhas gerais de atuação:
a) Controle de Bipolo (Bi-bloco)
• Funções de controle de Potência Ativa: (Sequências de partida e parada, cálculo da ordem de
corrente, transferência entre modos e emergência);
• Funções de Controle de Potência Reativa: (Chaveamento de Filtros e compensação reativa e
sequenciamento de modos)
b) Controle de Polos
Controle de potência e de corrente, sobrecargas, margens, modulação, controle de frequência, operação com
e sem telecomunicação e backup)
c) Controle de Conversor
• (VDCOL, CCA, Controle dos ângulos de disparo e trem de pulsos)
• Operação com tensão reduzida
• Controle de atuação dos OLTC
• Controle dos tiristores (eletrônica de base da válvula)
Nº EMPRESA DOCUMENTO
AVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS PRUDENTES PARA A
NT-ONS DPL 0062/2021
LICITAÇÃO DOS SISTEMAS DE TRANSMISSÃO GARABI I E II -
NT EPE-DEE-RE-051/2021-r0
PROCESSO Nº 48340.004748/2019-75.
Nº EMPRESA DOCUMENTO
Enel CIEN R4
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ANEXO 2-05
Enel CIEN Reactor Module, 1JNL 100 025-004, ABB Power Systems
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