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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS

CAMPUS DE PALMAS
LABORATÓRIO DE ELETROMAGNETISMO I

Thiago Martins Rocha

Prática 05
Superfícies Equipotenciais

Palmas (TO)
10/10/2022
1. Introdução
O campo elétrico surge através da existência de uma carga elétrica numa região qualquer
do espaço. Essa carga possui a capacidade de modificar algumas propriedades dos pontos no espaço
ao seu redor, criando assim o campo elétrico.
Superfícies equipotenciais são superfícies de um campo elétrico, no qual todos os pontos
apresentam mesmo potencial elétrico, ou seja, suas linhas de força são sempre perpendiculares a
sua superfície.

Figura 01 – Representação de uma superfície equipotencial.

Fonte: Internet.

Uma superfície equipotencial é sempre interceptada perpendicularmente pelas linhas de


força de um campo elétrico. Dessa maneira, conhecendo as linhas de força de um campo elétrico,
fica mais fácil representar as superfícies equipotenciais. Já numa região onde o campo elétrico é
uniforme, para serem perpendiculares às linhas de força, as superfícies equipotenciais devem ser
planas.
Figura 02 – Representação das linhas de campo entre duas placas paralelas.

Fonte: Internet.
Pela figura 02 podemos perceber que o potencial elétrico decresce com o sentido das linhas
de força, portanto VA > VB.

2. Objetivo
O objetivo deste experimento é observar o comportamento do campo elétrico sobre
determinadas circunstâncias e determinar o seu valor.

3. Materiais e métodos

Para o experimento, foram utilizados os seguintes materiais:


• Fonte de Alimentação Minipa MPL-3305M
• Multímetro digital ICEL MD-6111 e pontas de prova;
• 2 Eletrodos Circulares
• 2 Eletrodos em Barra
• 1 Cabo Banana-Banana com Derivação
• 1 Tigela de Acrílico com Água
• Cabo banana-banana;
Figura 03 – Fonte CC com GND embutido utilizada no experimento.

Fonte: Internet.

Figura 04 – Multímetro utilizado no experimento.

Fonte: Internet.

Figura 05 – Materiais utilizados no experimento.

Fonte: Próprio autor.


Prática 01:

Inicialmente duas folhas de papel milimetrado foram distribuídas aos grupos. Nas folhas
tinham um desenho dos dois eletrodos circulares distanciados a uma distância de 10 cm. Em
seguida uma das folhas foi colocada abaixo da cuba transparente e a cuba preenchida com água,
conforme figura 06.

Figura 06 – Experimento montado.

Fonte: Próprio autor.


Para realizar o experimento, os papeis milimetrados foram definidos com coordenadas para
facilitar a prática.
Após colocar a folha sob a cuba, os eletrodos foram posicionados no desenho do papel, e a
configuração do circuito montada conforme figura 07.

Figura 07 – Configuração do experimento 1.

Fonte: Roteiro disponibilizado pelo professor.


Após conectar a fonte de alimentação no sistema e seguir a configuração do experimento 1,
a fonte foi ajustada à tensão de 10 V e o multímetro conectado. Em seguida, após a realização de
todos os ajustes técnicos, os procedimentos do experimento se iniciaram com as medições das
tensões em pontos aleatórios, de maneira que os pontos possuíssem de maneira crescente 2V, 3V,
4V, 5V, 6V, 7V e 8V. Para cada potencial, dez pontos foram selecionados de maneira aleatória a
fim de definir o campo elétrico no papel milimetrado. Para isso uma pessoa ficou responsável por
achar os pontos que possuíam esses potenciais e dizer as coordenadas para outra pessoa marcar no
papel milimetrado.

Figura 08 – Definindo os pontos para o experimento.

Fonte: Próprio autor.

Prática 02:
Para a segunda parte do experimento, os mesmos procedimentos da prática 01 foram feitos,
com a diferença de que a configuração do experimento foi alterada, conforme as figuras 09 e 10.
Figura 09 – Configuração 01 para o experimento 02.

Fonte: Roteiro disponibilizado pelo professor.

Figura 10 – Configuração 02 para o experimento 02.

Fonte: Roteiro disponibilizado pelo professor.

Para cada configuração, 10 pontos aleatórios foram marcados de maneira que os potenciais
elétricos fossem de 2V, 3V, 4V, 5V, 6V, 7V e 8V. Os pontos foram definidos por um integrante
do grupo com o multímetro e outra pessoa ficou responsável por definir estes pontos no papel
milimetrado.

4. Resultados
Ao realizar a prática 01 obtemos:
Figura 11 – Pontos marcados do experimento 01.

Fonte: Próprio autor.

Figura 12 – Linhas de campo do experimento 01.

Fonte: Próprio autor.


Através do potencial elétrico é possível achar o campo elétrico, visto que o campo elétrico
é igual ao potencial elétrico menos o gradiente. Através de simplificações matemática, surge a
expressão 01. Para achar o módulo do campo elétrico é necessário escolher dois pontos mais claros
no papel milimetrado. Os pontos escolhidos foram o de 8V e 7V conforme a figura 13.

Figura 13 – Pontos selecionados para fazer o cálculo do campo.

Fonte: Próprio autor.


∆𝑉 8−7
𝐸= = = 𝟏𝟐, 𝟓 𝑵/𝑪 (01)
∆𝑑 0,08

Lembrando que a distância deve estar em metro, seguindo o Sistema Internacional de


Medidas.
Para a prática 02, obtemos:
Figura 14 – Pontos marcados do experimento 02, configuração 01.

Fonte: Próprio autor.


Figura 15 – Pontos marcados do experimento 02, configuração 01.

Fonte: Próprio autor.

É possível perceber pela figura que o campo elétrico sai da placa e vai para o eletrodo
circular, a tendência é que as linhas de campo se distorçam e isso é explicado pelo fato de o campo
apontar perpendicular a uma superfície, como a superfície do plano é uma reta, as linhas de campo
são retas perfeitas. A partir do momento que o campo se aproxima do círculo ela se distorça.
Figura 16 – Pontos marcados do experimento 02, configuração 02.

Fonte: Próprio autor.

Figura 17 – Pontos marcados do experimento 02, configuração 02.

Fonte: Próprio autor.


É possível perceber que a configuração em si se trata de um capacitor, no qual duas placas
paralelas são submetidas a uma diferença de potencial, gerando um campo elétrico entre elas. As
linhas de campo são paralelas entre si, gerando assim um campo elétrico uniforme. Como as placas
possuem comprimento finito, o campo elétrico nas bordas é alterado.
Isso influencia que os valores do campo elétrico para essa configuração é constante.

Utilizando da expressão 01 é possível definir o módulo do campo elétrico para ambas as


configurações utilizando dois pontos arbitrários e suas distâncias.

Figura 18 – Pontos utilizados para calcular o campo elétrico do experimento 02, configuração 01.

Fonte: Próprio autor.

Figura 19 – Pontos utilizados para calcular o campo elétrico do experimento 02, configuração 02.

Fonte: Próprio autor.

Para a primeira configuração:


∆𝑉 5−4
𝐸= = = 𝟏𝟎 𝑵/𝑪
∆𝑑 0,1
Para a segunda configuração:
∆𝑉 7−8
𝐸= = = 𝟏𝟎 𝑵/𝑪
∆𝑑 0,1
5. Conclusão
A partir dos experimentos realizados, pode-se concluir que as superfícies equipotenciais em
possuem seu comportamento único e variado de acordo com as superfícies, mas seguindo a teoria
de sair do polo positivo e ir ao negativo, diminuindo o potencial de acordo com a distância.
É possível perceber também que as linhas de campo elétrico interceptam de maneira
perpendicular as superfícies equipotenciais, fazendo com que o cálculo do módulo desta grandeza
possa ser determinado apenas com o valor do potencial e da distância dada entre os dois potenciais.
Neste experimento também foi possível perceber o funcionamento de um capacitor, ao ligar
duas placas paralelas com diferença de potencial aplicado a essas placas.
REFERÊNCIAS

HALLIDAY, David e RESNICK, Robert. Fundamentos de Física: Eletromagnetismo. 8ª ed.


vol.3. Rio de Janeiro: Jearl Walker - 2009. Tradução e revisão técnica: Ronaldo Sergio de Biasi.

MACHADO, Kleber D. Teoria do Eletromagnetismo. 1ª ed. Vol.1. Ponta Grossa, UEPG – 2000.
Revisão: Hein Leonard Bowles.

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