Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
net/publication/303405928
CITATIONS READS
0 3,952
5 authors, including:
Some of the authors of this publication are also working on these related projects:
All content following this page was uploaded by Homero Sette on 23 May 2016.
Este artigo foi reproduzido do original entregue pelo autor, sem edições, correções e considerações feitas pelo comitê técnico deste evento.
Outros artigos podem ser adquiridos através da Audio Engineering Society, 60 East 42nd Street, New York, New York 10165-2520, USA,
www.aes.org. Informações sobre a seção brasileira podem ser obtidas em www.aesbrasil.org. Todos os direitos reservados. Não é permitida a
reprodução total ou parcial deste artigo sem autorização expressa da AES Brasil.
__________________________________
Revisão 22 - 05 - 2016
Resumo
Um grupo de ex-alunos, veteranos de diversos Cursos no IAV, resolve fazer mais um: o de Eletrônica Aplicada ao Áudio,
desejosos que estavam de conhecer melhor os dois lados da moeda …
Com exceção do Igor, Engenheiro Mecatrônico, o Luis Lima e o Vitor Cunha, que são músicos (respectivamente guitarra e
baixo), e o Alain, operador de áudio e empresário do ramo, não possuíam conhecimentos de eletricidade e eletrônica que os
permitisse entender os processos tecnológicos por dentro dos equipamentos utilizados em estúdios e sonorização em geral.
Daí optaram por fazer o novo curso. Mal sabiam eles…
Bem, conforme aquela piada, “no princípio foi duro…” (não para o Igor), o embasamento em eletricidade e análise de
circuitos levou alguns, em determinados momentos, literalmente ao desespero … mas, ao fim de um ano, os conceitos foram se
encaixando, formaram um todo coerente e passaram a fazer sentido.
O Professor, vendo que nem todos iriam desistir, foi obrigado a continuar, ou seja, teve que encontrar uma aplicação prática
para toda a teoria exercitada e exorcizada. Lembrou-se de seu Curso Técnico de Eletrônica, na Escola Técnica Federal do RJ,
hoje CEFET, iniciado em 1965, onde a montagem de circuitos e amplificadores valvulados ocupou boa parte dos dois primeiros
anos. Fez a proposta (decente) e a turma topou com entusiasmo: projetar e montar dois amplificadores valvulados, um para
guitarra e outro para Hi-Fi (termo, hoje, vintage).
Bem, eles fizeram tudo e de tudo: descobriram que aquelas argolinhas coloridas nos resistores não eram enfeite, que o ferro
de solda ligado sobre a mesa queima quem puser a mão por cima, que as válvulas esquentam e que se um tal de aterramento não
for feito segundo a melhor teoria do pé de galinha o hum vem feroz … Até o chassi projetaram e desenvolveram, alem dos
transformadores de força e de saída e levantaram as curvas características das 12AU7, 12AX7 e EL34. Quem diria …
Após alguns meses pegando no duro (afinal estavam lidando com hardware), eis que os amplificadores funcionaram, e bem !
Mas, em que caixas ligar ? Amplificadores de tão nobre estirpe não poderiam interligar-se promiscuamente com caixas plebéias !
Bom, aí toca aprender a projetar caixas…
Felizmente tivemos o apoio da AMERCO, importadora dos falantes FAITAL (italianos) que nos forneceu todos os produtos
solicitados (que não foram poucos) e a BOOMBASTIC construiu (com muito esmero) os gabinetes projetados.
Bem, sei que me excedi neste resumo… mas fi-lo por desconfiar que no trabalho em si eu, H7, não terei muita chance de me
pronunciar e, quem desejar saber mais, e ouvir os resultados dessa experiência, que assista a apresentação do grupo, na AES !
Amplificador Valvulado e Caixas High End
Uma Experiência Didático - Pedagógica
Introdução
No entanto, Sir John Ambrose Fleming, um físico inglês, que também notara o escurecimento das
lâmpadas, e estudou o fenômeno em 1883, voltou ao tema em 1888 e em 1904 entrou com um pedido de
patente para o uso do Efeito Edison em um diodo, empregado como detector (retificador) de ondas de rádio,
na Marconi Wireless Telegraph Company.
Dois anos depois, em 1906, Lee De Forest adicionou uma grade de controle, entre o filamento e a
placa do diodo de Fleming, criando a válvula triodo (três eletrodos), denominada Audion, que tinha a
importante propriedade de amplificar sinais elétricos. Neste momento surgiu a amplificação eletrônica.
Todas essas descobertas encontraram aplicação, imediata, na recepção de sinais de rádio.
Eletrônica e rádio eram praticamente sinônimos e isso impulsionou a pesquisa sobre válvulas e sua utilização
que logo diversificou para um sem número de aplicações.
Os pioneiros da era da válvula.
O diodo inventado por Fleming, em versão de 1905. Versão comercial pouco antes de 1910.
Diodo de aquecimento direto e a emissão termoiônica. O triodo e sua grade controlando o fluxo de elétrons.
Lee D. Forest inventor do triodo, em 1906, que denominou Triodo de aquecimento indireto.
Audion, o primeiro dispositivo capaz de amplificar, inaugurou a era da eletrônica. A válvula menor, em sua mão esquerda
era usada em rádios receptores e especificada para 1 Watt. A maior, um tipo para transmissão suportava 250 Watts.
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Lee_De_Forest_with_Audion_tubes.jpg
Ebb IB Rk EB IB R L IB Rk R L EB
EGK EC IB Rk
EB IB RP
Reta de Carga:
Como Ebb IB Rk R L EB
Ebb
Para IB = 0 teremos EB = Ebb ; Para EB = 0 teremos IB
Rk R L
Unindo esses dois pontos obteremos a reta de carga, lugar geométrico do ponto quiescente.
EC1
Primeiro Ponto: IB1
Rk
EC2
Segundo Ponto: IB2
Rk
IB2 EC2
IB1 EC1
O ponto quiescente fica na interseção da reta de Carga com a Reta de Polarização de Grade.
Entendendo a Reta de Carga
Ebb IB Rk R L EB (A tensão aplicada Ebb é igual à soma das quedas de tensão em Rk, R L e EB).
Ebb EB
IB (Dividindo ambos os membros da equação acima por Rk R L ) .
Rk R L Rk R L
y a x b
1 Ebb
IB EB
Rk R L Rk R L
4.5
3.5
Ib em mA
2.5
2
1.8
1.5
0.5
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180 190 200 210 220 230 240 250 260 270 280 290 300
Eb em Volts
Fig. 0.3 - Solução gráfica do sistema não linear da Fig. 0.4, através da reta de carga.
A curva azul, na Fig. 0.3, representa a relação corrente x tensão na placa de um triodo, para EC = 0
Volts, ou seja, com tensão nula entre grade e catado, dada pela Lei dos 3 / 2 de Child: IB 10 3 EB 1,5 .
A curva vermelha, denominada reta de carga, representa o lugar geométrico dos pares corrente-tensão
que definem a resistência de carga R L , para quaisquer tensões variando de 0 a Ebb Volts (lei de Ohm).
Como a resistência de placa, RP, do triodo (é não linear, pois varia com a tensão EB) está em série
com R L , a corrente solução do circuito é comum aos dois resistores, RP e R L . Já as suas quedas de tensão,
somadas, sempre igualam Ebb (neste caso não existe resistor no catodo).
A lei dos 3/2 de Child, para um triodo, é dada pela equação IB A EC EB / onde EC 0 .
1,5
EB IB RP RP EB / IB
EL IB RL RL EL / IB
Ebb EB IB RL
IB EB 1,5 1
10 3 10 3 EB 0,5
EB EB RP
10 3
RP (em K ) Fig. 0.4 - Resistência não linear RP, em série com R L ,
EB onde RP = 10 3 / EB , em KΩ , dada pela lei de Child.
1 Ebb
IB EB
RL RL
Confirmando os Resultados
Na Fig. 0.3 o ponto de interseção das curvas indica que a corrente no circuito é aproximadamente
igual a 1,9 mA , sendo a tensão entre placa e catodo igual a 155 Volts, de modo que a tensão em R L será
dada pela diferença 250 V – 155 V = 95 Volts.
Como IB 10 3 EB 1,5 10 3 155 1,5 1,93 mA, o que confirma o resultado obtido no gráfico.
10 3 10 3
O valor de RP, no ponto de operação, será igual a RP 80,3 K . Este valor também
EB 155
EB 155 V
poderá ser obtido através de RP 80,3 K
IB 1,93 mA
EB 250 V
A corrente no circuito será igual a IB 1,92 mA
RP R L 130,3 K
Conforme acima os resultados obtidos no gráfico foram confirmados pela solução analítica (cálcu-
los). No entanto, como a lei de Child não é uma representação perfeita para as válvulas existentes no mundo
real, torna-se muito mais prático utilizar as curvas características das válvulas, que as representam muito
melhor que a lei de Child, e sobre elas traçar a reta de carga, para obter graficamente o ponto de operação.
Os parâmetros que caracterizam o comportamento das válvulas, definidos a seguir, podem ser obtidos
a partir das curvas características das válvulas, de modo muito mais preciso do que se fossem calculados
pela lei de Child.
As quantidades DC são representadas por letras maiúsculas e as AC, a seguir, por minúsculas.
Parâmetros da Válvula
Fig. 0.5 – Determinação dos parâmetros da válvula a partir da curva característica levantada em uma das aulas.
rp gm Circuito equivalente
Válvula AC da válvula, para
K mili Siemens
6C4 20 6,3 3,1 pequenos sinais, re-
6CW4 68 5,4 12,5 presentada por fonte
6SL7 70 44 1,6 controlada egk em
12AT7 55 5,5 10 série com uma resis-
12AU7 17 7,7 2,2 tência rp, percorrida
12AX7 100 62 1,6 pela corrente ib.
7895 74 7,3 10,9
Fig. 0.6 – Circuito
Exemplos de parâmetros de algumas válvulas muito utilizadas. equivalente AC.
Como a Válvula Amplifica
Fig. 0.7 – Sinal de entrada aplicado na grade e sinal de saída amplificado obtido na placa.
O semi ciclo positivo do sinal de entrada faz a grade permitir a passagem de mais elétrons,
aumentando a corrente de placa, o que provoca redução na tensão de placa, pois Ebb EB IB RL .
O semi ciclo negativo do sinal de entrada faz a grade conduzir menos, diminuindo a corrente de
placa, o que provoca elevação na tensão de placa, pelo mesmo motivo anterior: Ebb EB IB RL
Isso explica a inversão de fase. A amplificação deve-se ao elevado valor da queda de tensão produzida pela
componente alternada da corrente de placa, na resistência de carga, colocada entre a placa e a fonte Ebb.
Amplificador Catodo Comum Amplificador Catodo Comum
ein
ib
rp R L
ein
eO i b R L RL
rp R L
eO RL
AV
ein rp R L rp
1
RL
Impedâncias de Entrada e Saída
Zin Rg
Fig. 1.2 – Circuito equivalente AC. Fig. 1.3 – Circuito equivalente AC, com egk ein .
Amplificador Catodo Comum Amplificador Catodo Comum com Realimentação por Rk
Com Realimentação por Rk
egk ein i b Rk
egk ein i b Rk
egk ein i b Rk
ib
Rk rp R L Rk rp R L
ein Rk
ib ib
Rk rp R L Rk rp R L
Rk ein
ib ib
Rk rp R L Rk rp R L
ein Rk rp R L
ib
Rk rp R L Rk rp R L Rk
ein
ib A resistência Rk aparece na placa multiplicada por 1 .
1 Rk rp R L
ein R L
eO i b R L
1 Rk rp R L
eO RL
AV
ein 1 Rk rp R L
Fig. 1.5 – Circuito equivalente AC. Fig. 1.6 – Circuito equivalente AC visto pela placa.
Impedâncias de Entrada e Saída
Zin Rg
1
ZO rp Rk 1 / / R L
1 1
rp Rk 1 RL
egk ein i b Rk
egk ein i b Rk
ib
Rk rp Rk rp
Fig. 1.7 – Diagrama esquemático do seguidor de catodo.
ein Rk
ib ib
Rk rp Rk rp
Rk ein Rk Rk rp Rk ein
ib ib i b 1 ib
Rk rp Rk rp Rk rp Rk rp Rk rp
A V é ligeiramente menor que 1, e o potencial do catodo segue o da grade, daí o nome: seguidor de catodo.
Dividindo numerador e denominador da expressão da corrente de placa i b , por 1 , obteremos um
resultado que leva ao circuito equivalente, visto pelo catodo, da Fig. 1.9 .
ein
ein 1
ib
1 Rk rp Rk rp
1
Neste circuito podemos constatar que todas as impedâncias e geradores de tensão AC, existentes na
placa, aparecem no catodo divididos por 1 .
1
= 100
0.98 = 80
= 60
0.96 = 40
= 30
Ganho do Seguidor de Catodo em Vezes
0.94 = 20
= 15
0.92 = 10
0.9
0.88
0.86
0.84
0.82
0.8
0.78
0.76
0.74
0.72
0.7
-1 0 1 2
10 10 10 10
rp / Rk
Ganho do Seguidor de Catodo em função do cociente rp / Rk .
4
10
= 10
= 15
= 20
= 30
do Seguidor de Catodo
= 40
= 50
= 60
= 70
= 80
3 = 100
10
Impedância de Saída
2
10
1
10
3 4 5
10 10 10
rp
Impedância do Seguidor de Catodo em função de rp.
rp
Válido para Rk
1
Circuito Seguidor de Catodo
Fig. 1.8 – Circuito equivalente AC. Fig. 1.9 – Circuito equivalente AC visto pelo catodo.
Impedância de Saída
O circuito da Fig. 1.9 mostra que a impedância de saída, vista pelo catodo, é dada por:
1
ZO rp / 1 / / Rk1 Rk 2 rp / 1 / / Rk
1 1
rp Rk
Como Rk é muito maior que rp / 1 podemos concluir que a impedância de saída, vista pelo
catodo, será bastante baixa e ligeiramente inferior a rp / 1 .
Impedância de Entrada
Fig. 1.10 – Circuito de entrada do seguidor de catodo. Fig. 1.11 – Circuito equivalente de entrada do seguidor.
ein
1 ein Rk 2 ein Rk 2
E Th Rk 2
Rk1 Rk 2
rp Rk1 Rk 2 1 rp 1 Rk rp
1
1 Rk 2 Rk 2
R Th
1 1 Rk 2 Rk 2 1
1 1
Rk1
rp Rk 2 Rk1
rp Rk1 1 rp
1 1
Rk 2 Rk 2 Rk1 1 rp
R Th
Rk 2 1 Rk1 1 rp Rk 2 1 Rk1 1 rp
Rk1 1 rp
Rk 2 Rk1 1 rp Rk 2 Rk1 1 rp
R Th
Rk1 Rk 2 1 rp Rk 1 rp
Rk 2 Rk 2
ein ein 1
iin
ein E Th
1 Rk rp
ein
1 Rk rp
R Th Rg Rk 2 Rk1 1 rp Rk 2 Rk1 1 rp
Rg Rg
Rk 1 rp Rk 1 rp
Rk 2 Rk 2 Rk1 1 rp
1 Rg
iin
1 Rk rp e
ZIN in
Rk 1 rp
ein Rk 2 Rk1 1 rp iin 1
Rk 2
Rg
Rk 1 rp 1 Rk rp
Rk 2 Rk1 1 rp Rk 2 Rk1 1 rp Rg Rk 1 rp
Rg
Rk 1 rp Rk 1 rp
ZIN
1
Rk 2 1 Rk rp Rk 2
1 Rk rp 1 Rk rp
Rk 2 Rk1 1 rp Rg Rk 1 rp
ZIN
1 Rk rp Rk 2
1 Rk rp Rk 2 Rk1 Rk 2 Rk1 Rk 2 rp Rk 2
1 Rk rp Rk 2 Rk1 Rk 2 Rk1 Rk 2 rp Rk 2
1 Rk rp Rk 2 Rk1 Rk1 Rk 2 rp 1 Rk1 Rk 2 rp
Rk 2 Rk1 1 rp Rg Rk 1 rp Rk 2 Rk1 1 rp Rg Rk 1 rp
ZIN
1 Rk1 Rk 2 rp Rk1 Rk1 Rk 2 rp
Rk 2 Rk1 1 rp Rg Rk 1 rp
ZIN como Rk1 Rk rp Rk , vem:
Rk1 Rk rp
Rk 2 Rk1 1 rp Rg Rk 1 Rk 2 Rk1 1 rp
ZIN Rg 1
Rk Rk
Rk 2 Rk1 1 Rk 2 rp Rk 2 Rk1 1 Rk 2 rp
ZIN Rg 1 Rg 1
Rk Rk1 Rk 2
Rk 2 Rk1 Rk 2 rp
ZIN 1 Rg 1 multip. e dividindo o 2º termo por Rk1 , vem:
Rk1 Rk 2 Rk1 Rk 2
Rk 2 Rk1 Rk 2 Rk1 rp
ZIN 1 Rg 1 Como Rk1 Rk 2 , vem:
Rk1 Rk 2 Rk1 Rk 2 Rk1
rp
ZIN Rk1 1 Rk1 Rg 1 Rk1 1 rp Rg 1 desprezando rp:
Rk1
ZIN Rk1 1 Rg 1
Fig. 1.12 – Diagrama esquemático do inversor de fase. Fig. 1.13 – Circuito equivalente do inversor de fase.
egk
ib (analisando o circuito de placa)
Rk rp R L
Combinando as duas equações anteriores, temos:
Rk ein Rk ein
ib ib i b 1
Rk rp R L Rk rp R L Rk rp R L Rk rp R L
Rk rp R L Rk e in
ib
Rk rp R L Rk rp R L
ein Rk rp R L ein
ib ib
Rk rp R L Rk rp R L Rk 1 Rk rp R L
ein R L ein R K
eOP i b R L ; eOK i b R K
1 Rk rp R L 1 Rk rp R L
eOP RL eOK RK
A VP ; A VK
ein 1 Rk rp R L ein 1 Rk rp R L
Se R L Rk Rk1 Rk 2 eOP e K A VP A VK A VP A VK
As equações acima valem quando os sinais de saída são aplicados em circuitos com impedância de
entrada elevada. Caso contrário o sinal de saída em placa terá amplitude menor que o tomado no catodo,
devido à maior impedância da saída em placa.
A expressão da corrente de placa, do inversor de fase, leva ao circuito equivalente, visto pela placa,
mostrado na Fig. 1.14, que permite calcular a impedância de saída na placa através da equação abaixo:
1 1
ZOP rp Rk 1 / / R L
1 1 R L rp Rk 1
rp Rk 1 RL rp Rk 1 R L
rp
1 R L
rp Rk 1 R L Rk 1 RL RL RL
ZOP
R L rp Rk 1 R L rp
1 1
rp 1
1
2
Rk 1 RL 1 1
1
1
Fig. 1.14 – Circuito equivalente AC visto pela placa. Fig. 1.15 – Circuito equivalente AC visto pelo catodo.
Podemos constatar que todas as impedâncias e geradores de tensão AC, existentes na placa, aparecem no
catodo, divididos por 1 , onde Rk Rk1 Rk 2 .
ein
ein 1
ib
1 Rk rp R L Rk
rp R L
1
1
ZOK rp R L / 1 / / Rk1 Rk 2 rp R L / 1 / / Rk
1 1
rp R L Rk
ZOK
Rk
Rk
rp R L Rk
1 Rk 1 1 Rk rp R L 1 Rk rp R L
rp R L rp R L
rp R L RL RL
ZOK (considerando R L Rk e desprezando rp)
1
rp R
L 1 1 2
Rk Rk
RL
ZOK
Pelo motivo acima a amplitude do sinal de saída no catodo tende a tornar-se maior que o da placa, em
virtude das impedâncias de entrada do estágio seguinte, que atuam como carga.
Impedância de Entrada do Inversor de Fase
Fig. 1.16 – Circuito de entrada do inversor de fase. Fig. 1.17 – Circuito equivalente de entrada do inversor.
ein
1 ein Rk 2 ein Rk 2
E Th Rk 2
Rk1 Rk 2
rp R L Rk1 Rk 2 1 rp R L 1 Rk rp R L
1
1 Rk 2 Rk 2
R Th
1 1 Rk 2 Rk 2 1
1 1
rp R L Rk 2 rp R L Rk1 1 rp R L
Rk1 Rk1
1 1
Rk 2 Rk 2 Rk1 1 rp R L
R Th
Rk 2 1 Rk1 1 rp R L Rk 2 1 Rk1 1 rp R L
Rk1 1 rp R L
Rk 2 Rk1 1 rp R L Rk 2 Rk1 1 rp R L
R Th
Rk1 Rk 2 1 rp R L Rk 1 rp R L
Rk 2 Rk 2
ein ein 1
iin
ein E Th
1 Rk rp R L
ein
1 Rk rp R L
R Th Rg Rk 2 Rk1 1 rp R L Rk 2 Rk1 1 rp R L
Rg Rg
Rk 1 rp R L Rk 1 rp R L
Rk 2 Rk 2 Rk1 1 rp R L
1 Rg
iin
1 Rk rp R L e
ZIN in
Rk 1 rp R L
ein Rk 2 Rk1 1 rp R L iin 1
Rk 2
Rg
Rk 1 rp R L 1 Rk rp R L
Rk 2 Rk1 1 rp R L Rg Rk 1 rp R L
Rk 1 rp R L
ZIN
1 Rk rp R L Rk 2
1 Rk rp R L
Rk 2 Rk1 1 rp R L Rg Rk 1 rp R L
ZIN
1 Rk rp R L Rk 2
1 Rk rp R L Rk 2 Rk1 Rk 2 Rk1 Rk 2 rp R L Rk 2
1 Rk rp R L Rk 2 Rk1 Rk 2 Rk1 Rk 2 rp R L Rk 2
1 Rk rp R L Rk 2 Rk1 Rk1 Rk 2 rp R L 1 Rk1 Rk 2 rp R L
Rk 2 Rk1 1 rp R L Rg Rk 1 rp R L
ZIN
1 Rk1 Rk 2 rp R L
Rk 2 Rk1 1 rp R L Rg Rk 1 rp R L
ZIN
Rk1 Rk1 Rk 2 rp R L
Rk 2 Rk1 1 rp R L Rg Rk 1 rp R L
ZIN desprezando rp, vem:
Rk1 Rk rp R L
Rk 2 Rk1 1 R L Rg Rk 1 R L
ZIN
Rk1 Rk R L
Rk 2 Rk1 1 R L Rg Rk 1 R L
ZIN
Rk R L
Rk 2 Rk1 1 rp R L Rg Rk 1 Rk 2 Rk1 1 rp
ZIN Rg 1
Rk R L Rk R L
Rk 2 Rk1 1 Rk 2 rp Rk 2 Rk1 1 Rk 2 rp
ZIN Rg 1 Rg 1
Rk Rk1 Rk 2
Rk 2 Rk1 Rk 2 rp
ZIN 1 Rg 1 multip. e dividindo o 2º termo por Rk1 , vem:
Rk1 Rk 2 Rk1 Rk 2
Rk 2 Rk1 Rk 2 Rk1 rp
ZIN 1 Rg 1 Como Rk1 Rk 2 , vem:
Rk1 Rk 2 Rk1 Rk 2 Rk1
rp
ZIN Rk1 1 Rk1 Rg 1 Rk1 1 rp Rg 1 desprezando rp:
Rk1
Desse modo, com impedância de entrada elevada, e ganho de tensão aproximadamente unitário, o
seguidor de tensão é o buffer ideal para transformar um gerador de alta impedância interna em outro, de
mesma força eletro-motriz, mas com baixa impedância de saída.
Circuito Somador
egk1 egk 2
rp rp
EO
1 1 1
rp RL rp
eein1 eein 2
EO
2
E O ein1 E O ein 2
E O ein1 i b1 Rk rp i b1 Logo, i b2
Rk rp Rk rp
2 E O ein1 ein 2
i b1 i b2 R L E O RL
Rk rp
E O Rk rp 2 E O R L ein1 ein 2 R L
2 R L E O ein1 ein 2 R L
ein1 ein 2
EO
2
Amplificador Diferencial
egk1 i b1 Rk1 Rk 2 rp R L i b2 Rk 2 0
egk1 i b1 Rk rp R L i b2 Rk 2
ein1 i b1 Rk i b2 Rk 2 i b1 Rk rp R L i b2 Rk 2
ein1 i b1 Rk i b2 Rk 2 i b1 Rk rp R L i b2 Rk 2
ein1 i b1 Rk Rk rp R L i b2 Rk 2 Rk 2
ein1 i b1 Rk 1 rp R L i b2 Rk 2 1
ein 2 i b1 Rk 2 1 i b2 Rk 1 rp R L
Rk 1 rp R L Rk 2 1
Rk 2 1 Rk 1 rp R L
Rk 1 rp R L Rk 2 1
2 2
ein1 Rk 2 1 Rk 1 rp R L ein1
i b1 ; i b2
ein 2 Rk 1 rp R L Rk 2 1 e in 2
i b1 ein1 Rk 1 rp R L ein 2 Rk 2 1
i b2 ein 2 Rk 1 rp R L ein1 Rk 2 1
i b1 ein1 Rk 1 rp R L ein 2 Rk 2 1
i b1
Rk 1 rp R L Rk 2 1
2 2
i b2 ein 2 Rk 1 rp R L ein1 Rk 2 1
i b2
Rk 1 rp R L Rk 2 1
2 2
ein1 Rk 1 rp R L ein 2 Rk 2 1
E O1 i b1 R L RL
Rk 1 rp R L Rk 2 1
2 2
ein 2 Rk 1 rp R L ein1 Rk 2 1
E O2 i b2 R L RL
Rk 1 rp R L Rk 2 1
2 2
EO
E O E O1 E O2 i b1 R L i b2 R L i b2 i b1 R L i b2 i b1
RL
EO ein 2 Rk 1 rp R L ein1 Rk 2 1
...
Rk 1 rp R L Rk 2 1
2 2
RL
ein1 Rk 1 rp R L ein 2 Rk 2 1
Rk 1 rp R L Rk 2 1
2 2
EO ein 2 ein1 Rk 1 rp R L ein 2 ein1 Rk 2 1
Rk 1 rp R L Rk 2 1
2 2
RL
EO Rk 1 rp R L Rk 2 1
ein 2 ein1
Rk 1 rp R L Rk 2 1
2 2
RL
EO Rk rp R L Rk 2
ein 2 ein1
1 Rk 1 rp R L Rk 2 1
2 2
RL
EO Rk1 rp R L
ein 2 ein1
Rk 1 rp R L Rk 2 1
2 2
RL
EO Rk1 R L
ein 2 ein1
Rk 1 R L Rk 2 1
2 2
RL
EO Rk1 R L
ein 2 ein1
Rk 1 2 Rk 1 R L R 2L Rk 2 1
2 2
RL
EO Rk1 R L
ein 2 ein1
RL 2 Rk 1 R L R 2L
EO RL
ein 2 ein1
RL 2 Rk 1 R L R 2L
R 2L
E O ein 2 ein1
2 Rk 1 R L R 2L
1
E O ein 2 ein1 ein 2 ein1
2 Rk 1
1
RL
E O ein 2 ein1
Efeito Miller
Imp. entre entrada e saída de amplificador. Circuito equivalente. Impedância vista na entrada.
E IN E O E A V E IN 1 AV
I IN IN E IN
ZF ZF ZF
E IN ZF
ZIN
I IN 1 AV
Capacitância entre entrada e saída do amp. Circuito equivalente. Capacitância vista na entrada.
1
Se ZF (um capacitor), vem:
s CF
ZF 1 1
ZIN CIN CF 1 A V
1 AV s CF 1 A V s CIN
Isto significa que a capacitância CF , conectada entre os terminais de entrada e saída, aparece multiplicada na
entrada por 1 A , ou seja, CIN CF 1 A .
Se A 1 esta capacitância aparecerá muito maior, entre os terminais de entrada, o que poderá ter grandes
conseqüências na resposta de freqüência do circuito.
Exemplo: Se A = 10, a capacitância vista na entrada será 11 vezes maior que a existente entre entrada e
saída.
Efeito Miller em Válvulas
A figura abaixo detalha as capacitâncias parasitas entre os eletrodos da válvula e como a capacitância
entre placa e catodo aparece refletida entre grade e catodo, pelo Efeito Miller, multiplicada por 1 A V , o
que acentua o seu valor, além de somar-se com a capacitância entre grade e catodo, formando uma capaci-
tância de entrada Cin.
Embora a capacitância Cin, acentuada pelo Efeito Miller, possa reduzir a resposta de freqüência nas
altas freqüências, sendo por isso indesejada, podemos aproveitá-la como filtro passa baixas no sentido de
atenuar possíveis rádio freqüências captadas, acrescentando um resistor em série com a grade, Rgs (Grid
Stopper Resistor).
Resistor Rgs, em série com a grade, formando um filtro passa baixas com Cin, para atenuar rádio freqüências.
A capacitância Cin pode ser medida a partir da freqüência de corte, produzida em conjunto com o
resistor Rgs, conforme as equações abaixo, onde F3 é a freqüência a – 3 dB produzida pelo filtro passa
baixas acima. Basta aplicar um gerador de áudio, em paralelo com Rg , e variar a freqüência até encontrar o
ponto de – 3 dB, para obter F3 .
1 1
Rgs CIN
2 F3 CIN 2 F3 Rgs
Grid Resistors - Why Are They Used?
http://www.aikenamps.com/index.php/grid-resistors-why-are-they-used
General
If you look at the schematic of a typical guitar amplifier, you will notice that there is a resistor in series with the grid of the first
tube, usually around 68K or so, and there is also a resistor in series with the grid of the power tubes, usually 1.5K or 5.6K, and
you may occasionally see very large value resistors, such as 470K or greater, in series with tube grids in high-gain preamps.
Some amplifiers have no such grid resistors, and occasionally people will recommend removing them to supposedly "increase the
gain" of that stage. What is the purpose of these resistors, and should you remove them?
7.6
7.2
6.8
6.4
6
-
5.6
12AU7
5.2
4.8
4.4
4
3.6
3.2
2.8
2.4
2
1.6
1.2
0.8
0.4
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180 190 200 210 220 230 240 250 260 270 280 290 300 310 320 330 340 350
Eb em Volts
Curva característica da válvula 12AU7 levantada em aula a partir dos pontos medidos.
1.2
1.16
1.12
1.08
0
1.04
- 0,5
1 -1
- 1,5
0.96 -2
- 2,5
0.92
-3
0.88 - 3,5
-4
0.84
0.8
0.76
Ib em mA
0.72
0.68
0.64
0.6
-
0.56
12AX7
0.52
0.48
0.44
0.4
0.36
0.32
0.28
0.24
0.2
0.16
0.12
0.08
0.04
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180 190 200 210 220 230 240 250 260 270 280 290 300 310 320 330 340 350
Eb em Volts
Curva característica da válvula 12AX7 levantada em aula a partir dos pontos medidos.
A Visão de Alain Patrick
Em uma era onde a Integridade Sonora e as amplas possibilidades oferecidas pela tecnologia digital imperam no universo
do áudio, o sonho de se criar ou simular equipamentos analógicos vintage (entre os quais os consagrados valvulados) permanece
vivo. Isto vale não só para audiófilos, mas para fãs de música e aficionados por áudio, continuando vivo o desejo implacável pela
busca da mais alta qualidade sonora, objetivo que une parâmetros da tecnologia com os da percepção sonora.
Montar um amplificador valvulado sempre foi um sonho.
Lembro-me de ter passado em frente à suntuosa fachada da loja da McIntosh (considerada uma das maiores marcas do gênero) em
Manhattan, NYC, anos atrás, e ter ficado fascinado com os modelos em exposição.
A partir do final de 2014, tivemos a oportunidade única de ter aulas com um dos grandes profissionais do áudio - o Prof.
Homero Sette - que nos ensinou 'Eletrônica Aplicada Ao Áudio'.
Durante este ano e meio de curso aprendemos os elementos necessários para a construção de um equipamento com excelência, dos
transformadores aos diodos, e mais do que isso - percebemos que todos aqueles fundamentos absorvidos, de física e matemática,
durante o ginásio e colegial tinham relação muito mais direta com os sons que escutamos no dia a dia do que imaginávamos.
Foi durante o Curso que tivemos a oportunidade de conhecer as características técnicas e as vantagens sonoras de um
amplificador valvulado. E, melhor, que poderia ser produzido por nós.
O mais interessante foi poder observar e escutar a comprovação de todos os cânones teóricos da eletrônica, na prática. Muito mais
impulsionado pelo entusiasmo musical do que propriamente pelo conhecimento técnico, em um primeiro momento resolvi lançar-
me na construção de um amplificador valvulado como trabalho de conclusão deste curso. O equipamento deveria fornecer um som
de grande fidelidade.
Os primeiros passos consistiram na busca de uma fonte capaz de alimentar o circuito do Pré Amplificador. O Prof. Ho-
mero orientou no dimensionamento dos circuitos, incluindo a fonte inicial, cujos componentes procurei, comprei e soldei, inicial-
mente de maneira inadequada, com ferro de solda de potência menor que o necessário, e com direito a todos os erros e tropeços
comuns na vida de um iniciante.
Devidamente orientado, parti para a compra dos componentes a serem utilizados no circuito do Pré:
Capacitores, diodos, resistores, fios, e principalmente, os transformadores de força e saída, que foram cuidadosamente especifica-
dos para que obtivéssemos um amplificador de excelente desempenho e confiabilidade. Aprendemos que a "maior rejeição de
modo comum é obtida com transformador, e não com circuitos eletrônicos". Em vista disso, e já prevendo a possibilidade de ru-
ído, consegui com o Vitório Massoni, da EAM, um par de transformadores de sinal, de alta qualidade, tipo Jensen, que felizmente
não precisaram ser utilizados e estão cuidadosamente guardados para futura necessidade...
Tornei-me assíduo nas lojas de componentes eletrônicos da Santa Ifigênia, e adjacências, e graças a essa pesquisa encon-
trei dois bons fornecedores: um de válvulas, onde adquiri todas as necessárias, das marcas Mullard, Tung Sol e J.J., e uma empresa
especializada no enrolamento de transformadores que produziu o transformador de força e o de saída conforme nossas especifica-
ções e foram plenamente aprovados em todos os testes, inclusive de aquecimento, pois funcionam sem elevação significativa de
temperatura.
Naquele momento (após aproximadamente quatro a
cinco meses de curso), todo o conteúdo teórico inicial de
eletricidade aplicado ao Audio já tinha sido ministrado pelo
Prof. Homero (dos fundamentos aos resistores, capacitores,
indutores e transformadores) e estávamos iniciando as aulas
práticas. Como já tinha me lançado na compra dos
componentes do meu amplificador, e os demais alunos ainda
não tinham embarcado nos seus respectivos trabalhos de
conclusão, as aulas práticas acabaram sendo direcionadas para
os testes do meu equipamento, o que acabou de certa forma
dando aos demais alunos a dimensão que, com a orientação do
nosso professor, era possível empreender algo daquele nível.
Foi então que tive a idéia de propor uma parceria com o meu
amigo de sala, Vítor, também interessado em criar um
equipamento valvulado Hi-Fi. Com muito mais habilidade
técnica do que eu, ele abraçou a empreitada e juntamos as
forças; passamos a pesquisar, comprar e soldar todos os itens
necessários naquele primeiro momento: os circuitos do pré e de
potência em uma aranha, para os primeiros testes de resposta
de frequência dos transformadores e dos circuitos valvulados.
Felizmente os resultados foram excelentes.
Com pouco mais de um semestre, propus ao Vítor que nos
aliássemos ao Igor, no projeto, devidamente orientados pelo Primeira montagem no chassi.
Professor Homero, uma vez que enxerguei neste time uma
combinação de habilidades capaz de lidar com todos os obstáculos em uma jornada desta complexidade.
Formalizamos nossa parceria, Igor – Vitor – Alain, em um final de tarde de sábado.
Levamos (eu e o Vítor) uma boa quantidade de semanas para pesquisar e negociar com metalúrgicas a melhor solução,
em termos de chassi e, em seguida, ficou a cargo dele o desenvolvimento do desenho em autocad e no software da máquina de
corte, o que ele executou brilhantemente. Nosso chassi ficou excelente.
Despendemos ainda algumas tardes na oficina do Vítor realizando algumas furações adicionais no chassi, que não havíamos pre-
visto inicialmente, mas que se tornaram necessárias.
Com o chassi finalizado, coube ao Igor o redimensionamento e a soldagem dos circuitos de pré e potência na “nova casa”,
tarefa que realizou com incrível categoria, feito duplicado pelo Vítor no segundo canal, já que havíamos optado por um amplifica-
dor estéreo.
Finalmente, cerca de um ano após o início das aulas, tudo estava pronto para ser testado, e a resposta de frequência do nosso Am-
plificador - batizado de Grandmaster em homenagem ao nosso professor - teve uma variação máxima de 1dB de 20 a 40.000 Hz.
Sem a ajuda dos meus nobres amigos Vítor Cunha e Igor Bastos, e da orientação do Prof. Homero Sette, este projeto jamais teria
sido concluído.
Deixo aqui o meu sincero e profundo agradecimento a todos.
Quanto à evolução do projeto do ponto de vista prático, destacamos as distintas fases:
1 - Pesquisa dos fornecedores e compra dos componentes, entre os quais, válvulas, diodos, capacitores, resistores, fios, e transfor-
madores;
2 - Soldagem dos circuitos de pré e potência em uma aranha, para testarmos a qualidade e adequação dos componentes e circuitos,
através das curvas de resposta de todos os estágios;
3 - Pesquisa de fornecedores de chassi, para posterior design e programação do protótipo (feitos brilhantemente pelo Vítor);
4 - Soldagem dos circuitos de pré e potência para readequar os circuitos ao novo chassi (feita pelo Igor), e todas as adaptações que
se fizeram necessárias;
5 - Medições das respostas de frequência dos circuitos de pré e potência que revelaram excelente resposta de frequência, com
variações máximas de 1dB, de 20 a 40.000 Hz, e audições de músicas de referência.
1 – Inicie com Ec = 0 e Eb = 0 .
2 – Meça Ib .
Não se surpreenda se você encontrar uma corrente
Ib circulando. Alguns elétrons possuem muita energia.
3 – Aumente negativamente a tensão Ec .
Por exemplo - 2 V (mas isso depende da válvula).
4 – Aumente sucessivamente a tensão Eb, medindo Ib.
Por exemplo, de 5 em 5 V, medindo IB a cada valor.
5 – Para novos acréscimos negativos em Ec repita (4).
6 – E assim sucessivamente, sem ultrapassar os limites
máximos de tensão, corrente ou potência, da válvula.
7 – Registre em uma tabela todos os valores medidos.
8 – Represente os valores medidos em um gráfico.
Circuito para levantamento das curvas características. Resumo do procedimento.
Transformador de Força
Primário Alta Tensão Filamento 1 Filamento 2
O Pentodo, pa-
tenteado pelas
empresas euro-
peias Mullard e
Philips levou as
concorrentes a
desenvolver o
Beam Tetrode. Mais em: http://www.seymourduncan.com/blog/the-tone-garage/know-your-amp-different-kinds-of-tubes
Os dois tipos têm comportamento ligeiramente diferente, com algumas vantagens apontadas em favor do
último. São do tipo Beam Tetrode as conhecidas 6L6, 6V6, KT66 e a 807. Já a EL34 é um pentodo que, se-
gundo dizem é produzido como Beam Tetrode por alguns fabricantes.
Distributed Load
Alan Dower Blumlein, engenheiro eletrônico inglês, gênio inventivo detentor de 128 patentes, inclu-
sive a do som estereofônico, denominado binaural, patenteou em junho de 1937 a configuração conhecida
como Distributed Load (nome dado pela Mullard), e mais tarde transformada em Ultra-Linear por David
Hafler e Herbert Keroes, no incío dos anos 50.
A proposta de Dower consistia em alimentar a grade screen através de um tap no transformador de
saída, de modo que, dependendo da relação de espiras, a válvula de saída poderia comportar-se como pen-
todo/tetrodo ou como triodo. A relação de espiras recomendada era tal que a componente alternada do sinal
na grade screen fosse um quarto ou metade do sinal na placa.
A escolha do tap fazia com que a operação do circuito ficasse entre a de um pentodo/tetrodo ou de um tri-
odo, cada uma delas com suas vantagens e desvantagens.
Dower morreu em 7 de junho de 1942, em plena segunda guerra mundial, durante teste de radar em-
barcado em aeronave.
Amplificador Williamson
Nas edições de abril e maio de 1947 a revista inglesa Wireless World publicou dois artigos de David
Theodore Nelson Williamson, intitulados "Design for a High-Quality Amplifier" a respeito do que viria a ser
conhecido como "Williamson Amplifier", que se tornou um marco na historia da Alta Fidelidade, embora
precedido pelo "Point One", do também inglês H. J. Leak, surgido em 1945.
O projeto de Williamson notabilizou-se pela qualidade do áudio reproduzido, tendo incorporado al-
guns avanços tecnológicos como a realimentação negativa (inventada por Harold Black em 1927 e pouco
usada, até então, pois embora vantajosa, em inúmeros aspectos, reduzia o ganho, trocando-o por largura de
banda, mas ganho, na época, custava caro …) e operava em push-pull, superando os demais concorrentes.
Tetrodos em push-pull, conectados como triodos Tetrodos com as grades screen ligadas ao +B produzem
produzem curvas parabólicas, não lineares. curvas também não lineares, mas com inclinações opostas.
Ultra Linear: grades screen alimentadas por taps adequados Sugestões dos taps ideais para determinadas válvulas e o
do transformador de saída produzem curvas lineares. efeito benéfico proporcionado na redução da distorção.
Theory and Operation of the Ultra-Linear Circuit - Disponível em http://www.tubebooks.org/file_downloads/ultralinear.pdf
Ultra - Linear
David Hafler e Herbert Keroes partindo da idéia de Dower e aproveitando a notoriedade alcançada
pelo projeto de Williamson, otimizaram o critério usado no sistema carga distribuída e criaram a saída ultra-
linear, que aplicaram no amplificador de Williamson, em 1951.
O raciocínio é simples:
1 - As curvas do triodo são côncavas para cima, e as do pentodo côncavas para baixo;
2 – Ligando a grade screen direto na fonte positiva (posição A) a válvula funciona como triodo;
3 - Ligando a grade screen na placa (posição C) a válvula funciona como pentodo;
4 – Então, numa posição intermediária entre A e C o comportamento será algo entre triodo e pentodo.
5 – Na posição B, a ótima, a curva do dispositivo é uma reta, caracterizando o funcionamento ultra-linear,
onde a distorção é mínima. A realimentação negativa, introduzida pela parcela do sinal de saída aplicado
à grade screen, costuma ser apontada como a causa dos benefícios constatados.
Com base nos critérios acima escolhemos uma relação de espiras igual a 43 % para as grades screen do nosso amp.
https://en.wikipedia.org/wiki/Ultra-linear https://en.wikipedia.org/wiki/Alan_Blumlein
Mais Informações
https://en.wikipedia.org/wiki/Valve_amplifier https://en.wikipedia.org/wiki/Williamson_amplifier
https://en.wikipedia.org/wiki/Valve_audio_amplifier_technical_specification
https://en.wikipedia.org/wiki/Negative_feedback_amplifier#cite_note-Waldhauer-7
EVOLUÇÃO DO AMPLIFICADOR WILLIAMSON
Versão Ultra-Linear do Amplificador Williamson. Os componentes assinalados sofreram alteração na versão original.
Disponível em http://www.pearl-hifi.com/06_Lit_Archive/02_PEARL_Arch/Vol_01/Sec_02/105_UL-ing_the_Williamson.pdf
Estágios de Entrada e Saída
Circuito de entrada, estágio de ganho e inversor de fase que foi testado e apresentou excelente desempenho.
http://www.angelfire.com/electronic/funwithtubes/images/Amp-Spl-2.gif
R3 = 27 K
LOG
-1
10
RP
R P1 R P2 R P R P2 R P R P1 R P 1 0 1
R3
EO 1
EO 1
20 Log 1
E IN 1
1 E IN
dB
Onde representa R P2 como uma fração da resistência total R P , podendo assumir valores na faixa
0 1 , conforme a posição do cursor.
Assim, pode ser definido como o indicador da posição relativa do cursor, onde:
0 corresponde ao cursor totalmente girado no sentido anti-horário ( R P2min 0 , resistência mínima) e
1 o oposto da situação anterior, ou seja, rotação máxima no sentido horário, que corresponde à maior
resistência do potenciômetro, ou seja, R P2max R P .
Quando a resistência R P2 é diretamente proporcional à posição relativa do cursor, , diz-se que o
potenciômetro é do tipo linear, ou seja, sempre que R P2 R P , onde nada mais é que uma representa-
ção normalizada (em relação a R P ) da posição angular. No potenciômetro dito logarítmico R P2 será uma
função exponencial de , e não uma função linear, como no caso anterior.
Este assunto foi abordado com todo o detalhe no trabalho Potenciômetros Analógicos: Funções de
Transferência e Aplicações em Áudio, por um dos Autores, estando disponível em:
https://www.researchgate.net/profile/Homero_Sette/publications?sorting=newest&page=2
Impedâncias de Entrada e Saída
As impedâncias de entrada e saída dos potenciômetros devem ser levadas em conta, pois podem
influenciar de forma inesperada no desempenho do circuito.
Exemplo prático é o resistor grid stopper, colocado em série com a grade de controle, para compor um filtro
passa baixas, em conjunto com a capacitância de entrada da válvula (incluindo o efeito Miller).
No caso de um potenciômetro de 100 K, e um resistor R3 de 27 K, a impedância de saída no
potenciômetro será de 13 K, valor esse efetivamente em série com a grade de controle e que pode ser
suficiente (ou até maior) que o valor desejado para a filtragem na grade, dispensado a presença física do
resistor grid stopper, mas que lá estará presente virtualmente, cumprindo seu papel.
R P2 R 3 RP R3 ZIN 1
ZIN R P1 R P 1 1
R P2 R 3 RP R3 RP
1
1 1 1 RP
ZO
1 1 1 R P1 R P2 1 RP 1 RP R
P
R P1 R P2 R3 R P1 R P2 R3 R P 1 R P2 R3 1 R P2 R 3
RP RP RP ZO 1
ZO
RP 1 1 1 RP 1
R P2 1 R P2 1
1 1
RP
0.9
0.16
0.8
0.14
0.7
0.12
0.6
0.1
ZIN / RP
ZO / RP
0.5
0.08
R3 = 47 K
0.4
R3 = 33 K
R3 = 27 K 0.06
0.3 R3 = 22 K
R3 = 15 K R3 = 47 K
R3 = 12 K R3 = 33 K
0.04
0.2 R3 = 10 K R3 = 27 K
R3 = 22 K
R3 = 15 K
0.1 0.02
R3 = 12 K
R3 = 10 K
0 0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
Posicao Relativa do Cursor Posicao Relativa do Cursor
Impedância na entrada para potenciômetros de 100 K Ω . Impedância na saída para potenciômetros de 100 K Ω .
Resistor Grid Stopper
Filtro passa altas formado por resistência equivalente em série com a grade e a capacitância entre grade e terra.
1000
900
10 K
800 12 K
750 15 K
700 18 K
22 K
650 27 K
600 33 K
39 K
550 47 K
56 K
500 68 K
C a p a c i t â n c i a CI N e m p F
82 K
450 100 K
120 K
400
375
350
325
300
280
260
240
220
200
180
170
160
150
140
130
120
110
100
10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 22 24 26 28 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 100
Freqüência de corte em kHz
Exemplo: Para uma resistência total de 15 KΩ e CIN igual a 151 pF teremos um corte em 70 kHz, aproximadamente.
Para capacitâncias 10 vezes menores, a freqüência de corte será 10 vezes maior.
Transformador de Entrada no Pré Amplificador
A utilização de transformadores de sinal, na entrada de amplificadores, oferece uma solução simples,
naturalmente balanceada, capaz de resolver problemas de isolamento e eliminação de ruídos difíceis de
resolver por outros meios. Mas, é necessário usar transformadores de qualidade, adequadamente projetados.
Circuito proposto pela Jensen para entrada de circuito valvulado com transformador de isolamento.
JT-11P-1 Balanced Tube Line Input Stage, em http://www.jensen-transformers.com/wp-content/uploads/2014/08/as088.pdf
Mais informações disponíveis em http://www.jensen-transformers.com/schematics/
Transformador Jensen JT-11P-1 - Curvas de Resposta e Desvio de Fase para carga igual ou maior que 10 K.
Vista ampliada do transformador de entrada EAM, relação de espiras 1:1, com center tap.
A EAM forneceu amostras de trans-
formador de entrada, com relação de
espiras 1:1, com custo acessível e de-
sempenho adequado.
Conforme vemos nas curvas de res-
posta abaixo, para cargas até 10 K o
resultado praticamente não se alterou,
mas para carga de 1 K o resultado
sofreu significativa alteração.
Abaixo, curvas de resposta do transformador de entrada EAM, mostrado acima.
Transformador de entrada EAM relação de espiras 1:1 – respostas em função da carga no secundário:
100 K 10 K 1K
Circuito do pré-amplificador sem transformador de entrada e potenciômetro com resposta log aproximada.
Circuito do pré-amplificador com transformador de entrada e potenciômetro com resposta log aproximada.
O circuito do pré-amplificador poderá ser utilizado com ou sem o transformador de entrada, quando
as condições de aterramento, montagem e ruído assim o permitirem.
Sem o transformador a resposta de freqüência é mais ampla em ambos os extremos, mas a imunidade
ao ruído fica prejudicada, o que em determinadas condições de instalação e funcionamento não constituirá
problema.
Com o transformador presente o circuito fica muito mais robusto com relação ao ruído e com maior
flexibilidade para instalação nas mais variadas condições de trabalho. A resposta de freqüência, em ambos os
extremos sofre algum prejuízo, dependendo da qualidade (preço) do transformador.
Os componentes começam a chegar, São dispostos artisticamente…
Início dos testes, com a medusa (pior que aranha …) esparramada sobre a bancada. Não divulguem, please !
Como o amplificador valvulado precisava de caixas adequadas, que valorizassem o resultado conse-
guido, o grupo foi unânime ao decidir que caixas de excelente desempenho deveriam ser projetadas e cons-
truídas. Assim foi feito e não estranhem as dimensões dos subs, pois, como demonstrou Richard Small
eficiência e baixas freqüências não convivem em volumes pequenos …
Não vamos detalhar a metodologia de Thiele-Small, mas para os que desejarem maiores informações
recomendamos os trabalhos disponíveis em https://www.researchgate.net/profile/Homero_Sette/publications .
Começamos os trabalhos escolhendo no catálogo da FAITAL os transdutores que se mostraram mais
adequados aos nossos objetivos, graças ao gentil oferecimento do Rodrigo, representante no Brasil dessa
conceituada marca italiana, através de sua empresa Amerco ( http://amercobrasil.com.br/ ).
Abaixo temos uma tabela com as amostras recebidas e os dados técnicos resumidos encontram-se
disponíveis ao final do trabalho.
6FE100 2
6PR150 Woofer 6” 2 Caixa MTM
6PR110 2
8PR200 2
Woofer 8”
8PR155 2 Caixa MTM
15FH520 2
15FH530 Woofer 15” 1 Sub woofer
15PR400 1
Na simulação dos projetos utilizamos o programa WinISD, desenvolvido pela Linear Team
(Dinamarca) e disponível gratuitamente em http://www.linearteam.dk/ em duas versões: WinISD e WinISD
Pro, esta ainda na versão alfa, para testes.
Os projetos começaram a ser desenvolvidos pelos sub woofers de 15” , em três modelos, todos
utilizando o falante 15FH520, escolhido em função da extensão dos graves:
1 – Sub Bass Reflex com duto em gaveta (retangular, embaixo) ;
2 – Sub Bass Reflex com duto coaxial (retangular, em toda a volta da caixa) ;
3 – Sub Band Pass de sexta ordem (dutos nas duas câmaras).
O aspecto da curva de resposta é determinado pelo parâmetro Qts, o fator de qualdade total do alto-
falante, resultante dos fatores de qualidade elétrico, Qes, (dominante) e do mecânico, Qms, segundo a rela-
ção Qts 1 / 1 / Qes 1 / Qms , ou seja, o inverso da soma dos inversos, como no cálculo de resistores
em paralelo.
Valores de Qts iguais a aproximadamente 0,4 produzem respostas Butterworth, a mais plana de todas,
enquanto valores inferiores a 0,4 produzem respostas com menos graves e excelentes transientes.
Já valores de Qts acima de 0,4 levam a respostas do tipo Chebichev, com graves acentuados e retumbantes e
resposta transitória sub-amortecida.
Volumes Ótimos - Caixas Bass Reflex com 15FH520 - 15FH530 - 15PR400
Resposta da Caixa Bass Reflex - Duto Gaveta - com o falante FAITAL 15FH520.
Sub Woofer - 15FH520
Duto Coaxial
Resposta da Caixa Bass Reflex - Duto Coaxial - com o falante FAITAL 15FH520.
Sub Woofer - 15FH520
Band Pass 6ª Ordem
Resposta da Caixa Band Pass de 6ª Ordem com o falante FAITAL 15FH520 – de 28 Hz a 168 Hz.
Comparando as Respostas dos Sub Woofers
Bass Reflex Duto Gaveta Bass Reflex Duto Coaxial Band Pass 6ª Ordem
Caixa Monitora Coaxial - 8HX150
Duto Gaveta
Resposta da Caixa Monitora Coaxial - Duto Gaveta - com o falante FAITAL 8HX150.
Como crossover foi utilizado, apenas, um capacitor de 2 uF de polipropileno, em série com a bobina do tweeter.
Curva de resposta simulada.
Parâmetros da Caixa Monitora Coaxial - Duto Gaveta - e do Falante 8HX150
73
Frequencia de Sintonia, em Hz
71
69
67
65
63
61
59
57
55
53
51
49
6 8 10 12 14 16
Profundidade do Duto, em cm
Peço licença aos meus alunos para reverenciar ao Professor Antonio Kubrusly, com o qual iniciei
meu aprendizado de eletrônica, em 1965, exatamente com as válvulas, na Escola Técnica Federal Celso
Suckow da Fonseca (antes Escola Técnica Nacional e depois CEFET-RJ).
Criador do Curso Técnico de Eletrônica, e seu coordenador por muitos anos, o Prof. Kubrusly
transmitia em suas aulas austera autoridade e reverência pelo conhecimento, despertando naqueles que o
ouviam a vontade de aprender, motivados por sua envolvente e excepcional didática, que prendia
completamente a atenção de todos. Ministrava aulas marcantes e inesquecíveis, com emissão vocal rica em
graves, modulada de modo teatral, conforme o momento da exposição.
Entusiasta da eletrônica montou inúmeros rádios e amplificadores valvulados.
Foi dele que ouvi as primeiras e elogiosas referências ao amplificador Williamson, disponível, na época, em
diferentes versões, com esmerado acabamento e visual empolgante, nas lojas de componentes eletrônicos.
Convivi com o Prof. Kubrusly ao longo dos três anos de duração do Curso e, depois, por quase dez anos,
como professor, convidado que fui para trabalhar com ele nos diversos locais em que coordenava.
Ao insigne Mestre Antonio Kubrusly meu reverente respeito, minha admiração e minha gratidão.
Que Ele viva para sempre na memória de seus Alunos !
Agradecimentos
Os Autores agradecem à:
IAV ( http://www.iav.com.br/ ), na pessoa de Marcelo Claret por disponibilizar a estrutura física do Instituto
de Áudio e Vídeo para todas as atividades necessárias ao trabalho desenvolvido.
Válvulas Utilizadas
12AU7 / ECC82
(*) These specifications are provided 'as-is', with no warranty of any kind. Use of these
parameters shall be entirely at the user's own risk.
Curva característica da 12AU7 / ECC82.
Válvulas Utilizadas
12AX7 / ECC83
(*) These specifications are provided 'as-is', with no warranty of any kind. Use of these
parameters shall be entirely at the user's own risk.
http://www.audiomatica.com/tubes/el34.htm http://www.r-type.org/exhib/aaa0014.htm
Válvulas Utilizadas
EL34
(*) These specifications are provided 'as-is', with no warranty of any kind. Use of these parameters shall be entirely at the user's
own risk
EL34 triode mode connection.
A ser usado em caixa MTM (Médio – Tweeter – Médio), coluna vertical onde o transdutor de HF fica
entre dois falantes de médio, um acima e o outro abaixo, conceito desenvolvido por Joseph D’Appolito, que
otimiza a uniformidade de cobertura no plano horizontal (ouvinte).
m
Driver
A ser usado em caixas onde seja desejável controlar as coberturas horizontal e vertical através do uso
de corneta desenvolvida especificamente, em madeira, acoplada à guia de onda WG101.
Wave Guide WG101
O modelo 6FE100, por sua freqüência de ressonância igual a 61 Hz e seu Qts de 0,54 é indicado para
caixas em sistemas sem sub woofer.
Já o modelo 6PR150 deve ser utilizado em sistemas com sub woofer, uma vez que sua freqüência de
ressonância é bastante elevada (100 Hz). Sua elevada eficiência e o grande amortecimento, dado pelo baixo
Qts (0,33), produzirão uma resposta transitória muito ao gosto dos audiófilos.
Woofers de 8”
O modelo 8PR200, por sua freqüência de ressonância igual a 58 Hz e com seu Qts de 0,36 é indicado
para caixas em sistemas sem sub woofer.
Já o modelo 8PR155 deve ser utilizado em sistemas com sub woofer, uma vez que sua freqüência de
ressonância é bastante elevada (90 Hz). Sua alta eficiência e o grande amortecimento, dado pelo baixo Qts
(0,39), produzirão uma resposta nos transientes muito apreciada pelos audiófilos.
Woofers de 15”
O modelo 15FH520, por sua freqüência de ressonância igual a 38 Hz e, principalmente, por seu Qts
de 0,40 torna-se a melhor opção para ser usado em caixas de sub woofer para os sistemas Hi-End.
Já o modelo 15FH530 torna-se excelente segunda opção em virtude do seu Qts = 0,35 e do seu
deslocamento máximo linear de 9,25 mm.
Biografia dos Autores
Formação:
Experiência Profissional:
J. Assy Apollo Agrícola (2015): Pesquisa e desenvolvimento de novos produtos na área de Sensoriamento
e Automação Agrícola. Trabalha na pesquisa e desenvolvimento de sensores sem-fio inovadores para
implementos agrícolas e atua em projetos de controle e automação agrícola com ênfase em soluções com
acionamentos eletromecânicos.
Formação:
Experiência Profissional:
• Arranjador – desenvolvendo arranjos para bandas e cantores do meio Gospel e de outros gêneros musicais
(2005 até hoje);
• Técnico em Áudio - Sonorização em eventos e Operador de Som no Grupo Musical “Lyrios” (2012 até
hoje);
• Curso de Eletrônica Aplicada ao Áudio no IAV (Instituto de Áudio e Vídeo), Prof. Homero Sette Silva
(2º ano);
• Produção Musical e Protools – Estúdio Nacena – Ministrado por Wagner Meirinho - Engenheiro de
Gravação (término em Novembro de 2013);
Formação:
Experiência Profissional:
Projetista de Equipamentos de áudio e Caixas acústicas pela Viagens técnicas e socioculturais: Estados Unidos (2005,
Quadraphonia (de 2015 até hoje); 2008 e 2010), Paraguai (2005), Argentina (2009, 2010),
Consultoria e Tratamento Acústico para Estúdios, pela Patagônia (2013), Itália (2014);
Quadraphonia (de 2015 até hoje);
(de 2015 até hoje); Informações Adicionais:
Auxiliar em gravações e mixagens no Dinamite Studios
(2013 a 2015); Turismo:
Elaboração e realização de jantares no modelo Personal Chef Expositor pela Travel Now Brasil no evento Ricardo Lopes –
pela Rosso Gastronômica (de 2015 até hoje); Touristcard (2012) em Angra dos Reis;
Elaboração e realização de mini-eventos sob adesão de Feiras: WTM – World Travel Market (2013, 2014); ABAV
degustação de cervejas artesanais e vinhos. (de 2013 até hoje); EXPO – Expo internacional de Turismo (2013);
Organização e contabilidade de 05 edições de festa no
modelo Open-Bar, média de 40 pessoas (de 2012 até 2014); Gastronomia:
Consultoria e elaboração de planos de negócios pela Cunha TCC: Plano de negócios de uma empresa de Food-Truck.
Briani, atuante no ramo de A&B (de 2013 até hoje); Ainda pré-legalização, fortalecendo o movimento de
Consultoria na elaboração do cardápio e no serviço da legalização, explorando alternativas e questionando viabilidade
hamburgueria Burger Lab Experience (+acompanhamento pós- do formato, hoje, legalizado;
consultoria) (abril de 2013);
Responsável pelas áreas de back office, controle e criação de Música:
roteiros gastronômicos na operadora de viagens Travel Now Co-produção do EP da banda Troublemaker (maio de 2014);
Brasil (2011 a 2015); Gravação (2009-2011), Edição, Mix e Master (2015 a 2016)
Serviço de garçom na equipe de Gerson Bonilha em evento do EP da banda Shiva (lançado em 2016);
no restaurante Amici (2011, São Paulo); Gravação, Edição e Mixagem e Masterização do EP da
Auxiliar de filmagem e edição na produtora de vídeo banda Ateliê de Loucos (2014 até hoje);
RDuplo Produções (2010); Luthieria Avançada;
Qualificações: Outros:
Projeto Voluntário do Colégio Magno na Creche Miguel
Inglês Fluente; Francini (2007-2009) – atividades básicas de recreação e
Espanhol Intermediário; arrecadação;
Conhecimentos avançados em Pacote Office (Word, Power Carteira Nacional de Habilitação com liberação para exercer
Point, Excel, Access) e Adobe (Dreamweaver, Photoshop, atividade remunerada;
Illustrator, Audition); PID - Permissão Internacional para Dirigir. Carteira de
Conhecimento de área musical: Habilitação com Observação "Pode exercer atividade
Composição/guitarra/violão/baixo/piano (de 2005 até hoje); Remunerada";
produção, edição, mixagem, masterização. (Logic Pro 9, Logic
X, Pro Tools; (de 2011 até hoje);
Homero Sette Silva é carioca da gema, nascido aos 10 de
fevereiro de 1948, às dezenove horas e cinqüenta e cinco
minutos, na Rua da Passagem, número 90, logradouro da "Mui
Leal e Heróica Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro",
titulo a ela conferido por D. Pedro I, em 9 de janeiro de 1823,
no primeiro aniversário do "Dia do Fico", ratificando e ampli-
ando o anterior, de "Leal", outorgado aos 6 de junho de 1647
por EL REI D. João IV.
Aos cinco anos a família mudou-se para Jardim
Primavera, Município de Duque de Caxias, localidade que
surgia das matas que recobriam as outrora férteis e progressis-
tas fazendas de café, no Segundo Império, abandonadas após a
derrocada advinda com a libertação da mão de obra escrava e
tornadas inabitáveis pela malária, que passou a grassar endê-
mica.
A convivência prolongada com a natureza pujante, na
infância, as fontes e os regatos de águas límpidas, que tranqüi-
las corriam por entre as sombras da mata, marcaram de forma
indelével a personalidade do Autor, e deve aí ter sido inoculado
o germe da "aventura amazônica", mais tarde empreendida.
O Contato com o passado que teimava emergir, ora
sob a forma de vetusto e senhorial alicerce de casa grande, que
se descobria; outras vezes eram restos de grilhões e correntes,
que remetiam às senzalas, suscitando comentários de arrepiar, Prof. Homero Sette, visivelmente contrariado e de mau
na hora em que o bacurau, lúgubre, piava, deve ter sido a causa humor, responde pergunta formulada pelo Alain Patrick …
do gosto pelos estudos históricos.
“O Curso Técnico de Eletrônica, na Escola Técnica inicio dos hoje mais de 100 artigos técnicos, publicados nas
Nacional, posteriormente Escola Técnica Federal Celso Suc- revistas Antenna, Eletrônica Popular, Nova Eletrônica, Rádio e
kow da Fonseca”, atual Centro Federal de Educação Tecnoló- Televisão, Musica e Tecnologia, BackStage, Speaker Builder,
gica, concluído em 1967, imprimiu uma mudança de direção a alguns apresentados na AES – Audio Engineering Society, e
um insinuante beletrismo que, provavelmente, remeteria aos hoje quase todos disponíveis no site Research Gate, o curso de
cânones do direito, revelando uma nova e fascinante realidade: Pós Graduação em Educação pela Universidade Federal do
a do mundo do "faz de conta" dos modelos matemáticos, que Ceará e ... a retomada do contato com o áudio, profissional-
nos torna íntimos, ao longo do tempo, daquilo que apenas mente, através de seu relacionamento com a Selenium, iniciado
supomos existir e nos faz conviver, bem à vontade, com enti- nos anos 80, na qualidade de consumidor de seus produtos,
dades invisíveis que passam a reger nossos destinos, e a quem quando fabricava caixas acústicas em Roraima.
atribuímos o sucesso ou o fracasso de nossas empresas. E não Tal relacionamento foi evoluindo até assumir a função de Con-
estamos a falar dos deuses ... sultor Técnico da Selenium em 01 de Janeiro de 1994, onde
Após um primeiro contato com o áudio, em termos realizou inúmeros cursos de treinamento em falantes e caixas
profissionais, nos trabalhos de implantação e operação dos sis- acústicas, ministrados no Brasil e na América Latina, para
temas de gravação e sonorização do Planetário do Estado da lojistas, fabricante de caixas, técnicos de PA, escolas e diversas
Guanabara (1971), dos quais participou, afastou-se o Autor universidades, tendo sistematizado e divulgado o conhecimento
desse setor, em favor do magistério técnico, inicialmente no técnico na área de falantes e caixas acústicas.
CEFET-RJ e depois, também, na Universidade Santa Úrsula, Mas tudo começou com os painéis solares, que gera-
onde cursou Engenharia Eletrônica, e na Universidade do Es- vam 20 Watts (ou menos), a 12 Volts, e a necessidade de pro-
tado do Rio de Janeiro, por onde se licenciou em Eletrônica. jetar uma caixa acústica eficiente, de modo a operar adequa-
Ao fim de dez anos de intensa atuação como profes- damente com níveis de potência tão baixos, produzindo uma
sor, durante os quais teve a oportunidade de colaborar na for- resposta satisfatória. A metodologia capaz de resolver este
mação de centenas de técnicos e engenheiros, ouviu o Autor o problema foi encontrada nos artigos do Eng Paulo Fernando
"Apelo da Selva": durante trinta dias atravessou, a pé ou em Cunha Albuquerque, publicados ao longo de 1981, em AN-
lombo de burro, a distância compreendida entre a fronteira do TENNA. Daí para cá, foi só seguir o caminho trilhado, indo
Brasil com a Venezuela e o Monte Roraima (extenso platô beber à fonte (The Journal of The Audio Engineering Society).
onde se tocam as fronteiras desses países com as da Guiana Em 18 de Junho de 2009, após pouco mais de 15 anos,
Inglesa), ao participar de uma expedição científica, no melhor desligou-se da Selenium para criar uma linha de produtos
estilo Martius & Spix, que tinha por objetivo o estudo da flora profissionais para a Kras Audio Solutions, o que veio concluir
endêmica ao Monte Roraima. um ano e meio depois.
Transferindo-se para Boa Vista, Roraima, em fins de Em abril de 2011, assume o cargo de consultor na em-
1980, iniciou o Autor a sua fase de trabalhador e micro empre- presa Studio R.
sário, ao modo de Thoureau, a quem muito admira, tendo ele- Em novembro de 2012, assume como Gerente de
gido "Walden, ou a Vida nos Bosques" seu livro de cabeceira Projetos na empresa Etelj.
(Henry David Thoureau perambulava e filosofava às margens Em março de 2014, assume na empresa 4VIAS o
do lago Walden, enquanto era fabricante de lápis). cargo de Gerente de Desenvolvimento e Aplicação, no qual
São dessa fase as experiências (bem sucedidas) com a permaneceu por cerca de dois anos.
agricultura orgânica, a alimentação macrobiótica, a fabricação Ministrar cursos no IAV não é de agora, sendo algo
de cerveja, a instalação de painéis solares foto-voltaicos em que faz com grande satisfação, sempre que convidado e o
áreas remotas de Roraima e no baixo Rio Branco, o off-road, o binômio espaço-tempo assim o permite …