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ELETRONICA BÁSICA

Volume 1.

Um Curso de Instrução Elaborado para


A MARINHA NORTE-AMERICANA
}feIos Consultores de Gerência e ~ngenharia de Cursos
:rAN VALKENBURGH , NOOGER & NEVILLE, INC.

Traduzido e a daptado à terminologia usada no Brasil

Supervisão

COl!umdarite G . N . DA SILVA MAIA


Engenheiro Eletricista

Tradução

Coman~ante J . C . C . Waen y
Ensenheiro Eletrltlsf,a
Comendante D. S Ferreira
Engenheiro E'.Iietricista

LIVRARIA FREITAS BASTO'S, ~.A .


Rio de Janeiro São Paulo
BRASIL

New York
THE BROLET PRESS
ELETRÕNICA BÁSICA

1.& edição brasileira - 1960

© Copyright 1960 by
Van Valkenburgh, Nooger & Neville" Inc .
15 Maiden Lane, New York, 10038. U .S.A .

Direitos de trll~ão para o Brasil reservados


pela Li~raria Freitas Bastos S . A .
(venda int.esita em Portugal)

1.11. edição na América do Norte - 1955 © Copyright de VVN&N


1.& edição na Argentina - 1lJ58 © Copyright de VVN&N
1.& edição J1a Inglaterra - l'!J59 © Copyright de VVN&N
1.& edição no México - 1960 © Copyright de VVN&N
1.& edição no Brasil - 1itiO © Copyright de VVN&N
La. edição na Holanda - 19.62 © Copyright de VVN&N
1.& edição na França - 1A63 © Copyright de VVN&N
La. edição em Portu~ - 1967 © Copyright de VVN&N

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com ou sem símbolo, são marcas depositadas
de
Van Valkenburgh, Nooger & Neville, Inc .
New York, U.S . A .

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LIVRARIA FREITAS BASTOS S . A .
Caixa Postal 899
Rio de Janeiro - Brasil
Printed in Brazll
APRESENTAÇAO

Pela primeira vez no Brasil, lança-se um curso técnico completo de


ELETRICIDADE BASICA, em cinco pequenos volumes, e ELETRÔNICA
BASICA, em seis volumes, em que foi adotado um método de ensino
radicalmente novo, cujo delineamento geral se pode resumir com estas
palavras: APRENDENDO PELA IMAGEM.
Resumindo, diremos que em CADA PAGINA se oferece uma NOÇAO
CONCRETA, e sua respectiva ilustração, com a maior amplitude e cla-
reza possíveis, a fim de esclarecer completamente o. estudo em aprêço.
Usando uma linguagem simples e precisa, se apresenta UM Só PRO-
BLEMA DE CADA VEZ . Como parte final de cada capítulo, páginas de
"revisão " recapitulam a matéria explicada e permitem, assim, uma boa
fixação dos conhecimentos adquiridos.

Conhecidos os fundamentos da eletricidade e da eletrônica, serão


bem compreendidos os princípios do funcionamento de equipamentos e
aparelhos utilizados diàriamente, e daí surge a habilitação técnica para
consertá-los, adaptá-los e, inclusive, modificá-los de acôrdo com as
necessidades.

. Ao apresentar, em portuguêS, êstes curso.s de ciências básicas a


Livraria Freitas Bastos S. A. se co.nvence de estar contribuindo co~s­
trutivamente, para a aprendizagem e o. aperfeiçoamento de técnicos
nos países de língua portuguêsa.

LIVRARIA FREITAS BASTOS S . A.

Ui
íNDICE

Volume 1 - ELETRONICA BASICA

Introdução à Eletrônica . ..... . . . . ...... . .... .... . . . ...... . 1-1

O que é uma Fonte de Alimentação ... ............. . . . .. . . . . 1-"7

Retificadores de Meia Onda - O Tipo Metálico . . .. ..... .. . 1-17

Retificadores de Meia Onda a Válvula .. ... . . ....... .. . . .. . 1-23

Retificadores de Meia Onda com Transformador ... ... .. . . . . 1-39

O Circuito Retificador de Onda Completa ... . ... .......... . 1-45

Circuitos de Filtro .. . ........ ... . ......... .... . . . .. . .... . 1-52

Circuitos Reguladores de Tensão .. .. .. ........ . . .... ... . .. . 1-81

Outros Tipos de Fontes de Alimentação .. ........... .. .. ... . 1-92

Características das Válvulas Diodo . .. .. .. .... . ...... . .. ... . 1-109

v
ELETRÔNICA
I o que V. vai fazer agora I
V. agora tem uma base sólida no
campo da eletricidade. Já sabe como
a eletricidade é gerada, como a cor-
r.ente eletrônica se escoa através de
um circuito, qual a natureza e o em-
prêgo do magnetismo, como se usa VoI. 5
e cuida de instrumentos de medida , ,
quais as características da CC e da I')AqlJ/NIJS
CA e como funcionam os diversos
tipos de motores e outros aparelhos
elétricos . Dl CC" CA .
Agora V. já tem todo o conhecimen-
to fundamental necessário para ini- VoI. 4
ciar o estudo de um novo e fascinan-
te assunto - eletrônica .
&ltJCV/f"O$ IIe til

VoI. 3
ÇO"EN?,!'
A/,rE'NAlJA

VoI. 2

VoI. 1
/NrpOlJU&ÃO
»
Ett'rR/C/lJAPE

vii
INTRODUÇAO A ELETRONICA

o significado de "Eletrônica"
V. tem ouvido a palavra "eletrônica" várias vêzes, ultimamente. Ele-
trônica quer dizer a ciência dos elétrons. Como tanto o estudo da eletri-
cidade como o da eletrônica requerem o uso do conceito do fluxo de
elétrons, V. pode ficar na dúvida sôbre qual o ponto onde termina a
eletricidade e começa a eletrônica. Para as nossas finalidades é bem
fácil fazer uma distinção. Eletrônica é a ciência que trata do escoa-
mento dos elétrons através de válvulas sob vácuo ou cheios . de gás,
chamadas "válvulas eletrônicas". Desta maneira, a eletrônica. inclui o
estudo de todos os equipamentos que contêm "válvulas".
V. já está familiarizado com alguns tipos de equipamento eletrônico. O
rádio - o cinema falado - o toca-discos - os sistemas de alto-falantes
- a televisão - o "ôlho elétrico" - todos êstes aparelhos fazem uso de
"válvulas" e podem ser chamados de equipamentos eletrônicos. É bem
verdade que êles também fazem uso de diversos tipos de circuitos de CC
e de CA, de medidores, transformadores, capacitores e todos os outros
elementos que V. conheceu em Eletricidade Básica. Esta é a razão
pela qual foi necessário um curso sôbre os fundamentos antes de V.
iniciar a fase eletrônica de seu estudo .

1-1
INTRODUÇAO A ELETRONICA

o Equi pamen to Eletrônico


Todos os equipamentos eletrônicos são formados por apenas uns poucos
circuitos básicos. Quantos circuitos básicos existem? Três! Há algum
cutro circuito especial que V. tenha de aprender? Existem alguns
tipos de circuitos especiais que V. terá de aprender quando começar
a estudar os equipamentos, mas êles não são nada mais do que varia-
<;ões dos três circuitos básicos .
Os t rês circuitos básicos são: retificadores, amplificadores e osciladores.

C/leU/TO IETlF/CADOIi
Circuitos retif icadores transfor-
mam CA em CC. São freqüente-
mente usados nas fontes de ali-
mentação dos equipamentos ele- AA
trônicos. Estas fontes transfor-
mam a CA das linhas de fôrca em
CC necessária para alimentar as
válvulas .

C i r c u i tos amplif icadores am-


pliam ou amplificam pequenas
variações de t ensão, tornando-as C/"CU/IO A/YJPI./FICAbOIl
variações de grande amplitude .
Amplificadores são os circuitos
mais freqüentemente usados em
equ!pamentos eletrônicos. Êles
amplificam sinais dificilmente
perceptíveis, transformando-os
em sinais muito fortes, capazes
de fazer funcionar um par de fo-
nes, um alto-falante ou um osci-
loscópio.

Ci r cuitos osci ladores geram t en- t/ICII/TO OSc/tA/JOII


. sões de CA com qualquer freqüên-
cia desejada. Os osciladores são
usados para produzir as tensõe~
de CA que transportam os sinais
de rádio de um lugar para outro.
São também muito usados para
provas de outros circuitos eletrô-
nicos.

1-2
INTRODUÇAO A ELETRONICA

Peças Usadas em Equipamentos Eletrônicos


Agora que V . já sabe que só tem de se preocupar com três tipos
básicos de circuitos eletrônicos (retificadores, amplificadores e oscila-
dores) , provàvelmente gostará de conhecer as peças usadas nestes cir-
cuitos. Na realidade existem apenas seis tipos de peças usadas comu-
mente em circuitos eletrônicos. Cinco dêstes V. já conhece - resls-
tores, capacitores, bobinas, transformadores e chaves. Existe mais um
tipo de peça que V. vai conhecer em breve - "válvulas" .
Compreendendo os três tipos básicos de circuitos eletrônicos e o cm-
prêgo dos seis tipos de peças nestes circuitos, V . compreenderá tudo
o que é necessário, no momento, sôbre eletrônica .

OS í/RCtI/TtJS $/10 COtYSrRI.I/I)()~


COM Et'EIJIEIVTtlS CúNfJ rSTES..·.

RéSlsrOR· C~P,qCITO;liJ BOJ3 I IV/t


O(/IIV/)(jTON .

-
][

1-3
1-5
o QUE É UMA FONTE DE ALIMENTAÇAO
Importância das Fontes de Alimentação
Tudo o que vive ou produz trabalho necessita de uma fonte de energif!.
ou "fonte de alimentação". O sol supre a energia que habilita as plantas
a fabricar alimentos. O alimento, por sua vez, fornece a energia que faz
V. viver e mover-se, - falar, correr e pensar. No campo dos meca-
nismos sem vida, o motor do velho "Ford de bigode" fornecia energia
para mover o carro, assim como as gigantescas turbinas de uma usina
elétrica moderna, hoje, fornecem energia para movimentar os geradores.
É óbvio que a mesma qualidade de energia não é usada da mesma
maneira nestes diversos casos . Cada uma destas coisas - grande ou
pequena, viva ou sem vida - tira sua energia de uma fonte primária,
tal como o sol, uma queda d'água ou uma tomada de eletricidade e a
transformam na qualidade de energia especificamente necessária em
cada caso. Assim, em eletrônica, uma "fonte de alimentação" é um
circuito ou um aparelho que transforma a energia elétrica existente
no local na qualidade e de CA ou CC de que necessitam
os diversos

, ,,,.
-..
~ I . I•
...., - l O

1-7
o QUE É UMA FONTE DE ALIMENTAÇAO

o que fazem as Font.es de Alimentação


Vamos examinar alguns casos reaiS', para ver o que devem fazer as
fontes de alimentação. Tipos diferentes de equipamentos eletrônicos -
amplificadores, osciladores, transmissores e receptores - contêm dife-
rentes circuitos com válvulas, os quais precisam de certas tensões de
CA e CC para poder operar . Salvo algumas exceções, em geral êstes
circuitos com válvulas exigem aproximadamente 350 volts CC e 6,3 volts
CA. Quando estudar êstes circuitos V. aprenderá por que são estas
tensões necessárias. No momento basta saber que as fontes de alimen-
tação comuns devem fornecer estas tensões . .
Quandv 'voce liga qualquer aparel1).o eletrônico a uma tomada, esta to-
mada está fornecendo 117 volts CA. Mas não é disto que você precisa-
os circuitos de válvulas normalmente requerem 350 volts CC e 6,3 volts
CA. O assunto principal desta seção é a maneira pela qual a fonte de
a1imentação transforma a tensão de linha (117 volts CA) na alta tensão
de CC (chamada de "B+" em eletrônica) e baixa tensão de CA.

1-8
o QUE É UMA FONTE DE ALIMENTAÇÃO
Como Funciona uma Fonte de Alimentação - O Transformador
Uma fonte de alimentação típica consiste de três componenies princi-
pais - um transformador, um retificador e um filtr:o.
V. já conhece os transformadores, do seu estudo de eletricidade básica.
Um transformador é um aparelho constituído por duas ou mais bobinas
de fio, enroladas em tôrno de um núcleo de ferro. Um transformador
pode aumentar ou diminuir uma tensão de CA, dependendo do número
de espiras de fio nos vários enrolamentos. Aqui estão alguns exemplos
de transformadores encontrados nas fontes de alimentação de equipa-
mentos eletrônicos.

rRAIJI9Tt;R/I1A!J();f'ES
~E PtJ7éIYC/,Ill.P/CPS

Numa fonte de alimentação típica, o transformador é ligado à linha


de 117 volts CA através de um interruptor e um fusível apropriados.
O transformador fornece três tensões CA - uma tensão pouco maior
do que 350 volts CA, 5 volts CA e 6,3 volts CA: A saída de 6,3 volts CA
é ligada diretamente aos circuitos de válvulas. As outras duas tensões
são ligadas ao circuito retificador, onde a alta tensão CA é transfor-
mada para aproximadamente 350 volts CC. Uma tensão de CA maior
do que 350 volts é necessária para ·se obter 350 volts CC, devido às
perdas que ocorrem no processo de transformação de CA em CC. Desta
maneira, V. precisa de começar com uma tensão mais alta do que a
esperada na saída.

1-$
o QUE f: UMA FONTE DE ALlMENTAÇAO
Como Funciona uma Fonte de Alimentação - O Retificador
Até agora V. já aprendeu que a função de uma fonte de alimentação
típica é a de receber 117 volts CA da linha e fornecer aproximadamente
350 volts CC e 6,3 volts CA. V. aprendeu que os componentes princi-
pais da fonte de alimentação são o transformador, o retificador e o
circuito de filtro. V. já sabe também qual é a função do transformador.
A -função do retificador é transformar a alta tensão CA de saída do
transformador em uma alta tensão CC. A tensão de 5 volts CA na saída
do transformador é usada para aquecer a válvula do retificador, quando
êste usar uma válvula . Quando esta tensão não é necessária ao funcio-
namento do retificador, o enrolamento de 5 volts CA é eliminado do
transformador.
O trabalho de mudar alta tensão CA em alta tensão CC é bem difícil.
Tudo o que o retificador consegue fazer é mudar a CA em CC pulsativa,
assim·

7i'ET/r/C'JÇ',40 ~é ;t'}!/!1 Ohlh?

+
' Oy, L.\-I--\--I-\r-l';--~-L--L..LLL.l OY.
+
- -

+ L-1+H--h~=~.l..Ll-'-.LJ... +
-
Oy.
-
Oy,

Note que a saída de CC não é uma tensão constante, mas sobe e desce
acompanhando a tensão CA de entrada. Quando o retificador deixa
passar os semiciclos positivos, mas barra os semiciclos negativos, o
processo é chamado "retificação de meia onda"
Quando o retificador deixa pas!ar os semiciclos positivos da tensão de
entrada e transforma os semiciclos negativos em semiciclos positivos,
o processo é chamado "retificação de onda completa"

1-10
o QUE É UMA FONTE DE ALIMENTAÇAO
Como Funciona uma Fonte de Alimentação - O Retificador
(continuação)
Os retificadores que V. vai estudar nesta seção são os retificadores me-
tálicos e os retificadores a válvula. Ambos existem nos tipos de meia
onda ou onda completa. Retificadores a válvula exigem que o trans-
formador tenha um enrolamento de baixa tensão CA, para fornecer
energia para aquecimento da válvula. Os retificadores metálicos não
precisam dêste enrolamento.

~t.'t\ flCADORES
~'r-~b~~ .~~~~.:::~~t:.~;~:·~~~::S~~~~~_: :t:: '

+
OJ
+
Ol
- I~

II~~€~ '\II?=J~
;fEllf/C/lCt10 PE OI/lIJIl C()~'pt[7/1

1"11
o QUE É UMA FONTE DE ALIMENTAÇÃO
Como Funciona uma Fonte de Alimentação - O Filtro
Até agora V. já aprendeu que a função de uma fonte de alimentação
típica é receber 117 volts CA da linha e fornecer aproximadamente 350
volts CC e 6,3 volts CA . V. aprendeu que os principais componentes de
uma fonte de alimentação são: o transformador, o retificador e o
circuito de- filtro. V. aprendeu qual é o efeito do transformador e do
retificador. Agora V. está preparado para conhecer o filtro.
V. sabe que a tensão de saída do retificador é CC pulsativa . Mas o que
V. quer é uma tensão CC constante de +350 volts com ondulação tão
pequena quanto possível .

• .. ~ -rrNS~ODESllíDA
nlls () X'E1IFICII»UN LHE lJA•••
V!!D ~ {\ {\ (\ @lJfl:; fVVVVV\ ~
A função do circuito de filtro é suavizar as pulsações na saída do retifi-
cador produzindo uma tensão constante com pouca ou nenhuma ondu-
lação. Existem várias formas de circuito de filtro , porém são tôdas
constituídas por várias combiJ1ações deindutores e capacitares ou resis-
tências e capacitares. V. aprenderá como funcionam êstes circuitas
de filtro para suavizar as pulsações na saída do retificador, logo que se
tenha familiarizado com diversos circuitos retificadores.

+
oY.
{\ {\{\ . C/~CQlro
'C-
FII."Q
+
oY. - .
+
oY. fVVVVV\ . C/~'ftrQ
F//,rKO
+
oY.

1-12
o QUE É UMA FONTE DE ALIMENTAÇAO
Reguladores de Tensão
Uma fonte de alimentação típica consiste de um transformador, um .
retificador e um circuito de filtro. Isto é tudo o que é preciso para for-
necer a alta tensão CC e a baixa tensão CA necessárias para operar os
diversos tipos de circuitos eletrônicos. No entanto, quando passa cor-
rente nos· terminais de alta tensão CC da.fonte de alimentação, a tensão
diminui . Isto é causado pela resistência interna da fonte de alimenta-
ção. É muito comum a saída de 350 volts CC cair para 300 volts quando
a corrente nos terminais cresce de 0,05 A para 0,10 A.
Esta queda de tensão não tem grande efeito em muitos t ipos de circuitos
eletrônicos; êles continuam funcionando da mesma maneira . No en-
tanto, existem certos circuitos que não podem tolerar uma queda de
tensão maior do que dois ou três volts. Éstes tipos de circuitos exigem
que a fonte de alimentação inclua um circuito de regulação de tensão.
Quando uma fonte de alimentação possui um regulador de tensão,
somente aquêles circuitos que exigem uma tensão constante estão liga 4

dos ao regulador - os outros circuitos são em geral ligados diretamente


ao terminal de alta tensão CC, sem regulação.
O componente básico de todos os circuitos de regulação de tensão 'é a
válvula reguladora de tensão, conhecida como a válvula "VR". Estas
válvulas são construídas de tal maneira que podem conservar a tensão
CC constante, num valor determinado, apesar das variações de corrente.
Válvulas VR são fabricadas para tensões de 59, 75, 90, .108 e 153 volts
CC. Usando combinações destas válvulas, pode-se conseguir quase todos
os valores desejados de tensão regulada.

1-13
o QUE É UMA FONTE DE ALIMENTAÇAO

Por que existem tipos diferentes de Fontes de Alimentação


V. já sabe que a maioria das fontes de alimentação é constituída por
transformadores, retificadores, circuitos de filtro e, algumas vêzes, regu-
ladores de tensão. Pode-se conseguir quase todos os tipos de fonte de
alimentação pela combinação dêstes elementos na maneira apropriada.
É óbvio que algumas vêzes V. terá de usar transformadores e válvulas
retificadoras grandes; algumas vêzes terá de usar componentes do tipo
subminiatura; mas, grandes ou pequenos, todos os circuit~s serão for-
mados pelos mesmos componentes.

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1-14
o QUE :s: UMA FONTE DE ALIMENTAÇAO

Por que existem tipos diferentes de Fontes de Alimentação


(continuação)
Agora V. auererá saber por que existem tipos diferentes de fontes de
alimentação, nos diversos equipamentos eletrônicos . Afinal de contas,
o principal trabalho das fontes é somente transformar CA em CC .

+
OV
~~~~-~-------~
- --- - - - - 0 V

A razão por que são usados tipos diferentes de fontes de alimentaçào é


simples. Uma fonte de alimentação cotnum seria queimada se V. tentas-
se puxar mais do que 150 mA de corrente dos terminais de alta tensão
CC . Alguns tipos de transmissores exigem de 5 000 a 10 000 mA de
corrente. Certos osciloscópios especiais podem requerer uma alimenta-
ção de 10000 volts CC, ou mais .

1-15
o QUE É UMA FONTE DE ALIMENTAÇAO
Por que existem tipos diferentes de Fontes de Alimentação
(continuação) .
Alguns circuitos especiais de radar precisam de fontes de alimentação
com ótima regulação de tensão. Isto significa que a tensão CC de
saída da fonte de alimentação não deve variar mais do que um ou dois
volts, quando a corrente varia.
Algumas vêzes é necessário que as fontes de alimentação forneçam
tensões CC negativas, em vez de positivas . Outras vêzes são necessárias
fontes de alimentação que forneçam diversas tensões CC positivas e
diversas negativas. Ainda outras vêzes uma ondulação superbaixa é
exigida, etc.
Com isto, V. pode ver que existem muitos empregos para as fontes de
alimentação .

AlfA 1'-éNSÃO
CORillN1éS IIl1"AS
O/V1JU{'II~A"O SfH1tR8/J/XIJ
'féGUllI&ÃO Pé -rEN9ÃO éSPÉClAl.
1éNSi'O V,4A'I/J'vé l . f./#.Ctl,ílfi·
1'OS/r/vo é l1éOA.,."Q~5J,Rt
jI!> - ,
rONré lJE I/L.I .~ _,~rlJy/l() 1'11'/&/1

1-16
RETIFICADORES DE ·MEIA ONDA - O TIPO METALICO
Transformação de CA em CC
A energia elétrica é, em geral, distribuída por linhas de transmissão f
na forma de CA. A maioria dos equipamentos eletrônicos contém fontes
. de alimentação que transformam a tensão CA da linha nas tensões de
CC e CA necessárias ao equipamento. A transformação da tensão CA '
da linha em outras tensões de CA é relativamente simples. Um trans-
formador é usado para elevar ou abaixar a tensão de linha, a fim de
obter as tensões CA necessárias .
()S' 'TA'AtVSTO;fl,Y/AlJtJRES l)/JS rONTES DE .4t IMEfY7/JÇtio
all/A~I}I/I1t!IJ/Y/J;fJ I95'TE#StJES, C()P'/D SE/I) tVlfES,ÇI1R/()

SltVNDAPIQS
(./NNA PC t'A A3AIIAJIJNI- ~aVZE'" 11 f'EII$ÁfJ
Para obter as tensões CC necessárias, a tensão CA da linha deve ser
transformada em CC. Esta transformação de CA em CC é chamada
"retificação" . Os aparelhos que efetuam esta transformação são cha-
mados "retificadores" e os circuitos onde êstes estão contidos são os
"circuitos retificadores" .
Retificadores são aparelhqs que permitem que a corrente os atravesse
somente em uma direção . :e!les ag·em com'g condutores de c·~rrente em
uma direção e como isoladores na outra direção . Assim, quando um
retificador é inserido em um circuito de CA, somente metade dos semi-
ciclos de tensão podem dar lugar a um fluxo de corrente e sempre
naquela direção para a qual o retificador é um condutor . Os demais
semiciclos, de sinal contrário, tentam fazer a corrente escoar em uma
direção para a qual o retificador age como um isolador . Assim, não há
fluxo de corrente durante êstes sEmiciclos alternado~ . Conseqüente-
mente, a corrente em circuito retificador simples é uma CC pulsativa

l
iilia~lltierlniados de CA), e não uma CC de valor constante .
CA CC
t:/~&VI"Q
~~~~~rl'FrIF/~A~~__~~~_
"c
"'6'IA ONlJA

1-17
RETIFICADORES DE MEIA ONDA ~ O TIPO METALICO
Retificadores metálicos
Quando algumas substâncias metálicas são comprimidas duas a duas, de
maneira a formar uma junção, esta combinação age como um retifica-
dor, apresentando baixa resistência ao fluxo da corrente em uma dire-
ção e uma resistência muito alta na direção oposta. Esta característica
é devida às propriedades químicas da junção das substâncias. As com-
binações mais usadas na confecção de retificadores são: cobre e óxido
de cobre e também ferro e selênio. Os retificadores metálicos são cons-
truidos com discos cujo diâmetro pode ir desde menos de um centímetro
a mais de quinze centímetros. Os retificadores de óxido de cobre consis-
tem de discos de cobre cobertos em um dos lados por uma camada de
óxido de cobre . Os retificadores de selênio são construidos com discos
de ferro cobertos, em um dos lados, por uma camada de selênio.

If'1! TlF/CA DOR lJE JPETIFICÁ",,#


,/xliJtJ 1>E COBX>~ ZUSELEN/O

Os elementos dos retificadores (cada disco é chamado um


"elemento") são, em geral, fabricados na forma de arruelas. Estas arrue-
. las são montadas em um parafuso, ou parafusos, em qualquer combina-
çâo em série ou em paralelo, para formar uma unidade retificadora. O
símbolo mostrado abaixo é usado para representar um retificador me-
. tálico, seja qual fôr o seu tipo. Como êstes retificadores foram inven-
tados antes do uso da teoria eletrônica para determinar a direção da
corrente, a seta do símbolo aponta para a direção do fluxo da corrente
convencional, e, portanto, na direção oposta à do movimento dos elé-
trons. Assim, a seta aponta na direção oposta à da corrente eletrônica .

/I e'DIfW&'N"
.
EIE7,ftJt1lIC/I / NO SÇN~,lJO
O~(}$ro À sçr" "lUI S/~#JDe.o

1-18
RETIFICADORES DE MEIA ONDA - O TIPO METALICO
Retificadores metálicos (continuação)
Cada elemento de um retificador metálico só pode suportar uns poucos
volts através de seus terminais. No entanto, se empilharmos diversos
elementos em série a tensão nominal do conjunto é aumentada. Da
mesma maneira, cada elemento só permite passar uma quantidade limi-
tada de corrente. Quando se deseja uma corrente maior, ligam-se em
paralelo diversas pilhas de elementos em série, aumentando desta ma-
neira a corrente no;ninal do retificador.
IIUll'o ENJéhFN/,llJE,w,f11
rEIII.9ÁO AIOIfI/N,9t IJI"III'J ~E'lnu/}glNEM/I"I)

I~ , I~ I~ I~
5 1MB O LO

"IJMÇN'AN~
" H6EA lJAS I#lAI'A$
Os retificadores de metal são bastante robust9s e têm quase
tada, quando não são sujeitos a maus tratos. Por causa da baixa tensão
nominal dos elementos, êles são normalmente usados para baixas ten-
sões (até 130 volts) . Isto porque não é muito prática a ligação de
muitos elementos em série. A corrente nominal pode ser aumentada
para vários amperes, quando se colocam várias pilhas de elementos em
paralelo, ou quando se aumenta o diâmetro dosdiscos. ~stes retificado-
res são freqüentemente usados para aplicações que exigem altas cor-
rentes a baixa tensão . Unidades minúsculas são usadas para se medir
CA, usando um voltímetro CC. Unidades maiores são usadas em apare-
lhos de carga de bateria e também em diversos tipos de fontes de ali-
mentação para equipamentos eletrônicos.
1-19
RETIFICADORES DE MEIA ONDA - O TIPO METALICO
Retificadores metálicos (con tin uação)
Retificadores de selênio são usados em fontes de alimentação, enquanto
que retificadores de óxido de cobre são usados em aplicações especiais,
como em retificadores de medidores . A figura mostra um retificador de
selênio típico, tal como os usados na prática, para as fontes de alimen-
tação. Sua tensão nominal é de 130 volts CA e êle pode fornecer corrente
CC até um máximo de 100 mA . O terminal marcado com um + indica
a polaridade do retificador e é usado para a identificação dos terminais
quando o retificador é montado em um circuito . Algumas vêzes o ter-
minal positivo é identificado com uma "pinta" vermelha e o terminal
negativo com uma "pinta" amarela .

Um retificador perfeito não ofereceria resistência à passagem da cor-


rente em uma direção e ofereceria uma resistência infinita à passagem
da corrente na outra direção. Tal retificador, porém, só existe teorica-
mente . Retificadores usados, na prática; em fontes de alimentação, na
realidade apresentam uma resistência. baixa à passagem da corrente
em uma direção, e uma resistência muito alta à passagem da corrente
na outra. Estas resistências podem ser medidas, nos retificadores me-
tálicos, com o auxílio de um ohmímetro . Para se provar um retificador
de selênio mede~se a resistência através dos terminais, em uma só dire-
ção . Depois invertem-se os cabos do ohmímetro e a resistência é medida
na direção oposta . Caso a leitura maior seja igual a 10 vêzes ou mais
a leitura mais baixa, o retificador está em boa condição.

1-20
RETIFICADORES DE MEIA ONDA - O TIPO MET ALICO

O Circuito Retificador de Meia Onda

O Circuito retificador de meia onda básico consiste de um retificador


ligado em série entre a fonte de tensão CA e a resistência de carga do
circuito . O retificador só permite a passagem da corrente durante os
semi-ciclos positivos da tensão CA aplicada. A corrente no circuito,por-
tanto, é uma CC pulsativa. No circuito da figura . a tensão aplicada é
de 117 volts, 60 ciclos CA e a corrente só passa durante metade de cada
ciclo . Assim, o escoamento de corrente é na forma de pulsos, na razão
de 60 pulsos por segundo . Na realidade . durante os semi-ciclos negativos.
escoa-se uma corrente diminuta na direção oposta . Entretanto. esta
corrente é tão_pequena que pode ser considerada de valor nulo .

O circuito simples da figura é o circuito básico usado para transformar


CA em CC . Quando ligado da maneira mostrada, a tensão CC através
do resistor de carga tem o sinal positivo no terminal próximo do retifi -
cador e negativo no outro terminal. O terminal negativo do resistor de
. à terra da bandeja da fonte de alimentação .
&/~,,"rO 11~"'IFICII1)(JR DE
~_ _ _I'?;..;...;;E;.;I..;.'II;.... O N D,q

+-

117V
+
60"-' 1
Para inverter a polaridade da tensão de saida. inverte-se o retificador .
Isto permite que a corrente se escoe durante os semi-ciclos opostos aos
do circuito anterior . tste novo circuito é usado para se obter uma tensào
negativa com relação à terra . O terminal do resistor de carga ligado
à terra é positivo.
INY&~rEN[)OA POl.AHIDADE
DA TENSÁ" DE SAloA

NOTe" ~II€ li/tEr/FICADO"


,./11 INYEIfTIDII
+

1-21
RETIFICADORES DE MEIA ONDA - O TIPO METALICO
Revisão :
RETIFICAÇAO - Quando uma peça
chamada retificador é ligada em série
com um circuito CA, a corrente só pode
se escoar em uma direção, transfor-
mando a tensão CA aplicada em CC
pulsativa. Retificação é a mudança de
CA em CC .
ENT/fADA SAibA

RETIFICADORES METALICOS
Um retificador consiste de duas subs-
tâncias diferentes comprimidas juntas
e que só permitem a passag;em de cor-
rente em uma direção . Cobre-óxido de
cobre e ferro-selênio são as combina-
ções geralmente usadas para a cons- .
trução de retificadores metálicos .

CIRCUITOS RETIFICADORES DE ......

~
MEIA ONDA - Consistem de um reti-
ficador ligado em série, entre um3.fon-
te de tensão CA e a resistência de car- 601'V
ga do circuito . O retificador transfor-
ma a tensão CA aplicada em uma ten-
são CC de saída nos terminais da resis-
tência de carga .

FORMAS DE ONDA NO CIRCUITO IIPl.ltADA


RETIFICADOR - Se a tensão aplica-
da é uma CA senoidal, a forma de onda
da tensão de saída consiste de semi- ·
AA
rENslÍD CA

.
TENSÃD cc
PUtSANTE

ciclos da tensão CA aplicada. Esta for-


ma de onda é uma tensão CC pulsa-
tiva . ENT~ADII 5111ÍJA

1-22 .
RETIFICADORES DE MEIA ONDA A VÁLVULA

Válvulas
Os retificadores metálicos são usados em muitas fontes de alimentação
para transformar CA em CC, mas êles têm a sua corrente e tensão nomi-
nais limitadas. Em geral não são usados para tensões acima de 130
volts CA . As unidades com tensão nominal igual a 10 volts ou menos
têm grande capacidade de corrente, maior do que 1 ampere, enquanto
que as unidades com a tensão nominal mais elevada têm uma capaci-
dade de corrente bastante menor do que 1 ampere .
Em virtude destas limitações na tensão E' corrente dos retificadores me-
tálicos, um outro tipo de retificador, a válvula diodo, é geralmente usado
nas fontes de alimentação. A válvula diodo funciona como um retifica-
dor, da mesma maneira que o retificador metálico . Ela age como um
bom condutor de corrente em uma direção e como um isolador na di-
reção oposta. A válvula diodo tem também outros usos em eletrônica ,
os uais serão estudados te .

.....::::: . .. .....

',tI;;@;; I, Sfi;i~é!~~~.~ Ii

1-23
RETIFICADORES DE MEIA ONDA A VALVULA
A Invenção do Diodo
O princípio em que se baseia o diodo foi descoberto há uns 70 anos atrás
- ant es de se saber cousa alguma sôbre os elétrons .
Thomas Edison estava fazendo experiências com as lâmpadas incan-
descentes, usando filamentos de carvão. Os filamentos que êle usava
quebravam-se fàcilmente, porque eram construídos de fios muito finos.

(JfJANPO ~ CORRENTE PA$SII


NO FilAMENTO, t ~E se
IUJQE&E ArÉ ' rlClfTê'
6KIIN&O li" C OME~II
.;.;.:.,.......;.;.,., li I lflPAlJllIl( l.UZ

Em um esfôrço para prolongar a vida de suas lâmpadas, Edison cons-


truiu um Importe de metal e o prendeu ao frágil filamento, por meio
de seções ' isoladas. Por uma razão desconhecida êle ligou o suporte
de metal ao terminal positivo de umà bateria e o filamento ao terminal
negativo. Com grande surprêsa, êle observou que havia um escoamento
de corrente.

() IM~/~OR I')()S1RIJ
fiOE NIJ ('()RR6IYTE
PASG,4N~() 1)0 F/lI}-
NENTO Pl9HA O
SQJJOJilr~ ~E I9ET/I/,

Como então nada se sabia sôbre os elétrons, Edison não pôde entender
a sua descoberta, nem viu importância no fato. Passaram-se 21 anos
antes que Fleming, um cientista inglês, compreendesse a significância
dêste escoamento de elétrons. Como tivesse observado que a corrente
só passava em uma direção, Fleming chamou o seu invento de "válvula".

1-24
RETIFICADORES DE MEIA ONDA A VALVULA

Como Funciona uma Válvula Diodo


A válvula diodo é como um jôgo de "base-ball", onde a coisa mais impor-
tante é o contrôle. Para se poder entender como um diodo funciona
na retificação é necessário compreender como êle controla o fluxo da
corrente.

l.~
que controlam diretamente o escoamento da
corrente são chamadas de elementos . O elemento aquecido, que des-
prende elétrons, é chamado de catodo. A placa é um elemento cilíndrico,
que circunda o- catodo e atrai os elétrons, quando carregada positiva-
mente. O catodo é aquecido por um enrolamento de fio, chamado fila-
mento ou, algumas vêzes, calefator. O ' filamento não é considerado
como um elemento, porque êle não controla diretamente o escoamento
da corrente do catodo para a placa. Uma válvula do tipo mostrado na
ilustração é chamada um diodo ue só tem dois elementos: o catodo
e a placa .

A retirada do ar do interior da valvula tanto evita que o filamento se


queime, como também evita que as moléculas de ar prejudiq.u em o escoa:
menta dos elétrons do catodo para a placa . Em certos casos, o ar e
substituído por um gás inerte que auxilia, em vez de prejudicar. o
escoamento de elétrons .
1-25
RETIFICADORES DE MEIA ONDA A VALVULA

A Emissão de Elétrons
O requisito básico para uma válvula diodo é que haja uma fonte de elé-
trons de movimento livre, que são usados para produzir um escoamento
de corrente. É bem verdade que os elétrons existem nos átomos de tôdas
as substâncias, mas nós precisamos de um método capaz de expulsá-los
da substância, para que fiquem com movimento livre .
Na lâmpada de Edison, o calor intenso do filamento expulsou os elé-
trons. Pràticamente tôdas as válvulas que V. vai conhecer usam o calor
como método de expulsar os elétrons . ~ste processo de expulsão por
calor é chamado de "emissão termiônica".
Pelo desenho V. pode observar que o catodo é um cilindro ou "manga",
que circunda o filaménto sem tocá-lo. O filamento é aquecido pela cor-
rente que o atravessa e o catodo é aquecido pela proximidade do fila-
mento . ~ste arranjo é conhecido como um catodo de aquecimento
indireto.
ElÉ1HON -O~ ~O
~ /'

0-::::::;::- ~O
r/tAftJltVfO
cnrooo
O~ ~
EMiSSÃO
TERMI8NICA
-,..
=:L

Algumas válvulas, como a válvula de Fleming e a válvula retificadora


: tipo 80, têm catodo de aquecin;e~to ~ireto, isto, é, não. existe um~ manga
em redor do filamento. O propno fIlamento e o emIssor de eletrons.

As fontes de alimentação projetadas para fornecer correntes muito


altas usam válvulas com catodo de aquecimento direto, porque estas con-
seguem emitir um número muito maior de elétrons do que as válvulas
com catodo de aquecimento indireto. Catodos de aquecimento indireto
são geralmente usados em fontes de alimentação para correntes peque-
nas. A vantagem do uso do catodo e filamento separados é a de que o
circuito elétrico do catodo pode ser separado do circuito elétrico do
filamento .
1-26
RETIFICADORES DE MEIA ONDA A VALVULA
A Emissão de Elétrons (continuação)
Se o catodo e o filamento estivessem sàzinhos dentro da. válvula, os
elétrons emitidos formariam uma nuvem, chamada de "carga espacial",
ao redor do catodo. A carga espacial é negativa, como os elétrons que
a formam, e portanto tende .a repelir outros elétrons., evitando assim
a emissão de mais elétrons pelo catodo. Depois de algum tempo haverá
um equilíbrio entre a tendência do catodo de emitir elétrons e a da
carga espacial de os repelir.

1t'JPIIATVIA 8A/IA

;Y)rJ 10,.J
(/J1(6f) I SfIl(IIJt


'TE~'ElII'U~/I . ~.
• • ALrll

••


• •

..
/lOIY;!} 1tf\lsiJo (Vo
f/Lt1f'?~rnO

Para aumentar a emissão de elétrons V. terá que aumentar a tempe-


ratura do catodo, aumentando a corrente no filamento . Se, por outro
lado, a temperatura do catodo é diminuída, a carga espacial forçará
alguns elétrons de volta para o catodo, resultando assim numa redução
da emissão . A tensão do filamento de uma válvula é geralmente cons-
tante. Os diversos tipos de válvulas funcionam com tensões de fila-
mento CA ou CC entre os limites de 1,25 a 117 volts.

1-27
RETIFICADORES DE MEIA ONDA A VALVULA

Como a Corrente se Escoa em um Diodo


Quando uma placa carregada positivamente é colocada ao redor do ca·
todo, os elétrons da carga espacial são atraídos. O número de elétrons
que se desloca 'para a placa depende da tensão da placa .com relação
ao catodo . CA10DO
1't11l
Quando a placa é negativa com
relação ao catodo, não há es-
coamento de corrente do cato-
do para a placa, porque a pla-
ca negativa repele os elétrons.
A corrente n ão pode passar da
placa para o catodo porque a FON(EPEfEN
placa não emite elétrons. DE ",/(,1
L...----t+ II _
.- ..
... ..
...:.
....--- ,,,--,,,,,,:.~ :
.....
Quando a placa e o catodo es- ......
.........
:~
tão com o mesmo potencial a
placa nem atrai n em repele os
elétrons - a corrente continua .-:- :
e •• : ••••

sendo zero .

Logo que a placa se torna poSi-


tiva cem relacão ao catodo,
tORRENTE DE EI /fl'tJIH ~
.....
___
·.,...
•••
J.~'L:
. ...---
• • • • _._

.... ,...
e•

·...........-.:
.:::~
--
·.....::-.-.... - -
.
-

uma corrente é' produzida pela


carga espacial. fQtfTl jJfTEtr5ÃIJ
lJE J",1t1/
L--_ _ _ _
.... II'-+----'

Se esta tensão da placa é do-


brada de va lor , a corrente tam-
bém é dobrada. Esta é a man<+
ra de trabalho normal de um
diodo : enquanto a placa é po-
sitiva com rela cão ao catodo, (l
~

. . iiillii
"-.. . . . ,·-....·o...
.:.:::
...
....
.-..
====.
.... ----
• ~ON1ll)f1{NJ!tJ
cada variar..;ão· da tensão d e
p laca corres]Joude uma vaTia-
cão cia cmTenl e el e placa. - '------1-
lJE PLAIA
IIII II +
1-28
RETIFICADORES DE MEIA ONDA A VALVULA

Como a Corrente se Escoa em um


Diodo (continuação)
Agora que a placa está bastante posi-
tiva com relação ao catodo, o miliam-
perímetro indica que a corrente é bas- .
tante elevada . A placa está atraindo
os elétrons logo que êles são emitidos I'ONrE DE rCJi'sÃo
pelo catodo. Df: Pl.-9CII

Neste ponto um aumento adicional da


tensão de placa não resulta em um
aumento de corrente. Esta não aumen-
ta porque o catodo está emitindo todos
os elétrons possíveis. A operação de
um diodo com uma tensão de placa tão
alta, que variações ·na tensão de placa
não produzam variações correspon-
dentes da corrente de placa, NÃO é
normal. ___

Se nós agora aumentarmos a tensão


do filamento acima do valor normal ,
nós permitiremos que o catodo emita
mais elétrons e, com a mesma tensão
de placa do caso anterior, podemos
observar que há. um aumento de cor-
rente.

Se nós tivéssemos reduzido a tensão do


filamento, a corrente teria diminuído,
porque o catodo não estaria emitindo
tantos elétrons como anteriormente.
Na prática, a tensão do filamento não
é variada. Variações da corrente de pla-
. ca são obtidas por meio de variações
na tensão de placa, como explicado an-
teriormente. Entretanto, quando a
válvula já está bastante usada, a emis-
são do catodo diminui ; uma redução
da tensão do filamento também ca.usa
uma diminuição na emissão do cat.odo.

1-29
RETIFICADORES DE MEIA ONDA A VALVULA

A Válvula Retificadora
O proci:sso de transformação de CA em CC é chamado "retificação" .
Para se transformar CA em CC deve-se usar uma peça que permita o
escoamento de corrente em uma só direção. Esta peça é a válvula diodo,
que só permite à corrente passar do catodo para a placa. A corrente
não passa da placa para o catodo porque a placa não é aquecida e por-
tanto não emite elétrons . Como a placa não emite elétrons, mas, quan-
do positiva, atrai elétrons da carga espacial do catodo, o diodo só con-
duz corrente do catodo para a placa e não da placa para o catodo.
Qualquer diodo pode retificar CA, mas alguns são projetados especial-
mente para serem usados em fontes de alimentação. ~stes tipos são
chamados de válvulas retificadoras. Uma válvula retificadora típica e
o seu símbolo es'q uemático estão ilustrados na figura abaixo. t:ste tipo
. é um duplG-diodo (dois diodos contidos no mesmo invólucro de vidro)
e tem catodo de aquecimento direto. O filamento, que também fun-
ciona como catodo, está suspenso dentro de cada uma das placas de
metal. Os dois filamentos estão ligados em série, internamente.

1-30
RETIFICADORES DE MEIA ONDA A VALVULA

A Válvula Retificadora (continuação)


Algumas válvulas retificadoras têm catodo de aquecimento indireto .
Uma válvula típica desta classe está mostrada na figura abaixo . Todos
os tipos de válvulas são identificados por um .número . O sistema de
numeração, que você aprenderá mais tarde, indica algumas das carac-
teristicas da válvula . A retificadora ilustrada na página anterior é uma
válvula do tipo 80 e a ilustrada abaixo é uma 117Z6-GT .

As válvulas são construídas sôbrc uma base, com pinos que se adaptam
a um suporte . O suporte é ligado permanentemente no circuito . Assim
a válvula é remov.ível e pode ser fàcilmente substituída . As válvulas
têm uma vida relativamente curta, quando comparadas aos demais ele-
mentos usados nos equipamentos eletrônicos . .~ por isto que é necessá-
rio m;n método fácil de substituição .
Embora existam muitos tipos de suportes especiais, a maioria das vál-
vulas usadas em eletrônica exigem um dos oito suportes mostrados na
figura abaixo . Uma das maneiras de classificar as válvulas é de acôrdo
com o suporte por ela usado . O sistema de numeração doS pinos tam -
bém está ilustrado, com os suportes vistos por bafxo, porque esta é a
posição do suporte quando se fazem as ligações .

. . .7VPOA>rC"8 1JF ~(VO(A5 ____~ 4

4 2 5
2

D'TAL
a .! .
..
• • I
7

1-31
RETIFICADORES DE MEIA ONDA A VALVULA

A Válvula Retificadora
(continuação)
Em uma válvula de aquecimento
indireto, o catodo e o filamento
são estruturas separadas e estão
ligados a circuitos ' separados. Em
uma válvula' de aquecimento di-
reto, o filamento substitui as
duas estruturas e é ligado a dois
circuitos. Os condutores ligados
ao filamento são também ligados
a uma fonte de baixa tensão de
aproximadamente 5 volts, que
aquece o filamento e causa a .
emissão termiônica. Além disso,
um dos condutores do filamento
é ligado ao ponto do circuito onde
seria ligado o catodo, se a válvula
fôsse de aquecimento indireto. fI{y11 (f f') r N, {' /!IA'! ! (
Existem duas maneiras de usar uma válvula retificadora que tem duas
placas e um filamento. Se as duas placas são ligadas juntas, a válvula
estará funcionando como um só diodo porque, na realidade, só o que
V. fêz foi aumentar a área da placa.
A outra maneira é ligar as placas separadamente a pontos diferentes
do circuito . Desta maneira as placas não estarão na mesma tensão e o
efeito é o mesmo que o uso de dois diodos separados com os catodos
(ou filamentos) ligados juntos. Seja qual' fôr o tipo de ligação, cada
placa só receberá corrente quando estiver positiva com relação ao
f11amento .
WtI$' P~II&AS (IÇADAS "I(MS PtlKi9S t I&AbAS CI'?
COIY./iJlI'rll~ElYré S€"PAIPt9DO

P~A'A A ""Nr,,;
De
X rEI'sÁ" X
X IH> Tltl1IUtrrt> X

~GE(>J COf>')C) • •• I)GCM COI?O .. .


.----0

X
Q - - - -......- - X XX

1-32
RETIFICADORES DE MEIA ONDA A VALVULA

O Circuito .Retificador de Meia Onda a Válvula.


Uma válvula retificadora diodo pode ser usada no circuito retificador
de meia onda, no lugar de um retificador de selênio, desde que haja
uma fonte de tensão para fornecer a corrente de filamento necessária
à válvula . retificadora. A figura abaixo mostra o circuito retificador
básico, usando a válvula retificadora. Se as ligações da placa e do cato-
do forem invertidas, a polaridade da tensão CC de saída"é também
invertida.
1ENSno ]JE' FIt.III"/ENrO

Sé,t'TIDO IM NM'/UH"


l
O circuito de filamento da válvula retificadora necessita de uma outra
fonte de tensão, que não é neces~ária quando se usa um retificador de
selênio . Com exceção disto, o funcionamento do circuito é idêntico
àquele do circuito básico com retificador metálico . Os filamentos "d as
válvulas retificadoras são identificados pela tensão e corrente nominais,
em volts e amperes, respectivamente . ~les devem ser ligados a uma
fonte que forneça a tensão indicada e com !t corrente indicada. As ten-
sões de filamento são, em geral, obtidas de um enrolamento abaixador
de um transformador, ou pelo uso de um resistor em série, a fim de
reduzir a tensão de linha até o valor correto . Válvulas que consomem
a mesma corrente são, algumas vêzes, ligadas em série aos terminais
da linha de alimentação CA . Algumas válvulas retificadoras têm fila-
mentos para 117 volts e ser diretamente à linha de

1-33
RETIFICADORES DE MEIA ONDA A VALVULA
Ligações de um Circuito a Válvula
. As válvulas, como tôdas as outras peças, são representadas por um
simbolo nos esquf'mas dos circuitos eletrônicos . Em geral , o símbolo
mostra apehas as ligações dos elementos das válvulas com as diversas
par~('s do circuito . Na prática , para fazer as ligações é necessário con-
sultar um manual de válvulas, onde estão registrados os números dos
pinos pertencentes a cada um dos ~ lementos . O esquema abaixo mostra
uma 11726-GT com as placas e os catodps interligados, formando assim
um único diodo . A figura seguinte mostra um diagrama da base da
válvula, tal como aparece nos manuais de válvulas . A terceira figura
mostra oomo apare'crm as . em um trabalho

tlA/IIIII/7V
C/I

o-----------------------~-- __ B
CONE XÓ(S N05{JP~A'~é-· 1

A PARA oNJNrC

c
I'A,f1f () N#rfJ B
Ha Ulna grande variedade de métodos para representar uma válvula
no esquema de um circuito. Algumas vêzes os pinos ligados aos ele-
mentc ~ são tambem ·r epresentados .
1f(6UN~ ptlS I'1t"'o~CJS //5"'''0$ PI9t'7t4 l'?o$·rIPI9R t#S v/u V'~/l5 """5 '/,fU/I'OS

~~---------~~----~--~~

1-34
RETIFICADORES DE MEIA ONDA A VALVULA

O Diodo a Gás
v. já ~onhece dois tipos de retificadores - o diodo a vácuo e o retifica-
dor metálico. V. aprendeu que o retificador metálico pode ser usado
no mesmo circuito que o diodo, sem alterar o funcionamento. Agora
V . vai aprender um terceiro tipo de retificador, que é usado em circuitos
semelhantes e funciona exatamente da mesma maneira.
Nem todos os diodos são a vácuo. Em alguns casos, depois que todo o
ar é retirado do interior da válvula, e antes da selagem, uma pequena
quantidade de gás, quimicamente inerte, é colocada dentro do tubo de
vidro . Assim, em vez de alto vácuo, a válvula contém gás a baixa pres-
são. Alguns tipos de válvulas, bastante usados, contêm uma pequena
quantidade de mercúrio . Por causa da baixa pressão, o mercúrio va-
poriza e o seu vapor age da mesma maneira que um gás inerte, como
o neônio e o argônio .
O símbolo de uma válvula de gás ou de vapor de mercúrio difere do
símbolo de uma válvula a vácuo apenas pela "pinta", a qual indica a
presença do gás. Tôda vez que V . encontrar uma pinta no símbQlo
de uma válvula, V. já sabe que se trata de uma válvula a gás.

DIODO
A GÁS

Como pode ser visto na figura, uma válvula a gás tem o mesmo arranjo
básico do filamento e catodo que uma válvula comum. Muitas válvulas
a gás têm catodo de aquecimento direto, semelhante ao da válvula 80 ,
a vácuo. Nos dóis tipos de válvula a função do catodo é a mesma -
emitir elétrons.

1-35
RETIFICADORES DE MEIA ONDA A VALVULA

O Diodo a Gás (continuação)


Um diodo, quando está conduzindo, funciona como um resistor comum .
Esta é a sua desvantagem. Vejamos por quê .
Quando uma corrente pequena é fornecida por uma fonte de alimen-
tação que usa retificadora a Vácuo, há apenas uma pequena queda de
tensão através do diodo. Como resultado, a tensão B t é bastante alta .
Por outro lado, quando uma corrente alta é tirada da fonte de alimen-
tação, a queda através da válvula torna-se muito grande e a tensão B-
cai bastante. Por esta razão, uma fonte de alimentação que usa uma
válvula a vácuo não tem boa regulação de tensão. A regulação é a
medida da capacidade que tem uma fonte de alimentação de manter
uma tensão constante na saída, quando a corrente de carg~ varia desde
zero até o seu valor nominal .Em virtude de sua máregulação, .retificado-
res com válvulas a vácuo não são usados em fontes de alimentação que
devem fornecer correntes intensas .

CI/RREIVTE
PE
CARGA
AtI/t1~tvm• ••

1-36
RETIFICADORES DE MEIA ONDA A VALVULA

O Diodo a Gás (continuação)


Em um diodo a gás, os elétrons se escoam do catodo para a placa, do
mesmo modo em que qualquer outro diodo . ~stes elétrons, passando
através do gás a altas velocidades, expulsam um .ou mais elétrons do
átomo do gás, deixando o átomo com uma carga positiva (+) . Diz-se'
então que o gás está ionizado . Os ions positivos (átomos que perderam
um elétron) tendem para o catodo e lá recuperam os elétrons que ha-
viam perdido. Algum tempo depois, outro elétron veloz expulsará alguns
elétrons do átomo neutro, ionizando-o novamente. Desta maneira, o
gás sempre contém alguns átomos ionizados .
Um gás ionizado tem uma propriedade notável. Quando uma corrente
fraca atravessa a válvula, há uma queda de tensão de aproximadamente
15 volts, através da válvula. Quando a corrente é intensa, a queda de
tensão ainda é 15 volts. Quando a corrente através da válvula varia entre
limites amplos, a variação correspondente na queda de tensão é extre-
mamente pequena .
V. pode ver que, se a tensão através da válvula de gás é constante para
diversas correntes de carga, a tensão B+ não varia tanto quanto no
caso de uma fonte de alimentação que usa válvula a vácuo . Por esta
razãó, a válvula a gás permite uma saída da fonte de alimentação -mais
bem regulada do que a válvula a vácuo. .
V. encontrará retificadores com válvula a gá.!? em tôdas as fontes de
alimentação que devem fornecer correntes de carga intensas. Por causa
da pequena queda através do retificador a gás, a fonte de alimentação
será muito mais eficiente do que se uma válvula a vácuo tivesse sido
·usada .

li/tN91'VPO ,q A
CPRPEt1ITE TENSÃO
DE C,4Rt9A lJE9A/ÍJ/I/~~
,4t/Mé/llT/l ••• ,.rICA COIY3rANTE

1-37
RETIFICADORES DE MEIA ONDA A VALVULA

Revisão dos Retificadores a Válvula

PLAC4 ~
-'~"'O"
VAL VULA DIODO - Uma válvula de
dois elementos, consistindo de um catodo
aquecido e uma placa de metal, contidos
em um invólucro de vidro, donde foi re-
tirado o ar.

0:::::1:
:='I
• I

~o
EMISSAO DE ELÉTRONS - A ação do
catodo de expulsar elétrons, quando é
aquecido .

CARGA ESPACIAL - A carga negativa


na zona que circunda o catodo, causada
pela emissão de elétrons do catodo.

VALVULA RETIFICADORA - Uma vál-


vula cc.nstruída especialmente para ser
usada como uma retificadora.

FILAMENTOS - Enrolamento de fio


muito fino, usado para aquecer o· catodo
de uma válvula. Nas válvulas de aqueci-
mento direto o filamento e o catodo são
o mesmo fio. Nas válvulas de aquecimen-
to indireto o filamento só tem a função ~QUE~ / I'?CNrO ";IPUEC/ ME'Alrt:>
J)~Hç;ro '#DlIf'Err:J
de aquecer o catodo.

CIRCUITO RETIFICADOR BASICO A


VALVULA - Uma válvula diodo, ligada
em série com uma fonte de tensão CA , 1.1/'11.114
CA
para transformar CA em CC.

1-38
RETIFICADORES DE MEIA ONDA COM TRANSFORMADOR

Fontes de Alimentação com ~ransformador

Os dois circuitos retificadores básicos já discutidos são usados para


transformar a tensão de linha de 117 volts CA em CC . ~stes circuitos
são usados freqüentemente nas fontes de alimentação b~ratas, quando
não é necessário isolar o circuito retificador da linha de CA, ou obter
tensões CC superiores a 120 volts.
Acrescentando-se um transformador ao circuito, entre a linha de ali-
mentação e o retificador, a tensão CA pode ser elevada ou reduzida. Isto
resulta numa elevação ou redução do valor da tensão CC de saída. A
saída do circuito retificador ficará também completamente isolada da
linha de alimentação. O uso de outros enrolamentos secundários no
transformador permite a obtenção de diversas tensões de filamento ,
Grande número de fontes de alimentação são do tipo com transforma-
dor, em virtude das diversas tensões necessárias, e da exigência de iso-
lar os circuitos em equipamentos eletrônicos. Diversas fontes de ali-
mentação típicas com transformador estão mostradas abaixo.

1-39
RETIFICADORES DE MEIA ONDA COM TRANSB'ORMAOOR

O Diodo em um Circuito com Transformador


Todos os retificadores, inclusive o de meia onda, transformam uma
tensão CA em uma tensão CC pulsativa . Os retificadores conseguem
isto permitind o a passagem de corrente em uma só direção . Os diversos
tipos de retificadores apresentam apenas pequenas diferenças . V. agora
vai ver como funciona o retificador de meia onda com transfornlador
para mudar CA em CC pulsativa .

A a ção retificadora dêste circuito depende da operação do diodo, a


válvula retificadora . A t eoria de funcionamento do diodo já foi expli-
cada, mas, para entender a operação do diodo no circuito com trans-
formador , V . deve estar lllJT1brado dêst es dois fatos :
1. está

.' '
2. O diodo não permite passagem de elétrons quando a placa está
negativa com relação ao catodo.

V. também já sabe que; quando o diodo é ligado aos terminais de uma


linha de alimentação CA de 60 ciclos, a sua placa fica positiva 60 vêzes
por segundo e n egativa também 60 vêzes por segu ndo. Quando o diodo
é ligado aos terminais do enrolamento de alta tensão do transformadór,
a situação é exatamente a mesma . Apenas a tensão de entrada do
diodo é muito mais alta e portanto a tensão CC pulsativa resultante é
correspondentemente mais alta .

1-40
RETIFICADORES DE MEIA ONDA COM TRANSEúRMALOR

O Diodo em um Circuito com Transformador (continuação)


Suponhamos que V. ligue o diodo num circuito simples de meia onda
com tran ~ f o rmador para ver como êle muda CA em CC .

Quando a tensão do transformador torna a tensão da placa da válvula


retificadora positiva com relação ao catodo , os elétrons alr a vessam a
válvula e uma tensão aparece nos terminais da carga .

Quando a tensão do transformador torna a t ensão de placa da válvula


re ti fic adora n egativa com relação ao catodo, os el étrons não podem atra -
vessa r a vá lvula e, é claro, não há aparecimento de qualqu er tensão n os
terminais da carga _

+
A válvula retificadora diodo permite que os elétrons a atra vessem só-
mente em uma direção (do catodo para a placa) . Assim , ela causa pulsos
de corrente através da carga e, conseqüentemente, pulsos de tensão CC
aparecem entre os terminais da carga. A t ensão CA de entrada para
o diodo, vinda do transformador, aparece como uma t ensão CC pulsativa
nos terminais da carga . Observe que o retificador de meia onda usa
apenas a metade positiva da tensão CA de entrada. A metade negativa
não é usada .

1-41
RETIFICADORES D,E MEIA ONDA COM TRANSFORMADOR

Esquema de um Circuito com Transformador

Compare o esquema do retificador de meia onda acima com o esque~


ma que está abaixo.

Note a semelhança entre os dois circuitos. V. pode reparar que:


1. Só uma metade do enrolamento de alta tensão do transformador
foi usada - a metade que vai do terminal 5 ao terminal 7. Esta
metade fornece a tensão de placa para a válvula retificadora.
2. O caminho percorrido pela corrente do transformador para a carga
inclui a passagem através da bandeja (terra).
3. A carga é representada pelo resistor de 25K.
4, As duas placas da válvula retificadora foram ligadas juntas, a fim
de que a válvula funcione como um diodo único.
5, A válvula tem catodo de aquecimento direto. Assim, o catodo , está
ligado tanto ao enrolamento de tensão de filamento do transforma-
dor - terminal 1 e terminal 3 - como também à carga.

1-42
RETIFICADORES DE MEIA ONDA COM TRANSFORMADOR

Funcionamento do Circuito com Transformador

O funcionamento do circuito retificador de meia onda mostrado já foi


descrito anteriormente . No esquema do circuito, o escoamento da cor-
rente está indicado por setas . Os sinais J . e - mostram a inversão de
polaridade da tensão do secundário do transformador, para semiciclos
alternados. A válvula retificadora só conduz do catodo (filamento) para
a placa e sómente quando .a placa está positiva com relação ao catodo.

11 (O'~ENrE PASSA DURANTF I")c~ CI~l().


---.. EN~NT(lII5~KII5 sÃo NJ$/TlYII$.

O capacitor de 0,001 IJ.F usado não afeta a operação básica do circuito .


como um retificador de meia onda. ~te capacitar é ligado entre um
lado da linha de alimentação CA e a terra, á fim de reduzir interfe-
rência elétrica e impedir que essa interferência passe através do circuito
retificador. Os capacitares usados para êste fim podem ser ligados em
qualquer uma das maneiras mostradas abaixo .
ClItCUITCl$ ",- FII,,f'ClS ec" c",,,c',clf'~S ~""" "t 'NNIJ DE
IIt.1I")FNT"t'-~

1-43
RETIFICADORES DE MEIA ONDA COM TRANSFORMADOR

Revisão dos Circuitos Retificado-


res de Meia Onda
FONTE DE ALIMENTAÇAO
COM TRANSFORMADOR
Uma fonte de alimentação que
usa um transformador para ele-
var ou baixar a tensão da linha
de alimentação CA, a fim de obter
o valor desejado da tensão CC de
saída.

CIRCUITO RETIFICADOR DE
MEIA ONDA - Um circuito reti-
ficador que usa apenas uma uni-
dade retificadora e que transfor-
ma CA em CC permitindo o es-
côamento de corrente em uma só
direção . SEmiciclos alternados
{j]I
da tensão CA de alimentação são ":"
. utilizados para formar uma ten-
são CC pulsativa na saída. Algu-
mas vêzes um transformador é
usado para elevar ou baixar a
tensão de saída.
r ..
FLUXO DA CORRENTE EM UM
CIRCUITO RETIFICADOR DE
MEIA ONDA - CA é aplicada à
ü]I ./ I

p~a.ca .do retificador e a co~r~nte


$0 eXIste durante os semIcIclos
em que o lado do circuito ligado
.
":"

~I' "
- J

à placa é positivo. . ~

MEDIDAS DE ALTA TENSAO -


Sempre use somente uma das
mãos para faz er medidas ou pro-
vas em circuitos onde haja alta
tensão. Use uma ponta de provas
isolada e apropriada para o tra-
balho com altas tensões.

1-44
o CIRCUITO RETIFICADOR DE ONDA COMPLETA
Retificadores de Onda Completa
V. já viu como trabalha um retificador de meia onda. Agora, nas pá-
ginas seguintes, V. verá como o retificador de onda completa realiza
o mesmo trabalho, de uma maneira um pouco diferente .
É necessário que V. conheça o retificador de onda completa, porque êle
é usado em noventa por cento dos equipamentos eletrônicos. Êle é
usado para fornecer tensões desde 100 até 5000 volts. Em qualquer
navio, qualquer estação, enfim, qualquer lugar onde existam equipa-
mentos eletrônicos, V. enco~trará retificadores de onda completa, na
maioria das fontes de alimentação.

1-45
o CIRCUITO RETIFICADOR DE ONDA .COMPLETA

Como Funciona o Retificador de Onda Completa


Em um retificador de onda completa, uma válvula retificadora diodo e
colocada em série com cada metade do secundário do transformador
e com a carga. Efetivamente, são dois retificadores de meia onda tra-
balhando com a mesma carga .
Durante o primeiro semiciclo, a tensão CA do transformador toma
a placa do diodo superior positiva . O diodo conduz e, como resultado,
a corrente passa através da carga causando um pulso de tensão entre
os seus terminais . Observe que, quando o diodo superior está condu-
zindo, a placa do diodo inferior está negativa e portanto êste não está
conduzindo .

Durante o S('gundo semiciclo , a placa diodo superior está negativa,


portanto êle não pode conduzir . Enquanto isso, a placa do diodo infe-
rior está positiva , de manrira qur a corrente passa através dêle e da
carga. Como ambos os 'pulsos de .corrente através da carga são na
mesma direção. uma tensão CC pulsativa aparece entre os seus termI-
nais . O retificador de onda completa transformou os dois semiciclos
da CA dI' entrad(l em uma saída de CC

1-46
O 'CIRCUITO RETIFICADOR DE ONDA COMPLETA

A Válvula Retificadora de Onda Completa


O desenho da página anterior mostra duas válvulas retificadoras sepa-
radas ~endo usadas no circuito retificador de onda completa . V. encon-
trará algumas vêzes êste circuito em fontes de alimentação. Entretanto,
na maioria dos casos, só uma válvula é usada no retificador de onda
completa. Observando a figura da página anterior V . notará que os
filamentos das duas válvulas são interligados .
Por esta razão, duas valvulas retificadoras distintas podem ser coloca-
das no mesmo invólucro, de maneira que as duas placas compartilhem
do mesmo filamento . "Então, a válvula retificadora de onda completa
possui duas placas, mas um só catodo (filamento). A retificadora tipo
. 80 é uma destas válvulas.
Quando uma retificadora de onda completa é usada num circuito retifi-
cador de onda completa êste circuito é geralmente representado por
um esquema assim: "

Observe que nesta válvula existe apenas um filamento , que fornece elé-
trons a ambas' as placas. Durante metade do ciclo da CA de entrada
uma das placas atrai elétrons do filamento. Durante a outra metade
do' ciclo a outra placa é que atrai os "elétrons. A direção do escoamento
de corrente dentro da válvula é sempre, como em qualquer diodo, a
partir do filament~. Esta corrente passa primeiro para uma das placas
e depois para a outra. A carga, como está em série com o filamento, é
então atravessada por uma corrente CC pulsativa .

1-47
o CIRCUITO RETIFICADOR DE ONDA COMPLETA

O Escoamento da Corrente no Circuito Retificador de Onda Completa


A figura abaixo faz a comparação do funcionamento do circuito retifi-
cador de onda completa com o retificador básico de onda completa.
No circuito básico mostrado, as placas 1 e 2 da válvula retificadora são
ligadas aos terminais opostos do enrolamento do transformador, de ma-
neira que há sempre uma defasagem de 180 graus entre as tensões
aplicadas às duas placas. A corrente só passa para a placa que no
momento é positiva, de maneira que ela se escoa de um catodo comum
para cada uma das placas, em semiciclos alternados. Como o resistor
de carga é ligado entre o catodo e a derivação central do enrolamento
secundário do transformador, a corrente passa através do resistor de
carga sempre na mesma direção.
No circuito retificador de onda completa básico são usados dois catodo~,
mas como êlcs são ligados juntos, um único catodo cemum pode ser usado
num circuito típico . No circuito básico, um lado do re~istor de carga é
ligado diretamente à derivação central do secundário do transformador,
sem usar ligação de terra. Esta ligação pode ser feita, ligando-se a deri-
vação central e um lado do resistor de carga a pentos diferentes da
bandeja.
Ç:::J Ç:::J

] .. .. .. ..
Ü
ô ô
ô ô

- ... I

( 11,'('( '110 ~ 'I II I1 ( /7 ()04,'!N O/V,Ij/J (,()~?Ií1,4 1(P/l()

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D.... ...
Ç::J
10
Ç:::J Ü DI lü

D' 10
~

...
,~ ~ lü

.... .... ....10


E: ~
~
~
-.
1-48
o CIRCUITO RETIFICADOR DE ONDA COMPLETA

O Circuito Retificador Tipo Ponte


O retificador tipo ponte transforma tensões CA em tensões CC, como
qualquer outro dos retificadores já estudados. Eis como êle funciona:
Quatro retificadores metálicos são ligados, entre a entrada de CA e a
carga, como mostra a figura . Quando a tensão CA de entrada é positiva,
a corrente passa de um lado da entrada, através de um dos retificadores
metálicos através da carga, através de outro retificador metálico e de
volta ao outro lado da tensão de entrada .

~~:::;.~~" ~~
- +
-

Depois, quando a tensão CA de entrada torna-se negativa, a corrente


atravessa o outro par de r etificadores metálicos e a carga. Observe que
a passagem da corrente através da carga dá-se na mesma direção em
ambos os semiciclos da tensão de entrada. Conseqüentemente, a ten-
são que aparece através da carga é uma CC pulsativa, que pode ser
filtrada como qualquer outra CC pulsativa provinda de um circuito reti-
ficador .

... ...

•••..
',
...

- L -_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _~ - .=
~= = == ===..===~
- - --

1-49
o CIRCUITO RETIFICADOR DE ONDA COMPLETA

o Circuito Retificador Tipo Ponte (continuação)


Na prática, os quatro retificadores metálicos usados no circuito tipo
ponte 'são juntados em uma única unip,ade física e são ligados externa-
mente no circ\lÍto retificador .

A
B

E/P/R,4p,4 C
t"~
O
C,IJ'G,I
E E

Para passar da figura para o esquema imagine que as duas unidades


, extremas são giradas como mostrado abaixo. Antes de continuar, certi-
fique-se de que V, entendeu a relação entre a unidade física e o esquema.

A
E I E9{J{1EtWlI

1-50
o CIRCUITO RETIFICADOR DE ONDA ,COMPLETA

Revisão do Circuito Retificador de


Onda Completa
O CIRCUITO RETIFICADOR DE
ONbA COMPLETA - Um circuito re-
tificador que utiliza ambos os semiciclos ]
da tensão CA aplicada para obter unia
CC pulsativa. Usa-se um transforma-
dor, com enrolamento secundário de
derivação central e dois diodos. ~stes
retificam semiciclos alternados da ,
tensão CA e causam pulsos de corrente
na mesma direção, através de um re- /
sistor de carga, para cada semiciclo
da tensão aplicada.

VALVULA RETIFICADORA DE ONDA


COMPLETA - Uma válvula que con-
o siste de duas placas e um catodo co-
mum no mesmo invólucro de vidro .
Tanto catodos de ~quecimento ·direto
como indireto são usados, dependendo
das exigências do circuito retificador .

FLUXO DE CORRENTE NO CIRCUI-


TO RETIFICADOR DE ONDA COM-
PLETA - A corrente passa do catodo
da válvula retificadora para aquela
placa que é positiva no momento, e de-
pois atraves de metade do enrolamen-
to secundário, para a terra na bande-
ja. Dêste ponto a corrente passa atra-
vés da bandeja para um terminal do
resistor de carga, e através dêste, de
volta para o catodo da válvula retifica-
cadora .
UI-
U'l
= = .n
- .0
UI lO
.0
.... ....
<:::::>
<:::::> .0
.... ~

1-51
CIRCUITOS DE FILTRO

O que V. deve saber sôbre as Fontes de Alimentação


Aprender tudo sôbre as fontes de alimentação é uma tarefa bem sim-
ples. Por quê? Porque se V. abrir qualquer fonte de alimentação desco-
brirá que ela contém apenas dois circuitos principais - o circuito reti-
ficador e o circuito de filtro.

\ I

V. já sabe que existem apenas dois tipos de circuitos retificadores, na


prática - retificador de onda completa e o de meia onda - e ambos
realizam o mesmo trabalho de transformar CA em CC pulsativa. Exis-
tem somente três tipos de circuitos de filtro em uso na prática. Todos
êstes tipos têm uma coisa em comum - eliminam a ondulação da CC
pulsativa de saída do retificador .
Além disso, há somente um tipo básico de válvula reguladora de tensão
em uso nas fontes de alimentação. Como é indicado por seu nome, estas
válvulas mantêm a tensão de saída da fonte de alimentacão em um
valor constante, apesar das flutuações na tensão da linha ' de alimen-
tação ou variações da corrente de carga.
Aprenda êstes circuitos das fontes de alimentação e V. saberá quase
tudo possível sôbre fontes de alimentação. Isto é verdade porque quase
tôdas as fontes de alimentação existentes consistem de diversas com-
binações de circuitos retificadores básicos, circuites de filtro básicos e
válvulas reguladoras de tensão.
Os três tipos de filtro de uso mais comum são os da figura da página
seguinte,

1-52
CIRCUITOS DE FILTRO

Circuitos de Filtro das Fontes de Alimentação


CIRCUITOS DE FILTRO

Características da Saída do Retificador


Já foi dito anteriormente que os circuitos eletrônicos em geral exigem
uma fonte de tensão de aproximadamente +350 volts CC e uma fonte
de tensão de 6,3 volts CA. O transformador da fonte de alimentação
fornece os 6,3 voits CA diretamente aos filamentos das válvulasquedêles
necessitam. O transformador fornece alta tensão CA para o retificador
e êste gera uma CC pulsativa com esta forma:

:!\ !\ !\

:NVVVV\
Os circuitos eletrônicos ligados à saída do retificador não podem usar
uma tensão tão pulsativa . ~les precisam de uma tensão CC constante,
com o mínimo possível de ondulação. A finalidade do circuito de filtro
é a de eliminar as pulsações da saída do retificador e fornecer uma
tensão CC constante.
'A saída de um retificador consiste de pulsos de corrente, sempre de
mesma direção, através do resistor de carga. A corrente cresce de zero
até um máximo e volta novamente a zero, repetindo êste ciclo indefini-
damente. A corrente de elétrons nunca muda de direção para passar
do filamento para a terra. A tensão resultante dêste escoamento de elé-
trons através do resistor de carga támbém cresce de zero até um máxi-
mo, voltando novamente a zero, sempre repetindo êste ciclo. Esta tensão
tem a forma de metade de uma onda senoidal. No caso de um retifica-
dor de meia onda, o valor médio da :tensão CC é de '31,8 por cento do
valor máximo. Para o retificador de o~da completa a média da tensão
CC é de 63,6 por cento do valor do pico da senóide.
s,.iól9 ~d Jr~r/'/~191J11~1~ tn'1""If1I~
(EN5,40 ré//#ÃtJ
lOOIf±11----
- -- lO°fiStJi-
63,6
-- -- -.
- - - - - - - -
~_-""31, 8 -- ---- -- -
O . O '

f-54
CIRCUITOS DE FILTRO

Componentes CA e CC
Se V. ligar um voltímetro de CC nos terminais de saída do retificador,
V. terá uma leitura . Se ligar um voltímetro de CA também terá uma
leitura. Esta leitura de CA resulta da variacão da tensão de saíd~. A
saída do retificador pode, portanto, ser considerada como uma tensão
CC superposta a uma tensão CA . A função de um filtro pode ser expli-
cada como o trabalho de eliminar a parte de CA (ou componente alter-
nada) da saída do retificador, permitindo apenas à componente CO!l-
tínua atingir os terminais de saída da fonte de alimentação. Se o filtro
conseguir eliminar tôda a componente CA, só sobrará uma CC pura .
Neste ponto V. pode perguntar: - "Como pode uma tensão CC pulsa-
tiva ter uma componente CA, se a tensão sobe do zero até um valor po-
sitivoe depois cai de volta para zero, sem nunca ficar n , gativa?" V.
está acostumado a pensar em uma tensão CA como uma tensão que
toma valores alternados acima e abaixo do zero, ficando primeiro posi-
tiva, depois zero e por fim negativa. Se uma tensão nunca é negativa.
como pode haver nela uma componente alternada?
Qualquer onda que varie de uma maneira regular tem uma componente
CA. Examinemos um exemplo onde uma tensão CA é combinada com
uma tensão CC, resultando numa tensão que nunca se torna negativa .
Imagine que V. tenha uma tensão de ·+-50 volts CC e a combine com
uma tensão CA Que varia de + 20 volts até -20 volts .

+501--~---

01-------

Quando o pico de + 20 volts CA é somado aos + 50 volts CC, o resultado


é + 70 volts . Quando o ponto onde a onda CA é zero, é somado aos : 50
volts CC, o resultado é igual a .\ 50 volts. Quando o mínimo de - 20 volts
da tensão CA é somado aos + 50 volts o resultado é + 30 volts. O resul
tado final é uma tensão CC que varia de -" 50 volts até um máximo de
+ 70 volts, caindo depois até um mínimo de J 30 volts. A ten são da onda
resultante nunca é n egativa, mas, n o entanto , ela consiste de uma conl·
ponente CA e uma componente CC .
1-55
CIRCUITOS DE FILTRO

Componentes CA e CC (continuação)
V. acabou de aprender como uma tensão CA pode ser somada a uma
tem ão CC para formar uma tensão que nunca é negativa. Aqui estão
mais alguns exemplos :

+40 6 ~III$

+40
é IGUAL A

+40

+20 ~------------

Of-------- o t---"L-~oL.---

-2 0 -20

-40 -40 -40

+100 +100 +100


+ 64~------------ +64

Of--------

-64
-1 00 -100 -100

+1 00 +100 +100 f\
~68

+3 2 r------------ +32 -~- -...-- _. - -


Or------- ot--+-+--+--+-t-- OP-----......- - -
-32

-100 - 100 -100


V. pode notar que tôda a vez que uma tensão varia de uma maneira
regular, ela pode ser separada em uma componente CA e uma compo-
nente CC. A saída de um retificador contém ambas estas componentes.
A função do filtro é a de eliminar tanto quanto seja possível (e eco-
nômico!) a componente CA, antes da alta tensão CC ser fornecida aos
circuitos eletrônicos que dela necessitam.

1-56
CIRCUITOS DE FILTRO

o Capacitor no Circuito de Filtro


Se V. substituir o resistor de carga, na saída do retificador, por um
capacitor de valor elevado, CC pura aparecerá entre os terminais dêsse
capacitor. Quando V. souber a razão disto poderá entender como êste
efeito pode ser usado em circuitos de filtro .
V. já aprendeu que, quando um capacitor é ligado aos terminais de uma
bateria, êle carrega até a tensão da bateria, desde que haja tempo sufi-
ciente para isso.
100
t.,......--'í
80
+
- --=- ~ 60
V
IOOY _ + /
/
li
{)NI/)APES 7)E 1"éttJl'O
A. mesma coisa acontece quando o capacitor é ligado aos terminais de
saída de um retificador . Tôda vez que o retificador conduz, êle começa
a carregar o capacitor. Se êste não tem tempo para carregar até o
valor do pico da CC pulsativa, durante o primeiro meio-ciclo, isto acon-
tecerá depois de alguns semiciclos . Depois de alguns ciclos passados
haverá uma CC pura entre os terminais do capacito r . O capacitor n ão
pode descarregar no intervalo de tempo entre os picos da tensão CC
pulsativa porque a corrente só pode passar em uma direção através do
retificador. Qual foi o efeito da colocação do capacitor nos terminais
de saída do retificador? O capacltor, ao se carregar, filtrou a ondulação
da CC pulsante. deixando apenas uma CC pura .

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1-57
CIRCUITOS DE FILTRO
o Capacitar no Circuito de Filtro (continuação)
Se a fonte de alimentação não tivesse de fornecer corren te para os outros
circuitos, uma tensão CC pura poderia ser obtida simplesmente pelo
expediente de ligar um capacitor, do filamento do retificador para a
terra. No entanto, os diversos circuitos eletrônicos, ligados à tensão B+
da fonte de alimentação, consomem uma certa corrente . Esta corrente
consumida por êstes circuitos é chamada de corrente de carga, porque
o seu efeito pode ser simulado por um resisto r de carga ligado entre a
saída do retificador e a terra.
No seu estudo sôbre circuitos RC em Eletricidade Básica, você apren-
deu que quando um resisto r é ligado em paralelo com um capacitor car-
regado, êste descarregará através do resisto r . A velocidade da descarga
depende do valor do resistor. Quanto menor a resistência maior é a cor-
rente e portanto mais rápida a descarga.
Logo que um resistor é ligado em paralelo com o capacitar do circuito
retificador, êste começará a descarregar e haverá uma queda de ten-
são. A tensão, no entanto, não cairá a zero porque um novo pico de
tensão aparece no filamento do retificador 60 vêzes por segundo, no
caso de um retificador de meia onda e 120 vêzes por :;egundo, no caso
,Je um retificador de onda completa. ~ste novo pico de tensão carrega
novamente o capacitar, que passará a descarregar logo depois até o
novo pico de tensão. Como resultado nós teremos uma saída CC pulsa-
tiva. Observe, no entanto, que as pulsações são bem menores do que
quando não havia capacitar no circuito.

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1-58
CIRCUITOS DE FILTRO

O Capacitar no Circuito de Filtro (continuação)

A colocação de uma carga em paralelo com o capacItar de filtro tem


como resultado que a saída do retificador não é mais uma CC pura -
há uma componente CA superposta à componente CC. Esta compo-
nente alternada é chamada "ondulação". Por causa desta componente
CA, ou ondulação, um capacitar sàzinho não constitui um filtro satis-
fatório . Outros elementos de filtro devem ser incluídos para eliminar
a ondulação e tornar a saída do B+ tão próxima de uma CC pura
quanto possível e econômico. Quando estudarmos os amplificadores V .
aprenderá porque a ondulação na saída do B+ é tão indesejável .
A quantidade de ondulação resultante, quando uma carga é colocada em
paralelo com um capacitar de filtro , depende do vàlor da carga, do
valor do capacitar e do tipo de retificador. Quanto maior o capacitar,
maior o número de elétrons que êle pode armazenar em suas placas
e menor a percentagem de descarga quando ligado em paralelo com uma
carga. Quanto maior fôr a corrente consumida pela carga, maior será
a queda de tensão e maior será a ondulação. Como os retificadores de
meia onda carregam o capacitar 60 vêzes por segundo, haverá mais
tempo para que êle se descarregue através da carga do que no caso de
um retificador de onda completa, o qual carrega o capacitar 120 vêzes
por segundo . Desta maneira, a ondulação será maior no caso de um
retificador de meia onda do que para um retificador de onda completa,
porque a tensão cairá de uma quantidade maior no intervalo dos pulsos.
,-
QUI/NfO nA/oR li CI7R6II,
,
,,
I
r'1lI/0P I} ONlJI/IIIÇ~tJ
I
Q~.L- __ ~ __ ~ __ ~

CIIR611 " 50 mil CI1RGIJ =/OOmli

II~
f}(}/1IY10 MENOR /I OIP/lClfIlfi.
C/li PO C/lPIJCI'-OR, fY//i/OR f} \7 \l r
~,
ONlJl/LIIÇÃO ' "v "" II
• • I
I I I

t.4P/lC/117I11CIIJ G/?IINJ)l c/lmcmftVt/ll P[PI/{


t/lRCI! : óOml! rV/J tI/Reli 50m ll

I'JESnIJ CIJRCIJ, fYJESf?O


C~j)/JC/í{)R PE F/tTRO

1-59
CIRCUITOS DE FILTRO

Capacitares de Filtro
Os capacitares de filtro usados nas fontes de alimentação podem ser de
dois tipos: (1) capacitares com di elétrico de papel e (2) capacitores
eJetrolíticos .
Os capacitares de papel são construídos de camadas alternadas de fôlha
de metal e papel encerado. O papel e o metal são enrolados juntos. O
papel encerado é o dielétrico e as fôlhas de metal são as placas. Capa-

_.....
citares de papel de capacitân cia menor que 1 I.LF são usados em diversos
pontos dos equipamentos eletrônicos. Capacitares dêste tipo, de valor
maior, são usados algumas vêzes como capacitares de filtro das fontes
ele' alimen -
~~

ri/til!? de I'9ETh't~ ~
Os capacitares de papel n ão são polarizados e, quando usados dentro do
limite da tensão de trabalho, duram muito mais do que os capacitares
eletrolíticos. Entretanto , capacitares de papel de valor elevado são volu-
mosos e relativamente caros . Êles não são fabricados , em geral, com
capacitâncias maiores do que 16 IJ,F.
As fontes de a limentação para altas tensões usam capacitares de papel
impregnado com óleo. Êstes capacitares suportam um pico de tensão
mais elevado do que os construídos com papel encerado. Os capacitares
são iden tificados de acôrdo com a tensão CC máxima de trabalho
. (VNDC) e também com a tensão de pico. A VNDC (voltagem nominal
DC) é a tensão máxima, em serviço contínuo, para a qual o capacitar
foi projetado . A t ensão de pico é a tensão acima da qual o dielétrico se
rom perá e o capacitar passará a agir como um condutor .
{/J'p!il'lf()Rr5 lJ[ P~JlEt
mRIJ fltf,f/}Stk.4/fI1íf15Í1O

1-60
CIRCUITOS DE l<'ILTRO

Capacitores de Filtro (continuação)


Os capacitares eletrolíticos são usados geralmente como capacitares de
filtro das fontes de alimentação, porque são de construção barata para
grandes capacitâncias. Além disso, são fisicamente menores que os ca-
pacitores de papel de mesma capacitância . Os capacitores eletrolíticos
são construídos com valores mais altos do que os capacitores de papel .
De uma maneira geral êstes valores estão incluídos entre 2 e 1 000 .uF.

1",4Pt'Jc/rOI? tJ~ ,P;9PU


/ H/' ~OOVOIT5CC
As fontes de alimentação com tensão igualou menor que 600 volts,
usam geralmente capacitores de filtro eletrolíticos. Para tensões mais
altas, empregam-se capacitores de papel. Os capacitores eletrolíticos
são polarizados. A não observância da polaridade correta pode danificar
permanentemente o capacitor e também as outras peças a que êle esteja
ligado .
Os capacitares de papel não apresentam corrente de fuga (escoamento
de corrente CC através do dielétrico) , enquanto que os eletrolíticos não
são isoladores perfeitos e uma corrente de fuga se escoa , mesmo durante
o funcionamento normal. A corrente de fuga é maior nos eletrolític8S
líquidos do que nos tipos secos. Se a tensão aplicada a um eletrolítico
excede a tensão ncminal, a corrente de fuga aumenta e pode danificar
o dielétrico.
'RiTO véRlfa~C 00
IIZV{. POf1 ·

~ POSITIVO

1-61
CIRCUITOS DE FILTRO

Capacitores de Filtro (continuação)

Os ca pacitores eletrolíticos podem ser de dois tipos: líquidos ou ,secos .


Um capacitor eletrolítico líquido consiste de um eletrodo de alumínio,
jmer~o em uma solução chamada eletrólito. Quando o eletrodo é ligado
ao terminal positivo de uma fonte de tensão CC e o recipiente do ele-
trólito é ligado ao terminal negativo, há uma passagem de corrente
através do eletrÓlito. Esta corrente estabelece uma reação química que
causa a formação de uma película na superfície do eletrodo. Esta pelí-
cula age como um di elétrico, isolando o eletrodo do eletrólito . tstes dois
elementos então funcionam como placas do capacitor - o eletrodo tor-
na-se o terminal positivo e o eletrólito o termínal negativo. A ligação
para o eletrólito é feita através do recipiente .
A inversão da polaridade da tensão aplicada ao capacitor destrói com-
pletamente o dielétrico . A aplicação instantânea de uma sôbre-tensão,
mesmo com a polaridade correta , causa a perfuração do dielétrico. A
aplicação posterior da tensão nominal reconstitui o dielétrico. Por esta
lazão, os eletrolíticos líquidos são ditos auto-recuperáveis.
A capacitân cia de um capacito r eletrolítico é maior do que a de um ca-
pacitor de papel de tamanho equivalente porque a película de dielétrico
é muito fina, permitindo um espaçamento mínimo entre as placas. A
superfície da placa positiva é tornada áspera e a placa negativa, forma-
da pelo eletrólito líquido se adapta à superfície áspera da placa positiva,
r esultando em uma maior área de placas para um espaço determinado.

, (UIV$íIU;ÂO .POS (APIIClfI/Rl"S


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PRO T EÇ/lO ./)e I
C t':{. ()lOI D t;;

E LE:TR OÍ-ITO

1-62
CIRCUITOS DE FILTRO

Capacitores de Filtro (continuação)


Os capacitores eletrolíticos secos usam um eletrólito pastoso. Um pano
impregnado com a pasta de eletrólito é enrolado entre camadas alter-
nadas de fôlha de alumínio, dã mesma maneira que foi feito para a
construção dos capacitores de papel. Uma camada da fôlha de metal
é usada como placa positiva do capacitor eletrolítico e a camada se-
guinte é usada para fazer o contato elétrico com a placa negativa (ele-
trólito) do capacitor.
Um capacitor eletrolítico sêco funciona da mesma maneira que o eletro-
lítico líquido, exceto que êste tipo não é auto-recuperável, quando o die-
létrico é perfurado. Ambos os tipos de capacitores eletrolíticos têm vida
relativamente curta, devido à sêcagem do eletrólito. Entre os dois, o
tipo sêco em geral dura mais. Capacitores eletrolíticos líquidos são rara-
~nente usados, porque secam ràpidamente e têm de ser montados na
posição vertical para impedir o vazamento do eletrólito líquido. Alguns
tipos de capacitores eletrolíticos secos são mostrados abaixo.

SECOS
UETIrOoo
N t:.-6ArlVO

1-63
CIRCUITOS DE FILTRO

Aperfeiçoando o Funcionamento do Filtro


Em uma das páginas precedentes foi visto que, quanto maior o capa-
citor do filtro, menor será a componente alternada ou ondulação na
saída. Capacitores de filtro podem ser construídos com grande capaci-
dade e pequeno tamanho, como veremos dentro em pouco. No entanto,
existem limitações no tamanho, que não podem ser ultrapassadas. Um
capacitor de filtro de tamanho prático é capaz de reduzir a componente
CA até cêrca de 25 volts, mas isto não é suficiente . Diversos circuitos
eletrônicos exigem uma tensão B+ com menos de 3 ou 4 volts de ondu-
lação, para uma tensão CC de 350 volts . A componente alternada deve
ser menor do que 2 'ir', ou mesmo 1 'ir', da tensão total de saída. Nenhum
capacitor de filtro de tamanho prático consegue sozinho atingir a esta
perfeição - outros elementos têm de ser incluídos.
Imagine um circuito consistin-
do de um resisto r de 500.n. li-
gado em série com um capaci- 10 OOf/LlflO
tor de 16 uF, como está mos- t1PERfE/ÇOIJNPO Ol/![()l '. ' " ' , ", :,
trado na figura. Se êste cir-
cuito fôr ligado ao retificador
com o capacitor de filtro, usa-
do anteriormente, o novo cir-
cuito de filtro estará sendo ali-
mentado por uma tensão de
350 volts CC superposta a cêr-
ca de 25 volts CA. Para enten-
der como ê'Ste circuito elimina
a tensão CA de ondulação, V .
t em de aprender alguma coisa
sôbre divisores de tensão.
Quando V. estudou circuitos de em em V.
aprendeu que quando uma tensão CC é ligada através de três resistores
iguais, um têrço da tensão total aparece entre os terminais de cada um
dos resistores. Disto pode ser fàcilmente deduzido que se os resistores
'são apenas dois, sendo que um tem o dôbro da resistência do outro,
1/ 3 da tensão aparece entre os terminais do resist::;r menor e 2/ 3 entre
os terminais do resistor maior. De maneira semelhante, se um dos resis-
tores contém 1/ 10 da resistência total e o outro 9/ 10 da resistência
total. 1/10 da tensão total aparece entre os terminais do menor resistor
e 9/ 10 da tensão total entre 0$ terminais do resistor maior . Do exposto
pode ser compreendido que uma tensão CC, ligada aos terminais de
dois resistores em s"érie, divide;-se em proporção direta às resistências
dos resistores.
C>----<t----------., <;>-----~---------, 0 - - - -........ ---------'1
t
I
lOOV
200n
I
I
lOOV
t
I
60n 30V
, I
I
I
,
.
I
• I I I
I
300V lOOV 300V 300V I
I I I
I
400n 200V : 540n 270V
I •
I , I :
I lOOV I I I
,
I
--------J
t0--__~--------.J C>-_ _~_---------.J

o -_ _ _ _ I

1-64
CIRCUITOS DE FILTRO

Aperfeiçoando o Funcionamento do Filtro (continuação)


Quando os 25 volts da ondulação, provindos do capacitor de entrada do
filtro, aparecem entre os terminais da combinação em série do resisto!'
e do capacitor, como mostra a figura abaixo, o resistor apresenta uma
re8istência de 500 ohms, à ondulação CA de 120 ·ciclos, enquanto que o
capacitor apresenta uma reatância de somente 80 ohms à ondulação CA
de 120 ciclos. Isto quer dizer que a tensão CA da ondulação é dividida
por um total de 580 ohms. Aproximadamente 1/ 7 da tensão CA apa-
recerá através do capacitar, enquanto que 6/ 7 da tensão CA vão apa-
recer entre os terminais do resistor . A tensão CA entre os terminais
do capacitor - e portanto entre .0 B+ e a terra - será igual a 1/ 7 de
25 volts, ou aproximadamente 3,5 volts CA.

/
__ ZI,5 I/CII
--------~A~-- __ ~

t;;1
@ il$ISrOR
16.,/(f 3,5 V DE
Xc == 800 CA CII1f611

I I
É fácil ver que a simples inclusão de um resisto r de 500 ohms e de
um outro capacitor de filtro , conseguiu reduzir a tensão da ondulação
para 3,5 volts, ou, aproximadamente, 1 ~/~ da saída total de CC. Êst e
nível de filtragem é satisfatório para a maioria das aplicações em
eletrônica.

SAlíJA'B+

I-•
I-

36D VCC
'3,5 vce
CIRCU !TOS DE FILTRO

Os Defeitos dos Filtros RC


O nosso filtro agora consiste de dois capacitares e um resistor, formando
um filtro RC. :t!:ste filtro é compacto, de baixo custo e é usado em muitos
dos pequenos rádios comerciais.
Há duas razões pelas quais êste filtro RC não pode ser usado na maioria
das demais fontes de alimentação - para grandes correntes de carga
é difícil conseguir uma alta tensão B + e variações na corrente de carga
"causam grandes variações na tensão B 4- .
Zxaminemos o primeiro defeito acima - a dificuldade de se cor.seguir
uma alta tensão B + para grandes correntes de carga . Muitos equipa-
m entos eletrônicos exigem uma corrente de 100 a 200 miliamperes, sob
uma tensão B + de 350 volts . Esta corrente passa integralmente atra-
vés do resistor de 500 ohms do filtro, causando, de acôrdo com a lei de
Ohm, uma queda de tensão entre os terrl1Ínais do resisto!" . Assim, uma
corrente de 200 miliamperes, passando através de 500 ohms de resis-
tência, produz uma queda de tensão igual a -

E = IR = 0,200 A >< 500 ohms = 100 volts


Em lugar de obter 350 volts na saída do filtro, obteremos apenas 250 volts
(350 - 100 = 250 V) . Para obter 350 volts na saída do filtro, o trans-
formador deve ser construído para fornecer uma tensão muito mais
alta para o retificador, para contrabalançar a queda de tensão no re-
sistor . Quando se aumenta a tensão de saída do transformador ele
se torna maior, mais pesado e mais caro - três qualidades bastante
indese.i á veis .

1-66
CIRCUITOS DE FILTRO
Os Defeitos dos Filtros RC (continuação)
Acabamos de ver que um dos defeitos do filtro RC é que êle causa uma
grande queda de tensão através do resistor, exigindo o uso de um trans-
formador com tensão mais alta, para compensar esta queda . O segundo
defeito dos filtros RC é ainda mais sério - uma pequena variação na
corrente de carga causa um desvio de vários volts, na saída do B+.
V. leu na introdução a esta seção que era importante manter a t ensão
de saída B+ bastante estável, apesar das variações da corrente de carga.
Diversos tipos de equipamentos eletrônicos demandam quantidades va-
riáveis de corrente da fonte de tensão B+ . Apesar disso a variação de
tensão deve ser pequena .
Por exemplo, imagine um equipamento que puxa 50 ma da fonte de B+ ,
sob certas condições. Quando estas condições são mudadas 100 mA de
corrente são demandados da fonte de B+ . No início nós tínhamos 50
mA passando através do resisto r de 500 ohms e depois 100 mA passando
pelo mesmo resi~tor . Suponha que a tensão de saída do filtro é de 350
volts. Para uma corrente de carga de 50 mA, a queda de tensão através
do resistor de 500 ohms será: E = IR = 0,050 X 500 = 25 V. Subita-
mente uma corrente adicional de 50 mA é demandada pela carga (per-
fazendo um total de 100 mA). Como resultado há um aumento na que-
da de tensão através do resistor de 500 ohms .
E = IR = 0,100 x 500 = 50 volts
Como a queda de tensão aumenton de 25 volts, a tensão de saída deve
ter diminuído do mesmo valor.
A tensão de saída cairá de 350 volts para 325 volts quando a corrente
d ntar de 50 para 100 mA.

CbKII'ENTE
Ç::=J ElETRÔNICI/
ttJN{)/ÇÃO 2
I'AIIA
o
PIlIi'II o
RET/~/CADOR "'~--1~WlWv+----'~

Da mesma forma, uma variação de 100 mA na corrente de carga causará


uma queda de 50 volts na tensão B+ . ~stes altos e baixos na tensão de
saída são bastante indesejáveis nos equipamentos eletrônicos. Circuitos
de regulação de tensão podem ser incluídos para compensar estas varia-
ções de tensão devidas ao resisto r do filtro . No entanto, para compensar
perdas como as indicadas aqui, seriam necessários circuitos grandes e
dispendiosos .

1-67
CIRCUITOS DE FILTRO

Uso de um Indutor em Lugar do


Resistor
Um resistor trabalha razoàvel-
m ente · como filtro porque sua
resistência a CA é maior que a
reatância, também a CA, do ca-
pacitar de filtro. Quando a ten-
são da ondulação é ligada aos
terminais dêste circuito, ela se
divide de maneira que só uma
pequena parcela aparece entre
os terminais do capacitar do fil-
tro e na saída B+ . A tensão de
CC neste circuito divide-se tam-
bém de modo que a maior parte
vai aparecer entre o capacitor
de filtro e a saída B+ .
O circuito de filtro exige que o resisto r apresente uma alta resistência
à passagem da CA e baixa resistência à CC . No entanto um resistor
apresenta exatamente a mesma resistência tanto para CA como para
CC e não atende à exigência do filtro. Quando .se usa um resistor de
filtro, seu valor deve manter um equilíbrio entre estas duas exigências
contrárias .
Entretanto, existe um certo tipo de componente que preenche êste re-
quisito - o indutor de filtro, também chamado de reator. Quando V .
estudou os circuitos de CA em Eletricidade Básica, aprendeu que um
indutor se opõe às variações da corrente através dêle. Em outras pala-
vras, a indutância de um reator apresenta um alto valor à CA . Como
o indutor é construído com muitas espiras de fio de cobre enroladas em
tôrno de um núcleo, apresenta uma baixa resistência à CC. Um indutor
tem exatamente as características necessárias para substituir vantajo-
samente o resistor do circuito de filtro.
Um indutor de 10 henrys é razoàvelmente pequeno, fisicamente, e apre-
·senta uma reatância de aproximadamente 7 500 ohms à ondulação de
120 ciclos, enquanto que a sua resistência à CC é de aproximadamente
200 ohms. ~ste reator tem 15 ·vêzes mais resistência à CA do que o resis-
tor de 500 ohms, e ao mesmo tempo apresenta menos da metade da
resistência à CC. Devido a: estas excelentes qualidades, os indutores são
usados nas fontes de alimentação da maioria dos equipamentos ele-
trônicos. Antes de aprender as diversas possíveis combinações de capaci-
tores e indutores, usadas em circuitos de filtro , vamos ver como são cons-
truídos os indutores.
l/5 vÊIES MEtIl~R /)0 QUE
OI'? KESlsrop IN 600ft

1-68
CIRCUITOS DE FILTRO

Indutores de Filtro ( Chokes )


A finalidade do indutor de filtro é de apresentar uma alta impedância
à CA da ondulacão e baixa resistência à CC. Um indutor consiste de
muitas espiras de fio de cobre, enrolado em tôrno de um núcleo de ferro
laminado. A impedância total do indutor depende do número de espiras
do fio e também do tamanho, forma e material do núcleo. A resistência
do indutor à CC depende do comprimento e diâmetro do fio usado para
o enrolamento.
Aum Entando o número de espiras ou aumentando o tamanho do núcleo,
a impedância é aumentada; mas isto também aumenta o tamanho e o
pêso do indutor. Além disso, o maior · comprimento de fio causa um
aumento na resistência à CC. A única maneira de diminuir a resistên-
cia à CC é diminuir o número de espiras (que também diminui a im-
pedância) , ou aumentar o diâmetro do fio (que aumenta o pêso) .
O projeto dos indutores é feito com um equilíbrio dêstes requisitos de
tamanho, pêso, impedância a CA e resistência a CC. Diversos tipos de
indutores são fabricados, porque as exigências variam com os diferentes
equipamentos. Os indutores são identificados pelo valor da indutância,
resistência a CC, e corrente máxima admissível .

'I?RA A,+7Pt InCA {)(J,fES


E PEQUENOS f"RAtY.!-
MIS.sO~tS
PII,fA FPNTFS bE IIt.1I'?EI'I-
YII{tlip AE ,4LTA T.€"1II$-90
é t'A,fGI/ ELEVA/H}.

1-69
CIRCUITOS DE FILTRO

Filtros de Uma Seção com Indutor ou Capacitor na Entrada


O filtro de uma seção com indutor na entrada consiste em um indutor
ligado em série com a carga da fonte de alimentação, estando esta em
paralelo com um capacitor de filtro . A componente contínua da saída
do retificador aparece nos terminais da carga. A maior parcela da com-
ponente alternada aparece entre os terminais da alta reatância indutiva
do indutor . Apenas uma pequena parcela da CA aparece entre os ter-
minaisdocapacitor, devido à sua pequenareatância.Como a carga está
em paralelo com êste capacitor, existe apenas uma pequena tensão de
ondulacão entre seus terminais.
'RIIIrIINt/1I At7/J- .

o-__ ~~~~~~~
____~~=~A~~~~~é~~~V~UérE~;OCA
ct

o~
Rt"AriNt/IJ B/I/~II­
PFQIIllI1I QUfl),f lJé 'UN~bO til

O filtro de uma seção com capacitar na entrada consiste de um capaci-


·tor de filtro ligado em paralelo com os terminais de entrada de um
filtro de uma seção com indutor na entrada. Devido à forma do esque-
ma do circuito, os filtros de uma seção com capacitar na entrada são
às vêzes chamados de filtros tipo 1f (pi) .
Os filtros com capacitor na entrada usam valores altos de capacitância .
e indutância e por isso são chamados de filtros de "fôrça bruta" . São
geralmente usadas indutâncias de 10 a 30 henrys e capacitâncias de 2
a 16 microfaradays .
10 a. 30 He"N~Y5

O-----'-"Tl
élllr.fIlM .51111",

o__e_-1_6_?_r
___ ][~________][~__e_-_~_~__r~

1-70
CIRCUITOS DE FILTRO

Filtro de Uma Seção com Indutor de Entrada


V. vai ver que o filtro de uma seção com indutor de entrada funciona
um pouco melhor do que o capacitor sozinho . A tensão de saída do
filtro com indutor de entrada é mais baixa do que a tensão de saída
do capacitor sozinho . Isto acontece porque o indutor cria uma contra-
tensão que cancela uma parte da tensão de saída do retificador. Uma
característica importante do filtro com indutor na entrada é que êle
limita a corrente de pico da válvula retificadora, diminuindo o esfôrço
s€lbre a mesma . ~ste filtro tem também a característica de manter a
tensão de saída bem constante, apesar das variações da carga . Devido
a estas duas características, filtros com indutor na entrada são comu-
mente usados nas fontes de alimentação de cargas peõadas ou variáveis.
Como resultado do uso dêste tipo de filtro obtém-se uma tensão de saída
mais estável e uma vida mais longa para a válvula retificadora.

1-71
CIRCUITOS DE FILTRO

O Filtro com Capacitar na Entrada


Comparando as formas , de onda e tensões dêste tipo de filtro com as
dos anteriores, pode-se ver que o filtro com capacitor na entrada filtra
melhor que qualquer um dos outros, A tensão de saída dêste filtro é
maior do que aquela do filtro com indutor de entrada, devido à ação
de carga e descarga do capacitor de entrada .
No entanto, ao contrário do' filtro com indutor na entrada, êste circuito
consome altos picos de corrente da válvula retificadora. A regulação
de tensão não é tão boa como no caso do filtro com indutor na entrada .
O filtro com capacitar na entrada, geralmente chamado de filtro de
"fôrça bruta", é o circuito mais usado para aplicações onde a potência
CC é pequena.

-•

1-72
CIRCUITOS DE FILTRO

O Filtro de Duas Seções


Um filtro de duas seções com indutor na entrada consiste de dois filtros
de Ul'l'la seção com indutor de entrada, ligados em série. Se colocarmos
mais um capacitor entre os terminais de entrada do circuito com indu-
tor de entrada obteremos um filtro de duas seções com capacitor de
entrada. Ambos os tipos de filtros de duas seções reduzem a ondulação
na tensão de saída a um valor insignificante .

-EI
(/1tU11Q$ 1JE FIlTRO l)E lJU/lS scço_ _

FILTRO /l6 OI/R' S~éS flt1/ftl DE f)I/IIS $E&Óé$


com /W1XffOR (Vf1 EN7/CRlJlI CO/'f) C8P!9Clro/f NlENT7i'~PI)

,. I I o .~o
Circuitos ressonantes podem ser usados como filtros, nas fontes de
alimentação, embora sejam usados mais freqüentemente em outros
tipos de circuitos eletrônicos. Um filtro ressonante série consiste de um
indutor e um capacitor ligados em série aos terminais de saída do
circuito retificador. V. aprendeu em Eletricidade Básica (circuitos res-
sonantes série) que, quando um indutor e um capacitor ligados em
série estão em ressonância, as reatâncias indutiva e capacitiva se can-
celam e a impedância total é zero. Desta maneira, se os componentes usa-
dos são ressonantes na freqüência da ondulação da fonte de alimentação,
êles agem· como um curto circuito em paralelo com a carga, para aquela
freqüência específica.
Uma combinação ressonante em paralelo de L e. C pode ser usada em
série com um -dos terminais de saída da fonte de alimentação, para fil-
tragem adicional. O circuito ressonante paralelo apresenta uma alta

I
impedância na freqüência d;a~~_. ._ .

(1IY&Ulro:,.......NtO Ir FI,rJfIJ

o-------Jt~------o

'.:_AOA ~J~II_"/:
1-73
CIRCUITOS DE FILTRO
Considerações sôbre o Capacitor de Filtro
Quando um filtro com capacitor na entrada é usado, a corrente instan~
tânea de pico no retificador pode atingir a valores muito mais altos do
que a corrente máxima consumida pela carga. O capacitor de entrada
age como um curto circuito imediatam ~ nt2 depois que a tensão é apli-
'c ada. A corrente de carga inicial pode exceder a corrente nominal do
retificador. Resistores em série são às vêzes usados com os retificadores
de selênio, a fim de limitar a corrente de carga inicial na entrada do
capacito r do filtro.

1ft S IJ rOI/( t/S,gDO cc".,


,f'~- nFlC"'IJCRC.J ;Pt $EtE"N,.,
PI9RII tlltlT/lK A CIJIlRENTE PE&/lJrt;A

Devido ao intervalo de tempo entre os pulsos de corrente contínua, a


saída de um retificador ele meia onela necessita de maior filtragem do
que a de um retificador de onda completa. Além disso a tensão filtrada
de saída é menor. Os capacitores de filtro usados em fontes com reti-
~icad or de meia onda são geralmente 2 a 4 vêzes maiores do que os
u~ados em fontes com r , tificador de onda completa. O aumento do
valor do capacito r de filtro melhora a filtragem.

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ti

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,

Quanto maior a freqüência da tensão CA de entrada para uma fonte


de alimentação, menor será o valor necessário para os capacitores do
filtro. O intervalo entre os pulsos é menor para freqüências mais altas.
e a ação indutiva do indutor é maior nestas freqüências.

1-74
CIRCUITOS DE FILTRO

Resistores de Drenagem
Sea carga da fonte de alimentação é removida completamente, a tensão
sobe para um valor muito acima do normal . Qtlando não há corrente
de carga, não há queda de tensão no circuito e nem caminho de des-
carga para os capacitores do filtro, resultando em elevação da tensão
nestes capacitores até um valor aproximadamente igual ao pico da ten-
são CA aplicada à válvula retificadora.
Para prevenir esta elevação da tensão, quando não há carga, são liga-
dos resistores aos terminais de saída das fontes de alimentação. ~stes
resistores, chamados de "resistDres de drenagem", estabelecem um ca-
minho de descarga para os capacitores do filtro e também funcionam
como uma carga fixa, que consome uma quantidade constante de cor-
rentE, da fonte de alimentação. Os resistores de drenagem geralmente
consomem cêrca de 10 % da corrente nominal da fonte de alimentação.
Como o resistor de drenagem evita elevações bruscas na tensão de saída,
para cargas pequenas ou nulas, êle melhora a regulação de tensão da
fonte de alimentação, tendendo a conservar a tensão de saída num valor
constante, para qualquer carga. :este método de regulação de tensão é
suficiente para a maioria das aplicações das fontes de alimentação. Em
muitos casos, porém, uma melhor regulação é necessária.
Os resistores de drenagem dissipam uma grande quantidade de enH-
gia, na forma de calor, e portanto devem ser montados em uma posição
bem ventilada. Os valores da dissipação e resistência do resistor de
drenagem dependem da tensão e corrente máxima da fonte de alimen-
tação . Por exemplo, uma fonte de alimentação de 300 volts, que pode
fornecer até 100 miliamperes, deve ter uma corrente de drenagem de
aproximadamente 10 miliamperes, com 300 volts de tensão entre os
terminais do resistor de drenagem. A resistência (30000 ohms) é cal-
culada dividindo a tensão (300 volts) pela corrente de drenagem (0,01
amperes). A potência dissipada é igual à tensão, multiplicada pela
corrente de drenagem (300 X 0,01 = 3 watts). A dissipação nominal
do resistor deve ser mais alta que a potência dissipada. Assim, deve
ser usado um resistor de 30 KJ\. e 10 W.
IE5/SftJRE51JE lJREIJIIICEty) I'JELlJOR,q/"),q 1I'E~VtAÇÁO DE TEIYS$O
+ +
f o II$/GfIJ/f DE D~E/VIIGEI'J
(ONSfIfUI 1Itt'J tAMINHIJ
/)E '"(1111&/1 "AltA Q
&1IT1""rOR '10 T/I,-'"

~
o NEs/srolt D[ 1J1llN196Eft'J tO':Sf'/ru/
~ U""19 C,q~611 CO/YrIlYVA PIIlf'A

11 FON1'é DE AI.II"JENTIi&ÁO

1-75
CIRCUITOS DE FILTRO

Resistores de Drenagem (continuação) .


Os resistores de drenagem apresentam, algumas vêzes, derivações onde
são obtidas uma ou várias tensões menores do que a tensão máxima da
fonte de alimentação . O resistor de drenagem pode também, ser cons-
tituído por diversos resistores ligados em série, entre os terminais ,de
uma fonte de tensão, apresentando várias tensões nos pontos de junção
dos diversos resistores,
Quando um resistor de drenagem é ligado diretamente aos terminais
de saída da fonte de alimentação, a tensão em vários pontos ao longo
dêle é exatamente proporcional à resistência naquele ponto, desde que
nenhuma corrente seja tirada de qualquer derivação, Por exemplo, se
um r esistor de 30 OOO. ohms, com derivações a 7 500 ohms, 15 000 ohms
e 22500 ohms, é ligado aos terminais de saída de uma fonte de alimen-
tação de 3,00 volts, a tensão é dividida proporcionalmente. Na derivação
de 15000 ohms a tensão 'é igual à metade da tensão total, ou 150 volts.
Na derivação de 7 5000pms a tensão é igual a um quarto da total, ou
75 volts. Finalmente, na derivação de 22 500 ohms a t ensão é igual a
três quartos da total, ou sejam 225 volts. A corrente de drenagem, no
resistor , é de 10 miliamperes
, • -f 300 V ---------------...,I
Iq(/EMS DE1'cfNsAiJl ! ;;"E;;;:225V _________ , :
A1'JMYES p~UH 300VflJ1AlIIIIIIM t : 30.0000
I'E$I$TOJr 6'fJ ~ ~flltltENTE +150V - - - - -, 22. 5000
D1IKéNAGEtt'J
I
I
NO IESJ6TIJK
PII~INAG0+75V
t -,
I
15.0000
I
I
~ON IJETill"AfÓrs :
10m 11
ti ;
7.5000 I
I
I
:
I
- __ --.1--- ...L ___ J._.,....__ J
-
As tensões existentes nas derivações do divisor de tensão dependem da
corrente que se escoa em cada derivação e são alteradas quando há uma
variação na corrente tirada de qualquer uma das derivações. Quando
uma carga é ligada a qualquer uma das derivações, sua resi ~ tência Está
em paralelo com uma parte do divisor de tensão. Isto forma um circuito
série-paralelo e reduz a resistência total do circuito, acarretando um
aumento na corrente fornecida pela fonte de alimentação. A queda de
t ensão aumenta no pedaço em série do circuito do divisor de tensão .
No pedaço do circuito que está em paralelo, tanto a corrente come a
queda de tensão são reduzidas .

+
11[51§10~ Dl PlENA'!" CO" DU/V/lIÓES E ("OH CArGA
-t- 3()(W
I

"t~ 16TTJ1t
~l eAMI 1JltrJ/ItIUI li IE$IS1'ÉNC/~ TO'AI.
HT~I}VGS liA S~íDA ])/1
FONTE II AJUlENTAIÃU

1-76
CIRCUITOS DE FILTRO

Resistores de Drenagem (continuação)


Um divisor de t~nsão típico, para uma fonte de alimentação de 300 volts
e 100 miliamperes, com uma corrente de drenagem de 10 miliamperes,
poderia apresentar uma derivação de 200 volts para fornecer 40 miliam-
peres de corrente e uma derivação de 150 volts para fornecer 50 miliam-
peres. Para calcular os valores da resistência de cada porção do circuito
divisor de tensão precisamos antes saber qual a queda de tensão e a
corrente em cada um dos resistores. Na figura, os pontos A, B, C e D
fornecem as tensôes desejadas. As resistências R 1 , R 2 e R:: são calcula-
das como se segue:
R 1 A queda de tensão através de R 1 (entre os pontos C e D) é de 150
volts. A corrente que passa através de R 1 é a corrente de drenagem,
ou 10 mA. Então:
R = 150 = 15 000 ohms.
1 0,01
R 2 A queda de tensão através de R , (entre os pontos B e C) é de 50
volts (150 a 200 volts). A corrénte que passa através de Rt é a
corrente de drenagem, 10 mA, mais a corrente de carga, 50 mA,
num total de 60 mA. Daí, R~ = 0~g6 -= 833 ohms.
R , A queda de tensão através de R I (entre os pontos A e B) é de 100
" volts (200 a 300 volts) . A corrente que passa através de,R:\ é a soma
da corrente de drenagem com as correntes de carga-lO + 50 + 40
100 mA . Assim,
Ra = ~Of
, = 1 000 ohms.
A dissipação em watts de cada resistor é encontrada multiplicando-se a
corrente que passa pelo resistor, pela queda de tensão através dêle :
150 x 0,01 = 1,5 watts para RI
50 X 0,06 = 3 watts para R 2

~~::;:00 x ::'1Ow"tttS:"::,3,.:,:.:" :' ;\<fi\)1~t~ l't\s;r~ í~ ; f1~!'irj}~ '~!f~,~l\1


' . 100 mA ..... .,

. t~40mA
eIffel/I TO DE FILUto 60 mA ~
V"
(t------,

I
FOIITE D€ "LlncNTAfÁo

~i
CD/rlfENrli.

1'g, t
-
CA;f('(;A

100 mA 90 mA
10 mA 40 mA
DOV. --t
-.
1-77
CIRCUITOS DE FILTRO

~IQ]
'-··~· 'Y~
Revisão dos Circuitos de Filtro
CAPACITORES DE FILTRO - Os ca-
pacitores usados nas fontes de alimen-
tação para transformar a CC pulsativa
na saída dos retificadores, em uma CC
0 .. _"

Ç;?
com variações relativamente baixas. O
capacitor carrega através do circuito
retificador e descarrega através da
carga, para ajudar a manter constante
a tensão aplicada aos terminais da
carga.
CAPACITORES COM DIELÉTRICO
DE PAPEL - Capacitores de filtro
com dielétrico de papel são volumosos
e seu valor é em geral limitado a menos
do que 10 I-tF. Êles não são polariza-
dos e podem suportar altas tensões.
Não há fuga apreciável de corrente
através de um dêstes capacitores. Em
circuitos de filtro de alta tensão são
usados capacitores com dielétrico de
papel impregnado em óleo.
CAPACITORES ELETROUTICOS
Os eletrolíticos têm valores altos de ca-
pacitância, quando comparados a ca-
pacitores de papel de iguais dimensões
físicas. Êles são polarizados e são em
geral construídos para funcionar com
menos de 600 VGlts. Há uma fuga apre-
ci!ivel de corrente através de um capa-
citor eletrQlítico, mas êste efeito é ge-
ralmente balanceado pelos grandes va-
lores da capacitância. Os capacitores
eletrolíticos podem ter valores de 1 a
1000 J)..F.

CAPACITORES ELETROLtTICOS U-
QUIDOS - Capacitor que consiste de
um eletrodo de metal imerso em uma
solução eletrolítica. O eletrodo e a so-
lução são as duas placas do capacitor,
enquanto que uma película de óxido
que se forma no eletrodo é o dielétrico. rlCTI(ODO

A película de dielétrico é fQrma,da pelo


escoamento da corrente do eletrólito
para o eletrodo.

1-78
CIRCUITOS DE FILTRO

Revisão dos Circuitos de Filtro


(continuação )

aéTROOQ GI/z.E
CAPACITORES ELETROLtTICOS SE- 1"1 EGA7/VO s~rUHADI/

COS - Em um capacitor eletrolítico D~

sêco o eletrólito é uma pasta: Pano


impregnado com essa pasta é enrolado
entre as camadas de fôlha de metal,
que agem como terminais do capaci-
toro Uma das fôlhas de metal é a placa
positiva e a película formada na sua
superfície é o dielétrico. A pasta do EL.ErRODO PELlev(.19

eletrólito é a placa negativa do capa- POSITIYO ~ O;'IDO


citor e sua conexão é feita através da lJ6' DE

outra fôlha de metal. IIt(HJINIO JltVI'J/N/O

INDUTORES DE FILTRO - Um in-


dutor de núcleo de ferro ligado em
série com a saída do retificador. il:le
se opõe a qualquer variação da corren-
te e reduz as ondulação da CC pulsati-
va de' saída do circuito retificador.

FILTRO SEM INDUTORES - Circui-


to de filtro para fontes de alimentação
de baixa corrente, onde resistores são
usados em lugar dos indutores de fil-
tro. Os resistores são usados por eco·
nomia em pêso, espaço e custo.
o-I+------4I~o

1-79
CIRCUITOS DE FILTRO

Revisão dos CÜ'cuitos de Filtro


(con tin uação)

FILTRO DE UMA SEÇAO COM INDU-


TOR DE ENTRADA - Circuito de fil-
tro que consiste de um indutor ligado ~

em série na saída do retificador e um


capacitar de filtro ligado entre os ter- E~~-:A
minais de saída. A ondula,,:-'o na ten-
são de saída fica entre 3 e 10 por cento
I-
o~____
da tensão CC de saída.

FILTRO DE UMA SECA0 COM CAPA-


CITOR DE ENTRADÁ - Circuito de
filtro que consiste de um indutor liga-

1 I
~

do em série na saída do retificador, e o


0000 ~
dois capacit~res de filtro, um ligado ENTRADA P /oIlI

aos terminais de entrada do filtro e o


outro aos terminais de saída. A ondu- o I I o
lação na tensão de saída é menor do
que a do filtro de uma seção com in-
dutor na entrada e a tensão de saída
é maior do que a de um filtro com in-
dutor na entrada.
FILTRO DE DUAS SEÇÕES COM IN-
DUTOR NA ENTRADA - Circuito de
{iltro que consiste de dois filtros de
uma seção com indutor na entrada, li- 0--00011
rh7lf~"
1 I 0000 ~
gados em série. A ondulação na saída l"'I.lA

tem valor insignificante, para a maio-


ria das aplicações das fontes de ali-
o I I o

mentação.
FILTRO DE DUAS SEÇÕES COM CA-
PACITOR NA ENTRADA - Filtro de
duas seções com indutor na entrada,
com o acréscimo de um capacitor de
filtro, ligado aos terminais de entrada.
A tensão de saída é maior e a ondu-
lação menor do que no caso do filtro
com indutor na entrada.

1-80
CIRCUITOS REGULADORES DE TENSÃO

Regulação de Tensão
Agora V. já deve entender a teoria do funcionamento dos Circuitos reti-
ficadores e de filtro. Já compreende a importância de manter a fonte
de alimentação em boas condições de funcionamento, a fim de que o
resto do equipamento eletrônico possa trabalhar bem.
Agora nós vamos estudar as fontes de alimentação com regulação de
tensão, as quais são necessárias para serviços especiais, que as fontes
comuns não podem fazer. Como os demais circuitos, os reguladores de
tensão existem em diversos tipos, desde os mais simples, que usam uma
ou duas peças, até os mais complicad0s, usando muitos componentes.
Entretanto, todos êstes tipos funcionam da mesma maneira que os
circuitos básicos de regulação.

+ +
OY. LJ~L\.--J...-\--I-..y--~~------ OY.
- -
1-81
CIRCUITOS REGULADORES DE TENSãO

Regulação de Tensão (continuação)


V. já conhece os dois fatôres mais importantes que afetam a tensão de
saída B+ em uma fonte d.e alimentação convencional. Quando a tensão
CA da linha sobe, a tensão de saída B+ também sobe ; e, quando a ten-
são CA da linha desce, a tensão de saída B+ desce. Por outro lado, a
tensão B+ é mais alta quando b,á uma pequena corrente nos terminais
de saída, do que quando esta corrente é grande. Agora nós queremos
saber como o circuito regulador de tensão resolve êstes dois problemas.
Se ligarmos um potenciômetro entre o terminal de B+ e terra, numa
fonte de alimentação convencional, nós teremos um regulador de tenl'lão
manual perfeito.
Imagine um potenciômetro com a resistência de 1 000 ohms e uma
fonte de alimentação com um B+ de 100 volts. Imagine também que
desejamos uma tensão constante na saída de 50 volts. O potenciômetro
deve ser ajustado de maneira tal que o braço móvel fique bem a meio
da resistência. Se a tensão B+ cresce momentâneamente, devido a um
acréscimo na tensão CA da linha ou a um decréscimo na corrente de
saída, tudo o que se tem a fazer é movimentar o contato móvel na dire-
ção do terminal de terra (diminuir a resistência entre o contato móvel
e a terra) , até se obter 50 volts novamente. Se a tensão B+ cai, devido
a um decréscimo na tensão CA da linha ou a um acréscimo na corrente
de saída, o contato móvel deve ser movido na direção contrária ao ter-
minal de terra da . resistência (aumentar a resistência. entre o braço
móvel e a terra) até que os cinqüenta volts sejam restabelecidos . >

~+=/e()/I' 4+:8011'

~.. -----50V
~·----50V
_---50V

...
y
CRESCE

É fácil ver que o regulador de tensão manual trabalha muito bem. A


resistência entre o terminal de saída e a terra é aumentada ou. diminuí-
da para aumentar ou diminuir a tensão de saída , restabelecendo o valor
desejado, quando a tensão B-I- aumenta ou diminui, por qualquer razão.
o principal defeito dêste método é a lentidão. Primeiramente a tensão
de saída deve mudar. Depois é preciso que se note que ela mudou, para
depois aumentar ou diminuir a resistência entre .o terminal de saída
e a terra, para restabelecer a tensão de saída desejada. Considerando
o grande número de circuitos eletrônicos de um sistema de radar que
necessitam de uma tensão constante, pode-se imaginar quantos homens
seriam necessários para manter a regulação.
A válvula reguladora resolve todos os problemas! Ela aumenta ou dimi-
nui sua resistência interna automàticamente, quando a tensão B+ au-
menta e diminui, de maneira a manter uma tensão constante entre os
seus terminais .

1-82
CIRCUITOS. REGULADORES DE TENSÃO

As Válvulas Reguladoras de Tensão

A válvula reguladora de tensão consiste de uma placa e um catodo colo-


cados em um invólucro, que contém um gás a baixa pressão. Não existe
filamento, portanto ela é conhecida como uma válvula de catodo frio.
O símbolo usado para a válvula está ilustrado na figura . A pinta dentro
do invólucro indica a presença de gás .

A ''.p'NTA'iNIJlell
VAÍ-VlltA D~ 8116
Quando uma diferença de potencial suficientemen grande é aplicada
entre o catodo e a placa, o gás na válvula conduz, e elétrons se escoam
do catodo para a placa. A condução é caracterizada por uma luz azulada
dentro da válvula - quanto mais forte a luz, maior a condução.
O sistema de n umeração usado para as válvulas reguladoras de tensão
foi modificado recentemente. VR-150/ 30, VR-90 / 30 e VR-75 / 30 sào nú-
meros antigos, que n ào são mais usados. As letras VR significam "vol-
tage regulator" (regulador de tensão); o primeiro número, "150" etc .,
indicava a tensão de operação da válvula - a tensão de regulação. O
último número representava a correr.te máxima que podia passar atra-
vés da válvula, sem danificá-la. Tôdas as válvulas reguladoras têm uma
corrente mínima de funcionamento , aproximadamente igual a 5 mA.
A válvula deixará de conduzir, se a corrente através dela cair. a menos
dês te valu!. Pode-se conseguir um grande número de diferentes valores
de tensões reg·uladas, usando-se as válvulas reguladoras sozinhas ou
em combinações em série.

1-83
CIRCUITOS REGULADORES DE TENSÃO

As Válvulas Reguladoras de Tensão (continuaçao)


O novo sistema de numeração das válvulas VR é o seguinte:
Tensão CC de Corrente
Tipo da válvula funcionamento mA
OA2 151 5 a 30
OA3 75 5 a 40
OB2 108 5 a 30
OC3 108 5 a 40
.OD3 153 5 a 40
874 90 10 a 50
991 59 0,4 a 2,0

K= &AfODO
P=PI.ACA

Neste novo sistema há uma maior variedade de tensões CC de funcio-


namento e de correntes.
A válvula VR é um diodo que consiste de uma fina barra vertical, no
interior de um cilindro estreito de metal. O ar é retirado do invólucro
da válvula e substituído por uma pequena quantidade de gás neônio ou
hélio misturado com outra pequena quantidade de argônio. Enquanto a
corrente que se escoa através da válvula é mantida dentro dos limites
da tabela acima, a tensão de placa da válvula varia muito pouco.
Quando tensões de operação mais altas do que as da tabela são necessá-
rias, ligam-se duas ou mais válvulas VR em série. Neste c:::.so a tensão
de fUú~íuné1mento será igual à soma das diversas tensões das válvulas
ligadas em série. Quando maiores correntes são necessárias. ligam-se as
~'álv ulas em paralelo .

1-84
CIRCUITOS REGULADORES DE TENSAO

Um Circuito Simples com Válvula VR


Aqui está um exemplo de como Qma válvula VR é usada em um circuito
típico. Imagine uma fonte de alimentação com uma tensão de saída de
340 volts CC. Um circuito especial, que precisa de 150 volts CC com cor-
rente variável de 10 a 30 miliamperes, deve ser alimentado. t:ste circuito
exige que os 150 volts CC sejam mantidos constantes. a despeito das
vadações da corrente.
Como nós des~jamos uma tensão constante de 150 volts CC com uma
corrente máxima de 30 miliamperes, podemos usar uma OD3 (VR-150) .
Aqui estão as características de funcionamento da OD3 (VR-150) . como
são fornecidas pelo fabricante - observe que elas preenchem os nossos
requisitos :
Tensão CC da fonte ....... .. .... . 185 volts min.
Tensão de disparo ... .. .. ... .... . 160 volts
Tensão CC de funcionamento . ... . 153 volts
Corrente CC de· funcionamento 5a4QmA
Para uma variação da corren te de 5 a 30 mA a tensão varia
de 2 volts.
Para uma variaçao de corrente de 5 a 40 mA a tensão varia '
de 4 volts.

r - - -....----j~ + 150V

o03 (VR-150)

Observe que há uma ponte, dentro da válvula. entre os pinos 3 e 7. Se


os pinos 3 e 7 forem ligados em série com o circuito, esta ponte funcio-
nará como um disjuntor . Quando a válvula VR fôr retirada, o circuito
que dela recebe tensão é desligado da fonte . Se esta ligação não fõr
feita, o circuito receberá mais do que 150 volts quando a válvula VR
fór retirada. resultando em avaria ou mau funcionamento do .c ircuito

1-85
CIRCUITOS REGULADORES DE TENSÃO

Um Circuito Simples com Válvula VR (continuação)


Na figura abaixo está ilustrado como se deve fazer a ligação da válvula
VR à fonte de alimentação, para o circuito descrito na página anterior.

+ 340 volts
~ TOlVrE
I DE
fY) ...
ENíAçnO

_RE5/srtJ,('
]}E()t/ED~

...- - - - 0 + 150V

..
Observe que o ponto de 150 volts é desligado da fonte de alimentação,
caso a válvula VR seja retirada do seu suporte .
. Pàra se determinar o valor do resisto r de queda, deve-se começar consi-
derando uma condição em que não haja carga ligada aos terminais de
saída de 150 volts. Posteriormente o valor da resistência é ajustado a
fim de que a o~rrente máxima (40 mA) pas:~ e através da válvula VR.
Já se sabe que a saída da fonte de alimentação é de 340 volts, portanto a
tensão entre os terminais do resistor deve ser de 340 - 150 ou 190 volts.
O resisto r é calculadn usando-se a lei de Ohm, para estas condições de
corrente e tensão: E 190V
R : ; ::: - - :::= ::::: 4750 ohms

I 0,04A
A dissipação do resIstor é encontrada com a fórmula da potência:
W =" EI .::-:: 190V X 0.04A = ~ 7.6 watts.
De acôrdo com os resultados acima precisaríamos de um resisto r de
4750 ohms e 7,6 watts. ~ste resistor, entretanto, só é fabricado sob
encomenda ·espe::ial. O val,or padrão mais próximo de nsistores de fio
é de 5000 ohms. ~ste resistor permitiria a passagem de uma corrente
qe 38 mA através da válvula, que é compatível com as nossas exigências.
Poderíamos usar um resistor de 10 watts mas um de 25 watts seria
melhor, desde que o tamanho e o custo não são muito maiores e o
perigo de queima é reduzido.

1-86
CIRCUITOS REGULADORES DE TENSÃO

Regulação de Tensão com Corrente de Carga Variável


Agora que os detalhes do circuito da válvula VR já estão calculados,
vejamos como êle funciona para manter a tensão de saída em 150 volts,
mesmo com as variações da corrente de saída. Para isto a válvula VR'
aumenta e diminui sua resistência, 'ajustando-se às variações da carga
e tensão de alimentação .
Quando não há carga ligada aos terminais de saída de 150 volts, uma
corrente de 38 mA passará através da válvula. Como esta corrente está
dentro dos limites das características da válvula, ela ajusta sua resis-
tência interna de tal maneira, que a tensão na placa é 150 volts.
+340 volts
t
,
rUlYré
"Pé
M
EfYrAÇAU - t 38 mA
-. 500011

~----o +150V

t 38 mA

• -
Liguemos uma carga de 8 mA ao terminal de 150 volts. Do total de
38 mA que passam pelo resistor de qaeda, 8 mA passam pela carga e os
restantes 30 mA passam pela válvula. Como esta corrente ainda está
dentro dos valores especificados para a válvula VR (5 a 40 mA) esta ,
ajusta novamente sua resístência interna e a tensão de placa continua
a ser 150 volts .

...------, + 340 volts


f TQ!VTE
I Pé
M -
€NrII(:AO t 38 mA
50000
8 mA
...----.......- ..... +150V

·t 30mA t 8 mA
-

1 -87
CIRCUITOS REGULADORES DE TENSAO

Regulação de Tensão com Corrente de Carga Variável (continuação)


Se agora aumentarmos a car-
ga ligada ao terminal de 150
volts para 18 mA, 20 mA vão • 340V
passar pela válvula VR e a sua
tensão de placa mantém-se em
150 volts. Enquanto a corrente
que passa pela válvula estiver
compreendida entre 5 e 40 mA,
esta é capaz de ajustar a sua
resistência interna de maneira
a manter na placa uma tensão
t
18
mA

constante bem próxima de 150


volts.
A carga ligada ao terminal de saída dos 150 volts pode ser aumentada
até atingir 33 mA. Neste ponto. somente 5 mA passam através da
válvula VR - êste é o valor mínimo para o qual ela mantém os 150
volts no terminal de saída. Qualquer aumento ulterior na corrente de
carga, fará com que a corrente através da válvula seja menor do que
5 mA e esta deixará de conduzir, cessando a luz azul. Dêste ponto em
diante a válvula VR não tem mais efeito na tensão de saída, que agora
é determinada apenas pela lei de Ohm.
Para uma carga de 38 mA no terminal de saída, a queda de tensão no
resisto r de queda será:
E = IR = 0,038 X 5 000 = 190 volts
Subtraindo êste valor da tensâo da fonte de alimentação, obtemos a ten-
são na placa ,da válvula:
340 - 190 = 150 volts
Par~ uma carga de 40 mA, a queda de tensão no resistor será.
E = IR = 0,04 x 5000 = 200 volts
E a tensão na placa da válvula é igual a :
340 _. 200 = 140 volts
Continuando êstes cálculos obtemos as tensões nos terminais de saída
para diversos valores de carga.
Corrente de carga 42 mA 44 mA 46 mA 48 mA
Tensão de saída 130 V 120 V 110 V 100 V
V. pode ver, portanto, que enquanto a válvula reguladora conduz uma
corrente dentro dos limites da especificação, a tensão se mantém cons-
tante, com aproximadamente 150 volts, apesar da variação da c.Jrrente
de carga de O a 33 mA. Uma vez que a corrente através da válvula
caia a menos do que o valor mínimo exigido, a válvula deixará de con-
duzir e a tensão de saída é determinada pela lei de Ohm. Neste caso,
uma variação de apenas 2 mA na corrente de carga causará uma varia-
ção de 10 volts na tensão de saída .
1-88
CIRCUITOS REGULADORES DE TENSAQ
Regulação com Tensão de Alimentação Variável

Há um outro que ainda não


foi considerado - como o circuito regulador mantém a tensão de saída
constante, quando varia a tensão da fonte. A tensão B+ da fonte de
alimentação aumenta quando a· tensão de linha aumenta e diminui
quando a tensão de alimentação diminui . Além disso, existem outros
circuitos, além do regulador de tensão, ligados ao B+ da fonte de ali-
mentação. Quando estes circuitos consomem mais corrente de B+, a
tensão cai; quando consomem menos corrente a tensão sobe. A des-
peito destas mudanças o regulador de tensão deve dar uma tensão cons-
tante na placa da válvula VR.
+ 340V
f, ",..r~
7~

':Nr",," - t 38 mA
18 mA

tmA
18

-
fUlrlcíonarrlento do nósso exemplo; 38 mA passam pelo
resistor de queda, 20 mA pela válvula VR e 18. ~A pela carga. Se a
tensão B+ subisse para +360 volts, a válvula VR deveria ajustar a
sua resistência interna a fim de que sua tensão de placa fôsse mantida
a 15t} volts. Vejamos se a válvula é capaz de fazer esta ajustagem.
Nestas condições, o terminal superior do resistor de queda estaria a
+ 360 volts e o terminal inferior a +150 volts. Dêste modo haverta 210
volts entre os terminais do resistor e a corrente será determinada pela
lei de Ohm, como se segue:
E 210
I o ;:: =- 0,042 A = 42 mA
R 5 000
Como a carga consome 18 mA a 150 volts, o resto da corrente
(42 mA - 18 mA = 24 mA) deve passar pela válvula VR. A válvula
é projetada para regular a tensão enquanto a corrente através dela.
estiver compreendida entre 5 e 40 mA. Desta maneira, ela pode ajustar-
se para esta variação da tensão B+ e continuar mantendo sua tensão
de placa a 150 volts.
O circuito só deixará de regular quando .a tensão B+ fôr acima de 440
volts. Neste ponto haveria 290 volts entre os terminais da resistência
de queda, com uma corrente de 58 mA passando através dêle. A corrente
de carga seria 18 mA e a corrente através da válvula VR 40 mA. Qual-
quer outro acréscimo da tensão B+ causaria uma corrente maior do
que 40 mA através da válvula e ~sta seria danificada .
1-89
CIRCUITOS REGULADORES DE TENSÃO
Regulação com Tensão de Alimentação Variável (continuação )
Agora que V. já examinou o que acontece quando há um aumento na
tensão B+ fornecida ao circuito regulador de tensão, vejamos o que
acontece quando a tensão B-I diminui.

a sua resis-
tência interna de modo que a sua tensão de placa permaneça em 150
volts. Vejamos se a válvula é capaz de fazer esta ajustagem. A tensão
entre os ·terminais do resisto r de queda é: 300 volts - 150 volts = 150
volts. A corrente através do resistor é:
E 150
I -- - 0,030 A = 30 mA
R 5 000

A carga consome 18 mA e o restante da corrente (30 mA - 18 mA


= ~ 2 mA) passa através da válvula VR. Esta pode exercer sua função
àesde que a corrente através dela seja mantida entre 5 e 40 mA. Desta
maneira a válvula VR pode fazer a ajustagem para compensar a mu-
dança ·em B+ , e a tensão de placa continua a ser igual a 150 volts .
Para que o circuito deixasse de operar seria necessário que B+ baixasse
a menos de 265 .volts. Neste ponto haverá 115 volts entre os terminais
do resisto r de queda e uma corrente de 23 mA através dêle. A corrente
de carga seria 18 mA e a corrente na válvula VR seria de 5 mA. Qual-
quer baixa adicional fará com que menos de 5 mA passem pela válvula
e ela deixará de funcionar. A tensão na placa será então determinada
apenas pela lei de Ohm, aplicada à tensão B+ e à resistência do resistor
de queda.
V . acaba de examinar os princípios de funcionamento do circuito regu-
lador de tensão. V. viu que a tensão na placa da válvula VR permane-
cerá essencialmente constante enquanto os limites de corrente da
válvula não forem excedidos. Usando um circuito regulador de tensão
dêste t ipo, pode-se conseguir uma saída de tensão constante, a despeito
de variações de grande amplitude na tensão da fonte de alimentação
ou n a corren te consumida da fonte regulada .
1-90
CIRCUITOS REGULADORES DE TENSÃO
Revisão

REGULAÇÃO DE TENSÃO - Re- +


gulação de tensão é um t êrmo usa- ~ 4-f-lrl--'r-f-r~=r . o y.

do para expressar o quanto uma .... -


,c..,.. .~u
fonte de alimentação consegue man- C ""IIItIIf~'-

ter constante a sua tensão de saída.


apesar das variações na tens~o de ~
linha e corrente de carga. ExIstem ..........
alguns circuitos eletrônicos que não
funcionam satisfatoriamente quan-
do a sua tensão de alimentação va-
ria mais do que alguns volts. A fon-
te de alimentação para êsses circui-
tos exige a inclusão de um circuito
regulacor de tensão, para manter
uma tensão essencialmente constan-
te, a despeito das variações na ten-/;
são de linha e na corrente de carga.

VALVULA REGULADORA DE TEN- ---,


SAO - A válvula reguladora de ten- F""'TE ~!:.I-'--'""'------J-'+ - " DNTE
Illllc"rll_
são (VR) consiste de uma placa e
um catodo, sem filamento, contidos
em um invólucm de vidro, que tam-
bém encerra um gás a baixa pres- .......- - < l . I ~O Y

são. Quando uma tensão bastante


grande é aplicada aos terminais da
válvula, há uma passagem de cor-
rente através dela. Enquanto o va-
lor desta corrente fôr mantido entre
os limites especificados pelo fabri-
cante, a tensão de placa permanece-
rá essencialmente constante.

CIRCUITO DA VALVULA VR - O •
mais simples (e bastante ysado) ~ir-
cuito regulador de tensao. consIste
de um resistor de queda, lIgado em
(})
I CD
78'
í'J'
\..!J '
série, com uma válvula VR, ao.s ter- \.!V pONn
minais de saída da fonte de alImen- PONTE DA VALVULA VR _ A fi -
tação. A te~são regulada é tirada da nalidade da ponte existent e nas
piaca da valvula VR. Tanto a cor- válvulas VR é a de evitar que ten-
rente de carga" como a corrent~ q,ue são não regulada atinja algum cir-
passa pela valv~la VR, tambem cuito eletrônico especial , quando a
atravessam o resIstor de queda. A válvula VR é retirada do circuito .
corrente atra\'~s .d a válvula varia Sem o uso da ponte, tensão não re-
em corresp0!ldencIa com a corrente guIada atingiria o circuito produ -
de carga a flm de manter constante zindo funcionamento defeituoso ou
a corrente através do resistor de avaria. Quando a válvula VR é ret i-
queda. rada do circuito, a retirada da pon -
te desliga a tensão do circuito es-
pecial .

1-91
OUTROS TIPOS DE FONTES DE ALIMENTAÇAO
Por que são Necessários outros Tipos de Fontes de Alimentação
Quase tôdas as fontes de alimentação que V. vai encontrar em equipa-
mentos eletrônicos consistem de um retificador, de meia onda ou onda
completa, com um filtro de capacitor ou indutor na entrada.

KErIFICAPO,f 'E T/~T~O ~ INN/T(J~


CWM rtwp~IM IJI~ ENTJ'1I1A
Entretanto, existem tes de alimen que
mas vêzes encontrados em tipos especiais de equipamentos eletrônicos.
~stes tipos especiais de fontes de alimentação são encontrados em equi-
pamentos cujo tamanho e pêso têm limitações, ou se há limitação quan-
to ao tipo de tensão fornecida pela linha de alimentação - quando
existe uma linha. .
As limitações de pêso e tamanho podem exigir que não sejam usados
nem transformadores nem indutores na fonte. Em alguns casos talvez
seja necessário eliminar a volumosa válvula retificadora. Outras vêzes
não existe linha de tensão CA - o uso de 110 volts CC é necessário.
É mesmo possível que não se possa obter 110 volts CC e só exista no
local uma linha de baixa tensão CC ou energia de baixa tensão forne-
cida baterias.

A finalidade desta parte da seção de Fontes de Alimentação é mostrar


como a alta tensão CC pode ser fornecida às válvulas, sob estas restri-
ções. Embora êstes tipos de fontes de alimentação não sejam muito
comuns, V. deve saber como funcionam, porque por certo encontrará
vários dêles, dentro em breve. Aprenda-os agora e estará poupando futu-
ras dores de cabeça .

1-92
OUTROS TIPOS DE FONTES DE ALIMENTAÇAO

Tipos Gerais
Os tipos especiais de fontes de alimentação que V. aprenderá no restante
dêste tópico são divididos em dois grupos principais:
1. Fontes de alimentação incluídas em equipamentos com limitações
de tamanho e pêso .
Neste grupo estão incluídas:
a. Fontes de alimentação sem transformador
b. Fontes de alimentação sem transformador e sem indutor

•••

2. Fontes de alimentação projetadas para equipamentos que funcio-


nam com alimentação de CC, fornecida por uma linha de CC ou por
baterias .
a. Fontes de alimentação com vibradores
b . Motores-geradores, dinamotores e conversores rotatórios.

1-93
OUTROS TIPOS DE FONTES DE ALIMENTAÇAO

Fontes de Alimentação sem Transformador


As fontes de alimentação sem transformador são usadas em alguns equi-
pamentos eletrônicos por economia do pêso e espaço ocupados pelo
transformador de fôrça . Estas fontes são usadas em rádios de tipos
comerciais não só para economizar espaço e pêso, como também pelo
custo do transformador. Quase todos os rádios portáteis têm fontes
desta natureza e muitos rádios modêlo "consolo" também são feitos
assim. Há três tipos de fontes de alimentação sem transformador em
uso geral ~ a fonte com retificador de meia onda CA-CC, a fonte com
dobrador de tensão e a fO,n te com retificadores metálicos.

A Fonte de Alimentação com Retificador de Meia Onda CA-CC


A fonte de alimentação com retificador' de meia onda CA-CC só é usada
em circuitos onde as válvulas trabalham com um B+ de cêrca de 100
volts e tensões relativamente altas nos ülamentos. :e:ste circuito fornece
um B+ de aproximadamente 100 volts e pode funcionar em CA ou CC.
É um simples circuito retificador de meia onda, em geral seguido por
um filtro com capacitor de entrada - V. já aprendeu o funcionamento

117V.
CA
--+-------t----...... 8,
CA
com
fE1/I7C~{)()1
~~//lPM

Observe que os filamentos das válvulas, inclusive a retificadora, estão


ligados em série aos terminais da linha de alimentação. O circuito
funcionará normalmente desde que tôdas as válvulas exijam a mesma
corrente de filamento e que a soma das tensões de filamento seja igual
à tensão da linha. Um rádio portátil típico de 5 válvulas usaria uma
retificadora 35Z5; uma 12SA7 ,como primeira detetora, uma 12SK7
amplificadora de FI, uma 12SQ7 segunda detetora e uma 50L6 como
amplificadora de áudio. As tensões de filamento destas válvulas têm
uma soma igual a 121 volts (35 + 12 + 12 + 12 + 50 = 121), valor
bastante próximo da tensão de linha.
OUTROS TIPOS DE FONTES DE ALIMENTAÇÃO
Fontes de Alimentação sem Transformador (continuação)
A Fonte de Alimentação com Retificador de Meia Onda CA-CC (cont.)
O que existe de notável nesta fonte é que ela funciona com CA ou CC .
Se houvesse um transformador no circuito, êlE: seria queimado (ou o
fusível de proteção seria queimado) , caso fôsse ligado a uma linha de
CC. Na fonte de alimentaçãoCA-CC com retificador de meia onda não
há transformador. O circuito suprirá tensão B + quando a placa da
válvula retificadora estiver ligada ao lado positivo da linha de alimen-
tação CC e o catodo estiver ligado ao lado negativo. A placa da retifi-
cadora será sempre positiva cõm relação ao catodo e uma corrente cons-
tante de elétrons é atraída para a placa. Uma tensão B +, com uma
ondulação mínima, aparecerá no catodo.

117 ZERO
CC VOLT

Observe que para funcionar com uma linha CC a placa deve ser sempre
ligada ao lado positivo da linha e o catodo, através da carga, ao lado
negativo. Se estas ligações forem acidentalmente invertidas (devido ao
uso de um conector não polarizado), a placa do retificador será negati-
va e não atrairá elétrons do catodo. O circuito não funciona. Quando
uma fonte de alimentação dêste tipo não funcionar ao ser ligada a uma
linha de CC, uma das primeiras provas deve ser a de retirar o conector
da tomada e invertê-lo de maneira a inverter as conexões da válvula
retificadora com relação à linha de alimentação. O uso de um conector
e tomada polarizados evita êste defeito.
Se é usada uma linha de CA, esta fonte de alimentação deverá funcio-
nar seja qual fôr a maneira em que o conector é ligado à tomada. En-
tretanto, um dos lados da linha de CA ~ ligado à terra e o outro lado
é o "vivo" . Se o retificador é ligado de maneira que o catodo fique co-
nectado, através da carga, ao lado vivo da linha, haverá maior zumbido
de CA no circuito alimentado pela font e. Quando V. notar um zumbido
excessivo em um equipamento que use uma fonte de alimentação dêste
tipo, experimente inverter o conecto r na tomada. O uso de um conector
e tomada polarizados evita êstedefeito .

1-95.
OUTROS TIPOS DE. FONTES DE ALlMENTAÇÃO

Fontes de Alimentação ~em Transformador (continuação)


A Fonte com Dobrador de Tensão

Um dos tipos de fonte de alimentação usado algumas vêzes em equipa-


mentos eletrônicos é o de dobrador de tensão. A desvantagem da fonte
CA-CC de meia onda é que ela só é capaz de fornecer um ·B+ de cêrca
de 100 volts, impondo sérias restrições no tipo de circuito que a ela será
ligado. Os dobradores de tensão eliminam êste problema, produzindo
um B+ de aproximadamente 300 volts, quando ligados a uma linha de
110 volts CA .
r------_.-
t---.-----o

ENTRII7J11

~-L
:-r
160V
.

t
Slíl}1'
- ~II IISV. +-.L.
,6DV-1'1lD} "!

O funcionamento do circuito dobrador de tensão é bastante simples


e está mostrado na figura. ~ste · circuito usa uma válvula retificadora
contendo duas placas e dois catodos - formando dois retificadores de
. m·eia onda . Os dois retificadores de meia onda funcionam com a mesma.
entrada de -CA . Quando o terminal da direita é positivo, o retificador
de cima, na figura, conduz uma corrente de elétrons e o capacitor de
cima carrega até uma tensão igual ao pico da tensão de linha. Quando
o terminal da esquerda é positivo, o retificador que conduz é o de baixo
e o capacitor de baixo carrega até o pico da tensão de linha. Agora os
dois capacitores, que estão ligados em série com relação aos terminais
CC de saída, estão carregados. A soma das duas tensões de pico formam
uma saída de CC igual ao dôbro da tensão CA da linha.
Nos circuitos dêste tipo os filamentos das válvulas retificadoras e os das
outras válvulas estão ligados em série, da mesma maneira que o reti-
ficador CA-CC de meia onda. O dobrador de tensão só funciona quando
ligado a uma linha de CA, porque o efeito dobrador é devido à inversão.
da tensão na linha. Algumas vêzes o circuito dobrador de tensão tem
um transformador ligado entre os terminais da linha de alimentação
e os terminais de entrada CA do circuito propriamente dito. ~ste trans-
formador é-usado ou para isolar o circuito do lado terra da linha CA ou
para fornecer- uma entrada de CA de maior tensão para o circuito, a
fi m de obter uma tensão muito alta na saída de CC.

1-96
OUTROS TIPOS DE FONTES DE ALIMENTAÇÃO

Fontes de Alimentação sem Transformador (continuação)


Fontes de Alimentação com Retificadores Metálicos
Anteriormente V. aprendeu como funcionam os circuitos com retifica-
dores metálicos. Os retificadores metálicos permitem que o transforma-
dor seja eliminado das fontes de alimentação eletrônicas. ~stes retifi-
cadores têm as vantagens de serem robustQs, terem vida longa, pequeno
tamanho e são capazes de fornecer altas correntes de saída. Êles são
completamente adaptáveis aos circuitos retificadores de meia onda ou
onda completa e aos dobradores de tensão. Além disso, podem ser dis-
postos de maneira ·a fornecer s~ídas com tensão positiva ou n egativa
Os retificadores metálicos são usados, com alguma freqüência, em equi-
pamentos de radar, sanar e comunicações. Aléin disso são usados como
o retificador dos voltímetros de CA.
A figura abaixo mostra alguns circuitos comuns contendo retificadores
metálicos. Como V. já está familiarizado com Oi> retificadores metálicos
e seus circuitos, V. poderá compreender os circuitos mostrados, sem
maiores explicações.
Imediatamente após a energia ser ligada para o circuito, uma corrente
grande passa para carregar o capacitar. V. pode observar que um resis-
tor (R) é inserido em série com cada elemento retificador de meia onda.
~ste resistor é usado como um limitador de corrente, para impedir que
uma corrente muito alta passe através do retificador .
lUr/Fl&lf7Jt:lR
T/l'(J 1'fJNTE
== t:/~('VITt:I CO!'? ItEiIFleA~t:l1I 1"J4rAé.leo
)E /PElA ONDA
••----~~NV~AN·~~~~--~.~I-+-------------o B+
t 1+
I-
111Y.

C.~A
.------------------------+--------0 B-

Ç/~ÇU,TtJ f)(J.",,~~II'C 7ETIFICANR TIPO PONTE


rENSÁO
~----------~~~B+

+ +
t
117Y~-
CA
111Y.
CA
+ +
B-
l

1-97
OUTROS TIPOS DE FONTES DE ALIMENTAÇÃO

Fontes de Alimentação sem Transformador e sem Indutor


A eliminação tanto do transformador como também do indutor da
fonte de alimentação reduz o pêso, volume e custo da fonte . O indutor do
filtro pode ser eliminado substituindo-o por um resistor: Disto resulta
um filtro resistcr-capacitor (RC) , como mostrado na figura. Filtros RC
são econômicos e trabalham muito bem, quando a corrente de carga
por êles fornecida é pequena . Os filtros RC são freqüentemente usados
em osciloscópios, voltímetros a válvula e outros equipamentos que con-
somem pouca corrente do terminal de B+ .

A vantagem dos filtros RC a redução de pêso, espaço e custo. A des-


vantagem ç a de que a ação do filtro só é efetiva com pequeno consumo
de corrente. Como V. se lembra, um indutor apresenta uma impedância
alta à CA da ondulação, enquanto que o capacitar apresenta baixa im-
pedância. Como resultado, a maior parte da ondulação aparece entre
os terminais do indutor e muito pouca coisa vai aparecer entre os ter-
minais do capacitor e a carga. Por outro lado, a tensão CC não encon-
tra impedância no indutor além da resistência ôhmica do fio do enro-
lamento, que é pequena.
O filtro RC oferece a mesma resistência tanto à ondulação CA como à
corrente CC. Como resultado, há uma queda na tensão CC causada pela
passagem da corrente CC através do resistor do filtro. Se usarmos um
resistor de valor baixo, para reduzir a queda, haverá uma passagem
de . tensão de ondulação através do filtro. Se o valor do resistor fôr
aumentado para reduzir a ondulação, a queda de tensão CC também
será grande. A única maneira de fazer com que êste filtro funcione efi-
cientemente é usando umresistor de valor alto e consumindo uma cor-
rente CC pequena do terminal de B+ . A passagem de uma pequena cor-
rente através do res'istor de alto valor significa que haverá uma queda
de tensão CC muito pequena entre os terminais dêsse resistor e o filtro
funcionará eficientemente.

1-98
OUTROS TIPOS DE FONTES DE ALIMENTAÇAO

Fontes de Alimentação usadas com Corrente Contínua


Agora que V. já sabe alguma coisa sôbre as fontes de alimentação pro-
jetadas especialmente para economizar no pêso e espaço (e também
no custo, nas aplicações comerciais) , está apto a estudar um pouco das
fontes de alimentação projetadas para alimentar equipamentos eletrô-
nicos que funcionam em locais onde só existe tensão de CC.
Para que os equipamentos eletrônicos funcionem devidamente, é neces-
sário que se obtenha uma tensão CC relativamente alta, para as diver-
sas válvulas no equipamento. Quando existe uma linha de CA, é sim-
ples elevar a tensão por meio de um transformador e depois retificar
a alta tensãQ CA, obtendo uma alta tensão CC. V. viu que quando res-
trições no espaço e pêso são imponantes, pode-se eliminar o transfor-
mador obtendo uma tensão CC de saída B+ de aproximadamente 100
volts. V. também viu que os circuitos dobradores de tensão podem for-
necer uma tensão B+ igual a duas vêzes o valor do pico da linha de
CA, sem o uso de transformador .

Agora V. está pronto a saber como fornecer alta tensão CC aos circuitos
eletrônicos, quando a única fonte de energia existente é CC a 110 volts
ou menos, como no caso de baterias. A solução geral para êste proble-
ma é a de transformar a CC em CA, cuja tensão pode ser elevada e de-
pois retificada, resultando em alta tensão CC. Isto pode serfeito por
meio de vibradores, grupos motor-gerador, dinamotores e con versores ro-
tatórios . Quando a tensão CC é de aproximadamente 110 volts e uma
saída B+ de 100 volts é satisfatória, pode ser usada a fonte CA-CC de

1-99
OUTROS TIPOS DE FONTES DE ALIMENTAÇAO
Vibradores
As fontes de alimentação com vibradores transformam baixa tensão
CC, provinda de baterias ou uma linha CC, em alta tensão CC, por
meio de três operações: '

1 ; A baixa tensão CC é transformada em CA com a mesma tensão.


2 . A baixa tensão CA é elevada por meio de um transformador .
3 . A alta tensão CA é retificada e filtrada, transformando-se em alta
tensão CC.

A primeira operação é conseguida por meio de um vibrador. A opera-


ção 2 é feita por um transformador. A operação 3 pode ser efetuada ou
por meio do vibrador ou por um circuito convencional de retificador e
filtro, com os quais V. já está familiarizado.
Na figura abaixo esta mostrada a construção de um vibrador simples.
Uma lâmina reforçada de metal serve como suporte de um pequeno ele-
troímã, uma mola de lâmina e dois contatos elétricos. Na extremidade
livre da mola, próximo ao eletroímã, é colocado um pequeno pedaço de
·ferro doce. O eletroímã é descentrado ligeiramente, de maneira a poder
mover a lâmina-mola, quando passa corrente através de seu enrolamen-
to. Todo êste mecanismo é colocado dentro de uma tampa de metal,
que é algumas vêzes forrada com um material absorvente de vibrações,
tal como borracha macia .

1-100
OUTROS TH~OS DE -FONTES DE ALIMENTAÇÃO
Vibradores (continuação)

o vibrado r Visto na página anterior ~ ligado ao enrolamento primário


de um transformador, como mostrado na i1ustração desta página. Igno-
re, por um momento, o enrolamento secundário do transformador e con-
sidere ar-enas o que se passa no primário. Antes da fonte de CC - aqui
mostrada como uma bateria '- ser ligada ao circuito, a lâmina fica
parada entre os dois contatos. Quando a bateria é ligada, acontece o
seguinte:
1. Uma pequena corrente CC se escoa da bateria, através do eletroímã,
através da metade inferior do primário do transformador e de volta
para a bateria.
2. O eletroímã cria um campo magnético que atrai a lâmina em dire-
ção ao contato inferior.
3. A lâmina atinge o contato inferior e uma grande corrente CC passa
da bateria, através da lâmina, através do contato inferior, através
da metad-e inferior do transformador e de volta para a bateria.

Quando a lâmina vibradora atinge o contato inferior, ela coloca a bobina


do eletroímã em curto circuito. Isto faz com que o campo magnético
seja destruído . Como o eletroímã já não pode manter a lâmina de en-
contro ao contato inferior, ela se movimenta, passando pela posição de
equilíbrio, e atinge o contato superior. Nesta ocasião acontece o seguinte:
4. Uma oorrente gr::mdc CC passa da bateria, através da lâmina, atra-
vés do ccntato sup::-rior, através da metade superior do primário
do transformador e de volta à bateria .

5. Como o eletroímã já não está em curto, o campo magnético é nova-


mente criado e atrai a lâmina de encontro ao contato inferior.
Êste ciclo é repetido indefinidamente, daí por diante . As vibrações ocor-
Tem com uma freqüência de aproximadamente 100 vêzes por segundo.

1-101
OUTROS TIPOS DE FONTES DE ALIMENTAÇAO

Vibradores (continuação)
Como resultado final, nós obtemos uma corrente CA através do primá-
rio do transformador, primeiro em uma direção e depois na direção
oposta. Esta inversão da corrente induz uma alta tensão no secundário
do transformador. Esta alta tensão é retificada por um circuito retifi-
cador com válvula e torna-se uma alta tensão CC. O fato de esta alta
tensão CC ter a forma de onda quadrada, em vez da onda senoidal de
costume, não tem importância - o circuito de filtro transforma-a em
uma tensão B+ sem ondulações .
O tipo de vibrador usado neste circuito é conhecido como úm vibrador
"assíncrono" .

rFlYsAo Arl'll"i's
lJO 6E&QN a,,'ir/o
,,, '~A~SRlQMHI1f

Devido às variações súbitas das tensões no circuito do vibrador,várias


dificuldades são encontradas neste tipo de circuito. Um defeito preju-
dicial é o centelhamento nos contatos do vibrador, causado pelas altas
tensões induzidas no secundário, no instante em que a lâmina se separa
dos contatos . í:ste centelhamento encurta a vida do vibrador, mas pode
ser quase totalmente eliminado com o uso de um capacitor amortecedor
entre os terminais do secundário, que funcionará como um curto cir-
cuito para os pulsos súbitos de tensão. í:ste capacitor tem valor crítico,
geralmente entre 0,0005 e 0,05 microfarads. O capacitor amortecedor
reduz o centelhamento de maneira a prolongar a vida do vibrador; no
entanto, qualquer centelhamento residual pode causar interferência em
rádio-freqüências . Esta interferência é eliminada pela inclusão de indu-
tores de rádio-freqüência e capacitores na derivação central do primário
do transformador e na saída do retificador.

1-102
OUTROS TIPOS DE FONTES DE ALlMENTAÇAO

Vibradores (continuação)
Um outro tipo de circuito com vibrador usa a lâmina vibradora para
transformar a alta tensão CA do secundário do transformador em CC
pulsativa, sem usar um retificador . 1:ste circuito é conhecido como o
vibrador "sincrono". A porção do circuito ligada ao primário do trans-
formador trabalha exatamente da mesma maneira como no vibrador
assíncrono. O secundário do transformador é ligado de volta à lâmina
do vibrador, em outro par de contatos, como mostra a figura .

O V/lIlrADOII' SllVCPtlNQ
r-----------------------------~
: + I ---
~~~-~-mR-rn~~~I+

..
I
I
I
- - -.......

,~~-----~~
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I
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,
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I
I ,
Y I
I Y
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
,
I

o v.
As duas lâminas que aparecem no diagrama, ligadas por uma linha in-
terrompida, são, na verdade, uma s6 lâmina colocada entre dois pares
de contatos . A ação da lâmina entre os contatos do secundário do tr-ans-
formador produz o mesmo resultado que um retificador de onda com-
pleta. Indutores de RF e capacitores amortecedores também são usados
neste circuito, da mesma maneira como no vibrador assíncrono, para
eliminar centelhamento e interferência de RF.

1-103
OUTROS TIPOS DE FONTES DE ALIMENTAÇAO
Grupos Motor-Gerador, Dinamotores e Conversores Rotatórios
Os grupos motor-gerador, os dinamotores e os conversores rotatórios
são algumas vêzes usados para alimentar equipamentos eletrônicos de
CA, quando só se pode lançar mão de energia na forma de CC. Um grupo
motor-gerador consiste de um motor e um ge~ador, acoplados m~câni­
camente . Para o nosso caso, seria usado um motor CC para movimentar
um gerador CA, o qual seria construído para fornecer uma saída de 60
ciclos, na tensão de linha . Os equipamentos projetados para funcionar
com corrente de 60 ciclos CA na tensão da linha poderiam então ser
alimentados de uma fonte de CC através do gIUpO motor-gerador. ~ste
tipo de motor-gerador pode também ser usado como uma unidade de
emergência . O equipamento seria alimentado pela linha CA em condi-

caso d~;.ta .ne';;p;;;a i


ções normais e por uma bateria, através do grupo motor-gerador, no
A
UR;9lJPR . . C;9

Um dinamotor é uma maquina rotativa CC, alimentada por uma fonte


de CC de baixa tensão e tendo como saída uma ou várias altas tensôes
CC. Bàsicamente o dinamotor consiste de um motor CC e um gerador
CC construídos na mesma armadura, tendo dois ou mais enrolamentos,
com dois ou mais comutadores. Os dinamotores são geralmente alimtn-
tados por baterias de acumuladores de 6, 12, 24 ou 32 volts e fornecem
de 250 a mais de mil volts CC com diversas capacidades de corrente.

lN~QLAnEN'O
7)0 I"JOíOR

1-104
OUTROS TIPOS DE FONTES DE ALIMENTAÇÃO
.Grupos Motor-Gerador, Dinamotores e Conversores Rotatórios
(con tin uação )
Os conversores rotatórios são geralmente usados para transformar CA
em CC , mas podem ser também empregados para serem alimentados
por baterias de acumuladores e dar, como saída, tensão de linha CA de
60 ciclos. Quando usados n esta última maneira são chamados de inver-
sores. A construção de um conversor rotatório é semelhante à de um
gerador CC, exceto que são usados dois anéis coletores, que são ligados
a segmentos afastados de 180 graus no comutador .

Quando o pico da tensão CA de saída desejada não excede a tensão média


CC de entrada, somente um enrolamento pode ser usado na armadura.
Se fôr desejada uma tensão mais elevada, são usados dois enrolamentos
na mesma arIlfadura. O uso de uma só armadura e um só campo para
ambas as seções, tanto CA como CC, resulta em instabilidade de funcio-
namento . Para aumentar a estabilidade, as seções de CA e CC são geral-
mente enroladas em duas armaduras, usa~do campos separados . As
duas armaduras !3ão acopladas e a unidade funciona como um motor
e um gerador construídos em um s6 corpo .

1-105
OUTROS TIPOS DE FONTES DE ALIMENTAÇAO

Revisão das Fontes de Alimentação


sem Transformador
FONTE CA-CC COM RETIFICADOR
DE MEIA ONDA -- ~ste circuito for-
necerá um B+ de aproximadamente
100 volts e pode ser alimentado por
-__.--4-1 """"--'1II1II''-_''
uma linha CA ou CC. ~ste circuito é
um simples retificador de meia onda,
em geral seguido por um filtro com
capacitor na entrada. Os filamentos,
tanto da válvula retificadora como
das demais válvulas, são ligados em ~PAfll!trIf'TTJlf/ lJA5 OVTAW.,
série e aos terminais da linha. . N/I'lIl ~ 1) 0 E Olll!Nnt NrlJ

FONTE COM DOBRADOR DE TEN-


SAO -- ~ste circuito fornecerá um
B+ de até 320 volts, quando alimen~
tado por uma linha de 117 volts CA,
sem usar um transformador. O cir~
cuito consiste de dois retificadores de
meia onda e dois capacitores. Os ca-
pacitores estão ligados em série e ca-
da um dêles é carregado até o pico
da tensão de linha, donde resulta o
efeito dobrador de tensão. Os filamen-
tos, ' tanto da válvula retificadora
cômo das demais válvulas, são ligados
em série e aos terminais da linha.

t'I't'PNl> eM 'él'/F/t:#/NI,
"'4"TA&'~O
N' ~/,i) 01V;;9
FONTE COM RETIFICADOR ME-
TALICO -- Retificadores metálicos ;; t
-~ l U,
.,- r. l-

podem ser usados em lugar dos reti-


ficadores a válvulá. Os retificadores ,
__ ~
,"ti
g
eA
,
~--------~---a
I- • ~

metálicos são robustos, têm vida lon-


ga, são pequenos e têm capacidade
para altas correntes de saída. Podem
ser ligados em circuitos retificadores

::~~ " I"~~ +


de meia onda, onda completa, ou cir-
cuitos dobradores de tensão.
~---=-~
~

1-106
OUTROS TI POS DE FONTES DE ALIMENTAÇÃO
Revisão das Fontes sem Transforma-
dor e sem lndutor
FONTES SEM INDUTOR - Qual-
quer um dos circuitos retificadores
mencionados na página anterior po-
de ser usado com circuitos de filtro
comuns, com indutor e capacitar. No
entanto, pode-se obter maior econo-
mia em espaço, pêso e custo, se o in-
dutor fôr substituído por um resistor.
Este tipo de filtro RC só é efetivo
quando fornece uma corrente de B-t
muito pequena e um resistor de valor
alto pode ser usado.
I I I
. . .

R-evisão das Fontes de Alimentação


para Corrente Contínua
VIBRADORES - O vibrador é um
aparelho mecânico que transforma
CC em CA. Um vibrador simpies é
essencialmente uma chave de um

1 pólo, duas direções, com contato vi-


bratório. Quando um vibrador é li-
gado a um transformador com deri-
vação central, como na figura, a ação
do braço vibratório faz com que a
corrente passe primeiro em uma di-
1 reção e depois na direção oposta,
através do primário do transforma-
dor . O transformador tem como
saída uma alta tensão alternada, que
pode s_er retificada e filtrada para
tornar-se uma alta tensão CC.

VIBRADORES SíNCRONOS - O vi-


bradar assíncrono transforma CC em
CA de alta tensão, que deve ser então

i r:n
retificada, por meio de um retifica-
dor a válvula. O vibrador síncrono eli- /.---............ :..............,' _ = _ .
mina a necessidade de .um retificad~r CJIIE
separado. A parte do vlbrador no pn- ~ .
mário do transformador trabalha
exatamente como.. no• vibrado r assín-
erono. O secundano do transforma-
dor é ligado de volta à lâmina vibra-
B ' ..
~
.
r -. _ -

" 11 · _ . i t = Y :: J;
-< .
-
.. ,r: .. X ~ .'

~.
_ I_

dora por meio de um segundo par de L ....... .. ... ..... ........ . . _. T T<-
contatos, como está mostrado. A a ção
da lâmina vibradora entre os conta-
tos do secundário do transformador
produz o mesmo efeito que um retifi-
cador de onda completa.

1-107
OUTROS TIPOS DE FONTES DE ALIMENTAÇÃO
Revisão das Fontes de Alimentação
para Corrente Contínua (continuação)

GRUPO MOTOR-GERADOR - Um
motor e um gerador acoplados mecâni-
camente. Equipamentos projetados pa-
ra funcionarem com uma fonte de
energia CA podem ser usados com uma
linha de CC, quando um grupo motor-
gerador é empregado. O motor CC é
ligado à linha CC e movimenta o rotor
do gerador CA, que fornece 117 volts
CA .

DINAMOTOR - Uma máquina CC ro-


tativa, alimentada por uma fonte CC
de baixa tensão e que fornece uma ou
mais altas tensões CC. Um dinamotor
é bàsicamente um motor CC e um ge-
rador CC construídos com a mesma ar-
madura, com dois ou mais comuta-
dores.

CONVERSOR ROTATóRIO - Os con-


versores rotatórios são geralmente usa-
dos para transformar CA em CC , mas
podem também ser alimentados por
baterias de acumuladores, para forne-
cer na saída 117 volts CA. Neste caso
são conhecidos como inversores. A
construção de um conversor rotatório
é semelhante à do gerador CC, exceto
que dois anéis coletores são usados, li-
gados a segmentos do comutador afas-
tados de 180 graus.

1-108
CARACTERíSTICAS DAS VALVULAS DIODO

Os Empregos de uma Válvula

Até o presente momento você só trabalhou com válvulas usadas como


retificadoras nos circuitos das fontes de alimentação. O seu conhe-
cimento sôbre as válvulas diodo era suficiente para compreender o
funcionamento das fontes . . No entanto, daqui por diante você vai
trabalhar muito com as válvulas em diversos tipos de circuitos. Esta
é a hora de ampliar os seus conhecimentos sôbre as válvulas .

O assunto de válvulas é realmente simples, porque - e você gostará


de saber disto - as válvulas só fazem dois tipos de serviço.

Uma válvula pode transformar uma tensão CA em. uma tensão CC


pulsativa. Isto é chamado RETIFICAÇAO . ~ste serviço é feito
pelo diodo.

+ +
-
•• .-
,
IEr/F/C~r'/p
Uma válvula pode transformar uma pequena tensão CA em uma
grande tensão CA. Isto é chamado AMPLIFICAÇAO . ~ste serviço
é feito pelo triodo, tetrodo ou pentodo .

+ +
oV.
-
.~ úP7,.f'/1P/1 01
21/1/,1'/1 TEIY5h
.5'.4/ifJ.4 C~
li/?/! T~p"ft7

1/1/1. ,II'/PI/flCACJII
,
Você ocupou-se, até aqui, com as válvulas que fazem o serviço de retifi-
cação. Mais tarde, na seção de amplificação, você aprenderá os outros
tipos de válvulas.

1-109
CARACTERíSTICAS DAS VÁL V ULAS DIODO
Fatos Comuns a Tôdas as Válvulas

O diodo é um dos quatro tipos básicos de válvulas. Há muitas coisas


comuns a tôdas as válvulas e V. não terá que aprender estas caracte-
rísticas comuns cada vez que estuda outro tipo de válvula. V. aprenderá
estas coisas no seu estudo do diodo .

Como foi dito anteriormente, tôdas as válvulas necessitam de uma


fonte de elétrons livres. V. verá que todos os tipos de válvulas obtêm
estes elétrons da mesma maneira que o diodo - por emissão termiônÍCa.
Além disso, as estruturas do catodo e filamento não diferem muito de
uma válvula para outra. V. só estudará os efeitos do filamento na emis-
são do catodo durante o seu estudo dos diodos - lembre-se que o efeito

é semelhante para as demais válvulas que Vim~~~ont;~1i;;;;;IIIII!!li:I!li

As diferen ças entre o diodo e as outras válvulas leva-nos para os seus


empregos diferentes. O diodo é usado para transformar uma tensão CA
em uma tensão CC pulsativa; as outras válvulas são usadas para trans-
formar uma pequena tensão CA em uma grande tensão CA.

1-110
CARACTERíSTICAS DAS VALVULAS DIODO

Revisão das Características do Diodo


Os diodos são usados como retificadores nas fontes de alimentação,
como detetores, limitadores de ruído e válvulas de contrôle automático
de volume nos receptores de rádio. Qualquer que seja a sua aplicação,
entretanto, êles são usados porque só permitem a passagem da corrente
.em uma única direção .
Desde o momento em que a placa se torna ligeiramente positiva com
relação ao catodo, até o momento em que a saturação é atingjda, a
corrente no diodo é proporcional à tensão de placa. Entre êstes limites,
então, o diodo funckma exatamente como um resistor comum . obvia-
mente, quando a tensão de placa ultrapassa o ponto de saturação, a
corrente não corr·espohde às variações da tensão de placa e, portanto,
nesta região, a válvula perde a sua semelhança com o resistor.

--
FIIIXO
"DE CORREI'V?E
Quando a placa se torna ligeiramente negativa com rela,ção ao catodo,
não haverá escoamento de elétrons do catodo para a: placa. A válvula
°
age como se fôsse um resistor em série com um interruptor, e interrup-
__ tor estivesse aberto.

1-111
CARACTERtSTICAS DAS VALVULAS DIODO

Como a Corrente é Controlada no Diodo


Uma maneira simples de mostrar como um diodo responderá às varia-
ções de tensão é por meio de um gráfico. O gráfico da figura abaixo
ilustra como a tensão entre a placa e o catodo afetam a corrente de
um diodo típico, com dois valores diferentes de tensão no filamento.

~
~
~
~ 40+---+---+----+---~
~
~ 30+----+---+---~
S~
~ 20+-----+----+-~

~
~ 10+----~ J.::.-....- -.......---+--
~
~
~O
~

um ver que :
1. Quando a tensão do filamento é normal (6,3 volts), a corrente de
placa aumenta regularmente se a tensão de placa aumenta de zero
a 20 volts .
2. Quando a tensão do filamento é mais baixa (simulando o efeito de
uma válvula cansada), a corrente de placa aumenta regularmente
quando a tensão de placa é elevada até aproximadmente 8 volts.
Qualquer aumento adicional nesta tensão não acarreta um aumen-
to correspondente da corrente de placa. Isto nos mostra que com
8 volts a placa está atraindo todos os elétrons que o catodo pode
emitir .
Esta restrição indesejável na corrente de placa, causada pela limitação
da emissão do catodo, é chamada de "saturação". A saturação pode
ocorrer, mesmo em uma válvula relativamente nova, com tensão normal
no filamento (6,3 volts), mas sob tensões de placa mais altas. Isto apa-
receria na curva de 6,3 volts de tensão de filamento, se valores mais
altos de tensão de placa tivessem sido usados .

1-112
FONTES DE ALIMENTAÇAO
Revisão das Fontes de Alimentação
Antes de deixar de lado o estudo das fontes de alimentação, para nos
dedicarmos aos amplificadores, seria interessante fazer uma revisão
das coisas mais importantes que vimos nas fontes de alimentação e seus
componentes.
RETIFICAÇÃO - Uma válvula dio-
do permite o fluxo de elétrons em
uma úriica direção - do catodo
para a placa. t:ste efeito permite que
uma tensão CA seja "retificada" em
uma tensão CC pulsativa.
SATURAÇAO - A corrente de pla-
ca se eleva regularmente quando a
tensão de placa é aumentada. Quan-
do todos os elétrons que podem ser
emitidos pelo catodo estão sendo
atraídos para aplaca, um aumento
adicional na tensão desta não pode ~
atrair um número maior do que os

i:~--4---~--~~
que já se estão escoando. Quando
um aumento na tensão de placa não
causa um aumento correspondente
na corrente de placa, diz-se que a \
válvula está "saturada".
l2l~-+---+"""
SATURAÇÃO E TENSÃO DE FILA- I\:
MENTO - O aumento da tensão de
filamento implica no seu aumento l','IL...--..t-----I-:---+-___+____
de temperatura - como resultado ~ 5~ ' ~ 21
o catodo fica mais aquecido. Quan- T~N.sM3V~~
to mais quente êle estiver, mais elé-
trons emite a superfície do catodo.
Quando o catodo emite mais elé-
trons o ponto de saturação só ocor-
ferá para tensões de placa muito
mais elevadas . ,.
Vtv
C,A
C/leVITO
IET/,T/CAIJtJK
7M
CC

.JlJl
~N" aI'lM
RETIFICAÇÃO DE MEIA ONDA - 5AíZJA
A transformação dos semiciclos po- âIJlT~IIM
sitivos de uma tensão CA em uma
CC pulsativa, deixando-se passar (' A.
corrente em uma só direção através
de um circuito .
Vtv ('/KU/TO
KET/TlCA/IQ-'
Cc.

.AMI\
RETIFICAÇÃO DE ONDA CO~ zu
gIM ef,WNETtI
5"/'"
PLETA - Transformação de ambos
os semiciclos da tensão CA em CC 61f1?"RAPA
pulsativa.

1-113
FONTES DE ALlMENTAÇAO

Revisão das Fontes de Alimenta-

:J
ção (continuação)
RETIFICADORES MET ALICOS
DE MEIA ONDA - Um circuito
CA CC

~ ~
que produz retificação de meia
onda por meio de uma · peça que
consiste de duas plac,a s de metal
que só permitem o fluxo de cor-
rente em uma direção. ENTiADA

fi/AlA
VALVULA RETIFICADORA - \
Uma válvula diodo, consistindo
em uma placa e um catodo e que
só permite o fluxo de elétrons do
catodo para a placa, agindo as- '
@~(A10DO
.
sim como um retificador.

CA CC
CIRCUITO RETIFICADOR A
VALVULA - Uma válvula diodo ,
ligaãa em série com uma fonte de
I\A
tens&.o CA, para transformar CA SAíDA
em CC. ENTRADA o -_ _....J

RETIFICADOR DE MEIA ONDA


. COM TRANSFORMADOR - Cir-
cuito que usa um transformador
para fornecer alta tensão CA ao
retificador a válvula, que então
retifica esta CA para transformá-
la em uma alta tensão CC pulsa-
tiva .

CIRCUITO RETIFICADOR DE
ONDA COMPLETA - Circuito
que usa um transformador e um
diodo retificador de onda comple-
ta , para transformar uma CA de
entrada em uma tensão CC pul-
sativa de onda completa.

1-114
FONTES DE ALIMEN T AÇAO

Revisão das Fontes de Alimenta-


ção (continuação)
CIRCUITOS DE FILTRO - Cir-
cuitos compostos de indutores e ~l 6666 I o

~o
capacitores e usados para trans-
formar a CC pulsativa de saída
de um retificador em uma CC I I
pura .

It'IKtI/lO Nnn~!9~ I 1 I ~,fICtI/"" K H~JI«) I


F O N T E DE ALIMENTAÇAO 1==
COMPLETA - O circuito com-
pleto, consistindo de um circuito
retificador de onda completa e
um circuito de filtro, usado para
fornecer alta tensão CC para ou-
tros circuitos.
I L
CIRCUITO REGULADOR DE
TENSÃO - Circuito que usa um
diodo a gás para manter uma
tensão de saída constante . A ten-
são entre os terminais da válvula
mantém-se constante para gran-
des variações na tensão de ali-
mentação ou na corrente de
carga.

OUTRAS FONTES DE ALIMEN-


TAÇÃO - Fontes sem transfor-
mador e sem indutores, vibrado-
res, grupos motor-gerador, dina-
motores e conversores rotatórios 1//8RADON'
são outros tipos de fontes de ali-
mentação, usados para preencher
requisitos especiais no pêso, ta-
manho, tipo de alimentação e ca-
racterísticas da carga.

1 -115
íNDICE DO VOLUME 1
(NOTA: Um índice cumulativo cobrindo todos os 6 volumes desta
série será achado no fim do volume 6.)

Capacitor de entrada, carga de, }·74 Fome de alimentação,


circuitos. 1-52
Capacitores de filtro, }-6O a }-63 com tra~sformador,,, -39
de papel. construção de, ]·60 dobrado r de vo) gem 1-96
de pape] para alta voltagem, ]-60 importância de, 1-7
e]etrolíticos. ]-6] a ]-63 necessidade doutros 1-92
e]etrolíticos líquidos, ]-62 I) que fazem, 1-8
eletrolíticos secos, ]-63 para fonte de VI Itagem , 1-99
porque existem diversos ti~s, ) - 14 a
Circuito com transformador, •
squema de, )-42 · t·· )·I ~ • • ' I'
reI/ IC' r meta ICO.
funcionamento do: 1-43 sem transformador, a )-98

Circ ItOS de filtro, )-52 a )·80
sem transformador e indutor, 1·98
ti gerais, ' )-93
capacitores em, 1-17 a )-59
capacitores na entrada, uma seção, JoiO. Indutores de filtro, 1-69
)-72 #
ressonância paralelo, )- B Inversores, ]-]05'
d{ ressonância série, ]-73
d4ts seções, )-73 Linha : alime~tação, circuito de filtro,
)-41 (
ell). fontes de alimentação, ]-5:4
in<Jutor na entrad, uma eção. I· 7h. Motor-g! ador, 1-104
]-7}
tiPQ RC, defeitos <te,
)-6fi )-67 Regulaç~ de vo agem, I-I;), )-82
usalldo indutor em vez de istor, )·63 cor~nte de arga variando, )-87, 1-811
retificadores ti ponte, )-49, )-50 voltágem de limentação variando, )-89,
Circui
~~ersores rotatórios, )-105
-:0
Regulador de v Itagem, circuitos, 1-81 a 1-91
Corrente, fluxo em retificadores de meia
onda. )-43 Reguladores de voltagem, ~ontes de aom
fluxo em retificadores de onda comp)e- 'ação, )-)3
ta, 1-48 Resistor de drenagem, )-75 a 77
Dinamotores, 1-)04 Ret ificadores,
Diodos. circuitos de meia ond.à com retificado-
a gás, 1-35, 1-37 res metálicos, I.! i
a vácuo, 1-36 como o tipo onda complet funciona.
)-46
características de, l-I 09 a )-112
como a corrente é controlada nos, 1-) 12 conexão para lei
licos. 1-)9 .
como funcionam, 1-25
em circuitos com transformador, )-40, conexão série de
)-)9 •
)-41
fluxo de corrente em, )-28, 1-29 descrição de retl'f !adores metálicos de
meia onda, )-)8 a )-20
Eletrônica, significado da, )-1 diodo~ a gás, )-35 a 1-37
fontes de alimentação, )-)0, l-I J
Equipamento eletrônico, 1-2 meia onda com transformador, )-39 a
partes usadas em, 1-3 )-44
metálicos meia onda. )-)7 a )-22
Filtros. onda completa. )-45 a )-51
em fontes de alimentação, )-)2 ôxido de cobre, )-)8
melhorando o funcionamento de, )·64. ~elênio. 1- 18. )-20
)-65 transformando C A em CC em circuitos
Je meia onda com retificadores me-
Fluxo de corrente (Ver Corrente .. . I tá)icos. )-)7

1-117
tNDICE DO VOLUME 1

Retificadores (continuação), componentes C A e Cc, I-55. 1-%


fi ltragem de meia onda e o nda COI11-
v;ilvulas a vácuo , I -:!3 pleta, 1-74
vúlvul as ~ vácuo tipo meia ond~ , 1' 23
a 1-3/\ Tra nsfor madores. fonte de alime nt aç:ill, I·~
t Ver também Circuitos retificadores e
Saída do , ificador . ) V.i lvula a v;icuo.
conexões, 1-34
descoberta do diodo. 1-24
e missllo de elétrons, 1-2(,. t -2 7
fatos comuns a todos. 1- 110
Reti ficadore fon- métodos de representação em eS' II!CIlI"',
tes de a 1-34
o que filz . I-l i'!
Revisüo . . •
Ca racterístic o do diodo a
Circuito d
~
cuo, I-I I I
iltro, l-VI! a l-l!O
su portes 1-.
.

V:ílvu la reguladora de voltagem IVR), .ln ,


€" ircuito ri "t"icador d ~· onda complet a. 1-84
I-S ( •
("I uitos reguhll(lrt·~ ile tensão. 1-9 ( Vá lvulas re' ·ficadon~. 1)0, 1-31
Font s de alimentação. 1-113 a 1- 11 5 aquecimento direto, I-n
Outros tipo, de f,m t,· · ó;: alimentaç:io. aquecimento indireto, 1-32
1-106 a I-lO!! com C'IIlodo .. 1. 11
Retificador de meia ' nda
túlico. I ··c:! , -

ipo me-

Retifi cador de m~ia ,mda - - t po ('001


diodos· 1-30. i 'l
onda cpmpleta •• 1-47
placa, igad .. , . m ,e parado. 1- ~.
I r ansfonn ~HI"r.l -H placa, ligada, mjunta mente , - ~!
Retificador Jc mei " n,h - t ipo '-'.Ii-
vula a ""';1'11. j -.~ I -Kh

Saíd a do retificador. I-ltn


(a nte lc rí\lica, de . 1· -.1

1-118

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